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Livros de Alice Bailey

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Índice Geral das Matérias

Seção Dois - Divisão D - Elementais do Pensamento e Elementais do Fogo
II. Elementais do Pensamento e Devas
1. O Regente do Fogo - Agni
2. Os Devas do Fogo - Os Construtores Maiores
3. Os Anjos Solares - Os Agnishvattas
4 - Os Elementos do Fogo - Os Cosntrutores Menores

1. O REGENTE DO FOGO - AGNI

a. Agni e o Logos Solar

Até agora, estivemos estudando a primeira seção deste tratado, quando abordamos os fogos internos do sistema, macrocósmicos e microcósmicos, e nesta segunda seção, trataremos do fogo da mente. Esta seção, juntamente com as nove questões introdutórias, constitui a parte principal deste tratado. Nela tratamos da natureza e função da mente e do raio egoico. Tratamos também do lado forma do pensamento, sua manifestação material e sua substância.

Agora passaremos a considerar o Regente do Fogo, AGNI, o que nos leva a estudar a vitalidade que energiza, e a Vida que anima; a refletir sobre o Fogo que impele, impulsiona e produz a atividade e organização de todas as formas. A perfeita compreensão disto revelará o fato de que aquilo que estamos estudando é a “Vida e as vidas”, (86) como é chamado (87) na Doutrina Secreta; Agni, o Senhor do Fogo, o Criador, O Preservador e o Destruidor; e com os quarenta e nove fogos através dos quais Ele se manifesta. Estamos lidando com o fogo solar em si, a essência do pensamento, a vida coerente de todas as formas, com a consciência em seu aspecto evolutivo, ou com Agni, a soma total dos Deuses. Ele é Vishnu e o Sol em Sua glória; Ele é o fogo da matéria e o fogo da mente mesclados e fundidos; Ele é a inteligência que palpita em cada átomo; Ele é a Mente que aciona o sistema; Ele é o fogo da substância e a substância do fogo; Ele é a Chama e aquilo que a Chama destrói.

Quando os estudantes leem a Doutrina Secreta de modo superficial, eles tendem a considerar Agni somente como o fogo da matéria, especialmente quando descobrem que Ele é o Senhor do plano mental (88) e, assim, falham em observar que Ele Próprio é a totalidade. Ele é a vida que anima o sistema solar, e essa vida é a vida de Deus, a energia do Logos e a manifestação da radiação que vela o Sol Central. Somente quando Ele é reconhecido como Fohat, a energia da matéria, como Sabedoria, a natureza do Ego e sua motivação, e como unidade essencial, podemos chegar à devida concepção do que seja Sua natureza ou ser.

Agni não é o Logos solar no plano mental cósmico, porque a consciência egoica do Logos é algo maior do que Sua manifestação física, porém Agni é a soma total daquela porção do Ego logoico que se reflete em Seu veículo físico; Ele é a vida da Personalidade logoica, com tudo aquilo que está incluído nessa expressão. Ele é para o Logos solar, no Seu próprio plano, o que a personalidade coerente de um ser humano é para o seu Ego, no corpo causal. Este é um ponto muito importante que precisa ser compreendido e, se o estudante meditar sobre ele, obterá grande esclarecimento. Sua vida funde e mescla a tríplice natureza do Logos em encarnação física. Sua força de coesão converte em uma unidade a tríplice Personalidade logoica, porém, o homem só consegue entender a Sua natureza essencial estudando o veículo físico logoico - daí a dificuldade; ele só pode chegar a compreendê-Lo meditando sobre Sua emanação psíquica, à medida que esta emanação for sentida e percebida através de um estudo retrospectivo da história das raças. A personalidade do homem revela sua natureza à medida que sua vida transcorre; sua qualidade psíquica desenvolve-se com o passar dos anos, e quando desencarna, as pessoas referem-se a ele em termos de qualidade, bom ou mau, egoísta ou altruísta; o efeito de sua “emanação” durante a vida é aquilo que permanece na mente dos homens. Também, somente assim, é que a personalidade logoica pode expressar-se, e nosso conhecimento de Sua natureza é consequentemente limitado por nossa escassa perspectiva e prejudicado pelo fato de que nós somos participantes de Sua vida e partes integrantes de Sua manifestação.

É somente quando começamos a funcionar no plano búdico que podemos, de certo modo, “viver no lado subjetivo” da natureza, e mesmo isso somente quando aumenta nossa vida espiritual e nós transpomos definitivamente o portal da iniciação para o quinto reino, quando então somos capazes de apreciar a distinção entre o corpo físico denso e o corpo vital. É somente quando estamos poralizados no corpo etérico cósmico e deixamos de estar prisioneiros em um envoltório material denso (pois os três planos inferiores nada mais são do que o corpo denso do Logos) que chegamos a um entendimento mais profundo da natureza psíquica do Logos, porque aí então nos encontraremos no corpo que serve de ponte entre o corpo físico denso e o corpo astral do Logos. Somente então poderemos entender a função do Senhor Agni como a vida vital do plano etérico cósmico, como a vitalidade dos Homens Celestiais, e como a atividade de Seus corpos.

b. Agni e o Plano Mental

Procurarei tratar aqui de um ponto muito importante, enfatizando a estreita relação entre Agni, a soma total da força da vida da tríplice personalidade logoica quando Ele está atuando no plano mental (o qual está intimamente ligado ao homem) e aquela impulsionadora manifestação de força, ou vontade inteligente, que emana do plano mental cósmico. Há uma série muito interessante de correspondências a serem percebidas aqui, e nós podemos sucintamente indicá-las por meio da seguinte tabulação:

O 5º plano cósmico O plano mental cósmico.
O 5º plano sistêmico O plano mental.
O 5º subplano do físico O gasoso.
O 5º princípio Manas.
A 5ª Lei Lei de Fixação ou Concreção.
O 5º Raio Raio do Conhecimento Concreto.
A 5ª Ronda Ronda da consecução manásica.
A 5ª raça-raiz Ariana. Desenvolvimento mental.
A 5ª sub-raça Teutônica e Anglo-Saxônica. Mente Concreta.
O 5º grupo de Devasa Devas do fogo do plano mental.
O 5º Manvantara Três quintos dos manasaputras alcançam seu objetivo.
O 5º esquema O Senhor da ciência concreta.
O 5º Mahamanvantara (ou sistema solar) O Logos solar alcança Sua quinta Iniciação maior.
A 5ª cadeia Evolução principal - os devas do fogo
A 5ª Hierarquia Os Construtores maiores.
As vibrações de quinta ordem Manásicas.

Ficará evidente que quando estudamos o sistema, em ordem inversa, o plano físico passa a ser considerado o primeiro (como frequentemente é quando o consideramos como o campo de evolução estritamente humana) e que o terceiro plano - o plano mental - entra no mesmo grupo de analogia; portanto, temos que considerar Agni como o fator energizante do corpo físico do Logos, ou como o fogo de Sua mais concreta manifestação, vitalizando, aquecendo e mantendo o todo unido.

Neste atual mahamanvantara, há três hierarquias de profunda importância: a quarta Hierarquia Criadora, ou humana, e duas hierarquias dévicas, a quinta e a sexta.

No esquema maior, a quarta Hierarquia é, literalmente, a nona, pois cinco hierarquias já desapareceram e são consideradas simples abstrações. Neste atual sistema, o que nos diz respeito é a concreção e a fusão da forma e energia em um todo coeso. Na nona, décima e décima- primeira Hierarquias, encontra-se a chave para a natureza de Agni, o Senhor do Fogo, a soma total da vitalidade sistêmica. Aquele que compreende o significado destes números, e a relação existente entre eles, como a tríplice divisão de uma Unidade no tempo e espaço, terá descoberto uma das chaves que abrirá uma porta até agora firmemente fechada. Esses são os números da consecução, da realização, da potencialidade trazida à plena atividade e da capacidade inata demonstrando-se em perfeita fruição. Toda potencialidade reside no poder vitalizador, energizador de Agni, e na Sua capacidade de estimular. Ele é a própria vida e a força impulsionadora da evolução, do desenvolvimento psíquico e da consciência. Estes fatos estão ocultos nesses números e não na evolução da substância, a qual é somente um resultado emanando de causas psíquicas.

Estes três números formam a base dos cálculos cíclicos concernentes aos ciclos egoicos e aos ciclos de Vishnu, os quais são diferentes dos ciclos concernentes ao terceiro aspecto. Os estudantes do ocultismo ainda não captaram totalmente o fato de que a objetividade é um resultado inevitável de uma vida interna subjetiva e consciente. Quando este fato for realmente compreendido, os corpos no plano físico, por exemplo, serão purificados, desenvolvidos e embelezados por meio da atenção científica que daremos ao desenvolvimento da psique, ao desdobramento do Ego e à estimulação da vibração egoica. A causa será o foco de atenção, e não o efeito, e isso será devido ao crescente interesse da família humana pela psicologia, muito embora, por enquanto, esteja sendo estudado apenas o corpo kama-manásico, sem chegar ainda à consciência egoica. Os Senhores lunares têm tido a Sua vez; agora é a vez de Agni, o Senhor solar da vida e energia, assumir o Seu importante lugar na vida da humanidade.

c. Agni e os Três Fogos

Ao estudar a manifestação de Agni no sistema solar, é preciso lembrar que estamos considerando aqui Sua natureza essencial como fogo atuante, ativo. Já vimos que Ele é a tríplice personalidade logoica, porém, em um sentido subjetivo, Ele é o Logos tríplice, e o aspecto forma é apenas subsidiário. Uma tabulação talvez torne este ponto mais claro.

TABELA V
AGNI - SENHOR DO FOGO

Aspecto Fogo Resultado Manifestação Subjetiva Origem da Energia Manifestação Objetiva
Primeiro, Vontade Fogo Elétrico Atividade do Espírito A Vida Una.
Unidade.
Espiritual.
Dinâmica.
Coerência.
Síntese.
Sol Central Espiritual O Sistema Solar
(etérico e denso)
Segundo, Amor-Sabedoria Fogo Solar Atividade da Consciência.
Egoísmo.
Vitalidade.
Magnetismo.
Os Sete Homens Celestiais.
Os sete Raios.
Os sete tipos de Mente.
O Coração do Sol Os sete Raios manifestando-se através dos sete esquemas planetários.
Terceiro, Atividade Fogo por Fricção Atividade na matéria.
Vitalidade Atômica.
Energia.
Os sete fogos.
O akasha.
O Sol físico Os sete planos

Cada um destes três aspectos do Fogo Uno, manifestados como o Fogo Criador, o Fogo Preservador e o Fogo Destruidor têm de ser estudados como fenômenos elétricos, e isto sob os aspectos de luz, chama e calor; eletricidade, radiação e movimento; vontade, desejo e ação. Somente assim será compreendida a verdadeira natureza de Agni. Como personalidade logoica, Ele demonstra-Se através de uma triplicidade de envoltórios, formando uma unidade; e somente assim se torna claro porque, nesta etapa da evolução, o aspecto material é o mais importante.

O sistema inteiro constitui o envoltório físico do Logos e, consequentemente, o mais facilmente reconhecido, uma vez que o Logos ainda está centrado nos Seus envoltórios cósmicos e só pode revelar-Se através deles.

O homem só compreenderá realmente o mistério da eletricidade quando, ao estudar a si mesmo, ele perceber que ele é um fogo tríplice que se manifesta em vários aspectos

O HOMEM, UM FOGO

Fogo Monádico Fogo elétrico Vontade Espiritual O Sol Central Espiritual.
Fogo egoico Fogo solar Consciência
Amor-Sabedoria
O Coração do Sol.
Fogo da personalidade Fogo por fricção Homem físico O Sol Físico.
Cada um destes fogos pode também ser estudado de forma tríplice e sob três aspectos.

A MÔNADA

Aspecto vontade Fogo elétrico A Chama Vontade Espiritual.
Amor-Sabedoria Fogo solar Luz Amor Espiritual.
Inteligência Ativa Fogo por fricção Calor Inteligência Espiritual.

O EGO

Vontade Atma Fogo Elétrico A Chama
A Joia no Lótus
Vontade consciente.
Amor-sabedoria Buddhi Fogo Solar Os raios
O lótus de 12 pétalas
Amor consciente.
Inteligência ativa Manas Fogo por fricção Substância
Os átomos permanentes
Atividade consciente..

A PERSONALIDADE

Vontade Corpo mental Fogo elétrico Mente inferior Pensamento
Amor Corpo astral Fogo solar Kama Desejo
Atividade Corpo físico Fogo por fricção Prana Atividade

Procuro enfatizar aqui o fato de que nesta manifestação tríplice existe um desdobramento nônuplo. É preciso ter sempre em mente que sete é o número que governa a evolução da substância e da construção da forma no sistema solar, porém, nove é o número que governa o desenvolvimento da consciência no interior dessa forma da psique. Podemos ver isto na sétupla demonstração de vida logoica através do esquema planetário e da natureza nônupla do desdobramento egoico.

Se o estudante substituir as palavras Mônada, Ego e personalidade pelos três aspectos do Logos e se lembrar que, por enquanto, tudo que ele conhece é apenas a mais inferior das manifestações logoicas - a personalidade - ficará claro porque tantas coisas permanecem misteriosas até mesmo para os iniciados de graus elevados, e porque até mesmo o perfeito Dhyan Chohan não consegue penetrar os segredos do Logos, fora de Seu sistema.(89) Eles podem ter grande conhecimento a respeito de Agni, o Senhor do Fogo, porém, até que consigam fazer contato com aquele do qual Ele é uma emanação, um reflexo ou um raio, há um limite para aquilo que pode ser conhecido.

Agni é Fohat, a Energia tríplice emanando do Ego logoico que dá origem ao sistema solar, o veículo físico do Logos, e anima os átomos de substância. Ele é a base do processo evolutivo, ou a causa do desdobramento psíquico do Logos e Ele é também a vitalidade que, no fim, produz uma síntese divina, na qual a forma se aproxima do requisito subjetivo e, após ser conscientemente direcionada e manipulada, é finalmente descartada. Esta é a meta para o Logos, assim como para o homem; isto indica a liberação final para um ser humano, para um Homem Celestial e para um Logos solar.

Podemos dividir o processo em três períodos:

Primeiro. O período em que o fogo da matéria (o calor da mãe) oculta, nutre e dá nascimento ao Ego infante. Este é o período da vida puramente pessoal, quando o terceiro aspecto domina e o homem está envolto pelo véu da ilusão.

Segundo. O período em que o Ego, ou vida subjetiva no interior da forma, atravessa certas etapas de desenvolvimento e alcança níveis de consciência cada vez mais profundos. Este é o período do desenvolvimento egoico, o qual é produzido pela gradual mescla e fusão dos dois fogos. É o período da vida de serviço e do Caminho.

Terceiro. O período em que a própria consciência é superada pela própria realização espiritual, quando então o fogo do Espírito se funde com os outros dois.

A princípio, a personalidade, ou aspecto matéria, desempenha o papel de mãe do germe da vida interna. Depois, o Ego manifesta sua vida no interior da vida pessoal, emitindo um fulgor que “cresce cada vez mais e mais até o dia perfeito”. (90) Nesse dia perfeito da revelação, é visto o homem como ele é em sua essência, e o Espírito imanente se revela. Podemos estudar isto sob o ponto de vista cristão, pois Paulo estava simplesmente enunciando uma verdade oculta quando falou do nascimento do Cristo dentro do coração e do crescimento de uma vida superior às expensas da inferior. Isso também pode ser ensinado segundo linhas ocultistas, não místicas, no reconhecimento (pela ciência) da vitalização dos átomos permanentes (os centros de força dos invólucros ou substância), no desenvolvimento do lótus egoico e no despertar de suas pétalas, e na revelação final da joia no lótus.

Tudo que podemos dizer a respeito do homem pode ser afirmado a respeito do Logos, numa escala inconcebivelmente maior. À proporção que o homem descobre as leis de suas próprias envolturas - as leis da substância - ele está se assegurando da natureza dos fogos do homem exterior, ou Fohat, quando Ele vitaliza o veículo logoico; os fogos de suas próprias envolturas são aspectos de Agni, como fogo da matéria. Quando ele se assegura da natureza da consciência e das leis do desenvolvimento psíquico, ele está estudando a natureza da vitalidade do homem subjetivo e as leis do ser consciente e, desse modo, está estudando Agni quando Ele se manifesta como Luz e Irradiação Fria, brilhando através do veículo. Futuramente (pois o tempo ainda não é chegado), quando ele conseguir compreendera natureza de sua Mônada, a vida espiritual ou essencial, que está desenvolvendo a consciência por intermédio de seus envoltórios, ele descobrirá a natureza de Agni ao manifestar-Se como eletricidade pura. Todavia, embora isto não seja ainda possível, o que foi dito a respeito das linhas de investigação que devemos seguir e a compreensão daquilo que pode eventualmente ser alcançado poderá impelir a mente dos homens a voltar-se para o estudo do real e do verdadeiro.


Notas:

86 A Vida e as Vidas. H.P.B. diz na Doutrina Secreta: “O ocultismo não aceita nada inorgânico no cosmos. A expressão usada pela ciência ‘substância inorgânica’ significa simplesmente que a vida latente, dormitando nas moléculas da chamada ‘matéria inerte’ é irreconhecida. Tudo é Vida, e cada átomo, mesmo da poeira mineral, é uma Vida, embora esteja além da nossa compreensão e percepção... A Vida, portanto, existe em toda parte no Universo... onde existir um átomo de matéria, uma partícula ou uma molécula mesmo na sua mais sutil condição gasosa, há vida, ainda que seja latente e inconsciente". D.S.I, 269,281,282.
87 A Vida e as Vidas. 1. Tudo vive e é consciente, porém, toda vida e consciência não é semelhante à humana. D.S.I, 79. a. A Vida é a única forma de existência que se manifesta na matéria. b. A Matéria é o veículo para a manifestação da alma. c. A Alma é o veículo para a manifestação do Espírito. Portanto: o 1o Logos, o 2o Logos e o 3o Logos cooperam. Ilustração: A Vida do 3o Logos - animando os átomos da matéria. A Vida do 2° Logos - animando as formas, ou agregado de átomos. A Vida do 1o Logos - animando as formas compostas. 2. A vida una sintetiza esta triplicidade. Vamos aplicar isto ao Macro e ao Microcosmos. Fohat, Prana, Eletricidade, Fluído Magnético - todos estes termos se aplicam a esta vida vitalizadora. O Microcosmo é animado e vitalizado pelo prana e suas ações são controladas pelo Pensador imanente. O Macrocosmo é animado e vitalizado por Fohat; suas ações são controlada por essa Inteligência que lhe dá forma, e que nós chamamos o Logos.
88 “...Agni, que é a fonte de tudo que dá luz e calor. Assim, há diferentes espécies de Agni (fogo); mas, quaisquer outros fogos, que possam existir, nada mais são que ramificações de Agni, o imortal”. (Rig Veda, 10, 59 I). A divisão primária de Agni é trípllice. “Agni”, diz o Vishnu Parana, tem três filhos, Suchi, Pavamana, e Pavaka” (I, X). Suchi significa Saura, ou Fogo Solar; Pavamana significa Nirmathana, o fogo produzido pro fricção, como a fricção de dois pedaços de madeira; e Pavaka significa o vaidyuta, ou o fogo do firmamento, isto é, o fogo dos raios ou relâmpagos ou fogo elétrico. As fontes destes três fogos constituem as principais deidades mencionadas no Veda, a saber Surya, o sol, representando o fogo solar, Indra (e às vezes, Vayu), a deidade que produz a chuva, representando o fogo firmamento; e Agni, representado o fogo terrestre, o fogo produzido por fricção (Nirukta, VII, 4); e estes três - é preciso lembrar - são meras ramificações do Agni uno que, por sua vez, é uma emanação do Supremo Uno, como verá o leitor, pela descrição alegórica de Agni dada no Vischnu purana, como filho nascido da boca de Brahma. Agora, cada uma das tríplices forma de Agni tem numerosas subdivisões, de acordo com a natureza dos raios emitidos pelo grande astro”. O Teosofista, Vol. VII, p. 196.
89 Na Doutrina Secreta, H.P.B. refere-se à “...solução do enigma ...diante do qual até o mais elevado Dhyan Chohan tem de se inclinar em silêncio e ignorância - o Inexprimível Mistério daquele que é chamado na vedanta, Parabrahman”. D. S., I, 352.
90 90 Bíblia. Provérbios IV, 18.

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