Navegação

Página Inicial
Livros de Alice Bailey

Telepatia e o Veículo Etérico


18 - III. OS CENTROS PLANETÁRIOS E HUMANOS

Existe um fator referente ao corpo etérico que foi muito pouco comentado, tendo em vista que qualquer informação seria absolutamente inútil. Vou apresentá-lo em forma tabulada, começando por alguns pontos já mencionados anteriormente, mas que repetirei aqui para maior clareza, ordenando-os em sua devida sequencia:

1. Os Logos planetário atua por meio de três centros maiores:

a. O centro onde a vontade de Deus é conhecida: Shambala.
b. O centro onde o amor de Deus se manifesta: a Hierarquia.
c. O centro onde a inteligência de Deus produz o processo evolutivo: a Humanidade.

2. Os três centros maiores, planetários e humanos, existem na substância etérica e podem ou não produzir correspondências físicas. Os Mestres, por exemplo, não trabalham através de um veículo físico. Não obstante, Eles possuem um corpo etérico composto da substância dos níveis etéricos cósmico-búdico, átmico, monádico e logoico - que constituem os quatro éteres cósmicos que são a correspondência superior de nossos planos etéricos; esses níveis superiores são os quatro níveis do plano físico cósmico. Até que escolham, na sexta Iniciação da Decisão, um dos sete Caminhos do Destino Ultimo, os Mestres atuam em Seus corpos etéricos cósmicos.

Esses três centros maiores de energia estão intimamente relacionados entre si, e através de seus próprios centros maiores individuais (coronário, cardíaco e laríngeo), o discípulo está em relação com os três centros planetários. Gostaria que refletissem sobre essa afirmação, pois é de grande valor prático.

3. A Mônada, como sabem, encontra-se no segundo nível etérico cósmico, denominado plano monádico. Quando o antahkarana tiver sido construído, então a substância etérica cósmica pode ir gradualmente substituindo a substância etérica comum e familiar que "sustenta" o corpo físico denso do homem.

4. O raio em que se acha a Mônada - um dos três principais raios e, portanto, vinculado a um dos três centros maiores - condiciona:

a. A absorção do discípulo em um dos três setores do trabalho hierárquico, ou seja, uma alma do primeiro raio entrará normalmente em um Ashram como o do Mestre M. no departamento do Manu; um discípulo de segundo raio passará a um Ashram do segundo raio, por exemplo, o meu (D.K.) ou o do Mestre K.H. e, portanto, no departamento do Cristo; uma alma de terceiro raio será absorvida em um dos Ashrams (e há muitos) dirigidos pelo Senhor da Civilização, o Mestre R.;

b. Todos os que encarnarem em um dos Raios de Atributo - quarto, quinto, sexto e sétimo raios - encontram finalmente seu lugar em um dos três maiores Raios de Aspecto. As mudanças ou transferência de enfoque produzem-se quando o corpo etérico contém uma quantidade suficiente do mais baixo dos éteres cósmicos, a substância búdica; isto é fundamental para todos e em todos os raios, pois no final da era, quando os veículos etéricos do iniciado se compuserem de substância etérica cósmica, esses três raios se transformarão em dois, e posteriormente ocorrerá outra absorção no segundo Raio de Amor- Sabedoria, raio do nosso atual sistema solar.

Portanto, vocês podem ver em que fatores condicionantes se convertem as várias energias quando apropriadas e utilizadas, e como sua substância, ou melhor, a presença de certas energias no corpo etérico da personalidade é essencial antes que se tenha atingido certas iniciações. O tema é demasiado complexo para ser desenvolvido aqui, mas eu lhes pediria que considerassem cuidadosamente as várias afirmações que fiz e buscassem depois a iluminação dentro de vocês mesmos.

Os raios são as sete emanações dos "sete Espíritos ante o trono de Deus"; Suas emanações provêm do nível monádico de percepção ou do segundo plano etérico cósmico. Em certo sentido, poder-se-ia dizer que essas sete grandes e viventes Energias constituem, em sua totalidade, o veículo etérico do Logos planetário. Poder-se-ia dizer também que os processos evolutivos constituem processos de eliminação da substância física que se acha entre o corpo físico denso e o corpo astral sensível, e de sua substituição pela substância dos quatro planos superiores, os quatros étetes cósmicos. Fisicamente falando, é esta substituição etérica que permite ao homem passar sucessivamente pelas cinco iniciações que o transformam em um Mestre de Sabedoria.

A primeira iniciação concerne exclusivamente à própria alma do homem e, uma vez alcançada, certa quantidade de energia búdica pode penetrar e o processo de transferência dos éteres superiores e sua substituição pelos inferiores pode prosseguir. Isto, como podem bem imaginar, gera conflito; o corpo etérico da personalidade rejeita o éter superior entrante, produzindo-se assim as crises na vida do iniciado.

O progresso e a iniciação nos têm sido apresentados principalmente como elementos para formar o caráter e servir à humanidade. Esta aproximação, seguramente, também produz conflito, e então a personalidade luta contra a alma. Mas paralelamente a esse tão bem conhecido conflito, ocorre uma outra batalha entre os éteres que compõem o corpo etérico do discípulo e os éteres superiores descendentes. O homem não está muito consciente disso, mas essa é uma luta muito real, que afeta principalmente a saúde do corpo físico, e se dá em cinco etapas naturais chamadas iniciações. O simbolismo do Cetro de Iniciação (durante o processo iniciático) nos ensina que tal Cetro, dirigido pelo Cristo ou pelo Senhor do Mundo, conforme o caso, é usado para estabilizar os éteres superiores dentro da personalidade por um acesso à energia aplicada que permite ao iniciado reter aquilo que é do alto, pois "assim como é em cima, é em baixo".

Há de se considerar o corpo etérico a partir de três ângulos:

1. Como o mecanismo que se exterioriza através dos nadis, ou aquele sutil sistema de linhas de força interligadas que, por sua vez, se exteriorizam através do sistema nervoso físico.

2. Como um transmissor de diversos tipos diferentes de energia, provenientes de muitas fontes diferentes; essas energias fluem através ou ao longo (ambos os termos são verdadeiros) de linhas de força que subjazem aos nadis. Pouco atrás empreguei a palavra "tubos", dando assim a ideia de uma rede de tubos através dos quais podem passar as energias transmitidas; temos aqui um exemplo no qual a palavra é totalmente inadequada e até desorientadora.

3. Essas energias - de acordo com sua fonte, qualidade e propósito - criam os sete centros maiores que condicionam os múltiplos centros subsidiários menores e se exteriorizam, finalmente, através das sete principais glândulas do sistema endócrino.

Eu disse anteriormente que as energias que se cruzam no corpo etérico do planeta formam, atualmente, uma rede de quadrados. Quando o processo criador estiver completo e a evolução tiver terminado seu trabalho, esses quadrados se converterão numarede de triângulos. Logicamente, falo de modo simbólico. No Livro das Revelações, ditado há 1900 anos pelo discípulo conhecido hoje como Mestre Hilarion, faz-se referência à "cidade que jaz dentro do quadrado". O veículo etérico do planeta foi herdado de um sistema solar anterior, com o propósito ou intenção de transformá-lo em uma rede de triângulos, no atual sistema solar. Na próxima triplicidade de sistemas solares (o terceiro e último), onde a vontade de Deus seja levada a termo, o corpo etérico começará como uma rede de triângulos que acabará se transformando em uma rede de círculos entrelaçados, ou de anéis ligados, indicando que se chegou ao entrosamento nas relações. No sistema atual, no que concerne ao corpo etérico, o resultado da evolução será o contato estabelecido entre os três pontos de cada triângulo, formando assim um nônuplo contato e uma nônupla influência de energias; isso está de acordo com o fato de que nove é o número de iniciação, e na época em que o número indicado de discípulos tiver passado as nove iniciações possíveis, completar-se-á a formação triangular do corpo etérico planetário.

A ideia pode ser representada simbolicamente pelo diagrama ao lado, que ilustra a formação triangular e o modo de um crescimento ou progressão dual e expansão da rede porque, começando como o triângulo inicial, restam apenas dois pontos para o processo de extensão.

O triângulo inicial foi formado por Sanat Kumara; denominamos as três energias que circulam por seu intermédio os três maiores Raios de Aspecto. Os quatro Raios de Atributo formam seus próprios triângulos e, de forma paradoxal, são responsáveis pelos "quadrados" através dos quais passam suas energias na época atual. Assim se iniciou o trabalho de transformação do corpo etérico herdado, e isso prosseguiu desde então. No corpo etérico do ser humano tem-se a repetição do mesmo processo no triângulo de energias criado pelas relações existentes entre a Mônada, a Alma e a Personalidade.

O Padrão Mutável do Corpo Etérico Planetário.

É quase impossível ao homem esboçar ou representar graficamente a rede de triângulos e, simultaneamente, vê-la assumir, em sua totalidade, a forma de círculo no corpo etérico da esfera planetária. A razão disso é que todo o corpo etérico se acha em constante movimento e em incessante transformação, e as energias que o compõem estão circulando e mudando constantemente.

Convém ter em mente que a mudança se dá no mecanismo, e que a transformação do quadrado em triângulo não se refere às energias transmitidas ou aos vários centros, exceto na medida em que se torna muito mais fácil para as energias fluírem através da formação de triângulos do corpo etérico do que - como sucede atualmente - através, ou em torno de um quadrado ou de uma rede deles.

Estou bem consciente de que o que estou comunicando aqui pode parecer-lhes um despropósito e, naturalmente, não há nenhum modo possível de provar-lhes a natureza real desse sistema de intercomunicação ou de vocês chegarem e confirmarem o que digo. No entanto, tampouco existe um modo de se comprovar a existência real de Sanat Kumara e, ainda assim, desde a mais profunda da noite dos tempos, Sua existência tem sido proclamada pela Hierarquia e aceita por milhões de pessoas. Todo ser humano crê muito mais do que pode comprovar ou demonstrar.

Os centros são, na realidade, "pontos de interseção" de energias onde o corpo etérico possui sete triângulos ou pontos transformados. Do ponto de vista de Shambala, os centros do homem assemelham-se a um triângulo com um ponto no centro.

Do ponto de vista da Hierarquia, as condições são um tanto diferentes. Temos sete centros representados como lótus, com um número variado de pétalas; não obstante, há sempre um triângulo, preservado e reconhecido, bem no coração do lótus; sempre há um triângulo com seu ponto comunicante, e a esse denominamos a ''jóia do lótus". Temos, abaixo, a representação simbólica do lótus, que deveria ser examinada com atenção.

A personalidade do homem é condicionada pelo círculo, e é essa influência que o lótus emana, estabelecendo-se uma interação. O próprio lótus é condicionado pela alma e, por sua vez, condiciona a "esfera de influência na aura do lótus", atingindo e condicionando, desse modo, a vida da personalidade. O triângulo é condicionado pela Tríade Espiritual, sempre que o antahkarana estiver construído ou em processo de construção e, por sua vez, primeiramente inspira ou incendeia a alma e finalmente a destrói. O ponto no centro indica a vida monádica, em primeiro lugar como expressão inferior da vida e vitalidade física e, por último, como "ponto de sensibilidade". Portanto temos:

1. O ponto no centro, indicativo da vida monádica.

2. As energias que se relacionam com o lótus egóico, condicionadas pela alma.

3. A esfera de radiação, a influência emanante do lótus, condicionando a personalidade.

4. O triângulo de energia, condicionado pela Tríade Espiritual. A instrução anterior sobre o corpo etérico não é extensa, mas contém muitas coisas relativamente novas e fornece muito material de estudo.

A instrução anterior sobre o corpo etérico não é extensa, mas contém muitas coisas relativamente novas e fornece muito material de estudo.

Início