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Livros de Alice Bailey |
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Índice Geral das Matérias |
Seção Dois - Divisão D - Elementais do Pensamento e Elementais do Fogo |
I. PENSAMENTOS-FORMA |
II. ELEMENTAIS DO PENSAMENTO E DEVAS |
III. O HOMEM, UM CRIADOR NA MATÉRIA MENTAL |
IV. O HOMEM E OS ESPÍRITOS DO FOGO OU CONSTRUTORES |
II. Elementais do Pensamento e Devas |
3. Os Anjos Solares e os Agnishvattas ....Observações Preliminares a. O Quinto Princípio b. Sobre a Individualização c. Sobre a Encarnação d. A Construção do Corpo Causal |
d. A construção do Corpo Causal
Entramos agora em uma das partes mais vitalmente práticas do nosso Tratado sobre o Fogo, a parte que trata da construção do corpo causal, ou corpo de manifestação do Ego, e que diz respeito ao trabalho dos Anjos Solares, isto é, da verdadeira Identidade autoconsciente, o homem. Se o estudante tiver, de algum modo, apreendido a tendência geral do que foi exposto nas páginas anteriores, sua mente estará agora em condições de lhe permitir interpretar tudo que está dito, em termos de energia, ou daquela atividade vibratória que é produzida pelas três fases principais dos fenômenos elétricos, a união que produz essa divina manifestação chamada Homem, ou, quando se considera as unidades agregadas, o reino humano.
(a) Observações Preliminares. Já estudamos algo sobre a constituição dos Triângulos, ou Pitris, que por meio do autossacrifício, dotam o homem com a autoconsciência, construindo-lhe o veículo egoico com Sua própria essência. Nós já tratamos ligeiramente dos Pitris lunares que fornecem ao homem os seus corpos e princípios inferiores através dos quais a energia dos Senhores solares pode fazer-se sentir, e agora passaremos a estudar três coisas:
Primeiro, o efeito da energia superior sobre os corpos inferiores, à medida que ela gradualmente se faz sentir durante o processo evolutivo, e desse modo, simultaneamente “redime” o homem, num sentido ocultista, e também “eleva” os Pitris lunares.
Segundo, o efeito desta energia sobre o plano mental no desenvolvimento e desdobramento do lótus egoico.
Terceiro, o despertar para a atividade da Vida central no interior do lótus, atividade essa que se demonstra de duas maneiras:
a. Como a compreensão do homem em seu cérebro físico, de que ele possui uma natureza divina; como resultado, segue-se uma demonstração de divindade sobre a Terra precedente à sua liberação.
b. Como a consciente atividade do Ego individual no plano mental, em cooperação com o seu grupo ou grupos.
No primeiro caso, temos o efeito da vida egoica sobre seus invólucros, ou corpos, e seu subsequente controle; no segundo caso, temos o despertar da unidade egoica em seu próprio plano; no terceiro caso, temos uma compreensão grupal, ou a entrada da unidade na consciência do Homem Celestial.
Tudo que podemos fazer é indicar as linhas gerais do desenvolvimento. O tema da evolução egoica só poderá ser plenamente compreendido depois da iniciação, porém, os Instrutores internos são de opinião de que é melhor apresentar os princípios essenciais imediatamente, tendo em vista o inesperado desenvolvimento, desde o início do século vinte, de duas grandes ciências:
A Ciência da Eletricidade. As investigações dos cientistas foram grandemente estimuladas pela descoberta do radium, que é um certo tipo de fenômeno elétrico, e pelo conhecimento das substâncias radioativas que resultou dessa descoberta. Com isso, o desenvolvimento de muitos métodos de utilização da eletricidade foi também grandemente ajudado. Esta ciência trouxe o homem para o limiar de uma descoberta que revolucionará o mundo do pensamento referente a estas questões, e que resolverá oportunamente, uma grande parte do problema econômico, permitindo assim que um número muito maior de pessoas fiquem livres para se dedicarem ao crescimento e trabalho mentais. Esta expansão do conhecimento pode ser esperada antes que tenham transcorrido cento e cinquenta anos.
A Ciência da Psicologia. As teorias psicanalíticas, as quais - ainda que indicadoras de progresso - estão, porém voltadas para uma direção errônea, podem tornar-se desastrosas para o desenvolvimento superior da raça, a menos que a verdadeira natureza da “psique” seja elucidada. Quando a mente do público em geral tiver apreendido, ainda que superficialmente, os fatos seguintes que enunciaremos brevemente, a tendência da educação do povo, o objetivo da ciência política e a meta do esforço econômico e social tomarão uma nova e melhor direção. Esses fatos podem ser resumidos nos seguintes postulados:
I. O homem é, em essência, divino. (59) Este é um fato que tem sido sempre enunciado através das eras; porém, permanece ainda como uma bela teoria ou crença, mas não como um fato científico comprovado, nem universalmente aceito.
II. O homem é, de fato, um fragmento da Mente Universal, ou alma mundial, (60) e, como fragmento, é coparticipante dos instintos e qualidades dessa alma, à medida que ela se manifesta através da família humana. Portanto, somente no plano da mente é a unidade possível. Se isto é verdade, forçosamente levará à tendência de desenvolver, no cérebro físico, uma consciente compreensão das afiliações grupais no plano mental, um consciente reconhecimento dos relacionamentos grupais, ideais e metas, e uma consciente manifestação daquela continuidade de consciência que atualmente é o objetivo da evolução. Mais tarde, produzirá a transferência da consciência racial do plano físico para o mental, e a consequente solução de todos os problemas atuais, através do “conhecimento, amor e sacrifício.” Isto nos emancipará da presente desordem encontrada no plano físico. Conduzirá à educação do público a respeito da natureza do homem, e ao desenvolvimento dos poderes que estão latentes nele - poderes que o libertarão de suas atuais limitações, e que produzirão na família humana o repúdio coletivo às condições presentes. Quando todos os homens reconhecerem a si mesmos e a todos os outros como autoconscientes unidades divinas, funcionando principalmente no corpo causal, mas utilizando os três veículos inferiores como meios de contacto com os três planos inferiores, nós teremos o governo, a política, a economia e a ordem social reajustados sobre bases sólidas, saudáveis e divinas.
III. Em sua natureza inferior, e em seus três veículos, o homem é constituído por um conglomerado de vidas menores, que dependem dele para manter sua natureza grupal, seu tipo de atividade e resposta coletiva, as quais - por intermédio da energia ou atividade do Senhor solar - serão, elas próprias, posteriormente desenvolvidas e elevadas à etapa humana.
Quando estes três fatos forem compreendidos, então, e somente então, teremos alcançado uma correta e justa compreensão da natureza do homem.
Por sua vez, esta compreensão acarretará três mudanças no pensamento da época:
(1) Um reajustamento do conhecimento médico a respeito do homem, que resultará em um maior conhecimento do corpo físico, de seu tratamento, e de sua proteção, trazendo assim uma maior compreensão das leis da saúde. O objetivo dos médicos será então, descobrir o que é que, na vida do homem, está impedindo a energia egoica de fluir para todas as partes do seu ser; descobrir quais as linhas de pensamento a que o homem se entrega e que são causadoras da inércia do aspecto vontade, levando-o a ações destrutivas; verificar o que, no corpo emocional, está afetando o sistema nervoso, e assim, obstruindo o fluxo da energia das pétalas do amor do lótus egoico (via o átomo astral permanente) para o corpo astral, e daí para o sistema nervoso; descobrir qual é o obstáculo, no corpo etérico, que está impedindo o correto fluxo de prana, ou vitalidade solar, para todas as partes do corpo.
É essencial que, no futuro, os médicos compreendam que a doença no corpo físico é fruto de incorretas condições internas. Isto já começa a ser levado em consideração, mas o tema em sua totalidade, permanece como uma bela teoria (ainda que incontestável, diante das realizações dos cientistas mentais e das várias pessoas que curam pela fé) até que a verdadeira natureza do Ego, sua constituição, seus poderes, e seu campo de influência sejam devidamente apreendidas.
Esta revelação virá quando os médicos aceitarem este ensinamento como uma hipótese viável, e começarem então a observar, por exemplo, os poderes de resistência evidenciados pelas grandes almas da Terra e sua capacidade de trabalhar sob alta pressão, permanecendo praticamente imunes às doenças, até que (ao fim de uma longa e profícua vida) o Ego deliberadamente escolhe “retirar-se” da existência física. Virá, quando os médicos se concentrarem nas ações preventivas, substituindo o atual regime de drogas e intervenções cirúrgicas, pela luz do sol, uma dieta vegetariana, e a aplicação das leis da vibração magnética e vitalidade. Então chegará a época quando melhores e mais refinados seres humanos habitarão a Terra. Quando os médicos conhecerem também a natureza do corpo etérico e o trabalho do baço como ponto focal para as emanações prânicas, serão então introduzidos sólidos princípios e métodos que darão fim a doenças como a tuberculose, a anemia, a desnutrição, e as doenças do sangue e dos rins. Quando os médicos compreenderem o efeito das emoções sobre o sistema nervoso, eles voltarão sua atenção para o melhoramento das condições ambientais, e estudarão os efeitos das correntes emocionais sobre os fluídos do corpo, e principalmente, sobre os grandes centros nervosos, e a coluna vertebral. Quando a conexão entre o corpo físico denso e os corpos mais sutis se tornar um fato estabelecido nos círculos médicos, saberemos então qual o correto tratamento a ser usado nos casos de demência, obsessões e outras disfunções mentais com resultados mais positivos; finalmente, quando a natureza da força egoica, ou da energia, for estudada, e melhor compreendida a função do cérebro físico como o transmissor da intenção egoica, então a coordenação do homem como um todo será estudada, e assim, poderemos determinar, com segurança, a causa que produz as doenças, a anemia e as enfermidades, e serão então tratadas as causas, e não simplesmente os efeitos.
(2) O mundo social do pensamento se voltará por inteiro para entender a natureza emocional da humanidade, para as relações grupais envolvidas, e para a interação entre os indivíduos e os grupos. Estes relacionamentos serão interpretados sábia e extensamente, e os homens serão ensinados sobre sua responsabilidade em relação às vidas menores que eles abrigam. Isto produzirá uma justa direção da força individual, e sua utilização para estabilizar, desenvolver e refinara substância de seus diferentes veículos. Ser-lhes-á também ensinada a sua definida responsabilidade sob a lei, em relação à sua própria família. Isto resultará na proteção da unidade familiar e seu desenvolvimento científico; eliminará os distúrbios matrimonias e eliminará os diversos abusos agora tão comuns em muitos círculos familiares.
A responsabilidade para com a comunidade na qual o homem é colocado, será igualmente enfatizada. Os homens aprenderão o verdadeiro significado esotérico da cidadania - uma cidadania baseada nas relações egoicas grupais, na lei do renascimento, e no real significado da lei do carma. Ser-lhes-á ensinado a responsabilidade nacional, e o lugar da comunidade dentro da nação, e da nação dentro da comunidade das nações. Também serão ensinados sobre sua responsabilidade para com o reino animal, o que será conseguido através de:
1. Uma real compreensão de sua própria natureza animal.
2. Uma compreensão das leis da individualização, e o efeito da influência do quarto reino, o humano, sobre o terceiro, o reino animal.
3. O trabalho de um Avatar de uma ordem menor Que virá, no início do próximo século, com a finalidade de revelar ao homem sua relação com o terceiro reino. Seu caminho está sendo preparado por aqueles que atualmente se empenham em despertar o interesse público, através das várias sociedades beneficentes protetores dos animais, e das muitas histórias encontradas em livros e periódicos.
Disse-nos H. P. B. (61) que o senso da responsabilidade constitui uma das primeiras indicações do controle exercido pelo Ego, e à medida que a humanidade passe a ser regida pela influência egoica, as condições em cada departamento da vida melhorarão lenta e firmemente.
(3) Na esfera da educação, a percepção da verdadeira natureza do homem provocará uma mudança fundamental nos métodos educativos. O principal objetivo será ensinar o homem sobre o fato da realidade do Ego em seu próprio plano, sobre a natureza dos seus corpos lunares e dos métodos para alinhar esses corpos inferiores, a fim de que o Ego possa comunicar-se diretamente com o cérebro físico, e desse modo, possa controlar a natureza inferior e realizar seus propósitos. Ensinar-se- á aos homens como, através da concentração e meditação, eles podem desenvolver a intuição, e desse modo, ter acesso às reservas ou riquezas do Ego. Então, ensinar-se-á o homem a pensar, a assumir o controle do corpo mental, e assim, a desenvolver seus poderes latentes.
Nestes poucos comentários acima, indicamos - ainda que muito breve e inadequadamente - os resultados que podem ser esperados quando entendermos verdadeiramente a natureza essencial do homem. Eles foram escritos em vista da necessidade atual de uma afirmação quanto à existência do homem real, o homem interno, e quanto às leis do reino de Deus. Sempre soubemos da existência desse homem interno e sempre se proclamou haver um “reino interno”, até que H. P. B. veio e divulgou as mesmas velhas verdades sob um novo ângulo, dando um feitio ocultista ao pensamento místico. Agora o homem tem a oportunidade de compreender as leis do seu próprio ser, e diante dessa oportunidade, aqueles que estão prontos para captar intuitivamente o conhecimento, e aqueles de pendor científico que estão prontos a aceitar estas verdades como hipóteses viáveis a serem utilizadas até prova em contrário, terão a oportunidade de resolver os problemas mundiais a partir do aspecto interno. Deste modo, o princípio crístico será manifestado sobre a Terra e será demonstrado que a natureza crística é um fato da própria natureza.
Para o pensamento público, o valor de uma verdadeira explanação sobre a evolução do Ego e o gradual desenvolvimento de seu poder na Terra, é muito grande. Há dois modos em que o homem pode considerar este assunto, e ambos já foram merecedores da consideração dos muitos pensadores do mundo ao longo do tempo e não necessitam de maior elucidação. O problema com que o ser humano agora se depara é o de elevar a sua consciência interna (enquanto atuando no corpo físico) até os níveis superiores do plano mental, e portanto envolve uma elevação ou expansão de sua consciência vigil, até que ela se torne consciente desta vida superior. Este é o caminho da abordagem mística, e muitos exemplos destes fatos são encontrados na vida de místicos de todas as eras. Por meio de intensa devoção, aplicação e severa disciplina do corpo físico, o místico penetra no centro cardíaco do seu pequeno sistema, e sua vida passa a ser irradiada pelos raios de seu próprio sol central - a divina luz egoica. Podemos também considerar o problema como aquele em que o esforço do homem concentra-se na tentativa de fazer descer para a consciência do cérebro físico, e portanto para o plano físico, a vida, o poder e a energia do centro interno, o Ego. Isto envolve necessariamente uma científica compreensão das leis do ser, e um reconhecimento da natureza dual do Eu. Este é o método ocultista, que estuda a constituição daquelas entidades que formam a quádrupla natureza inferior, a personalidade, e uma cuidadosa investigação daquelas Essências divinas Que Constroem o corpo do Ego, ou Eu Superior. Para isto é necessário acrescentar a severa aplicação das leis da natureza ao problema individual.
O que propomos neste Tratado é seguir o último método, uma vez que a meta é tornar claro o fundamento logoico do processo.
(b) A Evolução das pétalas. A construção do corpo causal é o resultado da energia dual, a energia do eu inferior com sua ação reflexa sobre a unidade superior, e a natural energia do eu quando impressiona diretamente a substância do lótus egoico. É preciso lembrar aqui que - por mais sutil que seja o seu material - o lótus egoico é, na realidade, substância que possui uma vibração particular como a do corpo físico, só que (devido à sua rarefação) o homem o considera praticamente insubstancial. É, de fato, como já foi indicado, o resultado da vibração dual dos quíntuplos Dhyanis ou Deuses, em conjunção com os quádruplos Quaternários, ou os Pitris dos veículos inferiores. Por meio de um esforço consciente dos Logoi planetários, estes Dhyanis e Pitris inferiores são postos em estreita relação. Isto produz (no terceiro subplano do plano mental) uma nônupla vibração, ou espiral, na matéria gasosa do plano - pois este é o subplano gasoso cósmico - vibração ou espiral esta que, após um certo período de persistência, toma a forma de um lótus de nove pétalas. Por sua vez, este lótus dobra-se em forma de botão sobre o ponto central, ou coração do lótus - essa centelha de fogo elétrico que por sua ação ou vitalidade inata, atuando sobre a substância do lótus, atrai para si mesmo uma quantidade suficiente de substância para formar três pétalas internas, as quais cerradamente protegem a centelha central; essas três pétalas são, não obstante, da mesma ação ou vitalidade inata, atuando sobre a substância do lótus, atrai para si mesmo uma quantidade suficiente de substância para formar três pétalas internas, as quais cerradamente protegem a centelha central; essas três pétalas são, não obstante, da mesma substância, ou essência, das outras nove pétalas. É preciso que o estudante não materialize demais estes conceitos; por isso seria conveniente considerar este tema sob outros ângulos e usar outros termos para expressar as mesmas ideias. Por exemplo, o corpo do Ego poderia ser visto das quatro maneiras seguintes:
DIAGRAMA VIII
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Como nove vibrações, emanando de um ponto central, as quais, com suas pulsações, ou radiações, produzem três importantes vibrações de grande força que se põem a circular ao redor do centro; as nove vibrações seguem um caminho diagonal até alcançar a periferia da esfera egoica de influência. Ao atingir este ponto, elas dão a volta, formando assim a conhecida forma esferoidal do corpo causal.
Como nove pétalas de um lótus radiando a partir de um centro comum, e ocultando dentro de si mesmas, três pétalas centrais, que encobrem um ponto central de fogo. São as radiações da ponta de cada pétala que produzem a ilusão de uma forma esferoidal.
Como nove raios de uma roda convergindo para um eixo central, o qual é, em si mesmo, tríplice, e que oculta a energia central, ou dínamo de força - o gerador de toda atividade.
Como nove tipos de energia que produzem emanações definidas, provenientes de uma unidade tríplice, a qual por sua vez emana de uma unidade central de força.
Para nosso propósito, a segunda definição é sem dúvida a mais útil para apresentar um quadro da constituição, natureza, método de desenvolvimento, e real evolução do Ego, funcionando no corpo causal.
Em termos de fogo, as mesmas verdades podem ser expressas como veremos a seguir, sobre as quais os estudantes deste Tratado devem refletir cuidadosamente:
1. Fogo Elétrico | Espírito | Aspecto Vontade | A joia no lótus |
2. Fogo Solar | Consciência | Aspecto Amor | As nove pétalas |
3. Fogo por fricção | Substância | Aspecto Atividade | Os três átomos permanentes |
No fogo elétrico, a Mônada está representada em sua tríplice natureza, e retrata aquele tipo de manifestação que alcançará sua mais elevada etapa de manifestação no próximo sistema solar.
No fogo solar, os Pitris solares, em sua formação nônupla, representam e tornam possível o desdobramento da consciência da Mônada por intermédio do Ego, nos três mundos da evolução humana.
No fogo por fricção, os Pitris lunares estão representados e constituem o eu inferior, a personalidade, ou aqueles veículos por meio dos quais o Ego, por sua vez, adquire experiência nos planos inferiores.
Contudo, dentro do ovo áurico egoico, os três são um em manifestação, e o intercâmbio de energia e vitalidade prossegue continuamente. O Espírito serve-se da Alma ou Ego como um veículo de iluminação, e o Ego serve-se do Quaternário inferior como Seu meio de expressão. Portanto, a evolução do Espírito pode realmente ser dividida em três etapas:
Primeira. A etapa em que os Pitris lunares trabalham na preparação dos invólucros inferiores a serem ocupados. As vibrações inferiores controlam, e o “fogo por fricção” aquece e nutre, praticamente excluindo tudo mais.
Segunda. A etapa em que os Pitris solares gradualmente se tornam predominantes, e a consciência egoica é desenvolvida. Os invólucros são ocupados pelo Pensador, que os controla e submete à sua vontade e propósito, e eventualmente os descarta. As vibrações intermédias controlam e o fogo solar irradia, iluminando, no curso da evolução, os corpos inferiores; seu calor aumenta gradualmente até que eventualmente ajuda a destruir as formas.
Terceira. A etapa em que o fogo elétrico é revelado, e através da intensidade de sua chama, apaga os outros fogos. Os Pitris lunares cumpriram a sua tarefa, os Pitris solares desenvolveram a unidade autoconsciente, o homem, e a Mônada (tendo utilizado ambos) descarta- os e retira-se para dentro de si mesma levando consigo o ganho da existência material, além do amor-sabedoria desenvolvido.
O Velho Comentário expressa assim esta verdade:
“O Senhor da Própria Vida senta-se no interior do coração e vigia. Os Senhores do fogo solar prosseguem em sua tarefa e sacrificam-se pelos Senhores lunares de todos os planos inferiores. Morrem, porém ressuscitam. Retiram-se, mas retornam. Contudo, o Senhor da Vida permanece imóvel.
Os Senhores lunares começam a morrer; seu poder decresce a cada ciclo que passa. Os Senhores solares brilham em triunfo e confiam os quádruplos ao fogo - o fogo que queima e consome a forma.
O trabalho é muitas vezes repetido; os ciclos crescem e decrescem, até o dia triunfante em que o Senhor solar se proclame a Si mesmo e se reconheça como o regente.
Então, o Senhor da Vida volta-Se, e ergue-Se em todo o Seu poder. Consome os Senhores solares e eles perecem, assim como pereceram os Senhores lunares. Ele pronuncia uma Palavra; o fogo desce Irrompe a chama. Desapareceu o fogo inferior através da chama do calor solar, e o fogo intermédio, devido à intensidade do fogo do Céu, também desapareceu.
Nada mais resta, exceto uma chama tríplice de cor violeta, índigo e amarela. ESSA desaparece. Reina agora a escuridão. Contudo, o Senhor da Vida persiste, embora invisível.”
Como sabemos, o lótus egoico consiste em três círculos - sendo cada um composto de três pétalas, e todos protegendo o botão interno, onde se oculta a joia. Estamos tratando aqui da evolução, formação, vitalização, nutrição e eventual desdobramento dessas pétalas. Seria útil que, nesta etapa, o estudante se lembrasse que estamos tratando principalmente do desenvolvimento do segundo aspecto no homem, o aspecto amor-sabedoria, e apenas secundariamente do terceiro aspecto, o da atividade, o qual encontra seus centros energizadores nos três átomos permanentes.
Na terminologia esotérica, estes três círculos de pétalas são chamados:
1. A tríade do “conhecimento externo”, ou os senhores da sabedoria ativa.
2. A tríade intermédia do “amor”, ou os senhores do amor ativo.
3. A tríade “sacrificial” interna, ou os senhores da vontade ativa.
A primeira constitui a soma total da experiência e desenvolvimento alcançados pela consciência; a segunda é a aplicação desse conhecimento no amor e serviço, ou a expansão do Eu e do Não-Eu em vibração recíproca; e a terceira é a plena expressão do conhecimento e amor voltados para o sacrifício consciente de tudo, com o fim de promover os planos do Logos planetário, e executar os Seus propósitos no trabalho grupal. Cada um destes três grupos de pétalas é governado por um dos três grupos de Agnishvattas, o qual forma as pétalas com sua própria substância e que, em essência, constitui o Ego tríplice em manifestação. Através delas flui a força e a coesa energia daquelas misteriosas Entidades a quem - quando consideramos a família humana como um todo - nós chamamos
a. Os Buddhas ou Senhores de Atividade.
b. Os Buddhas ou Senhores de Amor Compassivo.
c. Os Buddhas ou Senhores de Sacrifício, dos Quais, o Senhor do Mundo é, para
o homem, o representante mais conhecido.
Através destes três grupos, flui aquela tríplice energia que, no plano mental e em relação ao reino humano, encontra seu meio de expressão nos três grupos de Agnishvattas ou Pitris solares acima referidos. Esses grupos formam a substância dos três círculos de pétalas, e cada um exerce também uma influência especial sobre a pétala em particular que pertença à sua especial escala de vibrações. Para tornar mais claro este assunto, podemos tabular as várias pétalas para que o estudante possa ter uma melhor ideia da conformação de seu próprio veículo causal e das diferentes relações triangulares:
I. A tríade do “conhecimento” externo:
a. Pétala 1 | Conhecimento no plano físico. Cores: laranja, verde e violeta. |
b. Pétala 2 | Amor no plano físico. Cores: laranja, rosa e azul. |
c. Pétala 3 | Sacrifício no plano físico. Cores: laranja, amarelo e índigo |
Estas três pétalas são organizadas e vitalizadas na Câmara da Ignorância, porém permanecem fechadas, e somente começam a desdobrar-se quando o segundo círculo está organizado.
II. A tríade intermédia do “amor”:
a. Pétala 1 | Conhecimento superior aplicado através do amor nos
planos físico e astral. Cores: rosa e as três originais. |
b. Pétala 2 | Amor inteligente superior nos planos físico e
astral. Cores: rosa e as três correspondentes |
c. Pétala 3 | Sacrifício inteligente amoroso nos planos físico e
astral. Cores: rosa e as mesmas três. |
Estas três pétalas preservam a cor laranja fundamental, porém adicionam a cor rosa a cada pétala, de modo que agora são vistas quatro cores. Estas pétalas são organizadas e vitalizadas na Câmara do Aprendizado, porém permanecem fechadas. A fileira externa de pétalas desdobra-se simultaneamente até ficar totalmente aberta, revelando assim o segundo círculo, ou fileira, enquanto o terceiro permanece protegido.
III. A tríade “sacrificial” interna:
a. Pétala 1 | A Vontade de sacrificar-se por meio do conhecimento no
plano mental, e assim inteligentemente dominar por inteiro o tríplice
homem inferior. Cores: amarelo e as quatro cores, laranja, verde, violeta e rosa. |
b. Pétala 2 | A vontade de sacrificar-se por meio do amor no plano
mental, e assim servir. Cores: amarelo, e as quatro cores, laranja, violeta, rosa e azul. |
c. Pétala 3 | O supremo e eterno sacrifício de tudo. Cores: amarelo, laranja, rosa, azul, e índigo. |
DIAGRAMA IX
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No mistério destas cores subsidiárias e no gradual luzir dentro do lótus, de cinco cores em qualquer pétala por vez, encontra-se velado o mistério dos cinco Kumaras. (62) O estudante que busca o significado da preponderância da cor laranja e rosa está se aproximando do segredo dos dois Kumaras caídos. Nada mais podemos dizer, porém as cores contêm a chave esotérica para esta grande ocorrência. Este círculo interno de pétalas é organizado e vitalizado na Câmara da Sabedoria, quando simultaneamente o círculo intermédio se desdobra, de modo que agora, duas fileiras de pétalas estão devidamente abertas, permanecendo fechada apenas a terceira. Esta abertura final é efetuada enquanto são percorridas as etapas do Caminho da Iniciação, e, nesta ronda, ele está sendo acelerado pelos ritos da iniciação e pelos árduos e extraordinários esforços do próprio homem, ajudado pelo trabalho elétrico do Iniciador, manejando o Cetro do Poder.
Embora tenhamos dividido assim as diferentes etapas de desenvolvimento, só tratamos da média geral, colhendo nossos fatos dos registros disponíveis aos quais temos acesso e que estão reunidos, em relação a este assunto, em três grupos relacionados a:
a. As Mônadas de poder.
b. As Mônadas de amor.
c. As Mônadas de atividade.
E preciso que o estudante se lembre que, de acordo com esta classificação, assim será a tendência das pétalas para se desdobrarem. Por exemplo, no caso da maioria dos homens sendo Mônadas de Amor, as pétalas de amor são mais facilmente despertadas, uma vez que o amor é a natureza da atual manifestação, e a linha do amor em qualquer direção (inferior, superior ou espiritual) é a linha de menor resistência para muitos. Contudo, as Mônadas de atividade são numerosas e influentes, e a primeira pétala em cada fileira é a que mais facilmente se desdobra. Para esses dois grupos, a pétala do “conhecimento” desdobra-se primeiramente devido à inerente natureza dos próprios Manasadevas, e sua vibração básica. Para todos, o sacrifício é o mais difícil, pois envolve sempre os dois fatores da inteligência e amor- conhecimento inteligente e um amor que extravasa para aquilo que precisa ser salvo por meio do sacrifício.
Nesses três círculos de pétalas, está oculta uma outra chave para o mistério das 777 encarnações. As cifras não expressam o número exato de anos; são apenas representativas e simbólicas para expressar a ideia de três ciclos de duração variável, baseados na natureza setenária da Mônada em manifestação.
Primeiro. As 700 encarnações. Dizem respeito ao desdobramento das pétalas do círculo externo, e é o período mais longo. A vibração inicial é lenta e pesada, e alguns milhões de vidas passarão até que a interação da energia entre o Ego e seu reflexo, o eu pessoal (o tríplice homem inferior) alcance aquele ponto em que a consciência do homem “desperte” na Câmara do Aprendizado.
Para os homens avançados da época atual, estas encarnações tiveram lugar na cadeia lunar, e em alguns casos, em certos planetas associados à ronda interna. Foi esta circunstância que tornou inevitável a “vinda” desses homens durante a raça-raiz atlante. Eles haviam se recusado e encarnar anteriormente por considerar os corpos demasiadamente toscos; repetiu-se assim ciclicamente (no plano mais inferior) a recusa das Mônadas em encarnar na aurora da oportunidade mavantárica. Não foi cometido “pecado” algum, na realidade; elas tinham o privilégio de discriminar, e esta recusa tem influído sobre as condições que existem na Terra, base das grandes diferenças de classes que - em todos os países - têm provocado tantos problemas e que são o fundamento esotérico do sistema de castas hoje tão abusivo, na índia. O problema do trabalho e capital tem suas raízes na subjetiva distinção entre Egos “capazes” e “incapazes”; entre aquelas unidades da família humana na Terra que já abandonaram a Câmara da Ignorância, e aquelas que ainda estão tateando os seus escuros e sombrios corredores; entre aqueles Egos que são apenas “botões”, e os que já organizaram o círculo externo de pétalas, as quais estão prontas para abrir-se.
É preciso refletir cuidadosamente sobre a ideia de um setenato de séculos, e como sempre em todos os assuntos ocultistas, a ideia da triplicidade deve estar presente, conjuntamente com um período sintetizador, o qual é a soma total da tríplice coordenação:
3 períodos de 3 dezenas | 90 anos |
1 período sintetizador | 10 anos |
100 anos | |
Isto repetido sete vezes | 7 |
700 anos |
Cada ciclo (novamente ciclos figurativos) tem um efeito definido sobre as pétalas, porém uma delas é mais vitalizada do que as outras.
Segundo. As 70 encarnações. Dizem respeito ao desdobramento do círculo intermédio. Muito poderemos aprender se procuramos compreender o significado oculto envolvido no envio de seus seguidores, por qualquer iniciado (como o Cristo), em grupos de setenta, dois a dois. Estas setenta encarnações destinam-se, principalmente, a desenvolver o amor na vida pessoal, à evolução da natureza astral, tendo como base o reconhecimento dos pares de opostos, e o equilíbrio de ambos pelo amor e serviço.
Este ciclo abarca o período que o homem passou na Câmara do Aprendizado e tem sua correspondência na raça-raiz atlante e seu conflito entre os Senhores da Face Escura e a Fraternidade da Luz. Na vida de cada indivíduo, durante este período, tem lugar um conflito semelhante que finalmente termina no kurukshetra ou campo de batalha, o que dá ao homem o direito de trilhar o Caminho Probacionário, e eventualmente, o privilégio de apresentar-se diante do Portal da Iniciação. Mais uma vez, é preciso estudar os significados dos números que, desta vez, estão ocultos no número dez, ou três ciclos de três períodos menores, cada um perfazendo nove, e um período sintetizador, o qual conduz à consumação de um período dentro do ciclo maior. Isto está representado pelo dez da relativa perfeição. (63, 64) A interação entre o impulso kâmico e a energia manásica produziu, na consciência do Ego, a compreensão daquilo que ele aprendera nas duas Câmeras; o círculo externo de pétalas está desdobrado, e o anel central está pronto para abrir-se.
Terceiro. As 7 encarnações. Estas são as encarnações passadas no Caminho Probacionário, e constituem um período interessante durante o qual certas coisas são realizadas que podemos descrever nos seguintes termos:
As duas fileiras externas de pétalas são estimuladas em um novo e especial sentido através da ação consciente do discipulado probacionário. Até agora, grande parte do trabalho fora realizado inconscientemente sob as leis comuns da evolução. Porém agora isso muda, pois o corpo mental torna-se ativo e duas das pétalas da vontade são coordenadas, enquanto a outra “desperta” a vitalidade e se abre.
O fogo, ou energia, destas duas fileiras, ou aneis, começa a circular pelo triângulo atômico, e quando isto acontece, marca uma época verdadeiramente momentosa, uma vez que indica a culminação de um trabalho dual não só na vida pessoal inferior, como também na vida egoica:
a. Quatro espirilas inferiores dos átomos permanentes (dois grupos de duas espirilas cada um), estão em plena atividade enquanto a quinta espirila começa igualmente a despertar. O triângulo já se encontra em atividade circulatória, porém não atingiu ainda todo o esplendor do seu brilho, nem sua revolução quadridimensional.
b. Os dois círculos de pétalas estão “despertos”, sendo que um está inteiramente aberto, enquanto o outro está prestes a abrir- se.
Desta maneira, na vida do probacionário, dois aspectos da vida divina começam a se tornar aparentes, embora muita coisa reste a ser feita; e quando o círculo interno de pétalas for despertado, por meio do curioso e anormal processo de iniciação, o aspecto restante alcançará proeminência semelhante e produzirá o homem perfeito nos três mundos. E assim, estará consumado o trabalho dos Pitris solares.
Agora devemos enfatizar aqui a anormalidade do processo da iniciação.
A iniciação constitui um grande experimento que o nosso Logos planetário está realizando durante esta ronda. Nas rondas anteriores, o processo seguido foi o da lei natural, e talvez volte a ser seguido nas rondas futuras. Porém, nesta ronda e nesta cadeia, nosso Logos planetário em Seu elevado nível, está esotericamente “praticando yoga” e submetendo-Se a certos processos de treinamento, com o objetivo de estimular seus centros. Este fato está sendo aproveitado na Terra, pela Hierarquia, para obter determinados resultados entre as raças. O processo é opcional, e o homem pode, se quiser, seguir o processo normal e levar aeons para efetuar aquilo que alguns estão escolhendo realizar em um período mais breve, por meio de um processo forçado e autoescolhido.
Ao término das 777 encarnações, o homem atravessa o portal da iniciação e entra em um breve processo sintetizador, ou um período final no qual ele colhe os frutos da experiência nas duas primeiras Câmaras, e transmuta conhecimento em sabedoria, transforma a sombra das coisas vistas na energia daquilo que é, e alcança a liberação final de todas as formas inferiores que procuram mantê-lo prisioneiro. Este período de iniciação é, ele próprio, dividido em sete etapas; porém, somente cinco dizem respeito à evolução do Ego, assim como os cinco Kumaras dizem respeito principalmente à evolução da humanidade no sistema e neste planeta. Assim, temos, de novo, os quatro Kumaras exotéricos, dos Quais dois caíram, e os três esotéricos, dentre os Quais, Um reúne as forças da vida dos quatro exotéricos, formando com Eles, os cinco acima mencionados. O estudante deve estudar esta questão sob o ponto de vista da energia, ou força da vida, considerando-a a partir do aspecto da polaridade e do casamento místico, da compreensão do real significado da relação sexual, do encontro e fusão dos pares de opostos, e do trabalho realizado pelo ser sintetizador da energia em questão. Por exemplo:
a. O Ego sintetiza, ou reúne em si, as forças da vida do
quádruplo homem inferior.
b. O Raio do Mahachohan na Terra sintetiza as forças da vida dos quatro Raios
menores, sendo Ele o terceiro sub-raio de nosso Raio planetário.
c. O terceiro Raio maior do sistema solar funde-se com os quatro menores.
d. O quinto Kumara funde e une em Si Mesmo o trabalho dos quatro inferiores.
O reflexo de tudo isto no Microcosmo pode ser estudado pelo homem que compreende como o corpo físico é o veículo de todos os princípios.
Quando o homem alcança a terceira Iniciação, a fileira interna de pétalas se abre e o lótus pode ser visto em toda a beleza de seu pleno florescimento. Na quarta Iniciação, o botão interior abre-se sob o efeito da força elétrica do Cetro, o qual introduz o poder do raio sintético do próprio sistema solar, e assim é revelada a joia interna. O trabalho está consumado; a energia residente nos átomos permanentes já vitalizou todas as espirilas, enquanto a força aperfeiçoada do lótus, e a vontade dinâmica da centelha central, entram em plena e unificada atividade, causando a desintegração da forma, com os resultados seguintes:
a. Os átomos permanentes tornam-se radioativos, e portanto, seu círculo-não-se-passa não mais constitui uma barreira para as unidades menores que se encontram em seu interior; assim, os vários grupos de vidas eletrônicas escapam, e retornam para o reservatório eterno. Eles formam uma substância de ordem muito elevada e produzirão as formas daquelas existências que, em um outro ciclo, procurarão veículos.
b. As pétalas são destruídas pela ação do fogo, e a multiplicidade de vidas dévidas que lhes dão forma, coerência e qualidade são reunidas novamente, pelos Pitris solares da mais elevada ordem, no Coração do Sol, e somente em um outro sistema solar, voltarão a exteriorizar-se.
A substância atômica ainda será empregada em outro manvantara, porém os Pitris solares somente serão chamados a se sacrificarem novamente no próximo sistema solar, quando eles virão como Raios planetários, repetindo assim em níveis monádicos no próximo sistema, o que realizaram neste atual sistema. Eles serão então os Logoi planetários.
c. A vida central elétrica retorna à sua fonte, escapando da prisão e funcionando como um centro de energia nos planos cósmicos de energia etérica.
No que acabamos de dizer, empenhamo-nos em transmitir uma ideia geral do processo evolutivo relacionado com o Ego, e seu progresso sob as leis cármica e cíclica. Se o estudante refletir sobre estas duas leis, facilmente compreenderá que elas podem ser resumidas no termo genérico deLei do Ritmo. Toda manifestação é o resultado do efeito produzido pela atividade de determinada energia; a quantidade de energia gasta em uma direção, exigirá um consumo igual na direção oposta. Em termos do Ego e sua experiência de vida, isto apresenta-se em três etapas:
Primeira. A etapa em que a energia manifestada atua externamente. O Eu identifica-se com seus envoltórios. Esta é a etapa estritamente pessoal.
Segunda. Nesta etapa, começa a busca de ajustamento sob a lei; o Eu não está inteiramente identificado com seus envoltórios, nem inteiramente identificado Consigo Próprio. Está aprendendo a escolher entre os pares de opostos. Este é o período da mais feroz luta e rivalidade, e o campo de batalha onde o ajustamento tem de ser realizado; é o período de laboratório onde o discípulo gera força transmutadora suficiente para conduzi-lo para o extremo oposto da etapa anterior - aquela etapa onde a energia se manifestará internamente e não externamente.
Terceira. A etapa em que a energia do Ego é centralizada no coração do círculo, e não na periferia, e dali é aplicada - através do consciente esforço do Ego - no serviço grupal. O interesse pela natureza inferior é substituído pela atração sentida por aquilo que é superior até ao próprio Ego. Então deve ser repetido o processo anterior, agora numa volta mais alta da espiral, e a energia monádica começa a atuar sobre o Ego, assim como a energia egoica atuou sobre a personalidade. A Mônada, que tem estado identificada com o Ego (sua manifestação externa), por sua vez, dá início à busca de seu próprio e verdadeiro centro “no interior do Coração”, e os resultados que afetam a distribuição e conservação da energia podem novamente ser vistos.
É necessário enfatizar este procedimento, porque é importante que todos os ocultistas aprendam a pensar em termos de energia e força, interpretando-os segundo a contraposição dos corpos ou invólucros empregados. O místico já reconheceu este fator “força”, porém tem trabalhado unicamente com o seu aspecto positivo. O ocultista precisa reconhecer e trabalhar com três tipos de força, ou energia, e nisto reside a diferença entre o seu trabalho e o do místico. Ele deve reconhecer:
1. A força positiva | ou aquilo que energiza. |
2. A força negativa | ou aquilo que é o recipiente da energia; aquilo que atua ou toma forma sob o impacto da força positiva. |
3. Luz, ou força harmônica | Aquela que é produzida pela união das outras duas. O resultado é energia radiante, ou seja: aquilo que resulta do equilíbrio entre as outras duas. |
Estes três aspectos da energia têm sido chamados, como já repetimos muitas vezes:
a. Fogo elétrico | energia positiva | Pai. |
b. Fogo por fricção | energia negativa | Mãe. |
c. Fogo solar | energia radiante | Sol ou Filho. |
Cada um destes dois últimos aspectos são duais em si mesmos, mas o efeito constitui um todo unificado no que diz respeito à grande Unidade na qual eles se estão manifestando.
O problema dos devas poderá ser melhor compreendido se nos lembrarmos que eles incorporam em si mesmos os dois tipos de energias. Por exemplo, os Pitris solares constituem a substância dos corpos e grupos egoicos, e o meio de expressão para o aspecto Espírito, pois o Espírito manifesta-se por intermédio da alma. Os Pitris lunares, que formam o eu inferior pessoal, constituindo um agregado de corpos inferiores, são energizados e utilizados pelos Senhores solares. Esses Anjos solares, por sua vez, pertencem a muitos grupos, e expressam, dentro de suas próprias fileiras, uma energia dual, tanto positiva quanto negativa. Há a vida positiva do lótus egoico que coordena, preserva e ativa as pétalas, e há também a energia da própria substância da pétala, ou o aspecto negativo, que - impulsionado pela força positiva dos Senhores solares maiores - formam as espirilas, ou rodas vivas, que nós, simbolicamente, chamamos “pétalas.” Há uma estreita analogia em relação ao Logos planetário e o Logos solar entre prana, a força da vida que anima o corpo etérico do homem, e mantém coeso o seu corpo físico, e a força sintetizadora da vida do Logos que anima cada átomo, em cada um dos planos do sistema. Se meditarmos sobre isto e se conseguirmos ter plena consciência do fato de que todos os nossos planos constituem a manifestação etérica e densa do Logos solar, então o papel desempenhado pelos Anjos solares poderá tornar-se mais esclarecido, assim como também se tornará mais clara sua relação com o Logos solar e o Logos planetário.
Nós precisamos não só estudá-los em relação a nós mesmos e ao nosso esforço de nos identificarmos com os Senhores solares dos Pitris lunares, como precisamos também reconhecer:
a. Os Anjos solares de um esquema planetário.
b. Os Anjos solares do sistema solar.
c. Os senhores lunares do esquema e do sistema.
A palavra “lunar” é aqui um anacronismo tecnicamente inexato. Alua, ou luas, em qualquer esquema, são efeitos e não causas. Em certos relacionamentos planetários, elas são consideradas causas, porém, em relação ao nosso sistema solar, não o são. Contudo, em relação a um certo sistema, existem cosmicamente certos corpos no espaço, que têm um efeito tão definido sobre ele como o da lua sobre a Terra. Isto é algo, por enquanto, desconhecido e incompreensível para os metafísicos, cientistas e astrônomos. Todavia, a guerra prossegue cosmicamente entre os senhores “lunares” sistêmicos e aquelas Entidades que, nos níveis cósmicos, são análogas aos Senhores solares. Enquanto nossos estudantes não alargarem seus conceitos, e passarem a incluir em suas estimativas os corpos logoicos astral e mental à medida que o Logos procura expressar emoções e mente no plano físico (através de Seu corpo físico, um sistema solar), eles pouco se aproximarão do ponto central do mistério solar. Enquanto desconhecermos a força dos Senhores lunares cósmicos, o fato de existirem, fora do nosso sistema solar, constelações inteiras em processo de desintegração no tempo e espaço, de modo semelhante à desintegração da Lua, não será conhecido, nem rastreados os seus efeitos. Eventualmente, nosso sistema solar passará para um estado similar. Aqui reside o verdadeiro mistério do mal, (65) e aqui deve ser procurada a verdadeira realidade da “Guerra nos Céus.” É preciso também lembrar que os esquemas planetários entram em obscurecimento e “morrem", em todos os casos, devido à retirada da vida e energia positiva e do fogo elétrico que é o princípio que anima todos os sistemas, esquemas, globos, reinos da natureza e unidades humanas. Isto também provoca em cada caso a morte da “irradiação solar”, ou da luz produzida pela mesclagem das energias positiva e negativa. Tudo que resta em cada caso é a energia habitual da substância, sobre e através da qual, a energia positiva tem exercido um efeito tão notável. Este tipo negativo de força gradualmente se dissipa ou se dispersa, e procura o reservatório central de energia, e a forma esferoidal é assim desintegrada. Esta é a regra que atua em todos os corpos, como a vemos agora atuar no caso da Lua. Podemos enunciar essa regra em outras palavras; os Devas solares (ou a energia irradiante) retornam para o Coração central, ou para a fonte que Os exalou. Isto torna a substância dévica menor dependente de seu próprio calor interno, uma vez que foi retirado aquilo que dera forma à substância. Há muitas classes de substância dévica, e talvez se compreenda melhor o que acontece quando a forma se desintegra, se dissermos que, quando isso acontece, os construtores menores assim como os devas retornam à sua alma grupal. Aqueles que formam os corpos do quarto reino da natureza, e são portanto de um tipo superior de substância através da qual a consciência pode manifestar-se nos três mundos, encontram-se a caminho da individualização - o que significa que estão mais próximos da etapa humana do que a substância dos três outros reinos. Eles ocupam um lugar na evolução dévica análogo ao lugar ocupado por um homem no reino humano que se aproxima do Caminho (observem que eu disse reino, não evolução). A meta dos devas de categoria abaixo dos Pitris solares é a individualização, e seu objetivo é tornarem-se homens em algum ciclo futuro. A meta para o homem é a iniciação, ou chegar a ser um Dhyan Chohan consciente, e em algum distante ciclo, fazer pela humanidade dessa época, o que os Pitris solares fizeram por ele, e tornar sua expressão autoconsciente uma possibilidade. A meta para um Pitri solar é, como já foi dito anteriormente, tornar-se um Raio logoico. (66)
Voltando ao assunto que estamos considerando: - Assim como a Lua constitui uma força maléfica, causadora de nefastas “influências” no que diz respeito à Terra, também todos esses corpos em decomposição são igualmente destrutivos. Tais corpos existem dentro do círculo-não-se-passa solar (67) e ainda não reconhecidos, como também constelações em desintegração (inumeráveis no universo e desconhecidas pelos cientistas) que exercem um efeito igualmente maléfico sobre o nosso sistema e tudo que passa para dentro de sua esfera de influência.
Há uma constelação assim situada entre a Ursa Menor e o nosso sistema, e uma outra, inter-relacionada com as Plêiades e o nosso sistema, que ainda produz um profundo efeito sobre o corpo físico do Logos solar.
O parágrafo acima está especificamente escrito nesses termos porque os efeitos são sentidos no corpo mais inferior de todos, e são responsáveis por grande parte daquilo que é ignorantemente denominado “magia negra.” Essas duas constelações já terminaram seus ciclos e estão em processo de “dissolução.” Parte de sua força vital e energia foi transferida para o nosso sistema solar, assim como a força vital lunar foi transferida para a nossa Terra, sendo esta a causa da maior parte do mal cíclico. O processo de decomposição e as emanações maléficas produzidas, ainda têm poder para influenciar as formas que respondem àquilo que, para elas, constituiu uma vibração anterior. A substância dessas formas está magneticamente vinculada ao corpo em decomposição, da mesma maneira que o duplo etérico está conectado ao seu envoltório denso, onde os efeitos são pois manifestados. O fogo purificador é a única cura para esta corrupção magnética, e tem sido livremente utilizado pelos Logoi planetários em Seus esquemas, e pelo Logos solar, no sistema.
O FOGO PURIFICADOR
“O fogo ardia fracamente. Um leve fulgor vermelho dormitava no Coração da Mãe. Mal se sentia seu calor. As duas primeiras linhas internas palpitam em resposta ao fogo, mas as demais permaneceram frias.
Do mais profundo centro, os Filhos de Deus olharam para baixo. Então volveram Seu olhar e pensamentos para outras esferas. Sua hora não era ainda chegada. Os fogos elementais não haviam preparado o altar para os Senhores. O fogo sacrificial aguardava em seu elevado lugar enquanto embaixo aumentava o fulgor.
O fogo ardeu mais intensamente, e a primeira e a segunda lentamente se acenderam. Seu fulgor tornou-se uma linha de fogo brilhante, porém as cinco permaneceram intocadas. Novamente, olharam para baixo os Filhos dos Homens. Por um breve segundo, Eles voltaram Seu pensamento para a Mãe, e com isso a terceira se acendeu. Rapidamente Eles desviaram o Seu olhar, pois a forma não estava pronta para recebê-Los. O calor permanecia latente, e nenhum calor exterior ascendia até Eles.
Aeons se passaram. O fulgor aumentou. As Esferas tomavam forma, mas rapidamente se dissipavam por lhes faltar a força da coesão. Desapareciam. Reapareciam. Ação incessante, ruído, calor, fogo ardendo lentamente em meio a muita fumaça caracterizavam Seus ciclos. Porém, os Lhas em Seu elevado lugar rejeitaram este trabalho elemental e voltando- Se para dentro de Si Mesmos, meditaram.
O fulgor tornou-se um fogo constante e pequeninas chamas foram vistas. A primeira, a segunda, e a terceira tornaram-se três linhas de fogo e um triângulo foi consumado. Todavia, os quatro permanecem quiescentes e não respondem ao calor. Assim transcorrem os ciclos e as vidas elementais, enquanto seu trabalho continua.
As formas estão consolidadas, porém curta é a sua duração. Não avançam, embora passem. É chegada a hora do grande despertar. Elas não mais descem, mas elevam-se.
Este é o interlúdio que os Lhas, em Seu elevado lugar, estiveram aguardando. Eles não podem ainda entrar nas formas preparadas, mas sentem que Sua hora se aproxima. Meditam mais uma vez, e por um minuto, contemplam as miríades de fogos tríplices até que o quarto responde.
Os sessenta segundos empregados na concentração dinâmica produzem formas de tríplice natureza, três conjuntos de formas tríplices, e miríades nessas três. O Coração da Mãe contrai-se e expande-se com essas sessenta emanações ardentes. As linhas unem-se e cubos são formados, protegendo o fogo interno. O altar está preparado, e a forma quádrupla permanece. O altar fulgura, rubro no centro, e aquecido externamente.
O altar flameja. Seu calor aumenta, mas não queima nem se consome. Seu calor sem chama alcança uma esfera superior; por um breve momento, os Filhos de Deus se aquecem, porém não se aproximam até que outro ciclo tenha transcorrido. Eles aguardam a hora, a hora do sacrifício.
Os Senhores solares, ouvindo a Palavra emitida pelos Filhos de Deus, erguem-se com a impetuosidade de sua vida solar e acercam-se do altar. As quatro linhas fulguram e ardem. O sol aplica-lhes um raio; os Senhores solares fazem-no passar através de Sua substância e novamente Se aproximam do altar. A quinta linha desperta tornando-se um ponto fulgurante e a seguir, uma linha de cor vermelha escura mediando a distância entre o altar e Aquele Que observa.
O dinâmico fogo quíntuplo começa a tremeluzir e a queimar, porém ainda não ilumina o exterior; ele simplesmente fulge. Aeons passam, ciclos vão e vem. Continuadamente os Senhores solares Se sacrificam; são Eles o fogo sobre o altar. O quarto fornece o combustível.
Os Filhos de Deus ainda vigiam. O trabalho aproxima-se de sua consumação final. Em Seu elevado lugar, os Lhas Imortais chamaram uns aos outros e quatro lançaram o brado: “O fogo está ardendo. É suficiente o calor?”
Dois respondem mutuamente: “O fogo está ardendo; o altar está quase destruído. O que acontece a seguir?” “Juntem ao fogo, o combustível dos Céus. Soprem o fogo flamejante e aticem sua chama para que arda com maior intensidade.”
Assim, partiu o comando de Aquele Que, através de incontáveis aeons, permanecera silencioso. Os Lhas enviaram Suas exalações. Algo impedia a sua passagem. Eles chamaram por ajuda. Aquele Que ainda não fora visto aparece.
Ele levanta Sua mão. O um, o dois, o três, o quatro e o cinco fundem-se no um e mesclam-se com o sexto. A chama ascende, respondendo à exalação. O desaparecimento final do cubo é necessário, e então, o trabalho cessa. (Extraído dos Arquivos da Loja.)
(c) Os Nomes dos Lótus Egoicos. Podemos nos referir brevemente ao trabalho de formação dos lótus egoicos em seu próprio plano, que é semelhante ao resultado do trabalho dos Agnishvattas, após sua segregação no espaço, e a formação de seus círculos-não-se-passa. Nós já tratamos das etapas remotas iniciais, porém ainda não enfatizamos um ponto que interessa ao estudante atento, diante das diferenças existentes entre os corpos egoicos devido às variadas etapas de desenvolvimento. Por exemplo, até à metade da raça-raiz atlante (68) (quando a porta da individualização foi fechada), Egos eram encontrados em muitas etapas diferentes de desenvolvimento, desde “botões” recentemente organizados, representando homens recém-individualizados, a corpos causais altamente desenvolvidos de diferentes discípulos e iniciados, que estavam supervisionando a evolução da raça. Agora, sob o ponto de vista evolutivo, os corpos egoicos podem ser agrupados como segue:
No terceiro subplano do plano mental:
Egos botão. Uma vez que nosso esquema planetário já atravessou metade de sua evolução, não há, no sentido estrito, “botões” totalmente fechados, todos os lótus egoicos possuem, no mínimo, uma pétala aberta. Todos os lótus se encontram organizados, porém há vastas diferenças entre aqueles de pequeno desenvolvimento que se demonstra no brilho dos átomos permanentes, e os que se encontram na etapa do desdobramento das pétalas.
Lótus brâhmicos, nos quais a primeira pétala do conhecimento está totalmente aberta. Eles são assim denominados por representarem, no plano físico, a unidade inteligente e plenamente ativa, o homem de tipo mais inferior de trabalhadores, lavradores e camponeses de todos os continentes. Eles são também chamados “criadores de terceira classe”, uma vez que eles somente se expressam através da criação física no plano físico, e sua função principal é prover veículos para aqueles de seu próprio grupo.
O lótus de Brahman, nos quais a segunda pétala dá sinais de abrir- se e o segundo aspecto, em sua manifestação mais inferior, mostra sinais de demonstração. Eles representam certos grupos de Egos oriundos de determinados esquemas planetários, especialmente de Júpiter e Vénus, os quais são de categoria superior à dos lótus brâhmicos, embora ainda tenham um longo caminho a percorrer. São chamados “criadores de segunda classe”, pois embora se demonstrem, no plano físico, no ato de criação física, são contudo mais impulsionados pelo amor, do que pelo instinto animal como no primeiro caso. Encontram-se nesta época encarnando no Oriente, particularmente na índia, nos países latinos e ultimamente na América.
Os lótus primordiais, um grupo de especial interesse que foi trazido sob a influência do Senhor do quinto Raio, e que está portanto fundamentalmente vinculado à energia que constitui a especial manifestação neste atual sistema, e a base de toda a realização, ou seja, manas. Este grupo permaneceu quiescente durante a raça-raiz atlante, porém entrou em atividade durante a quarta e quinta sub-raças da nossa raça-raiz. É um grupo muito mais avançado do que os grupos anteriores, porém ainda muito lhe falta para desenvolver a segunda pétala. Com eles, a primeira e a terceira pétalas, no primeiro círculo, estão abrindo-se, porém, a segunda ainda permanece fechada. Afileira intermédia tampouco mostra sinais de vitalidade. Devido às condições de seu planeta de origem, seu desenvolvimento fora unilateral, daí terem entrado neste esquema impulsionados por uma onda de energia para “se completarem”, por assim dizer. Podemos vê-los no tipo puramente egoísta intelectual científico, responsável em grande parte pela avançada aplicação da ciência mecânica às necessidades dos homens, e pela introdução de certos tipos de mecanismos; seu trabalho está largamente vinculado à energia do reino mineral, o que nos leva a deduzir que os Senhores solares que personificam este tipo estão ligados a um grupo de Senhores lunares que respondem magneticamente aos devas do reino mineral. O trabalho que eles realizam para a raça dos homens tem, no presente, um efeito deletério; porém, quando a segunda pétala for aberta, as maravilhas então a serem alcançadas por eles no serviço amoroso, segundo sua própria especialidade, será um dos fatores que irão regenerar o quarto reino. Eles alcançarão a emancipação na quinta ronda, sendo que quatro quintos deles entrarão no Caminho, e a quinta parte restante terá que aguardar um outro ciclo.
Lótus de paixão ou desejo, assim chamados porque sua natureza fundamental é amor, personificado em uma ou outra forma. A grande maioria das Mônadas de Amor encontram-se neste enorme grupo, encarnadas em pessoas bondosas e de posição econômica folgada no mundo. Estes lótus estão, por sua vez, subdivididos em cinco grupos, dos quais três foram individualizados no nosso planeta, e dois foram os últimos a individualizar-se na cadeia lunar. Eles já desenvolveram duas pétalas e têm agora sua atenção voltada para a terceira. Muitos poderão atingir seu objetivo antes da sétima raça-raiz desta ronda, porém a grande maioria só o conseguirá na segunda raça-raiz da ronda seguinte, e estarão prontos antes do final dessa ronda para entrar no caminho probatório, após terem desenvolvido uma fileira de pétalas, e organizado a segunda. Todos estes lótus do primeiro círculo são divididos em grupos, porém, entre eles, prossegue a interação; isto porque a energia em qualquer centro produz um reflexo de energia em outro. É preciso lembrar que, na época Atlante, quando foi fechada a porta ao reino animal, com a interrupção temporária de formação de “lótus botão”, os resultados se fizeram sentir em outras áreas além da humana ou animal. Resultou também na decisão interna do Logos planetário de retirar Sua atenção do ato de criação no plano mental sistêmico, e voltá-la para o trabalho da evolução progressiva. Isto fez cessar certos tipos de atividade, levando à quiescência alguns de Seus centros e a uma atividade crescente em outros. Essa decisão teve também efeito sobre os Anjos solares e, consequentemente, sobre o Coração do sistema solar de onde eles são retirados. Torrentes de energia ou correntes de força provenientes do coração do Sol (o Sol subjetivo) foram suspensas e direcionadas para outro lugar, enquanto que os Pitris já ativos passaram a centrar-se no trabalho já iniciado, e temporariamente, nenhum outro foi iniciado. É preciso não esquecer aqui, que o trabalho dos Pitris solares - segundo o seu próprio ponto de vista - não tem como principal objetivo a evolução do homem, mas sim o seu próprio desenvolvimento dentro do plano do Logos solar; para eles, a evolução da raça humana é apenas um método.
Homens perfeitos são encontrados nos concílios do Raio particular do Logos planetário; os Pitris solares são encontrados no concílio do Logos solar. (69)
Seria interessante, se aqui interrompêssemos por um momento nossa discussão a respeito dos grupos egoicos, e apresentássemos uma breve tabulação das evoluções, sendo que nesta tabulação, somente são considerados os planos de diferenciação; no plano subjetivo, isto é, no plano da não-manifestação, somente a unidade é conhecida. O termo “não-manifestado” é de importância relativa apenas, e diz respeito à apreensão do homem de tudo que existe. Para o Logos solar, os planos do não-manifestado são objetivos. O homem ainda não desenvolveu a visão etérica, e assim, para ele, os subplanos etéricos permanecem por enquanto não-manifestados. O Logos solar já desenvolveu plenamente a visão etérica cósmica, e por estar percorrendo o Caminho Cósmico, tudo dentro do Sistema solar, já Lhe foi plenamente revelado.
TABELA VI
VIDAS | META |
---|---|
1. Os Três Logoi planetários maiores. |
Liberação cósmica; as iniciações cósmicas finais. |
2. Os quatro Logoi planetários maiores | Iniciação cósmica, ou as quatro primeiras Iniciações. |
3. As Vidas que dão forma a um globo planetário. | Manus de uma cadeia cósmica. Não um Manu semente, mas periódico de grau menor. Isto envolve um mistério não revelado, ligado a certas Hierarquias de cor. |
4. A vida que dá forma a um reino da natureza | Transferência em uma de três direções: a) Para a linha dos Pitris solares. b) Para Sírio, como um ajustador cármico. c) Para o sistema solar seguinte a fim de trabalhar vinculado ao Logos planetário de sua própria linha na função de regente de um reino ou de uma onda de vida no sistema, não no esquema. |
5. Os Pitris solares | Os três grupos superiores tornar-se-ão os Logoi planetários maiores; os quatro grupos inferiores serão os Logoi planetários menores. |
6. A evolução humana | Tornar-se os Pitris solares de outro ciclo. Seguir qualquer um dos caminhos antes enumerados. Os que se tomam Pitris solarei - a maioria - retornam a Sírio para serem exalados à atividade de novo |
7. Os Pitris lunares | Tornar-se homens. Os de grau superior entrarão diretamente na evolução animal do próximo ciclo e assim, eventualmente se individualizarão. Os três graus superiores tornar-se-ão homens- animais, e os quatro inferiores contribuirão na composição das formas quaternárias dos homens da próxima criação. |
8. A evolução animal | O reino humano. |
9. A evolução vegetal | O reino animal. |
10. A evolução mineral | O reino vegetal. |
11. Os quatro graus superiores dos Construtores menores em todos os planos | Eles constituirão o duplo manifestado, ou forma, daquela misteriosa terceira evolução do próximo sistema, ou seja, o corpo etérico da entidade planetária. Esta misteriosa vida é, por enquanto, um mistério insondável até à última triplicidade dos sistemas solares do nosso Logos solar. |
12. Os três graus inferiores dos Construtores
menores. |
O corpo físico da entidade planetária em sua forma mais densa. |
É preciso notar aqui, que a Entidade planetária constitui a soma total de todas as vidas elementais dos Construtores menores que funcionam como, ou formam, a substância de qualquer globo em particular que se encontre em objetividade física. Todo o mistério deste assunto oculta-se em três pontos:
Primeiro, o fato de que nossos três planos - físico, astral e mental -formam o corpo denso do Logos solar, e portanto, não são considerados princípios.
Segundo, o fato de que as “vidas” menores, ou a essência elemental, constituem o “refugo” de um sistema anterior, e reagem tão poderosamente a impulsos a elas inerentes, que só foi possível controlá-las, mediante a aplicação consciente da dinâmica vontade do Logos. Devemos interpretar a palavra “refugo” como uma referência ao fato de que para formar seu corpo físico denso, o homem reúne para si mesmo, a cada nova encarnação, matéria já colorida pelas antigas vibrações de encarnações precedentes. Essas “vidas” foram gradualmente atraídas durante todo o mahamanvantara à medida que isso se tornou seguro e foi possível controlá-las e submetê-las à vontade dos Construtores maiores. Grande parte da primitiva energia-substância empregada na construção sistêmica passou para aquela força-matéria que denominamos Pitris lunares, e seu lugar tem sido gradualmente tomado por este tipo de energia, extraída da esfera maior na qual o nosso Logos tem o Seu lugar. Afinal, as doze evoluções nada mais são do que os doze tipos de energia, manifestando- se sempre em três grupos de forças, e novamente como um grupo, quando sintetizadas durante o processo de manifestação. São quádruplas em interação, e possuem um fluxo e refluxo sistêmico sobre o qual pouco se sabe.
Terceiro, o fato da chegada à encarnação da “vida”, que dá forma a esta substância de grau inferior, que é uma entidade oriunda de um ponto nos Céus que não pode ser mencionado; esta entidade corporifica influências de natureza manásica, porém manas em sua vibração mais inferior. Talvez possamos obter alguma ideia do que isto significa, se dissermos que há uma semelhança entre esta vibração, ou esta vida energizadora, e a vibração básica do sistema solar que precedeu o nosso. Precisamos lembrar que nossa vibração básica foi o resultado do processo evolutivo de todo o sistema anterior. Esta entidade tem uma relação análoga à da evolução dévica, no que diz respeito às misteriosas “pontes” que desconcertam os cientistas, e que são encontradas entre os reinos vegetal e animal, e os reinos mineral e vegetal; e que não são nem um, nem outro. Em larga escala, esta “vida”, ou entidade que anima a vida inferior do plano físico do sistema solar, não chega a ser um verdadeiro representante da vida subconsciente do sistema anterior, nem tão pouco da vida elemental do sistema presente; somente no próximo sistema é que veremos a manifestação de um tipo de consciência atualmente inconcebível para nós. Esotericamente, diz-se que essa vida não possui “visão” nem “audição”; sua essência não é dévica nem humana. Ocultamente falando, é “cega”, de nada se apercebe; é somente dotada de movimento, semelhante a um feto no útero; seja o que for que virá a nascer, somente será revelado no próximo grande ciclo. O mistério da Lua (70) ou do “divino lunático” está, de certo modo, ligado à revelação (devido à prematura compaixão do nosso Logos planetário) desta “vida" que anima o globo denso da cadeia lunar. Em seu elevado nível, despertou no coração do Logos planetário a piedade por certas existências involutivas dentro da cadeia lunar, e (assim como o Buddha, em menor escala e em data muito posterior) esse zelo compassivo trouxe os resultados cármicos com os quais até hoje estamos envolvidos. A “besta”, para seu próprio bem, tem de ser levada de volta à sua toca, e lá ficar oculta e confinada em segurança, até que a aurora de um novo sistema lhe traga uma oportunidade consciente.
Mais não pode ser dito. É preciso lembrar que os mistérios da existência são, por enquanto, pouco conhecidos pelo homem. Há mistérios profundos que o homem ignora totalmente, porém há também os que permanecem cegos e surdos onde não há mistérios, mas apenas revelação para aqueles que possuem olhos de ver e ouvidos de ouvir. Quando o homem tiver penetrado naqueles segredos que se encontram por trás dos reinos inferiores da natureza; quando tiver solucionado o problema da constituição do interior da Terra, e tiver a partir daí percorrido retrospectivamente o percurso que traz o conhecimento de como funcionam o caminho involutivo e as vidas que percorrem esse caminho, então e somente então, começará ele a perceber a singularidade daquilo que está fora do seu alcance.
Podemos dar uma outra indicação, a qual servirá para lançar um raio de luz sobre o problema para aqueles que estão prontos, mas poderá aumentar a confusão daqueles que não são intuitivos:
Do ponto de vista de AQUELE SOBRE O QUAL NADA PODE SER DITO, O nosso sistema solar nada mais é do que um centro (centro esse que constitui uma das três verdades só reveladas na sétima Iniciação).
a. Sistema I | caracterizou-se pela organização de um centro, e a misteriosa vida a que nos estivemos referindo foi produzida pela vibração “mais inferior do centro.” |
b. Sistema II | caracteriza-se pela atividade tridimensional desse centro e pela evolução de três tipos de consciência - dévica, humana e subumana - em todos os seus inumeráveis graus e hierarquias. É o período em que as forças se equilibram no centro. |
c. Sistema III | será caracterizado pela atividade quadri-mensional do centro, e os doze tipos de evolução se transformarão em quatro tipos de força. |
É quase impossível para o homem compreender algo que parece inexplicável, porém as indicações que acabamos de dar têm o objetivo de conscientizá-lo da interdependência existente entre os vários sistemas, e o papel que eles desempenham em um esquema maior; foi essa a nossa intenção, e não apresentar fatos sem correlação e aparentemente inúteis para ele. Se não conhecermos nossa posição dentro de um sistema mais vasto, as deduções dos homens serão sempre equivocadas.
Agora prosseguiremos com a nossa enumeração dos grupos de Egos de acordo com suas características, porém seria conveniente tratar antes de dois problemas que intrigam o estudante sério, e dado à reflexão. Um diz respeito à posição (em conexão com qualquer um dos esquemas planetários) daqueles vastos grupos de Egos personificados por Vidas que emanam de qualquer um dos sete Raios, e associados com quaisquer dos vários esquemas. O outro trata do efeito produzido pela “entrada”, no plano mental, de Egos que não são Egos “botão”, e sim, como discípulos e iniciados, Egos que deverão estar grandemente desenvolvidos.
Estes pontos podem ser esclarecidos, se apresentarmos alguns fatos referentes ao plano mental que servirão para indicar onde achar a solução para esses problemas.
Como foi destacado por H. R B., o plano mental é o mais vasto de todos os planos que nos dizem respeito, sendo também o plano chave do sistema solar, ou seja, o pivô sobre o qual a grande Roda gira, uma vez que ele é o lugar de encontro das três linhas de evolução e, por isso, esotericamente denominado a câmara do conselho das Três Divindades. Neste plano, as três Pessoas da Trindade logoica trabalham de forma unida. Abaixo deste plano, duas Pessoas trabalham em associação; acima dele funciona outra dualidade, porém, é somente neste plano que as Três se apresentam unificadas.
Todos os Logoi dos diferentes esquemas Se estão expressando neste plano. Existem certos esquemas no sistema que apresentam sua manifestação física neste plano, e não possuem corpo físico como o da Terra e de outros planetas densos. Existem por meio da matéria gasosa, sendo suas esferas de manifestação simplesmente compostas dos quatro éteres cósmicos e do gasoso cósmico. Porém, todas as grandes Vidas do sistema solar são possuidoras de corpos construídos de matéria mental do nosso sistema, e por conseguinte, nesse plano, a comunicação entre todas essas entidades torna-se uma possibilidade. Este fato constitui a base da compreensão ocultista e o verdadeiro fundamento para a unificação. A matéria dos níveis abstratos do plano mental entra na composição dos veículos de todas essas Existências maiores e, por intermédio desta substância energizada, Elas podem entrar em harmonioso relacionamento seja qual for a meta de sua consecução individual. Consequentemente, as unidades existentes em Seus corpos podem igualmente estabelecer contato com todos os outros Egos e grupos, desde que tenham alcançado a consciência do plano mental, ou seja, a consciência do corpo causal, e conheçam as “chaves” dos tons e cores dos vários grupos em questão.
Ficará claro para o estudante atento que nisto reside a verdadeira relação entre os vários grupos de Egos, sendo indiferente o grau de evolução, raio ou esquema em que se encontram. Poderemos captar melhor a verdade aqui envolvida, se estudarmos as seguintes frases ocultistas:
“Na Câmara da Ignorância governa kama-manas. O homem, vergado ao peso de inumeráveis insensatos desejos, arrasta-se em busca dos objetos que atraem sua atenção, pelos átrios da mais obscura maya. Encontra-os, porém morre antes de ter colhido os frutos longamente desejados. Morde-o a serpente, e a desejada alegria esvai-se por entre seus dedos. Todos os que assim buscam os frutos egoístas do carma, forçosamente desprezam-se uns aos outros; daí a competição, a ganância, a malevolência e o ódio, a morte e a retaliação, a invocação cármica e o raio da vingança que caracterizam esta Câmara.”
“Na Câmara do Aprendizado, o intelecto governa e procura guiar. Desejo de uma espécie superior, que é fruto do uso de manas, subplanta o desejo kâmico inferior. O homem pesa, examina, pondera e, nos primórdios do Intelecto busca o fruto do conhecimento. Encontra-o; porém percebe que conhecimento não é tudo; morre, no campo aberto do conhecimento, ouvindo soar em seus ouvidos repetidamente: ‘Aprende que o conhecedor é maior do que o conhecimento; Aquele que busca é maior do que aquilo que é buscado.’
“Na Câmara da Sabedoria, governa o Espírito. O Uno no interior dos menores assume o controle supremo. Aqui a morte não é conhecida, pois seus dois portais já foram transpostos. Discórdia e luta desaparecem e somente é vista a harmonia. Os conhecedores vêm-se como Um; reconhecem o campo onde cresce o conhecimento como dissonância e diferenciação brâhmicas. Eles conhecem o conhecimento como um método, um instrumento do propósito utilizado por todos e apenas um germe de eventual reconhecimento. Dentro desta Câmara, a união de um com o outro, a mescla de um com todos, e a unidade de ação, meta e capacidade marcam cada esforço superior.”
Se refletirmos sobre estas palavras, compreenderemos que a verdadeira união existe na percepção de que a vida maior sempre inclui a menor, e que cada expansão de consciência aproxima cada vez mais o homem desta Unicidade percebida.
Portanto, se nos fosse permitido expressar uma abstração e um estado de consciência em termos de tempo e espaço, e através da limitação da linguagem, poderíamos dizer que, nos níveis egoicos, ou nos três subplanos superiores do plano mental, existe um canal de comunicação, baseado na similaridade de vibração e unicidade de empenho, entre cada um dos esquemas planetários dentro do círculo- não-se-passa solar. Aqui, e somente aqui, no que tange aos três mundos e ao reino humano, torna-se possível o estabelecimento de relações egoicas e a transmissão da substância mental entre
a. Unidades e grupos egoicos.
b. Grupos e outros grupos.
c. Grupos maiores com outros ainda maiores ou com grupos menores.
d. Egos em um esquema planetário com os de outros esquemas.
Os Ah-hi, os Construtores maiores, (71) os Senhores Que realizam a vontade do Logos solar, utilizam principalmente dois planos para comunicar-se entre si e suas legiões:
Primeiro, o segundo plano, onde se comunicam usando um meio espiritual incompreensível para o homem atual.
Segundo, o plano mental, onde se comunicam com todas as vidas menores por meio de um tipo de telepatia mental.
A “entrada” de Egos avançados vindos da ronda interna, de outros esquemas planetários ou de esferas mais sutis onde tenham estado em pralaya aguardando uma oportunidade, é produzida de forma tríplice e é também o resultado de uma tríplice atividade. É causada por um acordo entre dois Logoi de diferentes esquemas planetários por meio do qual uma troca é efetuada. Aqui o estudante precisa pensar em termos de força e energia, de interação magnética e de consciente transmissão de energia do corpo de um Logos planetário, via os centros ou um dos centros, para o corpo de outro Logos planetário. Aqui a causa é a vontade ou propósito, o objetivo é sensação, e o método é transferência de força. Estes mesmos fatores estão por trás da entrada de egos vindos da ronda interna, só que, desta vez, a energia é enviada por certas existências (trabalhando juntamente com qualquer Logos planetário) que são os “guardiões do círculo interno.” Aqui nos aproximamos dê um mistério, pois isto diz respeito à entrada de Egos superiores, de Avatares, de Buddhas, de mestres, de iniciados e de discípulos e de todos que têm de esperar pelo impulso grupal e não individual, para cumprir o carma cíclico numa larga escala, e cujas “rodas” são controladas por forças cósmicas e não por forças exclusivamente sistêmicas.
Podemos dizer que outro fator é o resultado cármico das sementes plantadas em um passado remoto e ocultas nos mistérios do sistema, esquema ou cadeia anterior, conforme o caso. Todos estes três grupos de manifestação seguem o impulso cármico, e é este impulso que controla o tempo, o período, e o método do aparecimento, em qualquer grupo de egos planetários, de botões recém nascidos, ou de lótus que denominamos ser “misticamente transplantados.” Estes últimos têm, provavelmente, um alto grau de desenvolvimento. Isto é possível não só em casos individuais, como no caso de grupos inteiros.
Um terceiro fator tem a ver com a transferência de Egos, ou lótus, de uma esfera de atividade para outra, e isto necessariamente cria condições que exigem o aparecimento de centros semelhantes para tomar os seus lugares. A energia transmitida tem de ser suprida por outra fonte, e este é um outro fator predisponente para o aparecimento de lótus egoicos em qualquer esquema. A lei de conservação da força aplica-se a qualquer plano.
Toda esta questão da transferência de lótus egoicos de um esquema para outro, ou de uma cadeia para outra, no plano mental, é realmente de grande complexidade e não pode ser elucidada ao discípulo não aceito. Somente estas indicações gerais são possíveis.
Em relação ao nosso planeta, é preciso lembrar também que aparecem Egos nesses grupos, cujos lótus não são produzidos como resultado da Lei de Atração atuando entre o reino animal do globo e as Tríades superiores; são Egos já individualizados em outro lugar, os quais, portanto, entram com suas pétalas já organizadas, e talvez com algumas já abertas. Este fato tem, forçosamente, um profundo efeito não apenas sobre os grupos nos quais eles aparecem, como também sobre o tipo de homem que, consequentemente, encarnará no plano físico. Há uma alusão a isto na Doutrina Secreta, quando a questão dos antigos instrutores e reis divinos que ocuparam os feios corpos da primitiva humanidade é mencionada. (72, 73)
Continuando agora com nossa consideração dos grupos egoicos, podemos dizer brevemente que, em relação ao nosso planeta, eles podem ser agrupados de modo geral, de acordo com a etapa da organização do lótus, como segue:
a. Egos produzidos através do processo da individualização nos dias lemurianos. São a verdadeira humanidade da Terra, juntamente com o segundo grupo.
b. Egos que se individualizaram durante a raça-raiz atlante até que se fechou a porta.
c. Egos que “vieram” da cadeia lunar e que são muito mais evoluídos do que a humanidade terrestre.
d. Egos que têm sido atraídos desde os dias atlantes para tomar o lugar daqueles Egos que já alcançaram a liberação, e cujos corpos causais tendo “morrido”, deixam um vazio na substância de força, que precisa ser preenchido. Eles geralmente originam- se de um ou outro dos seguintes esquemas:
1. O esquema personificado pelo oposto polar de nosso Logos planetário.
2. O esquema aliado a esses dois na formação de um triângulo sistêmico.
Estes casos são necessariamente raros atualmente, mas tornar-se-ão cada vez mais frequentes à medida que um maior número de seres humanos receba a quarta Iniciação.
e. Certos raros Egos, ou lótus, oriundos de esquemas não enumerados na triplicidade acima. Geralmente eles são trazidos para que possam aperfeiçoar certos desenvolvimentos em sua própria natureza, para realizar um trabalho experimental ligado ao reino dévico, ou produzir certos resultados grupais desejados pelo Logos planetário. Não descem com frequência à encarnação física, pois trabalham primordialmente nos níveis mental e astral, retornando eventualmente às suas próprias esferas para as etapas finais de liberação.
Em suas inumeráveis diferenciações, todos estes lótus, no plano mental, têm efeitos específicos uns sobre os outros, embora totalmente despercebidos pelo homem. Contudo, eles constituem a base da verdadeira psicologia, e de toda verdadeira atividade. O estudante deveria refletir sobre o efeito que qualquer Ego adiantado possivelmente teria sobre:
a. Outros Egos em seu grupo.
b. Os Pitris solares que são a substância do grupo.
c. Os Pitris lunares, que estão vinculados aos Pitris solares através dos
átomos permanentes.
Acabamos, pois, de enumerar certas classificações de grupos de Egos encontrados nos níveis causais do plano mental com a finalidade de dar ao estudante alguma ideia da vastidão do assunto, e complexidade do problema. É preciso lembrar que embora não exista, no terceiro subplano do plano mental, a separação individual tal como a encontramos no plano físico, é contudo evidente a separação grupal. Não poderemos enumerar todos, pois são muito numerosos. Vamos descreverem linhas gerais cinco dos grupos maiores tal como catalogados sob um esquema da tabulação na Câmara dos Registros. Existem outros métodos de enumeração, e até mesmo sob o método que está sendo usado aqui, cada um destes cinco grupos é subdividido em dez grupos, os quais, por sua vez, são fragmentados em unidades menores, sendo todos eles conhecidos e retratados sob certos símbolos.
Quando chegarmos ao segundo subplano do plano mental (o plano onde se encontram os corpos egoicos da humanidade avançada, dos discípulos e dos iniciados) o método de agrupá-los será de acordo com:
a. Raio.
b. Subraio.
c. Departamento (direção do Manu, do Mahachohan ou do Bodhisattva de nosso
esquema terrestre ou suas analogias em outros esquemas).
d. O grupo do Mestre.
Estes lótus egoicos estão todos organizados, e têm um número de pétalas ainda fechadas, enquanto outros estão nas etapas finais de desenvolvimento. Eles também já foram agrupados sob os três cabeçalhos seguintes:
Lótus de revelação. Aqueles cuja “joia” está prestes a ser revelada.
Lótus com perfume. Aqueles cujo “perfume” ou aroma permeia seu ambiente. São aqueles Egos que ainda não desdobraram completamente a última fileira de pétalas, mas cujas vidas representam uma força magnética nos três mundos, e que em suas profissões se distinguem pelo serviço altruísta.
Lótus radiantes. Aqueles cuja luz começa a brilhar, como a luz num lugar escuro.
Eles são também agrupados de acordo com sua cor primária, sua coloração subsidiária, sua clave ou tom, e há uma tabulação que é inteiramente numérica. Poderia interessar o estudante se nós salientássemos aqui que na Câmara dos Registros, a respeito dos Egos humanos, certos registros, em terminologia simbólica, apresentam uma minuciosa descrição dos seguintes fatos, a respeito de cada unidade:
O registro lunar. Ocupa-se com todos os veículos e formas inferiores utilizadas pelas Mônadas humanas, registrando:
a. Seu grau de vibração.
b. Seu tipo.
c. Seu número chave.
d. O grupo particular de Senhores lunares que estão relacionados a esses
corpos.
e. A história detalhada das vidas elementais que constroem os corpos.
Esta informação é utilizada pelo agente cármico responsável pela produção de um novo conjunto de veículos a cada encarnação, a fim de ajudar a esgotar o carma. A história dos corpos lunares está armazenada nos átomos permanentes.
O registro solar. Ocupa-se com o veículo egoico permanente, registrando
a. O grau de vibração.
b. A história do desdobramento das pétalas.
c. A história de qualquer grupo particular de Anjos solares envolvidos na
formação do lótus.
d. A atividade da substância dévica com a qual o lótus está construído.
e. As relações grupais.
Esta informação é utilizada pelo Mestre Que Se tornou responsável pela estimulação e crescimento de qualquer série de Egos, e também de Egos avançados que estejam conscientemente trabalhando com esse grupo.
O registro da consciência. Diz respeito à resposta da Entidade imanente ao seu meio ambiente. Trata da utilização do conhecimento pelo conhecedor, e é, em muitos sentidos, o mais intricado e o mais extenso dos registros.
Estes registros são principalmente utilizados pelo Senhor do Mundo e Seus discípulos para certificarem-se de fatos referentes aos centros planetários. Os dados estão dispostos de tal modo que o registro inteiro de qualquer grupo, não importa quão extenso, pode ser contido em sete páginas de símbolos, contendo cada uma quarenta e nove páginas de símbolos. Estas páginas são mudadas e corrigidas a cada sete anos, e precipitadas em matéria astral por um esforço da vontade do Chohan responsável pelo grupo envolvido.
(d.) As Pétalas e os Centros Etéricos. Resta-nos agora assinalar
a estreita conexão entre o desdobramento das pétalas dos lótus egoicos e os
centros etéricos no homem. É através dos centros que flui a energia
psíquica. Os estudantes deveriam manter cuidadosamente na memória os dois
fatos seguintes:
Primeiro, como sabemos, o corpo etérico é vitalizado por prana, que é a
energia estimuladora da atividade animal, e do desenvolvimento do plano
físico. Seu efeito se faz sentir primariamente sobre os átomos do corpo
físico tendo um efeito tríplice sobre a substância desse corpo:
a. Preserva a saúde animal do corpo.
b. Por meio de sua energia e correntes de força, constrói e supre o corpo do
que for necessário de energia para compensar pelo desgaste diário.
c. É o meio pelo qual o homem entra em contato com seus semelhantes. O
magnetismo físico depende quase que totalmente do prana.
Os centros etéricos são os vórtices de força formados na matéria etérica pelo impulso astral transmitido via os centros astrais, os quais, por sua vez, são os transmissores de energia ainda mais elevada, um fato que confirma a veracidade da afirmação de que os centros etéricos são a fonte da energia psíquica do homem, e são portanto afetados pelo desdobramento das pétalas. Cada pétala, por sua vez, é um tipo de centro de força, e a energia que dele emana afeta os centros etéricos, e produz o tipo de energia psíquica que lhe é própria.
A energia que flui do Ego é muito pouco percebida nas primeiras etapas do desenvolvimento. O homem percorre o seu caminho levado pelo instinto animal e racial, e recebe, em segurança, a estimulação que emana de seus centros grupais, a força impulsionadora inerente na forma, e as primitivas ondas de vida. Somente quando ele já alcançou uma etapa comparativamente avançada, em comparação com a do homem-animal, é que a força egoica, ou força psíquica, flui através de seus centros, de modo capaz de produzir resultados na consciência - dos quais ele, eventualmente, terá plena percepção no seu cérebro físico. Não me refiro aqui ao psiquismo animal comum, exibido pelos animais superiores, e encontrado entre certas raças pós-lemurianas. Este é um tipo de consciência inerente nos átomos, e é uma parte constituinte da “alma do mundo.” É inconsciente e incontrolada e não faz parte deste ensinamento. Refiro-me ao psiquismo consciente que é mostrado pela humanidade avançada, por discípulos e iniciados de todos os graus. Este tipo de psiquismo é o resultado do jorrar da energia egoica através dos centros etéricos (especialmente cinco deles) de um modo tal que a consciência do cérebro físico está atenta a esse jorrar e também atenta
a. Ao seu propósito.
b. À sua técnica.
c. Aos efeitos produzidos no eu inferior do homem, assim como nos demais.
d. À sua habilidade de empregá-la ou não, segundo o seu desejo. Ela está
sob seu controle.
Como devem saber, os centros que diretamente dizem respeito ao estudante, são quatro:
a. O da cabeça.
b. O do coração.
c. O da garganta.
d. O da base da coluna vertebral.
Estes são os únicos que deveriam ser considerados. O trabalho do estudante consiste em transferir a força ou a energia dos dois inferiores - o da base da coluna vertebral e o do plexo solar - para os três superiores. Presume-se que o estudante já tenha transferido, ou esteja em processo de transferir, a energia dos órgãos de procriação para o centro do desejo, o plexo solar, com o fim de dirigi-la para o centro ainda mais elevado: o centro laríngeo. O centro do baço, sendo o veículo de prana, é especialmente desenvolvido sob a lei evolutiva, e sua energia não é transferida para qualquer outro centro, mas sim conscientemente difundida. Quando o centro correspondente na cabeça é despertado, ele torna-se o órgão de cura ocultista; através dele, o curador, por um ato da vontade, absorve prana e vitalidade dos éteres, e a seguir exala-os sobre a pessoa a ser curada, por um ato de cura compassiva.
Com relação aos centros etéricos, devemos observar o fato de que o principal centro da cabeça apresenta uma estrutura dual, e consiste de um lótus de noventa e seis pétalas entre as sobrancelhas, e de um lótus de doze pétalas, no alto da cabeça, com uma espiral secundária de noventa e seis pétalas. O significado destes números é profundo. Em todos os casos encontramos o número doze, indicando uma clara relação com os lótus psíquicos básicos nos níveis egoicos. Doze multiplicado por oito representa as doze pétalas em cada caso, enquanto que no número oito encontra-se oculta a ideia de dualidade:
a. O quatro do quaternário,
b. O quatro do ovo áurico egoico (os três aspectos, e o
círculo-não-se-passa).
É preciso também notar, que a ideia do doze, em relação aos centros, encontra-se em três deles:
a. O centro superior da cabeça.
b. O centro secundário da cabeça.
c. O centro do coração.
Se o estudante analisar estes dados e os vincular à ideia das três fileiras de pétalas no lótus de doze pétalas, ele pode encontrar iluminação. Mais não é possível dizer-se nesta etapa.
Somente quando os centros etéricos - os dois centros da cabeça e o centro do coração - estão plenamente ativos com suas doze pétalas abertas, é que o círculo central de pétalas no lótus egoico (o quarto, ou círculo interno) se abre. O significado dos quatro círculos, ou fileiras, no lótus egoico, e dos oito círculos de doze pétalas cada, nos lótus etéricos no plano mental, é de grande importância.
Os centros com os quais o homem tem a ver, são necessariamente cinco, nesta etapa, devido aos fatos que indicaremos e que deverão ser estudados, se o homem deseja despertar seus centros de acordo com o plano, e se deseja seguir em segurança a linha do verdadeiro desenvolvimento psíquico:
O fato de que, no que se refere ao homem, a energia parte do plano mental.
O fato de que, é através do quinto princípio, que o homem pode trabalhar conscientemente para o seu próprio desenvolvimento.
O fato de que, para o homem, o caminho da evolução é quíntuplo, cobrindo os cinco planos do desenvolvimento humano; e no que diz respeito ao Ego, está dividido em cinco etapas.
O fato de que, embora este seja o segundo sistema solar, sob o ponto de vista dos ciclos egoicos do Logos, ou Seu segundo ciclo egoico principal, é todavia - quando visto sob outro ângulo - um dos ciclos menores, correspondendo ao quinto período da evolução humana, no qual o homem percorre o Caminho. O Logos está agora percorrendo o Caminho cósmico.
O fato de que a quinta espirila está no processo de despertar. Isto tem de ser efetuado antes que a interação de energia entre o lótus egoico e os centros etéricos se torne tão poderosa que desperte no cérebro físico do homem a capacidade de dar-se conta das correntes internas que nele circulam. Isto tem lugar geralmente quando a quinta pétala está organizada.
Toda esta questão pode ser considerada de forma mais ampla sob o ponto de vista dos cinco Kumaras. É preciso lembrar que o agregado dos centros etéricos de qualquer determinado grupo de homens forma grupos de força, ou diminutas “unidades de energia”, nas pétalas maiores do seu centro grupal. Estes por sua vez formam pétalas em algum centro planetário, e o agregado dessas pétalas forma aqueles centros maiores de energia que chamamos “centros planetários”, os quais por sua vez, formam centros de força para o Logos.
Todavia, tão profundo é o mistério aqui envolvido, que se o estudante não evitar cuidadosamente conceitos excessivamente matemáticos e materiais, ele se perderá. Os centros etéricos do homem não estão no mesmo plano em que se encontram os centros etéricos de um Logos planetário, e sim no quarto éter cósmico, o plano búdico do sistema, e é somente quando o homem recebeu a iniciação final, que essa energia se incorpora à energia daquele centro planetário em seu próprio plano. Os centros etéricos do Logos planetário são transmissores e transmutadores de força, e mantêm com Ele a mesma relação que a dos centros físicos com o ser humano. Todos os centros físicos densos, como a boca, por exemplo, são transmissores de algum tipo de energia que se origina do cérebro ou vontade humana.
A compreensão da força, da transmissão da força, e dos efeitos que a força liberada produz sobre os planos superiores, constitui o segredo do conhecimento ocultista. A força ou energia flui do Ego, e opera através dos centros etéricos, produzindo resultados nos três planos, resultados esses que variam de acordo com a idade da alma. Por enquanto, devido à falta de alinhamento, esta força egoica não alcança o cérebro físico tão completamente como mais tarde o fará; porém alcança os centros astrais, sendo frequentemente a causa do descontrole emocional que vemos em toda parte. A substância astral está ainda insuficientemente organizada, e quando estimulada pela energia egoica responde violentamente. Duas correntes de forças contrárias atuam sobre a substância astral: primeiro, a egoica, e segundo, aquela vibração estabelecida ao longo de incontáveis eras no plano físico, que permanece latente na própria substância, sendo o resultado de um sistema solar anterior. É isto que produz as violentas ações e reações observadas em cada vida.
Não é possível acrescentar mais detalhes a respeito do desenvolvimento das pétalas e sua conexão com os centros etéricos. Podemos, porém, dar três importantes indicações práticas sobre este estupendo assunto e, se refletirmos adequadamente sobre elas, poderemos chegar à iluminação, se para tal estivermos prontos.
A primeira é que os centros etéricos tornam-se ativos em um sentido quadrimensional (ou tornam-se rodas girando em torno de si mesmas) quando o aspirante já obedece a certos requisitos. Ele precisa dedicar-se agora ao desdobramento da quinta e sexta pétalas, ou as duas finais no segundo círculo, e esforçar-se para realizar duas coisas referentes à sua tríplice natureza inferior:
a. Ele precisa alinhar seus três corpos de modo que haja um canal de contato formado entre o Ego e o cérebro físico.
b. Ele precisa esforçar-se por produzir a estabilização do corpo astral e da mente, e precisa ter, como meta, aquele equilibrium emocional que é produzido pelo consciente “balanceamento de forças.”
Ele precisa estudar as leis de transmutação e ser um estudante daquela divina alquimia que resultará em conhecer como transmutar a força inferior em superior, como transferira consciência para os veículos superiores, e como manipular as correntes de energia para que sua própria natureza seja transformada. Ele então tornar-se-á um canal para a luz do Ego, para que a iluminação de buddhi flua para a salvação da raça e para iluminar o caminho daqueles que tropeçam nos lugares escuros. Ele precisa demonstrar as leis da radioatividade em sua própria vida no plano físico. Sua vida precisa começar a irradiar e ter um efeito magnético sobre as pessoas à sua volta. O que quero dizer é que ele começará a influenciar aquilo que está aprisionado nos outros, porque ele chegará - através de suas poderosas vibrações - ao centro oculto em cada um. Não me refiro ao efeito físico ou magnético que muitas almas muito pouco evoluídas têm sobre outras; refiro-me àquela irradiação espiritual que só pode ser compreendida e respondida por aqueles que se estão tornando conscientes do centro espiritual dentro do coração. Nesta etapa, o homem é reconhecido como aquele que pode falar ocultamente “de coração a coração”. Ele torna-se um estimulador do centro cardíaco do seu irmão, e desperta os homens para trabalhar pelos demais.
A segunda indicação é que quando o aspirante se torna progressivamente radioativo, e a energia do Deus interno se demonstra de forma crescente através da personalidade inferior, as “radiações de calor” tornam-se tão potentes que produzem resultados bastante definidos de natureza não só pessoal, como ambiental. Podemos citar alguns desses resultados:
A teia etérica que separa, do plano astral, a consciência física do cérebro, começa a sofrer um longo processo de destruição, com o aparecimento dos primeiros “rasgões” na teia. É através dos rasgões que o estudante se apercebe dos planos internos, torna-se consciente, no cérebro físico, dos acontecimentos internos, e pode (se é um discípulo) estabelecer contatos com o seu Ego e, através do Ego, com seu Guru. (74) Isto marca um desenvolvimento muito importante.
O centro superior da cabeça aumenta sua atividade e torna-se capaz de receber lampejos de iluminação vindos dos planos superiores. A princípio, isto acontece esporadicamente, mas com crescente frequência, à medida que os anos passam e os “rasgões” se tornam mais numerosos.
Os vários triângulos vivificam-se e aumentam sua atividade na devida progressão geométrica, enquanto o centro entre as omoplatas - o ponto para o qual convergem certos fogos - torna-se ativo. Isto marca uma definida etapa no processo de transferência dos fogos para os centros superiores. De modo geral, este período da transferência do calor ou energia dos centros inferiores para os superiores pode ser dividido em duas partes: primeira, aquela na qual os centros na parte inferior do corpo (aqueles abaixo do diafragma) são transferidos para os centros na parte superior do torso, que são três: o coração, a garganta e o centro entre as omoplatas. É preciso notar aqui que o centro da garganta está situado na parte inferior da garganta, e pertence propriamente ao torso e não à cabeça. É preciso salientar também aqui, que o centro entre as omoplatas não é um centro “sagrado”, e sim um centro de natureza temporária, e é criado pelo próprio aspirante durante o processo de transferência.
A segunda parte é aquela em que a energia dos seis centros inferiores:
a. A garganta,
b. O coração,
c. O plexo solar,
d. O baço,
e. Os órgãos de procriação,
f. A base da coluna vertebral,
são na devida ordem de acordo com o raio e sub-raio do homem - é transferida para as devidas correspondências no centro da cabeça. Estes sete centros na cabeça são o reflexo, no microcosmo, daquelas “mansões preparadas nos Céus” que recebem a sétupla energia da Mônada. São câmaras preparadas pela energia inferior para servirem como recipientes da “alma ou da energia psíquica superior.”
A indicação final pode ser resumida se dissermos que, à medida que o aspirante avança, (75) ele não só equilibra os pares de opostos, como também lhe é revelado o segredo do coração de seu irmão. Ele torna-se uma força reconhecida no mundo, alguém que certamente se devotará a servir. Os homens se voltarão para ele em busca de auxílio e apoio segundo seu campo de trabalho, e ele emitirá sua nota de modo a ser ouvido não só pelos homens mas também pelos devas. Nesta etapa, ele realiza isto por meio de suas publicações, suas palestras públicas, suas aulas, sua música, sua pintura, sua arte. Ele toca os corações dos homens de um modo ou de outro, e torna-se um auxiliar e servidor de sua raça.
Há outras duas características desta etapa que podem ser aqui enumeradas. A primeira é que o aspirante tem a devida noção do valor oculto do dinheiro no serviço. Não busca nada para si mesmo, exceto aquilo que pode equipá-lo para o trabalho a ser feito, e considera o dinheiro, e aquilo que o dinheiro pode comprar, como algo a ser usado para os outros, e como um meio para concretizar os planos do Mestre, tal como ele os percebe. O significado oculto do dinheiro é pouco compreendido; contudo, uma das maiores provas que indicam qual o lugar ocupado pelo homem no caminho probatório, é a que diz respeito à sua atitude frente ao dinheiro, e como ele o usa para gratificar seus desejos. Somente aquele que nada deseja para si mesmo pode ser um receptor de generosos recursos e um dispensador das riquezas do universo. Não sendo assim, quando a riqueza aumenta, ela traz consigo somente arrependimento, sofrimento, desgosto e abuso.
A outra característica é que, nesta etapa, a vida do aspirante torna- se um “instrumento de destruição”, no sentido oculto do termo. Onde quer que ele vá, a força que flui através dele, vinda dos planos superiores, e do seu próprio Deus interno, às vezes produz resultados peculiares sobre seu meio ambiente - atua como estimulador tanto para o bem, quanto para o mal. Os Pitris lunares que formam os corpos de seus irmãos, assim como o seu próprio, são igualmente estimulados, aumentada sua atividade e grandemente agravado o seu poder. Este fato é utilizado por Aqueles Que trabalham internamente para produzir certos fins desejados. É isto também que muitas vezes provoca a queda temporária de almas avançadas. Elas não conseguem aguentara força que flui para elas, ou sobre elas, e através da temporária excessiva estimulação de seus centros e veículos, elas se extraviam. Isto pode ser observado tanto em grupos como individualmente. Porém, inversamente, se os Senhores lunares do eu inferior já foram antes subjugados e controlados, então o efeito da força e da energia contatadas é o de estimular a resposta da consciência do cérebro físico e dos centros da cabeça ao contato egoico. Então a força que de outra maneira seria destrutiva, torna-se um fator positivo e estimulante que pode ser usado por Aqueles Que sabem como fazê-lo, para conduzir os homens a um passo adiante no caminho da iluminação.
Todas estas etapas têm de ser percorridas e superadas em todos os três planos inferiores e nos três corpos, de acordo com o Raio e sub-raio particulares. Assim o trabalho do discípulo prossegue, suas provas e treinamento continuam, até que as duas fileiras de pétalas se abrem e a terceira está organizada. Assim, através da correta direção da energia e sábia manipulação das correntes de força, ele é conduzido ao Portal da Iniciação, deixando a Câmara do Aprendizado (76) para ingressar na grande Câmara da Sabedoria - aquela Câmara onde ele gradualmente se torna “consciente” de forças, e poderes, latentes em seu próprio Ego e grupo egoico. É nesta Câmara que ele adquire o direito de usar a força do grupo egoico, porque já se pode confiar que ele a empregará somente para ajudar à humanidade. Após a quarta Iniciação, ele torna-se um (shaver in), ‘compartilhador’, a quem se pode confiar parte da energia do Logos planetário, e assim tornando-o capaz de levar avante os planos desse Logos para a evolução.
(e.) A iniciação e as pétalas. Em se tratando da conexão entre as pétalas e seu desdobramento através da iniciação, pouco é permitido divulgar atualmente para o público em geral. Somente nos é possível oferecer certos enunciados contendo:
a. indicações quanto à correta direção da energia;
b. sugestões quanto aos mistérios básicos que o homem tem que resolver;
c. indicações quanto a certas correspondências;
d. pontos práticos para conduzir ao pensar construtivo.
Os estudantes precisam lembrar-se que a meta de todo instrutor verdadeiramente ocultista não é dar informação, mas sim, treinar seus estudantes no uso da energia do pensamento. Ficará claro, portanto, porque este método de instrução é invariavelmente empregado. É o método que envolve uma insinuação, dada pelo Instrutor, e talvez a correlação de certas analogias, ligadas a uma sugestão quanto às fontes de luz. Quanto ao discípulo, espera-se que ele reconheça:
a. que vale a pena seguir a sugestão;
b. que meditação é o caminho para a fonte de luz, e que a sugestão lançada é a ‘semente’ para meditação;
c. que fatos não-correlacionados constituem uma ameaça ao conhecimento, em vez de uma ajuda;
d. que cada aspecto da verdade progressivamente captado, tem que ser assimilado, incorporado e consolidado na experiência do estudante;
e. que se as correspondências, isto é, as analogias, não estiverem de acordo no sentido pessoal, planetário e cósmico, elas não merecem crédito;
f. que deixamos de dar muitas informações ao estudante que ainda não se tornou um discípulo, e muitas mais ainda, depois que ele se torna um discípulo aceito. A razão para isto é que todo conhecimento diz respeito à energia, sua aplicação, e seu uso ou abuso.
Vamos agora continuar com nosso estudo sobre as pétalas e a Iniciação.
Cada uma das três fileiras das pétalas do lótus está estreitamente vinculada a uma das três Câmaras, o que já foi mencionado anteriormente. Grande parte do trabalho relacionado à primeira fileira, ou camada, de pétalas é parte da experiência vivida na Câmara da Ignorância. A etapa de organização e preparação para o desenvolvimento é a mais importante e aquela com a qual o homem está mais envolvido. O ato de abertura das pétalas é de menor duração, sendo produzido pelo influxo do calor ou fogo solar, trazendo assim um novo acréscimo de energia. Isto tem lugar, no nosso esquema terrestre, através da cooperação do Mahachohan, do Chohan do grupo particular.
A tabulação seguinte poderá ser-lhes útil:
I. Pétalas do Conhecimento. Primeira fileira.
a. Organizadas na Câmara da Ignorância.
b. Guiadas pela força e energia do Mahachohan.
c. O terceiro grupo de Pitris solares é afetado.
II. Pétalas do Amor. Segunda fileira.
a. Organizadas na Câmara do Aprendizado.
b. Guiadas pela força do Bodhisattva.
c. O segundo grupo de Senhores solares é afetado.
III. Pétalas da Vontade ou Sacrifício. Terceira fileira.
a. Organizadas na Câmara da Sabedoria.
b. Guiadas pela força e energia do Manu.
c. O primeiro grupo de Anjos solares é afetado.
Na etapa que estamos considerando - a da organização e desdobramento da primeira camada de pétalas - a influência egoica, a princípio, é pequena; porém, quando as três pétalas se tornam suficientemente despertas e ativas através da energia acumulada e armazenada no Ego durante as atividades da vida pessoal, tem lugar então uma forma de iniciação que é um reflexo - num plano inferior - das grandes iniciações manásicas. A energia na camada externa de pétalas faz com que esta se afaste da camada seguinte e se desdobre. Esta tríplice energia torna-se interativa e, desse modo, alcança-se uma etapa bastante definida. Esta série de iniciações raramente é percebida pela consciência física cerebral, devido à etapa relativamente incipiente dos corpos e da ausência de resposta da matéria cerebral. Não obstante, são definitivamente iniciações, ainda que de menor importância, e envolvem principalmente - na vida pessoal do homem - a demonstração de um inteligente reconhecimento de suas relações grupais na Terra. Tal reconhecimento é frequentemente de caráter egoísta, como por exemplo, o demonstrado pelo trabalhador sindicalizado, porém é indicativo da interação grupal.
Um processo similar ocorre quando a segunda fileira de pétalas está organizada e pronta para abrir-se. Desta vez, o Instrutor Mundial, o Mestre e o Ego envolvido são cooperadores, pois estas iniciações menores estão relacionadas com a natureza do amor, com a organização astral, ou emocional, e com o reconhecimento, pelo homem, em sua vida pessoal, de alguma forma de amor inegoísta, e de amor por algum objeto, pessoa ou ideal que conduza ao empenho altruísta, e à negação do eu inferior.
Isto nos conduz ao terceiro grupo de pétalas, as pétalas da vontade ou do sacrifício, e ao seu desenvolvimento, baseado no propósito inteligente e amor puro. A força neste grupo requer um fator diferente - o Manu - assim como também a força do Bodhisattva, e o efeito desejado é obtido através da plena cooperação do Ego totalmente desperto, auxiliado por seu próprio Mestre (caso ele esteja evoluindo em um ciclo em que o esforço hierárquico tenha a forma atualmente adotada), e o Manu. Eventualmente, após a segunda Iniciação, o Senhor do Mundo entra como um fator- o Senhor do poder mundial, expressando-se plenamente como amor.
Falando, pois, de modo geral, podemos dizer que os grupos egoicos nos quais as pétalas do conhecimento estão sendo organizadas e desenvolvidas, estão principalmente sob a influência do Mahachohan; aqueles nos quais o aspecto amor, ou seja, a segunda fileira de pétalas, se está abrindo, estão principalmente sob a influência do Bodhisattva, desenvolvendo-se paralelamente as pétalas do conhecimento; enquanto aqueles cuja terceira fileira está sendo aberta, estão sob a direção da energia do Manu, com os outros dois tipos de força coordenados. Será evidente para o leitor atencioso que aqui se encontra o segredo de porquê o Mahachohan ocupa o Seu cargo por um período mais longo do que Seus dois Irmãos, pois Ele o mantém durante todo um período mundial. A chave para esses ciclos está oculta nas seguintes considerações: o Bodhisattva e o Manu mudam mais frequentemente e passam para outro trabalho, devido ao fato de que cada Um Deles personifica um tipo de força tríplice, enquanto que o Mahachohan é o ponto focal para cinco tipos de energia, cada uma, por sua vez, de natureza tríplice.
Em cada caso do desenvolvimento das pétalas, são gerados certos tipos de força que são trabalhadas, assimiladas e utilizadas primeiro de forma inconsciente, e finalmente com plena inteligência.
Na Câmara da Ignorância, a força da energia de Brahma - a atividade e inteligência da substância - é aquela com a qual mais estamos envolvidos, e o homem tem que aprender o significado da atividade baseada:
a. na energia inerente,
b. na energia absorvida,
c. na energia grupal,
d. na energia material, ou aquela que está oculta na matéria do plano
físico.
Na Câmara do Aprendizado, o discípulo torna-se consciente do segundo aspecto e utiliza essa energia na construção da forma, nas relações sociais, na família e em outras afiliações grupais. Ele chega ao verdadeiro reconhecimento do sexo e suas relações, mas, por enquanto, considera esta força como algo que tem de ser controlado e não algo a ser consciente e construtivamente utilizado.
Na Câmara da Sabedoria, o iniciado vem a conhecer o primeiro grande aspecto da energia, o dinâmico uso da vontade no sacrifício, e a ele é confiado então a chave do tríplice mistério da energia. Nas outras duas Câmaras anteriores, ele conhecera esta energia em seu tríplice aspecto. Na terceira, quarta e quinta Iniciações, as três chaves para os três mistérios, ser-lhe-ão dadas.
A chave para o mistério sentido na primeira Câmara, o Mistério de Brahma, lhe é entregue e ele pode então liberar as energias ocultas da substância atômica. A chave para o mistério do sexo, ou dos pares de opostos, é posta em suas mãos e ele pode então liberar as forças ocultas em todas as formas. A chave para o mistério do sacrifício e para o segredo dos Observadores Silenciosos do Cosmos lhe é revelada, e ele aprende a liberar as energias ocultas do aspecto vontade. Se for possível expressar- me assim, diria que o dínamo do sistema solar é mostrado a ele, e revelada toda a complexidade de seu mecanismo.
São os seguintes três mistérios básicos do sistema solar:
1. O Mistério da Eletricidade. O mistério de Brahma. O segredo do terceiro aspecto. Latente no Sol físico.
2.O Mistério da Polaridade, ou do impulso sexual universal. O segredo do segundo aspecto. Latente no Coração do Sol, isto é, no Sol subjetivo.
3.O Mistério do Fogo, ou da força dinâmica central do sistema. O segredo do primeiro aspecto. Latente no Sol central espiritual.
Estes três mistérios mencionados acima estão, num sentido particular, sob a jurisdição de certos Senhores ou Existências, Que podem revelar o mistério àqueles iniciados preparados e que estejam sob Sua influência durante as etapas finais do Caminho.
O mistério da eletricidade tem três chaves, estando cada uma delas nas mãos de um dos Buddhas de Atividade. É delas prerrogativa de controlar as forças elétricas do plano físico e o direito de dirigir as três principais correntes deste tipo de força em relação ao nosso globo atual. Estas três correntes dizem respeito à substância atômica, com a qual todas as formas são construídas. Em relação à nossa cadeia, há três misteriosas Entidades (das quais nossos três Pratyeka Buddhas são apenas seus reflexos na Terra) Que executam uma função semelhante em relação às forças elétricas da cadeia. No esquema, o Logos planetário também possui três Existências cooperadoras Que são o total de Seu terceiro Aspecto, e que portanto executam trabalho semelhante ao que é realizado pelos três aspectos de Brahma no sistema solar. O mistério deste tríplice tipo de eletricidade está grandemente ligado aos Construtores menores, à essência elemental em um aspecto particular - o mais inferior e mais profundo para a compreensão dos homens, uma vez que diz respeito ao segredo daquilo que “subjaz” ou “existe por trás” de tudo que é objetivo. Num sentido secundário, diz respeito às forças existentes nos éteres, aquelas que energizam e produzem as atividades de todos os átomos. Um outro tipo diz respeito ao fenômeno elétrico que encontra sua expressão na luz que o homem utiliza e em fenômenos como trovoadas, relâmpagos, aurora boreal, terremotos e todas as atividades vulcânicas. Todas estas manifestações estão baseadas em atividades elétricas de algum tipo, e têm a ver com a “alma das coisas”, ou seja, com a essência da matéria. Diz O Velho Comentário:
“A vestimenta de Deus abre-se pela energia de Seus movimentos, e o verdadeiro Homem aparece revelado, porém permanece oculto, pois quem conhece o segredo de um homem tal como ele existe em seu próprio autorreconhecimento.”
O mistério da eletricidade diz respeito à “vestimenta de Deus”, assim como o mistério da polaridade diz respeito à Sua “forma”.
No mistério da polaridade, há três diferentes tipos de força em manifestação e assim torna-se claro que os dois mistérios estão relacionados às seis forças. Estes três tipos de forças são manipulados pelos Buddhas de Amor, os Quais por meio de Seu sacrifício, ocupam-Se com o problema do sexo, ou da “aproximação magnética”, em todos os planos. O Buddha a Quem nos estamos referindo e Que estabelece contato com Seu povo na Lua cheia de Wesak, é um dos três ligados ao nosso globo, tendo tomado o lugar de Aquele Que passou a realizar trabalho superior em conexão com a Cadeia, pois que existe a mesma classificação hierárquica para os Buddhas de Amor como para os Buddhas de Ação. Um grupo pode ser considerado os divinos Carpinteiros do sistema planetário, o outro os divinos Montadores de suas partes, Aqueles Que, por meio da influência magnética Que exercem, unem as diversidades e com elas constroem a forma.
As ideias atuais a respeito do sexo precisam ser transmutadas e elevadas da conotação inferior existente, para a sua verdadeira significação. O sexo - nos três mundos - tem a ver com o trabalho dos Pitris lunares e dos Senhores solares. Significa essencialmente o trabalho de construção da forma na substância, e sua energização pelo aspecto espiritual. Significa a elevação do aspecto material através da influência do Espírito, à medida que os dois juntos desempenham sua legítima função em cooperação e assim - por sua mútua união e fusão - produzem o Filho em toda a Sua glória. Este método de interpretação é igualmente verdadeiro e aplicável a todas as Existências manifestadas em qualquer dos planos tanto sistêmicos, quanto cósmicos. Há certos fatores envolvidos no conceito do sexo que podemos enumerar:
a. Atração mútua.
b. Adequabilidade complementar.
c. Apelo instintivo.
d. Aproximação, e reconhecida cooperação.
e. União.
f. A etapa seguinte é temporariamente importante para o aspecto material, o
aspecto Mãe, o aspecto feminino.
g. A retirada e temporário isolamento do Pai.
h. O trabalho de criar o Filho.
i. A evolução e crescimento do Filho, sob o ângulo material, e sob o ângulo
da consciência.
j. O Filho emancipa-Se da Mãe, isto é, a Alma atinge a maturidade e
liberta-se da matéria.
k. Reconhecimento do Pai, pelo Filho, e Seu retorno a Ele.
O resultado final de todas essas etapas sucessivas é que todos os três aspectos desempenharam suas funções (seu dharma) no plano físico, e os três demonstraram certos tipos de energia.
O aspecto Pai manifesta-se ao dar o impulso inicial, ou a demonstração elétrica positiva, a qual é o germe do Filho criado, e Cuja Vida está personificada no Filho. O significado oculto das palavras do Cristo ao responder à suplica “Senhor, mostra-nos o Pai”, pouco tem sido compreendida. Ele disse (77), “Aquele que Me vê, vê o Pai, pois Eu e o Pai somos Um.”
A Mãe, ou o aspecto negativo, constrói e nutre, protege e acarinha o Filho durante a etapa pré-natal e a infantil, e permanece ao seu redor durante as etapas posteriores, dando-lhe da energia de seu próprio corpo e atividade para suprir Suas necessidades.
O Filho, a energia combinada do Pai e da Mãe, personifica ambos os aspectos e toda a série dual de qualidades, porém tem um caráter que é só Seu Próprio, uma essência que é Sua natureza peculiar, e uma energia que O impele a cumprir Seus Próprios fins e projetos e que, eventualmente O levará a repetir o processo de produzir
1. a concepção,
2. a criação, e
3. o crescimento consciente, tal como fez Seu Pai.
Quando chegamos ao mistério do Fogo, nós estamos nos referindo àquela misteriosa energia extrassistêmica que constitui a base tanto da atividade da Mãe, como a base da vida do Filho. O Filho efetivamente “torna- se o esposo de Sua Mãe” como dizem as antigas Escrituras. Esta é uma frase enigmática a menos que seja interpretada em termos de combinação de energias. Somente quando o Filho atinge a maturidade e reconhece a Si Mesmo como sendo essencialmente o mesmo que o Pai, é que Ele pode conscientemente desempenhar a função de Seu Pai, e produzir e perpetuar aquilo que é necessário para a sustentação da geração cósmica.
A eletricidade da substância, a eletricidade da forma, e a eletricidade da própria Vida precisam encontrar-se e fundir-se antes que o verdadeiro Homem (seja um Logos ou um ser humano) se reconheça a si mesmo como um criador. Na etapa atual, o homem sabe alguma coisa sobre a eletricidade da substância, e está começando a crer na eletricidade da forma - embora ainda a chame de magnetismo - mas, por enquanto ele nada sabe da realidade elétrica da própria vida. Somente quando a “joia no lótus” está prestes a ser revelada, isto é, quando a terceira fileira de pétalas está a ponto de abrir-se, é que o iniciado começa a perceber o verdadeiro significado da palavra “vida” ou espírito. A consciência tem de estar plenamente desperta antes que ele possa compreender aquele grande “algo” energizador, do qual todos os demais tipos de energia são apenas expressões.
Temos ainda dois pontos a tratar sobre as pétalas e a iniciação.
Primeiro, é preciso observar que as palavras “conhecimento, amor e sacrifício” têm uma significação oculta muito maior do que o aparente significado dos termos. Cada círculo, ou fileira, de pétalas representa uma dessas três ideias; além disso, cada círculo personifica esses três aspectos da existência em maior ou menor grau. Estes três conceitos - conhecimento, amor, sacrifício - são os modos de expressão das três grandes qualidades que (sob o ponto de vista do Passado, do Presente e do Futuro) caracterizam a natureza de todas as entidades que se manifestam - Deuses, homens e devas. Do ponto de vista do fator central em manifestação - o homem - é preciso compreender que o conhecimento era inerente, inato, ao sistema solar anterior, e é a faculdade que ele tem agora acessível para o seu uso. É a energia oculta do Logos planetário que ele tem de aprender a focalizar através de seu cérebro físico, e então aplicá-la.
Amor é a faculdade inata no presente, sendo a energia oculta do Logos planetário, da qual ele precisa aproveitar-se e focalizar em seu centro cardíaco e consequentemente aplicá-la.
Sacrifício é a faculdade da qual ele se valerá no futuro, porque inteligentemente ele a enfocará por meio do centro superior da cabeça. Isto depende do desenvolvimento da consciência, e portanto, do reconhecimento do propósito esotérico do seu grupo e das existências planetárias. Como isto envolve aquilo que chamamos “um ato de abnegação solar e lunar”, envolve portanto a devida compreensão da energia solar e da energia lunar e como trazer esses dois grupos a uma etapa de atividade cooperativa. Isto está relacionado, portanto, à natureza da Joia no lótus, e é somente quando as três pétalas do sacrifício nas três fileiras se abrem, que este particular tipo de energia é liberado. Os Senhores lunares dos três corpos foram controlados, e sua vibração sincronizada; assim aquele grande ato de sacrifício encontra-os prontos para o processo final de renúncia. Em seus três grupos principais, os Senhores solares estão igualmente prontos para o sacrifício final, o qual envolve a “ruptura entre o sol e a lua”, como é chamado. Isto resulta na destruição do elo magnético existente entre o verdadeiro homem e a vibratória substância sensitiva da qual seus três corpos são feitos. A encarnação deixou de ser necessária; rompem-se as cadeias do carma; o homem está liberado. “Os Senhores lunares retornam ao seu próprio lugar”, ou segundo uma expressão bíblica, “Satanás está atado por mil anos.” (78) Isto apenas significa que essas entidades terão um período de pralaya, até outra oportunidade mavantárica.
O sacrifício final envolve também o desaparecimento do triângulo inferior, isto é, o rompimento da conexão entre os três átomos permanentes na parte inferior do corpo causal,ou lótus egoico, e a unidade central de energia. A energia desses átomos é liberada através do intenso calor produzido pela união dos três fogos, e reabsorvida para o reservatório geral no espaço interplanetário. O triângulo ardente é perdido de vista em meio às chamas, e as essências devicas que temporariamente o formaram, cessam sua atividade.
Por sua vez, os Anjos solares completam seu sacrifício inicial com outro sacrifício: - oferecem-se a si mesmos ao altar em chamas. O corpo causal é completamente destruído. Os quatro grupos inferiores de Pitris solares retornam para o coração do sol subjetivo, ou aquele centro mais profundo do sistema do qual vieram, enquanto que os três grupos superiores são carregados (pela força e energia geradas na fornalha ardente e na chama, e devido ao estímulo produzido pelas labaredas da joia central) diretamente para o sol espiritual central para lá ficar, até que um outro kalpa os chamem para que se sacrifiquem, desta vez como Logoi planetários. É preciso que o estudante se lembre que ao pensar nos Pitris, é preciso sempre pensar em termos grupais. Os Pitris que formaram o corpo egoico de um ser humano não formam, sós ou isolados, os Logoi planetários. Os quarenta e nove grupos de fogos solares envolvidos no grande trabalho são aqueles já mencionados e que se tornam os quarenta e nove Logoi planetários relacionados com os sete sistemas solares. Neles está oculto o mistério dos três que se tornam os dezesseis - unidos e sintetizados - uma correspondência, em níveis cósmicos, da sétima com a oitava esfera. Por enquanto, isto será para o homem, quase que um mistério insolúvel.
Os quatro grupos que encontraram seu caminho para o Coração do sistema, reaparecerão como os quatro Logoi planetários que constituem os vinte e oito e que produzem a possibilidade do dez da perfeição, em uma outra série de manifestações dos sistemas.
Os sete tipos de energia solar encontram o “caminho do retorno” para sua fonte emanadora central; pela ruptura do elo entre eles e os senhores lunares - os quais como se diz esotericamente “jazem mortos ou morrendo no campo da batalha” - o grande sacrifício é consumado, e eles ficam livres para retornar triunfantes.
O significado oculto destas palavras referentes às energias que subjazem às aparências e através das quais trabalham pode ser assim expresso:
Conhecimento (79) é a correta apreensão das leis da energia, da conservação da força, das fontes de energia, de suas qualidades, seus tipos e suas vibrações. Isso implica em apreender:
a. As diferentes chaves das vibrações.
b. Os centros por onde a força penetra.
c. Os canais ao longo dos quais ela circula.
d. Os triângulos e outras figuras geométricas por ela produzidas durante a
evolução.
e. Os ciclos e o fluxo e refluxo da energia em relação com os diferentes
tipos de manifestações planetárias, incluindo todos os reinos da
natureza.
f. O verdadeiro significado daqueles aspectos da força que chamamos
“períodos de pralaya” e os que chamamos “períodos de manifestação.”
Envolve também uma correta compreensão das leis do obscurecimento.
Tudo isto o homem vai aprendendo nas várias Câmaras, através da experiência prática envolvendo prazer e dor, até que nas iniciações finais ele é conduzido à compreensão não apenas da existência dessas forças, mas também de como dirigi-las e manipulá-las. Isto é conhecimento: dirigir corretamente as correntes de força, primeiramente nos três mundos do esforço humano, e a seguir no sistema solar.
Amoré a correta apreensão dos usos e propósitos da forma, e das energias envolvidas na construção da forma, a utilização da forma, e a eventual dissipação da forma rejeitada. Isto envolve a compreensão das Leis de Atração e Repulsão, da interação magnética entre todas as formas grandes e pequenas, de relacionamentos grupais, do poder galvanizador da vida unificadora, e do poder atrativo de uma unidade sobre outra, seja ela um átomo, um homem, ou um sistema solar. Implica em entendermos todas as formas, seus propósitos e seus relacionamentos; diz respeito aos processos de construção, no próprio homem, e no sistema solar, e requer o desenvolvimento, no interior do próprio homem, daqueles poderes que farão dele um Construtor consciente, um Pitri solar de um ciclo vindouro. Esta é uma das grandes revelações na iniciação: revelar ao iniciado qual o centro cósmico emanador do tipo de força ou energia com o qual ele, o iniciado, estará envolvido quando, no devido tempo, ele se torne um Pitri solar, ou um divino manasaputra, para uma humanidade futura. Por conseguinte, ele precisará possuir não somente o conhecimento, como também a energia do amor, a qual lhe permitirá executar a função de vincular os três corpos superiores e os quatro inferiores de uma futura raça de homens, em um período ainda distante, permitindo-lhes assim sua individualização através dosacrifício de seu próprio princípio do meio plenamente consciente.
Sacrifício envolve ainda mais do que tudo aquilo que já foi até aqui indicado, pois implica nos seguintes fatores:
a. Conhecimento dos propósitos e intenções do Logos
planetário.
b. Compreensão do tipo particular e peculiar de energia, e da qualidade de seu
próprio Senhor do Raio.
c. Compreensão dos diferentes grupos de existências que estão participando
na evolução planetária e na manifestação solar.
d. Uma revelação quanto a certos empreendimentos cósmicos nos quais nosso
Logos planetário atua como um cooperador inteligente. Deste modo é
introduzido o fator da força extrassistêmica.
Ao considerarmos todos estes, e outros fatores, torna-se evidente que a energia liberada no sacrifício a estes planos e intenções abrange um campo tão vasto de sabedoria que não é possível ao homem comum sequer perceber. Trata dos propósitos e planejamentos dos Observadores Silenciosos nos três planos - os cinco, e os sete; trata da força dinâmica dos grandes Anjos Destruidores em todos os planos, os quais, eventualmente - através da manipulação das três formas de energia - darão fim a tudo que existe. Estes anjos constituem um misterioso grupo de Vidas foháticas, Que fazem soar as trombetas da destruição, e por meio dos sons emitidos, provocam aquele estilhaçamento que libertará a energia das formas.
O segundo ponto será muito breve. Diz respeito ao círculo interno de pétalas, aquele conjunto de três pétalas, ou aquelas três correntes de energia giratória que rodeiam a “joia no lótus.” Cada uma destas três pétalas está relacionada a uma das três fileiras, ou círculos, e vai se organizando à medida que cada uma das três fileiras se abre. Elas formam, portanto, uma síntese de conhecimento, amor ou sacrifício, e estão estreitamente vinculadas, por meio do tipo de força que flui através delas, com um dos três centros superiores do Logos planetário do raio particular de um homem. Esta unidade central de força tríplice - “a joia no lótus” - é abordada de modo específico durante as Iniciações.
Na primeira, segunda e terceira Iniciações uma das três pétalas se abre, permitindo uma exibição cada vez maior do ponto elétrico central. Na quarta Iniciação, tendo sido já completamente revelada a joia - esta, através de sua flamejante luz, seu intenso irradiante calor, e seu tremendo jorro de força - provoca a desintegração da forma que a circunda, - o estilhaçamento do Templo de Salomão - e a dissolução da flor do lótus. O trabalho do Iniciador em relação a isto é bastante interessante. Por meio do Cetro de Iniciação e de certas Palavras de Poder, Ele produz resultados de natureza coordenadora, transmutadora e liberadora.
Pela ação do Cetro aplicado nas duas primeiras Iniciações, as duas fileiras externas abrem-se, a energia de ambas é liberada, e os dois conjuntos de força personificada nas seis pétalas são coordenados e tornam-se interativos. Esta etapa de ajustamento das pétalas é a que segue a etapa antes chamada de “desenvolvimento” e tem a ver com a ação simultânea das duas fileiras de pétalas. A interação entre os dois círculos é completada, e a circulação das correntes de força aperfeiçoada. O Cetro é aplicado àquela que podemos chamar a pétala “chave”, de acordo com o raio e sub-raio de um homem. É claro que isto difere, de acordo com a unidade de força envolvida. É interessante notar-se aqui que, como a substância das pétalas é substância dévica e, como a energia das pétalas é a energia de certos manasadevas (uma das três ordens superiores de Agnishvattas) o iniciado é influenciado ou inspirado (os termos não são inteiramente satisfatórios para explicar o tipo de serviço dévico que é necessário aqui, mas terão que servir) por um grande deva que representa o equilibrium da vibração substancial produzida pelos esforços do iniciado, ajudado pelos adeptos que o apresentam, representando cada um as duas polaridades da força. Estes três fatores,
1. o deva representante,
2. os dois adeptos e
3. o iniciador
formam, por um breve segundo, um triângulo de força, com o iniciado no centro. Através deles circula o tremendo poder, “o fogo dos Céus”, que desce da tríade superior por meio do Cetro elétrico.
Esta aplicação de força extra egoica é, em si mesma, de natureza tríplice, simbolizada pelos três agentes protetores e pela tríplice natureza do Cetro. Emana primordialmente do Logos planetário do Raio a que um homem pertence e origina-se de um dos centros planetários correspondente ao centro da cabeça, coração ou garganta da unidade humana. Esta energia é aplicada à fileira de pétalas correspondente, e à pétala correspondente da fileira de acordo com a iniciação recebida e de acordo com os raios primário e secundário. Podemos indicar aqui uma estreita conexão entre as pétalas e os centros, no nível etérico do plano físico, e assim poderemos ver como - quando o necessário trabalho tiver sido realizado - é possível a transmissão direta de força dos planos superiores para os inferiores, na seguinte ordem:
a. Do centro logoico, ou do Logos planetário, para a Mônada no seu próprio plano.
b. Da Mônada para uma das três fileiras de pétalas, de acordo com o aspecto ou raio envolvido.
c. Da fileira de pétalas, considerando-a como uma unidade, para uma das pétalas no círculo, de acordo com a qualidade e tipo de força, usando a pétala como um agente transmissor.
d. De uma pétala particular na qual a força esteja momentaneamente centralizada, para um dos átomos permanentes, de acordo com o raio e tipo de força.
e. Do átomo permanente via o triângulo atômico, e os centros mental e astral, para aquele dos centros superiores no corpo etérico particularmente envolvido.
f. Do centro etérico para o cérebro físico.
Expusemos aqui muito rapidamente o processo de transmissão da força da Mônada para o homem no plano físico e por isso ficará evidente porque insistimos tanto sobre a necessidade de purificar os três corpos e mantê-los em alinhamento a fim de que a força possa fluir sem impedimentos.
Os efeitos da descida desta força podem ser considerados sob dois ângulos, o material e psíquico.
O efeito material, isto é, o resultado desta estimulação sobre as formas e os átomos nas formas, é torná-los radioativos, ou liberar a energia da substância. Consiste isto em liberar a energia aprisionada no interior da forma, e diz respeito ao aspecto Brahma, e à evolução da própria matéria. Afeta os corpos lunares e, portanto, relaciona-se com os Senhores ou Pitris lunares, causando um enfraquecimento de seu domínio sobre os construtores menores, submetendo-os mais às correntes de força dos Anjos solares, o que eventualmente resultará no retorno dos Pitris lunares, de todos os graus, ao ponto central em busca da substância da força. No sentido psíquico, o resultado da descida desta força é uma estimulação da consciência, e a aquisição (resultante dessa estimulação) dos poderes psíquicos latentes no homem. Seus três centros físicos superiores - a glândula pineal, o corpo pituitário, e o centro alta maior - são afetados e o homem torna-se psiquicamente consciente, no cérebro físico, das influências, acontecimentos e poderes superiores. De acordo com o raio envolvido, assim será o centro afetado. A força dos Senhores lunares que até então conseguira manter esses três órgãos quiescentes, é substituída pela energia dos Anjos solares.
Por outro lado, tudo isto está estreitamente ligado à tríplice energia do corpo físico, e produz efeitos no interior da coluna vertebral, os quais despertam o fogo kundalini na base da coluna, que se eleva ao longo do tríplice canal, mais uma vez, segundo o raio e o aspecto envolvidos. Sobre este ponto nada mais pode ser dito, pois os perigos de um conhecimento prematuro a este respeito são maiores do que os perigos da ignorância. Basta registrar que os fogos dos centros inferiores, aqueles que se encontram abaixo do diafragma, geralmente já alcançaram o centro entre as omoplatas antes da segunda iniciação; com a segunda iniciação, eles se elevam até à cabeça, e assim todos os fogos do torso ficam ativos. Então, tudo que resta fazer é centralizá-los, produzir a necessária interação geométrica entre os sete centros da cabeça, e então focalizá-los todos no centro mais elevado, antes da liberação final.
Notas:
60 D. S., I, Proem, p. 42-44.
61 D.S., 111,580.
62 D. S„ I, 483.
63 O número 10. Ver D.S., I, 125, 126. 1. Os três, encerrados no círculo, são os sagrados Quatro. a. Adi-Sanat, o Número, Unidade. O Logos, ou o Uno em encarnação física. Deus e homem funcionam como unidades em seus respectivos planos físicos. b. A Voz da Palavra, os Números, pois Ele é um e nove. O segundo aspecto. A Ideia corporificada. Consciência. c. O Quadrado informe, o aspecto matéria, substância e forma. Limitação Compare estes em relação a: a. Um Logos solar que dá forma a um sistema solar. b. Um Logos planetário que dá forma a um esquema planetário. c. Um homem que dá forma a seus corpos de manifestação. 2. Os dez constituem o universo arupa. A ênfase é dada aqui às Vidas subjetivas ou Consciência Inteligente no interior das formas. Esses dez podem ser chamados: i. O 1o Logos Shiva Pai Vontade II O 2o Logos Vishnu Filho Amor-Sabdoria III. O 3o Logos Brahma Espírito Santo Inteligência dominando a Matéria, a Mãe 1. O Senhor da Vontade Cósmica Primeiro Raio 2. O Senhor do Amor Cósmico Segundo Raio 3. O Senhor da Inteligência Cósmica ....... Terceiro Raio 4. O Senhor da Harmonia Cósmica ......... Quarto Raio 5. O Senhor do Conhecimento Cósmico .......... Quinto Raio 6. O Senhor da Devoção Cósmica ...........Sexto Raio 7. O Senhor do Cerimonial Cósmico ........ Sétimo Raio Eles são a consciência subjetiva, a causa da manifestação.
64 D. S. I, 214; II, 393, 445, 446.
65 O Problema do Mal. Trecho extraído de um ecrito mediúnico através da Dra. Arma Kingsford:
“Vocês querem saber sobre a origem do mal. Este é um tema importante que deveria ser reservado para mais tarde, mas parece-nos agora que vocês necessitam conhecê-lo. Compreendam que o Mal é o resultado da Criação. A Criação é o resultado da projeção do Espírito na matéria; e com esta projeção veio o primeiro germe do mal. Queremos que saibam que não existe mal puramente espiritual; o mal é o resultado da materialização do Espírito. Se examinarem cuidadosamente tudo que dissemos a respeito das várias formas do mal, verão que cada uma é o resultado da limitação do poder de perceber que o Universo inteiro nada mais é do que o Eu Maior... É, então, verdade que Deus Criou o mal; contudo é verdade que Deus é Espírito, e sendo Espírito, é incapaz do mal. Então o mal é somente o resultado da materialização de Deus. Isto é um grande mistério. Só podemos dizer esta noite é que Deus é a própria percepção. Deus é a percepção universal. É aquele que vê e aquilo que é visto. Se nós pudéssemos ver tudo, ouvir tudo, tocar tudo, e assim por diante, não existiria o mal, uma vez que o mal é produto da limitação, da percepção. Tal limitação foi necessária se Deus desejava criar algo além de Deus, e esse algo além de Deus teria que ser menos do que Deus. Portanto, sem o mal, Deus teria permanecido só. Todas as coisas são Deus de acordo com a medida do espírito nelas existente”.
Quer dizer, uma humanidade aperfeiçoada será um veículo perfeito para o Espirito divino (ver a Mercaba de Ezequiel, Cap. I). Grande é nossa dívida com os Videntes que lançam luz solar sobre a escuridão e o mistério da vida humana onde o Espírito, internamente em luta, mergulha tão frequentemente nas profundezas deste misterioso caos, tornando assim visível a escuridão, permitindo-nos ver alguns passos adiante no Caminho, assim encorajando-nos a prosseguir com renovada certeza de que as névoas e as nuvens se dispersarão, e que, no devido tempo, nós entraremos na plenitude da divina Presença. O Teosofista, Vol XXIX, p.50.
66 A meta para os Pitris; Os Pitris lunares estão no nível dos Princípios inferiores. D. S., II, 82. a. Esles criam nossos princípios inferiores D. S., II, 92. b. Possuem o fogo criativo, mas não o fogo divino.... D. S., II, 81,82. c. Fazem evoluir a forma humana D. S., I, 203. d. Eventualmente tomam-se homens D. S., I, 203. Comparar D. S., II, 99. Os princípios superiores etão latentes nos animais D. S., II, 266, 279. a. Os Pitris solares corporificam o quinto princípio... D. S., I, 241. b. Dão ao homem a consciência D. S., I, 204. c. Fornecem o veículo para a Mônada encamante, formando-lhe o corpo egoico. D. S., 1,237 d. Desenvolvem o tipo humano D. S., II, 243. Comparar D.S. II, 96.
67 Planetas inobservados: “Nem todos os planetas intra-mercuriais, ou sequer aqueles na órbita de Mercúrio foram já descobertos, embora suspeitemos de sua existência. Sabemos que existem e onde, e que há inúmeros planetas “queimados”, dizem eles - em obscurecimento, dizemos nós; planetas em formação e ainda desprovido de luminosidade, etc.”... 67 “Quando for adaptado, o tasímetro poderá talvez não só medir o calor das mais remotas estrelas visíveis, mas também detectar, por meio de sua radiações invisivéis, estrelas ainda não vistas ou de qualquer outro modo detectadas, assim como também planetas. O descobridor, um protegido de M., pensa que em qualquer ponto no espaço vazio dos céus - um espaço que parece vazio mesmo através de um telescópio poderosíssimo - o tasímetro indica invariavelmente um aumento de temperatura; isto provará que o instrumento alcançou a linha de ação de um corpo estelar não luminoso ou então tão distante que está além da visão telescópica. Seu tasímetro, diz ele, ‘é afetado por uma gama mais vasta de ondulações etérica do que o olho pode perceber’. A ciência ouvirá os sons oriundos de certos planetas antes que eles possam ser vistos. Isto é uma Profecia.” Carta dos Mahatmas a H. P. Sinnet, p. 169.
68 D. s„ I, 196.
69 Todos esses se tornarão Logoi solares de vários graus.
70 D. S„ I, 172.
71 De uma palavra sensar significando ‘serpentes’. São os Dragões da Sabedoria. Ver D. S., I, 55, 69, 70.
72 Ver parte inicial da D. S., Vol. II
73 C. W. Leadbeater teve uma ligeira precepção desta idéia quando se referiu àqueles barcos carregados de egos vindos da cadeia lunar. É claro que ele exagerou na materialização da ideia; se a mesma ideia fundamental for expressa em termos de força e do aparecimento de centros de força dentro da cadeia terrestre, centros esses que são o resultado de uma energia emanando de uma cadeia anterior e produzindo espirais no éter ou substância do plano mental, então o verdadeiro seignificado pode ser mais facilmente apreendido.
74 Um Guru é um instrutor espiritual
75 Aspirante. “As práticas que conduzem à união com a Alma são: aspiração ardente, leitura espiritual e total obediência ao Mestre. A palavra que eu traduzi como “ardente” significa basicamente ‘fogo’, e no ensinamento oriental engloba o fogo que dá vida e luz e, ao mesmo tempo, é o fogo que purifica. Temos pois, como nossa primeira prática, como o primeiro meio de crescimento espiritual, aquela qualidade ígnea, ardente, da vontade que se inflama e ilumina, e, ao memo tempo, a contínua prática da purificação, a queima de todas as impurezas conhecidas”. “Sua meta é trazer a visão da aima, e consumir todos os impedimentos”. “As Regras são estas: pureza, serenidade, ardorosa aspiração, leitura espiritual, e perfeita obediência ao Mestre.” “A perfeição dos poderes do revestimento corporal é alcançada através da eliminação das impurezas e através da aspiração ardente.” Ioga Sutras de Patanjali, Livro II, 1, 2, 32, 43 (C. Johnston’s Edition)
76 As três Câmaras através das quais a alma do homem deve progredir são mencionadas em A Voz do Silêncio, p. 19, 20. 1a Câmara da Ignorância infância da humanidade.... plano físico. 2a Câmara do Aprendizado.... homem comum plano astral. 3a Câmara da Sabedoria homem espiritual plano mental. É na Câmara da Ignorância que permanecemos mais tempo. O último período na Câmara do Aprendizado é chamado Caminho Probacionário. Na Câmara da Sabedoria, o Iniciado aproxima-se do mistério central do Ser.
77 Bíblia. João XIV.
78 Bíblia. Rev. XX, 2.
79 1 Há sete ramos do conhecimento mencionados nos Puranas: D. S., I, 192.
2. A Gnosis, o Conhecimento oculto, é o sétimo Princípio; as seis escolas da
da filosofia hindu são os seis princípios. D. S., I, 299.
Essas seis escolas são:
a. A escola de Lógica ... Prova de correta percepção.
b. A escola atômica ... Sistema de detalhes. Elementos. Alquimia e
química.
c. A escola Sankhya ... Sistema de números. A escala materialista. A teoria
dos sete estados da matéria, ou prakriti.
d. A escola de Yoga ... União. A regra da vida diária Misticismo.
e. A escola da Religião ... Ritual. Adoração dos devas, ou Deuses.
Cerimonial
f. A escola Vedanta ... Relacionada à não-dualidade. Trata da relação de
Atma, no homem, com o Logos.
3. Há quatro ramos do conhecimento a que H. P. B. especialmente se refere. D.
S., I, 192.
Estes quatro são provavelmente aqueles que mais têm merecido a atenção do
homem nesta quarta ronda e quarta cadeia.
Compara-se D. S., I, 70, 95, 107, 227.
As Quatro Nobres Verdades. Os Quatro Vedas. Os Quatro Evangelhos. As quatro
admissões básicas. Os quatro Elementos. Os quatro graus de Iniciação.
a. Yajna Vidya .. A execução de ritos religiosos com o fim de produzir certos
resultados. Cerimonial de magia envolvendo o Som, portanto Akasha, ou o éter
do espaço. O ‘vajana’ é a Deidade invisível que permeia o espaço.
Dirá isto respeito ao plano físico?
b. Mahavidya .. O grande conhecimento mágico que degenerou no culto Tântrico.
Está ligado ao aspecto feminino, o aspecto matéria (mãe). A base da magia
negra. A verdadeira mahayoga tem a ver com a forma e sua adaptação ao
Espírito e suas necessidades.
Dirá isto respeito ao plano astral?
c. Guyha vidya .. A ciência dos mantras. O conhecimento místico secreto dos
mantras. A oculta potência do som do Mundo.
Dirá isto respeito ao plano mental?
d. Atma vidya A verdadeira sabedoria espiritual.
4. conhecimento da verdade é uma herança comum. D. S., II, 47,3.
5. O conhecimento é um assunto relativo que varia de acordo com o grau
alcançado.
a. Campos de mais vasto conhecimento se abrem diante de um Logos planetário D.
S. II., 740.
b. Mesmo sem ajuda, um homem pode chegar às quatro verdades. D. S., III,
420.
6. Finalmente; o Conhecimento é uma arma perigosa devido ao egoísmo pessoal.
O Conhecimento só é seguro quando:
a. Nos entregamos a ele de corpo, alma e espirito. D. S., III, 62, 63.
b. Temos firme fé em nossa própria divindade. D. S., III, 62, 63.
c. Reconhecemos nosso próprio Princípio imortal.
d. Conhecemos a nós mesmos. D. S., III, 435, 486.
e. Praticamos todas as virtudes. D. S., III, 262.
f. Temos experiências. D. S., III, 481.
g. Compreendemos que o conhecimento é o fruto do Espírito somente. D. S.,
III, 453.
h. O conhecimento é adquirido através da região da mente superior. D. S.,
III, 453.