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PARTE UM
Quatorze Regras para Iniciação Grupal


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Livros de Alice Bailey

Oa Raios e as Iniciações
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Parte Um
Quatorze Regras para Iniciação Grupal

Observações Preliminares

Poderia valer a pena, meus irmãos, se eu novamente enfatizasse o fato de que só se tem acesso ao mundo sem forma quando o aspirante adquire de alguma maneira a capacidade de se centrar nos níveis abstratos do plano mental. Isso envolve necessariamente certos desenvolvimentos na própria natureza do aspirante. De outra forma o contato pretendido seria impossível. O que é necessário é o esforço próprio, e os desenvolvimentos resultantes que poderiam ser observados da maneira seguinte:

I - A Repolarização do Homem Inferior Inteiro de tal modo que sua atitude relativamente ao agregado de formas que criam seu campo de contato geral tenha mudado. Ele não mais se ilude com as coisas dos sentidos mas tem em sua mão aquele fio ou pista que afinal o conduzirá para fora das incertezas das percepções da vida inferior para o campo do conhecimento claro e do reino onde a luz do dia é encontrada; ele então não mais necessitará caminhar na treva. Essa polarização é obtida de quatro maneiras, cada uma das quais prevê o passo adiante seguinte, e em sua totalidade (e quando definitivamente seguido) resultará na total subjugação da personalidade. Essas quatro maneiras são:

Uma tentativa constante e infalível de centrar a consciência na cabeça. Dessa posição central, o homem verdadeiro, a agência diretora dirigirá e conduzirá todos os seus membros, impondo sobre os “senhores lunares” do corpo físico um novo ritmo e hábito de resposta. Dois fatores são valiosos e úteis na produção da necessária polarização:

A reiterada apreciação das palavras “Eu Sou o Eu superior, o Eu superior Eu Sou”.

O hábito da meditação cedo pela manhã em que o Pensador centra-se no ponto de controle e começa sobre sua experiência do dia e entra em contato com a conscientização de que é o único Observador, o Percebedor e o Ator.

Uma íntima consideração através do dia, quanto ao uso e mau uso da energia. Todo homem deveria dar-se conta de que no uso da energia estão a direção e o trilhar do caminho. Isso produz finalmente uma manifestação verdadeira e a exposição da própria luz de modo que as circunstâncias possam ser irradiadas e o companheiro peregrino ajudado. Os estudantes deveriam familiarizar-se com o “conceito de energia” e aprenderem a se considerarem como unidades de energia proporcionando certo tipo de energia. Nessa conexão deveria ser conservado na mente que quando a energia espiritual e a energia material (os dois polos opostos) são trazidos à relação, um terceiro tipo de energia é produzido, e o trabalho do quarto reino, o humano, é demonstrar esse peculiar tipo. Poderia ficar mais claro se os estudantes se lembrassem de que

As entidades super-humanas fornecem energia espiritual.
As entidades subumanas fornecem a energia da matéria.
As entidades humanas fornecem energia da alma.

Na perfeita manifestação dessas três, o plano da criação será consumado. Deveria também ser mantido na mente que essas três são, todavia, uma manifestação da dualidade - espírito e matéria - e que essa é a manifestação de uma grande Existência e de Seu aparecimento. Portanto, o que na filosofia hindu são chamadas as ‘‘três gunas” são apenas as qualidades que Ele manifesta através desses tipos de entidades.

As vidas Super-humanas expressam sattva, a guna do ritmo e a resposta harmoniosa à solicitação divina, da perfeita exposição da cooperação coordenada com o propósito da manifestação.

A vida humana demonstra a qualidade de rajas, da mobilidade, da mudança constante e consciente para assegurar o que é Real e por intermédio da experiência demonstrar a verdadeira natureza da resposta rítmica.

As vidas subumanas expressam a guna de tamas ou da inércia. Elas trabalham cegamente e não têm capacidade para responder conscientemente ao plano. Elas são a totalidade das “unidades de inércia” assim como as unidades humanas são chamadas “os pontos de luz se movendo no quadrado”. Isso pode interessar aos maçons.

Esse tema do uso ou mau uso da energia é passível de expansão infinita, e em meus outros livros onde lhes proporciono maiores dados sobre os centros eu me estendi a respeito. Eu apenas procuro, desta vez, lhes dar o que possa ser de uso imediato para os estudantes e assim lançar as bases para posterior trabalho.

Um íntimo estudo da transmutação necessária da energia astral e emocional em amor, a energia do amor. Isso envolve a sublimação do sentimento pessoal numa conscientização ou consciência grupal, e quando realizada com êxito produz, com o tempo, a construção de um corpo mais elevado e mais sutil, o búdico. Quando este revestimento é assim materializado, um estágio de evolução muito elevado é afirmado, mas os estágios anteriores podem ser inteligentemente abordados por qualquer estudante ou probacionário sério.

Para transmutar a emoção em amor constatar-se-á que as seguintes etapas de conscientização serão necessárias:

1 - Uma conscientização de que todos os humores, toda manifestação de sofrimento, de dor, ou de excitação de felicidade são devidas à nossa identificação com os objetos do desejo, com o aspecto forma, e com aquilo que é material.

2 - Um entendimento do corpo emocional ou astral e o lugar que ele ocupa no desenvolvimento do estudante.

Deveria ser reconhecido como a sombra da mônada, e uma conexão deveria ser traçada entre:


O revestimento Astral 6° Plano
O revestimento Búdico 4° Plano
O revestimento Monádico 2° Plano
e o lugar que as pétalas de amor no lótus egoico desempenham deveria ser também cuidadosamente considerado.

3 - Uma compreensão da potência do revestimento astral devido à sua natureza indivisa.

4 - Um estudo do propósito do plexo solar, e o papel que o mesmo desempenha como um órgão de transferência de energia dos três grandes centros abaixo do diafragma para os três centros superiores. Há uma analogia muito íntima aqui com o lótus solar, o corpo egoico, ocupando um ponto no meio do caminho entre a Mônada tríplice e o homem inferior triplo. Os mais adiantados deveriam seguir isso.

O desenvolvimento da faculdade do controle mental, de modo que o Pensador apreende e sustenta com firmeza os processos mentais e aprende a considerar a mente como a intérprete dos estados de consciência, como a transmissora da intenção egoica ao cérebro físico e como uma janela através da qual o Ego, o Homem verdadeiro, observa os vastos e (para a maioria) desconhecidos campos do conhecimento.

II. Uma Emergência à Manifestação do Aspecto Subjetivo no Homem. Um dos objetos da evolução é que a realidade subjetiva deveria afinal ser trazida até o reconhecimento. Isso pode ser expresso de várias maneiras simbólicas, todas elas tendo a ver como um mesmo fato da natureza.

O trazer ao nascimento o Cristo Interno.
O brilhar da radiação interna ou Glória.
A demonstração do 2o aspecto, ou Amor.
A manifestação do Anjo Solar.
O aparecimento do Filho de Deus, o Ego ou a Alma Interior.
A plena expressão de budi, ao se utilizar de manas.

Essa vinda á manifestação se faz através da compreensão do que se entende pelos seguintes termos:

O refinamento dos corpos que formam o escrínio ou revestimento ocultando a realidade.
O processo do “desvelar” de tal modo que um por um daqueles corpos que velam o Eu superior são trazidos a um ponto em que eles são simplesmente transparências, permitindo a plena radiação da natureza divina.
Uma expansão da consciência, que se concretiza através da capacidade do ego em se identificar com sua verdadeira natureza como o Observador, não mais se considerando como o órgão da percepção.

III - Um realinhamento dos Revestimentos Inferiores, de modo que o contato com o Homem Real, o Pensador, o Anjo Solar, nos níveis superiores do plano mental possam tornar-se completos e contínuos. Isso somente se torna possível na medida em que os outros dois pontos estejam começando a ser alcançados e a teoria quanto à constituição e ao propósito seja um tanto compreendida.

À medida que a meditação seja praticada, à medida que os corpos inferiores sejam penosamente dominados, e à medida que a Natureza do Sutratma ou Fio seja melhor compreendida, será progressivamente possível introduzir na personalidade inferior no plano físico aquela iluminação espiritual e aquela energia divina que é a herança da alma. Pouco a pouco a luz brilhará, ano a ano a força do contato superior crescerá, gradualmente o derramamento do amor e da sabedoria nos centros da cabeça crescerá até, finalmente, o homem inferior inteiro se ter transformado, seus revestimentos refinados, controlados e usados, e ele demonstrará sobre a terra os poderes do Diretor, Instrutor ou Manipulador de acordo com o raio principal sobre o qual sua Mônada possa ser encontrada.

IV - Uma Série de Provas Conduzindo à Iniciação. Quando um homem está começando a demonstrar as qualidades do seu raio e a provar da importância gradualmente crescente para seu grupo, ele será preparado através de provas, através de tentativas, através de tentações para aqueles estágios finais de desenvolvimento que lhe darão poder:

O conhecimento de certas leis governando a matéria e a forma.
As chaves dos mistérios conectados com a energia, com a polaridade, e com a relação grupal.
Certas Palavras de Poder que lhe darão o controle sobre as forças elementais da natureza.
Uma visão dos planos planetários.

Sobre esses não preciso me alongar, nem preciso me deter aqui no tema da iniciação (Discipulado da Nova Era, vols I e II). O primeiro trabalho a ser feito é estimular os aspirantes e preparar os jovens sérios para trilharem o caminho do Discipulado. O ponto final do nosso tema diz respeito a:

V - O Essencial Básico do Caráter Puro. Isso é algo mais do que apenas ser bom. Isso lida com o aspecto matéria e tem relação com a sustentação ou controle que a forma tem sobre o homem. Poderíamos expressá-lo dessa maneira e por isso lhe dar sua conotação mais ocultista. Se algum dos três elementais inferiores (o físico, o astral e o mental) são os fatores controladores na vida do homem, ele é - por esse mesmo fato - posto numa posição de perigo e deveria dar os passos para impedir esse controle antes de uma tentativa de entrar no reino sem forma. A razão para isso será evidente. Sob a lei governante da matéria, a lei da Economia, a vida elemental atrairá para si própria vidas similares e isso resultará num perigo dual. Esses perigos são:

Um: a reunião na forma através da nota dominante emitida pela forma elemental, de matéria com uma vibração sincrônica. Isso tenderá a aumentar a magnitude da tarefa diante do Ego e submeter a crescente domínio o homem inferior.

Os “senhores lunares" se tornarão cada vez mais poderosos e o Senhor Solar correspondente menos augusto.

Dois: Com o tempo, o homem se verá cercado de pensamentos-forma de uma ordem inferior (do ponto de vista da alma) e antes que ele possa penetrar no Arcano da Sabedoria e achar seu caminho para o mundo dos Mestres, ele terá de dissolver as nuvens de pensamentos-forma que ele terá atraído para si próprio.

A menos que o discípulo aprenda que a aspiração e autodisciplina devam progredir lado a lado, ele descobrirá que a energia espiritual que ele possa apreciar e contatar somente servirá para estimular as sementes latentes do mal em sua natureza e dessa maneira demonstrar a exatidão da verdade que o grande Senhor ensinou quando ele descreveu o homem que havia varrido sua casa, expulsado sete demônios e finalmente estava numa condição pior do que nunca. Seria essencial que os aspirantes pudessem compreender a natureza do homem inferior, o fato que todo sistema coerente tem seus vários tipos de energia, e essa perfeição é alcançada quando o tipo mais elevado de energia inerentemente possível, domina.

Se a energia inferior do agregado de átomos-forma for o controlador, três coisas acontecerão:

A própria forma crescerá por adição e se tornará cada vez mais potente, até a voz dominante de seus “senhores lunares” abafar todas as demais vozes e o homem ser lançado de volta para

a Inércia,
a Cegueira,
a Escravidão.

2 - Muitas pessoas não estão só sob o controle de alguma de suas formas, mas são cativas de todas as três. Ao estudar o homem tríplice inferior e as energias ou vidas que procuram controlá-lo deveria ser lembrado que elas caem em três categorias:

a. As pequeninas vidas a que chamamos os átomos ou células do corpo. Essas existem em três grupos e compõem respectivamente os quatro tipos de corpos: denso físico, etérico, astral e mental.

b. O agregado dessas vidas que constituem, em si mesmos, quatro tipos de elementais ou existências coerentes, embora não autoconscientes. Esses quatro senhores lunares constituem o que o ensinamento da sabedoria Eterna chama de “os quatro lados do quadrado”. Elas são o quaternário inferior, os “cubos aprisionadores” ou a cruz sobre a qual o homem espiritual interno deverá ser crucificado. Esses quatro elementais têm uma inteligência inteiramente própria, estão no arco involutivo, seguem a lei de sua própria existência quando tendem a se tornarem poderosos e assim expressarem plenamente o que está neles.

c. Um senhor lunar controlador dominante que é o que compreendemos pela denominação de “personalidade inferior”; ele (se o pronome pessoal pode ser usado) é a totalidade dos elementais físico, astral e mental, e é seu poder que atualmente força as “energias ardentes” do corpo a alimentarem os três centros inferiores. O corpo etérico tem uma posição única e curiosa, sendo simplesmente o veículo de prana ou vida e o centro que ele usa existe numa categoria própria.

3 - Todas as formas subumanas em seu agregado constituem um fator impeditivo poderoso no progresso para a emancipação do Homem Real. Elas formam o oposto do que nós compreendemos pelo mundo do Mestre e os dois estão em oposição direta reciprocamente sob o ponto de vista do aspirante.

O adepto pode penetrar no mundo da forma, pode contatá-lo, trabalha nele e permanece sem ser por ele afetado, porque nada há nele que responda ao mesmo. Ele vê a realidade que está por trás da ilusão e, sabendo onde ele se encontra, nada há no apelo e na demanda desses senhores lunares capaz de atraí-lo. Ele permanece a meio do caminho entre os pares de opostos. Na conscientização da natureza deste mundo da forma, numa compreensão das vidas que o compõem, e numa capacidade para ouvir o “Sem forma” acima da aspiração de todas as vozes inferiores, vem ao aspirante a oportunidade de escapar do domínio da matéria.

Esse é o verdadeiro trabalho mágico, meus irmãos, a compreensão dos sons de todos os seres, e a capacidade de falar a língua da alma é a pista para o trabalho. Essas faculdades usadas corretamente impõem sobre essas vidas menores aquele controle que levará à libertação final e que, no devido tempo, levará essas próprias vidas ao reino da autoconsciência. Esse aspecto da matéria é por enquanto muito pouco alcançado pelos filhos dos homens. Se ao menos se dessem conta de que por uma disposição em caírem sob o controle lunar Eles dirigem suas pequeninas vidas em seu pequeno sistema para uma treva da ignorância mais profunda, eles poderiam mais rapidamente assumir suas corretas responsabilidades; se se conscientizassem que pela tentativa constante para impor o ritmo do Senhor Solar sobre o agregado dos senhores lunares, eles estariam conduzindo suas vidas na direção do seu desenvolvimento autoconsciente, eles poderiam avançar mais seriamente e de maneira mais inteligente. Essa é a mensagem que precisa ser transmitida, pois todos os variados aspectos da vida de Deus são interdependentes e ninguém avança para uma realização mais plena sem beneficiar o grupo inteiro.

Umas poucas simples sugestões lhes dou. Elas podem ser úteis para todos os aspirantes sinceros.

Na ordenada regulação da vida vem uma síntese final e o correto controle do tempo com tudo que por aí termina.

Na correta eliminação daquilo que é secundário, e num senso de proporção corretamente ajustado, vem aquele apuro e unidirecionalidade que é o sinete do ocultista.

Na correta aspiração no tempo indicado vem o necessário contato e a inspiração para o trabalho a ser feito.

Na firme submissão às regras autoindicadas vem a gradual refinação do instrumento e o aperfeiçoamento dos veículos que serão - para o Mestre - o meio de ajuda entre muitos pequeninos.

Recomendo-lhes o pensamento acima sabendo que vocês alcançarão as implicações e considerarão seriamente o objetivo de minhas observações.

O mundo hoje está nos estertores da agonia. Tal como no Ego em evolução, o momento do máximo desenvolvimento é muitas vezes o momento de maior sofrimento (se for compreendido como o momento da oportunidade), também no mundo em evolução.

Àqueles de vocês que têm a visão interior e a compreensão intuitiva chegou a oportunidade de ajudar àquela apreensão e dirigir um mundo em desespero, - lançado nas trevas e na desgraça - um passo mais para perto da luz. O trabalho que vocês têm a fazer é tomar do conhecimento que possuem e ajustar sua aplicação à necessidade mundial de modo que o reconhecimento da verdade possa ser rápido.

No coração de todo ser humano jaz oculta a flor da intuição. Nela vocês podem se apoiar, e nenhum fato cósmico ou eterno revestido numa forma adequada deixará de receber sua necessidade de compreensão e reconhecimento.

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Esclarecimentos Introdutórios

Os estudantes da atualidade fariam bem em ter presente que todas as mudanças básicas e fundamentais ocorrendo no plano físico são necessariamente o resultado de causas subjetivas internas, emanando de algum nível da consciência divina, e portanto de algum plano que não o físico. O fato de que tremendas e não usuais revoluções estão ocorrendo nos reinos da natureza é atribuído pelos homens a outros homens ou a certas forças geradas pelo pensamento, fragilidade e ambição humanas.

Não será possível que essas mudanças estejam sendo ocasionadas como o resultado de certos acontecimentos de profunda importância nos planos internos de tais avançados estados de consciência que todo discípulo comum possa saber sobre eles em seus símbolos em palavras e seus efeitos muito apagados, se posso usar tal expressão para descrever os acontecimentos que estão envolvendo a humanidade hoje. O mal que hoje está sendo praticado na terra por certos membros negativos da família humana, é o efeito de sua resposta às energias entrantes e indica sua maldade básica e sua pronta reação àquilo que se opõe ao que é bom. Onde quer que a consciência esteja focalizada, lá é o ponto de principal ênfase e importância, e isso é verdadeiro tanto para o homem individual como para a humanidade como um todo. O significado dos atuais acontecimentos é interpretado (e necessariamente assim) em termos da conscientização e da capacidade de resposta humanas. A Segunda guerra mundial e suas inevitáveis consequências - boas e más - são consideradas como concernentes primariamente à humanidade, conquanto não seja basicamente assim. A humanidade sofre a experiência como um resultado de acontecimentos internos e o encontro de forças subjetivas e de energias entrantes.

Naturalmente não me é possível lhes dar qualquer quadro verdadeiro dos eventos e acontecimentos internos na vida de nosso ser planetário. Posso apenas indicar e destacar que a situação mundial é simplesmente uma corporificação da reação e da resposta da humanidade a grandes acontecimentos paralelos e originados que envolvem os seguintes grupos:

1. O Avatar em emanação e sua relação com o Senhor do Mundo, nosso Logos Planetário.

2. Os senhores da Libertação, focalizados em Seu Alto lugar à medida em que Eles se tornam conscientes da invocação da humanidade e se tornam mais intimamente relacionados com os três Budas de atividade.

3. O grande conselho de Shamballa e a Hierarquia Planetária.

4. O Buda e seus Arhats ao cooperarem de maneira unida com o Cristo e seus discípulos, os mestres de Sabedoria.

5. A Hierarquia, a corporificação do quinto reino na natureza, e sua relação magnética atrativa com o reino humano, o quarto.

6. O efeito de todos esses grandes grupos de vidas sobre a humanidade, e as consequências inerentes ao atuarem nos reinos subumanos.

Um estudo do que foi exposto acima em termos de forças e energia dará alguma ideia da síntese subjacente de relacionamentos e da unidade do todo.

Há portanto uma linha de energia descendente que tem origem fora de nossa vida planetária; o influxo dessa energia, seu inevitável efeito sob a lei cíclica e suas consequências, ao atuarem sobre o plano físico, produziu e está produzindo todas as mudanças das quais a humanidade está tão terrivelmente consciente no tempo atual. Isso cria um imediato conflito entre o passado e o futuro e nessa afirmação eu terei expresso a mais profunda verdade esotérica que a humanidade é capaz de alcançar; ela traz a um culminante choque entre a grande Loja Branca e a Loja Negra e abre a porta às grandes energias em confronto que nós podemos chamar de espírito e matéria, espiritualidade e materialismo, ou vida e morte. Essas palavras, em última análise, são tão sem significado quanto os termos bem e mal, que têm significação somente na consciência humana em suas inerentes limitações.

Essas energias descendentes, ao atravessar qualquer dos principais níveis de consciência aos quais chamamos de planos, produzem reações e respostas, dependendo do estado da consciência condicionante e (tão estranho quanto possa parecer para vocês e quase ininteligível) os efeitos sobre a Hierarquia são ainda mais compulsivos transmutadores do que o são sobre a humanidade. Acrescentaria também que o ponto de mais baixa descida das energias foi agora alcançado, e a natureza da presente oportunidade está portanto mudando.

Essas energias passaram do que poderíamos chamar do ponto de mutação e alcançaram seu ponto de ascensão, com tudo o que essa prova implica. Ao descerem, produzem estimulação; ao ascenderem, produzem transmutação e abstração, e um efeito é tão inalterável quanto o outro. É sobre essa inevitabilidade das energias ascendentes, e os efeitos que elas trarão, que a inteira esperança do futuro se apoia; nada pode impedir seu retorno ou seu progresso através dos planos e de volta novamente à sua fonte. O panorama cíclico inteiro de manifestação se apoia nesse processo dual de descida e ascensão, e do influxo e atividade das novas e mais elevadas energias o fato inteiro do processo evolutivo depende.

Será portanto aparente para vocês que a descida da energia traz consigo - sob a lei cíclica - certas novas "inspirações”, certas novas “sementes de esperança” para o futuro, e igualmente certos Agentes ativos, que são e serão responsáveis pela tarefa de preparação, de fertilização e de todos as iniciativas da vindoura nova era.

Essas energias descendentes evocam também as forças de obstrução, e gostaria aqui de lembrar-lhes que essas (assim chamadas) forças más obstrutivas são encontradas nos mais elevados níveis espirituais porque elas são - por sua vez - evocadas pelo impacto propulsor do vindouro Avatar, cuja “nota é ouvida acima Dele, e Sua energia se espalha diante Dele”. Esse é um grande mistério e somente pode ser compreendido (e então meramente de maneira teórica) se vocês mantiverem presente na mente que todos os nossos planos - mesmo os mais elevados - são os subplanos do plano físico cósmico. Quando esse fato é de algum modo alcançado, então ocorre uma simplificação de pensamento.

Como uma consequência de tudo isso, grandes e fundamentais reajustamentos vão ocorrendo na própria Hierarquia e dentro daquela interveniente área da consciência divina à qual denominamos (no que diz respeito à humanidade) de Tríade espiritual - uma área coberta pelos planos mentais superiores, pelos níveis búdico e átmico de consciência e da atividade divina. O derramamento da estimulação avatárica está capacitando certos Mestres a receber as principais iniciações, e fazê-lo muito mais cedo do que de outra maneira teria sido possível fazer.

Assim um grande processo de ascensão e de conquista espiritual está em processo, embora por enquanto somente possam ser percebidos seus tênues começos, devido à intensidade do ponto de conflito. Daí também muitos discípulos probacionários estarem encontrando seu caminho nas fileiras dos discípulos aceitos e muitos discípulos estarem recebendo a iniciação. A esse fato da revolução hierárquica - paralelamente e intensificadora da revolução no plano físico - pode ser rastreado o processo de preparação que eu instituí entre alguns discípulos, assim acelerando o período e o ponto de conquista, desde que eu receba deles a devida cooperação (Discipulado na Nova Era, vols. I e II).

No que diz respeito à Hierarquia propriamente dita, falando esotérica e tecnicamente, seus Membros (muitos deles) “estão sendo abstraídos do ponto do meio da santidade e absorvidos para o Conselho do Senhor”. Em outras palavras, Eles estão prosseguindo e passando para um trabalho mais elevado e estão se tornando guardiães da energia da vontade divina e não simplesmente os guardiães da energia do amor. Eles trabalharão, doravante, como unidades-de-poder e não apenas como unidades de luz. Seu trabalho se torna dinâmico em vez de ser atrativo e magnético, e concerne ao aspecto vida e não apenas ao aspecto alma ou consciência. Seus lugares estão sendo ocupados - sob a lei da ascensão - por seus discípulos mais avançados, os iniciados em seus Ashrams, e (sob o mesmo grande processo) o lugar desses iniciados, que estão sendo assim “elevados” para um trabalho mais importante, está sendo ocupado por discípulos e probacionários. É essa verdade, mal interpretada e travestida de maneira chocante, que jaz por trás do ensinamento relativo aos assim chamados Mestres Ascencionados divulgado pelos líderes do movimento “I Am" assim prostituindo e rebaixando até quase o reino da comédia barata um dos mais notáveis acontecimentos que jamais tiveram lugar em nosso planeta.

Devido ao influxo de energia de fontes extraplanetárias há, portanto, uma transferência geral do foco de consciência das vidas encarnadas ou desencarnadas atualmente; essa transferência é um dos fatores primários produzindo a presente ruptura. Os estudantes hoje estão buscando as causas nos motivos humanos, na história passada e nas relações cármicas.

A esses eles acrescentam o assim chamado fator de iniquidade. Todos esses fatores naturalmente existem, mas são de origem menor e são inerentes na vida dos três mundos. Eles próprios são postos em movimento por fatores situados muito profundamente, latentes no relacionamento entre espírito e matéria e inerentes no dualismo do sistema solar, e não em sua triplicidade. Esse dualismo, no que diz respeito ao nosso planeta, é profundamente afetado pelo propósito-vontade do Senhor do Mundo e pela intensidade do seu pensamento unidirecionado. Ele foi bem sucedido em conquistar um ponto de tensão, preparatório para conseguir alcançar mudanças estupendas em Sua expressão de vida, em Seu veículo de manifestação, um planeta. Esse ponto de invocação será evocativo de grandes acontecimentos, e envolverá cada aspecto de sua natureza, inclusive o denso físico; isso necessariamente envolve também tudo que diz respeito à família humana pois “Nele nós vivemos nós movemos e temos nossa existência”.

Essas três palavras ou locuções expressam a triplicidade da manifestação, pois “Existência”, ou Ser conota o aspecto Espírito; “movimento”, a alma ou aspecto consciência; e “vivemos", significa a aparência no plano físico. Naquele plano exterior a síntese básica de vida personificada é encontrada.

Será aparente para vocês, portanto, que nessa conquista de tensão planetária não é a vida nos três mundos que é a esfera desta tensão, mas o reino da atividade hierárquica. A transformação resultante desse ponto de tensão, o “movemos” que é sua consequência, está no reino da experiência da alma e da conscientização deste. O efeito secundário pode ser registrado na consciência humana pelo despertar que vem ocorrendo entre os homens - um despertar para os valores espirituais mais elevados, para as tendências e ideologias que estão surgindo por toda parte, e para as claras linhas de demarcação que emergiram no reino das determinações e objetivos humanos. Esses são todos os resultados das grandes mudanças no campo da consciência superior e estão condicionadas pela alma de todas as coisas, apoiando-se gradualmente no reino da anima mundi; dessa grande totalidade a alma humana e a alma espiritual são apenas aspectos ou expressões.

São essas mudanças nas “realidades em movimento, em transformação” da consciência da alma e da conscientização espiritual dos Membros da Hierarquia que são responsáveis pelas novas tendências na vida do Espírito e pelos novos métodos no treinamento dos discípulos - em tal experimento, por exemplo, como a exteriorização dos Ashrams dos Mestres. É essa nova abordagem às condições de vida, como um resultado do influxo de novas energias, que está produzindo a tendência universal à consciência grupal, e seu mais alto resultado na família humana é o dar os primeiros passos na direção da iniciação grupal. Algo como a iniciação grupal nunca fora ouvido antes do tempo atual, exceto em conexão com as iniciações superiores emanando do centro de Shamballa. A iniciação grupal é baseada numa vontade uniforme e unida, consagrada ao serviço da humanidade e baseada na lealdade, cooperação e interdependência. No passado, a ênfase era posta no indivíduo, em seu treinamento, na abordagem à iniciação e sua admissão solitária ao Templo da Iniciação. Mas essa concentração individual dará lugar, no futuro, a uma condição grupal que permitirá a muitos discípulos, de maneira unida, avançar, de maneira unida permanecer diante do Iniciado e, de maneira unida e simultaneamente, conquistar a grande realização que é o resultado e a recompensa do discipulado bem sucedido.

Na primeira tese que apresentei ao público, delineei as Regras para Solicitantes (Iniciação, Humana e Solar, pg 192-208) resumindo as proposições passadas e indicando a preparação e requisitos individuais.

Esses agora se aplicarão aos grupos de probacionários de discípulos, e não aos discípulos aceitos. Eles deverão e ainda permanecerão o caráter e objetivos purificadores do indivíduo dedicado, mas não considerados como adequadamente alcançados pela humanidade; foram proclamados por todas as grandes religiões mundiais através dos séculos e foram reconhecidos como as principais qualidades condicionantes de todos os discípulos.

Essas mesmas Regras e Fórmulas de Abordagens são as correspondências inferiores das regras superiores às quais os grupos de discípulos são instados a se conformarem, e às quais devem seguir e obedecer juntos. A Hierarquia na qual entrarão quando a aceitação plena e a demonstração forem demonstrados será a mesma Hierarquia, caracterizada pela mesma conscientização da alma, animada pela mesma atividade espiritual, funcionando sob as mesmas leis, mas condicionada por dois desenvolvimentos progressivos e evolutivos:

1- Um contato muito mais íntimo - invocativo e evocativo - com Shamballa, e portanto uma resposta mais plena ao aspecto vontade da divindade.

2- Uma atitude invocativa da parte da humanidade, baseada numa descentralização fundamental da consciência humana egoísta e uma consciência grupal despertando rapidamente.

Na realidade, isso significa que a Hierarquia estará mais intimamente relacionada com o grande Conselho de Shamballa, e muito mais intimamente ainda inter-relacionada com a humanidade, de modo que uma fusão dual terá lugar. Isso ensejará aquele processo de integração que será a qualidade da Nova Era e inaugurará a fase Aquariana da história planetária.

Gostaria agora de relacionar estreitamente as anteriormente fornecidas Regras para Solicitantes e as novas Regras para os Discípulos, reunindo a nova atividade grupal e o discipulado grupal, resultando na iniciação grupal.

Essas Regras são em número de quatorze. Hoje eu simplesmente lhes darei, em primeiro lugar, a regra para o discípulo individual, e depois sua regra correspondente superior e para os grupos, em preparação para a iniciação grupal, lembrando-lhes que tais grupos são sempre compostos daqueles que receberam a primeira iniciação, cujo nome é legião.

Eles serão encontrados em todos os países.

Não há entretanto, tantos que já estarão prontos para a nova era da iniciação grupal.

Regra I.

Para Solicitantes: Que o discípulo busque no mais profundo da caverna do coração. Se lá o fogo arder resplandecentemente, aquecendo o seu irmão ainda que não aqueça a si próprio, terá chegado a hora de fazer a solicitação e se apresentar diante do portal.

Para Discípulos e Iniciados: No âmbito do fogo da mente, focalizado na clara luz da cabeça, que o grupo permaneça. O solo ardente fez seu trabalho. A clara luz fria brilha e fria ela é e contudo o calor - evocado pelo amor grupal - permite o aquecimento do energético movimento centrífugo. Por trás do Grupo lá está o Portal. Diante deles se descortina o Caminho. Juntos, que o conjunto de irmãos prossiga - para fora do fogo, para dentro do frio e em direção a uma nova tensão.

Regra II.

Para Solicitantes: Quando a solicitação houver sido feita de forma tríplice, então que o discípulo retire a solicitação e se esqueça de tê-la feito.

Para Discípulo e Iniciado: A palavra foi agora emitida do grande ponto de tensão: Aceito como um grupo. Não retirem agora sua solicitação. Vocês não poderiam, se o quisessem; mas acrescentem a ela três grandes exigências e avancem. Que não haja lembranças e, no entanto, que a memória governe. Trabalhem a partir do ponto de tudo que está no conteúdo da vida unida do grupo.

Regra III.

Para Solicitantes: Triplo deve ser o chamado e demorada a sua emissão. Lance o discípulo o grito através do deserto, por sobre os mares e através dos fogos que o separam da parte velada e oculta.

Para discípulos e Iniciados: Dual o caminhar adiante. O Portal é deixado para trás. Esse é um acontecimento do passado. Que o grito da invocação seja emitido do profundo centro da clara luz fria do grupo. Que ele evoque resposta do radiante centro, que jaz muito à frente. Quando a demanda e a resposta estão perdidas em um grande som, saia do deserto, deixe os mares para trás e saiba que Deus é Fogo.

Regra IV.

Para Solicitantes: Que o discípulo observe a evocação do fogo; alimente as vidas inferiores e assim mantenha a roda girando.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo veja que todos os dezoito fogos se apaguem e que as vidas menores retornem ao reservatório da vida. Isso devem conseguir através da evocação da Vontade. As rodas menores não devem eternamente resolver-se em tempo e espaço. Somente a Roda maior deve mover-se e girar.

Regra V.

Para Solicitante: Que o solicitante fique atento para que o Anjo Solar apague a luz dos anjos lunares, permanecendo o luminar único no céu microcósmico.

Para Discípulos e Iniciados: Em uníssono que o grupo perceba a Tríade brilhar, ofuscando a luz da alma e maculando a luz da forma. O todo macrocósmico é tudo o que há. Que o grupo perceba aquele Todo e não use mais o pensamento: “Minha alma e a tua".

Regra VI.

Para Solicitantes: Os fogos da purificação ardem baixo e fracamente quando o terceiro é sacrificado em favor do quarto. Portanto, que o discípulo se abstenha de matar e que ele nutra aquilo que é o mais baixo de todos com o produto do segundo.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo saiba que a vida é una e nada pode jamais eliminar ou tocar essa vida. Que o grupo conheça a vívida, flamejante, encharcante vida que inunda o quarto quando o quinto é conhecido. O quinto alimenta-se do quarto. Então, que o grupo - fundindo-se no quinto - seja alimentado pelo sexto e o sétimo, e perceba que todas as regras menores são regras para o tempo e espaço e não podem manter o grupo. Ele segue em frente na vida.

Regra VII.

Para Solicitantes: Que o discípulo dirija sua atenção para a emissão daqueles sons que ecoam nos vestíbulos onde caminha o Mestre. Que ele não entoe as notas menores que despertam a vibração nas câmaras de Maya.

Para Discípulos e Iniciados: Que a vida do grupo emita a Palavra de Invocação e assim evoque resposta naqueles distantes Ashrams onde se movem os Chohans da raça humana. Eles não são mais homens como são os Mestres, mas tendo ultrapassado aquele estágio menor, ligaram-se ao grande Conselho no Lugar Secreto do Altíssimo. Que o Grupo emita um acorde dual, reverberando nas câmaras onde se movem os Mestres mas encontrando uma pausa e prolongamento naquelas radiantes câmaras onde se movem as Luzes que cumprem a vontade de Deus.

Regra VIII.

Para Solicitantes: Quando o discípulo se aproxima do Portal, os Sete maiores devem despertar e provocar uma resposta dos sete menores, sobre o duplo círculo.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo encontre dentro de si mesmo resposta para os sete grupos maiores que conduzem a vontade hierárquica com amor e compreensão. O grupo contém todos os sete, o grupo perfeito. Os sete menores, os sete maiores e os sete planetários formaram um grande todo, e esses o grupo deve conhecer. Quando isso é conscientizado e a Lei dos Sete Suplementares é compreendida, que o grupo compreenda os Três e depois o UNO. Isso eles podem fazer com o alento unido e o ritmo unificado.

Regra IX.

Para Solicitantes: Que o discípulo funda-se no círculo dos demais seres. Que sua cor única os misture e na unidade apareça. Somente quando o grupo é conhecido e sentido pode a energia emanar sabiamente.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo saiba que não há outros seres. Que o grupo saiba que não há cor, só luz; e então que a treva tome o lugar da luz, resultando toda diferença, macule toda forma. Então no lugar da tensão, e no ponto mais temeroso - que o grupo veja um ponto de claro fogo frio, e no fogo (bem em seu núcleo ) que o Iniciador Uno apareça, cuja estrela brilhe quando o primeiro Portal houver sido ultrapassado.

Regra X.

Para Solicitantes: O Exército da voz, os devas em suas cerradas fileiras, trabalham incessantemente. Que o discípulo se aplique à consideração dos seus métodos; que ele aprenda as regras pelas quais o Exército trabalha dentro dos véus de Maya.

Para Discípulos e Iniciados: As regras para o trabalho dentro dos véus de maya são conhecidas e têm sido usadas. Que o grupo amplie todas as rupturas naqueles véus e assim deixe a luz entrar. Que o Exército da voz não mais seja ouvido e que os irmãos avancem dentro do Som. Então, que eles conheçam o significado do O. M. e que eles ouçam aquele O. M. tal como ele é emitido por Aquele Que permanece e aguarda no próprio centro da Câmara do Conselho do Senhor.

Regra XI.

Para Solicitantes: Que o discípulo transfira o fogo do triângulo inferior para o superior e preserve aquilo que é criado através do fogo no ponto do meio do caminho.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo reunido leve o fogo na joia do Lótus para a Tríade e que eles encontrem a Palavra que consumará aquela tarefa. Que eles destruam, por sua dinâmica Vontade, aquilo que foi criado no ponto no meio do caminho. Quando o ponto de tensão é alcançado pelos irmãos no quarto grande ciclo de conquistas, então esse trabalho estará feito.

Regra XII.

Para Solicitantes: Que o discípulo aprenda a usar a mão no serviço; que ele procure a marca do Mensageiro em seus pés e que ele aprenda a ver com o olho que observa de entre os dois.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo sirva como Aquário indica; que Mercúrio acelere o grupo para o Caminho do Alto, e que Taurus traga a iluminação e a conquista da visão; que a Marca do Salvador, enquanto o grupo opere em Peixes, seja vista acima da aura do grupo.

Regra XIII.

Para Solicitantes: Quatro coisas o discípulo deve aprender e compreender antes que lhe possa se revelado aquele mais íntimo mistério: primeiro, as leis daquilo que irradia; os cinco significados da magnetização compõem a segunda; a terceira é a transmutação, ou o segredo perdido da alquimia; e por fim, a primeira letra da Palavra que foi pronunciada, ou o nome egoico oculto.

Para Discípulos e Iniciados: Que o grupo se prepare para revelar o mistério oculto. Que o grupo demonstre o significado superior das lições aprendidas, e essas são quatro e contudo são uma. Que o grupo compreenda a Lei da Síntese, da unidade e fusão; que o modo tríplice de trabalhar com aquilo que é dinâmico reúna o grupo, na direção do Três Superior onde a Vontade de Deus é soberana; que a Transfiguração siga à Transformação e que a Transmutação desapareça. Que o O. M. seja ouvido bem no centro do grupo, proclamando que Deus é tudo.

Regra XIV.

Para Solicitantes: Ouça, toque, veja, aplique, conheça.

Para Discípulos e Iniciados: Conheça, expresse, revele, destrua e ressuscite.

Essas são as regras para iniciação grupal e estou lidando com elas para lhes dar uma compreensão maior das Leis da Vida do Grupo que focalizei em algum dos meus outros livros.

Tomarei dessas regras e exporei para vocês algum do seu significado e indicarei suas interpretações na medida em que possam ser alcançadas agora. Essas instruções estão escritas para futuros discípulos lá para o final do século.

Elas formam parte do último volume do Tratado dos Sete Raios e, portanto, chegarão ao grande público que não compreenderá, mas assim o necessário ensinamento será preservado.

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