Página Inicial
Livros de Alice Bailey

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Índice Geral das Matérias

Seção Dois - Divisão F - A Lei da Atração
I. AS LEIS SUBSIDIÁRIAS
II. OS EFEITOS DA LEI DA ATRAÇÃO
III. RELAÇÕES GRUPAIS
I. As Leis Subsidiárias

Esta lei [Lei da Atração], como sabemos, é a lei básica de toda manifestação, e a mais importante lei deste sistema solar. Ela pode estritamente ser chamada a Lei do Ajustamento ou Equilíbrio, pois condiciona aquele aspecto de fenômenos elétricos que chamamos neutro. A Lei da Economia é a lei básica de um polo, o do aspecto negativo; a Lei da Síntese é a lei básica do polo positivo, mas a Lei da Atração é a lei para o fogo que é produzido pela fusão dos dois polos durante a evolução. Do ponto de vista do ser humano, é a lei que produz a realização da autoconsciência; do ponto de vista dos seres sub-humanos é aquela que atrai todas as formas de vida à autorrealização; enquanto que em conexão com o aspecto super-humano podemos dizer que esta lei da vida expande-se em processos condicionados pela lei superior da Síntese, da qual a Lei da Atração é apenas um ramo subsidiário.

Estritamente falando, a Lei da Atração é um termo genérico, sob o qual estão agrupadas várias outras leis de natureza similar, porém diversas em suas manifestações. Seria útil se enumerássemos algumas destas leis, desse modo capacitando aquele que as estudar em sua totalidade, a alcançar uma ideia geral a respeito da Lei e suas modificações, a esfera de sua influência e o alcance de sua atividade. É preciso que seja observado aqui como uma proposição básica, em relação a todos os átomos, que a Lei da Atração governa o aspecto Alma. A Lei da Economia é a lei do elétron negativo; a Lei da Síntese é a Lei da vida central positiva; enquanto que a Lei da Atração governa aquilo que é produzido pela relação dessas duas, e é ela própria controlada por uma lei cósmica maior, a qual é o princípio da inteligência da substância. É a lei do Akasha.

É preciso ter em mente que estas três leis são a expressão do intento ou propósito dos três Aspectos Logoicos. A Lei da Economia é o princípio governante de Brahma ou Espírito Santo; A Lei da Síntese é a lei da vida do Pai; enquanto que a vida do Filho é regida e manifestada pela atração divina. Contudo, estas três leis são subsidiárias de um impulso maior que governa a vida do Logos não-manifestado. (25)

I. AS LEIS SUBSIDIÁRIAS

Os aspectos subsidiários, ou leis, da Lei da Atração podem ser assim enumeradas:

1. A Lei da Afinidade Química. Esta lei governa o aspecto alma no reino mineral. Diz respeito ao casamento dos átomos, e ao romance dos elementos. Serve para perpetuara vida do reino mineral e preservar sua integridade. É a causa da não metalização da Mônada.

2. A Lei do Progresso. É chamada assim no reino vegetal devido ao fato de que é neste reino que podemos notar a resposta objetiva definida ao estímulo. É a base do fenômeno da sensação, que é a chave para este sistema solar de amor, nosso sistema sendo um “Filho da Necessidade” ou do desejo. Esta lei traz à manifestação a consciência que dá forma a uma parte do reino dévico e de certas energias prânicas. O estudante encontrará grande interesse esotérico na seguinte linha de forças vitais:

a. A segunda cadeia, globo e ronda,

b. O reino vegetal,

c. Os devas do desejo em seus segundos agrupamentos refletidos.

d. O coração do Sol,

e. A força do segundo Raio.

3. A Lei do Sexo. Este é o termo aplicado à força que produz a fusão física dos dois polos em conexão com os reinos animal e humano quando este responde ao chamado de sua natureza animal. Diz respeito à devida guarda e perpetuação da forma neste ciclo em particular. É poderosa somente durante o período da dualidade dos sexos e sua separação, e no caso do homem, será contrabalançada por uma expressão superior da lei quando o homem novamente se tornar andrógino. É a lei do casamento, e encontra alguns aspectos de sua manifestação não apenas no casamento de seres humanos e animais no sentido físico, mas também no “casamento oculto” de

a. Alma e Espírito.

b. Filho com Sua Mãe (ou a Alma com a substância física).

c. As vidas planetárias negativas com as positivas anteriormente indicadas.

d. O casamento sistêmico, ou a fusão de dois esquemas planetários finais depois de terem absorvido as outras forças.

e. O casamento cósmico, ou a fusão do nosso sistema solar com o seu polo oposto cósmico, uma outra constelação. O casamento cósmico de estrelas e Sistemas é o causador da fulguração ou intensificação dos sóis e aumento de luminosidade às vezes observada, que frequentemente tem sido tema de discussão.

4. A Lei do Magnetismo. Esta lei produz a unificação da personalidade, e embora seja uma expressão da força lunar, é, não obstante, de ordem muito superior à da lei do sexo físico. É a expressão da lei à medida que ela se expressa através dos três principais grupos de pitris lunares, os quais não se ocupam da construção das formas do reino animal, e sim da construção do corpo do homem nas três etapas finais do caminho da evolução:

a. A etapa da alta intelectualidade, ou da consecução artística,
b. A etapa do discipulado,
c. A etapa em que o homem percorre o Caminho.

Os quatro grupos inferiores ocupam-se das etapas iniciais, e dos aspectos animais da atração em ambos os reinos.

5. A Lei da Irradiação. Esta é uma das leis mais interessantes, pois só entra em atividade em conexão com os elevados espécimes dos vários reinos, e ocupa-se com a atração que um reino superior da natureza terá pelas vidas mais elevadas do reino inferior seguinte. Governa a radioatividade dos minerais, as irradiações do reino vegetal e, bastante curiosamente, toda a questão dos perfumes. O olfato é o mais elevado dos sentidos exclusivamente físicos, e é no reino vegetal que uma determinada série de perfumes torna evidente a irradiação nesse reino.

Há, além do mais, um interessante elo entre aqueles que são membros do quinto reino (o espiritual) e o reino vegetal, pois no esoterismo, o dois e o cinco, o Filho, e os Filhos da Mente, estão estreitamente vinculados. Nada mais é possível indicar, porém é significativo que certos Raios estejam, através de Iniciados e Mestres, representados por perfumes vegetais. Isto significa irradiação, e, para aqueles que possuem a chave, revela a qualidade do lótus egoico e o lugar ocupado em qualquer lótus planetário em particular, assim como uma conexão com certos devas que são a vida sétupla do reino vegetal. É preciso não esquecer que o homem é, ocultamente, “uma planta de sete folhas, o saptaparna”. (26)

Esta lei - de forma misteriosa e inexplicável para aqueles que desconhecem o karma de nosso Logus planetário - não opera no reino animal durante este Ciclo ou cadeia. Um dos problemas da próxima cadeia será a introdução da irradiação animal, o que neutralizará o método de iniciação atualmente seguido. É preciso jamais esquecer que o processo de individualização da cadeia, e as três primeiras iniciações dizem respeito ao reino animal, e o homem é ai considerado um animal. Na Iniciação final, ou oferenda de toda natureza corporal, esta parte do karma geral do Logos planetário e a Vida do Espírito que dá forma ao reino animal, são ajustadas. Se meditarmos sobre isto, alguma luz poderá ser lançada sobre o problema do porquê os Adeptos do caminho da mão esquerda dos dias atlantes eram chamados “as Árvores” (27) e foram destruídos juntamente com toda a vegetação atlante. No mais antigo de todos os Comentários, o mistério e assim expresso:

“Eles (os Adeptos do Caminho da Mão Esquerda) foram os próprios causadores de Sua separação. Seu aroma não chegava até o Céu; eles recusaram-se a unir-se. Não exalavam perfume algum. Mantinham gulosamente agarrado ao peito todos os ganhos da planta em flor.”

6. A Lei do Lótus. Este é o nome dado à misteriosa influência da Lei cósmica da Atração que introduziu os divinos Filhos da Mente, e assim ligou os dois polos de Espírito e matéria, produzindo no plano da mente aquilo que denominamos o lótus egoico, ou “a Flor do Eu.” É a lei que capacita o lótus a extrair da natureza inferior (o aspecto matéria e o aspecto água) a unidade e calor necessários para seu desenvolvimento, e faz descer dos níveis do Espírito aquilo que é para ele o mesmo que o Sol representa para o reino vegetal. Governa o processo do desdobramento das pétalas e, portanto, demonstra-se como uma lei tríplice:

a. A Lei do Calor Solar - Pétalas do Conhecimento.
b. A Lei da Luz Solar - Pétalas do Amor.
c. A Lei do Fogo Solar - Pétalas do Sacrifício.

7. A Lei da Cor. Para conseguir alguma compreensão a respeito desta lei, os estudantes deverão lembrar-se que a cor serve a um duplo propósito. Funciona como um véu para aquilo que está por trás, e é pois atraída para a centelha central; demonstra a qualidade atrativa da vida central.

Todas as cores, portanto, são centros de atração, são complementares, ou antipáticas umas às outras, e os que estão seguindo este estudo podem descobrir a lei e compreender seu funcionamento por meio da percepção de seu propósito, atividade e a relação entre as cores.

8. A Lei da Gravitação. Para o estudante não-ocultista esta é a mais surpreendente e confusa de todas as leis. Em um aspecto, mostra- se como o poder, e o mais intenso estímulo que uma vida mais vital possa ter sobre a menor, tal como o poder do espírito da Terra (a Entidade planetária, não o Logos planetário) para manter todas as formas físicas para si mesmo e evitar que elas se “espalhem.” Isto é devido à vibração mais pesada, à maior força acumulativa e às agregadas vidas tamásicas do corpo da Entidade planetária. Esta força trabalha sobre o aspecto negativo ou inferior de todas as formas físicas. A Lei da Gravitação revela- se também na resposta da alma de todas as coisas à Alma maior, na qual a menor se encontra. Esta lei, portanto, afeta as duas formas inferiores de vida divina, porém não a superior. Emana, no primeiro exemplo, do Sol físico e do coração do Sol. As forças sintetizadoras finais que podem ser consideradas como formas de atividade gravitacional espiritual, não o são, pois são devidas ao funcionamento de outra lei que emana do Sol central espiritual. Uma é puramente sistêmica, a outra é uma lei cósmica.

9. A Lei da Afinidade Planetária. Esta expressão é usada no ensinamento ocultista especificamente em se tratando da interação dos planetas uns com os outros e seu eventual casamento. Como sabemos, os esquemas planetários (os sete planetas sagrados) eventualmente sintetizarão, ou absorverão a vida dos planetas que denominamos não-sagrados e os numerosos planetoides, no que tange os quatro reinos da natureza. A absorção do aspecto Espírito prossegue sob a Lei da Síntese. Os quatro esquemas planetários menores tornam-se primeiro dois, e a seguir, um. Este último com os três maiores forma um segundo e superior quaternário, o qual novamente repete o processo, produzindo dos quatro, os dois, e dos dois, o um. Este um final eventualmente funde-se com o Sol, produzindo neste prolongado processo, e durante um vasto período de tempo, o aparecimento dos “sete Sóis que caminham juntos e reluzem juntos, produzindo uma flamejante bola de fogo.”

Numa escala menor, a mesma lei governa a fusão das cadeias de um esquema.

10. A Lei da União Solar. Quando a interação dos Sóis está sendo tratada sob o aspecto material e sob o aspecto da consciência, este termo é ocultamente usado. Não é possível desenvolver o assunto; somente podemos destacar a universalidade desta Lei da Atração.

11. A Lei das Escolas. (A Lei do Amor e da Luz). Este é um termo misterioso usado para ocultar a lei na medida em que ela afeta as expansões de consciência alcançadas por um iniciado, e sua habilidade para atrair a si, através do conhecimento,

a. Seu próprio Eu Superior, com o fim de produzir alinhamento e iluminação;
b. Seu Guru;
c. Aquilo que ele busca saber;
d. Aquilo que ele pode utilizar em seu serviço;
e. Outras almas com as quais ele possa trabalhar.

Será evidente, portanto, ao estudante atento que esta Lei das Escolas é primordialmente aplicável a todas as unidades da vida divina que tenham alcançado, ou transcendido, a etapa da autoconsciência. Ela tem consequentemente uma vital conexão com o reino humano e há um oculto significado no fato de que esta é a décima primeira Lei. É a lei que capacita o homem a unir dois dos seus aspectos (o Eu pessoal e o Eu Superior). É a lei que governa a transição do átomo humano para um reino superior. É a lei que - quando compreendida e seguida - capacita um homem a entrar em um novo ciclo. É a lei do adepto, do Mestre, e do homem perfeito. Por esta razão, será útil se nos detivermos a estudá-la um pouco mais, uma vez que a humanidade está agora numa etapa em que numerosas unidades estão prontas para submeter-se à influência desta lei e assim transferirem-se da Câmara do Aprendizado, via a Câmara da Sabedoria, para o quinto reino, o reino espiritual.

A Lei das Escolas não se aplica especificamente à evolução dévica, a qual está sujeita a uma outra lei denominada “a Lei da Resistência Passiva”, lei esta que não nos diz respeito, e em nada nos beneficiaria abordá-la. A Lei das Escolas controla três grandes grupos de existências:

1. Seres humanos, a partir do momento em que começam a percorrer o Caminho da Provação.
2. Todas as unidades do quinto reino, portanto, todos os membros da Hierarquia.
3. Os Logoi planetários de todo o sistema.

Será, pois, evidente que esta lei está relacionada ao grande experimento inaugurado na Terra pelo nosso Logos planetário, relacionado ao processo da iniciação e que passou a controlar desde que a Porta da Iniciação foi aberta, no tempo da Atlântida. Ela não se aplica, pois, a todos os membros da família humana; alguns chegarão lentamente à realização impelidos pela Lei básica da Evolução. Não afeta de modo algum, por exemplo, os membros da família humana que se individualizaram, na cadeia terrestre, ao ser ativada ou atiçada a centelha da mente - um dos métodos empregados pelos Senhores da Chama, como vimos anteriormente.

Podemos estudá-las em suas duas grandes divisões, primeiro, em relação às unidades humanas que passam, sob a influência hierárquica, para a Câmara da Sabedoria, e também em relação aos vários esquemas planetários. Cada esquema tem por finalidade ensinar um aspecto específico de consciência, e cada escola planetária ou Hierarquia, submete seus alunos a esta lei, apenas de modos diversos. Estas escolas planetárias são necessariamente governadas por determinados fatores, dos quais os dois mais importantes são o peculiar karma do Logos planetário em questão, e Seu particular Raio.

Nesta etapa atual não é possível transmitir aos estudantes informações quanto à natureza de cada escola planetária; podemos porém dizer que elas existem em cinco grupos:

1. Os planetas exotéricos não-sagrados, em linguagem ocultista chamados “a ronda externa” ou o círculo externo de iniciados. Nossa Terra é um deles, porém, por estar alinhada de modo especial com certas esferas na ronda interna, oferece uma dupla oportunidade à humanidade, porém, por outro lado, complica o processo evolutivo.

2. Os planetas sagrados, às vezes chamados os “sete graus de conhecimento psíquico” ou as “sete divisões do campo do conhecimento”, quando esta Lei das Escolas está sendo considerada.

3. A ronda interna, a qual traz consigo uma enorme oportunidade para aqueles que conseguem superar seus problemas e resistir às tentações. Esta ronda interna tem um peculiar atrativo para as unidades de certos Raios e apresenta seus próprios e peculiares perigos. É a ronda seguida por aqueles que já passaram pela etapa humana, e desenvolveram conscientemente a faculdade do viver etérico, e podem seguir os ciclos etéricos, funcionando conscientemente nos três .planos etéricos superiores, em todas as partes do sistema. Devido a certos propósitos ocultos, eles romperam a conexão entre o terceiro e o quarto subplanos etéricos inferiores do plano físico. Esta ronda é seguida somente por uma parte da humanidade estreitamente associada a um grupo que transita e se desenvolve com igual facilidade nos três planetas formadores do triângulo. Marte, Mercúrio e Terra. Considera-se estes três planetas - em conexão com esta ronda interna - como tendo existência apenas na matéria etérica, e, em relação a um dos Homens Celestiais, mantendo um lugar análogo humano. Dei maiores informações aqui do que jamais foi dito exotericamente a respeito da ronda interna, e pelo estudo do triângulo etérico humano, sua função e tipo de força circulando ao seu redor, muito pode ser deduzido sobre a ronda interna planetária. É preciso ter em mente que, assim como o triângulo etérico humano é somente a etapa preparatória para uma vasta circulação no interior da esfera do corpo etérico inteiro, também o triângulo etérico planetário - passando da Terra para Marte e Mercúrio - é apenas o sistema circulatório preparatório para uma ronda mais vasta, incluída na esfera de influência de um Senhor planetário.

4. O círculo de planetoides. Estudantes da Sabedoria Eterna tendem a esquecer que a Vida do Logos manifesta-Se através daquelas esferas circulantes que, embora não sejam suficientemente grandes para serem consideradas planetas, seguem seus caminhos orbitais ao redor do centro solar, enfrentam seus próprios problemas evolutivos, e funcionam como parte de um Corpo solar. Eles são formados - tal como os planetas - por uma Entidade cósmica e estão sob a influência dos impulsos da Vida do Logos solar assim como os corpos maiores. As evoluções que neles transcorrem são análogas - embora não idênticas - às do nosso planeta, e percorrem seus ciclos nos Céus sob as mesmas leis que os planetas maiores.

5. Os Triângulos absorventes. Esta denominação aplica-se às escolas evolutivas localizadas nos três maiores planetas do nosso sistema - Urano, Netuno e Saturno - e àqueles que se encontram nas três maiores cadeias, e três maiores globos em um esquema planetário. Os Regentes destes planetas, cadeias e globos são chamados os “Divinos Examinadores”, e Seu trabalho diz respeito ao reino humano específica e inteiramente. Eles são responsáveis pelo trabalho de

a. Transferir os homens de uma escola para outra, e de um grau a outro.
b. Expandir a consciência humana de acordo com a lei.
c. Transmutar as formas da unidade humana nos três mundos e a consequente anulação da forma.
d. Produzir a radioatividade do quarto reino da natureza.

Podemos considerar as vidas que presidem estas escolas como os guardiões do Caminho, e portanto responsáveis pelo Divino Peregrino durante as etapas finais do Caminho da Evolução. Essas vidas começam a trabalhar com os homens no momento em que estes iniciam o Caminho Probacionário, e prosseguem, em seu trabalho até que eles atingem a sétima Iniciação. Os Mestres que aceitam discípulos para serem treinados encontram-se entre eles, porém não os Mestres que não se dedicam a treinar discípulos.

Não é possível dar todos os detalhes dos tipos de escolas ou do treinamento oferecido nos diferentes planetas. Tudo que podemos fazer é oferecer uma frase ocultista que dará ao estudante intuitivo a sugestão necessária.

Escolas Planetárias

URANO - A Escola de Magia da terceira ordem. É às vezes chamado “O planeta da força violeta”, e seus graduados controlam O poder do prana etérico cósmico.

TERRA - A Escola da Resposta Magnética. Um outro nome dado aos seus discípulos é “Os graduados do esforço doloroso”, ou “Os adjudicadores entre os opostos polares.” Um outro indício relacionado a estas duas expressões acima é que os graduados são examinados no terceiro subplano do plano astral.

VULCANO - A Escola para as Pedras ígneas. Há uma curiosa conexão entre as unidades humanas que passam por suas câmaras e o reino mineral. As unidades humanas no esquema da Terra são chamadas em linguagem mística “as pedras vivas”; em Vulcano, são chamadas “pedras ígneas.”

JÚPITER-A Escola dos Magos Beneficentes. Em linguagem escolástica, este planeta é às vezes chamado o “Colégio das unidades de Quádrupla Força", pois seus membros controlam quatro tipos de força no trabalho mágico construtivo. Outro nome dado às suas câmaras é “O Palácio da Opulência”, pois seus graduados trabalham com a Lei do Suprimento, e são frequentemente chamados “Os Semeadores.”

MERCÚRIO - Os estudantes desta escola planetária são chamados os “Filhos da Aspiração” ou “Os Pontos da Vida Amarela.” Estão estreitamente vinculados ao esquema da Terra, e o Velho Comentário refere-se a isto nas seguintes palavras:

“Os pontos da dourada chama mesclam-se e fundem-se com a planta de quatro folhas de delicado verde, e mudam sua tonalidade para um amarelo outonal. A planta de quatro folhas através de novo influxo torna-se a planta de sete folhas e três flores brancas.”

VÊNUS - A Escola de cinco severos Graus. É também um esquema planetário estreitamente relacionado ao nosso, mas seu Logos planetário está em um grupo de estudantes mais avançados, no sentido cósmico, do que o nosso Logos planetário. A maioria de seus instrutores hierárquicos originam-se do quinto plano cósmico, e formam um peculiar grupo de Manasadevas de grau extremamente elevado. Cada um deles é descrito na nossa Hierarquia segurando um tridente de fogo coroado por cinco esmeraldas verdes.

MARTE - A Escola dos Guerreiros, ou os graus abertos para soldados. Quatro destas escolas planetárias são responsáveis pela energia que flui através dos mais destacados expoentes das quatro castas e isto não apenas na índia, mas em todas as partes do mundo. Os professores são chamados os “Graduados do Fogo avermelhado” e frequentemente descritos usando togas vermelhas e empunhando bastões de ébano. Eles trabalham regidos pelo primeiro Aspecto logoico e treinam aqueles cujo trabalho se encontra nas linhas do destruidor.

Netuno - Esta escola dedica-se ao desenvolvimento e fomento do elemento do desejo e seus graduados são chamados os “Filhos de Vishnu." Seu símbolo é uma toga na qual está representado um barco à vela sobre o coração, cujo significado será aparente para aqueles que possuem olhos de ver.

Não nos é permitido mencionar outras escolas planetárias, e nem isso seria de grande proveito. Outros fatos podem ser avaliados pelo estudante de meditação que esteja alinhado com seu Ego e em contato com seu grupo egoico.

O ensinamento dado em nosso esquema terrestre na Câmara da Sabedoria, já foi abordado em muitos livros ocultistas, incluindo Iniciação Humana e Solar, e não é necessário estendermo-nos sobre isso aqui.

Alguns dos aspectos desta lei estão aqui indicados. O terreno não está todo coberto, mas o suficiente foi mostrado para indicar sua magnitude e extensão. Ao terminar, é preciso indicar que a Lei do Karma, vista sob alguns ângulos de visão, é a Lei da Atração, pois ela governa a relação de todas as formas com aquele que usa a forma, e de todas as vidas em relação às demais.

Os estudantes da Lei de Atração devem ser cuidadosos e levar em consideração alguns fatos referentes a este tema. É preciso lembrar primeiro que tudo, que todas estas leis subsidiárias são realmente a manifestação de uma Única Lei; que todos são termos diferenciados empregados para expressar um grande método de manifestação. Segundo, que toda energia demonstrada no sistema solar, nada mais é do que a energia do átomo físico logoico permanente, tendo seu núcleo no subplano atômico do plano físico cósmico. Este átomo físico permanente (como é o caso do átomo correspondente ao do jiva encarnante) tem seu lugar no corpo causal do Logos em Seu próprio plano; ele é portanto impressionado pela totalidade da força do lótus cósmico egoico, ou a atrativa qualidade do amor cósmico. Esta força é transmitida para o sistema solar de duas maneiras: por meio do Sol que é, no sentido oculto, o átomo físico permanente; ele, portanto, atrai e mantém atraído, tudo que se encontra na sua esfera da influência, produzindo assim o corpo físico logoico; por meio dos planos que são as correspondências das sete espirilas do átomo físico permanente de um ser humano. Assim, encontramos um tipo dual de força atrativa: uma, básica e fundamental; a outra mais diferenciada e secundária.

DIAGRAMA XI
Filosofia da Força Elétrico-Atômica

Estas correntes de energia, julgadas por seus efeitos, são chamadas leis, na terminologia humana, porque seus resultados são sempre imutáveis e irresistíveis, e seus efeitos permanecem inalteravelmente sempre os mesmos, variando apenas de acordo com a forma que é o sujeito do impulso energético.

Terceiro, o estudante precisa ter em mente que os sete planos ou as sete espirilas do átomo logoico permanente, não são todos igualmente vitalizados pela força atrativa que emana do lótus egoico, via o coração do Sol. Cinco deles estão mais “vivos” do que os outros dois; esses cinco não incluem o superior e o inferior. As palavras “o coração do Sol” significam mais do que uma localidade situada nos recessos internos do corpo solar, e referem-se à natureza da esfera solar. Esta esfera solar é muito semelhante ao átomo desenhado no livro por Babbit e mais tarde na Química Oculta da Sra. Besant. O Sol tem a forma do coração e, visto a partir de ângulos cósmicos, apresenta uma depressão no que podemos chamar seu polo norte, a qual é formada pelo impacto da energia logoica sobre a substância solar.

Esta energia que incide sobre a esfera solar, e é a seguir distribuída para todas as partes do sistema, emana de três centros cósmicos e é, pois tríplice durante este ciclo.

a. Vinda da sétupla Ursa Maior.
b. Vinda do Sol Sírio.
c. Vinda das Plêiades.

É preciso lembrar que as possíveis correntes de energia disponíveis para uso em nosso sistema solar são em número de sete, sendo três principais, as quais variam durante vastos e incalculáveis ciclos.
Seria útil que os estudantes se lembrem que,

a. A Lei da Economia demonstra-se como um impulso ou ímpeto,
b. A Lei da Atração, como um chamado, uma atração,
c. A Lei de Síntese, como uma tendência a concentrar-se em um centro ou mesclar-se.

As correntes de energia que fluem do lótus egoico por meio do Sol e que são, na realidade, a “energia logoica da Alma”, atraem para si tudo que lhes é afim na vibração. Isto pode soar como uma platitude, porém tem um profundo significado para o estudante, sendo responsável por todos os fenômenos sistêmicos. Estas correntes passam em diferentes direções, e do conhecimento da direção oculta resulta o conhecimento das várias hierarquias do ser, e o segredo dos símbolos hierárquicos.

A principal corrente de energia penetra pela depressão existente no topo da esfera solar e passa através do círculo-não-se-passa, dividindo- o em duas partes.

Com esta corrente, entra aquele grupo de vidas ativas que chamamos os “Senhores do Karma”, os quais presidem as forças atrativas e as distribuem equitativamente. Elas entram, passam para o centro da esfera e - se é que assim me posso expressar - lá se localizam e estabelecem o “Sagrado Templo da Justiça Divina”, enviando, para os quatro quartos do círculo, os quatro Maharajahs, seus representantes. Assim é formada a cruz de braços iguais - e todas as rodas de energia postas em movimento. Isto está condicionado pelas sementes kármicas de um sistema anterior, e somente essa substância é utilizada pelo Logos e somente entram em manifestação aquelas vidas que estabeleceram uma atração mútua.

Estas cinco correntes de energia viva (a una e as quatro) são a base do avanço de todas as coisas, e são às vezes esotericamente chamadas “as Vidas que avançam.” Elas corporificam a Vontade do Logos. É o soar de sua nota, e o impulso atrativo, a que dão início, que põem em contato com o sistema solar um grupo de existências, cujo modo de atividade é em espiral e não para diante, ou seja, progressiva.

São sete estes grupos, e entram em manifestação através daquilo que é para eles uma grande porta de Iniciação. Em alguns dos livros ocultistas, estes sete grupos são referidos como “os sete Iniciados cósmicos que já penetraram o Coração e lá permanecem até terem passado pela prova.” Eles são as sete Hierarquias de Seres, os sete Dhyan Chohans. Eles entram em manifestação em espiral através da cruz quádrupla, e tocando a corrente cruciforme de energia em certos lugares. Os lugares onde as correntes da energia do amor cruzam as correntes da vontade e da energia kármica são misticamente chamados “as Cavernas da luz dual”, e quando um jiva reencarnante ou liberado entra em uma dessas Cavernas no curso de sua peregrinação, ele recebe uma iniciação e sobe para uma volta mais alta da espiral.

Uma outra corrente de energia segue uma rota diferente, a qual é um pouco difícil de explicar. Este particular grupo de vidas ativas penetram na depressão em forma de coração, passam ao redor da borda do círculo-não-se-passa até a parte inferior da esfera solar, e a seguir sobem, entrando, pois, em oposição à corrente descendente de energia. Esta corrente de força é chamada “lunar” por falta de um termo melhor. Elas formam o corpo do Senhor raja de cada um dos planos, e são governadas pela Lei da Economia.

Todas estas correntes de energia formam desenhos geométricos de grande beleza para o olhar do vidente iniciado. Temos as linhas transversais e bissetoras, as sete linhas de força que formam os planos, e as sete linhas em espiral, formando assim linhas de latitude e longitude sistêmicas, e sua ação recíproca e interação produzem um todo de maravilhosa beleza e desenho. Quando isto for visualizado em cores e visto em sua verdadeira radiância, saberemos que o ponto de consecução do nosso Logos solar é muito elevado, pois a beleza da Alma logoica expressa-se através daquilo que é visto.


Notas:
25 D. S„ I, 56,73, 74.
26 D. S„ 1,251; II, 625.
27 27 D. S„ 11,519

Início