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Os Raios e as Iniciações

Parte Dois C


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Os Raios e as Iniciações
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Parte Dois C
O Aspirante e as Grandes Iniciações

O ASPIRANTE E AS GRANDES INICIAÇÕES

Abordamos agora a segunda parte de nosso tema, tratando das iniciações maiores. Faremos isso primariamente sob o ponto de vista da energia dos raios, considerando o assunto sob o ponto de vista do iniciado. Será que você, meu irmão, percebe que isto jamais foi feito antes? O ensinamento até agora divulgado sobre a iniciação tem sido apresentado de forma pictórica e simbólica; o entendimento do processo dependia da correta interpretação. Nesta era materialista, essa interpretação tem sido grandemente de natureza material; a ênfase foi dada ao tangível e supostamente aspecto forma da iniciação.

Proponho aqui uma abordagem diferente, e peço-lhes que tenham em mente algumas palavras tiradas dos velhos Arquivos que são as seguintes:

“Energia é tudo que existe, ó Chela na luz, mas não é conhecida. É a causa do conhecimento e sua aplicação e sua compreensão conduzem ao entendimento expandido.

Através da energia os mundos foram feitos e através dessa energia eles fazem progresso; através da energia, as formas se desenvolvem e morrem; através da energia, os reinos se manifestam e desaparecem abaixo do limiar do mundo que sempre é e que será para sempre.

Através da energia, sobe-se à Cruz e, a partir do vórtice das quatro forças unidas, o iniciado passa através da porta e é impelido para a Luz - a luz que cresce de ciclo para ciclo e é conhecida como a Própria Energia divina.”

Não conseguirei evitar uma certa abordagem simbólica e sou forçado a usar palavras que falham em expressar a verdade. A extensão do entendimento de vocês está baseada no seu ponto de evolução, na atitude de sua mente ao abordar este tema e no ponto de tensão que vocês conseguirem alcançar.

Iniciação é, em sua mais simples definição, uma compreensão do Caminho, pois compreensão é uma energia reveladora que permite a conquista. Iniciação é um crescimento na experiência e a conquista assim de um ponto de tensão. Mantendo esse ponto de tensão, o iniciado vê o que está adiante. A Iniciação permite uma entrada progressiva na mente do Logos criador. Esta última definição é talvez uma das mais importantes que já dei. Reflitam sobre minhas palavras.

Iniciação é um sistema ou um processo científico onde o setenato de energias que compõem a soma total das existências dentro de nossa Vida planetária são realizadas e conscientemente usadas para o desenvolvimento do Plano divino. Pode-se também dizer que a iniciação é um método pelo o qual a circulação de energias é implementada pela abertura ou o despertar de certos centros planetários e humanos ao impacto da qualidade de seus raios, potência e divina intenção. É esta informação que jaz no coração do ensinamento da Laya Ioga ou Ciência dos Centros.

A RELAÇÃO DOS SETE RAIOS COM AS INICIAÇÕES

Será óbvio para vocês que, uma vez que a energia é a base de todo o nosso mundo manifestado, uma iniciação seja uma condição de consciência onde o discípulo plenamente preparado utiliza as energias disponíveis na época da iniciação, para provocar mudanças dentro da consciência de uma natureza momentosa e reveladora. Cada iniciação põe o iniciado numa posição de controlar certas energias relacionadas e capacita-o a tornar-se crescentemente um treinado manipulador dessas energias; cada iniciação lhe dá compreensão da energia relacionada e de seu campo de atividade; cada iniciação revela-lhe a qualidade e o tipo de estimulação a evocar quando posto em contato com qualquer energia de raio; cada iniciação estabelece um relacionamento entre o iniciado e a energia de raio envolvida, de modo que gradualmente, não importa qual seja o raio de sua alma ou o de sua personalidade, ele pode trabalhar com a qualidade e o aspecto criativo de todos os raios, embora mantendo sempre uma facilidade maior para trabalhar com o raio de sua própria alma, e mais tarde, com o raio da Mônada - um dos três grandes Raios de Aspecto.

Peço-lhes que se lembrem que todos os seres humanos devem, finalmente, expressar a qualidade e vida de um dos três Raios de Aspecto, mesmo se - em tempo e espaço - suas almas possam estar, originalmente, em um dos quatro Raios de Atributo. Seria útil enumerar aqui os raios e assim refrescar a memória do neófito:

Raios de Aspecto:

1. Raio do Poder, Vontade ou Propósito
2. Raio do Amor-Sabedoria
3. Raio de Inteligência Criativa Ativa

Raios de Atributo:

4. Raio da Harmonia através do Conflito
5. Raio do Conhecimento e Ciência Concreta
6. Raio do Idealismo ou Devoção
7. Raio da Ordem ou Magia Cerimonial

É o contato com a energia do terceiro Raio da Inteligência Ativa ou, como é às vezes chamado, da “aguda energia de divina percepção mental", que admite a consciência do iniciado nos “segredos da mente de Deus”. São os quatro Raios de Atributo que, no ciclo evolutivo, condicionam seu caráter, ou aparelho de contato, e evocam sua qualidade essencial. Os três Raios de Aspecto capacitam-no a fazer as quatro iniciações superiores - iniciações 6, 7, 8, 9 - e estão relacionadas exclusivamente com Shamballa. Os quatro Raios de Atributo, particularmente quando se sintetizam por intermédio do terceiro Raio de Aspecto, estão mais definidamente relacionados com a Hierarquia, e portanto, estão relacionados com as cinco primeiras iniciações. Os Raios de Aspecto estão essencialmente relacionados com a vida ou aspecto vontade da divindade; os Raios de Atributo estão relacionados com o aspecto consciência.

Cada ser humano, nas etapas iniciais de seu desenvolvimento (nas antigas Lemúria e Atlântida, ou possuindo hoje um estado de consciência lemuriano ou atlante - e há muitos assim), vem à encarnação em um dos quatro raios de atributo, porque esses raios são peculiarmente e, de forma única, relacionados com o quarto reino da natureza e, portanto, com a quarta Hierarquia Criadora. Durante o longuíssimo ciclo da presente quinta raça, a chamada Raça Ariana, houve um período que agora jaz no distante e esquecido passado, quando os indivíduos que tinham alcançado um certo estado de consciência transferiram-se para um dos três Raios de Aspecto de acordo com a predominância da energia ou a linha de força que estava condicionada por esses raios. Um dos Raios de Aspecto e dois dos Raios de Atributo (raios 3, 5, 7) estão condicionados pelo primeiro Raio do Poder ou Vontade, enquanto que os raios 4 e 6 estão condicionados pelo segundo Raio de Amor-Sabedoria. Isto já salientei anteriormente. Um ciclo de vidas no terceiro Raio da Inteligência Criativa, como eu prefiro chamá-lo, sempre precede esta transferência. Esta experiência de raio cobre um vasto período de tempo. Exceto no ensinamento ocultista e nos Arquivos que permanecem sob a custódia dos Mestres, a história - como nós a conhecemos e como expressa a emergência dos primitivos e primeiros tempos - não existe. Sob o ângulo do ocultismo, a história apenas cobre a emergência daquelas culturas e civilizações que são chamadas a quinta raça-raiz, somente uma pequena parte dela sendo reconhecida como ariana; esta última é simplesmente uma nomenclatura moderna e cientifica cobrindo um pequeno período da história moderna. O ciclo ariano cobre o período da relação entre grupos e nações embora postulando (como uma hipótese necessária) prévios e desconhecidos ciclos de vida humana quando o homem primitivo vagava pela terra; ou, às vezes, postulando a existência de anteriores civilizações que completamente desapareceram, deixando atrás delas leves traços de antigas civilizações e restos culturais, além de indicações de relacionamentos entre mundos dos quais não há prova positiva; estes, sugere-se, devem ter existido devido à semelhança da arquitetura, raízes da linguagem, tradições e os mitos de religiões.

Durante estes primeiros períodos, todos os seres humano estavam condicionados pelos quatro Raios de Atributo; tanto como almas ou como pessoas encarnadas estavam todos em um dos quatro raios. Nos meados do ciclo atlante, há incontáveis milhões de anos, a influência do terceiro Raio da Inteligência Ativa tornou-se extraordinariamente potente. Certos membros da humanidade avançada do período, gradualmente, encontraram seu caminho para dentro da corrente de energia divina a que chamamos terceiro raio. Desse modo, a possibilidade deles se tornarem personalidades integradas foi reconhecida pela primeira vez, e a humanidade foi reconhecida. Uma tal integração precisa sempre preceder a iniciação humana consciente.

Não se esqueçam de minha afirmação anterior de que todos os Raios de Atributo estão focalizados no terceiro Raio de Aspecto e são por ele absorvidos. Um estudo dos diagramas que eu dei e permiti que aparecesse em Um Tratado sobre o Fogo Cósmico os ajudará a entender isto. Eles serão úteis, desde que vocês se lembrem sempre que eles são apenas de natureza simbólica e constituem tentativas para indicar, visualmente, uma verdade.

A raça atlante foi predominantemente uma raça em que seus expoentes - “a flor da raça” ou “a crista da onda", como é chamada - expressou uma inteligência ativa. Era inteligência que seus iniciados tinham que demonstrar, e não amor-sabedoria, como é hoje o caso. Esta expressava-se como um foco mental, uma mente treinada capaz de iluminação, e grande habilidade criativa. Na raça ariana, que sob o ponto de vista ocultista pode ser considerada como abrangendo praticamente a totalidade da história como nós a conhecemos, a influência do segundo Raio de Amor-Sabedoria está, lentamente, tornando-se o fator dominante; os homens estão, rapidamente, encontrando seu caminho para esse raio, e o número de pessoas encontradas nessa linha de energia já é muito grande, embora ainda não tão grande como os do terceiro raio, como ele hoje se expressa através um dos quatro Raios de Atributo. Esta mais recente das raças humanas (novamente através de seus principais expoentes) tem de manifestar o espírito do amor através da sabedoria; a base desta expressão é uma desenvolvida inclusividade, uma compreensão em desenvolvimento, e uma aumentada percepção espiritual que é capaz de perceber aquilo que jaz além dos três mundos da evolução humana.

Podemos dizer aqui que a vida uni-direcionada do intelectual focalizado (aquela vida que os iniciados superiores demonstraram nas iniciações atlantes) e a extensa vida inclusiva do moderno iniciado ariano, é o objetivo diante do discípulo no Caminho do Discipulado e nos Ashrams dos Mestres. A presença na humanidade, hoje, de uma ardente inteligência e crescente inclusividade é simbolizada pelas palavras “a vida vertical e horizontal”; é, portanto, visualmente representada sob o símbolo da Cruz. Indiquei-lhes aqui, portanto, que a Cruz é estritamente o símbolo do desenvolvimento ariano. O símbolo da velha Atlântida era uma linha, indicando a linha vertical do desenvolvimento e aspiração mentais. A consciência cristã, ou a consciência da alma, é o aperfeiçoar e controlar da mente, mais a demonstração do amor no serviço; estas são as marcantes características da Hierarquia e as qualidades essenciais daqueles que formam o reino de Deus.

Na próxima raça, que está ainda distante, e da qual somente os iniciados de graus superiores ao quinto são a expressão, o Raio de Aspecto que incorpora a Vontade de Deus tornar-se-á, gradualmente, dominante. Seu símbolo ainda não pode ser revelado. Haverá, então, uma fusão da divina energia com as desenvolvidas e em manifestação das energias da inteligência e do amor. Na raça final, que jaz à frente de incontáveis eras, aparecerá uma síntese criativa de todos os três Raios de Aspecto. Então, todas as almas estarão em um desses três raios, e todas as personalidades estarão em um dos quatro Raios de Atributo. Haverá, então, uma perfeita expressão - através da Humanidade, o terceiro centro divino planetário - da vida, da qualidade e da potência criativa de todos os raios.

Estes são fatos que gostaria que tivessem em mente enquanto consideramos a relação dos sete raios com a iniciação, neste particular período mundial, e durante o ciclo em que os Caminhos do Discipulado e da Iniciação são palmilhados. Grandes transições são então feitas; o poder para incluir e para amar, no verdadeiro sentido esotérico, produz mudanças e uma refocalização básica na vida do discípulo aceito e do iniciado; essas mudanças, transições e reações são provocadas pela ação das potências do raio durante o período de iniciação; o iniciado, então, entra em relação com os raios que o estão condicionando naquela época. Eles afetam a personalidade permeada pela alma, e também o Ashram a que ele está filiado. A qualidade e potência de um Ashram é definitivamente afetada pela admissão de um iniciado; ele traz não apenas sua própria potência e qualidades de raio como alma, mas também a energia dos raios que produziram as mudanças e que o condicionaram durante o processo iniciatório que ele acabou de sofrer. Ele, então, avança para uma nova etapa de contato consciente dentro do Ashram. Este novo estado de espiritualidade perceptiva permite ao iniciado entrar numa relação com todos aqueles que se submeteram a uma iniciação similar. Por conseguinte, ele torna-se crescentemente um agente construtivo e criativo no ashram.

É isto que necessita de sua cuidadosa preparação, a qual tem de ser acompanhada de sua compreensão do processo iniciatório no plano externo de atividade no serviço. Não lhe é permitido entrar na vida do ashram e tornar-se o recipiente de energias extraordinariamente ativas até que ele tenha provado que essas energias não serão “ocultamente retidas” por ele, mas que, ao contrário, se tornarão a “força e potência” de seu serviço entre os homens.

Estamos entrando agora numa análise bastante detalhada das energias dos sete raios e de seus efeitos sobre os processos iniciatórios que se apresentam ao discípulo. Cada iniciado entra no período de processo iniciatório possuindo um certo e definido equipamento de energia. Sua personalidade está expressando-se dentro da periferia dos três mundos através de claramente definidas formas de raio e relacionamentos. Ele é uma personalidade através da integração de sua mente, sua natureza emocional e seu corpo físico - a energia deste último fator fenomênico focalizada no cérebro físico. Todos estes são compostos pelas unidades de energia das quais são constituídos e são por elas condicionados e todas elas “focalizam sua intenção” por meio do cérebro físico, capacitando desse modo a personalidade a ser uma entidade autodirecionada no plano físico. A esta personalidade uma quinta grande energia precisa ser somada: a energia da alma. Cada uma destas expressões da personalidade é composta por uma das sete energias de raio e por elas governada, de modo que está presente uma grande dinâmica síntese, a qual - quando o processo iniciatório é iniciado - é, na realidade um composto de cinco energias:

1. A energia da alma, em si mesma uma energia tríplice.

2. As energias da personalidade, a qual é de tal potência (sendo uma fusão de três energias de raio) que evocou um raio que domina a personalidade e é chamado o raio da personalidade:

a. A energia compondo o veículo mental.
b. A energia que se demonstra como natureza emocional.
c. A energia do corpo físico, focalizada no plano físico e condicionando o cérebro.

Toda esta informação é elementar, mas repito-a por amor à clareza e para que possamos saber o que estamos aqui considerando. No caso do discípulo aceito que se está preparando para a iniciação, o termo empregado para este sistema de energias integradas é “personalidade permeada pela alma”. A fusão, é claro, não é completa, porém suficiente energia da alma está presente para garantir aquele mínimo de controle da alma que tornará efetivo o processo iniciatório.

Podemos também dizer que este sistema de energias integradas é (através do processo iniciatório) confrontado com fusões ainda mais elevadas, porque a iniciação é um processo pelo qual sucessivas integrações - seguidas por consequentes expansões de consciência - tornam-se possíveis. Essas fusões - em seu significado maior, sete, embora vinculando muitos pontos menores de integração - são como segue:

1. Fusão das energias da personalidade permeada pela alma com as três energias da Tríade Espiritual.

2. Fusão com a Mônada - da qual a Tríade Espiritual é uma expressão.

3. Fusão com a consciência mundial do Logos Planetário a um ponto que faz da vida planetária, com todos os seus estados de consciência e fenômenos, uma grande limitadora forma para o iniciado.

Em relação a esta fusão final, vale a pena destacar que, quando esta etapa de desenvolvimento é alcançada, torna-se, então, possível penetrar naquele “exaltado estado de mente” que mantém o Logos planetário focalizado na consciência do sacrifício que Ele fez por meio de todo o processo de manifestação. Como A Doutrina Secreta salienta, este sacrifício que ele fez em beneficio de incontáveis miríades de vidas que compõem Seu corpo de manifestação, O mantém em expressão física até que “o último e cansado peregrino” tenha encontrado o caminho de volta ao lar.

O alcance e propósito essencial deste divino sacrifício tornam-se cada vez mais claros para o iniciado depois da quinta iniciação e constituem um dos principais fatores que ele considera quando está diante da Iniciação de Decisão (a sexta iniciação). Em etapa alguma de seu desenvolvimento compreende ele o propósito básico e, falando ocultamente, a “extensão dinâmica" deste sacrifício, como ele é implementado pela vontade do Logos planetário. Não obstante, ele responde a uma compreensão mental do mais inferior aspecto objetivo deste sacrifício e à natureza da periferia, ou à forma aprisionadora (a totalidade) na qual o Logos planetário escolheu aprisionar-Se. Pela primeira vez em sua experiência de vida, ele chega à compreensão do princípio de limitação. Mais além deste exaltado estado de percepção mental, o iniciado não consegue penetrar; ele está limitado por aquela esfera de atividade a que nós chamamos os sete planos, e que, em sua totalidade, constitui o plano físico cósmico.

Muitas fusões menores têm lugar dentro da fase de desenvolvimento iniciatório que ocorrem entre uma iniciação e outra - uma tríplice fusão mental entre os três aspectos da mente (o veículo mental inferior, a alma ou Filho da Mente, e a mente abstrata ou superior), fusão com a consciência do Mestre, fusão com o ashram criado pela energia de raio que condiciona sua alma, fusão na consciência com a totalidade dos ashrams integrados que formam o Ashram de Sanat Kumara. Estas sucessivas e subsidiárias fusões revelam-lhe os fenômenos e qualidade dos dois estados superiores de consciência da Tríade Espiritual: o búdico ou o estado da razão pura, e o átmico ou estado da espiritualmente direta intenção da vontade. Ao dar-lhes alguns insights da relação entre os raios e as iniciações, achei essencial descobrir novas e interessantes palavras ou locuções para expressar as familiares alusões e indicações dadas pelos grupos ocultistas que têm procurado despertar a consciência moderna para o fato e propósitos da iniciação.

Iniciação é uma sequencia progressiva de impactos energéticos direcionados, caracterizada por pontos de crise e de tensão e governados - num sentido até agora não compreendido - pela Lei de Causa e Efeito. Esta Lei de Causa e Efeito (sob o ângulo espiritual) parece ao iniciado em progresso o reverso do processo que até agora governou sua vida. Em vez de ser impelido a avançar no caminho da evolução pelas energias espirituais que das esferas superiores invocam e evocam sua resposta e o desenvolvimento de uma expansão de consciência cada sucessiva iniciação sofrida, compreendida e demonstrada no plano físico torna-se a causa e influência que impulsiona o iniciado para adiante no Caminho da Iniciação. Em um dos casos, a causa da progressão é um jorrar para baixo de energias, produzindo efeitos naquilo que é assim estimulado; no outro caso, a causa encontra-se na personalidade permeada pela alma e constitui um movimento para cima da atividade iniciatória autodirigida, da medida da energia de amor que a alma pode expressar, e da energia da vontade que é, em si mesma, o resultado de todas as fusões que, a qualquer momento dado, ele tenha sido capaz de focalizar conscientemente e usar. Estes são pontos difíceis para vocês aprenderem, mas que são da maior importância.

O ser humano é influenciado, no caminho da evolução, de cima para baixo; o iniciado é direcionado de dentro para cima. É isto que formula a subjacente significância da energia do livre arbítrio e é algo somente verdadeiramente possível através da autodireção; podemos ver isto lutando por expressar-se hoje no grande discípulo mundial, a Humanidade.

Estes conceitos merecem sua cuidadosa consideração. A energia sétupla que está hoje agitando a humanidade marca um ponto crucial na história humana e indica a possibilidade da transição da humanidade para o Caminho do Discipulado; nesse Caminho, tornar-se-ão crescentemente possíveis a liberdade de expressão e o viver consciente autodirecionado.

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