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Livros de Alice Bailey

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Índice Geral das Matérias

Seção Três - O Fogo Elétrico do Espírito
Divisão C - Sete Estâncias Esotéricas
Caminho I. O Caminho do Serviço na Terra
Caminho II. O Caminho do Trabalho Magnético
Caminho III. O Caminho de Treinamento para os Logoi Planetários
Caminho IV. O Caminho para Sírio
Caminho Caminho V. O Caminho do Raio
Caminho VI. O Caminho onde Se Encontra o Próprio Logosa
Caminho VII. O Caminho da Absoluta Filiação

C. SETE ESTÂNCIAS ESOTÉRICAS

ESTÂNCIA I
(Extraída de Fórmulas Arcaicas N° 49)

CAMINHO I. O Caminho a Serviço na Terra

O Dragão que se oculta no mais inferior dos Sagrados Três ascende com todo o Seu poder. Em Sua boca sustenta as balanças e nelas Ele pesa os filhos dos homens que - no campo de batalha - são empalados em Sua lança.

Na grande balança sobre a qual Seus olhos se fixam, uma escala está velada por um vívido fogo verde; a outra, oculta-se por trás de um biombo vermelho.

Os filhos dos homens cuja nota não responde à nota do vermelho, entram para a escala do lado direito. De lá passam para um caminho que mal pode ser visto atrás da forma do dragão.

Entra-se para esse caminho por meio de uma porta quádrupla. As sagradas frases dos Filhos da Luz assim a definem: “O portal da luminosa luz, que conduz do verde para o coração do índigo, por aquele raro fogo e vívido fulgor colorido para a qual ainda não foi encontrado na Terra, um nome”. Seu tom está escondido.

Os filhos dos homens (bem poucos) entram por essa porta de fogo luminoso, quando eles galgam a crista de ouro que se ergue da cabeça do dragão, acima do ponto onde fulgura “o olho de fogo.”

Este olho de fogo transmite uma forte vibração vinda do tríplice Lhas, para um centro na cabeça do Adepto. Este, quando desperto, revela a Vida que é, a forma que será, e o trabalho unificado dos dois e do quatro.

Estes dois juntam-se. Sua essência mescla-se. O homem que busca este caminho é então empalado pela lança e empurrado para dentro da luz ardente que vela a balança. O processo místico prossegue então e... Assim é visto o trabalho de SATURNO, e assim é efetuada a consumação.

NOTA: Estas sete estâncias formam realmente uma só estância do mais antigo livro no mundo, com o qual o olhar do homem comum jamais fez contato. Damos aqui apenas o sentido, e não uma tradução literal, tendo sido eliminadas certas frases por uma ou outra destas três razões: porque o manuscrito é tão antigo que já esmaeceram certas palavras e símbolos ou porque sua apresentação no texto serviria apenas para causar confusão e até mesmo pareceriam ridículas devido à impossibilidade de traduzi-las corretamente; elas referem-se a realizações tão avançadas que escapam à compreensão do homem desta época.

Através da força fatal de SATURNO, o vencedor é então celeremente projetado para o cume da crista, e a seguir, para aquele vibrante disco que guarda a quádrupla porta de luminosidade.

Três Palavras são então confiadas Àquele que foi Liberado. Ele ergue-se triunfante sobre o célere disco e quando as pronuncia... a porta abre-se de par em par, e do outro lado, ouve-se uma voz dizer: “Filho da Compaixão, Mestre do Amor e Vida, a roda gira o tempo todo para aqueles que batalham no solo ardente debaixo dos pés do dragão.”

Tendo a primeira Palavra iniciado a sua missão, o vencedor levanta Sua cabeça e procura emitira segunda Palavra. Mas, ao emiti-la, suspende sua ampla vibração, atraindo novamente seu poder para Seu coração.

O movimento do disco torna-se mais lento. O portal da luz flamejante abre-se ainda mais. Vê-se uma forma. Ao Mestre do Coração Ardente, esta forma apresenta três joias preciosas. Seus nomes permanecem ocultos aos olhos dos homens que ainda não alcançaram a crista do dragão.

Estas três joias dão ao Mestre do Coração Ardente uma porção da força tripla que circula dentro da esfera do planeta.

Com o olhar atento e o coração repleto de amor ardente, o Mestre pronuncia a Palavra final. Ele desce do disco e dirige Seus Pés de Lótus de volta àquele Caminho que já houvera deixado para trás e, do outro lado, torna a montar a crista do Dragão. Sendo Ele próprio um dragão, Ele agora identifica-Se com aqueles que procuram a besta. E assim Ele serve, voltando as costas à porta da luz. Ele é o filho do dragão e cumpre seu destino...

Desconhecido, e não visto por Ele, aparece um disco ainda maior, girando incessantemente. Ele não vê seu movimento, porque Seus olhos estão voltados para o mundo para cujo serviço Ele retornou. O disco gira e traz de volta, para Seus olhos desprovidos de visão, uma Porta ainda maior e mais larga... Seu olho de visão abre-se... Ele pisa o primeiro grande caminho, sem o saber.

A nota que soa deste primeiro grande CAMINHO ainda não é ouvida por Ele. O som perde-se no grito que se ergue partindo dos filhos do dragão menor.

ESTÂNCIA XVII
(Extraída das Fórmulas Arcaicas. N° 49)

CAMINHO II. O Caminho do Trabalho Magnético

O Ardente solo cósmico de fogo vivo estende-se pela parte inferior dos céus ocidentais. Seu vapor ergue-se até àquele alto lugar onde habitam os Sagrados Lhas aos Quais a tríplice Unidade dentro de nosso espaço solar apresenta Suas oferendas e Sua fidelidade. O doce perfume das especiarias e o leve aroma de incandescente... alcançam os mais distantes limites da abóbada estrelada.

Ambos se erguem e passam a Chama essencial através de sua terra ardente, mesclando Sua fumaça menor com a maior.

Este vapor forma um Caminho que alcança aquelas esferas dentro da radiante forma daquela Vida Atrativa, a Quem os filhos do ser e dos homens em todos os seus inúmeros graus, oferecem suas preces, sua vida e sua adoração.

O Mestre nesta esfera, que é conhecida como a quarta, e não é sagrada, vê o CAMINHO ardente; Ele responde ao seu calor e procura aquecer-Se em suas ondas de radiante fogo elétrico.

Um centro no ponto do meio do grande Corpo Kumárico forma a pira. Ele pulsa e fulgura. Torna-se um mar de fogo vivo e atrai para si os que são seus. O vapor que se desprende desta roda de fogo forma um CAMINHO vivo que vela os passos adiante.

O Mestre - com a roda do meio em fogo - penetra o vapor, às cegas. Nada vê. Nada ouve. Não há mão a guiá-lo. Somente o quinto e mais recente conhecido O ajuda a tatear o caminho e seguir em frente através das nuvens que ocultam o caminho; somente o despertar de Sua roda pode indicar seu progresso através do novo campo magnético.

Somente os filhos de... (GÊMEOS) conhecem o caminho de entrada; somente os filhos com o fogo ardente que surge do ponto do meio, podem entrar. Eles lançam seus raios luminosos para iluminar o CAMINHO. O Adepto da pira funerária, o Mestre da incandescente esfera consome-Se. Oferecendo-Se Àquele que é, a recém formada Palavra tríplice, o sagrado OM, o fogo de Deus, Ele pisa o solo ardente e refulge, diante daqueles que observam, como um radiante sol em chamas.

Ele... e arrasta as pessoas em direção à sua meta, aquecendo seus corações, produzindo o fogo dual, e conduzindo todos para o portal do sol e daí para... (GÊMEOS).

A Palavra mística está velada por quatro letras - E, M, e A e O - No significado de seus números, e utilização de suas cores, é dissipado o vapor.

ESTÂNCIA XXXIX
(Extraído de Fórmulas Arcaicas N° 49)

CAMIN H III. Treinamento para os Logoi Planetários.

O olho de Shiva abre-se, e aqueles ao alcance de sua visão despertam para uma outra forma de sono. Eles dormem; contudo, veem e ouvem; seus olhos estão cerrados, contudo, nada que se passa no Sete cósmico maior, lhes escapa. Eles veem, e contudo não possuem visão; eles ouvem, e contudo seus ouvidos são surdos.

Três vezes o olho de Shiva se fecha e três vezes se abre por completo. Desse modo, três grandes grupos de Senhores do Lótus são impelidos a seguir caminho.

Um grupo é chamado os “Senhores do Lótus de profundo sono cego.” Eles sonham, e à medida que Seus sonhos tomam forma, os mundos avançam velozmente. A grande e cruel maya dos planos da doce ilusão vem à existência, atrai para a sua armadilha os pontos de luz inconexos, e obscurece seu brilho.

E assim prossegue o trabalho.

O olho por meio do qual esses Senhores do Lótus estabelecem contato com os planos de visão cósmica, volta-se para dentro. Eles não veem aquilo que se encontra na borda externa.

O segundo grupo tem por nome “os Senhores do Lótus Interno.” Esses são Aqueles que dormem, porém não tão profundamente. Estão despertos o bastante para não se extraviarem além do secreto círculo-não-se-passa que margeia a grande Ilusão. Permanecem firmes, e, por meio de sua própria firmeza, as formas são mantidas unidas.

O olho através do qual estes Senhores do Lótus observam a grande Ilusão volta-se para cima. Eles veem apenas aquilo que está acima Deles; olham para o topo daquela vasta montanha que atravessou a roda que a envolvia. O topo desta montanha brilha com luz radiante, reflexo do resto Daquele Que os Senhores dos mundos dentro de nossa esfera solar jamais viram.

O terceiro grupo é o estranho e misterioso grupo triplo, cujo nome não deve ser ouvido, por enquanto, dentro daquelas esferas planetárias cuja cor não se mescla ao azul na proporção justa.

O olho através do qual esses Senhores do Lótus contemplam o Caminho cósmico, volta-se para fora. Sua tonalidade é índigo. O olho através do qual o grupo do meio olha para cima é azul turquesa, enquanto que os Senhores, que imóveis dormitam, olham através do azul safira. Desse modo, o CAMINHO de tríplice cor azul torna-se um.

Este último aspecto do olho de Shiva direciona os outros dois, e recolhe toda essa energia de uma esfera cósmica muito distante. Os dois respondem, e ao percorrer o CAMINHO cósmico tecem a tríplice força construindo aquele caminho que atende às necessidades daqueles que mais tarde procuram percorrê-lo.

Eles veem; Eles ouvem; Eles sonham, e sonhando constroem; Seus olhos estão cegos; Seus ouvidos estão surdos e, no entanto, Eles não são mudos. Eles pronunciam as várias Palavras cósmicas, e tecem os sete com os doze e multiplicam os cinco.

Assim são os planetas construídos; assim são guiados, regidos e conhecidos.

ESTÂNCIA LXXVII
(Extraída do Arquivo n° 49)

CAMINHO IV. O Caminho para Sirio.

Os misteriosos Lhas dos sagrados fogos ocultos recolhem seus pensamentos, emergem da meditação, e tudo que existe - entre o primeiro e o terceiro - perde-se de vista. Nada existe. O som extingue-se. As Palavras são perdidas, porque não há ninguém para ouvi-las. As cores esmaecem, e cada ponto obscurece.

O oceano entra em quietude. A Mãe dormita e esquece seu Filho. Também o Pai se retira para lugar desconhecido onde o fogo se oculta.

A serpente estende-se inerte. Seus anéis abafam o fogo inferior e sufocam as centelhas... Reina o silêncio. Os Lhas ausentes esquecem os mundos e se voltam para outros jogos... Tudo se funde no nada. Contudo, restam ainda os próprios Lhas.

Os misteriosos Lhas da força quíntupla unem Seus pensamentos, mergulham em meditação profunda e vinculam o primeiro e o terceiro. Os mundos emergem, e - precipitando-se para as formas já preparadas - seguem seus ciclos.

Os de doze pontas desempenham o Seu papel e são o resultado da comunhão do Uno acima do Sol com uma das sete esposas.

O mestre do Sagrado Coração é aquele que constrói um Caminho entre a esfera em que o destino O lançou e a grande orbe manásica. Ele o constrói com conhecimento, chamando a ajuda dos pontos azuis. Estes emergem do coração de uma das sete. (AS PLÊIADES.)

Ele sopra sobre elas, e elas encontram seu lugar como pedras no Caminho que Ele constrói para serem pisadas pelos muitos que seguem seu caminho de mente a mente e daí, à compreensão. (Manas para mahat e daí para buddhi).

ESTÂNCIA CXLVII
(Extraída do Arquivo n° 49)

CAMINHO V. O Caminho do Raio

O Ajustador sustenta as balanças, e os pratos são devidamente equilibrados. As energias convergem e os tiram do equilibrium. Descem ora à direita, ora à esquerda.

São cinco as Energias e sua tonalidade principal é o dourado.

Três grandes Palavras são pronunciadas pelo Ajustador, e cada uma é ouvida por aqueles cujos ouvidos têm permanecido surdos durante sete ciclos, e cujos lábios estiveram selados por aproximadamente quatorze períodos completos.

A primeira Palavra contém o valor numérico do sintético índigo. Seu som reverbera. Os pratos descem. Aquele que tem ouvidos capazes de ouvi-lo, sobe para o prato e adiciona a essa Palavra um outro som. Jamais alguém o ouvira antes, exceto aquele que estivera diante do Príncipe do Juízo Final, e vira a escuridão descer sobre os quíntuplos filhos da carne.

Esta Palavra dual constrói um muro que circunda o Filho do Homem cujos lábios estão emudecidos. Ele O mantém seguro até que é pronunciada a Palavra que irá descerrar a fonte da fala.

Este silêncio perdura por sete vezes quarenta e nove anos e cada ano por um dia.

Quando Aquele que está Silente encerrado pelo muro, vê o Raio aproximar-se, quando Ele muda o tom da Palavra antes pronunciada, vê- se a destruição do muro, e a porta abrir-se diante Dele.

A segunda Palavra mantém oculto o número do sagrado azul. À medida que ela reverbera, os pratos sobem, e o homem que procura ascender junto com eles, vê passar o momento e não sabe o que fazer.
Ele luta querendo falar e ergue Sua mão direita, em súplica, para o grande Ajustador. Das sagradas câmaras da Cidade da Ilha Branca surge um mensageiro que Lhe dirige as seguintes palavras místicas:

“À medida que o poder penetra por meio daquilo que é superior, e à medida que ele surge do lótus no interior da cabeça Daquele que manteve a Sua paz, pronuncia esta PALAVRA... e olha para dentro.”

Aquele que não falava, agora rompe o silêncio. Ele pronuncia os quatro profundos sons que fazem o prato descer novamente ao seu alcance. Vê-se outra porta; ela abre-se de par em par e assim o CAMINHO é trilhado.

A terceira Palavra mantém firmemente selada a tonalidade do azul exterior. Ela contém a ordem para a inversão, e somente podem ouvir essa Palavra aqueles cujos ouvidos têm estado surdos durante onze aeons. Ela jamais é ouvida nos reinos da dor. Poucos, portanto, a ouvem, e esses poucos esquivam-se dos pratos, escapam do olhar ardente do grande Ajustador e, em sua cegueira, encontram o Caminho que se estende no mais afastado lado da balança.

Estas Palavras de elevadas diretivas são pronunciadas por aquele que está sobre o... da Vida direcionadora que mantém o nosso Senhor da Vida no Seu Caminho.

ESTÂNCIA VI
(Extraída do Arquivo n° 49)

CAMINHO VI. O Caminho do Logos Solar

O Terceiro mais importante leva dentro de si a vibração daquilo que já existira. O Senhor cósmico dentre os sete maiores (Cujo Nome sagrado permanece oculto) procura o centro de Sua vida dentre os sagrados sete. Este é o mistério oculto, o segredo interno encontrado no coração do espaço cósmico dentro dos grupos divinos.

Os sagrados sete, com os sete maiores, aproximam-se do seu superior, AQUELE QUE paira acima deles, e em seus cíclicos caminhos externos algum dia se tocarão. Os dois tornam-se o Uno e se perdem no seu superior.

Procura tu o mesmo numa escala menor dentro da ronda interna, e no plano de densidade vê manifestar-se o primeiro. A lei impõe-se; o mistério dissolve-se no TEMPO.

O Terceiro mais importante, tanto no menor quanto no maior, o Senhor cósmico - com Seu esmaecido reflexo solar - completa Seu ciclo, encontra Seu irmão, torna-se o Filho, contata a Mãe, e é Ele Próprio o Pai. Tudo é Um, e nada divide, salvo na transição e através da operação do tempo.

O quinto maior dentro do Eterno Agora carrega consigo a vibração de tudo que existe. Ele marca o ponto do conhecimento cósmico que se estende muito adiante do longo presente. O senhor cósmico Cujo sagrado Nome conserva para nós a sabedoria das esferas, busca uma forma para com ela velar a Essência, e através do transcurso dos aeons completar a grande triplicidade.

Oculto está o mistério, e velado por tudo aquilo que existe. Profunda é a essência, e revestida por aquilo que se move. Profunda é a escuridão, perdida no coração do ser; densas são as formas que ocultam a luz interna; grosseiro é o envoltório que serve de barreira, e tosco o material que vela a vida latente.

O quinto superior inclui a terceira menor; a dupla maior marca o ponto de consecução. Quando o terceiro maior e o quinto maior são sincronizados e é emitida a nota cósmica - atribuída ao Senhor do Amor Cósmico Cuja essência é o fogo - o Sagrado Nome é ouvido.

O Segundo Cósmico aproxima-se do mais denso e do maior. Ele funde-se e Ele mistura-se, e tudo se perde na dissonância ajustada. As esferas respondem; o Agora torna-se o passado e se funde dentro do tempo que ainda virá. A essência e a vida, o ponto dentro do círculo, e o eterno círculo-não-se-passa tornam-se um, e tudo é paz durante aeons. O tempo termina; o espaço dispersa-se; nada existe. Reina a escuridão e o silêncio sobre as águas. A calma central persiste.

Completado o acorde, a terceira, a quinta e a sétima dentro do Eterno Agora, levam com ele a vibração daquilo que será. Chegará o Dia que Será Conosco no plano cósmico maior. Então, a vida, o amor e o poder se manifestarão como um.

O Senhor cósmico, Cujo sagrado Nome permanece oculto até para o mais elevado Chohan, mantém dentro de Si a fonte da ação cósmica, e o ganho do amor cósmico. O tríplice Todo - vindo do tempo e do espaço - penetra no centro da paz pralayca.

Tudo é, contudo não é. As rodas não giram. Os fogos não queimam. Os véus de cor dissipam-se. Os Três retiram-se para o ponto da paz. O tríplice círculo-não-se-passa não mais constitui uma barreira.

ESTÂNCIA IV
(Extraída do Arquivo n° 63)

CAMINHO VII. O Caminho da Absoluta Filiação

Aquele que não tem começo nem fim; Aquele que é visto, e contudo, permanece desconhecido; Aquele que tocamos, e ainda assim descobrimos ser inatingível, Esse é o Uno Que percorre o Seu CAMINHO.

Aquele que nós chamamos Pai e Filho; Aquele que julgamos elevado demais para que palavras possam descrevê-Lo; Aquele que a Mãe considera seu Senhor e Deus, Esse é o Uno Que galga a escada cósmica.

Aquele que é visto quando cada ponto de luz celestial lança seu facho sobre o azul da meia-noite; Aquele que nós ouvimos em cada nota cósmica e sentimos por baixo do som de cada forma, Esse é o Uno Que canta a cantiga celestial e empresta Sua luz para intensificar o fogo cósmico.

Aquele que é conhecido por cada Filho de Deus, que domina passo a passo o Caminho de Ouro; Aquele que é ouvido por cada senhor deva que escuta a Palavra à medida que transcorrem os aeons; Aquele que entoa o tríplice AUM cíclico, reservando porém um outro som para os planos cósmicos superiores, Esse é o desconhecido Uno, o Não-revelado, o Uno que entoa a nota dentro do acorde cósmico.

Aquele que a cada aeon aparece e atravessa Seu ciclo em um Caminho cósmico; Aquele que em kalpas maiores jogará um jogo divino; Aquele que em todas as esferas cósmicas é chamado “o Uno acima do Filho de matiz violeta”, Esse é o Uno que fulgura na galáxia de estrelas.

Esse é o Uno a Quem os filhos da gloria rendem incessante homenagem à medida que Ele percorre Seu CAMINHO. Para Ele seja a glória como Mãe, Pai, Filho, como o Uno Que existiu no passado, no agora e Aquele que virá.

FINAL

As estrelas matutinas cantaram em suas órbitas.
O grande canto da criação ainda ecoa, e desperta a vibração.
A canção cessa quando a perfeição é atingida.
Quando tudo se funde num acorde perfeito, o trabalho está terminado.
No espaço a dissonância ainda soa. A discórdia surge em muitos sistemas. Quando tudo se resolver em harmonia, quando tudo se harmonizar em sinfonia, o gran chorale reverberará até à mais distante fronteira do universo conhecido.
Então ocorrerá aquilo que está além da compreensão do mais elevado Chohan - o canto nupcial do Homem Celestial.


NOTA: Estas sete estâncias formam realmente uma só estância do mais antigo livro no mundo, com o qual o olhar do homem comum jamais fez contato. Damos aqui apenas o sentido, e não uma tradução literal, tendo sido eliminadas certas frases por uma ou outra destas três razões: porque o manüscrito é tão antigo que já esmaeceram certas pala¬vras e símbolos ou porque sua apresentação no texto serviria apenas para causar confusão e até mesmo pareceriam ridículas devido à impossibilidade de traduzi-las corretamente; elas referem-se a realizações tão avançadas que escapam à compreen¬são do homem desta época.

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