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Os Raios e as Iniciações

Parte Dois C


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Livros de Alice Bailey

Os Raios e as Iniciações
Índice Geral das Matérias


Parte Dois C
Os Raios e as Cinco Iniciações Diante da Humanidade
Iniciação I. O Nascimento em Belém. Raio VII
Iniciação II. O Batismo no Jordão. Raio VI
Iniciação III. A Transfiguração. Raio V
Iniciação IV. A Renúncia. Raio IV

OS RAIOS E AS CINCO INICIAÇÕES DIANTE DA HUMANIDADE

Consideremos, agora, nosso tema dos raios e iniciações. Isto significa, na realidade, um estudo dos raios à medida que eles, ativamente, condicionam o Caminho da Iniciação. Não se esqueçam que estamos tratando aqui com o Caminho da Iniciação e não, primariamente, com o Caminho do Discipulado; embora os dois caminhos estejam intimamente relacionados, nós não estamos lidando com o caráter e ações do discípulo. Estamos considerando apenas uma coisa: o tipo de energia de raio que torna possível qualquer iniciação específica, independente dos raios do iniciado.

Estamos, de fato, considerando a iniciação como um processo planetário, e não aquele processo no que ele afeta o iniciado individual. Isso nós consideraremos sob nosso ponto “O Significado das Iniciações". Então, nós tomaremos cada iniciação e a consideraremos como está resumido na página 340. (Mostrar o conteúdo da página 340)

Provavelmente, vocês considerarão isto mais interessante, mas compreenderão o que eu então disser com maior facilidade se apreenderam algumas das implicações - dentro do que for possível para cada um - daquilo que tenho a comunicar.

Estas cinco iniciações estão debaixo dos impulsos energéticos dos Raios 7, 6, 5, 4, mais a influência dinâmica do Raio 1 na época da quinta iniciação. Vocês notarão, pois, que estas iniciações que confrontam a humanidade comum são todas elas condicionadas por um raio menor, contudo, trazendo finalmente a energia do mais elevado Raio de Aspecto, o da Vontade ou Poder. Esta dinâmica energia elétrica tem de atuar num novo e diferente sentido se quisermos que as quatro iniciações superiores se tornem objetivos vivos na consciência do iniciado. É por esta razão que a quinta iniciação é chamada a Iniciação de Revelação. Um pouco de compreensão do primeiro aspecto, o da vontade, é “concedido” nesta iniciação, e, pela primeira vez, a natureza do propósito divino é revelada ao iniciado; até então, ele estivera preocupado com a natureza do Plano, o qual, afinal, é um efeito do Propósito.

Nestas cinco iniciações preliminares, a verdadeira natureza dos raios menores, em seu aspecto criativo e como expressões da qualidade do mundo manifestado, começa progressivamente a despertar no iniciado. Nas quatro iniciações maiores ele, lentamente, chega a um leve entendimento do propósito da criação; o verdadeiro propósito, porém, e a natureza da vontade do Logos planetário somente serão reveladas no próximo sistema solar quando a Personalidade permeada pela alma do Logos planetário demonstrará o propósito vivo dentro do círculo-não-se- passa dos três planos cósmicos.

Com estas complicadas ideias não nos precisamos preocupar. Estudemos as condições da energia onde o iniciado prossegue de uma iniciação para outra até ele se encontrar no portal da revelação.

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Iniciação I. O Nascimento em Belém. Raio VII.
A Energia da Ordem e Magia Cerimonial.

Consideremos inicialmente o tipo de energia que o sétimo raio expressa e onde reside sua potência e eficácia, sob o ângulo da iniciação. À medida que estudarmos estas iniciações e seus raios condicionadores, dividiremos nossas ideias em três partes:

1. O tipo de energia e sua qualidade em relação aos processos da iniciação em particular com a qual está associado.

2. Seu efeito sobre a humanidade, considerando a humanidade como um discípulo mundial.

3. A natureza estimuladora da energia à medida que se expressa:

a. Nos três aspectos da natureza do iniciado - mental, astral e física.
b. Através da personalidade permeada pela alma, o iniciado “em boa posição” - uma expressão da mais profunda implicação ocultista.

Nesta época particular na história do mundo, a energia do sétimo raio apresenta crescente potência porque ele é o novo raio entrante, sucedendo ao sexto raio que por tanto tempo dominou. Quando falamos de energia de raio estamos, na realidade, considerando a qualidade e o aspecto propósito - vontade de certa grande Vida a Quem damos o nome de “Senhor de um Raio”. Vocês encontrarão muita informação sobre os Senhores de Raio nos volumes anteriores deste Tratado sobre os Sete Raios. Sua intenção divina, vontade, propósito, ou a determinada projeção de Sua mente, cria uma radiação ou corrente de energia que - de acordo com o tipo e qualidade - age sobre todas as formas da vida manifestada dentro de nosso círculo-não-se-passa planetário. Estes Senhores dos Raios são as energias criadoras e sustentadoras que implementam a Vontade do Logos planetário. Eles cooperam com Ele na definição e expressão de Seu propósito supremo. Suas emanações radiadoras são ciclicamente objetivadas e são ciclicamente retiradas. Enquanto irradiam para os três mundos, as energias impactantes produzem mudanças, perturbações, progresso e desenvolvimento; elas criam as novas formas necessárias e vitalizam e qualificam aquilo através do qual a intenção divina imediata se está expressando; elas intensificam tanto a qualidade quanto a receptividade da consciência.

Em outras ocasiões, durante o processo de se retirarem “para o seu próprio lugar”, elas causam a diminuição ou a morte de aspectos da forma, de instituições, e de “organismos organizadores” (para usar uma expressão singular); eles, portanto, provocam ciclos de destruição e de interrupção e assim proporcionam lugar para novas formas e expressões de vida que o raio entrante produzirá. Tem sido o gradual afastamento do sexto Raio do Idealismo e Devoção o responsável pelo tumulto, cristalização, destruição, morte e clivagens do século passado; velhas coisas estão-se extinguindo à medida que o Senhor do sexto Raio retira Sua atenção, e pois, a Sua energia; Sua radiação hoje não mais está centrada ou focalizada na vida dos três mundos. Simultaneamente, a energia e radiação do Senhor do sétimo Raio tornam-se cada vez mais poderosas nos três mundos.

Esta chegada de um raio sempre produz um intenso período de atividade iniciatória, e este é hoje o caso. O importante efeito, no que tange à humanidade, é tornar possível a apresentação de milhares de aspirantes e candidatos à primeira iniciação; em larga escala e em massa, homens podem hoje passar pela experiência da Iniciação do Nascimento. Milhares de seres humanos podem vivenciar o nascimento do Cristo em si mesmos e podem compreender que a vida crística, a natureza crística e a consciência crística são suas. Esta iniciação do “novo nascimento” da família humana terá lugar em Belém, simbolicamente compreendida, pois Belém é a “casa do pão” - um termo ocultista significando a experiência no plano físico. Estas grandes iniciações, implementadas pelas energias do raio, têm que ser registradas no cérebro físico e registradas pela consciência despertada do iniciado, e este tem de ser o caso neste espantoso período onde - pela primeira vez desde que a humanidade apareceu na Terra - pode acontecer uma iniciação em massa. A experiência não necessita ser expressa em termos ocultistas, e, na maioria dos casos, não o será. O iniciado individual que recebe esta iniciação está consciente de grandes mudanças em sua atitude para consigo mesmo, para com seus semelhantes, para com as circunstâncias e sua interpretação dos acontecimentos da vida. Estas são, peculiarmente, as reações que acompanham a primeira iniciação; uma nova orientação para a vida e um novo mundo de pensamento são registrados pelo iniciado. Isto será igualmente verdade, em larga escala, no que diz respeito ao homem moderno, o iniciado mundial do primeiro grau. Os homens reconhecerão as evidências nas muitas vidas da emergência da consciência crística, e o padrão de vida será crescentemente ajustado à verdade segundo ela existe nos ensinamentos do Cristo.

Esse desenvolvimento da consciência crística nas massas humanas criará, necessariamente, uma fermentação na vida diária dos povos em toda parte. A vida da personalidade, orientada até então para a obtenção de coisas materiais e fins puramente egoístas, estará em guerra com a nova e interna compreensão; o homem “carnal” (para usar as palavras do iniciado Paulo) estará em guerra com o homem espiritual, cada um procurando alcançar o controle. Nas etapas iniciais, depois do “nascimento” e durante a “infância do Cristo-criança" (de novo, falando em símbolos) o aspecto material triunfa. Mais tarde, a vida crística é vitoriosa. Isto vocês bem sabem. Cada iniciação indica uma etapa no crescimento e desenvolvimento deste novo fator na consciência e expressão humanas, e isto continua até a terceira iniciação, quando emerge o “homem plenamente adulto em Cristo”. O iniciado está, então, pronto, na quinta iniciação, para registrar, compreender e gravar a revelação longamente esperada.

Em conexão com o indivíduo e a primeira iniciação, o sétimo raio está sempre ativo e o homem fica habilitado a registrar conscientemente o fato da iniciação, porque seja o cérebro ou a mente (e frequentemente ambos) são controlados pelo sétimo raio. Este é o fato de importância hoje em conexão com a humanidade, pois ele permitirá que a humanidade atravesse a porta que os admite ao primeiro processo iniciatório. Será aparente para vocês porque o período presente no qual os seres humanos, em grandes grupos, podem receber a primeira iniciação corresponde a uma situação na qual o pão é o maior interesse dos homens em toda parte. A humanidade passará por esta iniciação do “nascimento” e manifestará a vida do Cristo em larga escala de ajustamento econômico do qual a palavra “pão” é apenas um símbolo.

Este período começou no ano de 1825 e continuará até o final deste século vinte. O desenvolvimento da vida crística - como resultado da presença e atividades do segundo aspecto divino do amor - resultará no fim do medo econômico, e a “casa do pão” tornar-se-á a “casa da fartura”. O pão - como um símbolo da necessidade material humana - será finalmente controlado por um vasto número de iniciados da primeira iniciação - por aqueles cujas vidas estão começando a ser controladas pela consciência crística, que é a consciência de responsabilidade e serviço. Esses iniciados existem, hoje, aos milhares; eles estarão presentes aos milhões quando da chegada do ano 2025. Toda esta reorientação e desenvolvimento serão o resultado da atividade do sétimo raio e do impacto de sua radiação sobre a humanidade.

O sétimo raio é, por excelência, o agente do relacionamento. Ele une os dois aspectos fundamentais de espírito e matéria. Ele relaciona alma e forma e, no que tange à humanidade, relaciona alma e personalidade. Na primeira iniciação, torna o iniciado consciente dessa relação; habilita-o a tirar vantagem desta “dualidade que se aproxima” e - pelo aperfeiçoamento do contato - a produzir no plano físico a emergência à manifestação do “novo homem". Na primeira iniciação, através da estimulação provocada pela energia do sétimo raio, a personalidade do iniciado e o manto protetor da alma que paira sobre ela são conscientemente unidos; o iniciado, então, sabe que ele é - pela primeira vez - uma personalidade permeada pela alma. Sua tarefa, agora é tornar-se a imagem daquilo que ele, essencialmente, é. Este desenvolvimento é demonstrado na terceira iniciação, a Transfiguração.

A principal função deste sétimo raio é reunir os aspectos positivo e negativo dos processos naturais. Ele, consequentemente, governa a relação do sexo de todas as formas; ele é a potência que subjaz à relação marital, e por isso, à medida que este raio entra em manifestação neste ciclo mundial, nós temos o aparecimento de problemas fundamentais do sexo - licenciosidade, perturbações no relacionamento marital, divórcio e a movimentação daquelas forças que, eventualmente, produzirão uma nova atitude em relação ao sexo e o estabelecimento daquelas práticas, atitudes e percepções morais que governarão a relação entre os sexos durante a próxima Nova Era.

A primeira iniciação está, pois, estreitamente relacionada a este problema. O sétimo raio governa o centro sacro e a sublimação de sua energia para o da garganta ou para o centro criativo superior; este raio está, por conseguinte, pondo em movimento um período de tremenda atividade criativa, não só no plano material, através da estimulação da vida sexual de todos os povos, como nos três mundos através da estimulação produzida quando alma e forma são conscientemente relacionadas. A primeira grande prova de que a humanidade (através da maioria das pessoas adiantadas) foi submetida à primeira iniciação será o aparecimento de um ciclo de arte criativa inteiramente nova. Este impulso criativo tomará formas que expressarão as novas energias entrantes. Assim como o período governado pelo sexto raio culminou num mundo onde os homens trabalham em grandes oficinas e fábricas para produzir a pletora de objetos que os homens consideram importantes para sua felicidade e bem-estar, também no ciclo do sétimo raio veremos homens ocupados em escala ainda maior no campo da arte criativa. A devoção aos objetos será enfim superada pela criação daquilo que, de forma mais verdadeira, expressará o Real; a fealdade e a materialidade darão lugar à beleza e à realidade. Em larga escala, a humanidade já foi “conduzida da escuridão para a luz”, e a luz do conhecimento enche a terra. No período à nossa frente, e sob a influência radiadora do sétimo raio, a humanidade será “conduzida do irreal para o Real”. Isto a primeira iniciação torna possível para o indivíduo e tornará possível para a massa dos homens.

A energia do sétimo raio é a energia necessária para pôr ordem no caos e trazer ritmo para substituir a desordem. É esta a energia que trará ao novo mundo a ordem pela qual todos os homens esperam; ela restaurará os antigos marcos, indicará as novas instruções e formas de civilização e cultura que o progresso humano exige, e alimentará a nova vida e os novos estados de consciência que serão crescentemente registrados pela humanidade avançada. Nada pode deter esta atividade; tudo que está acontecendo hoje quando os homens buscam novos caminhos, unidade organizada e segurança pacífica, está sendo implementado por meio do entrante Raio da Ordem e Magia Cerimonial. A magia branca das corretas relações humanas não pode ser impedida; ela tem que demonstrar-se efetiva e inevitavelmente, porque a energia deste sétimo raio está presente, e o Senhor do Raio está cooperando com o Senhor do Mundo para efetuar a necessária “reforma". As personalidades permeadas pela alma, agindo sob a influência deste raio, criarão o novo mundo, expressarão as novas qualidades e instituirão aqueles novos regimes e organizados modos de atividade criativa que demonstrarão a nova vida e as novas técnicas do viver. Foi a distorção dos ideais deste sétimo raio e a prostituição desta energia entrante para servir às obscuras e egoístas ambições de homens gananciosos que produziu aqueles sistemas totalitários que hoje de forma tão terrível aprisiona o livre espírito dos homens.

Resumindo o que foi dito:

1. A energia do sétimo raio é o potente agente de iniciação quando realizada no plano físico, isto é, durante o processo da primeira iniciação.

2. Seu efeito sobre a humanidade será:

a. Ocasionar o nascimento da consciência-crística entre as massas dos seres humanos que inteligentemente aspiram.

b. Pôr em movimento certos novos processos evolutivos que transformarão a humanidade (o discípulo mundial) em humanidade (o iniciado mundial).

c. Estabelecer de maneira nova e inteligível o senso de relacionamento sempre existente e, assim, provocar no plano físico corretas relações humanas. O Agente para isto é a boa vontade, um reflexo da vontade-para-o-bem do primeiro aspecto divino. A boa vontade é o reflexo do primeiro Raio da Vontade ou Propósito.

d. Reajustar relacionamentos positivos e negativos, e hoje, isto será desenvolvido primariamente em conexão com a relação sexual e o casamento.

e. Intensificar a criatividade humana e assim introduzir a nova arte como base para a nova cultura e como um fator condicionante na nova civilização.

f. Organizar os assuntos mundiais e assim iniciar a nova ordem mundial. Isto está definitivamente no reino da magia cerimonial.

3. A estimulação deste sétimo raio em relação ao iniciado individual realizará o seguinte:

a. Dará origem, no plano mental, a uma larga e reconhecida relação entre a alma e a mente.

b. Produzirá uma certa medida de ordem nos processos emocionais do iniciado, auxiliando assim no trabalho preparatório da segunda iniciação.

c. Capacitará o iniciado - no plano físico - a estabelecer certos relacionamentos de serviço, a aprender a prática elementar de magia branca, e a demonstrar a primeira etapa de uma vida realmente criativa.

No que diz respeito ao iniciado individual, o efeito da energia do sétimo raio em sua vida é extremamente potente; isto é facilmente compreendido, devido ao fato de que sua mente e seu cérebro estão condicionados pelo sétimo raio na ocasião em que o processo iniciatório está tendo lugar. O efeito disto sobre o plano mental é semelhante àquele que é visto - em uma escala muito maior - no planeta, pois foi esta energia de raio que o Logos planetário utilizou quando Ele reuniu as grandes dualidades de espírito e matéria no começo de Seu trabalho criativo. Os dois aspectos da mente (a mente concreta inferior e a alma, o Filho da Mente) tornaram-se mais estreitamente relacionados e, eventualmente, entraram numa consciente e reconhecida associação no plano astral; é o sétimo raio que restaura a ordem dentro da consciência astral, e, no plano mental, é esta influência que produz criatividade, a organização da vida, e a reunião “dentro da cabeça” das energias inferiores e superiores de tal maneira que “o Cristo nasce.” Este último ponto será considerado em algum detalhe quando submetermos à consideração o significado das iniciações; veremos então que o relacionamento entre a hipófise e a epífise (glândula pineal) está envolvido.

Finalmente, é a energia do sétimo raio que - no processo iniciatório entre a primeira e segundo iniciações - capacita o iniciado, em sua vida no plano físico, a demonstrar um desenvolvimento no seu senso de ordem e de organização, a expressar consciente e crescentemente um desejo de ajudar seu semelhante, e desse modo estabelecer relações com ele, e a tornar criativa a sua vida de vários modos.

Todos estes fatores estão embrionários em sua natureza, porém ele agora começa, conscientemente, a lançar os fundamentos para o futuro trabalho iniciatório; as disciplinas físicas são, neste momento, de grande importância, embora seu valor seja frequentemente excessivamente enfatizado e o efeito nem sempre é bom; os relacionamentos estabelecidos e fomentados são às vezes de pouco valor, porque o discípulo é geralmente autocentrado e assim falta-lhe - devido à ignorância e falta de discriminação - completa pureza de motivo. Não obstante, as mudanças provocadas pela influência deste raio tornam-se crescentemente efetivas a cada vida; a relação do discípulo com a Hierarquia, a reorganização de sua vida no plano físico, e seu crescente esforço para demonstrar o sentido esotérico da magia branca tornar-se-á cada vez mais vital até que ele esteja pronto para a segunda iniciação.

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Iniciação II. O Batismo no Jordão. Raio VI.
A Energia do Idealismo e Devoção.

No processo iniciatório entre a primeira iniciação do Nascimento do Cristo e o começo do desenvolvimento consciente da vida e consciência crísticas, a vida do iniciado sofreu uma pronunciada reorientação.

Ele é agora capaz de uma igualmente pronunciada e, frequentemente, fanática adesão ao programa de aspiração e de devoção ao bem (como ele o vê nesta etapa). Isto está simbolizado para nós na história do Jesus de doze anos que estava tão consciente de que Ele “devia tratar dos assuntos de Seu Pai” que Ele desafiou Seus próprios pais, causou-lhes tristeza e surpreendeu os mais velhos que Ele, por sua assertividade espiritual e conhecimento. Isto ele contrabalançou ao voltar para a Galileia e sendo “submisso” a Seus pais. Uma atitude algo semelhante (sem a compreensão desenvolvida e inclusiva manifestada pelo Cristo) pode ser vista expressando-se no discípulo durante o período em que a nova orientação está tendo lugar; o discípulo está aprendendo a disciplinar sua natureza inferior e a encontrar certa medida de domínio sobre suas inclinações físicas; ele, assim, libera energia física e traz ordem à sua vida. Isto leva um tempo, muito longo e pode cobrir um ciclo de muitas encarnações. Ele está constantemente lutando contra sua natureza inferior, e as exigências de sua alma (como ele, às vezes, de maneira ignorante as interpreta) estão em constante luta contra sua natureza animal, e em ritmo crescente em relação com a natureza emocional.

Acima de tudo, ele torna-se consciente de uma relação secundária envolvendo um problema extraordinariamente difícil que aumenta a luta e intensifica seu problema. Ele descobre que sua natureza emocional, suas faculdades psíquicas inferiores, seu desenvolvimento astral e a potência da miragem estão todas dispostas em ordem de batalha contra ele.

A reorientação com a qual ele agora se depara tem de ser produzida primariamente sobre o plano astral, porque esse tem sido há incontáveis eons o nível de sua principal polarização e a esfera de atividade e o estado de consciência que o têm dominado. O corpo físico não é um princípio; seu corpo etérico tem sido, deste os tempos atlantes, o agente de sua energia astral, pois a natureza da mente não está ainda desenvolvida e não pode, portanto, adequadamente assumir o controle. Ele descobre que vive em um caos de reações emocionais de condicionantes miragens. Lentamente, ele começa a se dar conta de que para fazer a segunda iniciação ele precisa demonstrar controle emocional; ele se dá conta, também, de que precisa ter algum conhecimento daquelas energias espirituais que dissiparão a miragem, além de uma compreensão da técnica por meio da qual a iluminação vinda da mente - como o agente transmissor da luz da alma - pode dispersar aquelas miragens e assim “clarificar a atmosfera", no sentido técnico.

Eu devo enfatizar que, por enquanto, iniciado algum demonstra completo controle durante o período intermediário entre qualquer iniciação e a iniciação superior seguinte; o período intermediário é visto como “um ciclo de aperfeiçoamento”. Aquilo que está sendo deixado para trás e subordinado à realização superior é, lentamente, dominado por energias que serão liberadas para a consciência do iniciado na iniciação para a qual ele está sendo preparado. Este período intermediário é sempre de grande dificuldade. As energias que estão sendo registradas, tornadas ativas e finalmente usadas, crescem firmemente em número e potência a cada iniciação; estes impactos sobre os raios da alma e os raios da personalidade do iniciado, e sobre os veículos subsidiários através dos quais ele trabalha nos três mundos, e sobre seus raios condicionantes individuais, produzem, a princípio, tremendas dificuldades; essas dificuldades têm de ser dominadas pelo iniciado, assim como ele tem de resolver os problemas envolvidos. Assim, ele se torna um Mestre, e o processo, ao avançar de iniciação a iniciação, torna-se (depois da terceira iniciação, a Transfiguração) menos árduo e penoso; a razão para isto é que ele se torna cada vez mais senhor de sua própria situação individual. Contudo, ele está ocultamente envolvido nas dificuldades e problemas do grupo e daquela totalidade de grupos que chamamos humanidade.

O processo iniciatório entre a primeira e segunda iniciações é, para muitos, a pior época de sofrimento, dificuldade, compreensão de problemas e de constante esforço para “clarificar-se" (como chamado ocultamente), a que o discípulo é submetido a qualquer momento. A frase afirmando que o objetivo do iniciado é “clarificar-se” é talvez a mais impressionante e iluminadora de todas as possíveis definições da tarefa a ser realizada. A tempestade levantada por sua natureza emocional, as escuras nuvens e névoas nas quais ele constantemente anda e que ele criou durante todo o ciclo de sua vida encarnada precisam todos ser dispersados para que o iniciado possa dizer que - para ele - o plano astral não mais existe, e que tudo que resta desse antigo e potente aspecto do seu ser é aspiração, uma resposta sensível a todas as formas de vida divina e uma forma através da qual o aspecto mais inferior do amor divino, a boa vontade, pode fluir sem impedimento.

Sob o ponto de vista maior, é esta luta para limpar a atmosfera do mundo com que se defronta a humanidade depois da primeira iniciação, tão próxima hoje. Vocês verão, portanto, porque o Cristo precisa vir nesta época, pois Ele é Aquele Que preside a primeira e segunda iniciações, e é a Sua vinda que indicará que a humanidade já fez a primeira iniciação, que confirmará e consolidará o trabalho feito e que inaugurará o ciclo e período mundiais em que a tarefa de reorganizar a vida psíquica e emocional da humanidade terá lugar; esse período liberará a energia da boa vontade e assim, automaticamente, produzirá corretas relações humanas.

No que diz respeito à humanidade como um todo, polarizada como está na natureza emocional, o efeito deste sexto raio é extremamente potente. Sua energia tem atuado sobre os homens desde que ele veio à encarnação, e os últimos cento e cinquenta anos têm visto essa potência tornar-se extremamente efetiva. Dois fatores têm acentuado esse fato:

1. O sexto Raio do Idealismo ou da Devoção é o raio que, normalmente, governa o plano astral, controlando seus fenômenos e colorindo sua miragem.

2. A corrente de energia, entrando em nossa vida planetária vinda da constelação de Peixes, há dois mil anos tem condicionado a experiência humana e é peculiarmente adequada para se fundir com este sexto raio e complementar sua energia e produzir exatamente a situação que hoje governa os assuntos mundiais.

A atividade unificada destas duas grandes correntes de energia cósmica, atuando sobre o terceiro centro planetário e através dele, a Humanidade, criou a condição única na qual “a raça dos homens” pode permanecer diante do Iniciador planetário, o Cristo, e sob a focalizada estimulação da Hierarquia, passar pela apropriada iniciação.

Deve ser lembrado aqui que as massas de homens poderão e farão a primeira iniciação, mas que um grande grupo de aspirantes (muito maior do que se pensa) passará pela experiência da segunda iniciação, a do Batismo purificador. Estas são as pessoas que expressam as qualidades essenciais de reconhecimento ideológico, devotada adesão à verdade sentida, profunda reação às disciplinas físicas, impostas desde que eles participaram da primeira iniciação em muitas vidas antes, e uma crescente responsabilidade ao aspecto aspiracional do corpo astral; esta aspiração está ocupada com alcançar o contato com o princípio mental e expressá- lo. Este particular grupo na família humana é formado de iniciados “kama- manásicos”, assim como os que estão fazendo a primeira iniciação são iniciados “físico-etéricos".

É a atividade deste sexto raio que trouxe à luz do dia as crescentes tendências ideológicas da humanidade. Estas ideologias mundiais (das quais há tantas presentes no mundo hoje) são criadas por uma tríplice reação às duas correntes de energia mencionadas acima:

1. O desenvolvimento do princípio mental na humanidade durante esta Era Ariana forçou o desejo a tomar a forma de grandes conceitos de massa; estes, unidos, estão governando a tendência das massas para o desenvolvimento mental.

2. A firme crescente influência da alma, trabalhando como um fermento no plano astral, ergueu kama ou desejo para fora de seu foco puramente autocentrado e introduziu uma nova e até então não expressada consciência emocional grupal; isto conduz a natureza emocional fundida dos homens para uma grande expressão ideológica em massa, ainda egoisticamente expressada e impulsionada por enquanto por excessos emocionais mas indicando novos e melhores metas. Essas metas assumirão contornos mais claros e mais desejáveis quando a segunda iniciação for realizada pelo aspirante mundial.

3. A influência gerada pela energia de Shamballa que, pela primeira vez, fez contato direto com a humanidade, está produzindo um vórtice emocional no qual os velhos ideais e instituições estão sendo divorciados de suas miragens até agora controladoras, permitindo assim a emergência de novas e melhores ideologias na consciência da raça.

Todos esses fatores são responsáveis pela situação mundial atual; grandes ideologias, potentes grupamentos de trabalhadores e pensadores dedicados a mudar a velha ordem, e esforços em grande escala para pôr um fim à separatividade estão todos presentes simultaneamente. A essencial unidade etérica mundial (da qual o telefone, o rádio e o aeroplano são as expressões tangíveis) está congregando vastos grupos de homens em uma atividade emocional unificada, criando assim aqueles testes preliminares que sempre precedem a iniciação, pelos quais aqueles capazes de fazer a segunda iniciação estão hoje passando.

Não posso estender-me sobre as várias ideologias que se apresentam ao mundo dos homens - impulsionadas pela Hierarquia, precipitadas do plano mental na consciência humana pelo novo grupo de servidores do mundo, implementadas pela energia do sexto raio, pela energia pisciana dominante e pela energia organizadora do sétimo raio entrante, e emocionalmente respondida pela massa dos homens focalizados no plano astral. Para todos os observadores inteligentes, esta situação ideológica é clara; ela oferece um ponto de crise e o necessário ponto de tensão que capacitará aqueles aspirantes que estão hoje prontos, aos milhares, a passarem pela experiência da segunda iniciação e passar pela purificação da fluída natureza emocional na Iniciação do Batismo. Por meio desta experiência, o aspirante kama-manásico estará numa condição positiva e espiritual para produzir, no plano astral, aquelas mudanças fundamentais, realinhamentos e reajustamentos que alinharão esse nível de consciência planetária com o imediato propósito divino: a manifestação do Reino de Deus.

O trabalho da energia do sexto raio, o resultado do longo ciclo da energia pisciana, e o impacto da entrante energia aquariana trarão uma potente transformação no “reino aquoso” do plano astral. O símbolo desse plano tem sido sempre a água - fluida, tempestuosa, refletindo todas as impressões, a fonte da neblina e da névoa, e, contudo, sempre essencial ao viver humano. A Era de Peixes, agora em processo de retirada, está também estreitamente relacionada a este plano e ao símbolo da água; ela fixou na consciência humana a compreensão de que “os homens são peixes, imersos num mar de emoções”. Aquário também é conhecido pelo símbolo da água, pois Aquário é o “transportador da água”. O sexto raio, em tempo e espaço, reunirá todas essas energias: a energia de raio, a energia pisciana, a energia aquariana e a energia do próprio plano astral; isto, por sua vez, produz um vórtice de força que é invocativo da energia mental; é um fator controlador, o qual mergulhou a humanidade numa tumultuosa percepção de ideologias conflitantes que precipitou um vórtice refletido na guerra mundial, e que é responsável pela presente crise e ponto de tensão. Este crítico ponto de tensão capacitará grupos de aspirantes que - tendo passado pela primeira iniciação - podem passar de novo pela experiência do Batismo, uma palavra identificada com a água. Simultaneamente, grandes massas de homens farão a primeira iniciação e “na casa do pão” ficarão diante do Iniciador.

O Cristo em Sua vinda, portanto, iniciará dois grupos de aspirantes dentro do futuro próximo e na preparação para a Sua vinda; é a mais estreita aproximação do Cristo e da Hierarquia de Mestres com a humanidade que está implementando as energias iniciatórias, que está cristalizando as ideologias presentes hoje na consciência humana, e fomentando - se posso expressar-me assim - a latente ideologia do Reino de Deus.

No que diz respeito ao iniciado individual que está para submeter-se à iniciação do Batismo, o efeito da energia do sexto raio sobre a sua natureza é facilmente aparente, devido à extrema potência do segundo aspecto da personalidade nos três mundos, seu corpo ou natureza astral. Nas etapas iniciais do impacto da energia do sexto raio sobre sua natureza emocional um perfeito vórtice de força é gerado, suas reações emocionais são violentas e coativas, suas miragens são intensificadas e controladoras, e sua aspiração cresce firmemente, mas, ao mesmo tempo, é limitada e retardada pela força de sua devoção a alguma ideologia sentida. Mais tarde, sob a influência de um crescente contato com a alma (ela própria o segundo aspecto de sua divindade essencial) sua natureza emocional, kâmica e aspiracional aquieta-se mais e é mais controlada por meio da mente; seu alinhamento torna-se astral-mental-anímico. Quando este estado de consciência é alcançado, e as “águas” do corpo astral estão tranquilas e podem refletir o belo e o verdadeiro, e quando suas emoções foram purificadas por intenso auto-esforço, então o discípulo pode entrar nas águas batismais; ele é então submetido a uma intensa experiência purificadora, a qual, ocultamente falando, o capacita a “para sempre sair das águas e não mais correr o risco de afogar-se ou de submergir”; ele pode agora “caminhar sobre a superfície do mar e, em segurança, prosseguir em direção à sua meta.”

O efeito da atividade do sexto raio sobre a natureza mental é, como podem imaginar, uma tendência, antes de tudo, à cristalização do pensamento, uma reação a ideologias aprisionadoras e uma fanática adesão mental a ideais de massa, sem nenhuma compreensão de suas relações com a necessidade do tempo ou com seus aspectos criativos pretendidos. Mais tarde, à medida que o discípulo se prepara para a segunda iniciação, essas tendências são transformadas em devoção espiritual ao bem-estar humano e uma uni direcionada adesão ao Plano da Hierarquia; toda a reação emocional à Hierarquia dos Mestres desaparece, e o discípulo pode agora trabalhar sem ser impedido por constantes perturbações astrais.

O efeito da energia do sexto raio sobre a personalidade integrada do discípulo pode somente ser descrita como produzindo uma condição em que ele é definitivamente astral-búdico em sua natureza; gradualmente, seu uni direcionado esforço emocional orientado para a alma faz dele “um aspirante ponto de tensão, ignorando qualquer crise e firmemente ancorado no amor que jorra de sua alma.”

Vamos agora resumir o que eu disse sobre o efeito da energia do sexto raio:

1. A energia do sexto raio produz dois grandes resultados:

a. Uma compreensão embrionária da natureza da vontade que determina a vida do iniciado.

b. Um pronunciado conflito entre o eu inferior e o eu superior. Isto revela ao iniciado o antigo conflito entre a natureza emocional e a verdadeira compreensão.

Isto provoca uma reorientação básica da vida do iniciado e da humanidade como um todo.

2. Em conexão com a humanidade, os efeitos do sexto raio são como segue:

a. O desenvolvimento de uma tendência para clarear a atmosfera mundial, liberando, assim, a energia da boa vontade.

b. A produção de uma condição em que “a raça dos homens” pode receber a primeira ou a segunda iniciações.

c. A súbita e poderosa emergência de ideologias mundiais.

d. Uma transformação básica dentro do próprio plano astral que está produzindo pontos de crise e um ponto de tensão.

3. Em relação ao iniciado individual, o sexto raio produz:

a. Uma crucial situação na qual é gerado um vórtice de força.

b. Neste vórtice, todas as reações emocionais e ideológicas são intensificadas.

c. Mais tarde, quando isto se acalma, o alinhamento do iniciado passa a ser astral-mental-anímico.

d. Tem lugar, então, em conexão com seu veículo mental, uma cristalização de todo pensamento e uma fanática adesão ao idealismo de massa.

e. Estas tendências são, mais tarde, transformadas em devoção espiritual ao bem-estar humano.

f. A personalidade torna-se definitivamente astral-búdica em natureza e expressão.

Vocês verão, pois, quão imediata e importante é a oportunidade confrontando a humanidade hoje. Vastos números de homens darão o primeiro passo em direção ao desdobramento da consciência crística e assim passarão pela primeira iniciação. Com frequência (poderia dizer, geralmente) isso tem lugar sem a consciente compreensão do cérebro físico. Esta primeira iniciação é - e sempre foi - uma iniciação de massa, mesmo quando individualmente registrada e lembrada. Milhares de aspirantes em todos os países (como resultado do esforço consciente para compreender) permanecerão diante do iniciador e passarão pela iniciação do Batismo; pão e água são os símbolos dessas duas primeiras iniciações; esses são os essenciais básicos para a vida no plano físico, e são igualmente básicos em suas implicações espiritualmente; isto o iniciado sabe. Estas duas iniciações são somente as duas de significativa importância nesta época, devido à sua relativa proximidade.

É o retorno do Cristo que trouxe essas tendências subjetivas espirituais da humanidade à superfície e tornou possíveis essas duas iniciações. É a atividade do sétimo Raio da Ordem e do sexto Raio do Idealismo que gerou a tendência na humanidade para a magia branca de corretas relações humanas. Eles têm fomentado a tendência para o controle ideológico da consciência humana. É a saída da Era de Peixes com seu tipo de energia, e a chegada ao poder da Era de Aquário (com suas potentes energias purificadoras e sua qualidade de síntese e universalidade) que tornará possível a nova ordem mundial. É, portanto, aparente que, a oportunidade diante da humanidade jamais foi tão promissora e que a unida relação e fusão de todas essas energias tornam a manifestação dos Filhos de Deus e o aparecimento do Reino de Deus um inevitável acontecimento na nossa vida planetária.

Quando estudarmos as outras energias de raio e seus efeitos iniciatórios, não poderemos indicar muita coisa em relação à própria humanidade. Somente as duas primeiras iniciações que são executadas pelo Cristo e que estão “sob a supervisora provação da Hierarquia espiritual” são, por enquanto, possíveis à humanidade. A iniciação da Transfiguração ainda não é para a massa dos homens. Nós podemos, porém, estudar os efeitos desses raios no que diz respeito ao discípulo, porque as iniciações posteriores - da terceira em diante - são administradas pelo Senhor do Mundo a partir de Seu alto lugar em Shamballa; no presente período mundial, essas iniciações são administradas individualmente e registradas, e a elas submetidas deliberadamente e com uma plena conscientização.

Ser-lhes-á evidente que necessariamente eu terei mais a dizer sobre as três primeiras iniciações e os efeitos dos raios sobre o iniciado e sobre a humanidade, do que será possível quando considerarmos as iniciações superiores. Os efeitos dos impactos dos raios nas três primeiras iniciações chegam via alma, e o iniciado é - durante este período - um aspirante em luta, sob a inspiração e estimulação da Hierarquia da qual ele se torna cada vez mais consciente. Depois da terceira iniciação, que, como bem sabem, é a primeira grande iniciação, a energia do raio é aplicada (se posso usar uma palavra tão inadequada) via a Tríade Espiritual, utilizando o antahkarana.

Depois da quarta iniciação, os efeitos são sentidos predominantemente no grupo do iniciado e em seu campo de serviço; lá, ele constitui um ponto de tensão e precipita grandes pontos de crise. Seus próprios pontos de crise e de tensão existem, porém, misteriosamente, só em relação à sua consciência de grupo no qual ele desempenha um papel cada vez mais potente.

Os grupos afetados pelo progressivo processo iniciatório ao qual o discípulo está sendo submetido são em número de três, e esses efeitos diferenciam e condicionam seu serviço grupal, de acordo com a iniciação sofrida; é sob este ângulo que devemos estudar a iniciação, o efeito dos raios e os resultados produzidos dentro dos três grupos. São eles:

1. O grupo no qual o iniciado está trabalhando no plano físico e que é uma exteriorização (existente nos planos mental e astral) de alguma fase do trabalho patrocinado pelo Novo Grupo dos Servidores do Mundo.

Todos os discípulos e iniciados em manifestação física são, nesta época, membros daquele grupo, o qual é o ponto focal do esforço presente sendo feito pela Hierarquia. Através dele, flui energia espiritual de cinco dos Ashrams. Esses cinco são:

a. O Ashram do Mestre K. H., particularmente em relação ao trabalho da educação.

b. O Ashram do Mestre D. K. (eu mesmo), particularmente em relação aos aspirantes à iniciação.

c. O Ashram do Mestre R., particularmente em relação à reorganização e reconstrução da Europa, sob o ponto de vista da economia.

d. O Ashram do Mestre Morya, ao procurar encontrar, influenciar e direcionar as atividades dos trabalhadores no campo político em todo o planeta.

e. O Ashram do Mestre Hilarion, ao supervisionar as descobertas (e a aplicação de tais descobertas) do movimento científico no mundo hoje.

Vocês notarão, portanto, o profundo e abrangente interesse deste campo de energia onde a energia de raio está agora ativa.

2. O grupo que pode considerar-se conscientemente como o grupo do próprio iniciado, no sentido de que ele está, lentamente, influenciando aqueles que estão ao seu redor, reunindo o pessoal e formando o núcleo do Ashram por meio do qual ele poderá, algum dia, servir ao mundo. Nem todos que estão fazendo a iniciação necessariamente criam seus próprios ashrams, embora um grande número deles o faça. O trabalho daqueles iniciados que não formam um ashram é extremamente misterioso, sob o ponto de vista da humanidade aspirante, e pouco há que eu possa dizer sobre o assunto.

Esses iniciados trabalham em conexão com planos emanando de Shamballa, dos quais a humanidade nada pode saber; eles trabalham com os três reinos subumanos da natureza, cada um dos quais tem seu próprio peculiar e específico grupo de trabalhadores iniciados. Caso não façam isso, eles transferem-se para certos grupos de trabalhadores que estão ocupados em atividades relacionadas com a evolução dévica ou angélica, ou em relação com a manifestação de energia sobre as quais nada posso dizer-lhes. Trataremos apenas da expansão de consciência e experiência daqueles iniciados que permanecem - em suas atividades e metas - relacionados com a humanidade e a Hierarquia. Podemos destacar que:

a. O trabalho da evolução dévica está sob a energia de raio do terceiro Buda de Atividade.

b. O trabalho com a humanidade vem sob a influência da energia do raio do segundo Buda de Atividade, Que incorpora, num sentido bastante peculiar, a energia condicionante da Hierarquia.

c. O trabalho com os reinos subumanos da natureza está sob a estimulação da energia do primeiro Buda de Atividade.

Cada uma destas grandes Vidas energizadoras trabalha através de certos Mestres e Iniciados da sexta iniciação; esses Mestres trabalham em plena consciência no plano átmico, o plano da vontade espiritual; a partir desse elevado nível, Eles funcionam como agentes transmissores para a energia de um dos três Budas de Atividade. Esses três Budas são os Agentes criativos do Logos planetário e os Controladores da Lei da Evolução.

3. O grupo ashrâmico do qual é uma parte e dentro do qual sua influência ou radiação espiritual é crescentemente sentida.

A percepção do iniciado e sua habilidade para trabalhar conscientemente dentro desta triplicidade de grupos torna-se o principal objetivo de seu esforço, uma vez a terceira iniciação tenha sido deixada para trás. Sua radiação magnética e a expressão de suas energias controladoras - anteriores a esta etapa de desenvolvimento - é a da alma, trabalhando através da personalidade. Depois da terceira iniciação, esta radiação e energia expressada torna-se crescentemente monádica e sujeita a três etapas:

1. A etapa onde o aspecto mais inferior da Tríade (o da mente abstrata) torna-se potente como transmissor de ideias; estas são transformadas, pelo iniciado, em ideais para o serviço da humanidade.

2. A etapa onde a razão pura, mais a vontade espiritual, faz dele um efetivo servidor do Plano e um transmissor, de modo progressivo, do Propósito que subjaz ao Plano.

3. A etapa onde a pura energia monádica flui através dele, focalizando a vontade-para-o-bem, tal como registrada pela Hierarquia, e o senso de universalidade (não uma expressão vaga, mas uma potência específica) no plano físico.

Um cuidadoso estudo destas classes de desenvolvimento de atividade e de consciência expandida indicará porque e como a nossa vida planetária é uma imensa síntese de atividade ordenada.

As energias de raio, utilizando o mundo da forma criado e o “mundo de formas sem forma” (isto é, os níveis etéricos de atividade cósmica), um grande e aplicado processo de atividade iniciatória, governando, controlando e condicionando cada expressão de vida divina em todos os reinos da natureza - subumano, humano e super-humano.

É neste mundo de ativas energias que se movem que o iniciado penetra e no qual ele tem que, conscientemente, desempenhar o seu papel. Como bem sabem, o trabalho do aspirante hoje é tornar-se um consciente, autocontrolado e espiritual trabalhador na energia dentro do círculo-não- se-passa dos três mundos e - como frequentemente tenho frisado - para funcionar, primeiro que tudo, no controle de seu instrumento físico, demonstrando isso na primeira iniciação e durante os processos iniciatórios seguintes; segundo, controlar sua natureza emocional- sensória, demonstrando esse controle na segunda iniciação; na terceira iniciação, ele tem de trazer o elemento mental à atividade visível, e assim, funcionar nos três mundos como uma personalidade permeada pela alma, utilizando a mente iluminada como um fator de fusão e síntese. Tendo realizado estas coisas, ele pode - novamente, em plena consciência - começar a ser ativo como “um ponto radiante de crise e um produtor da necessária tensão.”

Estes três grupos são essencialmente pontos de tensão planetária e são produtores de crises nas vidas dos indivíduos influenciados e na Hierarquia, assim como na vida planetária. Assim são criadas as condições que tornam possível a evolução. Algum dia, a história do processo evolutivo será escrita por um iniciado da grande Loja Branca, sob o ângulo de seus pontos de crise e os subsequentes pontos de tensão. Isto permite que as formas vivas, sob este impacto dual, venham a emergir em áreas mais vastas de consciência. Cada reino da natureza pode, ele próprio, ser visto como um ponto de tensão dentro da esfera do Ser do Logos planetário, e cada um - no tempo e espaço - está em processo de gerar aqueles pontos de crise que produzirão um potente (e frequentemente súbito) movimento adiante no Caminho da Evolução. A humanidade está hoje, em sua presente situação como um ponto de crise planetária, gerando tal ponto de tensão que ela estará, em breve, capacitada a avançar para a dispensação, cultura e civilização da nova era. O estudo do aspirante individual equipara-se a isto.

Estes pensamentos e ideias precisam ser lembradas enquanto estudamos as três grandes iniciações restantes com que a humanidade se confronta.

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Iniciação III. A Transfiguração. Raio V.
A energia do Conhecimento Concreto.

Como todos os discípulos têm de estar focalizados no plano mental e têm de operar a partir desse nível de consciência, a compreensão deste tipo de consciência é da maior importância. É insistente e facilmente dito que os discípulos e, necessariamente, os iniciados precisam usar a mente, e que sua polarização tem de ser mental. Mas, o quê isto significa? Darei algumas definições concisas desta energia de raio, deixando que vocês façam delas sua própria aplicação e, a partir de seus estudos sobre estes conceitos a respeito da mente, aprendam a aferir sua própria condição mental.

1. A energia daquilo que é, de forma tão peculiar, chamado de “ciência concreta", é a qualidade ou a natureza condicionante do quinto raio.

2. É, predominantemente, a substância do plano mental. Este plano corresponde ao terceiro subplano do plano físico, e é, portanto, de natureza gasosa - se vocês se derem ao trabalho de usar a correspondência da mesma como símbolo de sua natureza. É volátil, facilmente dispersa, é o agente receptivo da iluminação, e pode ser venenosa em seus efeitos, pois há, indubitavelmente, condições em que “a mente é a assassina do Real".

3. Esta energia é caracterizada por três qualidades:

a. A qualidade que é o resultado do relacionamento com a Tríade Espiritual. Chamamos a isto “mente abstrata", e o impacto que a afeta vem do nível átmico da Tríade Espiritual, o da vontade espiritual.

b. A qualidade que, neste sistema solar, é facilmente capaz de responder ao principal raio do planeta, o do amor-sabedoria. Tão responsiva é ela que - em conjunção com as emanações dos três mundos - produziu a única forma existente no plano mental. Esta forma (no sentido planetário) é a do Reino de Deus, e no sentido individual, é a do ego ou alma.

c. A qualidade que está, basicamente, relacionada com as emanações ou vibrações que surgem dos três mundos; estas, criativamente, resultam nas miríades de pensamentos-forma que se encontram nos níveis inferiores do plano mental. Assim, podemos dizer que estas qualidades ou aspectos do quinto raio de energia espiritual produzem:

Pensamento puro
O pensador ou o Filho da Mente
Pensamentos-forma

4. Esta energia, no que diz respeito à humanidade, é a energia criadora do pensamento-forma, e todas as impressões vindas dos planos físico, etérico e astral forçam-na a entrar em atividade no nível do conhecimento concreto, com uma resultante caleidoscópica apresentação de pensamentos-forma.

5. É, fundamentalmente, a mais potente energia, nesta época, no planeta, porque foi trazida à maturidade no primeiro sistema solar, o da inteligência ativa.

6. É a energia que admite a humanidade (e particularmente o discípulo treinado ou iniciado) aos mistérios da Mente do Próprio Deus. É a chave “substancial” para a Mente Universal.

7. É profundamente susceptível à energia do Amor-Sabedoria, e à sua fusão com o aspecto amor, nós damos o nome de sabedoria, porque toda sabedoria é conhecimento ganho pela experiência e implementado pelo amor.

8. Esta energia, em seus três aspectos, está relacionada, em um sentido peculiar, aos três Budas de Atividade. Essas três grandes Vidas alcançaram Seu atual estado de desenvolvimento no sistema solar anterior.

9. Esta energia, na medida em que é considerada como a energia mental de um ser humano - e esta é uma das menores limitações embora uma grande limitação para um ser humano - é a correspondência superior do cérebro físico. Podemos dizer que o cérebro existe porque existe a mente e esta precisa de um cérebro como seu ponto focal no plano físico.

10. A qualidade desta energia de conhecimento concreto ou ciência é dupla:

a. É extraordinariamente responsiva às impressões vindas desta ou daquela fonte.
b. É rapidamente levada a tomar forma em resposta à impressão.

11. As impressões recebidas vêm de três fontes e são, sequencialmente, reveladas ao homem. São elas:

a. Impressões vindas dos três mundos; elas vêm, em primeiro lugar, do indivíduo e segundo, dos níveis de consciência planetária.

b. Impressões da alma, o Filho da Mente, sobre o nível da própria mentalidade.

c. Impressões da Tríade Espiritual, via o antahkarana; estas ocorrem quando o antahkarana está construído ou em processo de construção.

12. Esta energia é, essencialmente, uma transportadora de luz. Ela responde - mais uma vez, sequencialmente, em tempo e espaço - à luz do Logos. É por esta razão que a mente é considerada como iluminada quando estão presentes os contatos superiores e como iluminadora quando se trata dos planos inferiores.

13. Esta energia, sob o ponto de vista humano, é despertada e trazida à atividade por meio da ação dos cinco sentidos, os quais são os transmissores de informação dos três mundos para o plano mental. Podemos dizer que:

a. Cinco correntes de energia informativa, portanto, causam impacto sobre a mente concreta e emanam do plano físico-astral.

b. Três correntes de energia, vindas da alma, também fazem uma impressão sobre a mente concreta.

c. Uma corrente de energia - durante o processo iniciatório - contata a mente. Esta energia parte da Tríade Espiritual e utiliza o antahkarana.

14. A energia deste quinto raio pode ser considerada como o senso comum, ou bom senso, porque ela recebe todos esses impactos de variadas energias, sintetiza-as, estabelece a ordem entre esses muitos e incessantes impactos e interpreta-os, criando assim a multiplicidade de forma a que damos o nome de “pensamento mundial".

15. Esta energia transforma as ideias divinas em ideais humanos, relacionando os conhecimentos e ciências da humanidade a esses ideais, tornando-os, assim, exequíveis fatores na evolução humana, suas culturas e civilizações.

Há muito mais que eu poderia acrescentar, mas o que já foi dado acima oferece uma série de definições simples de valor enquanto vocês estudam o desenvolvimento mental do discípulo que se submete ao processo iniciatório que é nosso tema no momento. Também lança luz sobre o efeito dos raios sobre a humanidade como um todo. Esta energia de raio é, de fato, tristemente concreta em sua expressão na nossa raça ariana - uma raça, porém, que verá mais pessoas fazendo a iniciação do que jamais antes na história humana, e que, num sentido peculiar, verá a descida à Terra do Reino de Deus como resultado da subida de tantos pela escada da evolução. Assim como o discípulo ou o iniciado é uma personalidade permeada pela alma, assim também a humanidade - no plano físico - será permeada pela alma, precipitando assim o Reino de Deus e dando nascimento a um novo reino na natureza.

Esta grande descida espiritual será prefaciada (se posso usar tal palavra) pelo aparecimento do Cristo entre os povos do mundo e por um estupendo influxo de amor-sabedoria. Há uma tendência nas mentes dos esoteristas a sempre referirem-se às grandes linhas de força: 1-3-5-7 e 2-4-6. Gostaria que vocês se lembrassem com ênfase ainda maior da relação dos raios II e V e do segundo plano, o plano monádico e o quinto plano, o plano mental; é a relação destas principais energias que torna possível a iniciação da Transfiguração.

Qual é o efeito destes raios sobre a humanidade como um todo e nesta época? O efeito dessas influências é muito grande e de suprema importância nesta quinta raça-raiz, a raça ariana, neste segundo sistema solar. De novo, vocês podem ver a clareza das correspondências que estão emergindo. Quero que as notem novamente.

1. Raio II, o Raio do Amor-Sabedoria; e o Raio V, o Raio do Conhecimento Concreto ou Ciência.

2. O segundo plano, o plano monádico; e o quinto plano, o plano mental.

3. O segundo sistema solar de amor; e a quinta raça-raiz, a raça ariana, da inteligência ativa.

Em todos estes relacionamentos básicos, aquele que é o quinto, pela ordem, está destinado a ser o instrumento, o veículo ou o fator implementador, para o segundo. A Mente Universal, trabalhando através de todos os planos de nossa vida planetária consciente, é o agente criativo e o fator construtor da forma que torna possível a revelação do amor.

Hoje, em nossa era e raça arianas, vemos a expressão vital desta energia do quinto raio. Quando uso a palavra “raça" não me refiro às pseudocientíficas diferenciações, feitas pelo homem, de nações, raças e tipos. Refiro-me ao estado de consciência que é a consciência ariana ou mental; esta encontra seus expoentes e seus “membros da raça” em todas as nações, sem qualquer distinção ou omissões. Gostaria que se lembrassem disso cuidadosamente, pois não existe qualquer nova raça em processo de aparecimento, sob o ponto de vista territorial; há somente uma distribuição geral daquelas pessoas que possuem aquilo que tem sido chamado de características da sexta raça-raiz. Este estado de consciência encontrará sua expressão em pessoas tão distantes racialmente quanto os japoneses e os americanos ou os negros e os russos. Ele postula uma habilidade para funcionar com clareza no plano mental, para cotejar informações, interpretá-las corretamente e relacioná-las e para criar os necessários pensamentos-forma ou conceitos para essas interpretações.

Esses pensamentos-forma dividem-se em três grandes campos ou áreas de consciência de pensamentos-forma:

1. Ciência. Sob esta palavra incluo tudo que se supõe seja coberto pelos processos educacionais, e ciências úteis como a medicina.

2. Filosofia, com sua apresentação de grandes ideias condicionadoras.

3. Psicologia, com seu esforço para explicar a humanidade e descobrir o quê o homem é essencialmente e como ele funciona.

Vocês notarão que não inclui a religião nesta análise. A razão para isto é que SE as religiões mundiais fossem realmente controladas pelo conhecimento concreto ou ciência, elas não seriam os sistemas vagos, especulativos, místicos controlados pela miragem que são hoje. Algum dia, as mentes dos homens - iluminadas pela luz da alma - formularão uma religião universal reconhecida por todos. Então, o Reino de Deus será conhecido pelo que ele é: outro reino na natureza. A especulação, os desejos ilusórios e a esperançosa aspiração desapareceriam. A ciência do ocultismo é o primeiro passo no caminho da verdadeira religião e a investigação científica da psicologia humana grandemente ajudará a este fim.

Hoje, nós encontramos esta energia de raio expressando-se, principalmente, através da ciência - uma ciência tristemente degradada e corrompida pelo materialismo e cobiça humana, mas uma ciência que (quando animada, inteiramente, pela boa vontade) erguerá a humanidade para níveis superiores de consciência, lançando assim os fundamentos para aquela época quando a humanidade, em larga escala, poderá passar pela Iniciação da Transfiguração. Passos nessa direção já estão sendo dados, e a existência da imprensa, do rádio e dos rápidos meios de transporte muito têm feito para implementar a revelação daquela unidade e daquela Unicidade que é a principal característica da Mente Universal.

Estes desenvolvimentos podem ser considerados como os passos iniciais do processo iniciatório para a terceira iniciação - embora distante como está esta iniciação para a massa dos homens. É a unificação e um crescente senso de unicidade que se exige para receber esta iniciação, e é a personalidade integrada que a recebe. O maior pecado da Rússia, aquele que prostituiu e deformou o impulso divino inicial que subjaz na ideologia daquele país, é a determinação que ele demonstra atualmente para ser separatista e para isolar o povo russo do contato com o mundo, usando as armas do logro e detendo a informação. Não é a natureza totalitária do governo russo o mal maior; é a recusa em desenvolver a consciência universal. Muitos governos hoje são de natureza totalitária, seja de forma aberta ou sutil, mas, ao mesmo tempo, seus povos têm livre acesso à imprensa e ao rádio e não são mantidos ignorantes dos acontecimentos mundiais. A Rússia está sendo arrastada para uma pronunciada expressão da grande heresia da separatividade. É aí que reside o seu problema - um problema que seus dirigentes se recusam a reconhecer.

A existência de uma mente fechada em escala nacional é extremamente perigosa, assim como o indivíduo está num perigoso “estado de mente" quando ele a fecha para o contato mundial, notícias mundiais e compreensão mundial, e quando ele se recusa a admitir novas ideias e novos modos de comportamento. Felizmente, a influência da energia deste quinto raio - que está sempre presente, esteja o raio em encarnação ou não - está firmemente conduzindo a humanidade para a iluminação.

Esta energia de raio opera sempre em conexão com a Lei das Clivagens. Hoje, tremendas clivagens entre o passado e o presente estão em ordem. A importância desta afirmação encontra-se no fato de que - pela primeira vez na história humana - a humanidade tem consciência da clivagem no momento em que ela está sendo produzida. Até aqui as clivagens têm sido notadas durante um retrospecto histórico. Hoje, todos os homens, em toda parte, têm consciência do fato de que a velha ordem, as velhas culturas e civilizações estão rapidamente desaparecendo, e eles estão universalmente clamando pelo novo. Em toda a parte, os homens estão lançando os fundamentos para a nova ordem, cuja vinda está ameaçada somente por um país, a Rússia, devido à sua separatividade, e não devido à sua ideologia, e por um grupo mundial em cada país - aqueles culpados de ganância financeira e consequentemente agressividade.

Antes que a humanidade possa passar pela Iniciação da Transfiguração, a nova ordem mundial precisa estar funcionando e a próxima civilização precisa ter chegado ao seu ápice. É inútil para mim considerar com vocês esta terceira iniciação em conexão com a humanidade como um todo, ou seu processo iniciatório preparatório ou subsequente. Tudo isto jaz ainda muito à frente para poder ser considerado mesmo pela humanidade avançada; todavia, há discípulos mais antigos que se estão preparando para esta iniciação, assim como há uns poucos que estão passando pelo processo iniciatório que antecede à quarta iniciação.

A destacada expressão da energia deste quinto raio pode ver-se na rápida formulação das muitas ideologias que têm tido lugar desde 1900. Palavras como fascismo, comunismo, nacional socialismo e socialismo na concepção britânica, e os nomes de muitas escolas de psicologia e filosofia eram desconhecidas há alguns anos atrás; hoje, elas fazem parte da conversação do homem da rua. O influxo desta energia mental no mundo dos homens, o fato de muitos milhares terem logrado alcançar a consciência da habilidade mental, e a conquista da polarização mental pelos aspirantes no mundo todo se devem à atividade da energia deste quinto raio; isto pode ser considerado como o trabalho preparatório para a primeira e segunda iniciações. Parte deste sucesso deve-se também a uma função pouco percebida desta energia do quinto raio - a da interação telepática. Poucas pessoas percebem quão telepáticos são os seres humanos ou quão impressionáveis são suas mentes; mais uma vez, isto é o efeito da influência do quinto raio.

A criação (e eu devia acrescentar, a supercriação) dos milhões de coisas materiais que os homens, em toda parte, consideram essenciais para o seu bem-estar é, também, o resultado da atividade criativa da consciência do quinto raio. Isto é, por certo, como ela se demonstra no plano físico. Quando ela se demonstra no plano mental, nós, então, falamos de ideias, conceitos, filosofias e ideologias. Quando ela se demonstra no plano astral, nós nos tornamos conscientes do impulso religioso, do misticismo e dos desejos emocionais e condicionantes. Todos estes aspectos estão presentes na consciência dos homens em toda parte. Tudo se está cristalizando na consciência humana, e isto tem lugar com o fim de tornar o homem consciente de modo ele se encontra na escada da evolução, e do que está certo e do que está errado. Mais uma vez, tudo isto se deve à influência da energia do quinto raio. Isto começará a transformar a vida e desejos humanos e também seus negócios e atitudes, e eventualmente, levará, na metade da sexta raça-raiz, à grande Iniciação da Transfiguração na qual a realidade que está por trás de todos os fenômenos humanos será revelada.

Consideremos, agora, o efeito da energia deste raio na vida do indivíduo quando ele enfrenta a terceira iniciação. Esta terceira iniciação é, como disse antes, a primeira iniciação, sob o ângulo da Hierarquia; é aquela na qual o homem espiritual demonstra seu completo controle sobre a personalidade. O corpo físico foi controlado por meio de disciplinas físicas; a natureza emocional foi reorganizada e tornada receptiva à impressão espiritual vinda do plano da razão pura, o plano búdico, através do processo transformador da mente, ou quinto princípio. Em relação a isto, a mente agiu como organizadora da reação astral e dispersadora da miragem. O discípulo está agora, em sua consciência diária, focalizado no plano mental, e a relação triangular dos três aspectos da mente neste plano é, agora, dominante. Na iniciação seguinte, a da Renúncia, esta relação torna-se dual, em vez de triangular, através da destruição do veículo da alma, que não mais é necessário. A fusão da alma com a personalidade é agora completa.

Durante o processo iniciatório que precede a terceira iniciação, a mente trabalha em uma nova maneira. Seu trabalho transmutador com o corpo físico foi completado; seu trabalho transmutador com a natureza emocional foi bem sucedido, e agora, seu trabalho transfigurador com a personalidade como um todo é levado adiante, tornando possível a iniciação da Transfiguração. É importante para o estudante considerar estas três atividades da mente. O agente transmutador, no primeiro caso, é a mente inferior ou concreta; o agente transformador é a alma, enquanto o agente transfigurador é a Tríade Espiritual, trabalhando através da mente superior ou abstrata. Vocês notarão aqui a maravilhosa síntese do trabalho espiritual. Quando este trabalho está concluído, torna-se possível a iniciação do terceiro grau. Isto produz novos e impulsionadores contatos. Lembrem-se que quando uso a palavra “novos” refiro-me àquilo que é novo na consciência, uma vez que a síntese básica e o relacionamento fundamental existem sempre em reconhecimento factual, porém, somente é progressivamente percebido pelo homem espiritual que evolve.

É quase impossível diferenciar os resultados da energia do quinto raio nos vários aspectos da personalidade, pela razão de que o iniciado está agora funcionando como uma personalidade permeada pela alma, e portanto, os três aspectos dessa personalidade são, nada mais, nada menos, do que agentes da alma, e assim, respondem progressivamente ao influxo da energia da Tríade. Podemos dizer, portanto, que como resultado da Iniciação da Transfiguração - o ponto culminante do desenvolvimento estritamente humano - os três tipos de energia que são expressos por meio da Tríade Espiritual podem começar - apenas começar - a fluir através de seu próprio reflexo nos três mundos. Deixe-me dizer isto da seguinte maneira:

1. A energia diretora da mente superior é - como resultado da Iniciação da Transfiguração e via o antahkarana - lançada para o cérebro; portanto, o homem no plano físico é guiado, dirigido e controlado pelo propósito grupal e pelo plano hierárquico.

2. A energia iluminadora da razão pura, emanando do plano búdico, flui para o corpo clarificado e organizado de resposta sensível que é tudo que resta daquilo que tem sido chamado de corpo astral. Isto ocasiona completa liberdade da miragem e a criação de “um límpido poço de resposta tão racional ao amor de divina relação” que o iniciado se torna um sensível revelador desse amor.

3. A energia dinâmica vinda do plano átmico, o aspecto superior da Tríade Espiritual, flui para a mente e começa, lentamente, a revelar a vontade-para-o-bem, que é essencialmente, a vontade de Deus.

Por trás destas três diferenciações que são todas expressões ou aspectos da mente universal ou divina, o iniciado tenuemente sente ou começa a perceber conscientemente aquilo que tem sido chamado a Mônada, ou Espírito, ou Vida. Isto é sutilmente revelado na Iniciação da Transfiguração do Mestre Jesus Que representou todas as cinco iniciações humanas em benefício da humanidade. Neste dramático quadro da terceira iniciação, os três discípulos (ou os três veículos da personalidade) prostraram-se ao chão e o Próprio Mestre (a personalidade personificada) é transfigurado diante deles. Neste ponto de clímax, eles ouvem aquilo que é chamado “a voz do Pai” falando ao Jesus transfigurado.

A personalidade está agora de posse do conhecimento, pois a energia do quinto raio realizou o necessário trabalho; o discípulo está, também, ciente de que ele está de posse da sabedoria que lhe permite usar o conhecimento no avanço do Plano, e portanto, trabalhar como um fator iluminador no mundo dos homens. Ele sabe, claramente, o que foi realizado e pressente algo do que está à frente. O grande princípio de clivagem (que o quinto raio governa) é o fator dominante neste sentido de tempo, ele agora diferencia claramente o passado do presente e aquilo que está determinado no futuro. A clivagem, no sentido de separatividade, está finda para ele e ele agora sente e conhece algo da unidade essencial de toda a vida manifestada; portanto, sob o ângulo do espaço, ele dominou e venceu a clivagem e a divisão, porém não no sentido do tempo. A grande heresia da separatividade não mais existe em sua consciência; porém, a consciência do processo iniciatório não terminou ainda, porque isso envolve o reconhecimento do tempo.

Durante o processo iniciatório entre a segunda e terceira iniciações, o iniciado tem que batalhar contra a ilusão exatamente no mesmo sentido como anteriormente ele teve que batalhar contra a miragem. Ilusão é, em ultima análise, o controle dos processos mentais por grandes e maciços pensamentos-forma; este conflito persiste deste o momento em que o discípulo atinge a polarização mental (em um ponto a meio da segunda e terceira iniciações) até permanecer diante do Iniciador na sexta Iniciação da Decisão, quando a última ilusão desaparece. Vocês sentirão e comentarão que os Mestres estão, pois, sujeitos à ilusão. Isto é verdade, e há grandes e básicas ilusões governando a vida dentro da Hierarquia. Não obstante, são ilusões de uma ordem tão elevada que - para a humanidade avançada - elas significariam uma conquista. Posso dar-lhes somente um exemplo de tal ilusão, mas esse mostrar-se-á claro e suficiente. É somente na sexta Iniciação da Decisão que a ilusão do círculo-não-se-passa planetário finalmente desaparece. O Mestre, então, sabe que tal limitação não existe. Para Ele, a escolha entre os sete Caminhos torna-se possível. Esta ilusão básica constitui, para a humanidade, um grande mistério hierárquico e está baseada no Princípio de Privação, por meio do qual o Logos planetário escolhe circunscrever Sua liberdade e limitar Suas atividades.

Esta curiosa liberdade de sucessivas limitações é vivenciada na terceira, sexta e nona iniciações, as quais estão, em uma misteriosa maneira, todas relacionadas umas às outras. A Transfiguração, eventualmente, conduz à Decisão, a qual, no devido tempo, culmina com uma recusa final de aceitar quaisquer limitações planetárias.

Será óbvio para vocês que quanto mais elevada a iniciação menos qualquer energia envolvida terá conexão com a personalidade ou será por ela controlada. Progressivas e reconhecidas fusões têm lugar à medida que é feita uma iniciação após outra; o efeito da energia envolvida será notado em relação à humanidade como um todo, ao trabalho do Ashram dentro da Hierarquia e à vida planetária. Isto deve ser sempre mantido em mente e necessariamente deve limitar a esfera do ensinamento que lhes posso dar.

Deixem-me agora fazer um resumo dos efeitos da energia deste quinto raio em relação à humanidade e ao iniciado individual:

1. Primeiro que tudo, dei quinze itens de informações sobre a energia deste quinto raio, ou quinze definições de sua atividade. Isto exige um estudo cuidadoso.

2. Foi considerado o efeito da energia deste quinto raio sobre a humanidade nesta quinta raça-raiz; foi notado que este efeito ariano foi extremamente dominante e dinâmico e que grandemente acelerou a evolução humana.

3. Destaquei a estreita relação entre amor e mente, como segue:

a. Raio II e Raio V
b. Plano II e plano V
c. Sistema Solar II e raça-raiz V

Em todos esses relacionamentos, o quinto em ordem é o principal agente e o revelador do segundo tipo de energia espiritual.

4. A energia do quinto raio produz três áreas principais de pensamento, ou três principais condições onde a energia criadora do pensamento-forma pode expressar-se:

a. Ciência ..... educação ..... medicina
b. Filosofia ..... ideias ..... ideais
c. Psicologia ..... em processo moderno de desenvolvimento

5. Esta energia do quinto raio opera em conexão com a Lei de Clivagens.

6. É também responsável pela rápida formação de grandes ideologias condicionadoras.

7. A energia deste quinto raio é o fator importante em tornar possível a primeira grande iniciação, a da Transfiguração.

8. A energia do quinto raio trabalha de três modos em conexão com os três aspectos da personalidade:

a. Como agente transmutador ..... o corpo físico
b. Como agente transformador ..... o corpo astral
c. Como agente transfigurador ..... o corpo mental

Há aqui muito material em que pensar, pois isto indica a meta da personalidade e o modo pelo qual ela é alcançada. Depois da terceira iniciação, nós alcançamos maiores expansões da consciência e entraremos então num reino de ideias que, por enquanto, os discípulos não podem apreciar ou compreender facilmente. Grande parte do que eu tenho a dizer sobre energia de raio e iniciações superiores pouco significado terá para muitas pessoas, mas terá grande significado para a consciência do iniciado. Os iniciados do mundo estarão chegando à encarnação nesta época, e por volta do fim deste século, lerão minhas palavras com grande entendimento.

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Iniciação IV. A Renúncia. Raio IV.
A Energia da Harmonia através do Conflito.

Nosso estudo hoje é de profundo interesse e tem uma grande importância na situação mundial presente. Gostaria de tornar claros dois importantes fatos:

1. O fato de que a guerra mundial (1914-1945) era totalmente inevitável, embora o conflito pudesse ter sido restrito a níveis mentais, se a humanidade tivesse decidido corretamente.

2. O fato da inevitabilidade do retorno do Cristo nesta era e num futuro relativamente imediato. Nós estamos lidando com leis imutáveis, pois as energias dos vários raios movem-se segundo a lei; a humanidade nada pode fazer a não ser aceitar, determinando somente aquilo que posso chamar o local, ou a esfera de atividade, de ambos esses grandes eventos. A determinação da humanidade de decidir-se pela luta, no plano físico, os assuntos envolvidos na guerra mundial, ao mesmo tempo determinaram automaticamente a esfera da atividade do Cristo - como tentarei mostrar- lhes. De muitos modos, esta instrução é uma das mais importantes que eu já dei devido às suas essenciais e obvias implicações. Estudaremos, pois, a quarta iniciação e sua relação com o quarto Raio da Harmonia através do Conflito.

Este quarto raio, como já lhes foi dito várias vezes, está fora de encarnação, no que diz respeito aos egos reencarnantes ou almas dos homens. Contudo, visto por outro ângulo, ele está sempre ativo e sempre presente, porque ele é o raio que governa o quarto raio da natureza, o reino humano nos três mundos da evolução estritamente humana.

É a energia dominante, sempre exercendo pressão sobre o quarto reino; esta pressão começou a exercer-se primariamente no fim da quarta raça humana, a raça dos homens atlantes. Por essa época, os homens começaram a mostrar evidências de um crescente senso de responsabilidade, e portanto, do poder de demonstrar escolha discriminativa. Isto levou à grande guerra na quarta raça que culminou no Dilúvio, do qual todas as partes do mundo dão testemunho, assim como a maioria das Escrituras mundiais. Nessa era, na qual o mundo dos homens então conhecido foi extensivamente envolvido, as Lojas Negra e Branca de adeptos estavam também implicadas, e a primeira grande luta entre os demonstradores do mal e as Forças da Luz teve lugar; ela foi inconclusiva, com a evidência da derrota encontrado no lado do bem, mais do que no lado do mal. Sob o simbolismo do Dilúvio, torna-se claro para os estudantes que a luta foi primariamente focalizada no plano astral, embora travada, historicamente, no plano físico; ela resultou na destruição do mundo pela água, como ela pode ser simbolicamente expressa.

Na luta culminante do passado imediato, o plano mental foi o foco das forças amalgamadas, pois a guerra foi, na realidade, um embate de ideologias e foi mais o resultado do pensamento do homem do que de seus desejos emocionais. Portanto, ela, automaticamente, envolveu os três níveis da atividade humana e foi travada no plano físico, embora fosse impulsionada a partir do plano mental. Desta vez, o símbolo do fogo foi envolvido em vez da água, e este fogo levou à destruição de homens e cidades, pelo fogo (literalmente “fogo do céu”), pela evocação de ferventes emoções tão comuns nos conselhos dos homens desta época, e pela seca do ano de 1947 que queimou o terreno na Europa e Grã-Bretanha, sendo - de forma bastante curiosa - precedida por enchentes e chuvas do início da primavera, evidenciando, assim, a repetição de ciclos; esta repetição é característica do processo natural, retratando cada etapa da evolução do homem, mas produzindo um ponto culminante que é indicativo do passado e do presente, porém, deixando (como hoje é o caso) o futuro trancado nos processos determinantes do pensamento e planejamento do homem. Tal como o homem pensa e decide “em seu coração", assim será o futuro da humanidade, pois o processo é o mesmo tanto para a humanidade como um todo, quanto para o individuo.

Gostaria de cobrir este tema dividindo o assunto nas partes seguintes:

1. O tipo particular de energia envolvida e seu efeito iniciatório. Isto diz respeito ao Princípio de Conflito contido na atividade deste quarto raio.

2. O efeito sobre a humanidade como um todo. A “Iniciação da Renúncia” é uma expressão do resultado da atividade deste Princípio.

3. O fator do segundo Raio de Amor-Sabedoria uma vez que ele, basicamente, controla o Raio IV e implementa o retorno do Cristo, porque a potência do centro do coração está envolvida.

4. O efeito deste Raio IV no mundo moderno das nações e das organizações fundamentais.

5. O resultado da atividade deste quarto raio sobre o discípulo individual:

a. Nos três aspectos de sua natureza, física, emocional e mental.
b. Sobre a personalidade permeada pela alma.

6. Resumo de todo o tema e uma previsão de futuras possibilidades.

Tentarei tratar disto o mais concisamente possível e tão brevemente quanto a importância histórica e seu ângulo definido permitam. Toda a história humana tem sido condicionada pelo quarto Raio da Harmonia através do Conflito, e é este raio que determinou o círculo-não-se-passa dentro do qual a humanidade tem de trabalhar.

Nesta época, o efeito deste raio é, predominantemente, de natureza grupal e não há almas de quarto raio em encarnação - exceto nas fileiras dos discípulos da Grande Loja Branca. Uma vez tenha a humanidade decidido sobre a meta e o método de reconstrução e reorganização que deverá ter lugar dentro da periferia do círculo-não-se-passa do quarto raio, então - se a decisão da humanidade for correta e não for adiada - muitas almas de quarto raio reiniciarão a encarnação e assim implementarão a decisão humana. Isto marcará um ponto decisivo na história humana e permitirá que a energia do sétimo raio seja utilizada com o máximo proveito.

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