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Livros de Alice Bailey

Iniciação, Humana e Solar


CPÍTULO XIX - Regras para Solicitantes
Regra I Regra IX
Regra II Regra X
Regra III Regra XI
Regra IV Regra XII
Regra V Regra XIII
Regra VI Regra XIV
Regra VII Um Catecismo Esotérico
Regra VIII Glossário

Capítulo XIX

REGRAS PARA SOLICITANTES

Há certos aforismos e injunções que o solicitante à iniciação necessita estudar e obedecer. Há uma grande distinção entre os termos “aspirante ao Caminho” e “solicitante à iniciação”. Aquele que aspira ao discipulado não está, de nenhum modo, compromissado com a mesma atitude específica e disciplinada que o solicitante à iniciação e pode, se assim, o escolher, levar quanto tempo queira trilhando o Caminho Probacionário, Aquele que procura a iniciação põe-se puma posição diferente e, uma vez tendo feito a solicitação, tem de submeter sua vida a uma regra definida e a um regime estrito que, para o discípulo, é somente opcional.

As regras aqui dadas são em número de quatorze, reunidas de uma série de instruções compiladas para aqueles que procuram receber a primeira iniciação.

Regras para solicitantes

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Regra I
Que o discípulo busque no mais profundo da caverna do coração. Se lá o fogo arder resplandecentemente, aquecendo o seu irmão ainda que não aqueça a si próprio, a hora é chegada para fazer a solicitação e permanecer diante da porta.

Quando o amor por todos os seres independentemente de quem possam ser, começa a ser um fato conscientizado no coração de um discípulo e, ao mesmo tempo, não existe amor egoísta, então surge a indicação de que ele se está aproximando do Portal da Iniciação e pode assumir os necessários compromissos preliminares antes que seu Mestre apresente seu nome como um candidato à Iniciação. Se não se importar com o sofrimento e a dor do eu inferior, se lhe for indiferente estar ou não a felicidade em seu caminho, se o único propósito de sua vida é servir e salvar o mundo e se a necessidade de seu irmão é para ele de importância maior do que a própria, então o fogo do amor está irradiando do seu ser e o mundo pode aquecer-se aos seus pés. Este amor tem de ser uma manifestação comprovada, prática, e não apenas uma teoria, nem simplesmente uma ideal impraticável e um sentimento agradável. É algo que cresceu nas experiências e provações da vida, de modo que o impulso primário da vida se dirige para o auto- sacrifício e a imolação da natureza inferior.

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Regra II
Quando a solicitação tiver sido feita de forma tríplice, então que o discípulo retire a solicitação e esqueça que ela foi feita.

Aqui se acha uma das provas iniciais. A atitude mental do discípulo deve ser a de que ele não se importe se vai ou não receber a Iniciação. Não deve haver motivo egoísta. Somente aquelas solicitações que alcançam o Mestre através da energia gerada pelo motivo altruísta puro são por Ele transmitidas ao anjo dos registros da Hierarquia: somente aqueles discípulos que procuram a iniciação por causa do poder acrescentado para ajudar e abençoar que ela confere, encontrarão uma resposta ao seu apelo. Aqueles que não se importam com a iniciação não recebem a sagração ocultista, e os ansiosos — por egoísmo ou curiosidade — de participarem nos mistérios, não passam pela porta, mas permanecem batendo à mesma, do lado de fora. Aqueles que têm capacidade para servir, aqueles que estão curvados com um senso de necessidade mundial, com a responsabilidade pessoal assim despertada, e que cumpriram a lei, batem e recebem resposta, e fazem a solicitação que encontra aceitação. São aqueles que enviam um grito de angústia por mais poder para ajudar, o qual penetra nos ouvidos Daqueles Que silenciosamente esperam.

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Regra III
Triplo deve ser o chamado, e demorada a sua emissão. Lance o discípulo o grito através do deserto, sobre o mar e através dos fogos que o separara da porta velada e oculta.

Sob esta simbologia chega ao discípulo a injunção para fazer o deserto da vida do plano físico florir como a rosa, de modo que, do jardim da vida inferior, possam elevar-se aqueles sons e aromas e uma vibração suficientemente forte para cruzar o espaço existente entre ela e o portal; para silenciar as águas agitadas da vida emocional, de modo que em sua límpida e quieta expansão, aquele portal se possa refletir e a vida inferior reflita a vida espiritual da divindade que nele habita; para fazer passar através do ígneo forno aqueles motivos, palavras e pensamentos que são a mola mestra da atividade e têm sua origem no plano mental. Quando estes três aspectos do Ego em manifestação, o Deus interno, são dominados, coordenados e utilizados, então, mesmo inconscientemente para ele, a voz do discípulo será ouvida, suplicando que a porta seja aberta. Quando a vida inferior no plano físico é fertilizada, a emocional estabilizada e a mental transmutada, então nada pode impedir que o ferrolho daquela porta seja aberto e que o discípulo penetre. Somente a vibração sincrônica àquela que se acha do outro lado da porta faz com que ela se abra e, quando a chave da vida do discípulo sintonizar com a da vida hierárquica, então, uma por uma, as portas se abrirão e nada poderá conservá-las fechadas.

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Regra IV
Que o discípulo observe a evolução do fogo; alimente as vidas inferiores e assim mantenha a roda girando.

Determina-se que o discípulo tenha presente sua responsabilidade em relação àquelas muitas vidas menores que, em sua totalidade, compõem o seu triplo corpo de manifestação. Assim é a evolução possível, e assim cada vida, nos diferentes reinos da natureza, conscientemente ou inconscientemente, cumpre sua função de vitalizar corretamente aquilo que é para ela o que o planeta é para o Sol. Assim o desdobramento do plano logoico prosseguirá com maior precisão. O reino de Deus está no íntimo e o dever daquele Regente interno oculto é duplo: primeiro, para com as vidas que formam os corpos, físico, astral e mental; depois para com o macrocosmos, o mundo do qual o microcosmos é apenas uma partícula infinitesimal.

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Regra V
Que o solicitante cuide que o anjo solar apague a luz dos anjos lunares, permanecendo o luminar único no céu microcósmico.

Para cumprir esta determinação todos os solicitantes necessitam fazer duas coisas: Primeiro, estudar sua origem, para conscientizarem-se de sua própria verdadeira psicologia compreendida ocultamente e se tornarem cientificamente conscientes da natureza real do Ego, ou eu Superior, atuando no corpo causal. Depois, têm que afirmar no plano físico, por intermédio dos três corpos inferiores, sua divindade inata, e demonstrar em grau sempre crescente, seu valor essencial. Em segundo lugar, estudar a constituição do homem, compreender o método de funcionamento da natureza inferior, conscientizar a interdependência e a inter-relação de todas as coisas vivas e assim dominar as vidas menores que compõem aqueles três corpos de manifestação. Assim o Senhor solar, a Realidade interior, o Filho do Pai e o Pensador, em seu próprio plano, se torna o intermediário entre o que é da Terra, terreno, e aquilo que faz do sol sua morada. Deis versos da Bíblia ocultam algo desta ideia e aos estudantes do Ocidente poderá ser útil meditar sobre eles: “Os reinos deste mundo se tornaram o reino de nosso Senhor e de Seu Cristo.” “Oh! Senhor, nosso Deus, outros senhores além de ti têm poder sobre nós, mas por Ti, somente, mencionaremos Teu Nome.” O último verso é particularmente interessante, uma vez que ele demonstra a supressão do som inferior e da força criativa, por aquela que é de origem superior.

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Regra VI
Os fogos da purificação ardem baixo e fracamente quando o terceiro é sacrificado em favor do quarto. Por isso, que o discípulo se abstenha de matar e que ele nutra o que é o mais inferior, com o produto do segundo.

Esta regra poderia ser resumida na trivial instrução a cada discípulo, para que ele seja estritamente vegetariano. A natureza inferior se torna lerda e pesada e o brilho interno não pode resplandecer quando se inclui a carne na dieta. Esta é uma regra drástica para os solicitantes e não pode ser violada. Os aspirantes, conforme sua preferência, podem escolher entre comer carne ou não, mas numa certa etapa do caminho é essencial que toda a ingestão de carne, de qualquer espécie, cesse, e a mais cuidadosa atenção deve ser dada à dieta. Um discípulo pode restringir-se às verduras, legumes, cereais, frutas e nozes. Somente assim pode ele construir o tipo de corpo físico capaz de suportar a entrada do homem real que permaneceu nos seus corpos mais sutis, perante o Iniciador Se não fizer isso, e se fosse possível receber a iniciação sem ter-se assim preparado, o corpo físico seria despedaçado pela entrada da energia através dos centros recentemente estimulados, e terrível perigo para o cérebro, para a coluna, ou o coração, resultaria.

Naturalmente, deve ser aqui reconhecido que não podem ser fixadas regras rígidas, exceto as iniciais para todos os iniciantes, pelas quais são absolutamente proibidas, a carne, o peixe, bebidas fermentadas de toda espécie, assim como o uso do fumo. Para aqueles que podem suportá-lo, os ovos e o queijo são algumas vezes de preferência eliminados da dieta, mas isto não é de modo algum compulsório. É sempre aconselhável que aqueles que estão em processo de desenvolver faculdades psíquicas de qualquer espécie, não devem permitir-se comer ovos e se não muito pouco queijo. O leite e a manteiga entram numa diferente categoria e a maioria dos iniciados e solicitantes acham necessário conservá-los na dieta. Umas poucas e excepcionais pessoas podem subsistir e conservar suas plenas energias físicas sob a dieta mencionada no parágrafo precedente, mas aí o ideal é corporificado, e como nós todos sabemos, o ideal é raramente atingível no presente período de transição.

Duas coisas, a propósito, deveriam ser enfatizadas: Primeiro, a necessidade de todos os solicitantes terem bom senso; este fator está muitas vezes ausente e os estudantes farão bem em lembrar que fanáticos desequilibrados não são membros desejáveis da Hierarquia. O equilíbrio, um justo senso de proporção, uma devida consideração pelas condições ambientais e um sadio bom-senso são as características do verdadeiro ocultista. Quando um real senso de humor, existir, igualmente, muitos perigos serão evitados. Em segundo lugar, um reconhecimento do tempo, e uma capacidade em agir lentamente ao efetuar mudanças na dieta e nos hábitos da vida. Tudo na natureza progride lentamente e os solicitantes devem aprender a verdade oculta das palavras: “apressa-te lentamente”. Um processo de gradual eliminação é habitualmente o caminho da sabedoria e este período de eliminação deve — sob condições ideais que tão raramente existem — cobrir a etapa que nós denominaríamos a do aspirante, de modo que, quando um homem se tornar um solicitante à Iniciação, ele terá feito a necessária purificação preparatória da dieta.

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Regra VII
Que o discípulo volte sua atenção para a emissão daqueles sons que ecoam nos vestíbulos onde caminha o Mestre. Que ele não entoe as notas menores que despertam a vibração nos vestíbulos de Maya.

O discípulo que procura transpor os Portais da Iniciação não pode fazê-lo até que tenha aprendido o poder da palavra e o poder do silêncio. Isto tem um significado mais profundo e mais amplo do que talvez seja aparente, pois ele contém, se corretamente interpretada, a chave para a manifestação, a pista para os grandes ciclos e a revelação do propósito subjacente no pralaya. Até que um homem compreenda o significado da palavra falada e até que ele utilize o silêncio dos lugares elevados para alcançar os efeitos desejados num ou noutro plano, ele não pode ser admitido naqueles reinos onde cada som e cada palavra produzem poderosos resultados na matéria, de alguma espécie, estimulados por dois fatores predominantes, (a) uma vontade poderosa, cientificamente aplicada e (b) um motivo certo, purificado nos fogos.

Um adepto é um criador na matéria mental, um originador de impulsos no plano mental, dessa maneira produzindo resultados na manifestação física ou astral. Esses resultados são poderosos e efetivos, daí a necessidade de seu originador ser puro nos pensamentos, preciso na palavra, habilidoso na ação. Quando estas ideias forem conscientizadas pelos solicitantes, a consequência imediata serão importantes modificações na vida quotidiana. Estas modificações poderiam, dado o seu uso prático, ser assim enumeradas:

a) Os motivos serão cuidadosamente pesquisados e uma vigilância permanente será mantida sobre os impulsos originadores. Daí por que, durante o primeiro ano em que o solicitante se devotar ao trabalho de preparação para a iniciação, ele fará, três vezes ao dia, um registro escrito das investigações em que está envolvido, a que concernem seus motivos, ou a mola mestra da ação.

b) O modo de falar será observado e uma tentativa será feita para eliminar todas as palavras não bondosas, desnecessárias e inócuas. Os efeitos da palavra falada serão estudados remontando-se aos impulsos originadores que, em cada caso, dão inicio à ação no plano físico.

c) O silêncio será cultivado e os solicitantes serão cuidadosos em preservar estrito silêncio relativamente a si próprio, seu trabalho ou conhecimento ocultista, os assuntos daqueles com quem estão associados, e o trabalho do seu grupo ocultista. Somente nos círculos do grupo ou em conexão com seus superiores será permitida uma sábia liberdade no falar. Há um tempo para falar. Aquele tempo vem quando o grupo pode ser servido por palavras sábias, por uma cuidadosa revelação das boas ou más condições e uma palavra rara, mas necessária, a algum irmão respeito à vida interior, ou a alguém superior ou grupo de oficiais no caso que um irmão possa estar impedindo um grupo, através de algum tipo de erro, ou poderá ajudar ao grupo se colocado em diferente tarefa.

d) O efeito da Palavra Sagrada será estudado, e condições preparadas, para usá-la sabiamente. A emissão da palavra e seus efeitos sobre um particular centro esotérico (em nenhum caso um centro físico) serão observados e a vida desta maneira influenciada e regulada.

A questão toda do estado do som e das palavras, sagradas ou de outro tipo, tem que ser assumida pelos solicitantes á Iniciação. Isto é algo que precisa ser mais ativamente encarado por todos os grupos ocultistas.

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Regra VIII
Quando o discípulo se aproxima do portal, os Sete maiores devem despertar e provocar uma resposta dos sete menores, sobre o duplo círculo.

Esta regra é muito difícil e contém em si elementos perigosos para o homem que começa a trilhar prematuramente o caminho final. Literalmente, ele pode ser assim interpretado: o candidato à iniciação deve de certo modo desenvolver a vibração dos sete centros da cabeça e assim lançar à aumentada atividade vibratória os sete centros no corpo no plano etérico; afetando também, através da vibração recíproca, os sete centros físicos que são inevitavelmente estimulados quando os sete centros etéricos se aproximam de sua vibração máxima. Não é necessário ampliar este ponto além de assinalar que como os sete centros na cabeça, ao se tornarem capazes de responder ao Ego, os sete centros seguintes,

1. A cabeça, considerada como uma unidade,
2. O coração,
3. A garganta,
4. O plexo solar,
5. A base da coluna,
6. O baço,
7. Os órgãos reprodutores,

são também afetados, mas segundo a linha de purificação e controle. Isto produzirá resultados nos órgãos nitidamente físicos, através dos quais o homem atua no plano físico. Para ilustrar: O homem pode então transferir conscientemente o fogo e a energia criativos, dos órgãos reprodutores para a garganta, ou, através do controle consciente do coração, produzir uma elevação de ânimo do corpo físico. Isto não será alcançado através das práticas de Hatha Yoga, nem concentrando a atenção nos órgãos do corpo físico, mas através do desenvolvimento do controle pelo Deus interno, Que trabalha através do centro da cabeça e assim domina tudo mais.
O solicitante, por isso, aplicará todas as suas energias no desenvolvimento da vida espiritual, a qual será expressão do correto pensar, da meditação e do serviço. Através do profundo estudo de tudo que deva ser conhecido com relação â energia e seus pontos focais, ele coordenará sua vida de modo que a vida do espírito possa fluir através dela. Este estudo somente pode ser desenvolvido com segurança, atualmente, no trabalho grupal e sob a direção de um instrutor; os discípulos comprometer-se-ão a não permitirem experimentação em suas vidas e nenhuma descuidada vulgaridade com os fogos do corpo. Simplesmente aplicar-se-ão a uma compreensão teórica e uma vida de serviço.

Os centros então desenvolver-se-ão normalmente, enquanto o solicitante se decide a amar perfeitamente seu irmão na verdade e de fato, a servir devotadamente, a pensar inteligentemente e a manter uma estreita observação sobre si mesmo. Ele também registrará tudo que em sua vida interior lhe pareça relacionado com a evolução dos centros. Este registro pode ser apreciado e comentado pelo instrutor, uma dedução procurada, e a quota de informação assim ganha, anotada para referência grupal. Desta maneira, muito conhecimento pode ser armazenado e usado.

O solicitante que faz mau uso do conhecimento, que se dedica a práticas do tipo “exercícios respiratórios para o desenvolvimento , ou se concentra nos centros, inevitavelmente fracassará em sua tentativa de alcançar o Portal e pagará o preso em seu corpo, pelo aparecimento da loucura, de condições neurastênicas e de varias enfermidades físicas.

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Regra IX
Que o discípulo se funda no circulo dos seus outros “eus”. Que uma cor única os misture e sua unidade apareça. Somente quando o grupo é conhecido e sentido, pode a energia emanar sabiamente.

Uma coisa que todos os discípulos e solicitantes à iniciação têm que fazer é encontrar aquele particular grupo de servidores ao qual pertencem no plano interno, reconhecê-los no plano físico e unirem-se a eles no serviço pela raça. Este reconhecimento estará baseado:

a) Na unidade do objetivo.
b) Na unidade da vibração.
c) Na identidade na afiliação grupal.
d) Nos laços cármicos de antiga existência.
e) Na capacidade de trabalhar em relação harmônica.

Superficialmente, esta pode parecer uma das regras mais fáceis, mas, na prática, não é assim. Os equívocos ocorrem com facilidade e o problema de trabalhar harmonicamente no alinhamento grupal não é tão simples como possa parecer. A vibração egoica e o relacionamento podem existir e, no entanto, as personalidades externas pedem não se harmonizar. É a tarefa, então, do solicitante, fortalecer o laço de seu Ego sobre sua personalidade, de modo que a relação esotérica do grupo se torne possível no plano físico. Ele fará isso disciplinando sua própria personalidade, e não corrigindo seus irmãos.

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Regra X
O Exército da Voz, os devas em suas fileiras cerradas, trabalham incessantemente. Que o discípulo aplique-se à consideração de seus métodos; que ele aprenda as regras pelas quais o Exército trabalha dentro dos véus de Maya.

Esta regra se refere ao trabalho de investigação ocultista, que deve ser perseguido, num certo momento, por todos os que buscam a iniciação. Embora não seja seguro para o não-iniciado interferir na evolução paralela dos devas, contudo é necessário e seguro investigar o procedimento seguido pelos construtores, os métodos por eles seguidos, reproduzindo do arquétipo, através do etérico, aquilo a que chamamos de manifestação física; seus grupos devem ser de algum modo conhecidos teoricamente e os sons, pelos quais são lançados à atividade, considerados. Isto envolve, portanto, o estudo organizado, por todos os solicitantes:

1. Do propósito do som.
2. Do significado esotérico das palavras, da gramática e da sintaxe.
3. Das leis da vibração e da eletricidade, bem como de outros estados subsidiários que se relacionam com a manifestação da divindade e da consciência, por intermédio da substancia dévica e da atividade dos devas controladores. As leis do macrocosmo serão investigadas e a correspondência entre as atividades do microcosmo e a manifestação ativa do macrocosmo, reconhecidas.

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Regra XI
Que o discípulo transfira o fogo do triângulo inferior para o superior e preserve aquilo que for criado pelo fogo do ponto do meio do caminho.

Isto significa, literalmente, o controle, pelo iniciado, do impulso sexual, como habitualmente compreendido e a transferência do fogo que agora normalmente vitaliza os órgãos reprodutores, para o centro da garganta, assim levando a criação no plano mental, por intermédio da mente. Aquilo que vier a ser criado precisará então ser nutrido e sustentado pela energia do amor da natureza, emergindo do centro do coração.

O triângulo ao qual nos referimos é:

1. O plexo solar.
2. A base da coluna.
3. Os órgãos reprodutores.
Ao passo que o superior é, como assinalado.
1. A cabeça.
2. A garganta.
3. O coração.

Isto poderia ser interpretado, pelo leitor superficial, como uma injunção à vida celibatária e o compromisso, do solicitante, em abster-se de toda manifestação física do impulso sexual. Não é isso. Muitos iniciados alcançaram seu objetivo enquanto participavam do devido e prudente uso da relação conjugal. Um iniciado cultiva uma especial atitude mental, na qual há um reconhecimento de que todas as formas de manifestação são divinas e que o plano físico é tanto uma forma de expressão divina como qualquer dos planos superiores. Ele se conscientiza de que a manifestação mais baixa da divindade deve estar sob o controle consciente daquela divindade encarnada, e que todos os atos de cada espécie devem ser regulados pelo esforço em cumprir todo dever e obrigação, controlar cada ação e fato e utilizar o veículo físico de modo que o grupo possa assim ser beneficiado e ajudado em seu progresso espiritual, e a lei perfeitamente cumprida.

Não se pode negar que pode ser aconselhável, em certas etapas, um homem exercer perfeito controle segundo qualquer particular linha, através de uma abstinência temporária, mas esse é um meio para um fim e será seguido por etapas em que — o controle tendo sido alcançado — o homem demonstre perfeitamente, por intermédio do corpo físico, os atributos da divindade, e cada centro será normal e sabiamente usado, e os propósitos da raça assim adiantados.

Os iniciados e Mestres, em muitos casos, se casam e normalmente cumprem seus deveres como marido e esposas, mas todo é controlado e regulado pelo propósito e intenção e nenhum é arrastado pela paixão ou desejo. No homem perfeito, no plano físico, todos os centros estão sob completo controle e sua energia é legitimamente usada; a vontade espiritual do Deus divino interno é o principal fator e haverá uma unidade de esforço, exibida em todos os planos, através de todos os centros, para o maior bem do maior número.

Este ponto foi abordado porque tantos estudantes se perdem nesses assuntos e cultivam, ou uma atitude mental que resulta na completa atrofia da natureza física normal inteira, ou se entregam numa orgia de licenciosidade sob o pretexto do “estímulo dos centros”, assim ampliando o desenvolvimento astral. O verdadeiro iniciado deve ser conhecido por sua sóbria e santificada moralidade, por sua firme conformação ao que é melhor para o grupo como enfatizado pelas leis grupais do país, por seu controle e freio aos excelsos de qualquer espécie e pelo exemplo que dá, aos seus circunstantes, de uma vida espiritual e da retidão moral, juntamente com a disciplina de sua vida.

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Regra XII
Que o discípulo aprenda o uso da mão no serviço; que ele procure a marca do mensageiro em seus pés, e aprenda a ver com o olho que observa de entre os dois.

Esta regra parece de fácil interpretação à primeira vista, e parece impor ao aplicante o uso das mãos no serviço, dos pés nas mensagens hierárquicas, e o desenvolvimento da clarividência. Mas o significado real é muito mais esotérico. Ocultamente entendido, o “uso das mãos” é a utilização dos chacras (ou centros) nas palmas das mãos em:

a) Curar doenças corporais.
b) Abençoar, e assim curar doenças emocionais.
c) Elevá-las em oração, ou o uso dos centros das mãos durante a meditação, na manipulação da matéria e correntes mentais.

Estes três pontos merecerão cuidadosa consideração e muito pode ser aprendido, pelos estudantes ocidentais, do estudo da vida do Cristo e de uma apreciação de Seus métodos ao usar Suas mãos. Mais não pode ser dito aqui, visto que o assunto é muito vasto para ser ampliado neste breve comentário.

A “Marca do mensageiro” nos pés, é uma referência àquele bem conhecido símbolo das asas nos calcanhares de Mercúrio. Muito sobre este assunto será revelado aos estudantes nas escolas ocultistas que reunirem tudo que puderem achar relativo aos Mensageiros dos deuses, e também estudarem com cuidado os dados que os estudantes de astrologia tiverem recolhido a respeito do planeta Mercúrio, e o que os estudantes do ocultismo reuniram relativamente à ronda interna Superficialmente, a expressão “o olho que observa de entre os dois” parece significar o terceiro olho, que os clarividentes usam, mas o significado é muito mais profundo do que aquele, e se acha oculto nos seguintes fatos:

a) Que a visão interna é aquela que todos os seres autoconscientes, desde um Logos até um homem, estão no processo de desenvolvimento.
b) Que o Ego, ou Eu Superior, é literalmente, para a Mônada, o que o terceiro olho é para o homem, e por isso é descrito como se observasse de entre a Mônada ou o Eu espiritual, de um lado, e o eu pessoal de outro.

No sentido mais amplo, portanto, esta regra incita o solicitante a desenvolver a autoconsciência e assim aprender a atuar no corpo causal, nos níveis mais elevados do plano mental, controlando dali todos os veículos inferiores e vendo claramente tudo que puder ser visto nos três mundos, no passado e no futuro.

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Regra XIII
Quatro coisas deve o discípulo aprender antes que lhe possa ser revelado aquele mais intimo mistério: primeiro, as leis daquilo que irradia; os cinco significados da magnetização compõem a segunda; a terceira é a transmutação, ou o segredo perdido da alquimia; por último, a primeira letra da Palavra que foi transmitida, ou o nome egoico oculto.

Esta regra não pode ser desenvolvida. Ela diz respeito a mistérios e assuntos muito vastos para serem plenamente tratados aqui. Está incluída nestas regras para que constitua um assunto para meditação, para estudo e para discussão grupal.

A regra final é multo breve e consiste de cinco palavras.

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Regra XIV
Ouça, toque, veja, aplique, conheça.
Estas palavras referem-se ao que o cristão poderia adequadamente chamar a consagração dos três sentidos maiores e sua utilização na evolução da vida espiritual interna, a aplicação feita, então, daquilo que é aprendido e assegurado, seguida da frutificação do conhecimento alcançado.

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UM CATECISMO ESOTÉRICO

As seguintes palavras pertencem ao Arquivo XIII dos Registros dos Mestres, e trazem consigo uma mensagem para o lutador no Caminho. Elas seguem de certa maneira um velho catecismo, e costumavam ser recitadas pelos participantes nos mistérios menores antes de passarem para os maiores.

Que vês, ó! Peregrino? Eleva teus olhos e dize o que vês.

Eu vejo uma escada, elevando-se e penetrando na abóbada azul, seus pés perdidos na névoa e brumas que envolvem nosso planeta.

Onde estás, ó! Peregrino? Sobre quê repousam teus pés?

Apoio-me sobre uma parte da escada, bem próximo da quarta; sua última parte se estende ante mim nas trevas de uma noite tempestuosa. Além daquela esfera extremamente sombria, vejo a escada elevar-se novamente, radiosa e brilhando na sua quinta divisão.

Que indicam as divisões que assim descreves como separadas umas das outras? Não formam, todas, senão uma escada completa de proporções claramente definidas?

Um vazio sempre aparece à vista, o qual (quando observado mais de perto) se dissolve numa Cruz, pela qual se sobe à divisão seguinte.

Que ocasiona, pois, a Cruz? Como te elevas por sua ajuda?

A Cruz é formada por aspirações, instaladas pelo impulso divino, que corta de lado a lado os desejos inferiores do mundo, implantados pela vida desenvolvida de baixo.

Explica mais claramente que queres dizer e como aquela Cruz se torna o Caminho.

Os braços que formam a Cruz se tornam a grande linha divisória, colocada entre o inferior e o superior. Sobre aqueles braços as mãos são cravadas, - as mãos que agarram e sustentam, ministrando para as necessidades inferiores, assim treinadas através de muitos eons. O! Quando as mãos estão impossibilitadas de segurar ou suster, a vida interior sai de seu receptáculo e se eleva pelo membro verticalmente, a partir do quaternário inferior, e a Cruz de fato se torna uma ponte sobre o vazio.

É fácil a ascensão dos que sobem aquele membro e deixam para trás o quaternário?

Eles passam através de lágrimas, através de nuvens e névoas; eles sofrem e morrem. Dão adeus a todos os amigos da Terra; sobem o Caminho sozinhos; formam a ponte sobre o vazio com realizações amorosas feitas na dor da vida; erguem para o alto uma mão, para Aquele Que está acima: oferecem a outra para baixo, ao homem que está logo abaixo. As mãos livres dos braços transversais, são liberadas apenas para serem seguras. Somente as mãos vazias, marcadas pelos cravos, podem manter completa a corrente.

Onde termina a escada? Que ponto da sombra ela penetra e onde projeta sua ponta?

Ela corta a esfera cristalina com todas as suas miríades de formas; ela atravessa o plano aquoso, lavada pelas agitadas marés; atravessa o mais profundo inferno, até a mais densa maya, e termina no fogo latente, o lago fundido da mais feroz chama, em contato com os moradores do fogo, os Agnichaitans do calor escarlata

Até onda se ergue a escada? Onde é que ela termina?

Ela sobe através das esferas radiantes, através de todas as suas divisões. Ela se ergue até o poderoso Trono, no quinto final, e passa daquele poderoso Trono para outro ainda maior.

Quem tem assento naquele poderoso Trono, no quinto final?

Aquele cujo Nome mencionamos, salvo em profunda adoração; o Jovem dos Verões Eternos, a própria Luz da Vida, o Maravilhoso, o Ancião, o Senhor do Amor de Vênus, o Grande Kumara com a Espada Flamejante, a Paz de toda a Terra.

Senta-se Ele só, este Maravilhoso Ser, em Seu trono de safira?

Ele se senta só; entretanto, próximo aos degraus de arco-íris estão três outros Senhores, armazenando o produto de Sua obra e sacrificando todo o Seu Ganho para auxiliar o Senhor do Amor.

São Eles auxiliados em Seu trabalho? Haverá outros Seres de poderes maiores que os nossos, que também permanecem na escada?

Estes poderosos Quatro. Ação e Amor, em sábia cooperação, trabalham com Seus Irmãos de um grau menor, os três Grandes Senhores que nós conhecemos.

Quem auxilia estes poderosos Senhores? Quem dá prosseguimento ao Seu trabalho, ligando o inferior ao superior?

Os Irmãos do Amor Logoico em todos os Seus muitos graus. Eles ficam no quinto final até ele absorver todo o quarto.

Até onde sobe a escada, então?

Ela ascende até o maior de todos os Senhores, perante Quem até o Ancião se curva em reverente obediência; ante Cujo trono de fulgente luz os Anjos do mais elevado Grau, Mestres e Senhores da extrema compaixão, prostram-Se e humildemente Se curvam, esperando pela Palavra para elevar-se.

Quando soa aquela Palavra? Que transpira quando ela ecoa das esferas?

Aquela Palavra não se pronuncia enquanto tudo não estiver consumado, até que o Senhor do infinito amor considere o trabalho correto. Ele pronuncia então uma palavra menor que vibra através do esquema. O Senhor maior de Amor cósmico, ouvindo o som circulante, completa os acordes e exala o todo.

Que será visto, ó! Peregrino no Caminho, ao soar aquele acorde final?

A música das esferas infinitas, a fusão das sete; o fim das lágrimas, do pecado, da luta, a dissolução das formas; o fim da escada, a fusão no Todo, a consumação das esferas circulantes e sua entrada na paz.

Que parte, ó! Peregrino no Caminho, desempenhas neste esquema? Como entrarás na paz? Como permanecer ante teu Senhor?

Eu desempenho minha parte com firme decisão, com séria aspiração, eu olho para o alto, ajudo embaixo; não sonho, nem descanso; eu ajo; eu sirvo; eu colho; eu oro; eu sou a Cruz; eu sou o Caminho; eu caminho na obra que faço; elevo-me sobre meu imolado ego; mato o desejo e luto sem esperar recompensas. Eu renuncio à paz; perco o repouso e, na tensão da dor, perco o meu ego e acho o Meu Ego e entro na paz.

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GLOSSÁRIO

ADEPTO - Um Mestre, ou ser humano que, tendo percorrido o caminho da evolução e penetrado na etapa final do caminho, o Caminho da Iniciação, recebeu cinco das Iniciações e alcançou, pois, a Quinta, ou reino Espiritual, tendo apenas mais duas Iniciações a receber.

ADI - O Primeiro; o primevo; o plano atômico do sistema solar; o mais elevado dos sete planos.

AGNI - O Senhor do Fogo, nos Vedas. O mais antigo e mais reverenciado dos Deuses na índia. Uma das três Grandes Deidades, Agni, Vayu e Surya, e também todas as três, uma vez que ele é o triplo aspecto do fogo; o fogo é a essência do sistema solar. A Bíblia diz;

“Nosso Deus é um fogo consumidor”. É também o símbolo do plano mental do qual Agni é o principal senhor.

AGNICHAITANS - Um grupo de devas de fogo.

ANTAHKARANA - O caminho, ou ponte, entre a mente superior e a inferior, servindo como um meio de comunicação entre as duas. É constituído pelo próprio aspirante, na matéria mental.

ASHRAM - O centro no qual o Mestre reúne os discípulos e aspirantes para instrução pessoal.

ATLÂNTIDA - O continente que submergiu no oceano Atlântico, de acordo com o ensino oculto e Platão. Atlântida foi a sede da Quarta Raiz, à qual nós agora chamamos os Atlantes.

ATMA - O Espírito Universal; a Mônada divina; o sétimo Princípio; assim chamado na constituição setenária do homem. (Ver diagrama na Introdução).

ÁTOMO PERMANENTE - Aqueles cinco átomos, com a unidade mental, um em cada um dos cinco planos da evolução humana (a unidade mental estando também no plano mental) dos quais a mônada se apropria para fins de manifestação. Formam um centro estável e são relativamente permanentes. Em torno deles, os vários envoltórios ou corpos são construídos. São, literalmente, pequenos centros de força.

AURA - Uma essência ou fluido sutil invisível, que emana dos corpos humanos e dos animais, e mesmo das coisas. É um eflúvio psíquico, pertencendo tanto à mente quanto ao corpo. É eletro-vital e também eletro-mental.

BODHISATTVA - Literalmente, aquele cuja consciência se tornou inteligência, ou buddhi. Aqueles que necessitam apenas mais uma encarnação para se tornarem budas perfeitos. Nesta obra, Bodhisattva é o nome dado ao cargo que é atualmente exercido pelo Senhor Maitreya, Que é conhecido no Ocidente como o Cristo. Este cargo poderia ser traduzido como o do Instrutor Mundial. O Bodhisattva é o Líder de todas as religiões do mundo e o Mestre dos Mestres e dos anjos.

BUDA(O) - O nome dado ao Gautama. Nascido na Índia em torno de 621 A.C., tornou-se um buda integralmente em 592 A.C. Buda significa “Iluminado”, e Ele atingiu o grau mais elevado de conhecimento possível para o homem neste sistema solar.

BUDDHI - A alma Universal, ou Mente. É a alma espiritual no homem (o Sexto Princípio) e por isso o veículo de Atma, o Espírito, que é o Sétimo Princípio.

CARMA - Ação física. Metafisicamente, a lei de retribuição; a lei de causa e efeito, ou causação ética. Há o carma do mérito e o carma do demérito. É o poder que controla todas as coisas, a resultante da ação moral, ou o efeito moral de um ato cometido para a conquista de algo que gratifica um desejo pessoal.

CHOHAN - Senhor, Mestre, um Chefe. Neste livro, refere-se àqueles Adeptos que prosseguiram e receberam a sexta Iniciação.

CIRCULO-NÃO-SE-PASSA - Este fica nos limites do sistema solar manifestado e é a periferia da influência do Sol, assim entendida tanto exotérica quanto esotericamente. O limite do campo de atividade da força da vida central.

CORPO CAUSAL - Este corpo, do ponto de vista do plano físico, nem é corpo subjetivo, nem objetivo. É, entretanto, o centro da consciência egoica, e é formado da conjunção do buddhi e manas. Ê relativamente permanente, dura por todo o longo ciclo de encarnações e somente é dissolvido após a quarta Iniciação, quando não existe mais necessidade de novos renascimentos da parte de um ser humano.

CORPO ETÉRICO - (duplo etérico) O corpo físico de um ser humano, de acordo com o ensinamento oculto, é formado de duas partes, o corpo físico denso e o corpo etérico. O corpo físico denso é formado de matéria dos três mais baixos subplanos do plano físico. O corpo etérico é formado dos quatro mais elevados, ou subplanos etéricos do plano físico.

DEVA (OU ANJO) - Um deus. No Sânscrito, uma divindade resplandecente. Um Deva é um ser celestial, seja bom, mau, ou indiferente. Os Devas estão divididos em muitos grupos, e são chamados, não somente anjos e arcanjos, mas construtores menores e maiores.

ELEMENTAIS - Os Espíritos dos Elementos; as criaturas envolvidas nos quatro reinos, ou elementos, terra, água, fogo e ar. Com exceção de umas poucas espécies superiores e seus dirigentes, eles são forças da natureza, mais do que homens e mulheres etéricos.

FOHAT - Eletricidade cósmica; luz primordial; a energia elétrica sempre presente; a força vital propulsora universal; o incessante poder formador e destruidor; a síntese das muitas formas dos fenômenos elétricos.

GRUPOS EGÓICOS - No terceiro subplano do quinto plano, se acham os corpos causais dos homens e das mulheres. Estes corpos, que são a expressão do Ego, ou da autoconsciência individualizada, são reunidos em grupos de acordo com o raio ou qualidade do particular Ego envolvido.

GURU - Instrutor Espiritual. Um Mestre nas doutrinas éticas e metafísicas.

HIERARQUIA - Aquele grupo de seres espirituais dos planos internos do sistema solar que são as forças inteligentes da natureza e que controlam os processos evolutivos. Eles próprios são divididos em doze Hierarquias. No nosso esquema planetário, o esquema terrestre, há um reflexo dessa Hierarquia que é chamada, pelos ocultistas, a Hierarquia Oculta. Esta Hierarquia é formada de chohans, adeptos e iniciados, atuando através de seus discípulos e, por intermédio destes, no mundo.

INICIAÇÕES - Da raiz latina significando os primeiros princípios de qualquer ciência. Processo de penetrar nos mistérios da ciência do Ego e do eu uno em todos os seres. O Caminho da Iniciação é a etapa final do caminho da evolução trilhado pelo homem e é dividido em cinco etapas, chamadas as Cinco Iniciações.

IOGA -
1 - Uma das seis escolas da Índia, diz-se que fundada por Patânjali, mas na realidade de origem muito anterior.
2 - A prática da Meditação como um meio de conduzir à libertação espiritual.

JIVA - Uma unidade separada de consciência.

KALI YUGA – “Yuga” é uma idade ou ciclo. De acordo com a filosofia hindu, nossa evolução está dividida em quatro yugas, ou ciclos. A Kali-yuga é a era presente. Ela significa a “Era Negra”, um período de 432.000 anos.

KUMARAS - Os mais elevados sete autoconscientes no sistema solar. Estes sete Kumaras manifestam-se por intermédio de um esquema planetário, da mesma maneira que um ser humano se manifesta por intermédio de um corpo físico. Eles são chamados pelo hindu, de «os filhos de Brahma nascidos da mente», entre outros nomes. São a totalidade da inteligência e da sabedoria. No esquema planetário é visto o reflexo da ordem do sistema. No topo de nossa evolução mundial está o primeiro Kumara, auxiliado pelos seis outros Kumaras, três exotéricos e três esotéricos, os Quais são os pontos focais para a distribuição da força dos Kumaras sistêmicos.

KUNDALINI - O poder da Vida: uma das forças da natureza. É um poder somente conhecido por aqueles que praticam a concentração na Yoga e está centrado na coluna.

LEMÚRIA - Um termo moderno primeiramente usado por alguns naturalistas e agora adotado pelos teosofistas para indicar um continente que, de acordo com a Doutrina Secreta do Oriente, precedeu Atlântida. Foi o lar da terceira raça raiz.

LOGOS - A deidade manifestada através de cada nação e povo. A expressão exterior, ou o efeito da causa que está sempre oculta. Assim, a fala é o Logos do pensamento, daí ser corretamente traduzida pelo “verbum” e a “palavra” em seu sentido metafísico (veja João 1: 1-3).

LOGOS PLANETÁRIO - Este termo é geralmente aplicado aos sete espíritos mais elevados, correspondendo aos sete arcanjos dos Cristãos. Todos eles passaram através da etapa humana e agora se manifestam através de um planeta e de sua evolução, da mesma maneira que um homem se manifesta através de seu corpo físico. O mais elevado espírito planetário, trabalhando através de qualquer globo particular é, na realidade, o Deus pessoal do planeta.

MACROCOSMO - Literalmente, o grande universo; ou, Deus Se manifestando através de Seu corpo, o sistema solar.

MAHACHOHAN - O chefe do terceiro grande departamento da Hierarquia. Este Grande Ser é o Senhor da Civilização, e a floração do princípio da inteligência. É a encarnação no planeta, do terceiro aspecto da deidade, ou inteligência, em suas cinco atividades.

MAHAMANVANTARA - Os Grandes interlúdios de tempo entre dois sistemas solares. Este termo é frequentemente aplicado aos maiores ciclos solares. Implica um período de atividade universal.

MANAS, OU PRINCIPIO MANÁSICO - Literalmente, a Mente, a faculdade mental; aquilo que distingue o homem da mera animalidade. É o princípio individualizador; aquilo que capacita ao homem saber que ele existe, sente e conhece. Em algumas escolas ela é dividida em duas partes, a mente superior, ou abstrata, e a mente inferior, ou concreta.

MANTRAMS - Versos dos Vedas. No sentido exotérico, um mantram (ou aquela faculdade psíquica ou poder que transmite percepção ou o pensamento) é a parte mais antiga dos Vedas, a segunda parte das quais é composta dos Brahmanas. Na fraseologia esotérica, o mantram é a palavra feita carne, ou tornada objetiva através da magia divina. Uma forma de palavras ou sílabas arrumadas ritmicamente, de modo que, quando emitidas, gerem certas vibrações.

MANU - O nome representativo daquele Grande Ser que é o Dirigente, o pai e chefe da raça humana. O termo vem da raiz sânscrita “man” - pensar.

MANVANTARA - Um período de atividade que se opõe a um período de repouso, sem referência a qualquer específica extensão do ciclo. Frequentemente usada para expressar um período de atividade planetária e suas sete raças.

MAYA - Sânscrito, “Ilusão”. Do princípio da forma e da limitação. O resultado da manifestação. Geralmente usado num sentido relativo para os fenômenos ou aparências objetivas que são criados pela mente.

MAYAVI RUPA - Sânscrito, “Forma Ilusória”. É o corpo de manifestação criado pelo adepto, por um ato de vontade, para uso nos três mundos. Não tem nenhuma conexão com o corpo físico. É espiritual e etéreo e passa por toda parte sem qualquer obstáculo. É construído pelo poder da mente inferior, do mais alto tipo de matéria astral.

MICROCOSMO - O pequeno universo, ou homem, se manifestando através de seu corpo, o corpo físico.

MÔNADA - O Uno. O espírito tríplice em seu próprio plano. No ocultismo muitas vezes significa a tríada unificada - Atma, Buddhi, Manas; Vontade Espiritual, Intuição e Mente Superior - ou a parte imortal do homem que reencarna nos reinos inferiores e gradualmente progride através deles até o homem e, daí, até o objetivo final.

NIRMANAKAYA - Aqueles seres perfeitos que renunciam ao Nirvana (o mais alto estado de bem-aventurança espiritual) e escolhem uma vida de autossacrifício, tornando-se membros daquela hoste invisível que sempre protege a humanidade, dentro dos limites cármicos.

OVO ÁURICO - Uma denominação que foi dada ao corpo causal devido à sua forma.

PRAKRITI - Deriva seu nome de sua função como causa material da primeira evolução do universo. Pode-se dizer que é composto de duas raízes, “pra”, manifestar, e “krita”, fazer; significando, aquilo que fez o universo se manifestar.

PRANA - O Princípio de Vida, o alento da Vida. O ocultista crê na seguinte afirmação: “A Vida consideramos como forma una de existência, manifestando-se no que se chama matéria, ou o que, incorretamente separando-os, nós chamamos de Espírito, Alma e Matéria, no homem. A Matéria é o veículo para a manifestação da alma neste plano da existência; a alma é o veículo para a manifestação do espírito e estes três, como uma trindade, são sintetizados pela Vida, que os permeia a todos.”

PURUSHA - O ser espiritual. O ser encarnado. A palavra literalmente significa “O morador na cidade” - isto é, no corpo. Deriva do Sânscrito “pura”, que significa cidade ou corpo, a “usha” um derivado do verbo “vas”, habitar.

QUATERNÁRIO - O ser inferior quádruplo, ou homem, nos três mundos. Há várias divisões deste, mas talvez, para nosso propósito, o melhor seja enumerar os quatro da seguinte maneira:

1 - Mente inferior.
2 - Corpo emocional, ou kâmico.
3 - Prana, ou Princípio Vital.
4- O corpo etérico, ou a mais elevada divisão do corpo físico duplo.

QUINTO PRINCIPIO - O princípio da mente; aquela faculdade no homem que é o princípio pensante inteligente, e que diferencia o homem dos animais.

RAÇA RAIZ - Uma das sete raças do homem que evoluem num planeta durante o grande ciclo de existência planetária. Este ciclo é chamado um período mundial. A raça raiz Ariana, à qual pertencem as raças Hindu, Europeia e Americana moderna, é a quinta, a Chinesa e a Japonesa pertencendo à quarta raça.

RAIO - Uma das sete correntes de força do Logos; as sete grandes luzes. Cada um deles é a corporificação de uma grande Entidade Cósmica. Os sete raios podem ser divididos nos três Raios do Aspecto e nos Quatro Raios do Atributo, da seguinte maneira:

Raios do Aspecto

1 - O Raio da Vontade, ou Poder.
2- O Raio do Amor-Sabedoria.
3- O Raio da Atividade, ou Adaptabilidade.

Raios do Atributo

4- O Raio da Harmonia, Beleza, Arte ou Unidade.
5- O Raio do Conhecimento Concreto, ou Ciência.
6- O Raio do Idealismo Abstrato, ou Devoção.
7- O Raio da Magia Cerimonial, ou Lei.

Os nomes acima são simplesmente alguns escolhidos entre muitos, e englobam os diferentes aspectos da força por meio da qual o Logos se manifesta.

RAJA YOGA - O verdadeiro sistema de desenvolver os poderes psíquicos e espirituais e a união com o eu superior próprio, ou o Ego. Envolve o exercício, a regulação e a concentração do pensamento.

SENHOR DA CIVILIZAÇÃO - (Ver Mahachohan).

SENHOR RAJA - A palavra “Raja” simplesmente significa Rei, ou Príncipe; a palavra tem sido aplicada àqueles grandes anjos ou entidades que animam os sete planos. Estes são grandes devas, que são a totalidade e a inteligência controladora de um plano.

SENHORES DO FOGO - Uma das grandes Hierarquias de seres espirituais que guiam o sistema solar. Assumiram o controle da evolução da humanidade deste planeta há cerca de 18 milhões de anos, durante a metade da raça lemuriana, ou terceira raça raiz.

SENSA OU SENZAR - O nome para a língua sacerdotal secreta, ou a “linguagem do mistério” dos adeptos iniciados em todo o mundo. É uma língua universal e, grandemente, uma cifra hieroglífica.

SHAMBALLA - A Cidade dos Deuses, que fica para o Ocidente de algumas nações, ao Oriente de outras, ainda ao Norte ou ao Sul de outras. É a ilha sagrada no Deserto do Gobi. É o lar do misticismo e da Doutrina Secreta.

SUBPLANO ATÔMICO — A matéria do sistema solar é dividida, pelos ocultistas, em sete planos ou estados, o mais elevado dos quais é o plano atômico. Semelhantemente, cada um dos sete planos é dividido em sete subplanos, dos quais o mais elevado é chamado o subplano atômico. Há, portanto, quarenta e nove subplanos, e sete deles são atômicos.

TRÍADA - O Homem Espiritual; a expressão da mônada. É o espírito germinal contendo as potencialidades da divindade. Essas potencialidades serão desenvolvidas durante o curso da evolução. Esta Tríada forma o eu individualizado, ou separado, o Ego.

VIVEKA - Do Sânscrito “discriminação”. O próprio primeiro passo no caminho do ocultismo... é a discriminação entre o real e o irreal, entre a
substância e o fenômeno, entre o Ser e o Não-ser, entre espírito e matéria.
WESAK - Um festival que tem lugar nos Himalayas, na lua cheia de Maio. Diz-se que neste festival, ao qual estão presentes todos os membros da Hierarquia, o Buda, por um breve período, renova seu contato e associação com o trabalho de nosso planeta.

NOTA: Este glossário não pretende explicar completamente todos os termos acima. É simplesmente um esforço para trazer a este idioma certas palavras usadas neste livro, de modo que o leitor possa entender sua conotação. A maioria das definições foi colhida do glossário Teosófico, da Doutrina Secreta e da Voz do Silêncio.

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