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Livros de Alice Bailey

Miragem: Um Problema Mundial


A Natureza da Miragem
1. Miragem no Plano Mental - Ilusão
2. Miragem no Plano Astral - Miragem
3 Miragem nos Níveis Etéricos - Maya
4. Miragem nos Planos Superiores do Mental - O Morador do Umbral

SEÇÃO I
A NATUREZA DA MIRAGEM

Nas páginas precedentes tratamos de definir certas palavras (frequentemente usadas de maneira alternativa) relativas à ilusão e à miragem. Constatamos que:

1. A ilusão é primordialmente de qualidade mental e é característica da atitude da mente daquelas pessoas que são mais intelectuais do que emocionais. Elas superaram a miragem no seu sentido usual. Ela decorre da má compreensão das ideias e dos pensamentos-forma, bem como de sua má interpretação.

2. A miragem é de caráter astral, sendo bem mais potente em nossos dias do que a ilusão, devido a enorme maioria das pessoas que sempre funcionam astralmente.

3. Maya é de caráter vital, sendo uma qualidade da força. Ela é essencialmente a energia do ser humano, quando colocada em atividade através da influencia subjetiva da ilusão mental, ou da miragem astral, ou de ambas combinadas.

4. O Morador do Umbral, sempre presente, somente entra em atividade no Caminho do Discipulado, contudo, quando o aspirante torna-se ocultamente consciente de si mesmo, das condições induzidas dentro dele como resultado de sua ilusão interior, de sua miragem astral e da maya que cerca toda a sua vida. Sendo agora uma personalidade integrada (e ninguém é um discípulo, meu irmão, a menos que o seja tanto mental como emocionalmente, o que e um ponto que os devotos esquecem frequentemente), estas três condições (com a preponderância do efeito em alguns dos corpos) são vistas como um todo, e a este todo aplica-se o termo "Morador do Umbral". Ele é na realidade um pensamento-forma vitalizado - englobando a força mental, a força astral e a energia vital.

Portanto, o problema confrontando todos vocês neste grupo, é aprender, antes de tudo, a:

1. Distinguir entre estes três aspectos ilusórios interiores.

2. Descobrir que condições no ambiente ou na constituição individual induzem a estas situações de dificuldade.

3. Encontrar que métodos são efetivos para induzir a um término todas as condições enganadoras desconcertantes.

Deve ser lembrado, também, que estas condições distorcidas, encontradas em todos vocês, são o meio pelo qual vocês estão sintonizados com a miragem e a ilusão mundiais. O ensinamento esotérico tem enfatizado o treinamento e a libertação do aspirante individual. Isto é certamente necessário, porque a massa é composta de indivíduos, e na firme libertação do controle destas ilusões interiores virá a eventual clarificação da humanidade. Portanto, cada um de vocês neste grupo deve necessariamente trabalhar separadamente e consigo mesmo, para aprender a induzir as condições de clareza e verdade que vão superar os ritmos antigos e os hábitos arraigados e assim purificar constantemente a aura. Mas isto agora tem que ser feito como um grupo, e este grupo constitui um dos primeiros grupos exotéricos com os quais se tenciona trabalhar nesta nova era. Através da atividade destes grupos a miragem mundial será dissipada mas, em primeiro lugar, o aspirante deve aprender a lidar com a miragem individual e do grupo. Lembrem-se dos três fatos a seguir.

Serei breve e técnico ao lecionar para este grupo, pois o meu tempo é curto e vocês têm um conhecimento técnico adequado para entender aquilo que vou dizer.

Primeiramente, as auras unidas dos membros do grupo sempre determinam a condição e a atividade do grupo, sua utilidade, problema e miragem. Daí emergem a responsabilidade individual do grupo e a utilidade individual. Cada um de vocês ou dificulta ou ajuda o grupo, dependendo de sua condição áurica, a qual está, ou num estado de miragem ou de ilusão, ou é mantida relativamente livre destas condições.

Em segundo lugar, que a primeira tarefa que cada um de vocês deve realizar é determinar seu próprio problema peculiar. Ao lhes dar suas instruções individuais, abordarei com vocês a tendência particular de cada um, e se é à miragem, à ilusão ou à maya que vocês habitualmente sucumbem. Tratarei de forma direta, porque já testei a sua sinceridade e acredito na sua vontade de ouvir a verdade. Quando vocês tiverem determinado a natureza específica do problema peculiar de cada um, poderão então trabalhar com deliberação na sua solução - com deliberação, meu velho irmão, e sem pressa, mas com a devida atenção e cuidado, e com a correta compreensão.

Em terceiro lugar, vocês devem se lembrar que, quando eu olho para o indivíduo em qualquer destes grupos, posso, ao mesmo tempo, avaliar a qualidade do grupo como um todo. A quantidade de luz interior que pode irradiar e fazer a sua presença sentida em suas auras, pode ser vista por mim e me indica a força e a eficiência, e também a potência da influência do seu grupo e individual, porque as auras positivas subordinam as auras negativas. O que se requer é uma combinação de auras positivas, deliberadamente subordinadas ao trabalho do grupo. Quando você lida com a ilusão e libera a sua mente de seus efeitos, e à medida que você dissipa a miragem astral na qual está mais ou menos imerso, conseguirá viver uma vida mais livre e será mais útil. À medida que a maya de correntes de energia distorcidas para de lançá-lo para áreas de atividade indesejável, a luz que está em você vai brilhar com maior intensidade. Consequentemente, o Morador do Umbral vai-se desintegrando, lenta mas seguramente, deixando o seu caminho para o portal da Iniciação livre e desimpedido.

Tipos mentais fortes são sujeitos à ilusão. Esta ilusão é, na realidade, uma condição pela qual o aspirante está sendo definitivamente controlado:

1. Por um pensamento-forma de tal potência, que ele causa duas coisas:

a. Controla a atividade ou a produção da vida.

b. Sintoniza o aspirante com a massa de pensamentos-forma que são de natureza similar, e que são construídos por outros, sob o domínio de uma ilusão similar.

Isto, em seu pior aspecto, produz insanidade mental ou uma obsessão, mas o resultado normal é menos perigoso e produz normalmente o fanático. O fanático é geralmente - mesmo quando ele não percebe isto - um homem confuso, que tem uma ideia potente de algum tipo, mas que acha quase impossível integrá-la no contexto mundial; ou assumir as soluções de compromisso necessárias e muitas vezes divinamente direcionadas, que ajudam profundamente à humanidade; ou encontrar o tempo e o lugar para as realidades que estão ao seu alcance natural.

2. Quando um homem é altamente desenvolvido, a ilusão mental é criada em torno de uma intuição definitiva, e esta intuição é concretizada pela mente até que a sua aparência seja tão real que o homem acredita ver tão claramente aquilo que deveria ser feito ou dado ao mundo, que ele passa o seu tempo tentando, de uma forma fanática, fazer os outros verem isto também. Assim a sua vida se esvai nas asas da ilusão e a sua encarnação é relativamente sem proveito. Em alguns raros casos, esta combinação de intuição e atividade mental produz o gênio em alguma área; mas então não há ilusão e sim, um pensamento claro, conjugado a um equipamento treinado naquele campo ou atividade.

3. Os tipos de pessoas mentais comuns e mais fracas sucumbem ao campo geral da ilusão e da ilusão de massa. O plano mental manifesta um tipo de distorção diferente daquela que se apresenta no plano astral ou etérico. A faculdade de discriminação que está sendo desenvolvida produziu linhas de demarcação mais nítidas, e em vez dos densos nevoeiros e névoas do plano astral, ou das marés circulantes e correntes de energia do plano etérico, temos, no plano mental, massas de pensamentos-forma nitidamente indicadas, de uma qualidade particular, bem como nota e tom, ao redor dos quais estão agrupados pensamentos-forma menores criados por aqueles que respondem a estas formas e à sua nota, qualidade e tom. Observa-se, então, que existem similaridades que constituem canais ou avenidas para o poder de atração magnética dos pensamentos-forma mais potentes. Teologias antigas com uma roupagem nova, apresentações fixas de meias-verdades, o pensamento irrefletido de vários grupos mundiais e muitas fontes de emanação similar, produziram, ao longo dos séculos, o mundo de ilusão e os estados mentais que mantiveram a humanidade prisioneira dos conceitos e pensamentos errôneos. São tantos, estes pensamentos produzindo ilusões, que o efeito no mundo, hoje, foi o de causar a divisão geral da raça humana em várias escolas de pensamento (filosofia, ciência, religião, sociologia etc., etc.), em muitos partidos ou grupos, todos eles com a tintura de uma ideia análoga e em grupos de idealistas lutando entre si, em favor de seus conceitos favoritos preferidos e em dezenas de milhares de participantes em atividade mental grupal. Estas pessoas estão atualmente produzindo a literatura mundial, através da qual as plataformas internacionais são coloridas; através delas os líderes do mundo são inspirados; e elas são responsáveis, hoje em dia, pela multiplicidade de experimentos no campo do governo, da educação e da religião que estão produzindo tanto desassossego no mundo, e consequentemente, muito da ilusão do mundo.

Portanto, o que é necessário, atualmente, são pensadores que se estejam treinando naquela atitude mental e unidirecionalidade divorciada do perigo de uma receptividade negativa e que respondam, ao mesmo tempo, à inspiração intuitiva superior. O que é preciso são mediadores interpretadores de ideias e não médiuns.

Os tipos emocionais respondem com facilidade à miragem mundial e à sua miragem pessoal herdada e autoinduzida. A maioria das pessoas é puramente emocional, com lampejos ocasionais de real compreensão mental - muito ocasionais, meu irmão, e geralmente inteiramente ausentes. A miragem tem sido comparada a um nevoeiro, no qual o aspirante perambula e que distorce tudo o que ele vê e contata, impedindo-o de jamais ver a vida ou as condições circundantes, clara e verdadeiramente como elas são em essência. Quando ele é um aspirante um pouco mais avançado, ele está consciente da miragem e ocasionalmente vê, num lampejo, em que direção a verdade se encontra para ele. Mas em seguida a miragem cai outra vez sobre ele, e ele se torna incapacitado de se livrar e de fazer qualquer coisa construtiva. O seu problema se torna ainda mais complicado pelo seu consequente desânimo e profundo desgosto consigo mesmo. Ele caminha sempre numa névoa e nada vê como as coisas na realidade são. Ele é enganado pela aparência e se esquece daquilo que a aparência encobre. As reações emanando do astral, que cada ser humano engendra, o estão sempre cercando, e através desta névoa, ele observa um mundo distorcido. Estas reações e a aura que formam à sua volta combinam-se e se fundem com a miragem mundial e a neblina, formando parte dos miasmas e emanações insalubres pelas quais as massas dos homens são responsáveis desde há milhões de anos.

Chamo a atenção para o fato que, na era lemuriana, a miragem e a ilusão eram relativamente desconhecidas, do ponto de vista humano. Não existiam reações mentais e havia muito pouca resposta emocional ao ambiente. Os homens eram essencialmente animais instintivos. A miragem começou a aparecer na era dos atlantes, e desde então vem se precipitando constantemente, até que hoje, quando a Hierarquia observa a humanidade, ela parece estar caminhando numa densidade de correntes profundas e em constante mudança, as quais escondem e distorcem e que giram ao redor dos filhos dos homens, impedindo-os de ver a LUZ como ela é. Isto se torna ainda mais óbvio quando recordamos que os outros reinos da natureza são relativamente livres da miragem e da ilusão. Em nossa raça, a ariana, a ilusão mundial está adquirindo peso e emergindo lentamente no reconhecimento da consciência humana, e isto é na verdade um ponto ganho, porque aquilo que é reconhecido pode ser tratado inteligentemente, se existir a vontade para assim proceder. Atualmente a ilusão é tão potente, que poucas são as pessoas cujas mentes são de alguma forma desenvolvidas, mas controladas por estes vastos pensamentos-forma ilusórios que têm suas raízes e derivam o seu alento da vida da personalidade inferior e da natureza do desejo, da massa dos homens. É interessante lembrar também, com relação à nossa raça ariana, que estes pensamentos-forma também recebem sua vitalidade do mundo das ideias, mas de ideias intuídas erroneamente, e apreendidas e forçadas a servir aos propósitos egoístas dos homens. Suas formas foram trazidas à atividade pelo crescimento constante do poder criativo da humanidade e foram subordinadas aos desejos dos homens por meio do uso da linguagem, com o seu poder de limitar e distorcer. A ilusão também é precipitada de forma mais potente do que de outra maneira seria o caso, pelo esforço de muitos homens idealistas devotados, para impor estes pensamentos-forma distorcidos sobre o corpo mental das massas. Este constitui um dos maiores problemas com os quais a Hierarquia tem que se ocupar atualmente; ele é também um dos primeiros fatores que um Mestre tem que levar em consideração, com relação a qualquer aspirante ou discípulo.

A miragem, como já vimos, tem uma existência mais antiga e um aparecimento anterior ao da ilusão. Ela tem pouco em si da qualidade mental e é o principal fator controlando a maioria. O objetivo de todo treinamento dado no Caminho do Discipulado, e até a terceira iniciação, é induzir o pensamento claro que vai tornar o discípulo livre da ilusão e lhe dar aquela estabilidade e postura emocional que não dá espaço para a entrada de qualquer miragem mundial. Esta liberdade se torna possível quando não existe no aspirante miragem pessoal e nenhuma resposta deliberada autoinduzida aos fatores determinantes que produziram a miragem ao longo das eras. Lidaremos mais tarde com estes fatores.

Maya é o resultado de ambas: miragem e ilusão. Quando presente, conota uma personalidade integrada e, portanto, a capacidade de sintonizar com a ilusão mental e a miragem astral. Onde esta condição é encontrada, o problema do discípulo é um dos maiores no mundo. O que constitui a principal dificuldade de qualquer discípulo é o fato que o campo de batalha de sua vida envolve cada aspecto de sua natureza. O homem todo está envolvido. Tecnicamente, a palavra MAYA só deveria ser usada em dois casos:

1. Em referência à união miragem-ilusão, à qual um homem responde quando é uma personalidade integrada.

2. Ao se falar das limitações do nosso Logos planetário.

Nas considerações acima, apresentei muito material para se pensar - não somente com relação aos seus próprios problemas pessoais (porque todos vocês estão sujeitos a estas condições), mas também lhes indiquei qual é a natureza da miragem. A palavra é usada em todos os livros e ensinamentos esotéricos para cobrir condições que são diferenciadas sob as palavras: maya, ilusão e miragem propriamente dita. Posteriormente passarei a vocês alguns ensinamentos a respeito das causas da miragem e os métodos para sua dissipação. Mas já dei o suficiente aqui para o momento, porque é meu desejo que ponderem sobre estas ideias durante os próximos meses e aprendam algo da significação destas palavras que vocês usam de forma tão leviana. Observem a si próprios e à sua vida diária com discriminação, para que aprendam a distinguir entre miragem, Ilusão e maya. Vejam se vocês podem descobrir a forma que o seu próprio Morador do Umbral provavelmente assumirá quando vocês entrarem em conflito com ele; e se vocês fizerem o mesmo por seus irmãos de grupo, e pela necessidade imediata do mundo, não estarão perdendo tempo no trabalho do seu esclarecimento astral e liberação mental.

Peço-lhes para estudarem estas instruções com atenção especial porque estou usando o tempo e dando-me ao trabalho, nestes dias assoberbados, para atender às suas necessidades e trazer o máximo de luz que possa, sem infringir o seu livre arbítrio, ajudá-los e desimpedir o seu campo de serviço.

Sugiro também, que vocês descubram tudo o que puderem a respeito do assunto muito mal compreendido da AURA: pesquisem o que é dito em meus livros e no material disponível em qualquer boa livraria ocultista. Não espero que copiem parágrafos, mas que formulem o seu conhecimento de forma a poderem responder com clareza às perguntas que possam ser formuladas. As três perguntas seguintes são básicas:

1. O que é a aura, e como ela surge?

2. Como pode a aura ser usada como instrumento de luz, e ser intensificada a luz que deveria brilhar através dela?

3. Vocês notaram qual é o efeito que sua própria aura individual está tendo no seu ambiente, e como vocês podem melhorar este efeito?

Isto vai permitir aplicar de forma prática, aquilo que estou procurando ensinar. Não se esqueçam de que, quando vocês observam o mundo e o meio que os circundam, vocês o fazem através de suas auras e devem, portanto, lidar com a miragem e a ilusão.

Há três outras questões que vocês deveriam se perguntar, examinando-as à luz de suas almas:

1. Eu sofro principalmente de miragem ou de ilusão?

2. Saberei qual qualidade ou característica em minha natureza facilita minha sintonia com a miragem mundial ou a ilusão mundial?

3. Já cheguei ao ponto em que possa reconhecer meu Morador do Umbral peculiar e possa declarar que forma ele assume?

Que vocês possam, como indivíduos e também como um grupo, realmente aprender o significado do verdadeiro autoconhecimento e assim aprender a se manterem no estado espiritual, cada vez mais livres da miragem e da ilusão, é a prece do seu amigo e irmão, que enfrentou as suas batalhas para atingir uma medida maior de luz...

Durante os últimos seis meses, quatro membros deste grupo de estudantes têm lutado com a miragem em suas próprias vidas, com sucesso, de uma forma geral. Faço referência a isso, porque num grupo experimental como este, é bom antecipar tal situação; estas disputas vão naturalmente ocorrer porque somente aquilo que é conhecido experimentalmente torna-se parte verdadeira do equipamento do discípulo. Anteriormente indiquei o fato de que parte do plano da Hierarquia abrange o estabelecimento de pequenos grupos como este, que teriam o objetivo definido de prover os meios ativos pelos quais a miragem mundial - atualmente tão potente e profunda - possa ser dissipada.

Não é chegada ainda a hora de lidar com a ilusão do mundo em grande escala, porque a raça ainda não é adequadamente mental, nem a ilusão (que é, como indiquei, eminentemente o resultado da má interpretação de ideias) chegou ao seu máximo. Mas chegou a hora de dar os primeiros passos na dissipação da miragem, e a influência da miragem sobre a raça deveria ser consideravelmente diminuída no futuro. Daí o treinamento prático que está sendo dado agora neste grupo em suas próprias vidas; daí também o ensinamento que tencionamos dar mais tarde ao grupo - se seus participantes estiverem à altura da oportunidade - que os capacitará a ajudarem no ataque articulado e planejado à miragem mundial. Lutem, portanto, com seus problemas pessoais neste particular, meus irmãos, porque desta forma vocês vão desenvolver habilidade em discernimento, em ação clara e precisa, e em compreensão fortalecida.

No processo de dissipar a miragem a forma mais potente é compreender a necessidade de agir puramente como um canal para a energia da alma. Se o discípulo puder fazer o alinhamento correto e consequente contato com sua alma, o resultado aparecerá como luz aumentada. Esta luz se derrama e irradia não só sobre a mente, mas também sobre a consciência do cérebro. Ele vê a situação mais claramente: ele compreende os fatos do caso como sendo contra suas "vãs criações da imaginação"; e assim a "luz brilha em seu caminho". Ele ainda não é capaz de ver realmente nos clarões mais abrangentes da consciência; a miragem do grupo e, naturalmente, a miragem mundial, permanecem para ele um mistério desconcertante e capaz de aprisioná-lo, mas o seu próprio caminho imediato começa a clarear e ele permanece relativamente livre do nevoeiro de seu antigo e distorcido miasma emocional. Alinhamento, contato com a sua alma, seguido de determinação, são as chaves para o sucesso.

Tornar-se-á aparente para vocês, portanto, que pequenos grupos, tais como este, se estabelecidos em diferentes países e cidades, e se bem sucedidos em suas atividades pessoais, poderiam exercer um papel muito útil. Estes grupos teriam duas áreas de esforços. Eles teriam que enfrentar a miragem grupal, que inevitavelmente se infiltra na vida do grupo através da instrumentalidade de seus membros. O agregado de suas miragens pessoais oferece uma porta aberta através da qual a miragem grupal pode entrar. Um exemplo disto pode ser visto neste grupo, quando a miragem entrou através de L.T.S-K e arrastou I.B.S para o seu vórtice de força. Ela foi superada, felizmente, deixando todos vocês mais experientes e mais unidos, devido à forte posição amorosa tomada pelos outros membros do grupo. Quero lembrar a L.T.S-K. e I.B.S. do seu profundo débito para com o amor de seus irmãos. O amor do grupo protegeu-os. I.B.S. progrediu muito em sua libertação de certos aspectos da miragem. L.T.S-K. também está mais livre do que era, porém ainda tem muito a fazer. É sempre difícil para a pessoa do terceiro raio cultivar a intuição. A aparentemente profunda sabedoria da ciência da inteligência manipuladora e tortuosa inerente à matéria, seguidamente impede a entrada da verdadeira sabedoria da mente iluminada. Há seis meses eu achava que era provavelmente impossível para L.T.S-K. livrar-se da miragem na qual ele habitualmente caminhava. Hoje, um pouco mais de luz brilha em seu caminho, e ele poderá se livrar ainda mais de seus pensamentos-forma autogerados e alcançar o nível necessário.

Quando a miragem grupal tiver sido algo dissipada, e o grupo puder trilhar o "Caminho iluminado" com liberdade, então virá o momento em que o grupo poderá ser treinado no alinhamento grupal, no contato grupal e na determinação grupal. Ele poderá então iniciar a tarefa definitiva e científica de atacar a miragem mundial. É de interesse que a este grupo particular seja lembrado que esta é parte da atividade sendo empreendida por certas pessoas no Novo Grupo de Servidores do Mundo. Através da ênfase, no mundo, de certas ideias básicas, como boa vontade e interdependência mútuas, muito está sendo feito para dissipar a miragem em que os povos do mundo estão caminhando. Não é a função de cada servidor tomar parte no ataque maciço à miragem mundial que está sendo levado a cabo? Cada um tem que lidar com a miragem em sua própria vida pessoal, porém as funções e atividades diferem. O trabalho de vocês é o de serem observadores treinados, e este treinamento leva tempo. Atualmente, muitos de vocês não reconhecem a miragem quando ela se depara com vocês e os envolve. É somente por seus efeitos que vocês a reconhecerão pelo que ela é. Virá o tempo, quando os seus processos de observação serão tão acurados, que vocês vão reconhecê-la em sua verdadeira natureza, antes que a miragem os faça submergir e os engula, produzindo aquelas condições que lhes permitirão dizer mais tarde: "Por que eu me permiti ser envolvido pela miragem? Por que fui tão iludido?"

A essa altura desejo fazer duas coisas: primeiramente, delinear um pouco mais cuidadosamente esta discussão ou pequeno tratado sobre miragem, para que nossas ideias possam ser claramente formuladas, e vocês tenham um livro de texto para referência futura, que servirá para guiar o seu grupo e grupos análogos, com respeito à atividade correta. Em segundo lugar, desejo recapitular de certa forma aqueles pontos que já mencionei, para enriquecer sua compreensão das várias fases da miragem mundial. A mente analítica tem que diferenciar as distintas fases desta miragem mundial, chamando-as de Ilusão, Miragem, Maya e aquele pensamento-forma sintético, encontrado no Caminho do Discipulado, que é chamado por algumas escolas de esoterismo de Morador do Umbral.

Como vocês vão verificar, meus irmãos, estamos lidando com um tema muito amplo, que deve ser tratado muito cuidadosamente. Minha tarefa é difícil, porque escrevo para aqueles que ainda estão enleados nos vários aspectos da miragem, e geralmente pela miragem e maya secundárias. A ilusão ainda não exerce plenamente a sua ação e o Morador do Umbral raramente é adequadamente compreendido. Aproveito para lembrá-los, neste particular, de um fato oculto estupendo, pedindo que tentem compreender aquilo de que lhes falo. O Morador do Umbral só emerge do nevoeiro da ilusão e da miragem quando o discípulo se aproxima dos Portais da Vida. Somente quando ele pode perceber alguns fugazes lampejos do Portal da Iniciação e um relance ocasional da luz do Anjo da Presença, Que permanece aguardando ao lado daquele portal, poderá ele apreender o princípio da dualidade que está implícito para ele no Morador e no Anjo. Vocês entendem isso sobre o que estou falando? Por enquanto, as minhas palavras englobam para vocês uma condição e evento futuros. O dia certamente chegará, quando vocês se encontrarão totalmente conscientes entre estes símbolos dos pares de opostos, com o Anjo à direita e o Morador à esquerda. Que a força lhes possa ser dada então, para prosseguir sempre entre estes dois oponentes, que por longo tempo guerrearam no campo de sua vida, e que vocês possam entrar na Presença, onde os dois são vistos como um, e nada mais é conhecido a não ser a vida e a deidade.

Resumindo parte da informação que lhes dei, com relação aos quatro aspectos da miragem, ofereço-lhes a seguinte tabulação para ser estudada com atenção.

OS ASPECTOS DA MIRAGEM
Nome Plano Oposto Objetivo Campo de Batalha Técnica
Ilusão Mental Intuição
Percepção espiritual
Dispersão Caminho de Iniciação
Mundo de ideias
Contemplação pela alma
Miragem Astral Iluminação
Lucidez
Visão
Dissipação Caminho do Discipulado Meditação
Manter a mente firme na luz
Maya Etéreo Inspiração Desvitalização Caminho Probatório
Purificação
Ocultismo
Manifestação pela força
Morador do Umbral Físico Consciência cerebral Anjo da Presença Discriminação Personalidade Integrada Unificação
Fim da dualidade

Nota:

1. Um sentido do alvorecer de maya apareceu nos dias da Lemúria, mas não havia realmente miragem e ilusão.

2. A miragem apareceu no início da era atlante.

3. A ilusão apareceu entre seres humanos avançados no final da era atlante e será um fator controlando a nossa raça ariana.

4. O Morador do Umbral chega com potência máxima no final desta raça, a ariana, e nas vidas de todos os iniciados antes de receberem a terceira iniciação.

5. Os reinos subumanos na natureza estão livres da miragem e ilusão, mas estão imersos no mundo de maya.

6. O Buda e Seus 900 arhats desferiram o primeiro golpe contra a miragem mundial quando Ele promulgou Suas Quatro Nobres Verdades. O Cristo desferiu o segundo golpe, com o Seu ensinamento sobre a natureza da responsabilidade individual e da fraternidade. O próximo golpe será desferido pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo, agindo sob a direção do Cristo e Seus discípulos, simbolicamente descritos como "Cristo e Seus 9000 iniciados".

7. As Quatro Notas Fundamentais para a solução do problema da miragem são: Intuição; Iluminação; Inspiração; O Anjo da Presença.


Chamo a sua atenção para o fato que o problema todo se resume no uso ou mau uso de força ou energia, e que muito vai ser esclarecido em suas mentes se vocês entenderem três coisas:

1. Que o homem comum, em sua vida quotidiana, e o aspirante no Caminho Probatório ou de Purificação, trabalham com as forças da vida nos três planos do empenho humano, e mais o próprio princípio da vida.

2. Que o discípulo começa a discriminar entre força e energia. No Caminho do Discipulado ele começa a trabalhar com a energia da alma. Esta afinal domina as forças.

3. Que o iniciado trabalha, no Caminho da Iniciação, com energia, e aprende a distinguir entre a energia da vida, as energias da alma e as forças do mundo dos fenômenos.

Outro ponto também deveria ser enfatizado aqui, ou seja, que a natureza destas forças e energias e seu uso e controle, têm sempre que ser compreendidos e trabalhados em plena consciência, no plano físico. A teoria deve se tornar fato e as batalhas que ocorrem nos níveis mais sutis dos planos astral e mental têm que ser conscientizadas na consciência cerebral. É ali que a aplicação é feita. À medida que estes entendimentos e atividades interiores tornam-se uma parte prática da vida do discípulo e suas consequências tornam-se claras para sua percepção na consciência vigil, elas eventualmente formam parte do seu equipamento qualitativo. Ele está, em realidade, integrando e sintetizando experiência nos três mundos e se tornando um Mestre, através da mestria consciente. Ele apreende o fato que tudo que aparece, e tudo que acontece, é devido à circulação e constante mutação da força. Ele então descobre como estas forças interagem em suas próprias experiências e natureza, e apreende o fato fundamental de que somente aquelas forças que ele mesmo pode usar e controlar em sua própria vida como um indivíduo, podem ser empregadas por ele em atividades de grupo e serem usadas para dispersar a miragem mundial. Podemos ilustrar isto da seguinte forma:

1. Pelo alinhamento e subsequente contato, a intuição é evocada, despertada e utilizada. Este é o grande agente dispersor, vertendo do plano da intuição, o plano de budi), através da alma e do cérebro, para o coração do discípulo.

2. Pelo alinhamento e subsequente contato, a energia da alma é evocada, despertada e utilizada. Este é o grande agente dissipador, vertendo dos níveis da alma (os níveis superiores do plano mental), através da mente para o cérebro do discípulo, levando iluminação ao plano astral.

3. Estes dois tipos de energia espiritual trabalham de forma diferente sobre as forças da personalidade, e seus propósitos e atividades têm que ser compreendidos na consciência cerebral do discípulo, à medida que ele trabalha no plano físico.

4. Então, e somente então, podem a luz da intuição e a luz da alma retornarem ao plano astral, através do esforço consciente e da vontade inteligente dinâmica do discípulo servidor.

Pondere sobre estes pontos, porque eles delineiam seu caminho e o seu serviço...

Organizei de certa forma nossas ideias e estruturei o plano pelo qual iríamos enfocar este tema. Apresentei a vocês alguns conceitos básicos e o esqueleto de um esboço da totalidade do assunto. (Veja o índice de Matérias). Hoje vamos começar com a nossa verdadeira discussão. Como você sabe, não é minha intenção escrever uma longa e cansativa tese sobre este assunto. Os livros que serão compilados das instruções oferecidas a estes grupos de discípulos não serão tratados pesados, como são aqueles sobre O Fogo Cósmico e Magia Branca. Eles constituirão uma série de volumes relativamente pequenos e devem ser, portanto, cheios de informação e não de um estilo discursivo.

Acima de tudo, meus irmãos, estas instruções devem ser de um valor definitivamente prático, deixando o estudante com a compreensão de que ele entende melhor o mundo sutil das correntes de pensamento e das forças, no qual ele habita; e que ele sabe melhor os meios que deve empregar e a técnica que deve seguir para clarear o seu caminho na escuridão e confusão e prosseguir até a luz e a harmonia. O nosso estudo também deve ser comparativo, e o leitor deve ter em mente que ele não vai ser capaz de distinguir a verdade ou isolar aquele aspecto do ensinamento que é para ele de importância primordial, a menos que ele aplique aquilo que é útil, e se certifique claramente se ele é vítima da ilusão ou da miragem. Em última instância, ele deve saber onde se encontra, antes que possa dar o próximo passo necessário à frente. O discípulo é a vítima e, esperamos, o dissipador tanto da miragem como da ilusão, advindo daí a complexidade do seu problema e a sutileza de suas dificuldades. Ele deve ter em mente também (para seu fortalecimento e alegria), que cada porção da miragem dissipada e cada ilusão reconhecida e superada "abre o caminho" para aqueles que Nos seguirem, tornando mais fácil o caminho de seus companheiros de discipulado. Este é o Grande Serviço, por excelência, e é para este aspecto que chamo a sua atenção. Daí minhas tentativas para esclarecer este assunto, nestas instruções.

Um dos problemas com que o aspirante se confronta é o problema de reconhecer devidamente a miragem quando ela aparece, e de estar ciente das miragens que envolvem o seu caminho, e as ilusões que erguem uma parede entre ele e a luz. Já é muito que vocês tenham reconhecido que miragem e ilusão existem. A maioria das pessoas não está ciente da sua presença. Muitas pessoas boas, hoje em dia, não veem isto; elas idolatram suas miragens e acham que suas ilusões são conquistas valiosas obtidas a duras penas.

O mero reconhecimento, por sua vez, traz consigo seus próprios problemas, tão incapaz é o discípulo comum de se livrar das faculdades criadoras de miragem desenvolvidas no passado, e de achar tão difícil preservar a devida proporção e um senso de valores apropriado, com relação às verdades do plano mental. Uma verdade obtida com dificuldade e um princípio de realidade podem ser alcançados e então, a partir disto, o discípulo pode construir as facilmente formadas ilusões da mente, que estão justamente começando a se desenvolver. As miragens de uma natureza emocional podem emergir e reunir-se ao redor do ideal, pois este não está ainda bem delineado e tende a atrair para si aquilo que - emocional e sensorialmente - acredita ser e ele próprio possuir.

Vamos ilustrar esta minha consideração sob dois ângulos, ambos os quais inteiramente no campo do discipulado, ou encontrados no Caminho Probatório. Vamos chamá-los de "ilusão de poder" e a "miragem da autoridade". Estes títulos lhes indicam que um será encontrado no plano astral e o outro no mental.

A Miragem da Autoridade é uma miragem das massas, na maioria dos casos. Tem suas raízes na psicologia das massas e é uma indicação de que a humanidade está ainda num estágio elementar, no qual os homens são protegidos deles mesmos pela imposição de alguma regra, algum conjunto de leis, alguma palavra da autoridade, emanando do controle estatal, sob o domínio de uma oligarquia ou da ditadura de um indivíduo. Ela reduz a humanidade, no quanto podemos julgar, a um conjunto de formas e atividades humanas padronizadas, padronizando suas vidas e trabalho. Ela é imposta e comandada através da alimentação do complexo do medo, atualmente desmedido na humanidade; e este medo é uma das fontes mais produtivas de miragem que temos. Poderíamos talvez, e com razão, encará-lo como a semente de toda a miragem em nosso planeta. O medo tem sido o incentivo àquelas condições que produziram a fascinação do plano astral, porém não as ilusões dos níveis mentais de consciência.

Quando a miragem da autoridade se transfere para a consciência espiritual do homem, temos um estado de coisas como o período da Inquisição em suas piores formas, de autoridade da Igreja, com ênfase na organização, governo e penalidades, ou no domínio inquestionável de algum mestre. Em suas formas mais elevadas, temos o reconhecimento do direito de domínio do Anjo solar, ou da alma ou Ego. Entre estes dois extremos, que expressam a infância da raça, e a liberdade que advém quando a humanidade obtém sua maioridade, e a liberdade da alma, encontram-se os muitos tipos e formas de reações intermediárias. Como ilustração deste ponto e, portanto, enfatizando o aspecto da miragem como ela afeta o discípulo e o problema que ele enfrenta, o que encontramos? O discípulo se liberou até certo ponto do controle imposto por um ensinamento ortodoxo e do domínio de um mestre. Ele se acha livre (em sua própria concepção) de tal controle. Conhecendo, no entanto, sua fraqueza intrínseca e a atração da personalidade, ele se protege de si mesmo e das velhas regras de controle e aprende a depender constantemente de si mesmo, a tomar suas próprias decisões, a distinguir sozinho a verdade. Aprende a escolher o seu caminho. Mas, como todas as pessoas que ainda não receberam as iniciações superiores, ele pode (eventualmente) se enamorar de sua liberdade e automaticamente cair na miragem do seu ideal de liberdade - um ideal que ele criou. Ele se torna prisioneiro da liberdade. Rejeita toda regra, exceto aquela que ele chama "o comando de sua própria alma", esquecendo que o seu contato com a sua alma ainda é intermitente. Ele exige o direito de ficar só. Ele se diverte na sua liberdade recém encontrada. Ele se esquece que, tendo desistido da autoridade de um ensinamento e de um professor, ele tem que aprender a aceitar a autoridade da alma e do grupo de almas com as quais ele está afiliado através do seu carma, seu tipo de raio, sua escolha e a inevitabilidade dos efeitos da união. Tendo renunciado à orientação de outra pessoa no Caminho e tendo seus olhos parcialmente abertos, ele agora procura seguir aquele Caminho até o objetivo, esquecendo, no entanto, que ele segue o Caminho em uníssono com outros, e que aqui existem certas "Regras do Caminho" que ele deve dominar, e que deve fazê-lo em uníssono com outros. Ele trocou a lei individual pela lei do grupo, mas ainda não conhece aquela lei do grupo como deveria conhecê-la. Continua caminhando sozinho da melhor forma possível, glorificando-se na liberdade do jugo da autoridade que ele conseguiu alcançar. Promete a si mesmo que não vai aceitar nenhuma autoridade ou liderança.

Aqueles de Nós que o estão considerando e observando das alturas límpidas da realização, veem-no gradualmente tornando-se obscurecido por manchas de névoa e por uma miragem que vai gradualmente crescendo em torno dele, à medida que ele se torna um "prisioneiro do nevoeiro da liberdade", goza daquilo que ele considera o fato de sua independência. Quando a sua vista clarear e seu aspecto mental se tornar mais desenvolvido e avançado, ele saberá que a Lei do Grupo deve se impor sobre ele - e o fará -e que o comando da natureza inferior somente deve ser trocado pelo comando da alma. Isto significa comando grupal, e funciona sob a lei do grupo. Ele lutou para sair da multidão dos buscadores da Senda, para entrar na Senda. Ele está, portanto, à frente das multidões, mas ele não está só, mesmo se ele pensa que esteja. Ele vai descobrir muitos outros que estão trilhando o mesmo caminho que ele, e seu número irá aumentando constantemente à medida que avança. As regras de interação, da caminhada, do reconhecimento grupal e de trabalho e serviço irão se impor sobre ele, até ele descobrir que é um membro do Novo Grupo de Servidores do Mundo, trabalhando sob as condições que são as regras pertinentes às suas atividades. À medida que aprende a viajar com eles na Senda, os incentivos que os governam e as técnicas de sua opção de serviço vão penetrar na sua consciência e, automática e naturalmente, ele vai começar a obedecer ao ritmo superior e dar seu assentimento às leis que controlam a vida grupal e a consciência do grupo. Finalmente, ele vai se perceber entrando nos lugares silenciosos onde os Mestres de Sabedoria operam, e vai trabalhar em ritmo de grupo com Eles, obedecendo, portanto, às leis do reino espiritual que são as leis subjetivas de Deus.

Inúmeras vezes, ao longo da Senda, ele irá se rebelar contra o controle e cair novamente na miragem de sua suposta liberdade. Existe liberdade do controle da personalidade. Existe liberdade do controle de personalidades. Mas não existe jamais nenhuma liberdade da Lei de Serviço, e da constante interação entre homem e homem, entre alma e alma. Permanecer realmente livre é permanecer na luz clara e desimpedida da alma, que é básica e intrinsecamente consciência grupal.

Portanto, quando um de vocês é assediado pela incerteza e intranquilidade, desejando e demandando caminhar livre e que nenhuma autoridade lhe seja imposta, observe se não está se submetendo à miragem do desejo de ser liberado dos impactos do seu grupo e certifique-se de que não está procurando - como uma alma sensível - uma forma de escapar. Estou usando esta frase no sentido psicológico moderno. Não deixem de se perguntar: se o seu conforto e sua paz de espírito são de tal importância para vocês e para outros, que justifiquem sacrificar a integridade do grupo para obtê-los? Será que sua própria satisfação interior fornece uma desculpa adequada para atrasar o propósito planejado do grupo? Porque atraso, certamente, ocorrerá. Tudo o que vocês decidirem constituirá, por sua vez, uma decisão oficializada com todas as reações consequentes sobre o grupo...

Quê é esta obediência oculta, meus irmãos, sobre a qual tanto ouvimos falar? Não é o que muitos grupos ocultistas procuram fazer dela. Não é o controle de uma organização externa, dedicada ao assim chamado trabalho ocultista. Não são as condições impostas por qualquer instrutor de qualquer nível. Não é a troca da prisão de um sistema de ideias, pela de outro sistema, talvez de maior escopo ou importância. Uma prisão é uma prisão, seja uma pequenina cela, ou uma grande ilha isolada da qual seja impossível escapar.

A autoridade à qual Nós, os Mestres operando no lado interno, respondemos, é de natureza dupla, e vocês estão justamente começando a responder a ela (como unidades num grupo). A que vocês respondem?

1. Ao entendimento lentamente emergente da "luz além", usando esta frase como um símbolo. Esta luz é diferente na sua atração para o indivíduo. No entanto, ela é UMA LUZ. Mas o seu reconhecimento revela novas leis, novas responsabilidades, novos deveres e obrigações, e novas relações com os outros. Estas constituem um controle autorizado. Ninguém pode escapar desta autoridade, mas pode desobedecê-la, no tempo e no espaço; e por um período temporário.

2. A autoridade das regras do caminho, que são impostas ao indivíduo quando ele passa do Caminho Probatório para o Caminho do Discipulado. Ele é, no entanto, um caminho. Neste "estreito, caminho do fio navalha" aprendemos a caminhar com disciplina e discrição e ausência de desejo, que se experimenta conjuntamente com os demais condiscípulos.

O que são, de forma breve e sucinta, estas Regras do Caminho? Permitam-me apresentar-lhes seis das regras mais simples, rogando-lhes para se lembrarem que elas não são impostas de forma autoritária por nenhuma Diretoria arbitrária, tal como um mestre ou mestres de grupo (dentre os quais, naturalmente eu poderia ser um), mas são o resultado das condições encontradas na Senda. Elas conduzem a determinação da própria alma do homem, são o resultado da experiência de milhões de viajantes nesta Senda.

Darei a você estas seis regras (da mesma forma como as dei a outro aspirante) (Discipulado na Nova Era, pg.583- 585) na forma antiga e simbólica, traduzindo-as, da melhor maneira possível, dos arquivos antigos guardados na Câmara da Sabedoria, disponíveis a todos os discípulos sérios - como vocês.

As Seis Regras da Senda
(Regras do Caminho)

I. A Senda é trilhada em plena luz do dia, direcionada sobre a Senda por Aqueles Que sabem e lideram. Nada pode ser escondido, e a cada volta, o viajante deve confrontar-se consigo mesmo.

II. No Caminho o oculto é revelado. Cada um vê e sabe a vileza de cada outro. (Não posso encontrar nenhuma outra palavra, meu irmão, para traduzir a antiga palavra que designa a estupidez não revelada, a baixeza e ignorância crassa, e o autointeresse que são as características distintivas do aspirante comum). E, no entanto, com aquela grande revelação, não há retomo, não há rejeição de uns pelos outros, e não há debilidade na Senda. A Senda segue em direção ao dia.

III. Ninguém percorre aquele Caminho sozinho. Não existe atropelo nem pressa. E, no entanto, não há tempo a perder. Cada Peregrino, sabendo disso, força seus passos para frente e se encontra rodeado por seus companheiros. Alguns caminham à frente; ele segue após. Alguns caminham atrás; ele estabelece o ritmo. Ele não viaja sozinho.

IV. Três coisas o Peregrino deve evitar: usar um capuz, a máscara que encobre seu rosto dos outros; levar um cântaro com água somente para suas próprias necessidades, carregar nos ombros um cajado sem um gancho para segurar.

V. Cada Peregrino na Senda deve carregar consigo aquilo que ele precisa: um braseiro, para aquecer seus companheiros; uma lanterna, para iluminar seu coração e mostrar aos seus companheiros a natureza de sua vida velada; uma bolsa com ouro, que ele não espalha na Estrada, mas divide com os outros; um vaso lacrado, onde ele leva todas as suas aspirações, para depositar ante os pés Daquele Que aguarda para recebê-lo no portão - um vaso lacrado.

VI. O Peregrino, à medida que percorre o Caminho, deve ter o ouvido aberto, a mão generosa, a língua silenciosa, o coração purificado, a voz suave, o passo rápido, e o olho aberto para ver a luz. Ele sabe que não viaja sozinho.

A Ilusão do Poder é talvez um dos primeiros e mais sérios testes com que se confronta o aspirante. É também um dos melhores exemplos deste "grande engano", e apresento-o à sua consideração, rogando-lhes que se protejam cuidadosamente dele. Realmente é raro para qualquer discípulo escapar dos efeitos deste erro de ilusão, porque ele é, curiosamente, baseado no sucesso e no motivo correto. Daí a natureza ilusória do problema. Ele poderia ser expresso da seguinte forma:

Um aspirante é bem sucedido em contatar a sua alma ou ego, através de um esforço correto. Através da meditação e da boa intenção e técnica correta, mais o desejo de servir e de amar, ele alcança o alinhamento. Ele se torna ciente dos resultados do seu trabalho bem sucedido. Sua mente é iluminada. Um sentimento de poder flui através dos seus veículos. Ele se torna, então, ao menos temporariamente, ciente do Plano. A necessidade do mundo e a capacidade da alma de prover àquela necessidade, inundam a sua consciência. Sua dedicação, consagração e correto propósito, aumentam o influxo direcionado de energia espiritual. Ele sabe. Ele ama. Ele procura servir, e tudo isso ele faz com maior ou menor êxito. O resultado de tudo isto é que ele se torna mais envolvido com o senso de poder e com o papel que ele deve executar na ajuda da humanidade do que com o entendimento do devido e apropriado senso de proporções e de valores espirituais. Ele superestima sua experiência e a si mesmo. Em vez de redobrar seus esforços, e assim estabelecer um contato mais íntimo com o reino das almas, e amar a todos os seres mais profundamente, ele começa a chamar a atenção para si, para a missão que ele tem que desenvolver e para a confiança que o Mestre e até mesmo o Logos planetário aparentemente depositam nele.

Ele fala sobre si mesmo; gesticula e atrai atenção exigindo reconhecimento. À medida que ele faz isto, seu alinhamento vai se enfraquecendo constantemente; seu contato diminui e ele entra nas fileiras dos muitos que sucumbiram à ilusão do sentido de poder. Esta forma de ilusão está se tornando cada vez mais prevalecente entre os discípulos e aqueles que receberam a primeira e a segunda iniciação. Existem atualmente muitas pessoas no mundo que receberam a primeira iniciação numa vida anterior. Em algum momento do ciclo de vida atual, revolvendo e recapitulando os eventos de um desenvolvimento anterior, eles chegam ao ponto de realização alcançado anteriormente. O significado de seus feitos aflui, juntamente com o senso de suas responsabilidades e conhecimento. Outra vez eles se superestimam, considerando a sua missão e a si mesmos como únicos entre os filhos dos homens, e sua demanda por reconhecimento esotérico e subjetivo aparece e estraga o que poderia ter sido um serviço proveitoso. Qualquer ênfase na personalidade pode distorcer muito facilmente a pura luz da alma, à medida que ela procura verter-se sobre o ser inferior. Qualquer esforço em chamar a atenção para a missão ou tarefa que a personalidade está realizando, prejudica aquela missão e dificulta o homem em sua tarefa; ele leva a protelar sua realização até o momento em que o discípulo possa ser exclusivamente um canal através do qual o amor possa ser vertido e a luz possa brilhar. Este fluir e brilhar têm que ser um acontecimento espontâneo, sem conter nenhuma autorreferência.

Estas duas ilustrações da miragem e da ilusão lhe mostrarão, não somente a sutileza do problema, mas também a urgente necessidade do seu reconhecimento. Existem atualmente muitos manifestando estas duas qualidades da natureza inferior.

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1. Miragem no Plano Mental - Ilusão

Nesta parte da nossa discussão, dedicaremos menos tempo à consideração da ilusão do que à da miragem ou de maya. A ilusão não é realmente encontrada, enfrentada e superada, até que o indivíduo tenha:

a. Transferido o foco de sua consciência para o plano mental;

b. se engajado definitivamente na tarefa do serviço inteligente;

c. feito o alinhamento com sua alma, de forma fácil e consciente e estabelecido firmemente sua técnica de contato;

d. recebido a primeira iniciação.

A palavra ilusão é frequentemente usada num sentido superficial para significar falta de conhecimento, opiniões inseguras, miragem, incompreensões, confusão psíquica, o domínio dos poderes psíquicos inferiores, e muitas outras formas da ilusão mundial. Chegou a hora, porém, de usar a palavra com um sentido de discriminação desenvolvido, em que o discípulo deve conhecer e compreender claramente a natureza daquele miasma fenomênico em que a humanidade se encontra. Com o propósito de esclarecer, e para distinguir mais definitiva e efetivamente as formas de ilusão em que a alma se encontra, e das quais ela deve se liberar, será necessário separarmos a Grande Ilusão (nos seus vários aspectos) em suas partes componentes, no tempo e no espaço, e isto eu tentei fazer parcialmente, quando defini para vocês as palavras Maya, Miragem, Ilusão e o Morador do Umbral. Quero que vocês tenham claramente em mente estas distinções, e estudem com cuidado o quadro anteriormente apresentado.

A ilusão, para nossos propósitos, pode ser entendida como significando a reação da mente indisciplinada ao mundo de ideias recentemente contatado. Este contato se abre desde o momento em que o homem se alinhou, trazendo a natureza inferior ao contato com a superior. As ideias chegam a nós do plano da intuição. A alma ilumina o plano da mente e o plano da intuição, de forma que eles se apresentam revelados um ao outro, e sua relação mútua se torna então aparente. A mente do homem (que se está tornando lentamente o centro de sua consciência e a maior realidade em sua existência) torna-se consciente deste mundo novo e desconhecido de ideias, e ele se agarra a alguma ideia ou grupo de ideias, procurando encampá-las. Inicialmente, com a maioria das pessoas, e especialmente com o tipo místico comum, a apreciação de ideias é vaga e nebulosa, sendo frequentemente alcançada através de um ângulo de segunda mão. A iluminação, advinda do contato levemente estabelecido com a alma, parece ser, ao neófito desavisado, uma suprema maravilha e de importância vital. As ideias contatadas parecem ser, para ele, algo maravilhoso e soberbamente raro, e de necessidade vital para a humanidade.

Mas a mente ainda está autocentrada, o contato, fraco e o alinhamento, irregular. As ideias são, portanto, somente levemente percebidas. Porém, a singularidade da experiência, no conteúdo percebido na mente do discípulo, leva-o fundo para o reino da ilusão. A ideia, ou ideias, que ele contatou são, se ele pudesse avaliar, somente um fragmento de um Todo muito maior. Aquilo que ele traz para a sua interpretação é inadequado. A ideia que aflorou em sua consciência, através do despertar parcial da intuição, será distorcida ao ser transferida para a consciência do cérebro, de diversas maneiras. Aquilo com que ele contribui para a materialização da ideia, e para a sua transformação num esquema operacional prático, ainda é completamente inadequado. O seu equipamento ainda não basta para a precisão. As maneiras como esta distorção e esta redução da ideia ocorrem, poderiam ser apresentadas como segue:

A passagem de uma ideia do plano da intuição para o cérebro.

I. A ideia é percebida pela mente, "mantida firme na luz da alma".

II. Ela desce até os níveis superiores do plano mental, e ali é revestida com a substância daqueles níveis. Ela permanece ainda uma abstração, do ângulo da mente inferior. Este ponto deve ser anotado cuidadosamente pelo futuro intuitivo.

III. A alma lança a sua luz para cima e para fora, e a ideia, nebulosa e tênue, aflora na consciência do homem. Ela se torna revelada, da mesma forma como um objeto é revelado quando o foco brilhante de um poderoso farol é apontado para ele. A mente, procurando permanecer em firme e constante contato consciente com a alma, enxergando o mundo superior através do "olho aberto da alma", registra a ideia com clareza crescente.

IV. A ideia revelada, torna-se então um ideal para a mente atenta, e finalmente algo a ser desejado e materializado. A faculdade criadora do pensamento-forma da mente, é então acionada; a "substância mental" é ativada pela energia da ideia, vitalizada pelo reconhecimento da alma, e a ideia então dá o seu primeiro passo real para a objetivação. Um ideal é somente uma ideia corporificada.

Estes são os primeiros passos para a materialização. A corporificação se torna possível. Assim é produzida a ilusão.

V. A distorção agora se instala. Isto ocorre por diversos motivos que podem ser assim enumerados:

1. O tipo de raio do ego dá cor à interpretação da ideia do indivíduo. Colore o pensamento-forma emergente. Num sentido simbólico, a luz pura é transformada em luz colorida. A ideia é então "revestida de cor, ocorrendo desta forma a descida do primeiro véu".

2. O grau de evolução atingido pelo homem tem também o seu efeito, além da qualidade da integração existente entre os três aspectos da personalidade, e o alinhamento estabelecido entre alma-mente-cérebro. E, sendo necessariamente imperfeito, produz indefinição de contorno e consequentemente da forma final. Temos, portanto:

a. Integração imperfeita da personalidade.

b. Indefinição do pensamento-forma proposto.

c. A substância errada consequentemente atraída para a construção do pensamento forma.

d. Um foco de atenção inconstante, devido à pouca clareza do ideal percebido.

e. A relação da mente com a ideia percebida não é estável.

3. A qualidade do desenvolvimento do corpo mental do discípulo produz o "velamento" da ideia seguinte, como é chamado. A ideia se modificou através da coloração do raio da alma, e agora uma distorção ainda pior é ocasionada pelo tipo de raio do próprio corpo mental, que pode ser, e geralmente é, diferente do raio da alma.

Estes são os passos seguintes para a materialização. A forma da corporificação é qualificada. Assim é produzida a ilusão.

VI. Esta ilusão geralmente se apresenta de sete formas:

1. Pela percepção errônea de uma ideia.

O discípulo não pode distinguir entre uma ideia e um ideal, entre uma ideia e um pensamento-forma, e entre um conceito intuitivo e um mental. Esta é uma das formas de produção de ilusão mais frequentemente encontrada entre aspirantes. A atmosfera mental na qual todos nós vivemos é de ilusão. Ela é também uma atmosfera, ou área de contato consciente, na qual pensamentos-forma de todos os tipos são encontrados. Alguns deles são colocados ali pela Hierarquia, para serem encontrados pelo homem; alguns deles são pensamentos-forma dos homens, construídos em torno de ideias; alguns deles são ideais muito antigos que foram descartados, mas que ainda persistem como pensamentos-forma; alguns são inteiramente novos, não sendo ainda potentes, mas, no entanto, muito atraentes. Todos eles foram criados pelo homem, em algum estágio do seu desenvolvimento individual ou racial. Muitos deles são os cartuchos de conceitos há muito explodidos; outros ainda são embrionários; alguns deles são estáticos e estáveis; muitos estão no processo de descerem dos níveis intuitivos; uns poucos ainda estão iluminados pela clara luz da alma e estão prontos para ganhar corpo. Um grande número de outros pensamentos-forma está no processo de desintegração. Algumas destas formas ou ideias incorporadas são de natureza destrutiva, devido ao tipo de material de que são formadas. Outras são construtivas. Todas elas são coloridas por alguma energia de raio. Muitas destas formas são necessariamente construídas pela atividade do mundo da personalidade; outras estão no processo de construção através da instrumentalidade da alma, bem como através da atividade conjunta de ambas estas manifestações. A percepção correta é, portanto, essencial para cada mente funcionando corretamente. Os aspirantes devem aprender a distinguir entre:

a. Uma ideia e um ideal.

b. Aquilo que está corporificado, aquilo que está no processo de ser corporificado, e aquilo que aguarda desintegração.

c. Aquilo que é construtivo e aquilo que é destrutivo.

d. Formas e ideias novas e velhas.

e. As ideias e formas dos raios como elas colorem as apresentações superiores.

f. Ideias e pensamentos-forma, e entre aqueles que são criados propositadamente pela Hierarquia, e aqueles que são criados pela humanidade.

g. Pensamentos-forma raciais e ideias de grupo.

Poderia listar muitas outras diferenciações, mas as indicadas acima são suficientes para mostrar a necessidade de percepções corretas e para indicar as origens da ilusão mundial prevalecente, criada por percepções errôneas.

A causa é uma mente não treinada, não iluminada.
A cura é o treinamento na técnica de Raja Ioga.

Isto resulta na habilidade de manter a mente firme na luz, de perceber corretamente, de conseguir uma visão correta, e de obter uma atitude mental correta. Era com estas atitudes corretas que o Buda estava lidando, ao delinear O Nobre Caminho Óctuplo. Nele se insere a obtenção de uma altitude mental correta. Sim, meus irmãos, eu disse altitude e não atitude.

2. Pela interpretação errônea.

A ideia, uma entidade vital ou um germe de potência viva é vista por intermédio de uma visão parcial, distorcida pela inadequação do equipamento mental, e frequentemente reduzida a uma futilidade. O mecanismo para a compreensão correta está em falta, e mesmo que o homem possa estar dando o melhor de si mesmo, e mesmo que ele possa de alguma forma manter a sua mente firme na luz, no entanto, o que ele está oferecendo para a ideia é, na melhor das hipóteses, algo medíocre. Isto leva à ilusão através da má interpretação.

A causa é uma superestimação de seus poderes mentais. O pecado, por excelência, do tipo mental, é o orgulho, e isto afeta todas atividades nos estágios iniciais.

A cura é o desenvolvimento de um espírito cauteloso.

3. Pela apropriação errada de ideias.

A apropriação imprópria de uma ideia é baseada na faculdade de fazer um drama e na tendência da personalidade para a autoasserção do seu pequeno eu. Estes fatores levam o homem a se apropriar de uma ideia como sendo sua, a se outorgar o crédito pela sua formulação e, portanto, a dar a ela excessiva importância, porque ele a considera como sua. Daí ele continuar construindo sua vida em torno de sua ideia, e a encarar seus propósitos e seus objetivos como de grande importância, esperando que os outros reconheçam seu direito de propriedade sobre a ideia. Ele se esquece de que nenhuma ideia pertence seja lá a quem for, mas as ideias, originando-se do plano da intuição, como realmente o fazem, são uma dádiva e posse universais e não, propriedade de qualquer mente individual. Sua vida, como personalidade, torna-se também subordinada à sua ideia de uma ideia e a seu ideal de uma ideia. A ideia torna-se o agente dramático de seu propósito de vida autoimposto, levando-o de um extremo a outro. Isto resulta em ilusão através da apropriação indevida.

A causa é a superavaliação da personalidade e a excessiva ênfase das reações da personalidade sobre a ideia percebida, e sobre todos que tentam contatar a mesma ideia.

A cura é a firme tentativa constante de descentralizar a vida da personalidade e de centralizá-la na alma.

Gostaria de fazer um esclarecimento neste particular. As ideias raramente entram na consciência do mundo e na mente humana diretamente dos níveis intuitivos. O estágio do desenvolvimento humano atual ainda não permite isto. Elas somente podem vir dos níveis intuitivos quando existe um contato altamente desenvolvido com a alma, um forte controle mental, uma inteligência treinada, um corpo emocional purificado e um bom equipamento glandular, como resultado dos requisitos mencionados anteriormente. Ponderem sobre este pensamento.

A maior parte das ideias, quando de um nível muito elevado, são reduzidas até a consciência do discípulo pelo seu Mestre, e são comunicadas a ele por telepatia mental, como resultado de sua sensibilidade às "dádivas das ondas psíquicas", como os ensinamentos do Tibetano as chama. As ideias também são percebidas na interação entre discípulos. Frequentemente, quando discípulos se encontram e, portanto, estimulam mutuamente suas mentes e mutuamente centralizam sua atenção focalizada, eles podem, em conjunto, fazer um contato com o mundo das ideias que em outras condições seria impossível, e assim trazer novos conceitos à tona. Da mesma forma, algumas grandes ideias são encontradas existindo como correntes de energia no plano mental e podem ser constatadas ali e forçadas à corporificação pela atenção treinada de discípulos. Estas correntes de energia mental, coloridas por uma ideia básica, são colocadas ali pela Hierarquia. Quando assim constatadas e descobertas, o neófito tende a encarar a sua realização de uma forma pessoal, e atribuir a ideia à sua própria sabedoria e poder. Assim sendo, você notará a grande importância da compreensão correta daquilo que é contatado, bem como da correta interpretação.

4. Pela direção errônea de ideias.

Isso é devido ao fato que, por enquanto, o discípulo não vê o quadro como ele é. Seu horizonte é limitado, sua visão é míope. Uma fração ou um fragmento de alguma ideia básica é impingido sobre sua consciência, e ele interpreta isto como pertencendo a uma classe de atividade com a qual ela não tem nada a ver. Ele então começa a trabalhar com a ideia, enviando-a para direções em que ela é inteiramente inócua; ele começa a revesti-la com uma forma de um ângulo totalmente errado, corporificando-a de maneira a negar a sua utilidade. Assim, desde o primeiro momento de contato o discípulo esteve sofrendo da ilusão, e enquanto isso persistir, a ilusão geral é reforçada. Esta é uma das formas mais comuns de ilusão, e uma das primeiras opções para quebrar o orgulho mental do discípulo. É uma ilusão através de um uso inicial inadequado, levando ao uso incorreto ou a uma direção errada da ideia.

Sua causa é uma mente pequena e não inclusiva.

Sua cura é o treinamento da mente para ser inclusiva, bem nutrida e bem desenvolvida do ângulo da inteligência moderna.

5. Pela integração errada de uma ideia.

Todo discípulo tem um plano de vida, e um campo escolhido de serviço. Se ele não tem tal campo, ele não é um discípulo. Pode ser a casa, ou a escola, ou um campo maior, mas é um lugar definido onde ele expressa aquilo que ele tem em si. Em sua vida de meditação, e através de seu contato com seus condiscípulos, ele atinge alguma ideia de importância, talvez, para o mundo.

Imediatamente ele se apropria desta ideia e procura integrá-la no propósito e no plano de sua vida. Ela pode não ter uma utilidade definida para ele, e não é uma ideia com a qual ele deveria estar trabalhando. A excessiva atividade de sua mente provavelmente é responsável pelo fato dele ter encampado esta ideia. Nem todas as ideias percebidas e contatadas precisam ser necessariamente ideias com as quais cada discípulo deveria trabalhar. O discípulo nem sempre entende isto. Portanto, ele agarra a ideia e procura integrá-la em seus planos, e procura trabalhar com energias para as quais o seu temperamento não está adaptado. Ele impõe uma corrente de energia sobre o seu corpo mental com que este não pode lidar e o desastre acontece. Muitos bons discípulos demonstram esta mente superfértil e superativa, mas os objetivos e atividades de vida a que chegam não são construtivos. Eles se agarram a cada ideia apreendida, sem usar qualquer tipo de discriminação. Isto é ilusão, através da avidez.

Sua causa é a ganância egoísta do pequeno eu, mesmo que isto não seja compreendido, e o discípulo é iludido pela ideia de seus interesses altruístas próprios.

Sua cura é um espírito humilde.

6. Pela incorreta incorporação de ideias.

Isto se refere principalmente às dificuldades encontradas por aquelas almas desenvolvidas que alcançam o mundo da intuição, que realmente intuem as grandes ideias espirituais, e cuja responsabilidade é dar-lhes uma forma, automática e espontaneamente, através de uma atividade rítmica e treinada da alma e da mente, trabalhando sempre na mais íntima colaboração. A ideia é contatada, mas é incorretamente revestida de matéria mental e, portanto, erroneamente iniciada no seu caminho para a materialização. Ela se encontra, por exemplo, integrada num pensamento-forma de grupo com um colorido, uma nota-chave e substância que são inteiramente inapropriados para sua correta expressão. Isto ocorre com muito mais frequência do que vocês poderiam pensar. É uma interpretação superior do aforismo hindu: "Mais vale o próprio dharma do que o dharma alheio".

Isto é ilusão através da discriminação errada no que concerne à substância.

Sua causa é a falta de treinamento esotérico na atividade criativa.

Sua cura é a aplicação dos métodos do quinto raio, que são métodos do plano mental.

Esta forma de erro raramente se aplica ao aspirante comum, e refere-se a uma ilusão que é o teste aplicado em muitos iniciados de um grau relativamente alto. O discípulo comum, como você e outros neste grupo, raramente alcança uma ideia pura, e portanto raramente precisa encarná-la.

7. Pela aplicação errônea de ideias.

Como esta forma de ilusão frequentemente se abate sobre o discípulo! Ele entra em contato intuitivamente com uma ideia e também inteligentemente (notem a distinção expressa aqui), e a utiliza mal. Talvez este seja um aspecto da ilusão sintética, ou da ilusão da totalidade do plano mental, como o homem moderno o contata. A ilusão varia com a era, de acordo com o que a Hierarquia está procurando fazer, ou de acordo com a tendência geral dos pensamentos dos homens. O discípulo, portanto, pode ser impelido a uma atividade errada, e a uma aplicação errônea de ideias, porque a ilusão geral (gerada pelos seis tipos de ilusão a que me referi acima) domina sobremaneira a sua mente.

Eu poderia continuar me alongando sobre as formas como a ilusão faz tropeçar o discípulo incauto, mas isto já será suficiente para despertar em vocês aquela análise construtiva que leva do conhecimento à sabedoria. Verificamos que os sete principais modos de ilusão são:

1. O modo de percepção errônea.
2. O modo de interpretação errônea.
3. O modo de apropriação errônea.
4. O modo de direção errada.
5. O modo de integração errada.
6. O modo de incorporação errada.
7. O modo de aplicação errada.

Estes constituem o terceiro passo para a expressão. A forma da expressão também é qualificada. Assim são produzidos os sete modos de ilusão.

Apresentei a vocês as causas e os vários tipos de ilusão a que o discípulo é susceptível. Na sua forma pura, esta ilusão tem que ser enfrentada, e eventualmente superada; ela tem que ser isolada e dissipada pelo iniciado. Foi o esforço final bem sucedido neste particular que levou Jesus na Cruz a bradar em palavras de aparente desespero. Ele conseguiu finalmente dissipar a ilusão da Deidade pessoal e objetiva. Naquele momento, Ele adquiriu inteiramente a consciência de que Ele era Deus, e nada mais; que a teoria da unidade descrita por Ele, reproduzida no Evangelho de São João, capítulo XVII, era em realidade e na verdade, um fato em Sua Própria consciência, estabelecida inalteravelmente. Mas, no entanto, nesta realização infinita e suprema, apareceu por um momento, um sentimento de perda e de negação, forçando de Sua Personalidade moribunda aquela tremenda exclamação que surpreendeu, e ao mesmo tempo confortou, tanta gente. Isto significou a superação da ilusão sintética final. Quando esta é dissipada, desaparece a ilusão, como ela pode ser entendida na família humana. O homem está livre. A ilusão do plano mental não mais pode enganá-lo. Sua mente torna-se um instrumento puro para refletir a luz e a verdade. As miragens do plano astral não mais têm poder sobre ele, e o próprio corpo astral desaparece.

Vocês se lembrarão que lhes apontei no Tratado Sobre Magia Branca, que o próprio corpo astral era uma ilusão. Ele é a definição da mente ilusória, no plano mental, daquilo a que chamamos o somatório dos desejos do homem encarnado. Quando tanto a ilusão como a miragem são superadas, o corpo astral desaparece na consciência humana. Não existe mais desejo para o ego separado. Kama-manas desaparece, e o homem é tido então como consistindo essencialmente de alma-mente-cérebro, na natureza do corpo. Este é um grande mistério, e seu significado só pode ser entendido quando o homem adquire controle de sua personalidade e elimina todos os aspectos de miragem e ilusão. Isto é alcançado pela realização. Este domínio é obtido pela mestria. Esta eliminação do desejo ocorre pela eliminação consciente. Ao trabalho, portanto, meus irmãos, e o esclarecimento do problema ocorrerá inevitavelmente.

Aquilo que é o polo oposto da ilusão é, como vocês bem sabem, a intuição. A intuição é aquele reconhecimento da realidade que se torna possível quando a miragem e a ilusão desaparecem. Uma reação intuitiva à verdade ocorrerá quando - num enfoque particular da verdade - o discípulo conseguiu aquietar as propensões para criação de pensamentos forma da mente, para que a luz possa fluir diretamente, e sem nenhum desvio, dos mundos espirituais superiores. A intuição pode começar a fazer sua presença sentida quando a miragem não mais envolver o eu inferior e os desejos inferiores ou superiores do homem, interpretados emocionalmente ou de forma autocentrada, não mais puderem interferir entre sua consciência de cérebro e a alma. Momentos fugazes desta liberdade superior ocorrem às vezes em todos os verdadeiros aspirantes, durante a luta pela vida. Eles têm então um lampejo intuitivo de compreensão. O esboço do futuro e a natureza da verdade passam momentaneamente por sua consciência, e a vida nunca mais será a mesma coisa. Eles obtiveram sua garantia de que toda esta luta vale a pena, e que evocará uma recompensa adequada.

Como indicado na tabela, aquilo que dispersa a ilusão, substituindo-a por uma percepção espiritual infalível é a contemplação - uma contemplação necessariamente levada a cabo pela alma. Talvez um entendimento da sequência dos eventos possa ser alcançado, se vocês compreenderem que todo o processo meditativo (em suas três grandes divisões) pode ser dividido como segue:

1. O Aspirante O Caminho Probatório Concentração Maya
2. O Discípulo O Caminho do Discipulado Meditação Miragem
3. O Iniciado O Caminho da Iniciação Contemplação Ilusão

O quadro acima é suficiente para mostrar a conexão entre o processo de meditação como descrito e ensinado na Escola Arcana, e o problema que todos vocês terão que enfrentar.

A técnica de dispersão da ilusão usada pelo iniciado é a da contemplação. Mas qual é a utilidade de discutir isto com vocês, se vocês não são iniciados? Seria de alguma utilidade para vocês, ou iria simplesmente satisfazer a sua curiosidade, se eu descrevesse os processos peculiares, empregados pela alma em contemplação para penetrar nela e dispersá-la (através de um ato da vontade treinada da vontade e através de algumas fórmulas do primeiro raio)? Nada que eu possa imaginar.

Concluirei, portanto, minhas observações neste particular, com relação à ilusão, sob o ângulo do seu status evolutivo. A miragem é o problema de vocês, bem como o problema do mundo, atualmente. Alguns de vocês, cujos corpos mentais estão em processo de organização, podem sofrer algo com a ilusão, mas o seu principal problema - como grupo e como indivíduos - é o da miragem. Seu campo de experiência de vida é nos níveis superiores do plano astral. Sua tarefa é superar a miragem, cada um em sua própria vida, e, como um grupo, enfocar mais tarde a árdua tarefa de ajudar a dispersar a miragem mundial. Isto vocês serão capazes de fazer mais tarde, se si submeterem ao treinamento e, como indivíduos, compreenderem e controlarem suas miragens pessoais. Tão logo vocês comecem a fazer isto, eu poderei começar a usá-los, como um grupo. Mas antes que vocês possam trabalhar como grupo, e antes que vocês possam ajudar na dissipação da miragem mundial, vocês têm que compreender melhor e controlar mais definitivamente as miragens e ilusões de suas personalidades. Chegou a hora de ajudá-los a lidar mais drasticamente com este problema da miragem, tendo em vista o trabalho de grupo destinado e não, tendo, em vista sua liberação pessoal...

Peço-lhes, portanto, para trabalharem com coragem e determinação renovadas e com nova compreensão, e continuar por mais um ano. Vocês vão se esforçar nesta tarefa? Pois certamente ela é uma tarefa.

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2. Miragem no Plano Astral - Miragem.

Tratamos do problema da ilusão ou miragem no plano mental. Estudei-o de forma breve e sucinta, indicando que ele não é primordialmente o principal problema deste grupo de aspirantes, mas que eles - juntamente com o aspirante mundial, a humanidade - estão basicamente envolvidos com a miragem. Aqueles aspirantes que estão na linha de frente da humanidade, e cuja tarefa é enfrentar a miragem mundial e encontrar uma saída para ela, têm a tarefa de liberar a energia da alma e a potência da mente. Vocês deveriam assumir sua posição entre estas almas pioneiras, compreendendo a magnitude da oportunidade e a iminência da hora da libertação.

Vocês estão à beira de se tornarem discípulos aceitos. Isto significa que em breve vocês terão que acrescentar à sua batalha com a miragem também a batalha com a ilusão. Vocês serão suficientemente fortes para isto? Não se esqueçam que um discípulo que está lidando com a aspiração de sua natureza, e que também está às voltas com os problemas resultantes da polarização e conscientização mental, e com as energias que se tornam ativas pelo contato com a alma, está rapidamente se tornando uma personalidade integrada. Sua tarefa, portanto, não é fácil, e requer a atividade concentrada do melhor de si. Quero dizer com esta expressão, a alma e a personalidade que aspira.

Você já está lutando de certa forma com a ilusão de ideias que apresentei na minha última instrução. Portanto, você está começando a desenvolver aquele discernimento que levará à escolha correta dos temas da vida. Nesta instrução eu procuro lançar alguma luz sobre a miragem com que se defronta o discípulo como indivíduo, e também considerar o aspecto da miragem com o qual ele deve lidar como um servidor do mundo em treinamento.

Falando simbolicamente, eu diria que o corpo astral do planeta (visto dos níveis da alma) está perdido nas profundezas de uma neblina envolvente. Quando você olha à noite para um céu límpido, você vê as estrelas e os planetas brilhando com um claro brilho frio e com um cintilar de luz resplandecente que avança por muitos milhões de quilômetros (ou anos-luz, como são chamados), até que o olho humano as registrem e anote a existência destas estrelas brilhantes. No entanto, olhando para o corpo astral do planeta, se pudessem fazer isto, vocês não veriam este cintilar límpido, mas simplesmente uma bola sombria de aparente vapor e névoa. Esta névoa é de uma densidade e espessura que indicam não somente impenetrabilidade, mas também aquelas condições que são desfavoráveis à vida. No entanto, nós passamos e vamos e retornamos, nós os Mestres no lado interno; e naquela névoa - vendo todas as coisas disformes e distorcidas - labutam os filhos dos homens. Alguns estão tão habituados à névoa e à densidade que eles permanecem alheios à sua existência, considerando-a boa e correta, e o lugar adequado para sua vida diária. Outros se aperceberam levemente de um mundo mais claro, onde formas e contornos mais perfeitos podem ser vistos, e onde a névoa não esconde uma realidade levemente percebida - ainda que não saibam o que possa ser aquela realidade. Outros ainda, tais como vocês, veem diante de si um caminho aberto levando à clara luz do dia. Vocês ainda não sabem, no entanto, que à medida que trilham a senda, devem, no Caminho propriamente dito, trabalhar ativa e inteligentemente com a miragem ao seu redor, seguindo a trilha aberta por aqueles que se libertaram das névoas ambientais, passando para um mundo de horizontes claros. Uma boa parte do tempo despendido pelos discípulos no Caminho, é quase um processo cíclico de imersão na miragem e na névoa, alternando com horas de claridade e visão.

Existem quatro coisas que vocês que procuram trabalhar com a miragem têm que abarcar; quatro reconhecimentos básicos que, quando compreendidos, servirão para aclarar e aliviar e, portanto, para corrigir o seu caminho:

1. Cada ser humano se encontra num ambiente mundial de miragem, que é o resultado de:

a. Seu próprio passado, com o seu pensamento errado, desejos egoístas, e má interpretação dos propósitos da vida. Não existe, ou não existiu, compreensão dos propósitos de vida pretendido, tal como visualizado pela alma, e não pode haver, até que haja uma organização definitiva do corpo mental.

b. A "vida de desejo" de sua família, tanto no passado como no presente. Isto se torna cada vez mais potente, à medida que a evolução procede e a vida de desejo da unidade familiar se tornou marcada e enfatizada, constituindo-se então em tendências e características psicológicas herdadas e demonstradas.

c. A miragem nacional, que é a totalidade da vida de desejo, mais as ilusões, de qualquer nação. A estas chamamos de características nacionais, e elas são tão persistentes e marcantes que são geralmente reconhecidas como incorporando traços psicológicos nacionais. Estes são, naturalmente, baseados nas tendências dos raios, na história passada e nas inter-relações internacionais, mas constituem-se em si mesmas uma condição fascinante na qual cada nação deve trabalhar, à medida que ela marcha na direção da conscientização (e identificação) com a realidade.

d. Uma extensão da ideia acima para o que chamamos de miragem racial, usando a palavra raça para representar a raça humana. Isto se constitui numa miragem muito antiga, ou quase uma série de miragens, de desejos arraigados, de aspirações potentes de algum tipo, e formas definitivamente feitas pelo homem que - fluídicas, envolventes e pulsando com vida dinâmica - procuram manter a consciência da humanidade no plano astral. Tal conceito enganoso é o do dinheiro e de seu valor materialista. Este desejo da miragem é como um nevoeiro denso amplamente espalhado, impedindo a visão da verdade, e distorcendo um número muito grande de valores humanos.

2. Esta névoa, esta miragem que envolve a humanidade no momento atual, deve ser compreendida como algo substancial definido, e como tal deve ser tratada. O discípulo ou aspirante que está procurando dissolver a miragem, quer em sua própria vida, ou como um serviço prestado ao mundo, deve reconhecer que ele está trabalhando com substância, com a ruptura das formas que ela assumiu, e com a dissipação de uma substância material que a tudo envolve - material no mesmo sentido que os pensamentos-forma são coisas substanciais, mas (e aqui temos um ponto importante) de uma natureza menos substancial que as formas de miragem encontradas no plano astral. Estamos dispostos a nos lembrar que "pensamentos são coisas", e que eles têm uma forma de vida e um propósito próprio. Mas eles têm uma existência mais separativa e ímpar, e contornos mais claramente definidos e mais delineados. As formas de miragem no plano astral são ainda mais substanciais, porém não tão bem definidas. Os pensamentos-forma são dinâmicos, penetrantes, claros e delineados. As miragens são borradas, vagas e envolventes. Uma pessoa está imersa nelas como num oceano ou num "mar de névoa". Com pensamentos-forma ela se confronta, ou é enfrentada, mas não fica imersa. Quase poderia ser dito que o corpo astral de uma pessoa vem à existência como uma parte da miragem geral mundial; é difícil para ela diferençar entre seu próprio corpo astral e as miragens que o afetam, sacodem e o fazem submergir. Seu problema no plano mental é mais claramente definido, mesmo sendo igualmente difícil.

3. A miragem astral é uma forma de energia e uma energia de grande potência, devida a três fatores:

a. Seu ritmo, tão antigo, sendo inerente à própria substância astral, é mais difícil para um ser humano tornar-se ciente dela ou compreendê-la; ela é o resultado da atividade perene do desejo humano.

b. É uma parte componente da própria natureza energética do homem, e portanto constitui para ele a linha de menor resistência; faz parte do grande processo mundial e portanto parte também do processo de vida individual, e é, em si mesma, não um erro mas um aspecto da realidade. Este entendimento necessariamente complica o pensamento do homem a seu respeito.

c. É também definitivamente de natureza atlante, e foi levada a um ponto muito alto de desenvolvimento naquela raça. Portanto, ela só pode ser finalmente dissipada pela raça ariana, com o uso da técnica apropriada. O indivíduo que está aprendendo a dissipar a miragem tem que fazer duas coisas:

1. Permanecer no ser espiritual.
2. Manter a mente firme na luz.

Do exposto, torna-se aparente que a energia do plano astral, como ela se expressa na vida de desejos da raça, produz as principais miragens da humanidade, e só pode ser dissipada, dispersada, e banida, com o auxílio da energia superior da mente, motivada pela alma.

4. As miragens que mantêm a humanidade em servidão são:

a. A miragem da materialidade.
b. A miragem do sentimento.
c. A miragem da devoção.
d. A miragem dos pares de opostos.
e. A miragem do Caminho.

Permita-me agora elucidar estas miragens para você um pouco mais detalhadamente.

A miragem da materialidade é a causa de todos os infortúnios mundiais da atualidade, pois aquilo que chamamos de problema econômico é simplesmente o resultado desta miragem particular. Ao longo do tempo, esta miragem manteve a raça humana cada vez mais interessada, até que hoje em dia todo o mundo foi colhido no ritmo do interesse pelo dinheiro. Um ritmo emanando dos níveis da alma sempre existiu, sendo estabelecido por Aqueles Que Se livraram do controle das necessidades materiais, da servidão do dinheiro, e do amor às posses. Atualmente aquele ritmo superior é comensurável com o ritmo inferior da miragem e, portanto, o mundo inteiro está pensando em termos de uma saída para o impasse material presente. Aquelas almas que se encontram na luz existente no topo da montanha da libertação, e aqueles que estão escapando para fora das névoas da materialidade, são agora em número suficiente para fazer um trabalho definitivo relativo à dissipação desta miragem. A influência de seus pensamentos, palavras e vida podem e devem efetuar um reajuste de valores e um novo padrão de vida para a humanidade, baseados na clara visão, em um senso correto de proporções e numa conscientização da verdadeira natureza do relacionamento existente entre alma e forma, entre espírito e matéria. Aquilo que deve atender a uma necessidade real e vital, sempre existe no plano divino. Aquilo que é desnecessário para a correta expressão da divindade e para uma vida rica e completa pode ser ganho e possuído, mas somente através da perda do mais real e da negação do essencial.

Os estudantes, no entanto, precisam se lembrar que aquilo que é necessário varia de acordo com o estágio da evolução que foi alcançado por um indivíduo. Para algumas pessoas, por exemplo, a posse daquilo que é material pode ser uma experiência espiritual tão grande e um instrutor tão potente na expressão da vida, como as necessidades mais elevadas e menos materiais do místico ou eremita. Somos classificados, no que diz respeito à ação e ponto de vista, de acordo com o nosso lugar na escala evolutiva. Somos classificados realmente pelo nosso ponto de vista e não pelo que demandamos da vida. O homem espiritualizado e o homem que assentou seus pés no Caminho Probatório, e que se omite de tentar expressar aquilo em que ele acredita, será julgado tão duramente e pagará tão caro como o puro materialista - o homem cujos desejos se centram em efeitos substanciais. Levem isto em consideração, evitando assumir o assento do juiz ou do desdenhoso.

Atualmente a miragem da materialidade está diminuindo visivelmente. Os povos do mundo estão entrando na experiência da selva e vão perceber na solidão quão pouco é preciso para viver integralmente, ter uma experiência verdadeira e uma felicidade real. O desejo insaciável pelas posses não é tido como um desejo tão respeitável como anteriormente, e o desejo pela riqueza não está produzindo as mãos ávidas como antigamente na história da humanidade. As coisas e posses estão escapando das mãos que até então as guardavam com firmeza, e somente quando os homens se encontram com as mãos vazias, e na compreensão de novos códigos de valores, eles ganham outra vez o direito de ter e de possuir. Quando o desejo estiver ausente e o homem não procurar nada para si próprio, a responsabilidade da riqueza material poderá ser novamente entregue de volta ao homem, mas o seu ponto de vista estará então livre daquela miragem particular, e as névoas do desejo astral, reduzir-se-ão. A ilusão em muitas formas ainda poderá estar vigente, mas a miragem da materialidade terá desaparecido. É a primeira destinada a desaparecer. Os estudantes deveriam lembrar-se que todas as formas de posse e todos os objetos materiais, seja o dinheiro, ou uma casa, um quadro ou um automóvel, têm uma vida intrínseca própria, uma emanação própria, e uma atividade que é essencialmente aquela de suas próprias estruturas atômicas (porque um átomo e uma unidade de energia ativa). Isto produz contrapartes no mundo da vida etérica e astral, mas não no mundo mental. Estas formas mais sutis e emanações distintas reforçam a potência do mundo do desejo: elas contribuem para a miragem mundial e formam parte de um grande e poderoso mundo miasmático, que está no arco involutivo, mas no qual a humanidade, no arco evolutivo está, no entanto, imersa. Portanto, os Guias da Humanidade acharam por bem permanecer à parte, enquanto as forças acionadas pelo próprio homem procedem em desnudá-lo e, portanto, a liberá-lo para caminhar na selva. Ali, no que chamamos de circunstâncias tensas, ele pode reajustar a sua vida e mudar seu modo de viver, assim descobrindo que a liberdade das coisas materiais traz consigo sua própria beleza e recompensa, sua própria alegria e glória. Assim ele é liberado para viver a vida da mente.

A miragem do sentimento mantém as pessoas boas do mundo em cativeiro, e numa densa névoa de reações emocionais. A raça humana chegou a um ponto no qual os homens de boas intenções, de uma compreensão real e possuidores de uma medida de liberdade do amor pelo ouro (maneira simbólica de falar da miragem da materialidade), estão voltando o seu desejo para o seu dever, suas responsabilidades, sua influência sobre os outros, e para a sua compreensão sentimental da natureza do amor. O amor, para muita gente, para a maioria, na verdade, não é realmente amor, mas uma mistura do desejo de amar e do desejo de ser amada, mais uma vontade de fazer qualquer coisa para mostrar e evocar este sentimento, e consequentemente de sentir-se mais confortável em sua própria vida interior. O egoísmo das pessoas que estão desejosas de serem não egoístas é grande. Muitos sentimentos coadjuvantes juntam-se ao redor do sentimento ou desejo de mostrar aquelas características amistosas e agradáveis que evocam uma reciprocidade correspondente para com o pretenso amante ou servidor, que ainda está completamente rodeado pela miragem do sentimento.

É este pseudo-amor, baseado principalmente numa teoria de amor e serviço, que caracteriza tantos relacionamentos humanos, tais como aqueles que existem, por exemplo, entre marido e mulher, pais e filhos. Fascinados pelo seu sentimento por eles, e sabendo pouco do amor da alma, que é livre, em si mesma, e que deixa os outros livres também, eles se perdem numa densa névoa, em geral arrastando com eles aqueles que desejam servir, a fim de gerar uma resposta de afeto. Estude a palavra "afeição", meu irmão, e veja seu verdadeiro significado. Afeição não é amor. É aquele desejo que expressamos através de um esforço do corpo astral, e esta atividade afeta nossos contatos: não é a ausência do desejo espontânea da alma, que não pede nada para seu eu separado. Esta miragem do sentimento aprisiona e confunde todas as boas pessoas do mundo, impondo-lhes obrigações que não existem, e produzindo uma miragem que finalmente deve ser dissipada pelo fluir do verdadeiro amor altruísta.

Estou tecendo somente breves considerações sobre estas miragens, porque cada um de vocês pode elaborar mais por conta própria, e ao fazer isto vão descobrir onde vocês se encontram no mundo da névoa e da miragem. Assim, com conhecimento, vocês podem começar a se libertar da miragem do mundo.

A miragem da devoção leva muitos discípulos probacionários a vagarem em círculos em torno do mundo do desejo. Esta é primordialmente uma miragem que afeta pessoas do sexto raio, e é particularmente potente atualmente, devido à prolongada atividade do sexto Raio da Devoção, durante a Era de Peixes, que está passando rapidamente. É atualmente uma das miragens potentes do aspirante realmente devotado. Eles são devotados a uma causa, a um instrutor, a um credo, a uma pessoa, a uma obrigação, ou a uma responsabilidade. Pense nisto. Este desejo inofensivo relacionado com algum idealismo que os confronta, torna-se definitivamente prejudicial, tanto a eles como aos outros porque, por meio desta miragem da devoção eles entram no ritmo da miragem mundial que é essencialmente a névoa do desejo. Quando um forte desejo, em qualquer direção, oblitera a visão maior e mantém o homem dentro do pequenino círculo de seu próprio desejo para satisfazer seu sentimento de devoção, é tão impeditivo como qualquer uma das outras miragens, e é ainda mais perigoso por causa do lindo colorido que a névoa resultante adquire. O homem se perde numa névoa que o envolve, como um encantamento criado por si próprio, que emana de seu corpo astral e que é feita da sentimentalização de sua própria natureza relativa ao seu próprio desejo e devoção ao objeto de sua atenção.

Com todos os verdadeiros aspirantes, devido à crescente potência de suas vibrações, este sentimento devocional pode ser particularmente difícil e ocasionar um prolongado aprisionamento. Uma ilustração disto é o sentimento de devoção derramado em deslumbrado êxtase pelos discípulos probacionários sobre os Mestres de Sabedoria. Em torno dos nomes dos Membros da Hierarquia e de Seu trabalho, e do trabalho dos iniciados e dos discípulos disciplinados (anotem esta frase), criou-se uma rica nevoa que Os impede de alcançar o discípulo ou de serem alcançados por ele. Não é possível penetrar a densa miragem de devoção, vibrante com a vida dinâmica extática que emana da energia concentrada do discípulo, que ainda trabalha através do centro do plexo solar.

Para esta miragem existem algumas regras bem antigas: contate o " Self " maior por meio do "Self' superior, e perca assim de vista o pequeno eu, suas reações, seus desejos, e intenções. Ou: o puro amor da alma, que não é de forma alguma personalizado, e que não procura reconhecimento, pode então se derramar no mundo da miragem que envolve o devoto, e as névoas de sua devoção (das quais ele se orgulha) desaparecerão.

No Caminho Probatório ocorre a mudança, conscientemente registrada, entre os pares de opostos, até que o caminho do meio seja percebido e emerja. Esta atividade produz a Miragem dos Pares de Opostos, que é de natureza densa e enevoada, às vezes colorida com alegria e ventura, e outras vezes colorida com pesar e depressão, enquanto o discípulo oscila entre estas dualidades. Esta condição persiste enquanto for dada ênfase ao sentimento - sentimento este que deverá expressar toda a gama, desde a poderosa alegria do homem que procura identificar-se com o objeto de sua devoção ou aspiração, ou falha nesta tentativa e, portanto, sucumbe ao mais profundo desespero e senso de fracasso. Tudo isto, no entanto, é de natureza astral e de qualidade sensual, não sendo de forma alguma da alma. Alguns aspirantes permanecem por muitos anos, e às vezes por muitas vidas, aprisionados por esta miragem. A liberação do mundo do sentimento e a polarização do discípulo no mundo da mente iluminada dissiparão esta miragem que é parte da grande heresia da separatividade. No momento em que o homem diferencia a sua vida em triplicidades (o que ele inevitavelmente fará, já que está lidando com os pares de opostos e se identifica com um deles), ele sucumbe à miragem da separatividade. Talvez este ponto de vista possa ajudar, ou talvez permaneça um mistério, porque o segredo da miragem mundial se esconde no pensamento de que esta tríplice diferenciação guarda o segredo da criação. O Próprio Deus produziu os pares de opostos - espírito e matéria - e também produziu o caminho do meio, que é o aspecto da consciência, ou o aspecto da alma. Pondere profundamente sobre este pensamento.

A triplicidade dos pares de opostos e a estreita trilha de equilíbrio entre eles, o nobre caminho do meio, é o reflexo no plano astral, da atividade do espírito, da alma e do corpo; da vida consciência e forma, os três aspectos da divindade - todos eles igualmente divinos.

À medida que o aspirante aprende a se livrar das miragens que abordei, ele descobre outro mundo de névoa e neblina através do qual o Caminho parece prosseguir, e através do qual ele deve penetrar e assim se livrar das Miragens do Caminho. Quais são estas miragens, meus irmãos? Estudem as três tentações de Jesus, se vocês sabem claramente o que são elas. Estudem o efeito que as escolas de afirmações que enfatizam a divindade (empregada materialmente) têm sobre o pensamento do mundo; estudem o fracasso dos discípulos por causa do orgulho, o complexo de salvador do mundo, o complexo de serviço e as várias distorções da realidade que o homem encontra no Caminho, que dificultam o seu progresso e estragam o serviço que ele deveria estar prestando aos outros. Enfatizem em suas mentes a espontaneidade da vida da alma e não a estraguem com a miragem da elevada aspiração, interpretada egoisticamente, da autocentralização, da autoimolação, da autoagressividade, da autoafirmação no trabalho espiritual - tais são algumas das miragens do Caminho.

A seguir, vamos considerar a miragem no plano etérico e o tema do Morador do Umbral, e assim completar o breve esboço do nosso problema, que a primeira parte deste ensinamento estava destinada a transmitir.

Antes de tratar deste assunto em detalhe, gostaria de acrescentar algo às minhas considerações anteriores sobre o problema da miragem. Em nossa última instrução, teci algumas considerações sobre os vários tipos de miragem, e alertei-os sobre a sua grande importância em suas vidas individuais. O campo de batalha (para o homem que já é quase um discípulo aceito ou que já está no caminho do discipulado, no sentido acadêmico) é primordialmente o da miragem. Este é o principal problema e sua solução é iminente e urgente para todos os discípulos e aspirantes avançados. Portanto, se tornará aparente para vocês, porque têm sido enfatizados, durante a era ariana, a necessidade do estudo da Raja Ioga, e o cultivo da submissão à sua disciplina. Somente através da Raja Ioga o homem pode permanecer firme na luz, e somente através da iluminação e da clara visão podem as névoas e miasmas da miragem ser finalmente dissipadas. Somente quando o discípulo aprende a manter sua mente "firme na luz", e quando os raios de pura luz jorram da alma, pode a miragem ser descoberta, discernida, reconhecida por aquilo que ela é essencialmente e, portanto, banida como as neblinas da terra se dissolvem sob os raios do sol nascente. Portanto, aconselho-os a darem uma atenção mais adequada à sua meditação, cultivando sempre a habilidade de refletir e de assumir a atitude de reflexão - mantida firmemente durante o dia.

Vocês descobrirão o real valor de ponderar profundamente sobre os propósitos pelos quais a intuição deve ser cultivada e a mente iluminada desenvolvida, perguntando a si mesmos se estes propósitos são idênticos em objetivo e sincronizados no tempo. Vocês então descobrirão que os objetivos deles diferem e os efeitos de seu desenvolvimento pronunciado sobre a vida da personalidade também são diferentes. A miragem não é dispersada pela intuição nem a ilusão é superada pela mente iluminada.
A intuição é um poder mais elevado que a mente e é uma faculdade latente na Tríade Espiritual; é o poder da razão pura, uma expressão do princípio búdico, e encontra-se além do mundo do ego e da forma. Somente quando o homem é um iniciado pode o exercício da verdadeira intuição tornar-se normalmente possível. Quero dizer, com isto, que a intuição será então operada tão facilmente como é o princípio da mente no caso de uma pessoa ativamente inteligente. A intuição, no entanto, se fará sentida muito mais cedo em casos extremos ou de necessidade urgente.

É a iluminação que a maioria dos aspirantes, tais como os encontrados neste grupo, devem procurar; e eles devem cultivar o poder de usar a mente como um refletor da luz da alma, dirigindo-a para os níveis da miragem, dissipando-a assim. A dificuldade, meus irmãos, é fazer isto quando no âmago das agonias e decepções da miragem. Isto requer uma retirada silenciosa na mente e pensamento e desejo do mundo em que a personalidade trabalha habitualmente, e lá centrar a consciência no mundo da alma, para esperar ali, silenciosa e pacientemente, os acontecimentos, sabendo que a luz vai brilhar, e a iluminação afinal acontecerá.

Uma profunda desconfiança das reações da pessoa à vida e circunstâncias é aconselhável, quando estas reações despertam e provocam crítica, separatividade ou orgulho. As qualidades acima enumeradas são definitivamente criadoras de miragem. Ocultamente são "as características da miragem". Pondere sobre isto. Se um homem pode se livrar destas três características, ele está bem encaminhado para abandonar e dissipar toda a miragem. Estou escolhendo minhas palavras com cuidado para chamar a sua atenção.

A ilusão é dispersada, rejeitada, e descartada através do uso consciente da intuição. O iniciado seisola do mundo da ilusão, das formas ilusórias e das demandas atrativas da natureza da personalidade, e desta forma - por meio do isolamento - entra em contato com a realidade em todas as formas, escondidas até então pelo véu da ilusão. Este é um dos paradoxos do Caminho. Insulação e isolamento do tipo apropriado levam aos relacionamentos corretos e a contatos corretos com o real. Eles produzem finalmente uma identificação com a realidade, através da autoinsolação contra o irreal. É esta ideia que está por trás do ensinamento dado no último livro dos Aforismos de Ioga de Patânjali. Estes têm sido frequentemente mal interpretados e seu significado distorcido como um apelo à forma errada de isolamento, por aqueles com tendências separatistas e com finalidades egoístas.

É a própria alma que dispersa a ilusão, pelo uso da faculdade da intuição. É a mente iluminada que dissipa a miragem.

Gostaria de lembrar, neste particular, que muitos aspirantes bem intencionados falham neste ponto, devido a dois erros:

1. Eles se omitem de discriminar entre ilusão e miragem.
2. Eles procuram dispersar a miragem através do que eles acreditam ser o método correto - apelando para a alma - quando realmente precisam usar a mente corretamente.

Quando uma pessoa se encontra envolvida em névoas e miragens, no entanto, é muito mais fácil se sentar e hipnotizar-se na crença de que está "apelando para a alma", do que submeter sua natureza astral e emocional ao efeito do pensamento claro e profundo, usando a mente como o instrumento pelo qual a miragem pode ser dispersada. Ainda que possa parecer estranho, o "apelar para a alma" para lidar diretamente com a miragem pode (o que frequentemente ocorre) levar a uma intensificação da dificuldade. A mente é o meio pelo qual a luz pode ser levada a sustentar todas as condições de miragem, e os estudantes devem ter este pensamento constantemente em sua consciência. Este processo consiste em ligar a mente à alma, e então focalizar-se conscientemente e com precisão na natureza da mente ou no corpo mental, e não na natureza da alma ou na forma egoica. Então, através da análise, discriminação e pensamento correto, passamos a lidar com o problema da miragem. A dificuldade é que os discípulos com frequência não reconhecem a condição como sendo uma miragem, e é difícil dar uma regra clara e infalível pela qual o reconhecimento poderá ser obtido. Poderia ser dito, no entanto, que a miragem sempre pode ser encontrada onde existe:

1. A crítica quando uma análise cuidadosa revelaria que a crítica realmente não era merecida.

2. A crítica, quando não existe responsabilidade pessoal envolvida. Por isto quero dizer, onde não é o lugar ou o dever da pessoa de criticar.

3. Orgulho na realização ou satisfação de ser um discípulo.

4. Qualquer sentimento de superioridade ou tendência separatista.

Muitas outras indicações para o correto reconhecimento da miragem podem ser dadas, mas se todos prestarem muita atenção às quatro sugestões acima, vocês livrariam suas vidas, de forma perceptível, da influência da miragem e seriam consequentemente de maior serviço ao seu semelhante. Procurei dar a vocês, aqui, alguma assistência pratica nesta difícil batalha entre os pares de opostos, que é a principal causa da miragem.

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3. Miragem nos Níveis Etéricos - Maya

Chegamos agora à consideração das formas e meios pelos quais maya pode ser liquidada, permanecendo o discípulo livre da influência da Força do Plano Físico. Na declaração anterior pode ser encontrada toda a história de maya. Poderia ser acrescentado (talvez não inteiramente correto, no entanto, com suficiente verdade para merecer a declaração) que maya, como um efeito reconhecido, só e experimentada quando se está no Caminho, começando com o Caminho Probatório ou da Purificação. Estamos sempre no meio de forças. Mas maya (como problema) só se torna tal quando reconhecida, e este reconhecimento não é possível nos estágios iniciais da evolução. No Caminho, começamos a observar e a descobrir os efeitos da força; verificamos sermos conscientemente a vítima de correntes de forças; somos levados a algum tipo de atividade por forças incontroláveis, e o mundo das forças torna-se uma realidade conscientemente sentida pelo aspirante esforçado. É por esta razão que indiquei ser maya predominantemente uma dificuldade do corpo etérico, porque com relação a maya estamos lidando com forças agindo através dos sete centros do corpo (em todos ou em alguns), produzindo reações e efeitos que podem ser desejáveis ou desastrosos.

Naturalmente, é necessário entender que toda manifestação, em todos os níveis, é uma expressão de força, mas as forças às quais me referi, relativas a maya, são aquelas energias não controladas, aqueles impulsos não direcionados, que emanam do mundo de prana e da própria força latente da matéria. Estas levam o homem à atividade errada e o envolvem num remoinho de efeitos e condições no qual ele se encontra inteiramente indefeso. Ele é vítima da força bruta, por trás da natureza animal ou do mundo e das circunstâncias ambientais em que ele se encontra. Quando ao poder de maya é acrescentada a condição de miragem e também as ilusões do discípulo avançado, fica óbvio o quão necessário é efetuar-se uma diferenciação tranquila entre os três tipos de engano.

Deve ser lembrado que, quando usamos o termo "engano", queremos dizer engano do ângulo da alma. O aspirante tem que aprender a ficar livre da ilusão, da miragem e de maya, e para conseguir isto ele tem que entender os meios para a liberdade, que são: Intuição, Iluminação e Inspiração.

O problema de maya é complicado pelo fato que no plano físico (como no plano astral, mesmo que isto ainda seja pouco entendido) temos a batalha de um par de opostos. Estes são, em alguns aspectos, de uma natureza diferente daqueles encontrados no plano astral. No plano físico (quero dizer nos níveis etéricos do plano físico onde o poder enganador de maya é experimentado) ocorre o encontro das forças do mundo subjetivo da personalidade e das antigas energias da própria matéria, que permaneceram como sementes latentes de um sistema solar anterior.

Talvez me tornasse mais claro para a sua percepção, se formulasse a verdade sobre maya da seguinte maneira:

Os impulsos latentes da vida da personalidade, quando divorciados da alma e fora do seu controle, se fundem com os fluídos prânicos na periferia da esfera de influência da personalidade, tornando-se então fortes correntes de força direcionadas, procurando emergir na manifestação física através dos sete centros no corpo físico. Estas forças ou impulsos, mais o prana disponível, constituem o corpo etérico do homem não desenvolvido, e frequentemente do homem comum. Torna-se aparente, portanto, o quanto o homem não desenvolvido é vítima da energia bruta de um tipo inferior, porque o seu corpo etérico responde e deriva sua energia de um tipo geral de prana ambiental, até que haja um direcionamento definitivo e um maior controle - ou por uma aspiração orientada e disciplina mental, ou mais tarde como resultado do condicionamento da alma, para usar a expressão psicológica.

Esta energia etérica, focalizada num corpo etérico individual, passa através de dois estágios antes do período do discipulado:

1. O estágio em que ela assimila a segunda força a que me referi - a força latente na forma física densa, a energia da substância atômica, produzindo então uma fusão e mistura definitiva. Isto faz a natureza animal se ajustar inteiramente aos impulsos interiores, emanando do mundo de prana, onde o homem desenvolvido, ou do astral inferior, com relação homem comum mais desenvolvido é considerado.

2. No entanto, no momento que ocorre uma orientação interior para o mundo de valores superiores, então a força etérica ou vital entra em conflito com o aspecto inferior do homem, o corpo físico denso, ocorrendo a batalha entre os pares de opostos inferiores.

É interessante registrar que é neste estágio que é dada ênfase às disciplinas físicas, a fatores controladores tais como abstinência total, celibato, vegetarianismo, à higiene e aos exercícios físicos. Através destes, o controle da vida da matéria, a mais baixa expressão do terceiro aspecto da divindade, pode ser neutralizada, e o homem liberado para a verdadeira batalha dos pares de opostos. Esta segunda batalha é o verdadeiro kurukshetra, e é travada na natureza astral, entre os pares de opostos que são específicos do nosso sistema solar, como os pares de opostos físicos são distintivos do sistema solar anterior. De um ângulo interessante, a batalha dos opostos na espiral inferior, no que concerne ao corpo físico em seus dois aspectos, pode ser observada ocorrendo no reino animal. Neste processo, os seres humanos agem como agentes disciplinadores, e os animais domésticos, que são forçados a se conformarem ao controle humano, estão às voltas (mesmo se inconscientemente de nosso ponto de vista) com o problema deste par de opostos inferior. Esta batalha é travada através do corpo físico denso e das forças etéricas, e desta forma uma aspiração superior encontra expressão. Isto produz neles a experiência que chamamos "individualização", onde é lançada a semente da personalidade. No campo de batalha humana, o kurukshetra, o aspecto superior da alma começa a dominar, produzindo o processo da integração divino-humano, que chamamos "iniciação". Pondere sobre isto.

Quando um aspirante chega àquele ponto de sua evolução em que o controle da natureza física é uma necessidade urgente, ele recapitula em sua própria vida esta batalha anterior com os pares de opostos inferiores, e começa então a disciplinar a sua natureza física densa.

Generalizando de uma forma ampla, poderíamos dizer que para a família humana em geral, este conflito físico denso-etérico foi disputado na Guerra Mundial, que foi a imposição de um tremendo teste e disciplina. Lembrem-se que nossos testes e disciplinas são autoimpostos e derivam-se de nossas limitações e oportunidades. O resultado deste teste foi a passagem para o Caminho Probatório de um número muito grande de seres humanos, devido à purgação e purificação a que haviam sido submetidos. Este processo de purificação preparou-os, de certa forma, para o prolongado conflito no plano astral que fica à espera de todos os aspirantes até conseguirem a iniciação. É a "experiência de Arjuna". Este é um ponto interessante para reflexão, e explica muito do mistério e da dificuldade na sequencia do desenvolvimento humano. O aspirante individual tende a pensar somente em termos de si mesmo e de seus testes e atribulações individuais. Ele deve aprender a pensar sobre as ocorrências generalizadas e seus efeitos preparatórios no que concerne à humanidade. A Guerra Mundial foi um ponto máximo no processo de "desvitalização" da maya mundial. Muita força foi liberada e exaurida e muita energia gasta. Consequentemente muito foi esclarecido.

Muitas pessoas estão atualmente ocupadas em suas vidas individuais com exatamente o mesmo processo e conflito. Numa pequenina escala, aquilo que foi processado na Guerra Mundial é processado em suas vidas. Eles estão ocupados com o problema de maya e, portanto, verificamos atualmente uma ênfase crescente na cultura física, nas disciplinas e treinamento físico, tal como é imposto no mundo do esporte, em exercícios atléticos e treinamento militar. Apesar de todos os motivos errados e dos efeitos terríveis e prejudiciais (falando outra vez de forma bem geral), o treinamento do corpo e a direção física organizada da juventude do mundo atual, em todos os países, principalmente nos países militares da Europa, está preparando o caminho para milhões entrarem no Caminho da Purificação. Será esta uma dura verdade, meus irmãos? A humanidade está sob a direção certa, mesmo se (durante um breve interlúdio) eles interpretam mal o processo e aplicam os motivos errados às atividades corretas.

Trataremos de todos estes pontos em maior detalhe mais tarde, quando chegarmos à nossa terceira seção e começarmos a estudar os métodos para terminar com a miragem, ilusão e maya. No momento só estou ocupado em lhe dar uma visão geral e uma pequena elaboração do quadro apresentado na página 29. Estude este quadro com atenção, memorizando-o se possível, porque na sua correta compreensão você encontrará muita utilidade.

Gostaria de lembrar, com relação ao problema de maya, que um dos primeiros passos para o seu tratamento correto é a coordenação física; daí a ênfase que é dada atualmente ao treinamento das crianças, daí também nosso uso de um processo similar conhecido como "alinhamento", ao lidar com o trabalho de meditação e o esforço para induzir um crescente controle da alma. Os estudantes deveriam levar isto em consideração e ponderar sobre as seguintes frases:

1. Coordenação física.
2. Orientação astral.
3. Direção mental.
4. Alinhamento da personalidade.

Todas estas são tentativas de expressar o processo da "atividade correta no Caminho de Retorno". Este retorno é o objetivo da família humana e a meta culminante dos quatro reinos na natureza. Poderíamos ampliar o conceito expressando a verdade da seguinte maneira:

Processo Correspondência Obstáculo
1. Coordenação física Reino mineral Maya
2. Orientação astral Reino vegetal Miragem
3. Direção mental Reino animal Ilusão
4. Alinhamento da personalidade Reino Humano O Morador do Umbral

Estes processos têm, portanto, seus equivalentes em todos os reinos e levam:

1. Ao desenvolvimento da consciência divina.
Isto começa no reino mineral.

2. À expressão da alma.
É o caso típico do reino vegetal com seus usos e beleza.

3. À manifestação do Cristo.
Esta é a meta conhecida do reino animal que se dirige à individualização.

4. À revelação da glória de Deus.
Este é o objetivo diante da humanidade.

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4. Miragem nos Planos Superiores do Mental - O Morador do Umbral.

Vamos agora abordar muito rapidamente o problema do Morador do Umbral. Este Morador é geralmente considerado como um desastre, como um horror a ser evitado, e como a culminação final do mal. Lembrem-se, no entanto, que o Morador é "aquele que permanece diante do Portão de Deus", que mora na sombra do portal da iniciação, e que encara o Anjo da Presença com os olhos bem abertos, de acordo com as antigas escrituras. O Morador pode ser definido como o somatório da natureza inferior, tal como se expressa na personalidade, antes da iluminação, da inspiração e da iniciação. A personalidade, neste estágio, é extremamente potente e o Morador corporifica todas as forças psíquicas e mentais que ao longo dos tempos foram desenvolvidas no homem e cultivadas com carinho; ele pode ser encarado como a potência da forma material tríplice, antes da sua consagração e dedicação à vida da alma, e do serviço da Hierarquia, de Deus e da humanidade.

O Morador do Umbral é tudo o que o homem é, excetuando o ego superior espiritual; é o terceiro aspecto da divindade, tal como expresso no mecanismo humano, e este terceiro aspecto deve finalmente ser subordinado ao segundo aspecto, a alma.

As duas grandes Forças contrastantes, o ANJO e o MORADOR encontram-se face a face e o conflito final ocorre. Observe, mais uma vez, que esta é uma confrontação e uma batalha entre outro par de opostos, porém bem superior. O aspirante tem que lidar, portanto, com três pares de opostos à medida que ele progride em direção a luz e a liberação.

Os Pares de Opostos

1. No Plano Físico - O denso e o etérico.
A luta é no Caminho da Purificação.

2. No Plano Astral - As bem conhecidas dualidades.
A luta é no Caminho do Discipulado.

3. No Plano Mental - O Anjo e o Morador.
A luta é no Caminho da Iniciação.

Julgo ter dado a vocês o suficiente para ponderarem; terminarei, no entanto, alertando-os para a natureza essencialmente prática do que foi comunicado e instando-os a encontrar em sua própria experiência prática a natureza da batalha que cada um de vocês tem que enfrentar. Para facilitar sua tarefa, vou ajudá-los de uma forma muito específica.

Será útil para vocês, se eu indicar - para cada um - os raios que governam a sua personalidade tríplice. Vocês estarão então em posição de lidar consigo mesmos com mais sabedoria, de identificar com mais facilidade as causas das dificuldades, e de estudar de forma mais inteligente o efeito que vocês podem ter uns sobre os outros, e sobre aqueles que vocês contatam em sua vida diária. Vou elaborar em detalhe o treinamento que deveria ser dado a cada um dos três corpos, analisando um de cada vez, e explicando o problema confrontando cada um de vocês em relação àquele veículo específico, indicando uma meditação que irá capacitá-los (com mais facilidade) a lidar com a personalidade daquele ângulo específico.

Vocês perceberão do que foi dito, portanto, que é minha intenção dar a vocês um treinamento muito mais intensivo e cuidadoso. Vocês vão se beneficiar dele? Neste ínterim, a fim de que vocês possam apreender a verdade sobre o que apresentarei mais tarde, vocês estudarão por conta própria, com atenção, durante os próximos seis meses, para verificar se o que vou dizer depois é verdadeiro? Usem a informação dada no Tratado Sobre os Sete Raios como um guia nesta autoanálise; lembrem-se que os raios governam os três corpos na seguinte ordem:

1. Raios governando o corpo mental...Raios 1, 4, 5
2. Raios governando o corpo astral...Raios 2, 6
3. Raios governando o corpo físico...Raios 3, 7

Assim vocês registrarão que todos os raios têm o seu papel no mecanismo do homem, tornando todas as circunstâncias veículos da oportunidade e todas as condições um meio para o desenvolvimento. Esta declaração sobre os raios governantes é uma declaração de uma regra infalível, exceto no caso de discípulos aceitos.

À medida que lerem e estudarem, verão que será útil refletirem a respeito para depois responderem às seguintes questões:

1. Qual é a relação da intuição com o problema da ilusão?

2. De que maneira pode a iluminação dissolver a miragem, e como ela pode ser obtida?

3. Defina maya e dê sua compreensão da inspiração como um fator para dissolvê-la.

De propósito não elucidei essa técnica já que procurei fazer com que ofereçam suas próprias ideias. Insisto em que sigam a meditação grupal com carinho. É da maior importância para o grupo no interesse da integração da real cooperação espiritual. O trabalho da Lua Cheia também aumentará de importância. Mais tarde vira facilidade no reconhecimento e registro da natureza da miragem a ser dissipada e a aptidão em ver o processo da distribuição da luz.

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