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Livros de Alice Bailey

Psicologia Esotéria - Volume I
Volume I
Volume II


Volume I
Seção I - Capítulo 2 - Certas Perguntas e Suas Respostas
1. Que é a alma? Podemos defini-la? Qual é a sua natureza?
2. Quais são a origem, meta, propósito e plano da alma?
3.O fato da Alma pode ser provado?
4. De que vale o estudo dos Sete Raios?
5. Qual o significado das seguintes palavras: Sensibilidade, Percepção Consciente ou Consciência, a Energia da Luz?

Certas Perguntas e Suas Respostas

Indiquei que, neste Tratado, dirigiríamos nossa atenção principal para o aspecto central dos três considerados e nos concentraríamos sobre a qualidade. Que quero dizer com isso? Quero dizer que nós nos ocuparemos com aquilo que está emergindo por intermédio da forma; com aquilo que vela ou se oculta por trás da aparência, que é expressivo da vida ou do espírito e que é produzido através da interação da vida com a matéria. Isso, o reflexo da divindade, ao ser colocado no homem e aplicado ao assunto de sua qualidade, envolve três reconhecimentos:

1 - Que um ser humano é, como dito antes, uma Vida encarnada, expressando qualidade e registrando essa qualidade na consciência ou como resposta sensível para a interação que prossegue, durante o processo evolutivo, entre espírito e matéria.

2 - Que o homem, sendo uma síntese (e a única síntese completa, exceto a Divindade macrocósmica) registra um autorreconhecimento que é hoje suficientemente potente para capacitá-lo a diferenciar reações...

a) à Triplicidade (como o Bhagavad Gita a chama) do Conhecedor, o campo do conhecimento e o conhecimento.

b) à crescente conscientização de que o campo do conhecimento é apenas uma aparência ou uma ilusão; que o próprio conhecimento pode ser um impedimento, a não ser que transmutado em sabedoria;

c) a um crescimento evolutivo na capacidade de resposta a algum desses três e indica o desenvolvimento da sensibilidade. Isso está fazendo crescer o interesse pelo Conhecedor e levando a uma crença de que o Conhecedor é a Alma, una com a Divindade, ilimitada e eterna e - em tempo e espaço - o fator determinante na existência humana.

3 - Que a infinita variedade de formas oculta uma síntese subjetiva. O homem pode, portanto, finalmente ver, expressando-se por meio de todas as formas, em todos os reinos, um septenato universal e, quando isso acontece, ele está entrando no mundo da unidade subjetiva e pode prosseguir em seu caminho conscientemente na direção do Uno. Ele não pode, por enquanto, entrar na consciência daquela Unidade essencial básica, mas pode entrar na do raio de sua própria vida temporariamente especializada. Esta triplicidade de ideias requer cuidadoso estudo. Ela poderia ser expressa assim:

o................ A Vida Una. Unidade.
o o o ..........Os Três Raios Principais (Fazendo sete) [3+4]
o o o o .......Os Quatro Raios Menores (Fazendo sete) [3+4]
o ................A Unidade da Aparência.

Com a Vida Una não nos ocuparemos. Nós a aceitamos como uma verdade básica e nos conscientizamos de que estamos em nosso caminho de volta da existência da unidade identificada na forma. Isso é feito por meio dos variados desenvolvimentos de uma resposta consciente à interação e atividade divinas, até uma final identificação com a Vida Una. O estar consciente da forma deve dar lugar à irradiação qualificada da identidade espiritual autoconsciente que é a de um filho de Deus se manifestando por meio da forma. Isso será finalmente substituído por duas fases de expressão nas quais há:

1 - Um senso de síntese divina, da qual nosso "bem-estar" corporal é a mais baixa forma de reflexo material, ainda que simbólico. É um senso de satisfação coordenada agraciada, baseada no Ser consciente.

2 - Uma retirada até mesmo dessa conscientização de Vida para uma fase ainda mais intensa e desapegada, que envolve o estar consciente da vida do Próprio Deus, livre da forma, mas ainda, num sentido misterioso, conscientemente alerta quanto à qualidade.

Na linguagem do misticismo, isso poderia ser expresso assim:

"Eu tomo um corpo. Aquele corpo está vivo. Conheço sua vida. Portanto, conheço minha mãe".

"Eu uso um corpo. Aquele corpo não sou eu. Eu sirvo ao grupo e neste servir eu vivo no corpo, desapegado, um filho de Deus. Conheço meu Ser".

"Eu infundo um corpo. Eu sou sua vida e naquela vida eu verei a vida. Aquela vida é conhecida como amor. Eu sou o amor de Deus. Eu conheço o Pai e sei que Sua vida é amor".

"Eu sou o corpo e sua vida amorosa. Eu sou a Alma, cuja qualidade é amor. Eu sou a vida do Próprio Deus. Eu sou a Mãe - Pai - Filho".

"Por trás desses três, permanece o Deus desconhecido. Aquele Deus sou eu".

Sejamos perfeitamente claros, mesmo que isso nos obrigue a ser repetitivos. Neste tratado, embora possamos tocar na forma e considerar sua natureza, enfatizaremos a auto consciência, na medida em que ela se expresse como capacidade de responder, como estar atento para uma maneira peculiar de consciência à qual chamamos de "qualidade de consciência" ou sua característica inerente. Temos sempre as triplicidades subsidiárias, que são somente termos adjetivos empregados para expressar a qualidade da vida que surge.

Forma - Mutabilidade, resposta consciente à irradiação. Matéria.
Autoconsciência - Capacidade de resposta. Consciência da identidade. Alma.
Vida - Imutabilidade. Emanação. Causa. Fonte. Espírito.

À síntese de todas essas em manifestação nós chamamos Deus, o Isolado, o Tudo- penetrante, o Desapegado e o Retirado.

Essas verdades abstratas são de difícil compreensão, mas é necessário expressá-las aqui, para que nossa plataforma seja entendida e não fiquemos abertos à crítica, por negligenciarmos a realidade e considerarmos a diversidade como a única verdade.

Responderemos agora às cinco perguntas que formulei, respondidas para o leitor.

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Primeira pergunta:
Que é a alma? Podemos defini-la? Qual é a sua natureza?

Darei, aqui, apenas quatro definições que servirão de base para tudo que virá a seguir.

A - Pode-se falar da alma como o Filho do Pai e da Mãe (Espírito - Matéria) e é, portanto, a vida de Deus corporificada, vindo à encarnação para revelar a qualidade da natureza de Deus, que é amor essencial. Essa vida, tomando forma, estimula a qualidade do amor em todas as formas e, por último, revela o propósito de toda a criação. Essa é a definição mais simples para a humanidade comum, sendo apoiada na linguagem mística, ligando, assim, a verdade tal como encontrada em todas as religiões. E necessariamente inadequada, pois não dá ênfase à verdade de que o que pode ser postulado sobre o homem, pode sê-lo também relativamente à realidade cósmica; que, tal como uma aparência humana sobre a Terra encobre tanto a qualidade como o propósito (em graus variados), assim, aquela síntese de todas as formas ou aparências, dentro daquela unidade a que chamamos de um sistema solar, encobre a qualidade e o propósito da Divindade. Somente quando o homem não mais se ilude pela aparência e se libertou do véu da ilusão, é que ele chega a um conhecimento da qualidade da consciência de Deus e ao propósito que ela está revelando. Ele o faz de uma maneira tríplice:

a) Ele descobre sua própria alma, o produto da união do Pai nos Céus com a Mãe ou natureza material. Esta última é a personalidade. Ele, então, tendo descoberto a personalidade, descobre a qualidade de sua própria vida da alma e o propósito pelo qual ele "apareceu".

b) Ele descobre que essa qualidade se expressa por meio de sete aspectos ou diferenciações básicas e que esse setenato de qualidades colore, esotericamente, todas as formas em todos os reinos da Natureza, constituindo, assim, a totalidade das revelações do propósito divino. Este, ele constata, é essencialmente uma agregação setenária de energias, cada energia produzindo diferentes efeitos e aparências. Esta descoberta, ele a faz ao descobrir que sua própria alma está matizada por uma das qualidades dos sete raios, que ele está identificado com o propósito do seu raio, seja ele qual for e expressa um particular tipo de energia divina.

c) Desse ponto, ele prossegue até um reconhecimento do setenato inteiro e, no Caminho da Iniciação, ele ganha um lampejo de uma Unidade, até então não percebida nem mesmo sentida.

Assim, de uma consciência de si próprio, o homem chega a uma plena percepção da inter-relação entre as sete energias básicas ou raios, e, dali, prossegue até uma conscientização da Deidade tripla, até que, na iniciação final (a quinta), ele se descobre conscientemente em unidade com o intento divino unificado que fica por trás de todas as aparências e todas as qualidades. Poder-se-ia acrescentar que as iniciações, superiores à quinta, revelam um propósito mais amplo e mais profundo do que o que se está elaborando em nosso Sistema solar. O propósito de nosso Logos manifestado é apenas parte de uma intenção maior. Poder-se-ia também anotar que, no quarto reino da Natureza, no caminho probatório e da evolução, um homem chega a um conhecimento de sua alma individual e tem lampejos da qualidade e do propósito daquela alma. No caminho do discipulado e da iniciação, ele vislumbra a qualidade e o propósito de sua Vida planetária e se descobre como uma parte de uma Vida de raio, a Qual aparece através da forma de um planeta e encarna um aspecto do propósito e energias divinos. Após a terceira iniciação, ele percebe, de relance, a qualidade e o propósito do sistema solar; ele vê a vida e energia de seu raio como parte de um todo maior. Esses são, apenas, modos de expressão da qualidade emergente e do propósito oculto das Vidas de valor que formam todas as aparências e as colorem com qualidade.

B - A Alma pode ser considerada como o princípio da inteligência - uma inteligência cujas características são a mente e a plena percepção mental que, por sua vez, demonstram-se como o poder de analisar, de discriminar, de separar e de distinguir, de escolher ou rejeitar, com todas as implicações incluídas nesses termos. Enquanto um homem se identifica com a aparência, esses aspectos do princípio mental produzem nele «a grande heresia da separatividade". É essa aparência da natureza da forma que o fascina e o ilude por completo. Ele se considera como a forma e, então, prossegue, partindo da consciência de si mesmo, como a forma material e como identificado com a aparência exterior, até uma conscientização de si mesmo como um desejo insaciável. Ele, então, torna-se identificado com seu corpo de desejos, com seus apetites, bons e maus e se considera como uno com seus humores, seus sentimentos e seus anseios, quer eles se irradiem para fora, quer para dentro, na direção do mundo do pensamento ou reino da alma. Ele é rompido por um senso de dualidade. Mais tarde, torna-se identificado com ainda uma outra das aparências - com a natureza ou corpo da mente. Os pensamentos se tornam para ele tão tangíveis, que ele é sacudido, envolvido e influenciado por eles e ao mundo das aparências materiais e ao mundo da grande Ilusão é acrescentado o mundo das formas dos pensamentos. Ele fica, então, sujeito a uma tripla ilusão e ele, a vida consciente por detrás da ilusão, começa a unificar as formas num todo coordenado, de modo a melhor controlá-los.

Assim, a Personalidade da alma faz sua aparência. Ele permanece, então, à beira do caminho probatório. Ele penetra o mundo da qualidade e do valor e começa a descobrir a natureza da alma e a transferir a ênfase da aparência para a qualidade da Vida que produziu. Essa identificação da qualidade com a aparência cresce firmemente no caminho, até que a fusão da qualidade e da aparência, da energia e daquilo que ela energiza, torna-se tão perfeita, que a aparência não mais encobre a realidade e a alma é agora o fator dominante; a consciência, agora, identifica-se consigo mesma (ou com seu raio) e não com sua aparência fenomênica. Mais tarde, a própria alma é substituída pela Mônada e aquela Mônada se torna, na verdade, o propósito encarnado.

O processo pode ser expresso por uma simbologia muito simples, como se segue: 0.0.0. ou 0.0 ... 0 ou 0 ... 0.0., retratando, assim, a separatividade dos três aspectos. A união, então, dos aspectos da aparência - qualidade - propósito ou vida, resulta em uma abstração da aparência e, portanto, o fim da existência fenomênica. Ponderem sobre a simples arrumação desses sinais, pois eles retratam a vida e o progresso de cada leitor:

Homem não evoluído o o o. aparência, qualidade, vida.
Discípulo o o..o. aparência - qualidade ... vida
Iniciado o. .o o. aparência ... qualidade - vida
Finalmente dentro do círculo da infinidade

Isso é verdadeiro quanto ao ser humano, ao Cristo em encarnação; é igualmente verdadeiro quanto ao Cristo cósmico, Deus encarnado no sistema solar. No sistema, uma fusão similar tem lugar e os aspectos separados vão entrando num relacionamento evolutivo, resultando numa síntese final da aparência e da qualidade e, depois, da qualidade e do propósito. Poderia ser aqui assinalado que a Hierarquia, como um todo, distingue-se pelo sinal o. .oo; o Novo Grupo Servidores do Mundo, pelo sinal oo. .o e as massas não evoluídas por ooo. Não se esqueçam de que em todos os três grupos, como na Natureza, há os estágios intermediários, compostos por aqueles que estão em seu caminho para uma realização de transição. 

O trabalho que se apresenta para todos os estudantes deste Tratado sobre os Sete Raios é a fusão da qualidade e da aparência e, portanto, eles devem estudar a natureza daquela qualidade para produzir uma verdadeira aparência. Nas antigas regras dadas aos místicos nos tempos atlantes, encontramos essas palavras:

”Que o discípulo conheça a natureza do seu Senhor do Amor. Sete os aspectos do amor de Deus; sete as cores daquele Uno que se manifesta; sétupla a obra; sete as energias e sétuplo o Caminho de volta para o centro da paz. Que o discípulo viva no amor e ame a vida. ”

Naqueles tempos antigos, nenhum pensamento sobre opropósito entrava nas mentes dos homens, pois a humanidade não era mental nem se esperava que o fosse. A ênfase era posta sobre a qualidade da aparência em toda preparação para a iniciação e o mais alto iniciado daquele tempo tentava expressar somente a qualidade do amor de Deus. O Plano era o grande mistério. O Cristo, cósmico e individual, era sentido e conhecido, mas o propósito ainda era velado e não revelado. O "nobre caminho óctuplo" não era conhecido e somente os sete degraus para o templo eram vistos. Com a chegada da raça Ariana, o propósito e o plano começaram a ser revelados. Só quando a aparência começa a ser dominada pela qualidade e a consciência se expressa em percepção plena dirigida por meio da forma, passa o propósito a ser tenuemente percebido.

Procuro, de várias maneiras, transmitir, pelo simbolismo das palavras, o significado da alma. A alma é, pois, o filho de Deus, o produto do casamento do espírito e matéria. A alma é uma expressão da mente de Deus, pois a mente e o intelecto são termos que expressam o princípio cósmico do amor inteligente - um amor que produz uma aparência através da natureza da mente e, assim, é o construtor das formas ou aparências separadas. A alma também, através da qualidade do amor, produz a fusão da aparência e da qualidade, da plena consciência e da forma.

C- A alma é (e aqui as palavras distorcem e limitam) uma unidade de luz, colorida por uma particular vibração de raio; é um centro vibrante de energia encontrado dentro da aparência ou forma de sua inteira vida de raio. Ela é um dos sete grupos de milhões de vidas que, em sua totalidade, constituem a Vida Una. De sua própria natureza, a alma está consciente em três direções. Ela é consciente de Deus, ela é consciente do grupo, ela é consciente de si mesma. Esse aspecto autoconsciente frutifica na aparência fenomênica de um ser humano; o aspecto grupo consciente retém o estado humano da consciência, mas acrescenta ao mesmo a conscientização da vida do seu raio, progressivamente desenvolvida; o grau de sua conscientização, então, é a consciência plena do amor, da qualidade, do espírito em seus relacionamentos; ela é consciente de Deus somente em potencial e, nesse desenvolvimento, fundamenta-se, para a alma, seu próprio crescimento para o alto e para fora, depois que seu aspecto autoconsciente é aperfeiçoado e sua consciência grupal reconhecida. A alma, portanto, tem os seguintes pontos ou aparências:

Os aspirantes que estão estudando e se preparando para viver a vida de serviço poderiam ser considerados como tendo alcançado o ponto onde a linha deve ser encontrada. Para visualizar isso corretamente, o sinal deveria ser considerado como em rápida evolução, produzindo, assim, uma roda giratória que é a roda da vida.

Vou repetir:

1 - A alma é o filho de Deus, o produto da união do espírito e da matéria.
2 - A alma é uma encarnação da mente consciente, a expressão, se assim se puder dizer, da consciência divina inteligente.
3 - A alma é uma unidade de energia, vibrando em uníssono com uma das sete Vidas de raio e colorida por uma particular luz de raio.

A personalidade da alma deve ser uma encarnação do amor, aplicada com inteligência e produzindo aquelas formas "atrativas" que servirão para expressar aquela inteligência amorosa. A alma, por sua vez, deve ser a encarnação do propósito ou vontade divina, inteligentemente aplicada no grande trabalho criativo, que é produzido pela força do amor criativo.

Cada filho de Deus pode dizer: Nasci do amor do Pai pela Mãe, do desejo da vida pela forma. Eu expresso, portanto, o amor e a atração magnética da natureza de Deus e a resposta da natureza da forma e sou a própria consciência, plenamente consciente da Divindade ou Vida.

Cada inteligente ponto de vida pode dizer: Eu sou o produto da vontade inteligente, trabalhando através da atividade inteligente e produzindo um mundo de formas criadas que encarnam ou ocultam o amoroso propósito da Divindade.

Cada vibrante unidade de energia pode dizer: Eu sou parte de um todo divino, que em sua natureza setenária expressa o amor e a vida da Realidade Una, colorida por uma das sete qualidades do amor da Divindade e capaz de responder às demais qualidades.

Para nossos propósitos, neste tratado, devemos fixar o fato de que o mundo das aparências é energizado pelo mundo de qualidades ou valores, em relação ao qual vibra, mundo esse que, por sua vez, vibra ou é energizado pelo mundo do propósito ou da vontade. Portanto, como é referido em A Doutrina Secreta e no Tratado Sobre o Fogo Cósmico, o fogo elétrico da vontade e o fogo solar do amor, em cooperação com o fogo por fricção, produzem o mundo das formas criadas e criativas. Essas progridem sob a lei do amor magnético atrativo, na direção da realização evolutiva de um propósito, por enquanto, inescrutável.

Esse propósito permanece desconhecido somente devido às limitações da "aparência" que, por enquanto, ainda não responde à qualidade. Quando a aparência ilusória e a qualidade velada da vida forem conhecidas e compreendidas, o propósito subjacente emergirá com clareza. Indicações disso podem ser tenuemente sentidas e o atributo dessa crescente conscientização pode ser registrado na tendência do pensamento moderno de falar em padrões e planos, projetos e sintéticas formulações de ideias e no rastreamento de desenvolvimentos históricos - nacional, racial, humano e psicológico. À medida que lemos, refletimos e estudamos, os contornos imprecisos do Plano surgem, mas enquanto a consciência não tiver transcendido todas as limitações humanas e incluindo nos limites de seus contatos o sub-humano tanto quanto o sobre-humano, o verdadeiro Plano não poderá ser corretamente alcançado. A vontade, permanecendo por trás do propósito, não poderá ser compreendida, antes que a consciência tenha transcendido, mesmo a do homem sobre-humano e se tenha tornada una com o divino.

A vontade ou a energia da vida são termos sinônimos e são uma abstração, existindo independentemente de toda expressão da forma. A vontade de ser emerge do lado de fora do sistema solar, inteiramente. É a energia de Deus tudo-penetrante que forma com uma fração de si própria o sistema solar e, contudo, permanece fora. Plano e propósito dizem respeito às energias emanantes daquela Vida central e envolvem a dualidade - vontade ou o impulso da vida mais o atrativo amor magnético que, por sua vez, é a resposta da substância vibratória universal ao impacto da energia da vontade. Essa atividade inicial precede o processo criativo da construção da forma e o exercício da vontade divina, no oceano do espaço, de matéria ou de substância etérica, produziu a primeira diferenciação nos principais raios e sua mútua interação produziu os quatro raios menores.

Assim, as sete emanações, as sete potências e os sete raios vieram à manifestação. Eles são os sete alentos da Vida una, as sete energias básicas; eles jorraram do centro formado pelo impacto da vontade de Deus sobre a substância divina e divididos em sete correntes de força. O raio de influência dessas sete correntes determinou a extensão ou alcance da atividade de um sistema solar e "delineou" os limites da forma do Cristo cósmico encarnado. Cada uma dessas sete correntes ou emanações de energias foi colorida por uma qualidade divina, um aspecto do amor e todas elas eram necessárias para o aperfeiçoamento último do propósito latente e não revelado.

A vontade da Divindade coloriu a corrente das unidades de energia a que chamamos de Raio da Vontade ou Poder, o primeiro raio e o impacto daquela corrente sobre a matéria do espaço assegurou que o propósito oculto da Divindade seria inevitável e finalmente revelado. É um raio de tão dinâmica intensidade, que o chamamos de raio do Destruidor. Ele, por enquanto, ainda não está operando ativamente. Ele só entrará em plena atividade, quando houver chegado o tempo em que o propósito possa ser revelado com segurança. Suas unidades de energia em manifestação no reino humano são muito poucas. Como eu disse antes, não há, por enquanto, um tipo verdadeiro do primeiro raio em manifestação. Sua principal potência é encontrada no reino mineral e a chave para o mistério do primeiro raio se encontra no metal rádio.

No reino vegetal, o segundo raio é especialmente ativo, produzindo, entre outras coisas, a atração magnética das flores. O mistério do segundo raio se encontra oculto no significado do perfume das flores. O perfume e o rádio acham-se relacionados, sendo expressões emanatórias dos efeitos do raio sobre diferentes agrupamentos de substância material. O terceiro raio está, por sua vez, particularmente relacionado com o reino animal, produzindo a tendência à atividade inteligente que observamos nos animais domésticos mais elevados. A correspondência à radioatividade e aos perfumes emanadores que encontramos nos reinos mineral e vegetal, nós aqui chamamos de devoção, a característica da interação atrativa entre os animais domésticos e o homem.

Devotos das personalidades poderiam mais rapidamente transmutar essa devoção em sua correspondência superior, se eles se dessem conta de que estavam somente liberando uma emanação animal.

O desejo da Divindade se expressa por meio do segundo raio do Amor-Sabedoria. Desejo é uma palavra que foi prostituída para cobrir a tendência da humanidade de almejar coisas materiais ou aqueles prazeres que trazem satisfação à natureza sensorial. Aplica-se àquelas condições que satisfarão à personalidade, mas, em última análise, o desejo é essencialmente amor. Esse desejo se expressa pela qualidade da atração, por sua capacidade de trazer para si e para o raio de sua influência aquilo que é amado. É o elo de ligação e é aquele princípio da coesão magnética que fica por trás de todo trabalho criativo e que traz à luz da manifestação aquelas formas ou aparências por meio das quais é possível satisfazer o desejo. Este segundo raio é eminentemente o raio da consciência aplicada e age através da criação e do desenvolvimento daquelas formas que são encontradas em todo o universo. Elas são essencialmente mecanismos para o desenvolvimento da capacidade de resposta ou da apurada percepção; elas são máquinas sensíveis, que respondem ao meio ambiente que as envolve. Isso é verdadeiro com relação a todas as formas, desde um cristal até um sistema solar. Elas foram criadas no grande processo de satisfação do desejo e de provimento dos meios de contato que garantirão uma satisfação progressiva.

Na família humana, o efeito dessa interação dual da Vida (satisfação de desejos) e da forma (que provê o campo da experiência) é uma consciência que aspira por um amor ao sem forma, em vez do desejo pela forma e à sábia adaptação de toda experiência ao processo de transmutação do desejo em amor. Daí, esse raio ser, por excelência, o raio dual do Próprio Logos solar e, daí, colorir todas as formas manifestadas, dirigindo todas as consciências e todas as formas, em todos os reinos da Natureza e em todos os campos do desenvolvimento; ele conduz a vida através dos limites da forma naquela busca básica ou impulso para a conquista da graça por meio da satisfação do desejo. Esse impulso e a interação dos pares de opostos produziram os vários tipos de reação consciente à experiência a que, em seus estágios principais, nós chamamos de consciência, consciência animal e outras diferenciadoras correlatas expressões.

Este segundo raio é o raio da Própria Divindade e é colorido pelos aspectos distintivos do desejo ou amor. Eles produzem a totalidade das aparências manifestadas, animadas pela Vida Que determina a qualidade. O Pai - Espírito ou Vida - quer procurar também a satisfação do desejo. A Mãe ou matéria encontra o desejo e é também atraída pelo Pai. Sua mútua resposta inicia o trabalho criativo e nasce o Filho, herdando do Pai o impulso de desejar ou amar e da Mãe a tendência de criar formas ativamente. Assim, na linguagem do simbolismo, as formas dos mundos vieram à existência e, por meio do trabalho evolutivo, o processo de satisfazer o desejo do espírito prossegue. Assim, nos dois principais raios, o da Vontade e o do Amor, temos as duas principais características da natureza divina que permanecem latentes por detrás das miríades de formas. Os éons verão essas duas energias firmemente dominando toda a aparência e dirigindo o criado para uma plena utilização da natureza divina. Isso é válido tanto para os deuses como para os homens.

Mas, da mesma maneira pela qual o Pai contribui para o Filho com as qualidades divinas da vontade e do amor, também a Mãe contribui muito e a dualidade inicial aumenta e as qualidades são ampliadas pela adição de uma qualidade inerente à própria matéria - a qualidade ou Raio de Atividade Inteligente. Esse é o terceiro dos atributos divinos e completa, se assim me posso expressar, o equipamento das formas aparentes e predispõe toda a criação a uma apreciação inteligente do verdadeiro objetivo do desejo e a um uso inteligente da técnica da construção da forma para revelar o propósito divino. O Conhecedor (o homem) é o guardião daquela sabedoria que o capacitará a prosseguir no plano divino e a fazer frutificar a vontade de Deus. O campo do conhecimento é de tal maneira constituído, que ele vibra, com resposta inteligente, à vontade lentamente emergente. O próprio Conhecimento conhece seus próprios fins e trabalha na direção desses fins, por meio dos processos da experimentação, da expectativa, da experiência do exame e da exaltação que produz um êxito final. Palavras como essas são símbolos sintéticos transmitindo uma história cósmica em termos de brevidade construtiva.

Assim, os três raios, da Vontade, do Amor e da Inteligência produzem a aparência, dão qualidade e, através do princípio da Vida que é o aspecto subjacente da vida da unidade, garantem continuidade de crescimento até um tempo em que a vontade de Deus se tenha evidenciado como poder, tenha atraído para si o desejado, com sabedoria tenha utilizado a experiência de uma satisfação gradualmente crescente e tenha, inteligentemente aplicado, o ganho da experiência à produção de formas mais sensíveis, mais belas e mais plenamente expressivas da qualidade da vida.

Cada um desses raios é dual, no tempo e no espaço, embora somente o segundo raio seja dual, quando eles são considerados do ponto de vista da abstração final. Em sua temporária dualidade, pode ser vista, para cada um deles, a interação a que chamamos de causa e efeito.

Raio I Vontade, dinamicamente aplicada, emerge em manifestação como poder.
Raio II Amor, funcionando magneticamente, produz sabedoria.
Raio III Inteligência, potencialmente encontrada na substância, causa atividade.

O resultado da interação desses três raios principais pode ser visto na atividade dos quatro raios menores. A Doutrina Secreta fala dos Senhores do Conhecimento e do Amor e, também, dos Senhores da Devoção Incessante. Poderíamos, para compreendermos mais claramente o significado místico desses nomes, indicar que a vontade dinâmica persistente do Logos se expressa por meio dos Senhores da Devoção Incessante. Aqui, a devoção não é a qualidade a que antes me referi, neste tratado, mas é a vontade de Deus uni direcionada e persistente, expressa numa vida que é a do Senhor do primeiro raio. Os Senhores do Amor e do Conhecimento são as grandes Vidas Que encarnam ou animam o Amor-Sabedoria e os aspectos da Inteligência criativa dos dois raios principais. Esses três são a totalidade de todas as formas ou aparências, os doadores de todas as qualidades e o aspecto Vida, emergindo por trás das manifestações tangíveis. Eles correspondem, na família humana, aos três aspectos da Personalidade, da Alma e da Mônada. A Mônada é vontade dinâmica ou propósito, mas permanece sem ser revelada até após a terceira iniciação. A Mônada é Vida, a força sustentadora, um Senhor de devoção perseverante e incessante à caça de um objetivo visto e determinado. A alma é um Senhor de amor e sabedoria, enquanto que a personalidade é um Senhor de conhecimento e de atividade inteligente. Esse uso de termos envolve a realização de uma meta alcançada. Não é verdadeiro quanto ao presente estágio no que se refere à expressão, pois esse é um estágio intermediário. Nenhum deles está operando, por enquanto, com plena atividade inteligente, embora isso vá acontecer algum dia. Nenhum deles está, por enquanto, manifestando os Senhores do amor, mas eles sentem o ideal e aspiram à sua expressão. Não são, tampouco, por enquanto, Senhores da vontade incessante nem realizam, por enquanto, o plano da Mônada ou a verdadeira meta à qual aspiram. Algum dia todos o farão. Mas, potencialmente, cada unidade humana representa todos os três e, algum dia, as aparências que foram chamadas personalidades, que mascaram ou velam a realidade, revelarão plenamente as qualidades da Divindade. Quando esse tempo chegar, o propósito pelo qual toda criação aguarda, explodirá sobre a visão despertada e nós saberemos qual o verdadeiro significado da graça e por que as estrelas da manhã cantaram juntas. A alegria é a forte nota básica de nosso particular sistema solar.

Um dos setenatos fundamentais dos raios encarna em si o mesmo princípio da harmonia e este quarto Raio da Harmonia dá a todas as formas aquilo que produz beleza e trabalha pela harmonização de todos os efeitos, emanando do mundo das causas, que é o mundo dos três raios principais. O raio da beleza, da arte e da harmonia é o produtor da qualidade da organização através da forma. É, em última análise, o raio da exatidão matemática e não é o raio do artista, como tantos parecem julgar. O artista é reconhecido em todos os raios, assim como o engenheiro ou o médico, o construtor ou o músico. Quero tornar isso bem claro, pois há muitos equívocos a respeito.

Cada um dos grandes raios tem uma forma de ensinar a verdade à humanidade que é única em sua contribuição e, dessa maneira, desenvolve o homem por um sistema ou técnica, qualificado pela qualidade do raio e é, portanto, específico e único. Indico, a seguir. os modos desse ensino grupal:

Raio I Expressão Superior: A ciência do estadista, do governo.
Expressão Inferior: Diplomacia e política modernas.
Raio II Expressão Superior: O processo da iniciação tal como ensinado pela hierarquia dos adeptos.
Expressão inferior: Religião.
Raio III Expressão Superior: Meios de comunicação ou interação. O rádio, telefone, telégrafo e o Poder de viajar.
Expressão Inferior: Uso e difusão do dinheiro e do ouro.
Raio IV Expressão Superior: O trabalho maçônico, baseado na formação da hierarquia e relacionado com o segundo raio.
Expressão Inferior: Construção arquitetônica. Moderno planejamento urbano.
Raio V Expressão Superior: A ciência da alma. Psicologia Esotérica.
Expressão Inferior:Modernos sistemas educacionais e ciência mental.
Raio VI Expressão Superior: Cristianismo e religiões diversificadas (observar aqui a relação com o raio III).
Expressão Inferior: Igrejas organizadas.
Raio VII Expressão Superior: Todas as formas de magia branca.
Expressão Inferior: Espiritualismo dos “fenômenos”.

O quarto raio é essencialmente o refinador, o produtor da perfeição dentro da forma e o manipulador primário das energias de Deus, de tal maneira, que o Templo do Senhor é, de fato, conhecido em sua verdadeira natureza como aquele onde "habita" a Luz. Assim, a Shekinah brilhará no lugar secreto do Templo em sua plena glória. Tal é o trabalho dos sete Construtores. Esse raio é expressivo, primariamente do primeiro dos planos sem forma, contando de baixo para cima e seu verdadeiro propósito não pode emergir, antes que a alma seja despertada e a consciência esteja adequadamente registrando o conhecido. Os planos ou esferas manifestadas de expressão são influenciados na manifestação numa ordem numérica:

Raio I Vontade ou Poder Plano da Divindade.
Raio II Amor-Sabedoria Plano da Mônada.
Raio III Inteligência Ativa Plano do espírito, atma.
Raio IV Harmonia Plano da intuição.
Raio V Conhecimento Concreto Plano mental.
Raio VI Devoção, idealismo Plano astral.
Raio VII Ordem Cerimonial Plano físico.

O quinto raio, portanto, atua ativamente no plano da maior importância da humanidade, sendo, para o homem, o plano da alma e da mente superior e inferior. Ele encarna o princípio do conhecimento e, devido à sua atividade e íntima relação com o terceiro Raio da Inteligência Ativa, poderia ser considerado como um raio, tendo uma relação extremamente vital com o homem, neste tempo em particular. É o raio que - quando ativo, como aconteceu nos tempos Lemurianos - produz a individualização, que é literalmente a transferência da vida de Deus no processo de evolução para uma nova esfera de conscientização. Essa particular transferência para formas superiores de consciência tende, inicialmente, à separatividade.

O quinto raio produziu o que chamamos de ciência. Na ciência, encontramos uma condição extremamente rara. A ciência é separativa em sua abordagem dos diferentes aspectos da manifestação divina a que chamamos mundo dos fenômenos naturais, mas ela não é, na verdade, separativa, pois há pouco antagonismo entre as ciências e a pequena competição entre os cientistas. Nisso, os trabalhadores no campo científico diferem profundamente dos das religiões. A razão disso se encontra no fato de que o verdadeiro cientista, sendo uma personalidade coordenada e atuando, portanto, nos níveis mentais, trabalha muito perto da alma. A personalidade desenvolvida produz as claras distinções da mente dominante, mas (se se pode usar tal modo simbólico de expressão) a íntima proximidade da alma rejeita uma atitude separativa. O homem religioso é, predominantemente, astral ou emocional e age de uma maneira mais separativa, particularmente nesta era de Peixes, que se vai afastando. Quando eu digo o homem religioso, refiro-me ao místico e ao homem que sente a visão beatífica. Não me refiro aos discípulos nem aos que são chamados iniciados, pois esses acrescentam à visão mística uma apreensão mental devidamente treinada.

O Sexto raio da Devoção encarna o princípio da identificação. Quero dizer, com isso, a capacidade de ver a realidade ideal que está por trás da forma; isso implica uma aplicação unidirecionada do desejo e da inteligência para produzir uma expressão daquela ideia sentida ou percebida. Ele é responsável por grande parte da formulação das ideias que impulsionaram o homem e por muito da ênfase sobre a aparência que encobriu e ocultou tais ideais. É, neste raio, primariamente - na medida em que seu ciclo entra e sai de manifestação - que o trabalho de distinguir entre aparência e qualidade é levado adiante e esse trabalho tem seu campo de atuação no plano astral. A complexidade desse assunto e a agudeza do sentimento envolvido se tornam, portanto, aparentes.

O sétimo Raio, da Ordem Cerimonial ou da Magia, expressa uma qualidade curiosa que é a característica predominante da particular Vida que anima o raio. É a qualidade ou princípio que é o fator coordenador, unificando a qualidade interior e a forma tangível exterior ou aparência. Este trabalho prossegue, primariamente, em níveis etéricos e envolve a energia física. Esse é o verdadeiro trabalho mágico. Gostaria de indicar que, quando o quarto raio e o sétimo raio entrarem em atividade juntos, teremos um período muito especial de revelação e de recepção de luz. Diz-se desse tempo que, então, "o templo do Senhor receberá uma glória adicional e os Construtores se regozijarão juntos". Este será o elevado momento do trabalho maçônico, compreendido espiritualmente. A Palavra Perdida será, então, recuperada e proclamada para que todos a ouçam e o mestre erguer- se-á e caminhará entre Seus construtores na plenitude da luz da glória que brilha do Oriente.

A espiritualização das formas poderia ser considerada como o principal trabalho do sétimo raio e é esse princípio de fusão, de coordenação e de mistura que está ativo nos níveis etéricos, toda vez que uma alma encarna e uma criança nasce na Terra.

D - A alma é o principio da sensibilidade subjacente a todas as manifestações exteriores, permeando todas as formas e constituindo a consciência de Deus mesmo. Quando a alma, imersa na substância, é simplesmente sensibilidade, ela produz, por meio de sua interação evolutiva, um acréscimo e vemos emergir a qualidade e a capacidade de reagir à vibração e ao meio ambiente. Essa é a alma, ao se expressar em todos os reinos sub-humanos da Natureza.

Quando a alma, uma expressão de sensibilidade e qualidade, acrescenta a esses a capacidade da desapegada conscientização de si mesmo, aparece aquela entidade auto identificada a que chamamos de ser humano.

Quando a alma acrescenta à sensibilidade, à qualidade e conscientização de si mesma, a consciência grupal, então, nós temos a identificação com um grupo de raio e aparecem o discípulo, o iniciado e o mestre.

Quando a alma acrescenta à sensibilidade, qualidade, conscientização de si mesma e consciência grupal, uma consciência do propósito sintético divino, (chamado por nós o Plano) então, nós temos aquele estado de ser e conhecimento que é característico de todos no Caminho da Iniciação e inclui aquelas Vidas valiosas, desde o discípulo mais avançado até o próprio Logos planetário.

Mas não se esqueçam de que, quando fazemos essas distinções, é, todavia, uma Alma que está atuando, agindo por meio de variados veículos de capacidades, de diferenciados refinamentos e de limitações maiores e menores, exatamente no mesmo sentido que um homem é uma identidade, algumas vezes, operando ou através de um corpo físico ou de um corpo mental e, algumas vezes, tendo consciência de ser uma Alma - uma ocorrência rara e não usual para a maioria.

Toda forma em manifestação faz duas coisas:

1 - Apropria-se tanto da alma do mundo - ou é por ela saturada quanto sua capacidade o permitir. O átomo da substância, a molécula ou a célula têm alma, mas não no mesmo grau que um Mestre e, assim por diante, descendo ou subindo a escala.

2 - Por meio da interação entre a alma que habita e a forma, duas coisas ocorrem:

a) A sensibilidade e a qualidade são expressas de acordo com seu tipo de corpo e seu ponto de evolução.

b) A alma que satura, põe a natureza do corpo em atividade e o força adiante, segundo o caminho do desenvolvimento e, assim, provê para a alma um campo de experiência e para o corpo a oportunidade de reagir ao impulso superior da alma. Assim, o campo de expressão é beneficiado e a alma comanda a técnica do contato que é seu objetivo em qualquer particular forma.

A alma, por conseguinte, vista por um lado, é um aspecto do corpo, pois há uma alma em todo átomo, compreendendo todos os corpos em todos os reinos da Natureza. A sutil alma que liga, que é o resultado da união do espírito e da matéria, existe como uma entidade isolada da natureza do corpo e constitui (quando separada do corpo) o corpo etérico, o duplo, como é, às vezes, chamado ou a contraparte do corpo físico. Esta é a totalidade da alma dos átomos que constituem o corpo físico. É a forma verdadeira, é o princípio de coesão em toda forma.

A alma, em relação com o ser humano, é o princípio da mente em duas capacidades ou a mente se expressando de duas maneiras. Essas duas maneiras são registradas e se tornam parte do equipamento organizado do corpo humano, quando ele é adequadamente refinado e suficientemente desenvolvido:

1 - A mente concreta inferior, o corpo mental, a "chitta" ou a substância mental.
2 - A mente abstrata ou espiritual superior.

Esses dois aspectos da alma, suas duas qualidades básicas, trazem à existência o reino humano e capacitam o homem a contatar, tanto os reinos inferiores da Natureza, quanto as realidades espirituais superiores. O primeiro, a qualidade da mente em sua manifestação inferior, é possuído potencialmente por todo átomo, em cada forma, em cada reino da Natureza. É uma parte da natureza do corpo, inerente e potencial e é a base da fraternidade, da unidade absoluta, da síntese universal e da coesão divina em manifestação. O outro, o aspecto superior, é o princípio da percepção própria e, quando combinado com o aspecto inferior, produz a consciência de si mesmo, do ser humano. Quando o aspecto inferior chega a formar e saturar as formas no reino sub-humano e quando ele chega a atuar sobre aquelas formas e sua sensibilidade latente, de modo a produzir adequado refinamento e sensibilidade, a vibração se torna tão potente, que o superior é atraído e há uma fusão ou unificação. Isso é como uma recapitulação superior da união inicial do espírito e da matéria que trouxe o mundo à existência. Uma alma humana é, assim, gerada e começa sua longa carreira. Ela é agora uma entidade diferenciada.

"Alma", também, é uma palavra usada para expressar a totalidade da natureza psíquica - o corpo vital, a natureza emocional e a substância mental. Mas é também mais do que isso, uma vez que o estágio humano seja alcançado. Ela constitui a entidade espiritual, um ser psíquico consciente, um filho de Deus, possuindo vida, qualidade e aparência - uma manifestação única no tempo e no espaço, das três expressões da alma tal como as descrevemos:

1 - A alma de todos os átomos, compondo a aparência tangível.

2 - A alma pessoal ou a totalidade sutil de ligação a que chamamos de Personalidade, composta dos corpos sutis - etérico ou vital, astral ou emocional e o equipamento mental inferior. Esses três veículos, a humanidade compartilha com o reino animal, no que diz respeito à sua posse da vitalidade, sensibilidade e mente potencial; com o reino vegetal, no que diz respeito à vitalidade e sensibilidade e com o reino mineral, quanto à vitalidade e sensibilidade potencial.

3 - A alma é também o ser espiritual ou a união da vida e da qualidade. Quando há a união das três almas, assim chamadas, nós temos um ser humano.

Assim, no homem, vocês têm a mistura ou fusão da vida, qualidade e aparência ou espírito, alma e corpo, por intermédio de uma forma tangível.

No processo de diferenciação, esses vários aspectos atraíram atenção e a síntese subjacente foi desprezada ou não considerada. Entretanto, todas as formas são diferenciações da alma, mas aquela alma é a Alma una, quando encarada e considerada espiritualmente. Quando estudada do lado da forma, nada se vê, a não ser a diferenciação e a separação. Quando estudada a partir do aspecto da consciência ou da sensibilidade, a unidade emerge. Quando o estágio humano é alcançado e a percepção própria se funde com a sensibilidade das formas e com a diminuta consciência do átomo, alguma ideia de uma possível unidade subjetiva começa tenuemente a despertar na mente do pensador. Quando o estágio do discipulado é alcançado, um homem começa a se ver como uma parte sensível de um todo sensível e, lentamente, reage ao propósito e intento daquele todo. Ele capta aquele propósito, pouco a pouco, à proporção que conscientemente se inclina para o ritmo da totalidade da qual ele faz parte. Quando estágios mais avançados e formas mais rarefeitas e refinadas são possíveis, a parte se perde no todo; o ritmo do todo sujeita o indivíduo a uma participação uniforme no propósito sintético, mas a realização da autoconscientização individual persiste e enriquece a contribuição individual, que é agora, inteligente e voluntariamente, oferecida, de modo que a forma, não só constitui um aspecto da totalidade (o que sempre e inevitavelmente foi o caso, mesmo quando não conscientizado), mas a entidade pensante consciente conhece o fato da unidade de consciência e da síntese da vida. Assim, nós devemos ter em mente três coisas:

1- A síntese da vida - espírito.
2- A unidade da consciência - alma,
3- A integração das formas - corpo.

Esses três sempre estiveram em unidade, mas a consciência humana não teve disso conhecimento. É a conscientização desses três fatores e sua integração na técnica do viver que é, para o homem, o objetivo de sua experiência evolutiva inteira.

Falando necessariamente por símbolos, consideremos a Alma universal ou a consciência do Logos Que trouxe nosso universo à existência. Consideremos a Divindade, como imbuindo a forma de Seu sistema solar com vida e consciente de Seu trabalho, de Seu projeto e de Sua meta. Este sistema solar é uma aparência, mas Deus permanece transcendente. Dentro de todas as formas, Deus é imanente, contudo, persiste afastado e retirado. Assim como um ser humano pensante, inteligente atua por meio de seu corpo, mas habita primariamente em sua consciência mental ou em seus processos emocionais, também Deus habita retirado em sua natureza mental e o mundo que Ele criou e saturou com Sua vida, avança na direção da meta para a qual ele a criou. Dentro, todavia, do raio de Sua forma aparente, maiores atividades têm lugar; variados estados de consciência podem ser observados; graus de sensibilidade em desenvolvimento emergem e mesmo, no simbolismo da forma humana, temos tão diferentes estágios de sensibilidade quantos são registrados pelos cabelos, pelos órgãos internos do corpo, pelo sistema nervoso, pelo cérebro e pela entidade a que chamamos de ego (que registra emoção e pensamento). Da mesma maneira, a Divindade, no sistema solar, expressa uma tão ampla divergência da consciência.

Há uma consciência do corpo; há um equipamento sensorial, registrando a reação ao meio ambiente; há uma consciência de humores, de qualidade, de reações mentais a um mundo de ideias; há uma consciência superior do plano e do propósito; há uma consciência da vida.

É interessante registrar, em conexão com a Divindade, que esta resposta sensorial ao meio ambiente provê a base inteira para a astrologia e para o efeito das constelações sobre o sistema solar e as forças interplanetárias. Poderíamos sintetizar tudo isso, em relação ao homem, da maneira seguinte:

A natureza da forma do homem reage, em sua consciência, à natureza da Divindade. A vestimenta externa da alma (física, vital e psíquica) é parte da vestimenta externa de Deus.

A alma autoconsciente do homem está em contato com a alma de todas as coisas. Ela é uma parte integral da Alma universal e, por isso pode dar-se conta do propósito consciente da Divindade; pode inteligentemente cooperar com a vontade de Deus e, assim, trabalhar com o plano da Evolução.

O espírito do homem é uno com a vida de Deus e está dentro dele, profundamente assentado em sua alma, assim como sua alma está assentada em seu corpo.

Esse espírito, em algum futuro distante, irá pô-lo em contato com aquele aspecto de Deus que é transcendente e, assim, cada filho de Deus finalmente encontrará seu caminho para o centro retirado e abstraído onde Deus mora além dos confins do sistema solar.

Essas são palavras formuladas numa tentativa de transmitir uma ideia de ordem, de plano, de síntese universal, de integração e incorporação do fragmento no todo e da parte com o todo.

Tentemos, agora, responder à segunda pergunta, lembrando, ao fazê-lo, que não nos é possível fazer mais do que entrar simbolicamente nos propósitos práticos da Divindade. Como eu escrevo para simples aspirantes, não posso transmitir a verdade, a não ser quando seu contato com suas próprias almas se tenha completado ou, pelo menos, seja mais completo do que agora é o caso. O esforço, contudo, de apreender aquilo que não pode ser expresso em palavras produz um fluxo da mente abstrata ou da intuição e essa, por sua vez, estimula e desenvolve as células cerebrais e produz uma firme estabilização do poder de permanecer no "ser espiritual"; então, torna-se possível apreender o inexprimível e viver por seu poder.

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Pergunta 2:
Quais são a origem, a meta, o propósito e o plano da alma?

Os sete raios são a totalidade da Consciência Divina, da Mente universal. Eles poderiam ser considerados como sete Entidades inteligentes, por meio de Quem o plano estivesse sendo posto em prática. Eles expressam o propósito divino, manifestam as qualidades requeridas para a materialização daquele propósito e criam as formas e são as formas, por meio das quais, a ideia divina pode ser levada adiante até sua consecução. Simbolicamente, Eles podem ser considerados como constituindo o cérebro do Homem Celestial divino. Eles correspondem aos ventrículos do cérebro, aos sete centros dentro do cérebro, aos sete centros de força e às sete principais glândulas que determinam a qualidade do corpo físico. Eles são os executores conscientes do propósito divino. Eles são os sete Alentos, animando todas as formas que Eles próprios criaram para cumprirem o plano.

Talvez seja mais fácil compreender a relação dos sete raios com a Divindade, se lembrarmos que o próprio homem (sendo feito à imagem de Deus) é um ser sétuplo, capaz de sete estados de consciência, expressivo dos sete princípios ou qualidades básicas que o capacitam a estar consciente dos sete planos em que ele, consciente ou inconscientemente, está atuando. Ele é um setenato o tempo todo, mas seu objetivo é estar conscientemente alerta, em relação a todos os estados do ser, é expressar conscientemente todas as qualidades e atuar livremente em todos os planos.

Os Seres dos sete raios, diferentemente do homem, são plenamente conscientes e inteiramente atentos quanto ao propósito e ao Plano. Eles estão "sempre em profunda meditação" e alcançaram o ponto em que, devido a Seu avançado estágio de desenvolvimento, são" impelidos para cumprirem". Eles são plenamente autoconscientes e conscientes do grupo. Eles representam a totalidade da mente universal. Eles são "despertos e ativos". Sua meta e Seu propósito são tais, que é ocioso especularmos a respeito, pois o ponto mais elevado de conquista humana é para Eles o ponto mais baixo. Esses sete Raios, Alentos e Homens Celestiais têm a tarefa de lutar com a matéria, de modo a submetê-la ao propósito divino e a meta - tanto quanto se possa senti-la - é sujeitar as formas materiais ao jogo do aspecto vida, produzindo, assim, aquelas qualidades que irão cumprir a vontade de Deus. Eles são, portanto, a totalidade de todas as formas no sistema solar e Sua atividade produz todas as formas, de acordo com a natureza da forma, assim será o grau da consciência. Através dos sete raios, a vida ou o aspecto espírito flui, gerando ciclos através de cada reino da Natureza e produzindo, assim, todos os estados de consciência, em todos os campos de percepção.

Para os fins deste Tratado, os estudantes terão de aceitar a hipótese de que todo homem é lançado em manifestação sob o impulso de algum raio e é colorido por aquela particular qualidade de raio, o que determina o aspecto forma; indica o caminho que ele deveria seguir e o capacita (ao tempo em que a terceira iniciação é alcançada) a ter cooperado com seu propósito de raio. Após a terceira iniciação, ele começa a sentir o propósito sintético em direção ao qual todos os sete raios estão trabalhando; mas, como este tratado é escrito para aspirantes e discípulos e não para iniciados do terceiro grau, é desnecessário especular sobre esse destino último.

A alma humana é uma síntese de energia material, qualificada pela consciência inteligente, mais a energia espiritual que é, por sua vez, qualificada por um dos sete tipos de raio.

Assim, o ser humano emerge, um filho de Deus, encarnado na forma, com uma mão (como diz o Velho Comentário) sustentada firmemente na rocha da matéria e com a outra mão imersa num mar de amor. Uma antiga escritura põe isso assim:

"Quando a mão direita do homem da matéria agarra a flor da vida e a puxa para si mesmo, a mão esquerda permanece no vazio."

"Quando a mão direita do homem da matéria agarra o lótus dourado da alma, a esquerda desce procurando a flor da vida, embora ele não a procure para fins egoístas."

"Quando a mão direita sustenta o lótus dourado com firmeza e a mão esquerda segura a flor da vida, o homem descobre ser ele a planta de sete folhas que floresce na terra e floresce diante do trono de Deus."

O propósito da Divindade, como é conhecido pelo Criador, é totalmente desconhecido de todos, salvo dos iniciados superiores. Mas o propósito de cada Vida de raio pode ser sentido e definido, sujeito, naturalmente, às limitações da mente humana e à inadequação das palavras. A atividade planejada de cada raio qualifica toda forma encontrada em seu corpo de manifestação.

Chegamos, agora, a uma afirmação técnica que deve ser aceita como matéria de discussão, impossível de ser provada.

Todos os Senhores dos raios criam um corpo de expressão e, assim, os sete planetas vieram à existência. Eles são suas principais expressões.

O Sol (ocultando Vulcano)
Júpiter
Saturno
Mercúrio
Vênus
Marte
A Lua

As energias dessas sete Vidas, todavia, não se confinam às suas expressões planetárias, mas varrem até os confins do sistema solar; assim como os impulsos da vida de um ser humano - suas funções vitais, seus impulsos de desejos e suas energias mentais - percorrem todo o seu corpo, trazendo à atividade os vários órgãos e o capacitando a levar a cabo seu intento, a viver sua vida e cumprir o objetivo pelo qual ele criou seu corpo de manifestação.

Cada um dos sete reinos da Natureza reage à energia de algum particular Raio de vida. Cada um dos sete planos reage de maneira similar; cada setenato da Natureza vibra a um ou outro dos setenatos iniciais, pois os sete raios estabelecem o processo que define os limites de influência de todas as formas. Eles são o que determina todas as coisas e, quando uso dessas palavras, eu indico a necessidade da Lei. Lei é a vontade das sete Divindades, fazendo sua impressão sobre a substância para produzir uma intenção específica através do método do processo evolutivo.

A - Os Três Raios do Aspecto

Expressaremos, agora, o propósito do raio, na forma de um antigo ensinamento, preservado em folhas tão velhas, que a escrita está se apagando lentamente. Eu o traduzirei em linguagem moderna, embora muito assim se perca.

O Primeiro Propósito da Divindade
Raio I - Vontade ou Poder

Por trás do sagrado Sol central; oculta em seus raios, encontra-se uma forma. Nessa forma, brilha um ponto de poder que vibra não como tal, mas brilha como luz elétrica. Ardentes são seus raios. Ele queima todas as formas, contudo, não toca a vida de Deus encarnado.

DAquele que é o sete uma palavra é emitida. Essa palavra reverbera, segundo a linha de essência ardente e, quando ela soa no círculo das vidas humanas, toma a forma da afirmação, um Fiat exclamado ou palavra de poder. Assim, é impresso, no molde vivo, o pensamento de ... (o nome do raio oculto, que não pode ser expresso).

Que o poder dinâmico, a luz elétrica, revele o passado, destrua a forma que é e abra a porta dourada, de par em par. Essa porta revela o caminho que conduz ao centro onde habita o Uno cujo nome não pode ser ouvido nos limites de nossa esfera solar.

Sua palavra é poder. Sua luz, elétrica. O relâmpago é seu símbolo. Sua vontade está oculta no conselho de seu pensamento. Nada é revelado.
Sente-se Seu poder. Os filhos dos homens, reagindo a seu poder, enviam aos limites extremos de luz uma pergunta:

Por que este cego poder? Por que a morte? Por que esta degradação da forma? Por que a negação do poder a sustentar? Por que a morte, Ó poderoso Filho de Deus?

Fracamente vem a resposta: Eu sustento as chaves da vida e da morte. Eu ligo e solto outra vez. Eu, o Destruidor, sou.

Este Senhor de raio ainda não está em plena expressão, exceto por ser O que causa destruição e faz ciclos se encerrarem. As Mônadas de poder são em número muito menor do que quaisquer outras. Os egos, no raio de poder, relativamente, não são tão poucos assim. Eles são caracterizados por uma vontade dinâmica e seu poder, na família humana, atua como a força de destruição, mas, em última análise, é uma destruição que produzirá libertação. Veremos, ao prosseguir no estudo do primeiro raio, egos e personalidades, em cujo trabalho sempre serão encontradas a morte e a destruição e, daí, a aparente crueldade e impessoalidade de suas reações. A forma não conta, para os tipos do primeiro raio; sua energia produz a morte na forma, mas anuncia grandes períodos de pralaya cíclico; o primeiro raio é o controlador do drama da morte em todos os reinos - uma destruição de formas que traz uma libertação de poder e permite a "entrada na Luz através dos portais da Morte". A intenção do Senhor do primeiro raio é permanecer por detrás dos Seus seis Irmãos e, quando Eles alcançarem Seus propósitos, destruir as formas que Eles tenham construído. Isso Ele faz, passando Seu poder através de Seus corpos e seu esforço unido leva à abstração e a um retorno ao centro de onde veio o impulso inicial. O propósito do primeiro raio é, pois, produzir a morte e alguma ideia desse propósito pode ser recolhida, se estudarmos alguns dos nomes pelos quais o Senhor do raio é chamado:

O Senhor da Morte
O Abridor da Porta
O Libertador da Forma
O Grande Abstrator
O Elemento Ardente, produzindo a destruição
O Cristalizador da Forma
O Poder que toca e remove
O Senhor do Solo Ardente
A Vontade que se quebra no Jardim de Almas
O Arrebatador
O Dedo de Deus
O Hálito que faz Explodir
O Relâmpago que aniquila
O Altíssimo

As qualidades e características d'Este Senhor Que traz libertação, podem ser recolhidas dos seis aforismos seguintes, os quais, diz uma antiga lenda, Seus seis Irmãos Lhe deram ao lhe pedir que retivesse Sua mão até que Eles tivessem tempo de completar Seus propósitos:


1 - Mata o desejo, quando o desejo tiver cumprido seu trabalho. Tu és aquele que indica o cumprimento. Q ualidade - visão clara.
2 - Busca o caminho suave, ó Senhor do Poder. Espera por teu irmão no caminho do Amor. Ele constrói as formas que podem resistir ao teu poder. Qualidade - poder dinâmico.
3 - Retém tua mão até chegar a hora. Depois, dá o dom da morte, Ó Abridor da Porta.
Qualidade - senso do tempo.
4 - Não fiques só, mas junta-te aos muitos. Tu és o Uno, o Isolado. Vem para ti mesmo.
Qualidade - solidão.
5 - Conduze a ti mesmo, mas aprende a conhecer a Ti mesmo. Não odeies o apego, mas vê seu plano e propósito.
Qualidade - desapego.
6 - Através de ti a vida pulsa, o ritmo é imposto. A vida é tudo. Ama a vida em todas as suas formas.
Qualidade - singularidade de propósito.

As seis qualidades, enumeradas acima, expressam a força deste raio, quando ele faz sentir sua presença no quarto reino da Natureza. Os efeitos em outros reinos diferem, mas conteremos nossa atenção nos limites da observação da humanidade. O propósito do primeiro raio e seu trabalho principal, é produzir a cessação e a morte de todas as formas em todos os reinos da Natureza e em todos os planos. A energia desse Senhor de raio traz a morte de uma formiga ou de um sistema solar, de uma organização, de uma religião ou de um governo, de um tipo de raça ou de um planeta. Sua vontade ou propósito se realiza através da lei da periodicidade.

O Segundo Propósito da Divindade Raio
II. Amor-Sabedoria.

A palavra sai do coração de Deus, emergindo de um ponto central de amor. Aquela Palavra é o próprio amor. O desejo divino colore toda aquela vida de amor. Na hierarquia humana, a afirmação reúne poder e som.

A Palavra no começo era. A Palavra morava e mora com Deus. Nela estava a luz. Nela estava a vida. Em sua Luz, nós caminhamos.

Seu símbolo é o trovão, a Palavra que é emitida ciclicamente através dos tempos.

Alguns dos nomes deste Senhor de raio que explicam seu propósito, são como os seguintes:

O Dispensador da Glória
O Senhor do Eterno Amor
O Ímã Cósmico
O Doador da Sabedoria
A Radiação na Forma
O Mestre Construtor
O Outorgante de Normas
O Grande Geômetra
Aquele Que oculta a Vida
O Mistério Cósmico
O Portador da Luz
O Filho de Deus Encarnado
O Cristo Cósmico

A lenda nos diz que os seis Irmãos resumem Suas qualidades nos seguintes aforismos:

1 - Envia a Palavra e proclama o irradiante amor de Deus. Faze com que todos os homens ouçam.

Qualidade amor divino.

2 - Que a glória do Senhor brilhe. Que haja tanta luz irradiante quanto amor irradiante.

Qualidade irradiação.

3 - Atrai para ti o objeto de Tua busca. Lança a luz do dia, da noite do tempo, àquele a quem amas.

Qualidade atração.

4 - Quando a luz e o amor forem anunciados, então, que o poder interno produza a flor perfeita. Que a palavra que cura a forma seja emitida. Aquela palavra secreta que, então, deve ser revelada.

Qualidade o poder de salvar.

5 - Salvação, luz e amor, com o poder magnético de Deus, produzi a palavra de sabedoria. Emiti aquela palavra e conduzi os filhos dos homens de fora do caminho do conhecimento para o caminho da compreensão.

Qualidade sabedoria.

6 - No âmbito do amor de Deus, no círculo do sistema solar, todas as formas, todas as almas, todas as vidas giram. Que cada filho de Deus entre nessa sabedoria. Revela a cada um a unidade das muitas vidas.

Qualidade expansão ou inclusividade.

O terceiro raio, que tem um ciclo muito longo, tendo estado em manifestação desde 1425 A.D., tem um efeito direto sobre a quinta raça raiz, a ariana e conectou com ela um conjunto de curiosas locuções que expressam seu propósito.

O Terceiro Propósito da Divindade
Raio III. Inteligência ativa ou Adaptabilidade.

Que o guardião do Sul continue com a construção. Que ele aplique a força que produzirá a brilhante pedra viva que se ajusta no plano do templo com perfeita exatidão. Que ele prepare a pedra angular e sabiamente a deposite no norte, sob o olho do próprio Deus e sujeita ao equilíbrio do triângulo.

Que o pesquisador do passado descubra o pensamento de Deus, profundamente oculto na mente dos Kumaras do Amor e, assim, deixe-o conduzir os Agnishvattas, aguardando no lugar das trevas, para o lugar da luz.

Que o Mantenedor das centelhas aspire com o alento divino sobre os pontos de fogo e que ele faça arder até a brasa aquilo que está oculto, aquilo que não é visto e, assim, ilumine todas as esferas sobre as quais Deus trabalha.

Chamaria a atenção para o fato de que tudo que posso fazer aqui é pôr em palavras certos símbolos antigos e, assim, dar ênfase ao processo (adotado pelos primitivos instrutores iniciados) de enunciar uma palavra ou som que produza uma forma simbólica, a qual, por sua vez, seja passível de tradução em palavras. Essas, por sua vez, devem ser compreendidas intuitivamente e adaptadas à necessidade individual e, assim, assimiladas na prática da vida. De outro modo, essas antigas e interessantes ideias, esses nomes interpretativos e esses aforismos, transmitindo o "poder das qualidades", seriam piores do que se fossem inúteis e serviriam apenas para fazer crescer a responsabilidade. A capacidade de ver significados objetivos e, então, aplicá-los à vida é uma expressão do verdadeiro senso esotérico. Se se estudarem essas tabulações e locuções com cuidado, verificar-se-á que elas contêm indicações quanto ao raio individual, às tendências e propósitos da vida e as comunicações que estou fazendo aqui, relativamente ao Propósito, Nome e Qualidade, serão proveitosas e úteis, se o apelo que as várias afirmações fazem, relativamente a um raio particular, evocarem uma compreensão intuitiva por parte do estudante, de modo a que ele se reconheça a si próprio, à energia do seu raio e aos aspectos de sua natureza espiritual, latente e profundamente desejada.

Alguns dos nomes do Senhor do terceiro raio indicam Seu uso de força e Sua natureza real. São como segue:

O Conservador dos Registros
O Senhor da Memória
O Unificador dos Quatro Inferiores
O Intérprete d'Aquele Que é visto
O Senhor do Equilíbrio
O Separador Divino
A Vida Essencial Discriminadora
Aquele Que produz a Aliança
O Triângulo Trilateral
O Iluminador do Lótus
O Construtor da Fundação
O Antecipador da Luz
Aquele Que Oculta e, contudo, Revela
O Dispensador do Tempo
O Senhor do Espaço
A Mente Universal
O Pavio Tríplice
O Grande Arquiteto do Universo

E muitos outros termos que indicam relação com a luz, tempo, espaço, com o Logos manifestado, com a matéria e com o "poder que evoca a forma".

Se todos esses nomes forem estudados em conexão com os desenvolvimentos modernos ou com a cultura e ciência modernas, tornar-se-á aparente, como essa particular Vida de raio é potente e influencia nosso dia e nosso tempo; e como Suas energias, (tendo produzido os mundos objetivos tangíveis) são transformadas para a manifestação de nossa moderna civilização, com sua ênfase material, sua busca quanto à natureza do tempo e espaço e aquele desenvolvimento mental que é destino de nossa particular raça demonstrar e, também, a glória.

As qualidades que caracterizam este Senhor de raio poderiam ser enumeradas nas seguintes expressões. Devemos ter em mente que a sétima característica ou sintética de cada um dos raios, é denotada pelo nome do raio e não é especificamente afirmada nas demais seis qualidades. Seus seis Irmãos, Filhos do Pai Uno, entoavam essas injunções para Ele no dia de Sua renovada atividade (no que nós chamamos o Dia da Criação):

1 - Produzi a forma dual e ocultai a vida. Que a forma apareça e se prove divina. Tudo é Deus.

Qualidade o poder de manifestar.

2 - Ajustai a concha ao que habita em seu interior. Que as idades passem; então, que a alma apareça. Que a vida possa emergir em um tempo destinado.

Qualidade o poder de evoluir.

3 - Que a mente controle. Que o claro brilho do Sol da vida revele a mente de Deus e ponha aquele que brilha em seu caminho. Então, conduzi-o para o ponto central onde tudo se perde na luz divina.

Qualidade iluminação mental.

4 - Deus e Sua forma são um. Revela esse fato, Ó soberano Senhor da forma. Deus e Sua forma são um. Negai o conceito dual. Empresta cor à forma. A vida é uma; a harmonia completa. Prova, assim, que os dois são um.

Qualidade o poder de produzir a síntese no plano físico.

5 - Produz a vestimenta do Senhor; avança o manto de muitas cores. Depois, separa esse manto daquilo Que se esconde por trás de suas múltiplas dobras. Renova as camadas que ocultam. Deixa que Deus seja visto. Remove o Cristo da cruz.

Qualidade investigação científica.

6 - Que as duas partes se aproximem. Equilibra os pares de opostos e deixa o caminho aparecer entre os Dois. Deus e o Caminho e o homem são um.

Qualidade equilíbrio.

Assim, os três principais raios resumem em si próprios o processo da criação, da energização, por meio do impulso da vontade divina; o trabalho dos quatro raios menores (como são chamados, embora sem qualquer ideia de serem menores ou maiores) é elaborar ou diferenciar as qualidades da vida e, assim, produzir a infinita multiplicidade de formas que capacitarão a vida para assumir seus muitos pontos focais e expressar - por meio do processo de manifestação evolutiva - suas diversas características.

B - Os Quatro Raios de Atributo

O Quarto Propósito da Divindade.
Raio IV. Harmonia, Beleza, Arte.

A cor e, contudo, nenhuma cor é vista agora. O som e o Uno sem som se encontram num infinito ponto de paz. O tempo e o Uno sem tempo negam os pensamentos do homem. Mas o tempo não é.

A forma é ali encontrada e, no entanto, o sentido psíquico revela aquilo que a forma não tem força para esconder, a síntese interna, o prisma todo abarcante, aquele ponto de unidade que - quando é devidamente alcançada - revela um ponto adiante onde todos os três são um e não os dois sozinhos.

A forma e sua alma estão imersas. A visão interna observa sobre a fusão, conhece a relação divina e vê os dois como um. Mas aquele ponto de elevada consecução, uma visão superior arde diante do olho interno aberto. Os três são um e não somente os dois. Prossegue, Ó Peregrino, no Caminho.

Ao ler essas palavras, o estudante deve ter em mente que a antecâmara foi deixada para trás e que o homem está (desde que tenha deixado o quarto raio fazer seu trabalho e pode, portanto, atuar no quarto plano ou búdico) no templo do Senhor. Ele encontrou uma medida de luz, mas, naquela luz, ele agora vê luz e visualiza uma revelação e brilho maiores. Isso agora se torna o objeto de sua busca. Ele dominou os usos da dualidade e aprendeu a unir a alma e corpo em um instrumento para o espírito. Agora, ele prossegue em seu caminho para conquistar a síntese maior.

O Senhor do quarto raio tem muitos nomes que exigem cuidadoso estudo e muita consideração. Em menos de cem anos, este Senhor do poder harmonizador terá maior influência e neutralizará parte da ruptura de Saturno do primeiro decanato de Aquário. Enquanto isso, um estudo de seus nomes produzirá uma simplificação de Seus esforços e erigirá um corpo de pensamento construtivo que facilitará Seu trabalho, quando Ele estiver novamente em manifestação ativa. Ele está sempre, contudo, mais ou menos, no poder, no que diz respeito à família humana, pois há uma aliança numérica entre o quarto raio, a quarta Hierarquia Criadora ou as mônadas humanas e o quarto reino da Natureza. Seu poder é sempre consequentemente ativo.

O Percebedor do Caminho
O Elo entre os Três e Três
O Intermediário Divino
A Mão de Deus
O Escondido
A Semente, que é a Flor
A Montanha onde a Forma morre
A Luz dentro da Luz
O Revisor da Forma
Aquele Que marca a divisão do Caminho
O Mestre
O Morador do Lugar Santo
O Inferior aos Três, o Mais Alto dos Quatro
A trombeta do Senhor.

Os aforismos, ligados a este quarto raio, não são de fácil compreensão. Eles requerem um exercício da intuição e são conduzidos por seis curtos e excessivamente breves comandos emitidos, no período criativo posterior e ao tempo em que a quarta Hierarquia Criativa veio à encarnação:

1 - Pronuncia baixo a Palavra. Pronuncia baixo.

Qualidade - poder para penetrar as profundezas da matéria.

2 - Campeão do desejo. Dá o que é necessário a quem procura.

Qualidade - o aspecto dual do desejo.

3 - Rebaixa o fio. Revela o Caminho. Liga o homem a Deus. Ergue-te.

Qualidade - poder para revelar o caminho.

4 - Todas as flores são tuas. Lança as raízes na lama, as flores ao Sol. Prova a lama e o Sol e raízes e flores são uma.

Qualidade - poder para expressar a divindade. Crescimento.

5 - Rola e volta e rola outra vez. Circula em volta do círculo dos Céus. Prova, tudo é um.

Qualidade - a harmonia das esferas.

6 - Cor e Som. Emite a Cor. Produz as notas e as veja passando para as sombras que, por sua vez, produzem os sons. Assim, tudo é visto como um.

Qualidade - a síntese da verdadeira beleza.

Essa instrução sobre os raios é de significação mais profunda do que se pode até agora avaliar. O estudo cuidadoso e sistemático e a precaução para evitar tirar deduções apressadas será o caminho mais sábio para abordá-la. Não me é possível lidar com as definidas aplicações psicológicas humanas durante esse estágio inicial. Ocupo-me em proporcionar uma visão geral, com a introdução de ideias, com o assentamento de uns poucos conceitos básicos na consciência do leitor e com uma tentativa de revestir esse assunto tão complexo e difícil, de tal forma que algum novo ritmo de pensamento possa ser acionado e algumas novas realizações alcançadas e conservadas. Essas atualmente dizem respeito a um processo prototípico cósmico e conduzirão finalmente a uma compreensão da parte que um indivíduo pode desempenhar num estupendo todo cósmico. Nós começamos com o universal e acabamos com o particular, como é sempre o método ocultista verdadeiro.

Todavia, tudo que estou colocando sobre uma Vida de raio pode ser igualmente válido para uma vida humana; mas dever-se-ia ter em mente que o tipo de raio puro não existe, por enquanto, pois não se deve esperar encontrar, na família humana, aquela forma, aquele mecanismo ou expressão perfeita da qualidade de raio nem aquela aparência absolutamente purificada, exceto em tais raros casos como o Buda ou o Cristo e (em outro campo de expressão) um Alexandre ou Júlio Cesar. Leonardo da Vinci foi uma expressão análoga. Os raios dizem respeito à energia e à consciência e determinam a expressão, mas onde a matéria utilizada e o veículo formado são até agora imperfeitos, há então, automaticamente limitação e "saída de sintonia" de grande parte da energia. O efeito da força de raio, operando através de formas imperfeitas, deve ser distorcido e podado e mal aplicado. Vou ilustrar. Disse que a energia do primeiro raio atua como o destruidor das formas; deve ser lembrado que um destruidor puro é absolutamente desconhecido e, com relação à humanidade, é por misericórdia que assim seja. E uma condição benéfica que, por enquanto, um ego do primeiro raio seja tão limitado e prejudicado pela natureza da forma, que ele seja incapaz de fazer uso adequado ou inteligente de sua força destrutiva. As personalidades do primeiro raio são, muitas vezes, destrutivas, como vocês bem o sabem, mas a energia gerada é insuficiente para provocar grande dano. Novamente, o amor puro não consegue expressar hoje seu fluxo, sendo impedido pela natureza da forma. Uma consideração desses dois casos ajudará o leitor a apreciar a situação. Mas o tempo está bem próximo, em que haverá uma expressão mais completa do propósito, tipo ou qualidade do raio e, portanto, uma aparência mais verdadeira.

Isso se deve à iminente aparição ou manifestação de certas grandes Vidas Que encarnarão a energia dos raios dois, três, cinco e sete. Elas constituirão, assim, pontos focais para o influxo desses quatro tipos de energia divina e isso produzirá um tremendo estímulo de suas correspondentes unidades de vida, capazes de estimularem respostas. Esses quatro Seres, Que aparecerão como seres humanos no campo do mundo moderno, poderão ser buscados antes do fim do século e Seu esforço unido inaugurará definitivamente a Nova Era e introduzirá o período que passará à história como o tempo de glória para a quinta raça-raiz. Cada um desses quatro Mestres, pois isso Eles serão, é também subjetivamente o ponto focal para um tríplice influxo de energia do centro no Corpo de Deus que é citado simbolicamente como o "coração do Sol". Pois cada raio é, por sua vez, uma tripla entidade em manifestação, como é a Própria Divindade solar. O Amor será Seu caráter predominante e através daquela força magnética atrativa as novas formas virão à existência, as quais permitirão a aparição de tipos de raio mais puros e, assim, mais realmente expressivos. Grande parte da energia destrutiva existente no mundo de hoje é devida à presença, no plano astral, de um discípulo do primeiro raio do Logos planetário. Seu trabalho é clarear o caminho para a manifestação desses outros quatro Discípulos principais, Que são primariamente Construtores; Eles entrarão em Seu trabalho, quando a tarefa dos destruidores da forma se tiver completado.

Gostaria de dar aqui uma sugestão, pois era necessário que alguns dos métodos da Hierarquia começassem a ser compreendidos. O trabalho do que, no Ocidente, é chamado "o Princípio do Cristo" é construir as formas para a expressão da qualidade e da vida. Esse é o trabalho característico do segundo aspecto da divindade. O trabalho do Anticristo é destruir formas, esse é essencialmente o trabalho da primeira expressão da divindade. Mas o trabalho do destruidor não é o trabalho de magia negra e quando a humanidade ignorante considera o Anticristo como trabalhando no lado negro, seu erro é grande. Seu trabalho é tão benéfico quanto o do aspecto construtor e é apenas o ódio que o homem tem da morte das formas que faz com que ele considere o trabalho do destruidor como "negro", como sendo contra a vontade divina e tão subversivo do programa divino. O trabalho dos representantes daquele poder misterioso a que chamamos de mal cósmico e dos representantes com eles sintonizados é de fato digno da palavra "negro"; mas ele não é aplicável ao trabalho do Anticristo. Poder-se-ia acrescentar que o trabalho dos destruidores é impelido de cima. Os símbolos desses dois caminhos são a espada e a cruz.

Após essas observações preliminares, que são destinadas a indicar a magnitude do tema, iremos agora proceder a uma análise dos três raios que ainda estão por ser considerados.

O Quinto Propósito da Divindade
Raio V. Conhecimento Concreto ou Ciência.

Os trovões detonam em torno do cume da montanha; nuvens escuras ocultam a forma. As névoas, elevando-se da esfera aquosa, servem para distorcer o que é maravilhoso ... encontrado no lugar secreto. A forma está lá. Sua nota está sendo emitida.

Um raio de luz ilumina a forma; o oculto agora aparece. O conhecimento de Deus e de como Ele Se oculta, encontra consumação nos pensamentos do homem. As energias e forças recebem seus nomes sagrados, revelam seu propósito interno e tudo é visto como ritmo, um retorno sobre si mesmo. O grande pergaminho pode agora ser lido. O propósito de Deus e Seus planos estão fixados e o homem pode ler a forma.

O plano toma forma. O plano é forma. Seu propósito é a revelação da mente de Deus. O passado revela a forma, mas o presente indica o fluir da energia.

Aquilo que está em seu caminho vem como uma nuvem que encobre o Sol. Mas, escondido por trás dessa nuvem de imanência, está o amor e na terra está o amor e no céu está o amor e este - o amor que renova todas as coisas - deve ficar revelado. Esse é o propósito por trás de todos os atos deste grande Senhor do Conhecimento.

Antes de enumerar os nomes dessa Grande Vida, gostaria de assinalar que o quinto raio tem uma potência peculiar e única em relação ao reino humano. A razão é que o quinto plano da mente é a esfera de Sua principal atividade e é, nesse plano, que nós encontramos os aspectos tríplices da mente:

1 - Mente abstrata ou superior, a corporificação de uma tríade superior.
2 - A mente concreta ou inferior, o aspecto superior do eu inferior.
3 - O ego ou Anjo solar, o puro Filho da Mente, Que expressa inteligência, tanto abstrata quanto concretamente e é o ponto de unificação.

Esta Vida também tem muito poder hoje, em conexão com a quinta raça-raiz e com a transferência da consciência da humanidade para o quinto reino ou espiritual. Os estudantes aprenderiam muito se contrastassem o poder construtor da mente superior com o poder destruidor da inferior. Assim como a personalidade não tem outra função, no plano divino, do que ser para a alma um canal e um meio de expressão, também a mente inferior está destinada a ser o canal para o puro influxo da energia da mente superior.

Esta quinta raça é um Ser da mais intensa luz espiritual e em Sua manifestação neste quinto plano, que é especialmente o Seu, Ele simboliza os três aspectos em uma maneira não alcançada por qualquer outro raio. Por meio de Sua qualidade da mente superior, este raio é um canal puro para a vontade divina. Pelo agrupamento setenário das vidas solares nos níveis mentais onde eles fazem sua aparição, Ele trouxe à atividade sete reflexos correspondentes aos sete centros da Divindade, naquilo que diz respeito ao nosso planeta, algo que nenhum dos Seus seis raios irmãos fizera. Esta afirmação significa pouco para vocês, mas o tremendo sacrifício e esforço, assim envolvidos, somente são igualados pela vida do Buda e essa é uma das razões pelas quais, nesta quinta raça, o amor e a mente devem finalmente revelar-se reciprocamente.

Alguns dos nomes dados ao Senhor desse raio são os seguintes:

O Revelador da Verdade
O Grande Conector
O Intermediário Divino
O Cristalizador das Formas
O Pensador Tríplice
A Nuvem sobre o Topo da Montanha
O Precipitador da Cruz
A Espada Divisora
O Joeireiro do que é Debulhado
O Quinto Grande Juiz
A Rosa de Deus
O Ser Celestial
A Porta para a Mente de Deus
A Energia Iniciática
O Regente do Terceiro Céu
O Guardião da Porta
O Dispensador de Conhecimento
O Anjo com a Espada Flamejante
O Mantenedor do Segredo
O Amado dos Logos
O Irmão de Sirius
O Mestre dos Hierofantes.

Este quinto raio tem tantos nomes devido à Sua íntima relação com o homem (desde que o homem foi originalmente criado), que não tem sido fácil escolher os que são de maior uso na capacitação do estudante em formar uma ideia das características e missão do quinto raio; mas o estudo dos seis aforismos e as qualidades que eles indicam, mostrarão quão potente e importante é este Senhor de raio. Estes seis aforismos foram entoados por Seus seis Irmãos naquela importante crise pela qual a família humana veio à existência e os Anjos solares se sacrificaram.

Esotericamente falando, eles "desceram ao inferno e encontraram seu lugar na prisão". Naquele dia, almas nasceram. Um novo reino de expressão veio à existência e os três planos superiores e os três inferiores foram levados a um cintilante intercâmbio.

1 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e veem. Que os topos das montanhas emerjam da densa e úmida névoa. Que o Sol toque seus picos e os façam ficar na luz. Brilhai.

Qualidade.... emergência na forma e para fora da forma.

2 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e ouvem. Que um profundo murmúrio se eleve e que o grito do homem que busca entre em seus ouvidos. Que o homem chame. Falai alto.

Qualidade .... poder para fazer a Voz do Silêncio ser ouvida.

3 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e usam o tato. Trazei o cetro do poder. Estendei-o na direção dos filhos dos homens; tocai-os com fogo; depois, trazei-os para perto. Trazei-os.

Qualidade iniciando atividade.

4 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e provam com o sentido do paladar. Que todos experimentem e venham. Que todos os caminhos apareçam. Usai o discernimento e escolhei; dissecai e analisai. Todos os caminhos são um.

Qualidade relação do caminho.

5 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e sentem o odor se elevando do solo ardente do homem. Que o fogo faça seu trabalho. Conduzi o homem para o forno e que ele deixe cair no centro rosa-vermelho a natureza que retarda. Que o fogo queime.

Qualidade.... purificação com o fogo.

6 - Deus e Seus Anjos agora se erguem e fundem os muitos no Uno.Que o trabalho da fusão prossiga. Que aquilo que faz com que tudo seja, produza a causa de sua cessação. Que um templo agora emerja. Produzi a glória da coroação. Que assim seja.

Qualidade .... a manifestação da grande luz branca (a Shekinah - AAB).

Há muito de utilidade prática para o leitor num estudo dessas qualidades. Quando ele acreditar que está num particular raio, elas lhe indicarão algumas das características que ele possa procurar e, talvez, demonstrar-lhe o que ele tem a fazer, o que ele tem de expressar e o que ele tem de superar. Essas qualidades deveriam ser estudadas, segundo dois ângulos: seu aspecto divino e seu aspecto reverso ou do lado da forma. Este raio, por exemplo, demonstra ser o revelador do caminho e dever-se-ia lembrar, portanto, de que este quinto raio revela o caminho até a morte ou até a encarnação (que é como que a prisão da alma) ou revela o caminho para o alto e para fora da treva, para a pura luz do dia de Deus. Eu menciono isso já que estou realmente ansioso para que todos os que lerem esse tratado apliquem esse ensinamento às suas vidas diárias. Não estou interessado na imposição do destino nem em dados raros relativos a esses assuntos, destinados a proporcionar prazeres de um apetite mental doentio. O armazenamento, na memória, de detalhes ocultistas que não servem a qualquer propósito útil, só estimula as células cerebrais e alimenta o orgulho.

O Sexto Propósito da Divindade
Raio VI. Devoção ou Idealismo.

Este raio, que está saindo de manifestação, é para nós de vital interesse, pois ele impôs sua marca sobre a civilização ocidental de uma maneira mais definitiva que os demais. Ele é para nós o mais familiar e o melhor conhecido dos raios. O mantra que define seu propósito é diferente dos outros e poderia ser de certo modo expresso da seguinte maneira:

A Cruzada prossegue. Os guerreiros marcham em seu caminho. Eles destroem e matam tudo que impede seu caminho e qualquer coisa que se erga em seu caminho é pisoteado sob seus pés. Marcha em direção à luz.

O trabalho prossegue. Os trabalhadores protegem seus olhos, quer da piedade quer do medo. O trabalho é tudo o que conta para que o espírito que ama possa descansar. Nada pode impedir o progresso dos trabalhadores com o plano. Eles entram no trabalho designado com pães e com canção.

A cruz é levada ao alto; a forma é ali depositada e, naquela cruz, deve lacerar sua vida. Cada um constrói uma cruz que forma a cruz. Eles sobem pela cruz.

Através da guerra, através do trabalho, através da dor e da armadilha, o propósito é alcançado. Assim diz o símbolo.

Verificar-se-á como este propósito, quando aplicado pelo homem a si mesmo, opera sua liberação. Quando aplicado pelo homem ao homem, produziu a corrupta e terrível história da crueldade humana contra o homem. No mantra acima, vocês encontrarão a pista para o propósito do sexto raio tal como ele aparece no reino humano e um cuidadoso estudo expansivo (observem a frase paradoxal) das ideias subjacentes revelará um pouco do propósito maior. A alma é e deveria ser impiedosa para sua forma e seu problema. A alma pode, contudo, compreender a necessidade da dor e da dificuldade no mundo, pois ela pode expandir um conhecimento de sua própria técnica consigo mesmo até a técnica de Deus com Seu mundo; mas ele nada faz conscientemente, que possa possivelmente aumentar a dor ou o sofrimento do mundo.

Alguns dos nomes dados a este beneficente, ainda que um tanto violentamente energizado Senhor, são como segue:

O Negador do Desejo
Aquele que vê o Direito
O Visionário da Realidade
O Ladrão Divino
O Devoto da Vida
O Odiador das Formas
O Guerreiro em Marcha
O Portador da Espada do Logos
O Sustentador da Verdade
O Crucificador e o Crucificado
O Quebrador de Pedras
O Imperecível Flamejante
Aquele a Quem Ninguém pode virar
O Regente Implacável
O General no Caminho Perfeito
Aquele que conduz os Doze

Curiosamente, este Senhor do sexto raio foi sempre um enigma para Seus seis Irmãos. Isso vem das questões que Eles lhe dirigiram em uma ocasião, quando Eles se encontraram "sob o olho do Senhor" para intercambiar Seus planos pela ação unida, divina, harmoniosa. Eles fizeram essas perguntas em um espírito de alegria e amor celestiais, mas com o propósito de lançar alguma luz sobre a qualidade, um tanto obscura, de Seu amado Irmão.

1 - Por que o desejo é vermelho? Por que vermelho como o sangue? Dize-nos, Ó Filho de Deus, por que teu caminho é vermelho como sangue?

Qualidade .... poder de matar o desejo.

2 - Por que voltar as costas à esfera da Terra? É ela muito pequena, muito pobre? Por que chutá-la como a bola num campo de jogos?

Qualidade.... rejeição daquilo que não é desejado.

3 - Por que lançar a cruz da terra ao céu? Mas a terra pode ser um céu. Por que galgar a cruz e morrer?

Qualidade autoimolação.

4 - Por que batalhar assim com tudo que está à vista? Não procurais a paz? Por que permanecer entre as forças da noite e do dia? Por que, assim impassível e calmo, incansável e destemido?

Qualidade paciência e destemor.

5 - Não vês Deus em tudo, a vida em tudo e amor em tudo? Por que separar-se e deixar para trás o amado e o bem conhecido?

Qualidade poder de desapegar-se.

6 - Podes conter as águas da sexta grande esfera? Podes represar a corrente? Podes recobrir tanto a presa quanto o pombo? Poderás tu, Ó Peixe, nadar livremente?

Qualidade.... superar as águas da natureza emocional.

Esse raio da devoção ao ideal, que está saindo e o inconstante raio da ordem mágica ou organização são, em grande parte, responsáveis pelo tipo da consciência humana de hoje. O homem é essencialmente devotado (até o ponto do fanatismo) ao que quer que possa ser o objetivo da sua atenção na vida. Este objetivo pode ser: alcançar o discipulado ou formar uma família ou obter dinheiro ou conquistar popularidade ou qualquer outro objetivo ao qual ele consagre seu tempo e energia; mas, seja qual for, a ele devota tudo o que é ou que tem. O homem também é essencial e inerentemente um produtor de lei e de ordem, embora essa qualidade esteja somente começando a se fazer notada. Isso é, porque a humanidade, finalmente, está-se tornando mentalmente centrada; daí, termos no mundo, atualmente, as múltiplas e variadas tentativas de pôr em ordem os assuntos, segundo linhas de negócios, nacionais, econômicas, sociais e outras, para produzir algum sistema e ordem e para levar a rearrumaçâo de todas as energias, com o objetivo (por enquanto não realizado conscientemente) de inaugurar a Nova Era. Devido, todavia, a um controle mental insuficiente e a uma ignorância quase universal no que diz respeito às leis do pensamento e, em adição, a uma profunda falta de conhecimento da própria natureza humana, o homem trabalha cegamente. Os ideais sentidos não são corretamente interpretados pela mente nem de tal maneira aplicados, que se tornem de aplicação geral e apropriada. Daí, a confusão e a experimentação caótica prosseguirem e, daí, também, a imposição da autoridade pessoal para reforçar uma ideia ou ideal individual.

A necessidade, hoje, é do ensinamento correto quanto às leis do pensamento e às regras que governam a elaboração dos pensamentos-forma que devem manifestar as ideias emitidas, a partir da divina Mente universal. Os homens devem começar a estabelecer a ordem necessária, a partir dos planos subjetivos da vida. Quando isso se realizar, teremos cada importante grupo de homens engajado nos assuntos mundiais ou no trabalho do governo, em todos os seus ramos, ajudados no plano mental por pensadores treinados, de modo que possa haver correta aplicação e correto ajustamento ao Plano. Esse tempo, por enquanto, está distante e, daí, as distorções e falsas representações na Terra, do Plano tal como existe no Céu, para usar a fraseologia cristã.

Foi a conscientização da presente necessidade mundial de pensadores iluminados e trabalhadores subjetivos que impeliu Os Que guiam a dirigir as energias espirituais que estão chegando, de tal modo que a formação dos grupos esotéricos se manifestou por toda parte; levou também à publicação da massa de literatura mística e oriental sobre a meditação e assuntos afins, que inundou o mundo de hoje. Daí também, o esforço que eu, um cooperador no lado interno da vida, estou fazendo para ensinar a psicologia mais moderna neste tratado e, assim, mostrar ao homem qual é seu equipamento e quão bem ajustado ele está para o trabalho para o qual foi criado e que, até agora, ele não conseguiu compreender. A força e efeito da influência do sétimo raio revelar-lhe-ão, contudo, o trabalho mágico e os próximos dois mil e quinhentos anos trarão tantas mudanças e possibilitarão a consecução de tantos dos chamados "milagres" que mesmo a aparência exterior do mundo será profundamente alterada; a vegetação e a vida animal serão modificadas e desenvolvidas e muito do que está latente nas formas de ambos os reinos será trazido à expressão, por meio do fluxo mais livre e da manipulação mais inteligente das energias que criam e constituem todas as formas. O mundo mudou de maneira inacreditável nos últimos quinhentos anos e, durante os próximos duzentos anos, as mudanças serão ainda mais rápidas e profundas, pois o crescimento dos poderes intelectuais do homem está ganhando força e o Homem, o Criador, está entrando na posse de Seus poderes.

O Sétimo Propósito da Divindade
Raio VII. Ordem ou Magia Cerimonial.

”Que o Templo do Senhor seja construído”, proclamou o sétimo grande Anjo. Então, para os seus lugares, no Norte, Sul, Oeste e Leste, sete grandes filhos de Deus se moveram com passos medidos e tomaram seus lugares. O trabalho de construção teve, assim, início.

As portas foram fechadas. A luz brilhou suavemente. As paredes do templo não podiam ser vistas. Os sete estavam silenciosos e suas formas estavam ocultas. Não havia chegado o tempo de a luz irromper. A Palavra não podia ser pronunciada. Só entre as sete Formas, o trabalho prosseguiu. Um chamado silencioso passou de um para o outro. No entanto, a porta do templo permanecia fechada.

À medida que o tempo passava, os sons da vida foram ouvidos. A porta foi aberta e a porta estava fechada. Cada vez que ela se abria, o poder dentro do templo crescia; cada vez a luz se tornava mais forte, pois, um a um, os filhos dos homens entravam no templo, passavam do Norte para o Sul, do Ocidente para o Oriente e no centro do coração encontravam a luz, encontravam a compreensão e a força para trabalharem. Eles entravam pela porta; eles passavam diante dos Sete; eles erguiam o véu do templo e entravam para a vida.

Vinda do Oriente, a Palavra prosseguiu. Abri a porta a todos os filhos dos homens que vêm de todos os obscurecidos vales da Terra e procuram o templo do Senhor. Dai-lhes a luz. Desvelai o santuário interior e, pelo trabalho de todos os artesãos do Senhor, ampliai as paredes do templo e, assim, irradiai o mundo. Emiti a Palavra criativa e elevai os mortos para a vida.

Assim, o templo da luz será conduzido do céu para a terra. Assim, suas paredes serão erigidas nas grandes planícies do mundo dos homens. Assim, a luz revelará e nutrirá todos os sonhos dos homens.

Então, o Mestre no Oriente despertará os que estão adormecidos. Então, o guardião do Ocidente testará e experimentará todos os verdadeiros buscadores da luz.

Então, o portão para o Norte permanecerá aberto, pois lá permanece o Mestre sem ser visto, com a mão das boas-vindas e o coração compreensivo, para levar os peregrinos para o Oriente onde a verdadeira luz brilha.

”Por que esta abertura do templo?” indaga o Sete Maior. Porque o trabalho está pronto; os artesãos estão preparados. Deus criou na luz. Seus filhos podem agora criar. Que mais pode ser feito?”

"Nada!" veio a resposta do Sete maior. ”Que o trabalho prossiga. Que os filhos de Deus criem."

Essas palavras serão registradas por muitos como de significação profunda e indicando uma ampla intenção (durante o ciclo vindouro) de abrir amplamente a porta do templo do mistério oculto ao homem. Um a um, passarão pela contraparte esotérica e espiritual do fator psicológico que é chamado "um teste mental". Esse teste demonstrará a utilidade de um homem no trabalho e poder mentais, mostrará sua capacidade de construir pensamentos-forma e de vitalizá-los. Tratei disso no Tratado sobre Magia Branca e a relação daquele tratado com o trabalho mágico do sétimo raio e seu ciclo de atividade se tornará cada vez mais evidente. O Tratado sobre Magia Branca é uma tentativa de estabelecer as regras para a preparação e para o trabalho que possibilitarão ao candidato aos mistérios, a entrada no templo para assumir seu lugar como um trabalhador criativo e, assim, ajudar no trabalho mágico do Senhor do Templo.

Os nomes pelos quais este Senhor do raio é conhecido são muitos e seu significado é de fundamental significação hoje. O trabalho do futuro pode ser visto por meio de um estudo desses nomes.

O Mago Não Revelado
O Trabalhador na Arte Mágica
O Criador da Forma
O Doador da Luz do Segundo Senhor
O Manipulador do Cetro
O Observador no Oriente
O Guardião do Sétimo Plano
O Invocador do Juramento
O Mantenedor da Palavra Mágica
O Guardião do Templo
O Representante de Deus
Aquele que eleva à Vida
O Senhor da Morte
Aquele Que alimenta o Fogo Sagrado
A Esfera Giratória
A Espada do Iniciador
O Trabalhador Alquímico Divino
O Construtor da Praça
A Força Orientadora
O Unificador Ardente
A Chave para o Mistério
A Expressão da Vontade
O Revelador da Beleza

Este Senhor de raio tem uma força peculiar na Terra e no plano físico da manifestação divina. Sua utilidade para seus seis Irmãos é, portanto, aparente. Ele faz o Seu trabalho aparecer. Ele é o mais ativo de todos os raios neste período mundial e nunca está fora de manifestação por mais de 1.500 anos. É quase como se Ele rodopiasse para dentro e para fora do trabalho ativo, sob um ciclo muito rápido e sua relação mais íntima, simbolicamente, é com Seus Irmãos do segundo e do quinto raios,neste período mundial.

Ele constrói (usando a cooperação do segundo raio) pelo poder do pensamento (cooperando, assim, com o Senhor do quinto raio e no plano físico, que é Sua própria e particular esfera). Em outro período mundial, Sua relação com os Senhores do outro raio pode sofrer mudança, mas, na atualidade, Seu trabalho será mais facilmente compreendido, quando Ele for reconhecido como ajudando o Senhor construtor do segundo raio, utilizando as energias do Senhor do pensamento concreto.

Os aforismos que expressam Suas qualidades são como segue e foram esotericamente sussurrados em Seus ouvidos, quando Ele "deixou o lugar altíssimo e desceu até a sétima esfera para cumprir o trabalho desigual."

1 - Toma tuas ferramentas contigo, irmão da luz construtora. Entalha fundo. Constrói e modela a pedra viva.

Qualidade.... poder de criar.

2 - Escolhe bem teus trabalhadores. Ama-os, a todos. Escolhe seis para fazerem tua vontade. Permanece o sétimo no Oriente. Contudo, chama o mundo para entrar naquilo que construíres. Mistura tudo na vontade de Deus.

Qualidade.... poder de cooperar.

3 - Senta igualmente no centro e no Oriente. Não te movas de lá. Envia tua força para fazer tua vontade e poupa tuas forças. Usa bem o poder do pensamento. Senta quieto.

Qualidade poder de pensar.

4 - Vê todas as partes entrarem no propósito. Constrói para a beleza, irmão Senhor. Faze todas as cores brilhantes e claras. Vê a glória interior. Constrói bem o santuário. Usa de cuidado.

Qualidade revelação da beleza de Deus.

5 - Observa teu pensamento. Entra, à vontade, na mente de Deus. Arranca de lá o poder, o plano, a parte a desempenhar. Revela a mente de Deus.

Qualidade poder mental.

6 - Fica no Oriente. Os cinco te deram uma Palavra amiga. Eu, o sexto, digo-te para usá-la sobre os mortos. Revive os mortos. Constrói formas novas. Guarda bem aquela Palavra. Faze todos os homens procurarem-na por eles mesmos.

Qualidade .... poder de vivificar.

Assim, estudamos um pouco do trabalho dos sete raios. O ensinamento teve de ser proporcionado simbolicamente e sua compreensão necessita de um despertado senso esotérico; compreendê-lo por inteiro ainda não é possível.

Os Chohans da sexta iniciação têm a direção daquelas unidades de consciência em quem sua particular vibração de raio e cor predominam. A vasta importância desse fato é, muitas vezes, subestimada, mesmo quando teoricamente aspirantes à iniciação tomam conhecimento dela. Daí, a importância da determinação do raio do ego e da Mônada - algo de vital oportunidade após a terceira iniciação. Uma maioria e uma minoria sempre existem em cada departamento da vida. Assim, é no trabalho do Logos, pois no fim do ciclo maior (manvantara), a maioria encontrará seu caminho para o raio do amor sintético; uma pequena minoria encontrará seu caminho para o raio do poder. A essa minoria está destinada uma importante função. Eles participarão do núcleo que (no próximo sistema solar) constituirá a maioria, encontrando sua síntese no primeiro raio. Esse é um grande mistério, não facilmente compreendido. Algum indício para sua solução será encontrado oculto no verdadeiro significado das palavras "exotérico" e "esotérico".

O fato deveria ser lembrado, que somente cinco raios dominam a um dado tempo. Todos se manifestam, mas somente cinco dominam. Uma distinção deveria ser feita entre os raios dominantes em um sistema solar e os dominantes em um esquema ou uma cadeia. No Tratado Sobre o Fogo Cósmico foi feita referência a isso. Três raios dentre os sete sintetizam. Um raio dentre os três sintetizará na culminação. Para o primeiro sistema solar o terceiro raio era o raio sintético; mas, para este sistema solar, o segundo raio é o raio sintético e, para o próximo sistema solar, o primeiro raio desempenhará uma função similar.

Dois raios são grandemente a meta do esforço humano, o primeiro e o segundo raios. Um raio é a meta da evolução dévica ou angelical, o terceiro raio. Todos esses três raios contatam os dois polos e a consecução da meta, no final do ciclo, marca a conquista do Logos solar. Isso novamente está oculto em mistério. O sétimo raio e o primeiro raio são muito intimamente aliados, com o terceiro raio os unindo, de modo que nós temos a relação expressa assim - 1. 3. 7. Há uma Íntima associação também entre os raios 2. 4. 6. com o quinto raio numa posição peculiar, como um ponto central de realização, o lar do ego ou alma, o plano manifestado da mente, o ponto de consumação para a personalidade e a reflexão nos três mundos da mônada tríplice.

Raio I Vontade, demonstrada como poder no desdobramento do Plano do Logos.

Raio III Adaptabilidade da atividade com inteligência. Este raio foi o dominante no sistema solar passado; é o fundamento ou base deste sistema e é controlado pelo Mahachohan.

Raio VII Ritual cerimonial ou organização. Este raio é a repercussão, no plano físico, dos dois acima e igualmente conectado com o Mahachohan. Ele controla as forças elementais e o processo involutivo e o lado forma dos três reinos na Natureza. Ele mantém oculto o segredo da cor e do som físicos. Ele é a lei.

Esses três raios juntos corporificam e abarcam tudo. Eles são o Poder, a Atividade e a Lei em manifestação.

Raio II Amor e Sabedoria, o raio sintético que é a meta para este sistema, conservando tudo em íntima Harmonia e relação.

Raio IV A expressão da Harmonia, beleza, música e unidade.

Raio VI O raio da Devoção ao fervor da aspiração e do sacrifício do ego pessoal em benefício de todos, com o objetivo em vista da harmonia da beleza, para aí impelidos pelo amor.

Esses dois grupos de raios poderiam ser relacionados reciprocamente, como segue:

Raios 1. 3. 7. são os grandes raios conectados com a forma, com o processo evolutivo, com o funcionamento inteligente do sistema e com as leis, controlando a vida, em todas as formas e em todos os reinos da Natureza.

Raios 2. 4. 6. são os raios conectados com a vida interior, expandindo-se por meio daquelas formas os raios do motivo, aspiração e sacrifício. Os raios proeminentemente da qualidade.

Raios 1. 3. 7. lidam com as coisas concretas e com o funcionamento da matéria e da forma, do mais baixo plano até o mais elevado.

Raios 2. 4. 6. lidam com as coisas abstratas, com a expressão espiritual por intermédio da forma.

Raio 5. forma o elo de ligação da inteligência.

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Pergunta 3. O fato da Alma pode ser provado?

A alma tem sido satisfatoriamente refutada, do ponto de vista da ciência acadêmica. Durante longos períodos, a busca tem prosseguido, seu objetivo - falando cientificamente - sendo posto na demonstração da localização da alma no corpo humano. Essa tem sido a ênfase e o fator importante, para a mente do cientista, muito diferente, quando se trata da mente de seu mais misticamente inclinado irmão.

Toda pesquisa, especialmente a desenvolvida ultimamente, em conexão com as modernas escolas materialistas e com a mais plena compreensão do mecanismo do corpo humano, tem tendido a provar que a alma é uma superstição, um mecanismo de defesa e que o pensamento consciente, com todas as manifestações superiores da mente humana (e, daí , também as expressões inferiores da personalidade, do egoísmo e da integração consciente), pode bem ser atribuído e propiciado pelos atuais recursos do cérebro humano, do sistema nervoso e do sistema endócrino. Todos esses, por sua vez, são entendidos como sendo o resultado de um longo processo evolutivo e seletivo. A maravilha da própria máquina é divina, em sua totalidade, em seu acabamento e em seu alcance. De um germe primevo, desenvolvendo-se sob a pressão das leis da Natureza e das condições do meio ambiente mais uma consistente adaptação às exigências e uma seleção muito cuidadosa, o homem se desenvolveu; ele agora possui um mecanismo que é capaz de responder ao mundo natural, à sensação e ao pensamento. Aquilo que é chamado de alma é considerado, frequentemente, como o resultado desse processo seletivo e constituindo a totalidade dos poderes responsivos e discriminadores das células e dos órgãos do corpo, mais o princípio da vida. Tudo, dizem-nos, está inerente ao germe paterno e às condições do meio ambiente, somadas à hereditariedade e à educação, são suficientes para responder pelos fenômenos da consciência humana. O homem é uma máquina, uma parte de uma máquina ainda maior a que chamamos de Natureza e tanto o homem quanto a Natureza são regidos por leis imutáveis. Não há livre-arbítrio, exceto dentro de certos limites claramente definidos, que são determinados pelo equipamento e pela circunstância. Não pode haver imortalidade, pois, quando a máquina se quebra e desintegra, nada resta, senão as células dissociadas e os átomos dos quais ela era originalmente composta. Quando o princípio da coesão ou da integração cessa de funcionar, aquilo que é produzido - a coesão do corpo em funcionamento - igualmente cessa de funcionar. Consciência e escolha, percepção e afeição, pensamento e temperamento, vida e amor, caráter e capacidade - tudo desaparece e nada resta, senão os átomos dos quais o corpo fora composto. Esses, por sua vez, são dissipados e desaparecem e tudo terá sido finalmente reabsorvido no reservatório geral de forças e átomos.

Dos intocáveis milhões de seres humanos que viveram e amaram, sofreram e se regozijaram em nosso planeta, que sobrou hoje para nos assegurar de sua existência no passado, para não falar de sua existência no presente? Alguns ossos, algumas construções e, mais tarde, traços de sua influência histórica; mais tarde, ainda, registramos o que deixaram em beleza no campo da literatura, da arquitetura, da pintura e naquelas formas pelas quais expressaram seu pensamento e aspiração, suas visões e seus ideais. No planeta de hoje, encontramos todos eles, sem exceção, sucumbindo sob os testes e limitados pela doença ou ocultando as sementes da doença; o equipamento perfeito é totalmente desconhecido e todo homem abriga o germe da perturbação. Nenhum homem possui um mecanismo perfeito, mas sim, um que deve inevitavelmente falhar, em algum ponto, que é condicionado por um sistema glandular subdesenvolvido ou superdesenvolvido; que oculta, em algum ponto, a doença herdada e a fraqueza racial e que falha, em algum ponto, em alguma parte do mecanismo, para ir de encontro às necessidades (físicas, emocionais e mentais) do dia e da hora. De que isso fala? Da totalidade da célula da vida unida; do grupo que o cerca, no qual uma particular forma se encontra; da vida, impessoal e abstrata em sua natureza, que a satura; de um vago espírito de grupo, que se expressa através do quarto reino da Natureza; de um ego temporário e impermanente ou de uma entidade imortal que é o morador no corpo?

Tais são algumas das questões que surgem hoje e, em última análise, a crença na alma pode ser colocada, como sendo grandemente uma questão de temperamento, do voto e do desejo dos tempos em que o homem lutou e sofreu; aliviou a tensão da vida pela construção de um corpo de pensamento em torno de um feliz ser imortal, que deveria ser livre, finalmente, de todas as dificuldades da existência física. A alma pode ser considerada como uma bela visão ou como uma alucinação; pois tudo o que tende a provar sua existência é o testemunho dos muitos místicos, através dos anos, de um contato e de uma experiência que podem ser atribuídos a uma vida de sonho, a lesões cerebrais ou reações de fuga, mas que não se apoia em base segura; assim dizem os materialistas e os defensores dos fatos científicos provados.

Crença, testemunho verbal, esperança, acontecimentos psíquicos curiosos e inexplicáveis, a massa da opinião despreparada e os achados dos visionários (que provavelmente eram casos psicopatológicos) não são suficientes para provar o fato da alma. Provam, apenas, o poder do homem para imaginar, construir imagens e quadros e perder-se e a seu temível presente num mundo sonhado de um possível e ardentemente desejado futuro no qual a frustração acabe; no qual a expressão plena seja alcançada e no qual cada homem entre numa herança impossível que ele próprio terá construído, a partir de esperanças não concretizadas e das impronunciadas saudades de sua profundamente oculta vida de pensamento.

A crença em Deus e no Paraíso e num futuro imortal se desenvolveu, a partir do antigo medo e ignorante terror da infante humanidade. Eles viam em tudo os fenômenos da Natureza (incompreensíveis e aterrorizadores), a atividade de um homem gigantesco construída sobre linhas que eram a projeção de sua própria consciência e que poderiam ser propiciadas ou odiadas pelo comportamento de um ser humano. O resultado do efeito de um homem sobre essa divindade assegurava o destino do homem, que era bom ou mau, conforme as reações desse Deus às suas ações. Assim, temos a origem dos complexos do céu ou inferno das atuais crenças religiosas. Disso cresceu, automaticamente, a ideia de uma entidade persistente chamada alma, que podia gozar do céu ou sofrer o inferno, segundo a vontade de Deus e como resultado das ações feitas durante a forma humana. À proporção que as formas do homem cresciam em sensibilidade; à medida que se tornavam mais e mais refinadas sob a influência da lei da seleção e da adaptação; à medida que a vida do grupo se tornava mais íntima e a integração grupal melhorava; à proporção que a herança da história, da tradição e das artes ficou mais rica e deixou sua marca, também as ideias sobre Deus cresceram, igualmente as ideias da alma e do mundo, os conceitos do homem sobre a realidade se tornaram mais ricos e profundos, de modo que hoje nos deparamos com o problema de uma herança de pensamento que dá testemunho a um mundo de conceitos, ideias e intuições que lidam com o imaterial e o intangível e que dão testemunho a uma antiga crença numa alma e sua imortalidade para a qual não há verdadeira justificação.

Ao mesmo tempo, temos demonstrado para nós, pela ciência, que tudo que podemos realmente conhecer, com certeza, é o mundo tangível dos fenômenos, com suas formas, seus mecanismos, seus tubos de ensaio e seus laboratórios e os corpos dos homens "temível e maravilhosamente feitos", diversos e diferentes. Esses, de alguma misteriosa maneira, produzem pensamentos e sonhos e criações imaginativos que, por sua vez, encontram expressão nos formulados esquemas do passado, do presente e do futuro ou, nos campos da literatura, da arte e da própria ciência ou, ainda, na simples vida cotidiana do ser humano comum que vive e ama e trabalha e brinca e concebe filhos e come alimentos e ganha dinheiro e dorme.

E depois, o quê? O homem desaparece no nada ou uma parte dele (até então não vista) continua a viver em algum lugar? Esse aspecto sobreviverá por um tempo e, depois, por sua vez desaparecerá ou haverá um princípio imortal, uma entidade sutil intangível que tenha uma existência, seja no corpo ou fora dele, que é o imortal imutável Ser, a crença em Quem tem sustentando milhões, em todos os tempos? Será a alma uma ficção da imaginação e terá a ciência satisfatoriamente provado a sua não-existência? Será a consciência uma função do cérebro e do sistema nervoso aliado ao mesmo ou aceitaremos a ideia de um consciente morador na forma? Nosso poder de nos tornarmos conscientes do nosso meio ambiente e de reagirmos a ele encontra sua fonte na natureza-corpo ou haverá uma entidade que observa e age? Será essa entidade diferente e separável do corpo ou será ela o resultado do tipo e vida do corpo e, assim, persiste depois que o corpo desaparece ou desaparece com ele e se perde? Não haverá nada mais do que matéria ou energias em constante movimento, produzindo as aparências dos homens que, por sua vez, reagem e expressam a energia que jorra através deles, cega e inconscientemente, sem existência individual? Ou serão todas essas teorias parcialmente verdadeiras e compreenderemos a natureza e a existência do homem somente na síntese de todas elas e na aceitação das premissas gerais? Não será possível que os de mentalidade mecanicista e investigadores científicos estejam certos em sua conclusão acerca do mecanismo e da natureza forma e que os pensadores de mentalidade espiritualizada que posicionam uma entidade imortal estejam também certos? Por enquanto, talvez algo esteja faltando, que pudesse servir de ponte para o vazio entre as duas posições. Será possível que venhamos a descobrir algo que sirva de elo entre o intangível mundo do ser verdadeiro e o mundo tangível (assim chamado) da vida da forma?

Quando a humanidade se assegurar da divindade e da imortalidade e tiver entrado em um estado de conhecimento quanto à natureza da alma e do reino no qual essa alma funcione, sua atitude, no tocante à vida diária e aos assuntos correntes, sofrerá tal transformação, que verdadeira e efetivamente, veremos emergir um novo céu e uma nova terra. Uma vez que a entidade central, em cada forma humana, seja reconhecida e conhecida pelo que ela verdadeiramente é e, uma vez que sua divina persistência seja estabelecida, então, nós verdadeiramente veremos o começo do reino da divina lei na Terra - uma lei imposta sem fricção e sem rebelião. Essa reação benéfica ocorrerá, porque os pensadores da humanidade estarão fundidos em uma conscientização geral da alma e uma consequente consciência grupal permitir-lhes-á ver o propósito subjacente ao trabalho da lei.

Vamos pôr isso de uma maneira mais simples. O Novo Testamento nos diz que nós devemos tentar deixar que a mente que estava no Cristo também se manifeste em nós. Estamos trabalhando para aperfeiçoar a regra do Cristo na Terra; estamos objetivando o desenvolvimento da consciência do Cristo e a introdução da regra ou lei do Cristo, que é o Amor. Isso fará frutificar a Era de Aquário e veremos a fraternidade estabelecida na Terra. A regra do Cristo é a dominância das leis espirituais básicas. A mente do Cristo é uma sentença que contém o conceito da regra do inteligente amor divino, que estimula a regra da alma em todas as formas e introduz o reino do Espírito. Não é fácil exprimir a natureza da revelação que está a caminho. Ela envolve o reconhecimento, pelos homens, em toda parte, de que a "substância da mente", como os hindus a chamam, (com a qual suas próprias mentes estão relacionadas e da qual seus corpos mentais são parte integrante) é também parte da mente do Cristo, o Cristo cósmico, de Quem o Cristo histórico é - em nosso planeta - o representante indicado. Quando os homens, pela meditação e serviço grupal, tiverem desenvolvido uma percepção consciente de suas próprias controladas e iluminadas mentes, eles se encontrarão iniciados em uma consciência do verdadeiro ser e num estado de conhecimento que lhes provará o fato da alma, além de toda dúvida ou questionamento.

O Mistério dos Tempos está na iminência de ser revelado e, por meio da revelação da alma, aquele mistério que ela oculta ficará revelado. As escrituras do mundo, nós sabemos, sempre profetizaram que, no final da era, nós veríamos a revelação daquilo que fosse secreto e a emergência à luz do dia daquilo que, até então, estivera oculto e velado. Este nosso presente ciclo - é o final da era e os próximos duzentos anos verão a abolição da morte, como agora compreendemos aquela grande transição e o estabelecimento do fato da existência da alma. A alma será conhecida como uma entidade, como o impulso motivador e o centro espiritual por trás de todas as formas manifestadas. As próximas poucas décadas verão certas grandes crenças substanciadas. O trabalho do Cristo e Sua principal missão, dois mil anos atrás, foi demonstrar as divinas possibilidades e poderes latentes em todo ser humano. No futuro, a proclamação que Ele fez, no sentido de que nós seríamos todos filhos de Deus e tendo um Pai universal, não será mais considerada como uma afirmação bela, mística e simbólica, mas será considerada como um pronunciamento científico. Nossa fraternidade universal e nossa imortalidade essencial serão demonstradas como fatos da Natureza e, assim, conscientizadas. Ele veio, disse, não para trazer paz, mas uma espada e, esotericamente, Ele tem sido o "Divisor Cósmico". Por quê? Porque, ao estabelecer a unidade, Ele também faz uma distinção entre corpo e alma. O corpo e a alma são, todavia, somente duas partes de um todo e isso não deve ser esquecido. Ao estabelecer o fato da alma e da sua expressão, o corpo, a totalidade emerge completamente.

Como virá essa revelação? Entraremos aqui no reino da profecia e da previsão às quais muitos fazem objeção com base em que a coisa do momento é aquela que ajuda a vida espiritual da alma; eles sentem que a sustentação das promessas de ajuda futura e revelação e o encorajamento, no aspirante, de uma especulação feliz e uma indolente expectativa conduzem as sementes do perigo, da inércia estática e de preguiçosas criações imaginárias. Mas "onde não há visão, as pessoas perecem" e, durante os últimos duzentos anos, tanto aconteceu e tanto já foi revelado, que dispomos de uma firme base para seguirmos em frente. Se os desenvolvimentos dos séculos XIX e XX, só nos departamentos de ciência e psicologia, tivessem sido lançados sobre os pensadores do mundo, no século XVI, quão estranho e impossível tudo lhes teria parecido! Mais estranho do que qualquer coisa que eu pudesse ter aqui profetizado, pois já temos visto tanto acontecer e o testemunho ao mundo da verdadeira existência está se acumulando tão depressa, que não nos podemos espantar com qualquer acontecimento.

O fato da alma será trazido ao reconhecimento da humanidade de muitas maneiras e a revelação virá, segundo tantas linhas, que todos os tipos de mentes ficarão satisfeitos. Indicarei somente algumas.
Os sensitivos psíquicos do mundo estão aumentando em número, cada vez mais e a crescente sensibilidade da raça à impressão é uma causa de regozijo e de perigo. Em todo o mundo, os aspirantes estão registrando contatos, até então, desconhecidos; estão vendo um mundo fenomênico habitualmente oculto a eles e estão, geralmente, ganhando a percepção de uma expansão de consciência. Eles estão registrando um mundo de fenômenos - muitas vezes astral, algumas vezes mental e, ocasionalmente, egoico - que, de fato, inicia-os em uma nova dimensão de consciência e num diferente estado de ser. Essa expansão de consciência serve tanto para encorajá-los em sua tentativa como para complicar a vida do aspirante. Essa crescente sensibilidade é universal; daí, o rápido crescimento do espiritismo e das ciências psíquicas e, daí também, o aumento, entre os homens da tensão nervosa, das condições neuróticas e dos problemas psiquiátricos grandemente aumentados; dai também, a disseminação de novas doenças nervosas e mentais. Essa sensibilidade é a resposta do mecanismo do homem aos desenvolvimentos que se aproximam e a raça como um todo está sendo posta numa condição em que ela estará pronta para "ver e ouvir" aquilo que esteve até o presente sem ser revelado.

O crescimento do sentido da cor e a capacidade em responder musicalmente a tons, em intervalos de quarta e nuances sutis, indicam uma adequação do véu que separa o mundo dos fenômenos tangíveis e externos do mundo do ser subjetivo e da matéria mais sutil. Também o crescimento da visão etérica e, cada vez mais, do número de pessoas clarividentes e clariaudientes está firmemente revelando a existência do plano astral e da contraparte etérica do mundo físico. Mais e mais pessoas estão-se tornando conscientes desse reino subjetivo; elas veem pessoas andando em volta, que são ou as assim chamadas "mortas" ou que em sono largaram o envoltório físico; eles ouvem sons e vozes que emanam daqueles que não estão usando o equipamento vocal físico e de formas de existência que não são corpóreas.

O primeiro passo para substanciar o fato da alma é estabelecer o fato da sobrevivência, embora isso possa não necessariamente provar o fato da imortalidade. Pode, no entanto, ser considerado como um passo na direção certa. Que alguma coisa sobreviva ao processo da morte e que algo persista após a desintegração do corpo físico, está sendo firmemente provado. Se não for assim, então, nós estaremos sendo as vítimas de uma alucinação coletiva e os cérebros e mentes de milhares de pessoas serão falsos e enganadores, doentios e distorcidos. Tal gigantesca insanidade coletiva é mais difícil de aceitar do que a alternativa de uma consciência expandida. Esse desenvolvimento, segundo linhas psíquicas, não prova o fato da alma, todavia, serve apenas para derrubar a posição materialista.

É entre os pensadores da raça que virá O primeiro reconhecimento seguro da alma e esse acontecimento será o resultado do estudo e análise, pelos psicólogos do mundo, da natureza do gênio e o significado do trabalho criativo.

Alguns homens e mulheres no mundo elevam-se acima de seus semelhantes e produzem aquilo que é superlativo em seu próprio campo; seu trabalho tem em si o elemento da divindade e da imortalidade. O trabalho dos artistas criativos, a percepção intuitiva de grandes 'investigadores científicos, a imaginação inspirada dos poetas do mundo e a visão dos idealistas iluminados, tudo tem de ser representado e explicado, pois as leis sob as quais tais homens e mulheres trabalham têm ainda que ser descobertas. O estudo apurado, pelo psicólogo, do anormal e do subnormal, de mentes deformadas e distorcidas e de equipamentos deficientes, tem sido superenfatizado e não tem sido dada a devida atenção para o divinamente anormal nem para aqueles tipos de consciência que transcendem o estado de percepção inteligente do homem comum. Esses últimos estados supranormais encontram expressão por intermédio dos grandes artistas, músicos, dramaturgos, escritores e dos muitos outros tipos de trabalhadores criativos que têm sido a glória do reino humano, no correr dos séculos e que brilharão durante o século vindouro com maior glória ainda.

Quando a hipótese da alma for aceita, quando a natureza da energia espiritual que flui através da alma for admitida e quando o mecanismo dos centros de força for estudado, faremos rápido progresso na direção do conhecimento. Quando, por meio da meditação, for feita a experimentação para produzir criativamente alguma beleza contatada, algumas das ideias reveladas e alguns dos padrões vistos, aprenderemos a cultivar o gênio e compreender como preparar as pessoas para trabalharem criativamente. Então, muito será descoberto sobre os centros do homem onde o princípio divino tem sua moral e do qual o Cristo interno pode trabalhar. O estudo do superconsciente deve ser assumido e não simplesmente o estudo do autoconsciente ou do subconsciente. Por esse estudo, desenvolvido com uma mente aberta, a psicologia moderna chegará finalmente ao reconhecimento da alma.

O âmbito da investigação é tão vasto, que só posso indicar alguns possíveis campos de pesquisa:

1 - A investigação da natureza do gênio e seu cultivo definido e especializado.

2 - A preparação no trabalho criativo e um estudo da diferença entre esta espécie de preparação e a preparação para o trabalho vocacional. O trabalho criativo prova o fato da alma; o treino vocacional demonstra o tipo de personalidade.

3 - A investigação científica dos poderes do homem, com particular atenção para a telepatia. Verificar-se-á que o trabalho telepático é de mente a mente ou de alma a mente e não implica necessariamente comunicação e contato de cérebro a cérebro. Esse é um dos mais promissores campos de investigação, embora ainda apresente muitas dificuldades. O fato da existência da alma não será provado por intermédio da telepatia antes do ano de 1945. Nessa ocasião, um acontecimento terá ocorrido no mundo e um particular novo ensinamento terá sido dado que porá o assunto inteiro dos fenômenos telepáticos sob nova luz. (1) - O Livro Telepatia foi publicado pouco depois - N. do T.

4 - O treinamento científico de clarividentes e o inteligente desenvolvimento de poderes clarividentes pela intelligentsia do mundo deixam, por enquanto, muito a desejar, mas ele virá como resultado do controle mental e da iluminação. Os homens aprenderão a sujeitar o mecanismo do corpo à descida de um fluxo de estimulação e energia espirituais e, assim, porão em atividade os poderes da natureza psíquica. O velho método de sentar para se desenvolver, com o objetivo de despertar os centros, será visto como perigoso e desnecessário.

No campo da psicologia moderna, podemos procurar um gradual reconhecimento do fato do ego. O problema dos psicólogos é compreender a relação ou a identidade do ego com a alma.

É, todavia, do campo da ciência que virá a maior ajuda. O fato da alma será finalmente comprovado pelo estudo da luz e da irradiação e por meio de uma vindoura evolução em partículas de luz. Por meio desse iminente desenvolvimento, nós nos encontraremos vendo mais e penetrando mais profundamente naquilo que hoje vemos. Um dos fatos reconhecidos no reino da ciência natural tem sido a mudança cíclica da fauna e da flora de nosso planeta. Animais, numerosos e familiares, muitos milhares de anos atrás, estão agora extintos e, por intermédio de seus ossos, tentamos reconstruir suas formas. Flores e árvores que uma vez cobriram a superfície de nosso planeta, agora, desapareceram inteiramente e só seus restos fossilizados permanecem para nos indicar uma vegetação muito diferente daquela que hoje apreciamos. O próprio homem mudou tanto, que temos dificuldade em reconhecer o Homo Sapiens, nas primitivas raças do distante passado. Essa mutabilidade e obliteração dos tipos primitivos é devida a um fator principal, entre muitos. A qualidade da luz que promove e nutre o crescimento, a vitalidade e a fertilidade nos reinos da Natureza mudaram, muitas vezes, durante os séculos e, como ela mudou, produziu mutações correspondentes no mundo fenomênico. Do ponto de vista do esoterista, todas as formas de vida em nosso planeta são afetadas por três tipos de substâncias da luz e atualmente um quarto tipo está gradualmente fazendo sentir sua presença. Esses tipos de luz são:

1 - A luz do Sol.
2 - A luz no próprio planeta - não a luz refletida do Sol, mas sua própria irradiação inerente.
3 - Uma luz infiltrando-se (se posso usar essa expressão) do plano astral, uma firme e gradual penetração da "luz astral" e sua fusão com os outros dois tipos de irradiação.
4 - Uma luz que está começando a fundir-se com os outros três tipos e que vem daquele estado da matéria a que chamamos de plano mental - uma luz, por sua vez, refletida do reino da alma.

Uma intensificação da luz está-se processando continuamente e esse aumento na intensidade começou na Terra, mais ou menos, ao tempo em que o homem descobriu os usos da eletricidade, descoberta essa que foi um resultado direto dessa intensificação. A eletrificação do planeta por meio do amplo uso da eletricidade é uma das coisas que estão inaugurando a nova era e que ajudarão a trazer a revelação da presença da alma. Não tardará muito e essa intensificação se tornará tão grande, que ela ajudará materialmente na remoção do véu que separa o plano astral do plano físico; a rede etérica divisora logo será dissipada e isso permitirá um influxo mais rápido do terceiro aspecto da luz. A luz do plano astral (uma irradiação estelar) e a luz do próprio planeta se fundirão mais intimamente e o resultado sobre a humanidade e sobre os outros três reinos da Natureza não podem ser superenfatizados. Ela, por uma coisa, afetará profundamente o olho humano e fará a atualmente esporádica visão etérica um item universal. Ela trará para dentro do raio de nosso contato a gama de cores infravermelhas e ultravioletas e nós veremos o que no presente está oculto. Tudo isso tenderá a destruir a plataforma sobre a qual se apoiam os materialistas e a pavimentar o caminho, primeiro, para a admissão da alma como uma hipótese plausível e, segundo, para a demonstração de sua existência. Nós somente necessitamos de mais luz, no sentido esotérico, para ver a alma e essa luz logo estará disponível e nós compreenderemos o significado das palavras, ”E, em Tua luz, nós veremos luz. ”

Essa intensificação da luz continuará até o ano 2025 da era Cristã, quando virá um ciclo de relativa estabilidade e de firme brilho sem muito aumento. No segundo decanato de Aquário, esses três aspectos novamente serão aumentados pela luz aumentada do quarto aspecto, que é a luz do reino da alma, alcançando-nos pela "chitta" universal ou substância mental. Isso inundará o mundo.

Nesse tempo, todavia, a alma será reconhecida como um fato e, como uma consequência desse reconhecimento, nossa civilização inteira terá mudado tão radicalmente, que nem podemos, hoje, ao menos, adivinhar que forma ela tomará. Os próximos dez anos verão uma fusão das três formas de luz grandemente aumentada e aqueles de vocês que estiverem atentos para esses acontecimentos verão como será interessante observá-los. O consenso da opinião, nos campos religiosos e espirituais e no da profecia bíblica e também um estudo do simbolismo da Pirâmide, levam os estudantes a acreditarem que o futuro imediato mostrará algum grande acontecimento e algum acontecimento espiritual imprevisível. Este deveria ser devidamente antecipado e cuidadosamente preparado. Não me refiro a nenhuma vinda de qualquer indivíduo. Refiro- me a um processo natural com efeitos muito abrangentes.

Há certos outros campos de atividade que farão, todos, sua parte na demonstração do fato da alma.

Há um aspecto da consciência humana que por muito tempo confundiu o psicólogo materialista e esse é o curioso poder da previsão, a capacidade de prever e antecipar com precisão eventos no futuro imediato ou acontecimentos distantes. Há avisos dados por algum monitor interno que seguidamente têm salvo pessoas da morte e do desastre; há o aparecimento, diante de amigos e parentes, de homens e mulheres que acabaram de morrer, antes que essa morte lhes tenha sido por qualquer meio comunicada. Isso não está no campo do conhecimento telepático da morte, mas envolve o aparecimento da pessoa.

Há o poder de participar de eventos em lugares distantes e de recuperar a lembrança do que transpirou, com precisão quanto a local, participantes e detalhes. Esses poderes e muitas previsões e identificações similares confundiram, por muito tempo, os investigadores e será preciso encontrar correta explicação. Na sábia investigação desses fenômenos, na acumulação de evidência responsável e na posterior substanciação da previsão, começará a ser percebido que algum fator existe no homem que não está contido pelas limitações do tempo-espaço, mas que transcende à consciência humana. As investigações que são tentadas, assim como as explicações oferecidas, são inadequadas e não dão solução satisfatória para todos os fatos. Quando, todavia, eles forem abordados pelo ângulo da alma, com sua faculdade da onisciência e livres das categorias de passado, presente e futuro (pois esses se perdem na consciência do Eterno Agora), começaremos a compreender o processo com um pouco mais de clareza. Quando o verdadeiro Morador no corpo for reconhecido e as leis da previsão descobertas e quando o poder de prever for generalizadamente prevalente, então, começaremos a encontrar ampla evidência da existência da alma. Será impossível explicar esses fenômenos ordinários sem admitir sua existência.

A prova da alma se acumulará segundo essas várias linhas. No acúmulo do testemunho e da evidência, jaz um campo frutífero de atividade. Na preparação dos tipos superiores de homens para o uso da força e dos poderes da alma e no controle treinado do mecanismo, a evidência, assim produzida, será vista como sendo de uma ordem tão elevada e apresentada de maneira tão científica, que será considerada, como de tanta importância e de tal modo justificável, quanto quaisquer apresentações feitas pelos nossos cientistas mais destacados nos vários campos da pesquisa atual. O estudo da alma será, antes de muito tempo, tão legítimo e se tornará investigação tão respeitável quanto qualquer problema científico, tal como a pesquisa quanto à natureza do átomo. A investigação da alma e das leis que a governam, em futuro não distante, ocupará a atenção de nossas mais finas mentes. A psicologia mais moderna finalmente será bem sucedida no provar o fato de sua existência e a paralela resposta intuitiva e instintiva da humanidade à nutrição da alma, emanando do lado invisível da vida, provará, de maneira firme e insofismável, a existência de uma entidade espiritual no homem - uma entidade sábia, imortal, divina e criativa.

Mas o processo seria lento, não fora o trabalho agora sendo realizado por um grupo de discípulos e iniciados, trabalhando em colaboração com o Mestre P -, Que tem sua sede de operações na América e Quem, com seus discípulos, está fazendo muito para estimular as várias escolas psicológicas no mundo atual. É desnecessário, para o estudante, tentar conhecer Sua identidade. Ele opera por meio de movimentos e escolas de pensamento e não trabalha com indivíduos isolados. Ele opera praticamente só no plano mental, com a força do pensamento e é praticamente desconhecido - e não é reconhecido, exceto por Seus companheiros de trabalho, nos vários países do mundo e pelos discípulos de Seu raio, o quarto raio. Muito do que se está abrindo no mundo da psicologia de hoje se deve ao trabalho que Ele faz para estimular as mentes dos líderes dos movimentos. Ele trabalha com eles no plano mental, mas não os contata como indivíduos no plano físico.

A urgência do tempo é grande e os Mestres estão extremamente ativos e profundamente ocupados atualmente, com o trabalho de salvar o mundo. Não têm tempo para o trabalho pessoal, exceto com Seus próprios grupos de chelas aceitos, os quais estão, todos, ativos no trabalho mundial ou não estariam no grupo do Mestre. Também Eles podem trabalhar de maneira intermitente com pequenos grupos de probacionários a quem Eles oferecem oportunidade e dão uma pista ocasional. Cada um d'Eles se ocupa com a preparação de uns poucos, muito poucos probacionários, para tomarem o lugar de chelas que passam nas provas iniciáticas, mas além desses dois grupos, durante este século, Eles não fazem nenhum trabalho pessoal, deixando os muitos aspirantes aos cuidados dos iniciados menores e dos chelas. Mesmo Seu trabalho e Seus chelas pessoais são atualmente muito restritos e a palavra tem sido emitida aos discípulos em atividade no mundo, para se bastarem a si mesmos, para usarem seu próprio julgamento e não prejudicarem os Mestres neste tempo de intensa tensão e perigo, atraindo Sua atenção desnecessariamente. Os acontecimentos mundiais da atualidade são de tal importância e a oportunidade que se oferece à humanidade é tão grande e os Mestres estão, de tal maneira totalmente ocupados com os assuntos mundiais e com as figuras dominantes e proeminentes, nos altos cargos das nações, que a instrução a pessoas sem maior importância, nos vários pequenos grupos e sociedades ocultistas, está temporariamente suspensa. O tempo é relativamente tão curto para cumprir e executar certos aspectos do Plano tal como confiado aos Grandes Seres, que todos os verdadeiros chelas estão prosseguindo em seu trabalho e tentando resolver seus próprios problemas, evitando apelar para a ajuda do Mestre, deixando-O, assim, livre para trabalho mais importante. Quanto mais próximo um discípulo está de um Mestre, mais profundamente se conscientiza desse fato e mais ele tenta cumprir seu dever, aprender suas lições, servir a humanidade e remover parte da carga do trabalho dos ombros do Mestre.

O mundo atual está cheio de discípulos de vários graus e cada um deles é, em seu lugar, capaz de dirigir e ajudar alguns aspirantes. O mundo está cheio de ensinamentos e de livros capazes de inspirar e ajudar a todos os verdadeiros buscadores do acontecimento espiritual. Nos últimos cinquenta anos, muito ensinamento tem sido dado e muita preparação esotérica proporcionada ao mundo, de modo que agora são disponíveis a todos os que seriamente a procuram. Os aspirantes têm muito sobre que trabalhar e muita teoria a pôr em prática e isso deixa os Mestres livres para trabalho mais importante.

Uma das coisas interessantes ora acontecendo e um dos fatores que finalmente servirão no trabalho da demonstração do fato da alma, é a massa de comunicações, de inscritos inspirados e ditados telepáticos que inundam o mundo de hoje. Como sabem, o movimento espírita está produzindo uma vasta quantidade dessa literatura inspirada ou pseudoinspirada, uma parte da qual é da mais elevada ordem e inquestionavelmente resultante do trabalho de discípulos altamente evoluídos e outra parte, de qualidade mais medíocre. As várias sociedades teosóficas têm sido receptoras de similares comunicações e elas são frequentemente de profundo valor espiritual e contêm muito ensinamento e ajuda para o aspirante. Os estudantes dos tempos fariam bem em lembrar que é o ensinamento que importa, não a suposta fonte; só por seu valor intrínseco esses escritos e comunicações devem ser julgados. Eles emanam, na maioria das vezes, do plano da alma e o receptor ou o comunicador (o intermediário ou escriba) ou é inspirado por sua própria alma ou terá tocado o nível do pensamento e conhecimento do grupo do raio ao qual sua alma pertence. Ele sintoniza um reservatório de pensamento e sua mente e cérebro traduzem esses pensamentos em palavras e frases.

Em um número menor de casos, o homem que está recebendo um ditado ou escrito está em relação telepática com algum discípulo mais adiantado do que ele próprio e sua mente está sendo submetida à impressão por algum chela no seu grupo. Esse chela, que está mais próximo do Mestre do que ele, passa-lhe parte do conhecimento que absorveu por ter sido capaz de viver na aura do Mestre. Mas o Mestre não se ocupa com o processo; este fica entre o chela e o aspirante. Nesses casos, o receptor da comunicação, muitas vezes, confunde-se e pensa que o Próprio Mestre lhe dita a mensagem, enquanto que, na realidade, ele - por meio de um chela mais adiantado do que ele mesmo - sintonizou a atmosfera do pensamento do Mestre.

Nenhum dos Mestres da sexta iniciação (tais como os Mestres M. e K. H.) está atualmente trabalhando por meio do ditado, com seus discípulos. Eles estão muito ocupados com problemas mundiais e com a tarefa de acompanhar os destinos das figuras proeminentes do mundo, nas várias nações, para terem alguma oportunidade de ditar o ensinamento a qualquer particular discípulo em algum pequeno campo de atividade e sobre assuntos dos quais bastante já seja conhecido para capacitar o discípulo a prosseguir sozinho e sem ajuda. Dois dos Mestres estão trabalhando telepaticamente e, por meio do ditado com vários discípulos aceitos e Seu esforço é no sentido de inspirar esses discípulos que estão ativos no trabalho mundial, para maior utilidade do Plano. Eles estão trabalhando, dessa maneira, para imprimir em uns poucos dos pensadores mais exponenciais no campo da ciência e do bem-estar social o conhecimento necessário para capacitá-los a fazer as corretas mudanças que levem a raça a emergir para uma liberdade maior. Mas não conheço outros, nesta particular geração, que estejam agindo assim, pois Eles delegaram muito de seu trabalho para Seus iniciados e discípulos. A maioria dos comunicadores de hoje (trabalhando por intermédio dos aspirantes no plano físico) são ativos e operosos chelas de grau aceito que (vivendo, como o fazem, na aura do pensamento do Mestre e de Seu Grupo) estão firmemente tentando alcançar todas as espécies de pessoas, por todo o mundo, em todos os grupos. Daí, o crescente fluxo de comunicações, de escritos inspirados e de mensagens e ensinamentos pessoais.

Ao acrescentarem, ao acima exposto, o igualmente volumoso fluxo de comunicações que emanam das próprias almas dos transmissores e do reino do subconsciente, vocês se terão dado conta da massa de material disponível agora. Em tudo isso se impõe a profunda gratidão pela crescente capacidade de resposta e sensibilidade do homem.

É tristemente verdadeiro que a primeira reação e efeito de tal produção de comunicações sejam, muitas vezes, um aumento do orgulho e ambição espirituais e que a descida do ensinamento da mente para o cérebro e deste até as palavras e frases seja frequentemente falha na sua adequação; é triste também constatar que haja frequentemente um engano quanto à fonte de onde emanam as instruções, porque a falta de humildade no homem e a falta de um verdadeiro senso de proporção são grandes. Mas fora desse influxo do lado subjetivo da vida está vindo um novo conhecimento, uma maior devoção ao Plano e aquelas indicações que nos trarão, por fim, a necessária certeza. Os homens saberão e saberão logo, que a alma não é uma ficção imaginária, que ela não é apenas uma esperança profundamente assentada nem é o método humano de construir um mecanismo de defesa; não é, tampouco, um meio ilusório para se escapar de um momento atual angustiante. Eles saberão que a alma é um Ser, um Ser que é responsável por tudo o que aparece no plano fenomênico.

Temos agora mais duas questões a considerar:

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Pergunta 4.
De que vale o estudo dos Sete Raios?

Pergunta 5. Qual o significado das mais destacadas qualidades da alma, tais como, sensibilidade, consciência, percepção alerta e luz?

A pergunta quatro tem importância em função de sua vital praticabilidade. Em última análise, a definição envolve a satisfação mental, mas não é no que se refere ao conhecimento aplicado.

Acima de tudo o mais, é necessário que o estudante seja prático. Os dias da consciência mística e sonhadora estão rapidamente ficando para trás e, à medida que, por meio da compreensão e da psicologia, o homem chegue a um conhecimento mais apurado de si mesmo, ele começará a agir com precisão e com inteligência; ele saberá com exatidão o caminho a seguir e compreenderá as forças, em sua própria natureza, que o levarão à ação específica, quando postas em contato com as forças do meio ambiente. Os aspirantes deveriam esforçar-se para conseguir efeitos práticos das verdades introduzidas e, assim, minimizar suas responsabilidades. Onde há conhecimento adquirido e esse não é usado, existe uma condição de perigo e subsequente penalidade.

Em livros anteriores, muito foi dado que aguarda de vocês adaptação e apropriada utilização. Muito será dado no presente volume, mas os estudantes devem lembrar-se de que eles próprios evocam e convocam ao ensinamento que recebem. Minha posição em relação aos que me leem não é a de um professor que impõe um sistema de conhecimento a um grupo de alunos em expectativa. O grupo é simplesmente o canal por meio do qual um particular aspecto da Sabedoria Eterna pode alcançar um mundo em expectativa. Não considero vocês como um corpo de homens e mulheres bons que, devido ao seu ponto de evolução, tenham sido considerados em condições de receber algo esotérico e não usual, distinguindo-se, assim, do resto da humanidade. Considero-os como sinceramente interessados na vida espiritual, como preocupados com o empenho em serem inteligentes e como desejosos (mais ou menos) de tentarem viver como almas, usando tanto do ensinamento proporcionado quanto possa ser compreendido. Que uso os estudantes fazem dele, é inteiramente de sua própria conta. Mas o valor de qualquer grupo de aspirantes e discípulos consiste nisto: Eles podem - se assim o escolherem e se sua aspiração unida for bastante forte - conduzir o ensinamento e, assim, formar um centro por meio do qual aquele ensinamento possa expandir-se e começar seu trabalho na modelagem do pensamento humano, para lançar luz nos problemas de psicologia e, de tal modo, expandir o ponto da verdade (com relação aos sete raios, um setenato antigo, mas pouco compreendido) que uma nova realização possa desenvolver-se e uma nova ciência psicológica possa instalar-se em sua carreira. Vocês perguntam, pois:

Que devemos nós fazer, como um grupo, para que possamos ser de utilidade no serviço e, assim, constituir um bom canal para ajudar a humanidade?

Em primeiro lugar, devem cuidar para que sua atitude para com todo ensinamento seja de serviço voluntário, sem pensarem em si próprios. O crescimento na realização espiritual e a elevação da humanidade é o que importa e não o seu próprio crescimento ou desenvolvimento pessoal nem sua própria satisfação em receber qualquer nova e especial informação. Você crescerá e sua alma ganhará crescente controle de seu instrumento, quando sua mente e esforço se voltarem para o serviço grupal e quando sua língua se tornar inofensiva, pelo influxo do Amor.

Em segundo lugar, não deixem que sua mente se ocupe com vãs especulações quanto à identidade do instrutor. Que importa quem ele seja? Será possível provar sua identidade, de algum modo? E de que vale aceitar as afirmações de qualquer companheiro de estudos que possa proclamar estar informado sobre o assunto, seja ele quem for? Vocês não poderão provar se ele está certo ou errado e, por conseguinte, perderão um tempo que poderiam bem dedicar a um serviço mais frutífero, a um estudo mais Íntimo das essencialidades da vida e à meditação.

O que deve importar é aquilo que é ensinado. Os aspectos da verdade que eu apresento à sua consideração é que devem contar; a medida da ajuda que eu possa dar e o estímulo mental e espiritual que eu possa desenvolver são de capital importância para vocês. O objeto de seu esforço deveria ser o treino da intuição para reconhecer a verdade espiritual. A única autoridade é o ensinamento e não o instrutor; sobre a rocha da autoridade fundaram-se muitas escolas. Há somente uma autoridade - a própria alma imortal de cada indivíduo e essa é a única autoridade que deveria ser reconhecida.

Aprendam a captar o ensinamento corretamente e o vejam como ele é. Parte dele é escrito para um tempo distante e o verdadeiro significado deste Tratado dos Sete Raios começará a emergir, como parte do conhecimento geral da humanidade, somente ao se aproximar o final deste século, a menos que a expansão iminente evoque uma mudança maior do que é agora considerado possível pela Hierarquia que observa. Parte do ensinamento será de imediata utilidade para todos vocês. Parte lançará luz sobre os problemas da moderna psicologia e ligarão os múltiplos aspectos da ciência da alma. Os discípulos crescem nestes dias, descobrindo o reservatório da nutrição de sua alma; eles descobrirão que a fonte de sua força deve ser encontrada no ensinamento grupal e no esforço grupal. Estamos preparando homens para viverem como almas e não como crianças a serem alimentadas e cuidadas num jardim de infância protegido, regido por regras e ordens. Como almas, os homens derivam sua vida do oceano do universal, não do minúsculo poço do particular. Conduzindo seus pequenos cântaros, eles encontram seu caminho para o oceano e, por si mesmos, eles lançam naquele receptáculo aquilo de que necessitam. Na luz de sua própria intuição e mente iluminada, (desenvolvida e trazida à utilização pela meditação) tomem daquele aspecto do ensinamento que sirva e ajude a vocês e o interpretem à luz de sua própria necessidade e crescimento.

Os dias do contato da personalidade, da atenção da personalidade e das mensagens pessoais estão ultrapassados e já estavam superados, há bastante tempo, salvo no vale da ilusão, no plano astral. Essa é uma mensagem difícil, mas nenhum verdadeiro discípulo a compreenderá mal. Das profundezas de sua própria experiência e luta, ele sabe que ela deve ser assim. É o grupo de Mestres, a Hierarquia como um todo, que importa e sua interação com a humanidade; é o grupo de discípulos dos Mestres que conta e sua relação com os discípulos probacionários no plano físico, que são vistos pelo grupo, como existentes na formação grupal por todo o mundo, não importa onde suas unidades possam estar; é o corpo de ensinamentos que pode ser posto à disposição; é seu efeito sobre a mente coletiva dos pensadores da raça que tem importância vital; são o intercâmbio entre o grupo subjetivo de trabalhadores mundiais e - no plano exterior da objetividade - os amantes da humanidade que para nós, os instrutores, parece ser de suprema importância. A satisfação da aspiração individual, o encontro do desejo dos probacionários e a alimentação da ambição espiritual não nos apetecem em absoluto. Os tempos estão muito sérios e a crise muito aguda.

É evidentemente um fato que haja, hoje, grupos de aspirantes recebendo instrução definida e que discípulos se estejam submetendo a uma preparação definida. Mas deve-se lembrar (em que pesem todas as afirmações dos devotos do mundo em contrário) de que nenhuma preparação é dada nesses casos com vistas à manipulação dos detalhes da vida da personalidade; os problemas específicos de saúde, finanças e preocupações familiares não são considerados nem manipulados nem se dá conforto ou se gasta tempo para reafirmar ou satisfazer a personalidade instável. O treinamento dos aspirantes, no que se refere à técnica do crescimento espiritual, é assumido; a correção dos fatores ocultos capazes de produzir condições emocionais pode ser sugerida; meditações podem ser preparadas para se alcançar certos resultados e podem ser oferecidas instruções sobre as leis que governam a união da alma, mas nenhum trabalho da personalidade é tentado. Os discípulos manejam suas próprias personalidades. Na pressão do trabalho mundial, os Mestres sentem-se, cada vez, com menos tempo até para seus discípulos. Como, então, aqueles que não estão nas fileiras dos discípulos aceitos esperam que os Mestres tenham tempo para lidar com seus pequenos problemas?

No futuro, contudo, grupos se formarão de maneira crescente, que atuarão em uma nova base e alguns desses novos "organismos grupais" estão-se formando no mundo atualmente. Eles ainda têm um caráter experimental e podem até se mostrar prematuros ou indesejáveis. O ensinamento dado nesses novos grupos, as sugestões feitas, os experimentos no treinamento a ser tentado e a técnica aplicada não serão dados nem pessoal nem particularmente a um membro do grupo individualmente, mas todo ele está aberto e pode ser lido, conhecido e considerado por todos os demais membros do grupo. Esses grupos são, por enquanto, necessariamente poucos, em número muito reduzido. Representam uma tentativa para ver se será finalmente possível exteriorizar os grupos, reunidos em torno de um Mestre nos planos internos. Esses grupos de discípulos aceitos, no lado interno, são organismos sensíveis e cada membro desses círculos reunidos em torno de um Mestre está consciente do que diz respeito ao desenvolvimento espiritual dos discípulos que o acompanham, dentro do raio do círculo no qual ele próprio se encontra. Essas pequenas tentativas externas de duplicação se acham, por enquanto, em estado embrionário. É um teste e um esforço experimental, que pode falhar. Os membros desses frágeis grupos externos (cujas composição e agrupamento somente são conhecidos dos que deles fazem parte) têm de desejar serem instruídos e desenvolvidos como unidades grupais, com os demais membros de seu grupo conscientes de seus fracassos ou sucessos. Eles têm, também, de guardar completo silêncio quanto à existência do grupo e um rompimento deste silêncio impõe sua eliminação do grupo.

O caráter pessoal desses grupos é esquecido na vida da entidade grupal como um todo. Os membros são treinados no grupo e o grupo é treinado como um todo, sem qualquer ênfase sobre o indivíduo mas sim, somente no intercâmbio e na interação grupais, em sua integração e crescimento. Somente são registrados e manipulados na vida do indivíduo aqueles fatores que poderiam impedir o crescimento da vida e expressão grupais. São a nota do grupo, a cor do grupo e o desenvolvimento do grupo que contam com a equipe de trabalhadores que treinam e o indivíduo nunca é considerado como tal, mas somente em sua relação com o grupo. Tudo aquilo que lhe é indicado para fazer, bem assim a disciplina aplicada, é baseado no desejo de preservar o equilíbrio do grupo e não por qualquer interesse pessoal do indivíduo. Nesse experimento, um homem é testado para se verificar seu preparo. Ele será posto à prova, logo no início de sua carreira como uma unidade grupal. Se ele passar no teste e alcançar o grau, o grupo se enriquece e, assim, cresce. Se fracassar, ele cai fora e outros tomam o seu lugar, até que chegue o tempo em que a unidade grupal esteja sintonizada e completa; que se constate que os que forem sinceros e verdadeiros, impessoais e focalizados, mentalmente, aqueles que pratiquem o esquecimento próprio e sejam amorosos, trabalham juntos em harmonia. Assim, eles podem, como uma unidade grupal, formar um ponto focal para a transmissão da força espiritual para um mundo necessitado e expectante.

Mas é importante lembrar que a atitude do iniciado ou instrutor que treina é a de completo desapego e impessoalidade; ele tem consciência da luz e condição da alma e do estado mental, mas ele não volta sua atenção para a manipulação dos assuntos do aspirante no plano físico nem para o treinamento de sua natureza emocional e seu desenvolvimento astral. Os aspirantes aprendem a ser mestre e adepto pela manipulação dos próprios assuntos de seu plano físico e suas idiossincrasias astrais. Isso eles devem fazer na luz e força de suas próprias almas. Nós, que ensinamos, romperíamos uma lei e impediríamos seu desenvolvimento, se tentássemos forçar condições que não viessem naturalmente. Nós também superestimularíamos suas naturezas inferiores. Quando os aspirantes aprenderão que seus instrutores e os discípulos mais adiantados, responsáveis por eles, trabalham somente nos níveis mentais e com a alma? Quando perceberão eles o fato de que, enquanto um homem não tiver contatado sua própria alma e aprendido igualmente a agir como uma mente controlada, pouco poderá ser feito por ele?

Novamente eu digo, nós não estamos interessados nas personalidades e em seus pequenos problemas. Nem temos tempo nem a inclinação para interferir com o modo e o método da vida diária de um homem. Por que deveríamos fazê-lo, quando já foi publicado e ensinado o suficiente para ocupar a atenção do aspirante por muitos e muitos dias? Quando um homem começa a viver como alma e quando sua consciência se afasta do mundo da ilusão, então, ele pode ser útil. A primeira lição que ele tem de aprender é um senso de valores em tempo e espaço e saber que nós trabalhamos com almas e não estimulamos a personalidade.

Será que isso parece muito duro para ser dito a vocês? Se assim lhes parecer, isso significa que vocês ainda estão de certo modo centralizados no ego e de amores com sua própria alma individual, não a tendo ainda contatado devidamente e tendo talvez apenas sentido sua vibração e nada mais. Vocês não têm ainda aquele verdadeiro quadro da necessidade mundial que os liberte de sua própria ambição, deixando-os livres para trabalhar como nós (no lado subjetivo) trabalhamos, sem qualquer pensamento do ego ou de felicidade espiritual e sem qualquer desejo desta ou daquela tarefa voltada para si mesmo, sem qualquer anseio de brilhantes promessas de futuro sucesso e nenhuma dor reivindicante para o delicado toque e contato com os de consciência mais ampla do que as nossas próprias. Se isso se acha ainda além de sua realização, reconheçam o fato e compreendam que ele não gerará culpa alguma. Isso só indica para vocês o terreno em que pisam e que a ilusão do plano astral ainda os conserva em sua escravidão e ainda leva vocês a reações da personalidade diante da realização grupal. Enquanto caminharem nesse plano e atuarem em tal nível de consciência, não será possível conduzi-los, conscientemente, para os grupos dos Mestres, nos níveis mentais. Vocês ainda são muito destruidores e personalistas; vocês seriam capazes de ferir o grupo e causar distúrbios; vocês veriam coisas (pela estimulação do grupo) com uma clareza para a qual não estão ainda prontos e seriam esmagados por elas. Vocês necessitam aprender as lições de aceitar a orientação de sua própria alma e de aprender a trabalhar em harmonia e impessoalidade, no plano físico, com o grupo ou grupos para onde o destino os impelir. Quando vocês houverem aprendido a lição do esquecimento próprio, quando não procurarem nada para o ego separado, quando se mantiverem firmemente em seus próprios pés e buscarem ajuda dentro de si mesmos e quando o rumo de suas vidas tomar a direção da cooperação, então, vocês poderão passar do estágio de Observador para o de Comunicador. Isso acontecerá porque, então, vocês somente farão jus à confiança de receber a comunicação do que for impessoal e verdadeiramente construtivo e daquilo que não alimente a natureza emocional nem satisfaça o ego do desejo pessoal.

Um ponto interessante poderia ser aqui registrado e uma pergunta respondida. Em Um Tratado sobre Magia Branca fiz referência aos dois grupos de Observadores e Comunicadores (o terceiro grupo fica fora da nossa presente discussão) e a pergunta foi: Quem prepara esses Observadores e Comunicadores? Gostaria de tornar claro de que os Observadores se preparam por si mesmos - ou mais precisamente - a alma de cada um treina a personalidade na observação verdadeira. No caso dos Comunicadores, eles são, lenta e gradualmente, treinados pelos discípulos mais avançados, trabalhando do lado subjetivo da vida. Essa preparação nunca é organizada nem preparada no plano físico nem estão os discípulos - trabalhando no plano físico - envolvidos em preparar grupos de comunicadores, a serem mais tarde empregados pela Hierarquia. Nesse assunto (como em tudo mais na vida espiritual), o discípulo primeiro treina a si próprio para se tornar capaz de responder ao grupo interno de trabalhadores, os quais, mais tarde, como um resultado do seu esforço autoiniciado, irão ensiná-lo a ser um comunicador, um intermediário. O sinete de tais comunicadores é a clareza mental, a verdadeira impessoalidade, a tolerância espiritual e uma frugalidade no uso das palavras, ao corporificar conceitos.

Dever-se-ia lembrar de que, na riqueza dos escritos psíquicos, jorrando no mundo de hoje, o trabalho dos verdadeiros comunicadores ocupar-se-á com o Plano e não com as personalidades; com os princípios e não com os propósitos individuais e que todos tais comunicadores serão tipos mentais, canais para o amor de Deus e conscientes do grupo. Não haverá nada em seu trabalho que produza separatividade e nada que nutra os fogos da controvérsia, do antagonismo ou do partidarismo. Muito de valor pode vir por outras linhas que não por intermédio desse grupo de comunicadores e vocês poderão procurar por um fluxo aumentado de publicações inspiradas de uma ordem elevada e por uma sabedoria do mundo das almas por meio das centenas que estão em contato com suas próprias almas; também haverá muito, emanando do nível mais elevado do plano astral, de uma qualidade elevada, no que toca às linhas devocionais, mas nenhum deles será fruto do trabalho do conjunto de comunicadores, agora no processo de formação. Somente um pequeno número está fazendo esse trabalho, por enquanto e o verdadeiro influxo de comunicadores não terá início, antes de transcorridos outros quinze anos.

Vamos às nossas duas perguntas e, particularmente, à que diz respeito ao valor do estudo dos raios. Tenho sentido a necessidade de escrever a respeito desse assunto pelas seguintes razões:

1 - A moderna psicologia é um fundo de saco. As múltiplas psicologias deram sua contribuição ao assunto inteiro e todas elas têm valor, pois todas encarnaram um aspecto da verdade. Por meio delas, nós chegamos a um interessante conhecimento do homem, de seus instintos e mecanismos animais, de suas reações ao meio ambiente e de seu equipamento sensitivo; temos aprendido muito sobre o subconsciente, através do qual antigos pecados e conceitos raciais, complexos suprimidos e desejos latentes, assim como reações psíquicas altamente organizadas, transbordam da mente consciente de maneira tão desastrosa. Sabemos muito sobre o homem como uma entidade funcionante integral; também sabemos das interações existentes entre o sistema nervoso, o sistema glandular, os músculos e sua expressão, em formas de qualidade, caráter, personalidade e de meio ambiente. Temos aprendido muito, portanto, sobre esse ser complexo chamado Homem e o homem, como uma entidade psíquica, é um fato estabelecido na Natureza, tal como o homem, o animal. Mas o homem, a alma, continua, ainda, uma especulação, uma esperança, uma crença. O fato da alma ainda não está substanciado e ao ajudar a trazer a verdade à luz, eu procuro trazer o assunto dos sete raios à atenção dos pensadores dos tempos modernos, de modo que a luz desse conhecimento esotérico possa ser lançada sobre a ciência da psicologia. Assim pode o trabalho de revelação ser ajudado.

2 - Se há uma coisa que emergiu nas mentes dos investigadores, ao estudarem o homem, é o fato de que ele é essencialmente dual. A psicologia mostrou que, na consciência de todo ser humano, há um senso de dualidade; que o homem é, em algum misterioso sentido, dois seres e que foi o conflito entre esses dois que o levou a todas as neuroses e complexos que desafiam a capacidade dos psicólogos especializados em busca de solução. O iniciado Paulo se referiu a isso, quando falou da eterna luta existente entre a mente carnal e a natureza celestial e todos os aspirantes que estão ocupados com uma luta inteligente em busca da libertação dão testemunho do mesmo. Paulo assinala que a vitória é ganha por intermédio do Cristo e eu dou uma pista para a importância desse estudo dos raios ao afirmar que, esotericamente, esses sete raios são as expressões sétuplas do Cristo Cósmico, a segunda Pessoa da Trindade. Homens e mulheres desnorteados procuram, aos milhares, as clínicas dos psicólogos, conduzindo consigo a carga de suas naturezas duais e os psicólogos reconhecem, aos milhares, essa dualidade e procuram unificar os aspectos dissociados. Quando a verdadeira natureza dos sete raios for alcançada e quando seu efeito sobre a humanidade ao expressar os sete tipos de homens também houver sido compreendido, então, abordaremos o assunto da dualidade do homem com mais inteligência. Compreenderemos melhor a natureza das forças que constituem uma ou outra dessas dualidades. Esta é a verdadeira ciência esotérica. A ciência das sete qualidades ou raios e seu efeito sobre as miríades de formas que elas modelam e energizam, será a vindoura nova abordagem para o correto método de preparar e desenvolver a família humana. A ciência esotérica moderna sabe muito sobre a forma exterior ou aspecto matéria e sua natureza elétrica.

A ciência esotérica sabe muito a respeito da natureza das energias subjetivas e das qualidades que colorem e condicionam a forma. Quando esses dois conhecimentos forem reunidos de maneira inteligente, desenvolveremos uma psicologia mais verdadeira e mais acurada e uma nova ciência da cultura humana. Então, o trabalho de unificar o homem - o homem, a entidade psíquica e o homem, a alma condicionadora - avançará rapidamente.

3 - Um conhecimento dos raios, de suas tendências e energias trará muita iluminação para os trabalhadores no campo das várias ciências. Todas as ciências se encontram em algum dos raios e uma ciência é, literalmente, a luz lançada por um raio, em um particular campo da manifestação divina. Os quatro reinos da Natureza são encarnações de quatro grandes Vidas Que são encontradas, cada uma em um dos quatro reinos menores. O Ser Que é a vida do quarto reino da Natureza ou humano, (considerando esse reino como um organismo distinto, assim como a natureza do corpo ou da personalidade do homem é um organismo distinto, capaz de se separar dele como uma alma) está no quinto raio. O Ser Que anima de maneira análoga o terceiro reino, o reino animal, vibra no sexto raio. O Ser Que é a expressão e força ativa do reino vegetal inteiro é encontrado no quarto raio. Portanto, temos:

Humanidade 4° Reino 5° Raio Conhecimento Concreto
Animal 3° Reino 6° Raio Devoção para o alto ou para frente
Vegetal 2° Reino 4° Raio Harmonia e Beleza
Mineral 1° Reino 7° Raio Organização e Ritual

Essas afirmações pouco significam para vocês atualmente, mas nós as elaboraremos mais tarde, ao considerarmos esses raios em maior detalhe. Estou dando uma impressão geral dessa vez. É evidente, contudo, que, quando a natureza da energia que permeia e anima qualquer particular reino da Natureza for reconhecida e aceita (mesmo que hipoteticamente) pelos cientistas, muita luz será lançada sobre a forma exterior, qualificada por uma particular força e vida.

Há, por exemplo, uma razão definida para que a maioria das flores silvestres e jardins floridos do Ocidente e também os encontrados durante a estação do outono sejam encontrados em tons de amarelo e laranja; o calibre mental das últimas sub-raças da raça Ariana, bem assim, seu tom geral através da era Ariana, está também relacionado à mesma razão. A influência do quarto Raio da Harmonia e Beleza e o poder em desenvolvimento do quinto Raio do Conhecimento (sinônimo da manifestação da intuição e do intelecto no homem altamente evoluído) têm um efeito definido sobre o reino vegetal e a aura humana. O amarelo-laranja brilha em ambos. Menciono isso como uma ilustração de uma exteriorização da força do raio e como uma indicação do valor da ciência esotérica quando aplicada ao exotérico.

O raio azul da devoção passa agora para o violeta do que denominamos o raio cerimonial. Que significam essas palavras? Simplesmente que o Grande Músico do universo está mudando as claves, emitindo outra nota e, assim, introduzindo outra volta da roda, trazendo para o arco da manifestação o raio do violeta, a grande nota G (Sol).

Esses raios trazem consigo - em cada reino da Natureza - tudo que está sintonizado com eles: Seres humanos, anjos (devas), de ordem elevada ou baixa, elementais de natureza desejada ou indesejável, flores, frutos, a vida vegetal de uma certa espécie e animais e formas de várias espécies. É a saída de um raio que assinala a extinção última de alguma forma particular, algum tipo de vida animal e leva a algum aspecto vegetal que chega ao fim. Daí, a confusão entre os cientistas da atualidade. O processo da entrada é lento, como todo trabalho na Natureza e como é o processo de saída. Simultaneamente, com o nascimento cíclico e a emergência de um novo raio, é o lento retorno à fonte do raio prevalente, presente no advento do novo.

No tempo atual, o sexto raio está de saída e levando consigo todas as formas cuja nota-chave seja o azul - as pessoas, por exemplo, que com devoção (mal colocada ou não) seguiram algum particular objeto, pessoa ou ideia. Com ele passam, portanto, aqueles a quem chamamos fanáticos, aqueles que, com zelo uni-direcionado, trabalham na direção de algum objetivo definido. Muitas das flores com que você se deleita agora estão saindo, a campainha, o jacinto e a oliveira, por exemplo; a safira se tornará rara e a turquesa perderá seu tom. As flores de cor violeta, lavanda e púrpura serão as preferidas. Por trás de tudo isso jaz um propósito profundo.

O plano físico, em seu aspecto mais denso, conserva poucos mistérios para o homem, hoje; ele conhece esses assuntos. Mas os níveis mais raros do plano físico jazem ocultos e são, para o homem, seu próximo campo de descobertas. O raio cerimonial traz consigo os meios pelos quais esse conhecimento pode ser adquirido e revelado a todos, em vez de ser a propriedade isolada dos sábios e dos ocultistas. Os três níveis etéricos superiores, com seus forasteiros naturalizados estão aguardando para se tornarem propriedade de todos e com seus moradores virá a aproximação seguinte.

É possível, atualmente, antecipar certos acontecimentos que se passarão durante os próximos cem anos.

Primeiro, dentro de dez anos aproximadamente, o primeiro éter, com tudo o que é composto dessa matéria, será um fato científico reconhecido e os cientistas que trabalham, intuitivamente, virão a reconhecer os devas daquele plano. As pessoas, vindo à encarnação neste sétimo raio, terão olhos de ver e os devas purpúreos e os devas menores do corpo etérico serão visualizados por elas.

Em segundo lugar, quando Aquele a Quem tanto os anjos quanto os Homens aguardam, aproximar-se bem deste plano físico, trará consigo não só alguns dos Grandes Seres e Mestres, mas alguns dos Devas que estão para a evolução angélica como os Mestres para a humana. Não se esqueçam de que a evolução humana é apenas uma dentre muitas e que este é um período de crise entre os devas, igualmente. O chamado foi feito para eles se aproximarem da humanidade e com sua vibração aumentada e conhecimento superior, unirem suas forças às da humanidade, para a progressão das duas evoluções. Eles têm muito a transmitir relativamente à cor e ao som e ao seu efeito sobre os corpos etéricos dos homens e dos animais. Quando aquilo que eles têm para dar for apreendido pela humanidade, os males físicos serão anulados e a atenção será centrada nas enfermidades do corpo astral ou emocional.

Esses devas violetas dos quatro éteres formam, como podem imaginar, quatro grandes grupos com sete divisões subsidiárias. Esses quatro grupos trabalham com os quatro tipos de seres humanos agora em encarnação, pois é um fato comprovado que, em nenhum momento, nesta ronda, haverá mais do que quatro tipos de homem em encarnação a qualquer tempo. Quatro raios dominam em qualquer período considerado, com um em excesso sobre os demais três. Eu quero dizer, por isso, que somente quatro raios estão em encarnação física; pois, no plano da alma, todos os sete tipos são, naturalmente, encontrados. Essa ideia foi lançada nas quatro castas na Índia e vocês verificarão que essas quatro são encontradas universalmente. Os quatro grupos de devas são um conjunto de servidores do Senhor e seu especial trabalho é contatar os homens e dar-lhes um ensinamento definido e experimental.

Eles instruirão sobre o efeito da cor na cura da doença, especialmente o efeito da luz violeta na diminuição das doenças humanas e na cura das doenças francamente físicas que tenham sua origem no corpo ou duplo etérico.

Eles ensinarão os homens a verem etericamente, aumentando a vibração humana pela ação da sua própria. Eles demonstrarão aos pensadores materialistas do mundo o fato de que os estados superconscientes existem - não somente o sobre-humano - e, também, tornarão claro o fato, até então desconhecido, de que outros seres, além do humano, têm seu habitat na Terra.

Eles também ensinarão a emissão de tons que correspondam às gradações do violeta e, por meio dessa emissão, capacitarão o homem a utilizar os éteres, como ele agora utiliza a matéria do plano físico para suas várias necessidades.

Eles tornarão os seres humanos capazes de controlar de tal modo os éteres, que o peso será para eles transmutado e o movimento será intensificado, tornando-se mais rápido, mais deslizante, silencioso e, portanto, menos cansativo. No controle humano dos níveis etéricos, estão a redução da fadiga, a rapidez para se deslocar e a capacidade de transcender o tempo. Até que essa profecia se torne um fato na consciência, seu significado será obscuro.

Eles também ensinarão aos homens como nutrir corretamente o corpo e retirar dos éteres circundantes o alimento adequado. No futuro, o homem se concentrará mais na condição saudável do corpo etérico e o funcionamento do corpo físico se tornará praticamente automático.

Eles capacitarão os seres humanos, como uma raça e não como indivíduos, a expandirem suas consciências de modo a envolver o sobrefísico. Não se esqueçam do importante fato de que, no cumprimento disso, a teia que separa o plano físico do plano astral será descoberta pelos cientistas e seu propósito será finalmente conhecido. Com tal descoberta virá o poder de penetrar a teia e, assim, de ligar-se conscientemente com o corpo astral.

Então, que mais irá ocorrer e qual será o método da aproximação a esses anjos?

Mais e mais, durante os próximos quinze anos, os homens receberão ensinamento definido, muitas vezes, subconscientemente, dos devas aos quais estejam ligados. Isso será, inicialmente, feito telepaticamente. Os médicos, hoje, obtêm muita informação de certos devas. Há dois grandes devas pertencentes ao grupo verde, nos níveis mentais, que ajudam nesse trabalho e alguns clínicos obtêm muito conhecimento de um deva violeta, operando no subplano atômico do plano físico, ajudado por um deva do nível causal que trabalha com ou por meio de seus egos. Quando os homens aprenderem a sentir e reconhecer esses devas, mais e mais ensinamento será dado. Eles ensinam de três maneiras:

a) Por meio da telepatia intuitiva.
b) Pela demonstração da cor, promovendo, dessa maneira, a realização de certos atos.
c) Por sons musicais bem definidos, que causarão vibrações nos éteres, os quais, por sua vez, produzirão formas.

O éter, finalmente, ante a visão ampliada da humanidade, parecerá ter mais substância do que agora tem e, à medida que a visão etérica crescer, os éteres serão reconhecidos como matéria estritamente do plano físico. Portanto, quando, na doença, os homens chamarem um deva, deva esse que pode destruir o tecido doente por meio da emissão de uma nota que resultará na eliminação do tecido corrompido, quando pela presença causada pela vibração novo tecido for visivelmente construído, então, a presença desses devas será geralmente reconhecida e seu poder utilizado.

Por quais meios sua presença será percebida e seus poderes empregados?

Ames de mais nada, por um desenvolvimento bem definido do olho humano, o qual, então, verá aquilo que é agora invisível. Será uma mudança dentro do olho e não uma forma de clarividência.

Depois, por uma firme experimentação com invocações e, por meio do seu uso, o método de chamar os devas será descoberto. Esse desenvolvimento deve ser abordado com cuidado, pois para quem não estiver protegido, levará ao desastre. Daí, a necessidade de inculcar a vida pura, o aprendizado de invocações e fórmulas protetoras e o poder de proteção da igreja e da maçonaria. Não se esqueçam de que entidades más existem em outros planos que não o físico, que elas podem responder a vibrações análogas e que as invocações que chamam um deva podem, se emitidas de maneira imperfeita, chamar um ser que provocará grande destruição. No ritual, está a proteção. Daí, a ênfase posta nas formas da igreja e nos rituais maçônicos - uma ênfase que aumentará, em vez de diminuir, à medida que os anos passem. A força das invocações será conhecida mais tarde.

Cada indivíduo vibra em alguma medida particular. Aqueles que conhecem e que trabalham, de modo clarividente e clariaudiente, descobrem que toda matéria soa, toda matéria pulsa e que toda matéria tem sua própria cor. Cada ser humano, por conseguinte, pode ser levado a emitir algum som específico; emitindo esse som, ele lampeja na cor e a combinação dos dois é indicativa de alguma medida que é peculiarmente sua própria.

Toda unidade da raça humana está em algum dos sete raios; portanto, alguma cor predomina e algum tom é emitido; infinitas são as gradações e muitas as sombras de cor e tom. Cada raio tem raios subsidiários que ele domina, atuando como o raio sintético.

Esses sete raios estão ligados às cores do espectro. Há os raios do vermelho, azul, amarelo, laranja, verde e violeta. Há o raio que os sintetiza a todos, o do índigo. Há os três raios principais - vermelho, azul e amarelo - e as quatro cores subsidiárias que, na Mônada em evolução, encontram sua correspondência na Tríade espiritual e no quaternário inferior. O Logos de nosso sistema está se concentrando no amor ou aspecto azul. Este - como a síntese - manifesta-se como índigo. Esse assunto dos raios e suas cores é confuso para o neófito.

Eu posso apenas indicar alguns pensamentos e, no acúmulo da sugestão, a luz poderá finalmente chegar. A pista está na similaridade da cor, que transmite uma semelhança na nota e no ritmo. Quando, portanto, um homem está nos raios vermelho e amarelo, com o vermelho como seu primeiro raio e encontra outro ser humano que esteja nos raios azul e amarelo, com uma semelhança secundária ao amarelo, poderá haver reconhecimento. Mas, quando um homem, nos raios amarelo e azul, tendo o amarelo como sua primeira cor, encontra um irmão, nos raios amarelo e vermelho, o reconhecimento é imediato e mútuo, pois a primeira cor é a mesma. Quando essa causa fundamental de associação ou dissociação for melhor compreendida, as cores secundárias serão levadas a agir como o terreno de encontro, para o mútuo benefício das partes em questão.

Das cores, o vermelho, o azul e o amarelo são primárias e irredutíveis. Elas são as cores dos raios principais.

a) Vontade ou Poder Vermelho
b) Amor-Sabedoria Azul
c) Inteligência ativa Amarelo

Nós temos, então, os raios subsidiários:

d) Laranja
e) Verde
f) Violeta
e o raio sintetizador, Índigo.

4 - É naturalmente do interesse humano que um estudo dos raios se torne sua principal atração. Esse estudo é que vivificará e despertará os psicólogos para a verdadeira compreensão do homem. Todo ser humano se encontra em um dos sete raios. Sua personalidade se encontra, em cada vida, em um deles, em rotação variável, de acordo com o raio do ego ou alma. Após a terceira iniciação, ele situa sua alma (se é que se poderá usar uma palavra tão imprópria) em um dos três raios principais, embora, até então, ele possa ser encontrado em um dos grupos dos sete raios. Daquela exaltada atitude, ele aspira à essencial unidade da Mônada. O fato de haver sete tipos de raios gera grandes implicações e a complexidade do assunto confunde o neófito.

Um raio confere, por sua energia, particulares condições físicas e determina a qualidade da natureza emocional-astral; colore o corpo mental; controla a distribuição da energia, pois os raios são de diferentes ritmos vibratórios e governam um particular centro no corpo (diferindo com cada raio) por meio do qual essa distribuição é feita. Cada raio atua através de um centro primariamente e, através dos seis remanescentes, numa ordem específica. O raio predispõe um homem a certas fortalezas e fraquezas e constitui seu princípio de limitação, assim como o dota de capacidade. Ele governa o método de suas relações com outros tipos humanos e é responsável por suas reações na forma a outras formas. O raio lhe dá sua tonalidade e qualidade, seu tom geral nos três planos da personalidade e modela sua aparência física. Certas atitudes de mente são fáceis para um tipo de raio e difíceis para outro e, daí, a personalidade em mudança transferir-se de raio para raio, de vida para vida, até que todas as qualidades se expressem e desenvolvam.

Certas almas, por seu destino de raio, são encontradas em certos campos de atividade e um particular campo de esforço permanece relativamente o mesmo por muitas expressões de vida. Um governante ou estadista terá adquirido habilidade em sua arte, através de muita experiência naquele campo. Um Instrutor mundial vem ensinando por ciclos de longa duração. Um Salvador mundial tem estado, por muitas vidas, na tarefa de salvação. Quando um homem está a dois terços do caminho, segundo o caminho evolutivo, seu tipo de raio de alma começa a dominar o tipo de raio da personalidade e, portanto, a governar a tendência de sua expressão na Terra, não no sentido (assim chamado) espiritual, mas no sentido de predispor a personalidade para certas atividades. Portanto, um conhecimento dos raios e de suas qualidades e atividades é, do ponto de vista da psicologia, de profunda importância e razão deste trabalho.

5 - Grupos de pessoas, organizações, nações e grupos de nações são, todos, o resultado da atividade do raio e do magnetismo. Eis porque uma compreensão das forças que jorram do centro criativo divino, a que chamamos de raios, é válida na compreensão da qualidade, natureza e destino das vastas massas humanas. Os sete planetas são governados por algum dos raios. Os países (visualizados independentemente dos naturais dos mesmos) são igualmente o resultado da atividade do raio, e assim a importância do assunto não pode ser subestimada.

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Pergunta 5.
Qual o significado das seguintes palavras: Sensibilidade, Percepção Consciente ou Consciência, a Energia da Luz?

Consideraremos, agora, nossa última questão e eu indicarei, em termos gerais, necessariamente limitados pela inadequação da linguagem, o significado das qualidades da alma mais destacadas:

a) Sensibilidade ou resposta sensível ao contato e, por aqueles meios, o subsequente crescimento em conhecimento.
b) Consciência, percepção plena do meio ambiente e o desenvolvimento de instrumentos pelos quais a consciência pode ser crescentemente desenvolvida.
c) Luz ou radiação, o efeito do intercâmbio entre a vida e o meio ambiente.

Para aqueles sob as fileiras do iniciado ou discípulo aceito dos estágios superiores, o primeiro ponto que procuro fazer é difícil de alcançar. A alma é aquele fator na matéria (ou antes, aquele fator que emerge do contato entre o espírito e a matéria) que produz resposta sensível e a que nós chamamos consciência em suas várias formas; é também aquela qualidade essencial latente ou subjetiva que a faz sentir-se como luz ou radiação luminosa. E o "brilhar, espontaneamente de dentro" que é característica de todas as formas. A matéria, por si e em seu estado indiferenciado, antes de ser arrastada à atividade, por meio do processo criativo, não é dotada de alma e, portanto, não possui as qualidades de resposta e de radiação. Somente quando - no processo criativo e evolutivo - esses dois são trazidos à conjunção e fusão, a alma aparece e dá a esses dois aspectos da divindade a oportunidade para manifestar-se, como uma trindade e de demonstrar atividade sensível e luz irradiante magnética. Como tudo que colocaremos neste tratado deve ser abordado do ângulo da evolução humana, poder-se-ia afirmar que, só quando o aspecto alma domina o equipamento de resposta (a natureza forma do homem) cumpre seu destino completo e, só então, a verdadeira radiação magnética e o puro brilho irradiador da luz se tornarão possíveis. Simbolicamente, nos estágios primitivos da evolução humana, é, do ângulo da consciência, relativamente não responsivo e inconsciente, como é a matéria em seus primitivos estágios no processo formativo. A conquista da plena consciência é naturalmente o objetivo do processo evolutivo. Falando mais uma vez de maneira simbólica, o homem não evoluído não emite nem manifesta luz. A luz na cabeça é invisível, embora os investigadores possam ver o tênue brilho da luz nos elementos que constituem o corpo e a luz oculta nos átomos que constituem a natureza forma.

À medida que a evolução prossegue, esses pontos tênues de "luz escura" intensificam seu brilho; a luz na cabeça pisca a intervalos durante a vida do homem comum e se torna uma luz brilhante, à medida que ele entra no caminho do discipulado. Quando ele se torna um iniciado, a luz dos átomos brilha de tal maneira e a luz na cabeça é tão intensa (com um estímulo paralelo dos centros de força no corpo), que a luz do corpo aparece. Finalmente, esse corpo de luz se exterioriza e alcança maior proeminência do que o corpo físico denso tangível. Esse é o corpo de luz no qual o verdadeiro filho de Deus conscientemente habita. Após a terceira iniciação, a luz dual se acentua e se torna ainda mais brilhante por meio de sua fusão com a energia do espírito. Essa não é realmente a admissão ou a recombinação de uma terceira luz, mas o reforço da luz da matéria e da luz da alma para uma glória maior através do Alento do espírito. Algo relativo a essa luz foi antes indicado em Um Tratado sobre o Fogo Cósmico. Estudem-no e procurem compreender o significado desse processo. Na compreensão desses aspectos da luz, vem uma perspectiva mais verdadeira quanto à natureza dos fogos na expressão humana da divindade.

Jamais deve ser esquecido que a alma de todas as coisas, a anima mundi, na medida em que ela se expressa por meio de todos os quatro reinos na Natureza, é a que dá ao nosso planeta sua luz nos céus. A luz planetária é a totalidade da luz, tênue e incerta, a ser encontrada em todos os átomos de matéria ou substância irradiante ou vibratória, a qual compõe todas as formas em todos os reinos. Acrescente-se a isso que há, no planeta e também em cada reino da Natureza, a correspondência com o corpo etérico com seus centros de energia radiante, que se encontra subjacente ou "mantida abaixo do padrão" da forma física externa. O corpo etérico do homem faz parte do corpo etérico planetário e constitui seu aspecto mais refinado e mais altamente desenvolvido. A medida que os éons passam, há uma crescente intensidade de luz, irradiando-se de nosso planeta. Isso não significa necessariamente que um habitante de Netuno venha a ver nosso planeta brilhando com uma luz crescentemente mais intensa, embora isso, de fato, ocorra em uns poucos casos no universo. Mas significa que, do ponto de vista de uma visão clarividente, o corpo etérico planetário crescerá em vívida radiação e glória, na medida em que aquela radiação expresse mais e mais a verdadeira luz da alma.

A alma é luz essencialmente, tanto literalmente, do ângulo vibratório, quando filosoficamente, do ângulo da constituição do verdadeiro meio de conhecimento. A alma é luz simbolicamente, pois ela é como os raios do sol, que se derramam nas trevas; a alma, por intermédio do cérebro, causa revelação. Ela lança sua luz no cérebro e, assim, o caminho do ser humano se torna crescentemente iluminado. O cérebro é como o olho da alma, olhando para o mundo físico; no mesmo sentido a alma é o olho da Mônada e, num sentido curioso e oculto, o quarto reino da Natureza constitui, em nosso planeta, o olho da Divindade planetária. O cérebro responde aos sete sentidos:

1 - Audição
2 - Tato
3 - Visão
4 - Paladar
5 - Olfato
6 - A mente, o bom senso
7 - A intuição ou o sentido sintético

Por meio desses sete sentidos, o contato com o mundo da matéria e do espírito se torna possível. Os sete sentidos são, de uma maneira peculiar, as correspondências do plano físico dos sete raios e estão intimamente relacionadas a eles todos e por eles governadas. A seguinte tabulação será considerada sugestiva. É tudo que se pretende que ela seja:

1- Audição 7°. Raio Mágico A Palavra de Pode
2- Tato 1°. Raio Destruidor O Dedo de Deus
3- Visão 3°. Raio Visão O Olho de Deus
4- Paladar 6°. Raio Idealismo O Desejo das Nações
5- Olfato 4°. Raio Arte A Beleza da Revelação
6- O intelecto 5°. Raio Mente O Conhecimento de Deus
7- A Intuição 2°. Raio Amor-Sabedoria Compreensão de Deus

Por meio das Palavras de Poder, os mundos vieram à existência ordenada e o Senhor do Raio da Magia Cerimonial elabora o organismo divino.

Pela aplicação do Dedo de Deus em seu trabalho direcionado e pleno, nós temos a destruição cíclica das formas, de modo que a manifestação da Divindade possa crescer em poder e beleza. Assim, o Senhor do Poder ou Vontade realiza a tarefa da destruição, dessa maneira, trazendo à existência a beleza e a revelação da vontade de Deus e Seu benéfico propósito.

Por intermédio do Olho de Deus, a luz brilha no caminho do Sol, no caminho dos planetas e no caminho do homem. O Senhor da Adaptabilidade e do Intelecto traz à expressão e à objetividade a inteligente elaboração da ideia divina e do Plano.

Quando o "Desejo de todas as nações" vier e o Cristo Cósmico ficar revelado, todos os homens e todas as criaturas, ocultamente, "provarão" ou partilharão do grande acontecimento e o Senhor do Raio da Devoção e do Idealismo verá a consumação de Seu trabalho e ficará "satisfeito".

Também o Senhor do quarto Raio da Harmonia, da Beleza e da Arte acrescentará Sua partilhação ao grande trabalho criativo e constatar-se-á que, no evanescente acompanhamento até sua fonte, daquela misteriosa revelação à qual chamamos beleza, será expressa aquela sutil qualidade da qual o "sentir pelo olfato", no sentido animal, é o símbolo. A grande busca e o esotérico "acompanhamento do aroma" chegarão ao fim. Este quarto raio é predominantemente o caminho daquele que busca, o buscador e o refletor sensitivo da beleza. A nação judaica tem uma íntima relação com este quarto raio e com a quarta raça raiz e, daí, sua projeção, neste tempo, no mundo da arte e, daí, a magnitude de sua infinita e simbólica busca e caminhada errante.

Quando o Conhecimento de Deus brilhar universalmente (e isso não será o conhecimento ou conscientização de um grande Ser, mas a expressão por meio da humana instrumentalidade da onisciência divina), então, o Senhor da Ciência Concreta, Que é a encarnação do quinto princípio da mente, verá Seu trabalho concluído. Ele estimula o senso de conscientização na humanidade e nutre o aspecto consciência nos reinos sub-humanos, produzindo a resposta, portanto, da matéria ao espírito e trazendo a interpretação daquilo a que tenha havido numa relação sensível. A intuição é literalmente o alcance sintético e imediato da verdade, tal como ela essencialmente existe e o Senhor do segundo raio concluirá todo o processo evolutivo por meio do desenvolvimento, na humanidade, daquela perfeita visão interior que fará de cada ser humano um completo e inteligente cooperador com o Plano.

Um detalhado estudo dessas forças de raio em relação ao trabalho criativo e à progressão do Plano (tanto quanto o possamos alcançar atualmente) revelarão quão intimamente o processo inteiro de construção - destruição - reconstrução está ligado à questão das três qualidades da alma - sensibilidade tomada de consciência e percepção consciente - e demonstrará, como o problema da luz, com a qual acabei de lidar, tem uma relação direta com nossa capacidade de interpretar e compreender essas três qualidades.

A consciência, no ensinamento esotérico, diz respeito à resposta do aspecto forma nos três reinos sub-humanos:

1- Ao mundo das formas vivas, vibratórias e magnéticas, no qual cada forma está imersa. Toda forma, através de sua irradiação, afeta cada outra forma e de acordo com a qualidade da forma e de acordo com seu estágio evolutivo, assim será sua resposta ao meio ambiente.

2 - Ao mundo subjetivo de forças a que chamamos de mundo etérico. Todas as formas nos quatro reinos assim respondem em algum grau e modo.

3 - Ao mundo da qualidade ou da intenção do desejo. Todas as formas em todos os reinos respondem, globalmente, ao impulso ou ao aspecto desejo da divindade que jaz na raiz do processo evolutivo inteiro. Isso é reconhecido como um incentivo e é, mais ou menos, autodirigido na família humana; é cegamente seguido pelas formas nos outros reinos, que respondem de acordo com a natureza dos seus mecanismos de resposta a esses variados impulsos.

Quando nós lidamos com o influxo da energia mental e com as forças que emanam do quinto plano da mente (mente superior, mente inferior e a entidade inteligente egoica) nós entramos mais inteiramente no domínio da própria evolução humana e a vaga palavra "consciência" bem poderia ser substituída pela expressão "estar consciente e alerta". Em vários graus, o homem está consciente e alerta, mas somente o homem está consciente e alerta de que ele está consciente e alerta. Seu equipamento de resposta responde a todos os contatos pelos quais é influenciado - aos quais as formas sub-humanas respondem, mas ele também tem consciência de si próprio e seu mecanismo de resposta é capaz de reagir, não somente aos estímulos externos, mas aos contatos, emanando de dentro dele próprio, do assim chamado Ego e também dos mundos da introspecção de visão mística que parecem fechados a todas as formas de vida sub-humanas.

No quadro maior, com o qual não nos iremos ocupar neste tratado, o planeta constitui o equipamento de resposta de uma Vida sobre-humana e aquela Vida responde conscientemente aos impactos que emanam do sistema solar como um todo e de certas constelações (Vidas emanadas) às quais nosso sistema solar está ligado. De maneira semelhante, o Logos solar atua por meio daquele gigantesco equipamento de resposta que é limitado pelo "círculo não se passa” de um sistema solar. Cada forma, desde a do menor átomo até a de uma vasta constelação, é uma encarnação de uma vida, a qual se expressa como consciência, consciência alerta e sensibilidade de resposta por intermédio de algum mecanismo de resposta. Assim, temos o estabelecimento de um universo de vidas, interagindo e inter-relacionando-se, todas elas conscientes, algumas delas conscientes delas próprias e outras conscientes do grupo, mas todas elas apoiadas na mente universal, todas possuindo almas e todas apresentando aspectos da Vida divina.

Vida, qualidade, aparência permanecem, assim, a triplicidade universal. A aparência é objetiva e as formas foram estudadas cientificamente, analisadas e classificadas, por séculos. Agora nós estamos introvertendo e assumindo uma entidade introspectiva e temos o começo de um ciclo no qual o mundo da qualidade e do significado estará sujeito a uma semelhante investigação e classificação. Isso resultará na outorga de novos valores para a vida, de um enriquecimento de nossa compreensão e produzirá, como resultado, o crescimento e a substituição do intelecto pela intuição.

Será que poderei insistir em que todos deveriam viver mais continuamente no mundo do significado e menos no mundo das aparências? É um mundo mais verdadeiro e menos cheio de ilusão. Quando a compreensão for desenvolvida, quando os homens tiverem aprendido a ver sob a superfície e tiverem cultivado a verdadeira visão, então, teremos a firme emergência da qualidade da alma em todas as formas e a relativa transparência para o fundo da cena, do poder da natureza da forma. É esse mundo de significado que é o privilégio da humanidade revelar e todos os verdadeiros estudantes esotéricos deveriam ser pioneiros neste campo.

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