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Livros de Alice Bailey

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Índice Geral das Matérias

Seção Dois - Divisão D - Elementais do Pensamento e Elementais do Fogo
I. Pensamentos-Forma
1. Sua Função
2. As Leis do Pensamento

Nesta Divisão D, vamos delinear de forma breve o estudo que faremos sobre este vastíssimo assunto, pois como ele definidamente diz respeito à evolução do homem e ao seu eventual poder de criar, seria conveniente apresentar o assunto com alguns detalhes.

Não é minha intenção oferecer dados interessantes a respeito dos devas. Procuro apenas abordar o assunto em sua aplicação prática, para o homem, e dar os necessários conhecimentos que permitirão que ele controle e construa seu próprio sistema, compreenda o método de criação e entenda um pouco dessas vidas menores, e da evolução dévica paralela que lhe diga respeito.

I. PENSAMENTOS-FORMA

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1. Sua Função

Observem que ao estudar este assunto nós não começamos com o que é mais aparente, ou seja, com a forma exotérica na matéria mental, mas sim com a vida interna, ou a Ideia no interior da forma, e com as Leis que governam o aspecto criativo. Esta função de todos os pensamentos-forma é tríplice:

Responder à vibração.
Fornecer o veículo para uma ideia.
Levar a cabo um propósito específico.

Vamos estudar primeiro o pensamento-forma logoico e, a seguir, voltar nossa atenção para os pensamentos-forma construídos pelo Pensador a partir dos planos mentais sistêmicos e na matéria mental. É preciso observar que, no caso do Logos, tudo que temos para basear nossas conclusões resume-se à Sua manifestação física, Sua qualidade, Sua natureza psíquica, aroma, emanação ou magnetismo tal como os vemos operando por meio da forma. Daí nossa grande limitação.

a. Resposta à Vibração. Os ocultistas sempre reconheceram que todo o objetivo da evolução humana é capacitar o Pensador a responder a qualquer contato, plena e conscientemente, utilizando sua envoltura material, ou envolturas, como adequados transmissores de tais contatos. O pensamento-forma humano que pode ser mais facilmente estudado é aquele que o Ego cria para funcionar através dele. Ele constrói seus envoltórios pelo poder do pensamento, e o corpo físico denso é o melhor invólucro que - em qualquer particular etapa da evolução - ele pode por enquanto construir. O mesmo podemos dizer a respeito do Logos solar. Pelo poder do pensamento, Ele constrói um corpo que pode responder àquele grupo de vibrações que estão relacionadas ao plano físico cósmico, que é o único que nós podemos estudar, embora ele não seja ainda adequado, e não expresse plenamente o Pensador logoico.

São inúmeras as vibrações a que o pensamento-forma sistêmico tem de responder mas, para nossos propósitos, vamos enumeraras sete principais.

1. As vibrações do plano físico cósmico, considerando-o como a matéria total daquele plano que existe fora do círculo-não-se-passa logoico. Isto diz respeito aos fluidos e correntes prânicas e akáshicas.

2. As vibrações do plano astral cósmico, à medida que elas afetam a forma física da divina manifestação. Isto envolve cosmicamente a ação exercida sobre o nosso Logos solar pela qualidade emocional de outras entidades cósmicas, e diz respeito ao efeito magnético que sobre Ele exercem suas emanações psíquicas. Devido ao fato de que Seu corpo físico denso é um princípio, estas emanações psíquicas são de natureza mais potente do que o primeiro grupo de vibrações, tal como é o caso na evolução humana.

3. As vibrações daquilo que, dentro da consciência logoica, é reconhecido como o Eu Superior logoico, ou Sua fonte emanadora. Isto traz o sistema solar para dentro do raio vibratório de certas constelações que ocupam uma posição de profunda importância na evolução geral do sistema.

4. As vibrações emanadas de Sírio via o plano mental cósmico.

5. As vibrações dos sete Rishis da Ursa Maior, e principalmente daqueles dois Que são os Protótipos dos Senhores do sétimo e do quinto Raios. Este é um ponto importantíssimo que tem sua correspondência microcósmica no lugar que tem o sétimo Raio na construção do pensamento-forma, e o uso do quinto Raio no trabalho de concreção. Todos os magos que trabalham com a matéria e se ocupam com a construção da forma, seja consciente ou inconscientemente, evocam esses dois tipos de força ou energia.

6. Certas vibrações muito remotas - por enquanto, tão pouco notadas no Corpo logoico quanto não são notadas as vibrações monádicas pelo homem comum - partindo DAQUELE SOBRE O QUAL NADA PODE SER DITO, essa Existência Que Se está expressando através de sete centros de força, dos quais o nosso sistema solar é um deles.

7. Uma série de vibrações que se tornarão mais potentes à medida que o nosso Logos se aproximar daquele período que é ocultamente chamado “Divina Maturidade”, e que emanam daquela constelação nos Céus que personifica Seu oposto polar. Este é um profundo mistério e diz respeito ao casamento cósmico do Logos.

Será pois aparente, que pouca coisa podemos por enquanto dizer quanto ao futuro do sistema solar, até que as vibrações da sexta e sétima ordens se tornem mais potentes, e assim seus efeitos possam ser mais facilmente estudados. A única coisa que podemos fazer por enquanto é indicar os sete tipos de vibrações às quais o nosso Logos solar (funcionando num corpo material) responderá, no devido tempo, plena e conscientemente. Ele responde às vibrações da primeira, segunda, terceira e quarta ordens plenamente nesta época, embora, por enquanto, não possa utilizar conscientemente esses tipos de energia. Ele reconhece a vibração da quinta ordem, particularmente em três dos Seus centros, mas ainda não tem pleno controle sobre ela. As outras duas são pressentidas e sentidas, porém tão remotamente, que é como se estivessem fora do raio de Sua consciência.

Ao desenvolver estas ideias relacionadas com o homem e os pensamentos-forma que ele constrói (como, por exemplo, seus envoltórios materiais) a analogia pode ser formulada dentro do sistema, e a partir do ponto de vista dos esquemas planetários nos quais o homem tem seu lugar. Quanto ao trabalho que o homem realiza ao construir formas mentais estranhas a si mesmo será abordado mais tarde.

Os métodos pelos quais é provocada a resposta vibratória podem ser enunciados assim:

Através do fator do tempo na evolução.

Através da estimulação extrassistêmica e intenso treinamento, seja para um Logos ou um homem.

Através do processo da Iniciação, e da aplicação dos Cetros de Iniciação.

O fator da evolução é reconhecido e estudado por muitas escolas de pensamento, tanto esotéricas quanto exotéricas. A estimulação extrassistêmica envolve um grande número de fatores, mas os dois que precisam ser lembrados são que esta estimulação será aplicada:

Através do grupo à unidade.
Através de um Reino da Natureza mais evoluído a um menos evoluído.

Quanto ao terceiro fator da Iniciação, é preciso ter em mente que, aqui, estamos considerando apenas as grandes iniciações, e não as numerosas expansões de consciência que podem ser percebidas e acompanhadas em todos os reinos e todas as manifestações.

Em relação ao que foi dito acima sobre a função primordial de um pensamento-forma (o poder de responder à vibração), quero enfatizar a necessidade de lembrar que a resposta precisa ser dada pela Ideia interna corporificada que, através então de uma complexa ação reflexa, evocará resposta da envoltura material que a oculta. A vibração é o resultado do impulso subjetivo, e atrai a consciência subjetiva através do impacto sobre seja o que for que nós entendamos como substância; este impacto é transmitido diretamente para a vida interna e, no devido tempo, é retransmitido para a substância na forma de reconhecimento ou compreensão. Um processo análogo pode ser estudado nas reações nervosas da estrutura física, e sua conexão com a consciência cerebral.

Como será visto nos três mundos do esforço humano, o homem trabalhará como um Criador, e seguirá um procedimento similar. Seus pensamentos-forma serão construídos de matéria mental, especificamente escolhida, porque o seu tipo de vibração é o mesmo da vibração da Ideia que busca corporificar-se, e essas formas persistirão - tal como persiste o pensamento-forma logoico, o sistema solar - pelo mesmo tempo que o fator da Vontade, ou vitalidade dinâmica, as mantenha unidas.

Isto nos leva ao nosso segundo ponto:

b. Providenciar um Corpo para uma Ideia

Neste enunciado temos latente o princípio básico da encarnação, da atividade e, até mesmo, da própria existência. Ele envolve a expansão da nossa ideia quando inclui o plano mental cósmico ao considerar o Logos, e quando se estuda a faculdade criativa do homem, somos levados para o plano mental do sistema solar. Quero apresentar aqui um pensamento fundamental que merece uma cuidadosa reflexão: Este impulso criativo, esta tendência para a concreção do abstrato, esta inerente habilidade para “tomar forma” tem sua máxima expressão, por enquanto, na matéria física. A razão de ser assim é que - para o homem - todas as substâncias com as quais ele cria, todas as formas que ele constrói, e todos os processos de concreção que ele leva a termo, são criados, construídos e levados a termo dentro do corpo físico do Logos. Nisto podemos encontrar a razão da ênfase dada à natureza do aspecto sexual e da reprodução física. Isto se observa em todos os reinos da natureza, com exceção do primeiro e do quinto. Este é um ponto de máximo significado, e as exceções devem ser estudadas em sua mais ampla conotação, uma vez que elas contêm o mistério básico do sexo no caminho involutivo e no caminho evolutivo. Nesses dois caminhos, temos os dois extremos. Seguramente terão notado que, à medida que a ideia de que o sistema solar é o veículo físico do Logos e Seu corpo de manifestação é realmente captado, muitos problemas serão elucidados, e dois pontos, em especial, serão gradualmente apreendidos pelo estudante, se ele meditar e estudar:

Primeiro: Que no devido transcurso do tempo, à medida que o Logos alcança a liberação das peias da matéria física, o objetivo inteiro do sistema solar será visto como uma ideia ou conceito, revestido com um véu ou envoltório de matéria mais sutil do que a física, e o corpo logoico será visto como o produto da vontade e desejo, e a matéria física em qualquer de seus graus não entrará na sua composição; ele será simplesmente um corpo de desejo. Isto resultará numa condição inconcebível para nós, e que será somente percebida parcialmente pelo homem que possa funcionar no plano búdico sistêmico, o quarto éter cósmico. Tenham em mente que o nosso plano astral é apenas o sexto subplano do plano físico cósmico, e que isto não nos oferece qualquer base real para raciocinarmos sobre o plano astral cósmico. Somente quando o plano astral for um tranquilo receptor do impulso búdico, ou um refletor líquido desse plano (o que só acontecerá no fim do mahamanvantara) é que seremos capazes de formular quaisquer ideias sobre o plano astral cósmico.

Segundo: Que todo o aspecto sexual da manifestação como nós o entendemos nos diferentes reinos da natureza é uma expressão da energia do Logos à medida que ela flui através daquele centro, em Seu corpo, que corresponde aos órgãos genitais e, ao fluir, os estimula. Todas as funções criativas da família vegetal, animal e humana, vistas como um todo, são, por enquanto, puramente físicas, e baseadas no desejo inferior. O desejo do Logos pela encarnação física é ainda a nota dominante. Mais tarde, esse Seu desejo tornar-se-á menor, e será transmutado em desejo pela criação em níveis mentais apenas. É isto que traz à atividade o aspecto Destruidor, que conduz ao eventual obscurecimento e à “morte” física do sistema solar. A indicação de que este aspecto está reunindo poder será vista quando dois grandes acontecimentos surgirem:

a. A habilidade que o homem terá para conscientemente criar nos níveis mentais, e a consequente transmutação dos seus impulsos sexuais inferiores em impulsos superiores.

b. A vitalização mental de uma outra grande parte do reino animal.

Quando estas duas coisas se estiverem desenvolvendo em qualquer ronda, será indicação de uma decidida polarização mental do Logos; nós só poderemos chegar a conhecer isto pelo estudo de Seu corpo de manifestação em suas partes componentes.

O que afirmamos aqui sobre o pensamento-forma logoico pode igualmente dizer-se de um Homem Celestial e de um esquema planetário. À medida que sua polarização cósmica se torna mais mental, e a natureza cósmica de Seu desejo se transmuta, veremos que a força que atua através de Seus centros vai mudando de direção; Ele retirará forças certamente de seus centros e globos inferiores; Ele deixará de interessar- se pela encarnação física, e oportunamente Se retirará para dentro de Si Mesmo. Seu pensamento-forma revelará uma gradual diminuição de vitalidade; o globo físico denso morrerá e desaparecerá da objetividade, e outros globos manterão temporariamente Sua vida, embora não por muito tempo. No devido curso do tempo, o esquema todo será obscurecido, e Ele funcionará somente no Seu corpo astral cósmico.

O mesmo acontece com uma cadeia e a Vida que lhe dá forma, considerando uma cadeia simplesmente como um centro no corpo do Logos planetário, embora possuindo seu próprio fator central. Podemos observar isto na Lua, de modo bastante interessante. O desejo de seu Ocupante não mais estava voltado para a manifestação física, e Ele portanto retirou dela a Sua vida, e tudo que restou foi uma concha desvitalizada. Os outros dois aspectos desapareceram, e somente o terceiro aspecto, a vida inerente à própria matéria, permanece, para dissipar-se gradualmente à medida que os séculos transcorrem. Em relação ao homem, vemos uma condição semelhante na gradual desintegração do corpo físico após a morte; os outros dois aspectos são removidos, e a forma se decompõe.

Quando estes fatos fundamentais forem compreendidos, e o homem começar a apreciar sua posição como Criador, todo o conceito da questão sexual também mudará; serão enfatizadas as leis da criação mental, e a formulação de pensamentos-forma de modo científico enquanto o aspecto físico denso da criação permanecerá em latência. Quando isto se tornar um fato, o homem então tomará posse de seu direito divino, e o reino humano exercerá sua legítima função. O aspecto sexual - tal como se expressa atualmente - e todo o processo de reprodução, é algo que o homem compartilha com o reino animal, e está baseado nos seus instintos animais e sua natureza física densa, a qual não é um princípio. Quando o homem estiver totalmente emancipado do reino animal, e o terceiro e quarto reinos se mostrarem distintos um do outro, então, a natureza sexual e os órgãos de reprodução serão considerados, pelo homem comum, de modo muito diferente do atual. A criação será então o resultado de impulsos do pensamento e não de impulsos do desejo; uma vez que o impulso inicial no plano mental tenha sido dado, todo o processo se desenvolverá de forma tão normal, tão segura, e tão inconsciente como agora é o ato de respirar. Quando isto acontecer, num futuro ainda bem distante, a reprodução física continuará, porém, falaremos sobre a forma física em termos de concreção e de energia, e a ênfase será dada àquilo que virá a ser corporificado. Nós chegaremos a este estágio quando as funções do corpo etérico forem cientificamente entendidas, e as leis do pensamento criativo forem tema do conhecimento público. Essa etapa coincidirá com um período em que o reino animal estará, de novo, sob impressão manásica, e a individualização será mais uma vez permitida.

Nessa época, será reconhecido de modo geral que Espírito-matéria são dois aspectos da Unidade, e a terminologia atual de Espírito e substância material terá sido substituída pelo conceito mais amplo de energia negativa e positiva como os dois aspectos da Energia Una. Então, todos os fenômenos serão expressos em termos de força, e a questão sexual - ou a união de macho e fêmea, o negativo e o positivo, no plano físico - será redimida e purificada.

Uma ideia corporificada, portanto, é literalmente um impulso positivo, emanado de níveis mentais, e revestido de um véu de substância negativa. Por sua vez, esses dois fatores serão considerados como emanações partidas de um centro de força ainda maior que expressa o propósito através de ambos.

Um pensamento-forma, como o que é construído pelo homem, é a união de uma emanação positiva e outra negativa, e ambas são as emanações de uma Unidade, o Pensador coerente.

c. Executar um Propósito Específico. Tocamos aqui no elemento mais vital quando se trata da construção dos pensamentos-forma. No nosso primeiro ponto, tratamos do aspecto consciência, ou “resposta à sensação, ou sentimentos”, e desse modo trouxemos para o nosso estudo do processo de construção o segundo aspecto logoico, o Ego ou a realização da dualidade essencial. No nosso segundo ponto, tratamos mais detalhadamente do aspecto objetivo e da forma tangível, introduzindo assim o terceiro aspecto logoico, o da substância inteligente, ou aquilo através do qual a consciência procura expressar-se. Agora vamos considerar o aspecto propósito, o primeiro aspecto logoico, ou a “vontade de ser”. Quando meditamos sobre este terceiro ponto com cuidado, notamos (como era de se esperar) que ele inclui os outros dois, e os sintetiza.

Certos fatores precisam ser levados em conta quando consideramos as palavras “propósito específico”. Vamos classificar esses fatores, na tentativa de esclarecer este tema tão complexo. As ideias envolvidas são:

O Fator da Identidade. Propósito específico é a aplicação prática da vontade, ou intento, de uma Existência inteligente e consciente ao mostrar-se em:

a. Sua fonte.
b. Sua missão.
c. Seu método.
d. Seu objetivo.

Todos estes quatro pontos variarão de acordo com a natureza da Identidade emanadora. Todos os pensamentos-forma - logoicos, planetários e humanos - pois nenhuma outra entidade de grau menor trabalha como um criador mental, emanam de uma mente, são construídos com o propósito de levar a termo algum trabalho ativo, demonstram-se segundo regras e leis determinadas, e têm uma meta definida, ou consumação esperada.

O Fator Tempo. O propósito específico no sistema solar é a gradual evolução de um plano definido originando-se na Mente do Logos, e lenta e ciclicamente alcançando a consumação. Três vastos períodos de tempo são consumidos neste processo:

• O período de construção, no qual a forma é construída.

• O período de utilização, no qual a forma é ocupada, vitalizada por uma Vida central e utilizada.

• O período de dissolução, no qual a forma é desvitalizada, destruída e dissipada.

Na primeira etapa, tudo que diz respeito ao tangível, e tudo que lida com a objetividade, é o mais enfatizado como de suprema importância. Na segunda etapa, a da vida dentro da forma, ou a consciência subjetiva, assume gradualmente a maior importância, e a qualidade, ou a psique do pensamento-forma, torna-se aparente. Na etapa final, o pensamento-forma (tendo realizado sua missão), separa-se em sua dualidade básica, e a vontade, ou energia (que permanece, como uma unidade, por trás da dualidade), põe fim ao seu intento. A vida objetiva (espiritual, quando se trata de pensamentos-forma cósmicos; vida manásica, quando pensamentos-forma solares são construídos; e vida elemental, quando são construídos pensamentos-forma humanos) se retira e a forma é dissipada.

Em todos estes casos, é evidente que somente ao estudarmos o desenvolvimento da qualidade do pensamento-forma, é que o seu propósito será revelado; somente à medida que seus processos emanativos sejam compreendidos é que a natureza de sua missão será reconhecida. Isto é fundamentalmente verdadeiro a respeito de todas as formas. Quando se trata de formas relativamente de pouca importância - como as que são construídas pelo homem nesta época - isto é facilmente descoberto e, para o clarividente treinado, cada forma revela através de:

Sua cor,
Sua vibração,
Sua direção,
E sua nota-chave,

a natureza de sua vida interior, a qualidade de sua vibração e a natureza de sua meta. Na soma de todos estes pontos, o propósito será revelado.

O Fator do Carma. Devido ao efeito que produzem, todos os pensamentos estão sujeitos à Lei do Carma. Na atual etapa da história do sistema - essa vasta etapa de transição entre a vida física densa e a existência no corpo etérico logoico - não nos é fácil estabelecer a diferença entre os pensamentos-forma que são efeitos e aqueles que são causas. É preciso lembrar aqui que somente os senhores cósmicos e solares formulam pensamentos. Nenhum senhor lunar, nem inteligências menores o fazem. Portanto, os dois grupos antes mencionados estão sujeitos à lei cármica. Somente eles são autoconscientes e, portanto, responsáveis. Onde não existe autoconsciência, tão pouco existe responsabilidade. Por essa razão, os animais não são considerados responsáveis, e embora eles sofram no plano físico, e nos seus veículos físicos, estão livres de carma nos planos sutis, porque eles não possuem memória nem poder de previsão; falta-lhes a faculdade correlacionadora e, como lhes falta a centelha da mente, eles ficam livres da lei da retribuição, exceto no que diz respeito ao corpo físico. A razão do sofrimento no reino animal está oculta no mistério do pecado dos sem mente, (80) e naquele terrível período do que fala a Doutrina Secreta, o qual resultou em abortos e transgressões de todos os tipos. Não fora este período e este particular tipo de “malogro do propósito”, nós não teríamos esta terrível condição cármica que existe agora entre o terceiro e quarto reinos da natureza.

O efeito da vida e duração de um pensamento-forma maléfico e destrutivo revela-se como “mau carma” no grupo a que pertence o seu criador. É a isto que nos referimos quando dizemos que uma ação boa e altruísta não produz carma.

O Fator dos Construtores Menores. Entra aqui um interessantíssimo fator sobre o qual nos estenderemos mais adiante, quando estudarmos os elementais. O propósito específico de um pensamento-forma está muito estreitamente ligado ao tipo de essência dévica com a qual foi construído e, em relação ao homem no plano mental, com o tipo de elemental que ele, homem, pode controlar e enviar, como o ocupante e agente vitalizador do pensamento-forma. Falando em linhas gerais, um Logos solar trabalha somente através dos Construtores maiores, os Manasaputras em Seus vários graus, nos dois planos superiores do sistema solar, enviando-Os com a missão de construir e vitalizar o pensamento-forma sistêmico, tendo em vista um propósito específico. Os Logoi planetários trabalham principalmente através dos Construtores dos três planos seguintes (atma-buddhi-manas), os quais constroem e controlam o trabalho dos esquemas planetários. Os homens trabalham através dos construtores dos planos mentais inferiores e os do plano astral, uma vez que os pensamentos-forma humanos são camamanásicos; os construtores do plano físico são automaticamente conduzidos à ação pela força das correntes e energias postas em ação na matéria mais sutil, pelos grandes Construtores.

A tabulação anexa pode tornar isto claro.

Se ela for cuidadosamente estudada, veremos que a enumeração quíntupla refere-se aos mais importantes reinos da natureza, enquanto que as duas últimas são particularmente interessantes, porque o reino mineral não pode de forma alguma ser considerado um princípio, pois é simplesmente o mais denso ponto de concreção do abstrato, enquanto que o reino vegetal ocupa um lugar peculiar na economia do sistema como o transmissor do fluido prânico vital; este reino é definidamente uma ponte entre o consciente e o inconsciente, usando estas palavras no seu sentido mais amplo e geral. Embora sabendo que o reino mineral tem uma consciência própria, a sensação é mais facilmente reconhecida no segundo reino; a distinção entre a consciência do mineral e a do animal é tão vasta que suas respectivas consciências são basicamente distintas. Entre elas, encontra-se o reino vegetal, aproximando-se mais da consciência animal do que da consciência mineral, além de ter uma especial relação esotérica com a evolução dévica.

TABELA IV
AS ENTIDADES CONSTRUTORAS

Qualidade Entidades Centros Persona-lidade Física Reino
1. Atma Logos Cabeça (cérebro) O Grande Homem Celestial Sétimo Unidade
2-3. Buddhi Manas Logos Planetário Coração e Garganta Homens Celestiais Sexto e Quinto Dualidade
4. Mental Homem Plexo Solar
Base da Coluna
Homem Quarto Triplicidade
5. Astral Animal Órgãos Geradores   Terceiro Dualidade
6. Etérico Vegetal Baço   Segundo Transição
7. Denso Mineral Nenhum   Primeiro Unidade

Todos estes reinos da natureza são “formas de pensamento”; todas têm corpo, qualidade e propósito, e todas são enviadas por uma vida maior do que as suas próprias, para uma específica missão; elas são enviadas por vidas que são autoconscientes e uma mescla de mente, espírito e forma objetiva. Somente as vidas autoconscientes podem criar, e somente elas são capazes de evidenciar propósito, coordenação, direção e controle.

Embora possa parecer que muita coisa ficou por ser dita, se o estudante der a devida atenção aos quatro pontos relacionados ao “propósito” num pensamento-forma, ele descobrirá muitas coisas por si mesmo.

Ao estender estas ideias a um Logos solar, muitas questões interessantes surgirão, as quais só serão proveitosas se servirem para expandir o conceito e alargar o horizonte do Pensador. O propósito logoico ainda não é compreensível para o homem; de nada lhe servirá meditar sobre ele; porém, na formulação de ideias e na sua percepção pelos pensadores, pode chegara gradual aurora de um dia de reconhecimento e uma subsequente cooperação com esse propósito divino. Vamos agora, pois, formular algumas dessas questões deixando que o futuro revele a resposta:

1. Qual poderá ser o propósito da atual encarnação do Logos solar?

2. Qual será o propósito que talvez esteja sendo elaborado no nosso próprio esquema; e qual será o plano básico do nosso Logos planetário?

3. Em quê ele diferirá de outros esquemas planetários?

4. Qual será o propósito que está por trás da relação existente entre nossa Terra e Vênus?

5. Será possível determinar, de algum modo, qual é o propósito do reino animal como um todo?

6. Qual será o propósito por trás da evolução da atual raça-raiz? Poderemos alcançá-lo?

7. Qual será o propósito por trás das diferentes formas nacionais?

Vamos agora trazer essa ideia a uma base mais prática, e formular questões segundo as linhas seguintes:

1. Qual o tipo de matéria que eu geralmente utilizo para formular meus pensamentos?

2. Qual é a qualidade psíquica de meus pensamentos-forma?

3. Com que propósito específico uso eu a matéria mental?

4. Eu trabalho na matéria mental de forma consciente ou inconsciente?

5. Vitalizo meus pensamentos-forma com uma entidade de ordem superior ou inferior?

6. Estudo as leis de construção?

7. Tenho consciência do poder da vontade para vitalizar os pensamentos-forma?

8. Destruo os pensamentos-forma - por um ato consciente da vontade - depois que eles cumprem o seu propósito?

9. Construo formas que produzem efeitos cármicos, ou formas que trazem benefícios para o grupo?

Muitos outros pensamentos podem surgir, e ao estudá-los aprendemos as leis do ser.

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2. As Leis do Pensamento

Há três grandes leis que poderíamos chamar de leis fundamentais do cosmos, daquele sistema maior (reconhecido por todos os astrônomos), do qual formamos parte, e sete leis inerentes ao sistema solar. Estas sete leis podem ser consideradas secundárias, embora, sob o ponto de vista da humanidade, elas pareçam as mais importantes.

a. Três Leis Cósmicas. A primeira das leis cósmicas é a Lei da Síntese. É quase impossível, para aqueles que ainda não desenvolverem a faculdade búdica, compreender o alcance desta lei. É a lei que demonstra o fato de que todas as coisas - abstratas e concretas - existem como uma única coisa; é a lei que governa o pensamento-forma daquele Uno dos Logoi cósmicos em Cuja consciência nosso sistema, e nosso centro maior, desempenham a sua parte. É uma unidade de Seu pensamento, um pensamento-forma em sua inteireza, um todo concreto, e não o processo diferenciado que nós pensamos ser o nosso sistema em evolução. É a soma total, o centro e a periferia e o círculo de manifestação considerados como uma unidade.

A segunda lei é a Lei de Atração e Repulsão. Fundamentalmente, esta lei descreve a compulsiva força de atração que mantém nosso sistema solar ligado ao sistema de Sírio que mantém nossos planetas girando em torno de nossa unidade central, o Sol; que mantém os sistemas menores de matéria atômica e molecular circulando ao redor de um centro, no planeta; e que mantém a matéria de todos os corpos, no plano físico, e a matéria dos corpos sutis, coordenada ao redor de seus microcósmicos centros.

A terceira lei á a Lei da Economia, a lei que ajusta tudo que diz respeito à melhor vantagem possível, com o menor dispêndio de força. Esta lei faz perfeito cada átomo do tempo, e cada período eterno, e impele tudo para frente, para cima e até sua conclusão com o mínimo esforço possível, com o apropriado ajustamento do equilibrium e com a necessária medida de ritmo. Desigualdade de ritmo é, na realidade, uma ilusão do tempo, e não existe no centro cósmico. É preciso refletir sobre isto, pois nisto reside o segredo da paz, e é preciso apreender o sentido da palavra conclusão, pois ela descreve a próxima expansão da consciência racial, e tem um significado oculto.

Na nomenclatura destas leis muita coisa é perdida, pois é quase impossível expressar abstrações por meio de palavras, sem que se perca algo do sentido interno da ideia. Nestas leis temos mais uma vez demonstrada a ideia da triplicidade:

A Lei de Síntese O Aspecto Vontade 1° Aspecto.
A Lei da Atração O Aspecto Amor 2° Aspecto.
A Lei da Economia O Aspecto Atividade 3° Aspecto.

b. Sete Leis Sistêmicas. Subsidiárias a estas três leis maiores, temos as sete leis do nosso sistema solar. Novamente rege a lei da analogia, e as três se tornam sete como tudo mais no sistema logoico. Em cada uma destas sete leis, encontramos uma interessante correlação com os sete planos:

1. A Lei de Vibração, a base da manifestação, começando no primeiro plano. Esta é a lei atômica do sistema, no mesmo sentido de que - em cada um dos planos - o primeiro subplano é o plano atômico.

2. A Lei de Coesão. No segundo plano, a coesão aparece primeiro. Ele é o primeiro plano molecular do sistema e é o lar da Mônada, manifestando-se aí a coerência divina.

3.A Lei de Desintegração. No terceiro plano, o super-homem quíntuplo descarta-se finalmente de todos os seus invólucros. Um Chohan da 6a Iniciação descarta-se de todos os seus invólucros abaixo do veículo monádico até o físico.

4. A Lei de Controle Magnético domina predominantemente no plano búdico e, no desenvolvimento do controle desta lei, está oculto o controle da personalidade pela Mônada através do corpo egoico.

5. A Lei de Fixação demonstra-se principalmente no plano mental e tem uma estreita relação com manas, o quinto princípio. A mente controla e estabiliza, trazendo como resultado a coerência.

6. A Lei do Amor é a lei do plano astral. Seu objetivo é transmutar a natureza do desejo, ligando-a ao magnetismo superior do aspecto amor no plano búdico.

7. A Lei do Sacrifício e Morte é o fator controlador do plano físico. A destruição da forma a fim de que a vida em evolução possa progredir, é um dos métodos fundamentais do processo evolutivo.

A Lei Intermediária do Carma. Há também uma lei intermediária, que é a lei sintética do sistema de Sírio. Essa lei é conhecida pelo termo genérico de Lei do Carma e, realmente, indica o efeito que o sistema de Sírio tem sobre o nosso sistema solar. Cada um dos dois sistemas, no que diz respeito à sua economia interna, é independente no tempo e espaço ou, em outras palavras, em sua manifestação. Praticamente, quase não produzimos efeito sobre o nosso sistema solar, isto porque a ação reflexa é tão leve que é quase insignificante, porém efeitos muito claros e definidos são sentidos no nosso sistema através de causas produzidas em Sírios. Essas causas - quando experienciadas como efeitos - são chamadas por nós de Lei do Carma, e iniciaram originalmente o Carma do sistema, o qual, tendo entrado em efeito, constitui aquilo que chamamos Carma, na nossa literatura ocultista e oriental.

Os Senhores Lipika de nosso sistema, os Senhores do Carma sistêmico, são regidos por um Senhor mais graduado de Sírios.

Temos, portanto:

1. As três leis cósmicas de Síntese, Atração e Economia.
2. A lei Síria do Carma.
3. As sete leis do sistema solar.

Como já foi dito, nossas sete vibrações maiores são as vibrações do plano cósmico inferiores; é aí a nossa morada. O próprio Logos solar, coração do nosso sistema, encontra-se no plano astral cósmico, onde ele está polarizado. Assim como as unidades da quarta Hierarquia Criativa, a humana, estão evoluindo por meio do corpo físico, mas estão polarizadas atualmente nos seus veículos astrais, vimos também que o sistema solar objetivo forma o corpo físico do Logos, apesar de sua polarização estar no Seu corpo astral. É significativo que, neste manvantara maior, o Logos alcançará a quarta Iniciação cósmica. Um dado que pode ser esclarecedor é a correspondência que existe entre esta afirmação e o desenvolvimento da quarta raça-raiz e desta quarta ronda, a ronda astral. (81)

O sistema do Logos de Sírio encontra-se no plano mental cósmico, e de um modo sutil, incompreensível para nós, o nosso Logos solar, com o Seu sistema, forma uma parte de um Logos ainda maior. Isto não acarreta perda de identidade, embora o assunto seja abstruso demais para que possamos expressá-lo mais adequadamente. É nesta analogia que encontramos a ideia básica de todo o ensinamento já revelado a respeito do Grande Homem Celestial. Toda a concepção destas leis está ligada a esta ideia. Nós temos as três leis dos planos cósmicos superiores, sustentando, numa síntese de beleza, os sistemas maiores e menores. A seguir, temos a grande lei de Sírios, a Lei do Carma, no terceiro subplano do plano mental cósmico, lei essa que realmente controla nosso Logos e Suas ações, do mesmo modo que o Ego - no devido curso da evolução - controla a personalidade humana.

É preciso lembrar que, sob a Lei da Correspondência, nós deveremos ter um relacionamento, no Cosmos, semelhante àquele que existe, no microcosmos, entre o Ego e a personalidade. A sugestão é de molde a que a consideremos proveitosa para nós. Contudo, não devemos levar longe demais essa analogia. Como nós não evoluímos ainda a ponto de termos uma consciência planetária e menos ainda sistêmica, como podemos esperar sequer conceber o A B C da verdade cósmica? Apenas algumas vagas sugestões, conceitos e generalidades são, por enquanto, possíveis. De uma coisa podemos ter certeza, a de que a identidade sempre permanece.

Permitam-me explicar por meio de uma ilustração.

Cada um de nós, no devido processo da evolução, forma parte de um dos Homens Celestiais, os Quais por Sua vez, formam os sete centros naquele Homem Celestial maior, o Logos. Contudo, embora estejamos submersos no todo, nós não perdemos nossa identidade, mas sim permanecemos como separadas unidade de consciência, embora unos com tudo que vive ou é. Do mesmo modo, o nosso Logos não perde Sua identidade, muito embora Ele forme parte da Consciência do Logos de Sírio. Por Sua vez, o Logos de Sírio é um dos sete Grandes Homens Celestiais, que são os centros no corpo de AQUELE SOBRE O QUAL NADA PODE SER DITO.

As Leis e os Planos. Enquanto estudamos as sete leis do sistema solar, poderíamos tomá-las plano por plano, indicando três coisas:

1. Estudar seus efeitos ao se manifestarem no caminho da involução.

2. Ao se manifestarem no caminho da evolução ou retorno.

3. Podemos também abordar as leis na medida em que elas afetam os organismos humanos e dévicos que evoluem por seu intermédio.

Ao fazer isto, obteremos uma ideia geral de como este nosso sistema - que é o pensamento-forma do Logos - foi gradualmente construído, como é controlado e mantido unido, e quão numerosas e intricadas são as suas inter-relações. Presumo que já tenham sido aceitas certas hipóteses fundamentais, que formam a base para tudo que vou dizer. Precisamos admitir, antes de mais nada, que um Construtor, ou alguma Mente Criativa, está trabalhando a fim de apresentar uma produção ordenada e tentando manifestá-la por intermédio de um objetivo demonstrável, visível. O universo objetivo nada mais é do que o produto de alguma mente subjetiva. A seguir, temos que admitir que o material para a construção deste universo é o fruto de algum sistema anterior, é tudo que sobrou de um produto completo no passado. Tendo admitido a hipótese do Construtor e do material, temos agora que aceitar a proposição de que este Construtor prossegue com Sua construção sob algumas leis definidas que guiam Sua escolha do material, que controlam a forma que Ele erige, e que Lhe indicam o processo a ser seguido para a consumação de Sua ideia. É preciso não esquecer que três grandes símbolos se destacam, na mente do Logos, para cada um de Seus três sistemas, que o todo existe para Ele como um pensamento-forma concreto, pois Ele está aprendendo a manipular a matéria do plano mental cósmico em níveis concretos, do mesmo modo que o homem está trabalhando com as leis do pensamento e com a construção dos pensamentos-forma.

É impossível fazer mais do que presumir os símbolos dos sistemas passado e presente. Talvez, se pudéssemos visualizar uma suástica de cor verde brilhante com dez braços girando em ângulos retos e emanando de um radiante sol central, poderíamos fazer alguma ideia do pensamento- forma que formou a base do Sistema I, o sistema de atividade. O pensamento-forma para o segundo sistema inclui a suástica verde da primeira manifestação, acrescentando a ela círculos de cor azul, concêntricos e interligados em grupos de três, unidos por um grande círculo. Ambos os círculos, é claro, estão nas dimensões superiores. É desconhecido o símbolo para o próximo sistema. Depois de captar e admitir estas três ideias básicas, podemos prosseguir com a atuação das leis do sistema nos sete planos, lembrando sempre que, numericamente, corresponde a cada plano. Permitam-me ilustrar:

A quarta lei, o Controle Magnético, por exemplo, governa o quarto subplano de cada plano, na quarta ronda, e na quarta raça-raiz especialmente. Teremos, então, a seguinte correspondência:

4a Lei Controle Magnético.
4° Raio Harmonia ou Beleza
4° Plano O búdico.
4o Subplano Controle Magnético Búdico.
4a Ronda Magnetismo Físico Denso, controlando a manifestação sexual no plano físico, inspirado pelo desejo astral, o reflexo do búdico.
4a Raça-Raiz A Atlante, na qual se manifestaram especialmente as qualidades acima.

1. A Lei de Vibração. Esta é a lei do primeiro plano, a qual governa todos os subplanos atômicos de cada plano. Marca o começo do trabalho do Logos, que é pôr mulaprakriti em movimento. Em cada plano, a vibração do subplano atômico põe em movimento a matéria desse plano. É o ritmo chave. Podemos resumir o significado dessa lei nas palavras “luz” ou “fogo". É a lei do fogo, a lei que governa a transmutação das diferentes cores em sua síntese original. Controla a divisão do Uno em sete e depois, sua reabsorção no Uno. É, na realidade, a lei básica da evolução, que necessita involuir. É análoga ao primeiro movimento que o Logos executou para expressar-Se através deste sistema solar. Ele emitiu o Som, um Som tríplice, um som para cada um de Seus três sistemas, e assim deu início a uma ondulação no oceano do espaço. Com o passar do tempo, o Som cresce de volume, e quando atinge o máximo, quanto está completo, ele forma uma das notas do acorde cósmico maior. Cada nota tem seis subtons, os quais, com o primeiro, completam os sete. A Lei de Vibração, portanto, compreende dezoito vibrações menores e três maiores, formando as vinte e uma de nossos três sistemas. Dois multiplicado por nove (2x9) são dezoito, número chave do nosso sistema de amor. O número vinte e sete oculta o mistério do terceiro sistema.

No caminho da involução, as sete grandes Exalações, ou Sons, dirigiram-se para o subplano atômico de cada plano e ali, em seu pequeno mundo, a vibração básica repetiu o método de vibração logoica, dando lugar a seis exalações ou sons subsidiários. Temos aqui a mesma correspondência que na questão dos Raios, pois veremos que as linhas de vibração são 1-2-4-6. É lógico que seria assim, pois a involução é negativa, receptiva, e corresponde ao polo feminino, assim como os raios abstratos eram 2-4-6. Esta verdade requer alguma meditação e um esforço para pensar em termos abstratos. Ela está ligada ao fato de que o segundo sistema é receptivo e feminino; é um sistema que diz respeito à evolução da consciência da psique.

No caminho da evolução, esta lei controla o aspecto positivo do processo. Tudo é ritmo e movimento, e quando tudo que evolui em cada plano alcança a vibração do subplano atômico, então a meta é alcançada. Portanto, quando tivermos atingido as primeiras vibrações principais do subplano atômico e tivermos veículos aperfeiçoados para todas as evoluções (e não apenas a humana) da quíntupla matéria do subplano atômico, teremos então completado a ronda da evolução para este sistema. No próximo sistema, nós acrescentaremos as duas vibrações seguintes que completam a escala, e assim o nosso Logos terá terminado a Sua construção.

A quarta Hierarquia Criadora, a das Mônadas humanas, tem que aprender a vibrar positivamente, porém os devas seguem a linha de menor resistência; eles permanecem negativos, adotando a linha da passividade, a linha de submissão à lei. Somente as Mônadas humanas, e isso apenas nos três mundos, seguem a linha positiva, e pela resistência, luta, batalha e disputa aprendem a lição da divina submissão. Todavia, devido ao aumento da fricção ocasionado por essa luta, elas progridem com maior rapidez do que os devas. Elas têm que fazer isso, porque precisam recuperar o terreno perdido.

A Lei de Vibração é a lei do progresso, do movimento e da rotação. No plano mais baixo, o sétimo plano, a vibração é lenta, arrastada e letárgica, sob o ponto de vista do primeiro plano, e está aprendendo a vibrar ou girar mais rapidamente, a fim de que entremos no caminho do retorno. Isso envolve, necessariamente, em construir, com matéria mais refinada, os veículos dévicos e humanos. Neste segundo sistema, nos cinco planos da evolução humana - nós temos os cinco veículos - físico, astral, mental, búdico e átmico - que precisam ser purificados, sutilizados, intensificados e refinados. Nos dois veículos mais inferiores, o físico e o astral, encontra-se somente matéria dos cinco subplanos superiores, uma vez que os dois subplanos inferiores são baixos demais para corpos dévicos e humanos, e foram dominados no primeiro sistema. O corpo mental é o primeiro em que encontramos matéria de todos os subplanos. A meta da evolução para nós, humanos, é amor dominado pela inteligência - ou inteligência dominada pelo amor, pois a interação será completa. A raça humana entrou na cadeia num ponto em que, de modo natural, adotou corpos dos quintos subplanos astral e físico, e nisto podemos ver uma analogia na chegada dos Egos mais avançados na quarta raça-raiz.

2. A Lei de Coesão. Esta é uma das leis complementares da Lei de Atração, e é interessante observar como esta lei se demonstra de três maneiras neste sistema de Amor:

No plano da Mônada, como a lei de coesão, a lei do nascimento, se é que podemos usar este termo, resultando no aparecimento das Mônadas em seus sete grupos. O amor é a fonte, e as Mônadas de amor são o resultado.

No plano búdico, como a lei do controle magnético, mostrando-se como o aspecto amor-sabedoria irradiando-se do Ego, e finalmente reunindo em si mesmo a essência de toda a experiência adquirida, via o Ego, através das vidas da personalidade e totalmente controlada a partir do plano búdico. O magnetismo e a capacidade de expressar amor são, sob o ponto de vista ocultista, expressões sinônimas.

No plano astral, como amor demonstrando-se através da personalidade. Todos os ramos da lei de atração que se demonstram, neste nosso sistema, aparecem como uma força de integração, que tende à coerência, que resulta em adesão, e conduz à absorção. Todos estes termos são necessários para dar uma ideia geral da qualidade básica desta lei, que é uma das mais importantes das leis sistêmicas, se nos for permitido estabelecer diferenças; podemos denominá-la a lei da aglutinação.

No caminho da involução, ela controla a primeira concentração de matéria molecular, abaixo do subplano atômico. É a base da qualidade de atração que põe as moléculas em movimento e as impele para as necessárias agregações. É a unidade de medida dos subplanos. O subplano atômico estabelece o grau de vibração; em outras palavras, podemos dizer que a Lei de Coesão fixa a coloração de cada plano. É a mesma coisa em outras palavras. É preciso sempre lembrar, quando discutindo estes fundamentos abstratos, que as palavras obscurecem o significado, e servem apenas como sugestões e não como elucidações.

Durante a manifestação, a Lei cósmica de Atração controla todas estas leis subsidiárias, assim como a Lei de Síntese governa pralaya e o obscurecimento, e a Lei de Economia trata da execução geral do esquema logoico, segundo a linha de menor resistência. Durante a manifestação temos muito que fazer com a Lei de Atração e, ao estudar, verificaremos que cada lei subsidiária nada mais é do que uma diferenciação dessa lei.

Esta segunda lei do sistema governa especialmente o segundo plano e o segundo subplano de cada plano. Seria interessante ampliar este estudo e estabelecer as correspondências subjacentes, tendo sempre em mente que tudo que podemos fazer é indicar certos pontos e linhas de pensamento que - se forem seguidas - podem conduzir à iluminação.

O Segundo Raio e a Segunda Lei estão estreitamente aliados, e será interessante perceber que é no segundo subplano do plano monádico que a maioria das Mônadas têm o seu habitat; há umas poucas Mônadas de poder e vontade no subplano atômico, porém são poucas, e simplesmente formam um núcleo que está em preparação evolutiva para o terceiro sistema, o do poder. A maioria das Mônadas encontram-se no segundo subplano, e são as Mônadas do amor; no terceiro subplano, encontramos um bom número de Mônadas de atividade, porém em número bem menor do que o das Mônadas do amor. São as que fracassaram no primeiro sistema.

Há, como sabemos, um canal direto entre os subplanos atômicos de cada plano. Isto é mais ou menos aplicável a cada subplano e ao plano superior que numericamente corresponde a ele e há, portanto, um amplo canal direto entre o segundo subplano de todos os planos, o que permite que as Mônadas de amor se relacionem, com peculiar facilidade, com todos os seus veículos, quando compostos de matéria do segundo plano. Após a iniciação, o corpo causal é encontrado no segundo subplano do plano mental, e então começa o controle monádico.

Após terem vivido nos três mundos e terem atingido a meta, as Mônadas de amor retornam ao seu segundo subplano original, sendo essa também a meta das Mônadas de atividade que tenham desenvolvido o aspecto amor. Nos cinco mundos da evolução humana, esses dois grupos de Mônadas têm que controlar tanto a matéria atômica como a matéria molecular, e isto é realizado pela plena utilização (tão plena quanto é possível neste segundo sistema) do aspecto vontade ou poder.

“O Reino de Deus sofre a violência, e o homem violento o toma pela força”, isto é, pela vontade ou poder. Esta não é a Vontade como nós a conheceremos no sistema final, o terceiro sistema, mas sim a Vontade como nós a conhecemos no sistema atual, a qual tem de ser utilizada ao máximo pela Mônada em evolução em sua luta para controlar cada subplano atômico. As Mônadas de poder têm que enfrentar uma luta muito maior, o que explica o fato frequentemente evidente que as pessoas que pertencem ao Raio do Poder enfrentem tantas dificuldades e não sejam, geralmente, queridas. Essas pessoas têm que incorporar o aspecto amor em todos os seis planos, um aspecto ainda pouco desenvolvido.

Foi-nos dado o número aproximado de Mônadas existentes:

35 mil milhões de Mônadas de Amor.
20 mil milhões de Mônadas de atividade.
5 mil milhões de Mônadas de poder,

perfazendo um total de sessenta mil milhões de Mônadas humanas. Embora em manifestação, são poucas as Mônadas de poder em encarnação. Elas chegaram, em grande número, no final da cadeia lunar, e virão novamente em plena força numérica nas duas últimas rondas da cadeia atual.

Podemos agora brevemente indicar a correspondência entre a segunda ronda e a segunda raça-raiz, mostrando como a Lei de Coesão esteve especialmente ativa nesses períodos. Uma condição de nebulosidade pronunciadamente volátil marcou a primeira ronda e raça. Movimento acompanhado de calor foi a sua qualidade característica, bastante semelhante à do Sistema I porém, na segunda ronda, e também na segunda raça, nota-se uma definida coesão, e o contorno da forma é mais claramente notado. Vemos também claramente que a coesão é a característica distintiva de nosso atual sistema, o segundo. A meta de todas as coisas é a união, aproximação, unificação, uma atração simultânea entre dois ou mais elementos mostra-se sempre como o princípio governante, seja quando consideramos o problema do sexo, ou seja quando ele se demonstra numa organização comercial, em um empreendimento científico, em uma indústria ou na política. Podemos realmente afirmar que a Unificação dos muitos separados é a nota-chave de nosso sistema.

Podemos apresentar um outro dado: no caminho da involução, esta lei (a Lei de Coesão) governa a união e a segregação da matéria; no caminho evolutivo, ela controla a construção das formas. Foi dito que a matéria do subplano superior constitui a base de um novo plano; portanto, nós temos, no subplano atômico, um ponto em que tem lugar a fusão, o que torna esse subplano um plano de síntese, do mesmo modo que o primeiro plano, o logoico, é o plano de síntese para este atual sistema. Ali tem lugar a fusão da evolução para um estado inconcebivelmente mais elevado.

3. A Lei de Desintegração. Esta é a lei que governa a destruição da forma para que a forma que nela habita possa brilharem toda plenitude. É um outro aspecto da Lei de Coesão - o seu reverso, se assim posso expressar-me, e é igualmente parte do plano divino como a Lei de Atração. É uma das leis que desaparece juntamente com o fim do sistema solar, porém as grandes leis de atração, de coesão e de amor permanecem e regerão o sistema seguinte. A Lei de Desintegração tem sua correspondência na lei cósmica, mas é quase incompreensível para nós. A Lei de Economia encerra a chave para esta lei. Quando a Mônada completa seu ciclo através da desintegração de todas as suas formas e atinge a sexta Iniciação, ela retorna à sua fonte original e os cinco invólucros menores são destruídos. Posteriormente, as próprias Mônadas são sintetizadas, porém, não desintegradas. A Lei de Desintegração controla somente o terceiro plano, e deixa de atuar desta maneira quando o terceiro plano é transcendido.

Para a nossa raça, esta é uma das leis mais difíceis de compreender. Alguns aspectos do seu funcionamento, como são vistos no caminho da evolução, podem ser compreendidos; porém, no caminho da involução, ou de construção, a atuação desta lei não é tão evidente para o observador superficial.

No caminho da involução, ela controla o processo de ruptura dos grupos de almas; ela governa os períodos em que as tríades permanentes são transferidas de uma forma para outra; ela age através de grandes cataclismos mundiais, e é preciso lembrar que ela rege não apenas as catástrofes ocorridas no plano físico (como nós erroneamente as chamamos), mas também os correspondentes cataclismos no plano astral, e nos subplanos inferiores do plano mental. Ela governa as rupturas no plano físico, especialmente as que afetam o reino mineral; ela controla a desintegração, no plano astral, dos pensamentos-forma; ela dissolve o veículo astral quando ele é descartado, e também o veículo mental quando ele é deixado para trás. A dissipação do corpo etérico é também resultado de sua ação.

Podemos mais uma vez correlacionar esta lei com a de Atração, já que uma interage com a outra. Esta lei destrói as formas, e a Lei de Atração atrai novamente à sua fonte de origem a matéria dessas formas antes de começar sua reconstrução.

Os efeitos desta lei são bem conhecidos no caminho da evolução, não apenas pela destruição dos veículos descartados mencionados acima, mas também pela destruição das formas nas quais grandes ideais estão corporificados - as formas do controle político, as formas nas quais a própria natureza evolui, além das formas nas quais a consciência se manifesta - os grandes pensamentos-forma das grandes religiões, os conceitos filantrópicos e todas as formas que a ciência, arte e religião assumem em diferentes épocas. Todas eventualmente se dissolvem sob a ação desta lei.

Para a mente humana comum, sua ação é mais evidente, na atualidade, no plano físico. Podemos perceber a conexão entre os planos átmico e físico, mas seu efeito pode ser visto em todos os cinco planos. Ela é a lei que destrói o invólucro final que separa o Jiva aperfeiçoado. Ainda não foi inteiramente esclarecido (porque a lei das correspondências tem sido pouco estudada e a realidade não é muito evidente) que, no terceiro subplano de cada plano, esta lei atua de modo especial, causando a definitiva destruição de algo que tende à separação. Como tudo que trabalha no nosso sistema, o processo é lento; o trabalho de desintegração tem início no terceiro subplano e é terminado no segundo plano, quando então a Lei de Desintegração se vê sob a influência da Lei de Coesão, uma vez que a desintegração efetuou aquilo que torna possível a coesão. Podemos ver um exemplo disto no plano mental. O corpo causal do homem comum encontra-se no terceiro subplano, e quando o homem está pronto para fundir-se com a Tríade, esse corpo tem que ser abandonado e destruído. Sob a Lei do Sacrifício e da Morte, a desintegração tem início no terceiro subplano e é consumada no segundo, quando o homem se funde com a Tríade, em preparação para a fusão final com a Mônada.

Encontramos um outro exemplo da mesma coisa no plano físico. Quando o homem alcança o ponto em que ele sente e vê o quarto éter, ele está pronto para queimar a teia etérica que se encontra entre o terceiro e segundo subplanos da matéria que compõe o seu corpo físico. Quando esta desintegração tem lugar, o homem funde-se com o seu veículo astral, estabelecendo a consequente continuidade de consciência. Esta correspondência e esta desintegração são encontradas em todos os planos até que, finalmente, no terceiro subplano do plano átmico vem a desintegração final, a qual resulta na fusão com a consciência monádica.

O terceiro Raio da adaptabilidade, ou atividade, tem uma estreita conexão com esta lei. É através da atividade (ou da adaptação da matéria à necessidade) que a forma surge; através da atividade ela é empregada, através da própria adaptação ela torna-se uma forma perfeita e, ao atingir a perfeição, perde sua utilidade; cristaliza-se, quebra-se, e a vida que está em evolução escapa com o fim de encontrar para si mesma novas formas de maior capacidade e adequação. Assim é na vida do Ego reencarnante; assim é nas rondas e raças da humanidade; assim é no sistema solar; assim é em todos os processos cósmicos.

Na terceira cadeia, a cadeia lunar, encontramos um fato interessante relacionado a isto. Nessa cadeia, o ponto de consecução para o indivíduo era o de Arhat, ou quarta Iniciação, a iniciação que marca a separação final dos três mundos e a desintegração do corpo egoico.

No fim da terceira raça-raiz surgiu o primeiro dos grandes cataclismos que destruiu a forma daquela raça e inaugurou uma nova raça, a primeira raça definitivamente humana, como nós a conhecemos. A analogia é encontrada, não importa sob qual ângulo o assunto seja estudado. Na terceira sub-raça podemos também encontrar uma correspondência, embora ela não seja aparente para a circunscrita visão que caracteriza a maioria dos homens. A grande proximidade de um efeito geralmente oculta a causa.

4. A Lei do Controle Magnético. (82) Esta é a lei básica que controla a Tríade Espiritual. Por intermédio desta lei, a força da evolução impele o Ego a progredir, através do ciclo da reencarnação, de volta à união com os da sua espécie. Por meio da separação, o Ego encontra a si mesmo e depois - impulsionado pelo princípio búdico imanente, ou princípio crístico - ele transcende a si mesmo, e encontra a si mesmo novamente em todos os eus. Esta é a lei que mantém o eu inferior, que evolui, em uma forma coesa. Ela controla o Ego no corpo causal, da mesma maneira que o Logos controla a Mônada no segundo plano. Ela é a lei do plano búdico; um Mestre é aquele que pode funcionar nos níveis búdicos e Que tem o controle magnético nos três mundos. Aquilo que está abaixo é sempre controlado pelo que está acima, e o efeito que os níveis búdicos exercem sobre os níveis inferiores é supremo, embora poucos de nossos pensadores admitam isso. É a Lei do Amor que, nos três mundos, mantém tudo unido e que atrai tudo para cima. É a demonstração, na Tríade, da Lei de Atração.

No caminho da involução, esta lei trabalha com os átomos permanentes no corpo causal. É o princípio búdico, e sua relação com o átomo permanente inferior da Tríade é a fonte principal da vida do Ego. No caminho da descida, esta lei tem muito a ver com o posicionamento dos átomos permanentes, porém este é um assunto muito abstruso e ainda não é chegado o tempo para maior elucidação. Na terceira emanação, quando o quarto reino, ou humano, foi formado, foi esta Lei do Controle Magnético que efetuou a junção do homem astral-animal com a Mônada descendente, usando a centelha da mente como método de união. Novamente podemos observar como essa lei atua. Os três planos - o monádico, o búdico e o astral - estão estreitamente vinculados, e nisto se encontra a linha de menor resistência. Vem daí a facilidade com que o místico entra em contato com o plano búdico e planos ainda mais elevados. As linhas de menor resistência nos três sistemas são:

Sistema I. Físico, mental e átmico. O átmico era o ponto mais elevado de consecução do sistema.
Sistema II. Astral, búdico e monádico.
Sistema III. Mental, átmico e logoico.

Observem, portanto, a correspondência existente entre o quarto reino e a atuação desta quarta lei. Esta é de capital importância nesta quarta cadeia.

No que diz respeito à evolução humana, ela é, atualmente, de primordial importância. A meta do esforço humano é dupla: ser controlado por esta lei e também manejá-la na prestação de serviço. É a lei por meio da qual a expressão do sexo, como nós a conhecemos, é transmutada e elevada; o sexo, no plano físico, é a única demonstração da Lei de Atração em funcionamento no reino humano, assim como em todos os reinos inferiores. O amor em relação a tudo que respira, e a atração que se demonstra como serviço, é idêntica à que se demonstra na Tríade. A expressão do sexo, a junção de dois, transmuta-se na junção dos muitos para atos de serviço que darão nascimento a novos ideais e a uma nova raça - a espiritual.

Podemos indicar aqui um fato numérico interessante relacionado à quarta hierarquia, a hierarquia humana. Todavia, se contarmos as cinco hierarquias que já se extinguiram, a nossa hierarquia é realmente a nona. Nove é o número da iniciação, o número do adepto, e o número do homem que funciona no seu veículo búdico.

O quarto Raio também opera em estreita conexão com a quarta lei. É o Raio da Harmonia ou Beleza - Harmonia através do controle, aquele controle que é resultado do conhecimento da sabedoria. É a harmonia da similaridade; é o equilíbrio de todos através da plena compreensão das leis do magnetismo que produz a coordenação dos muitos diversos em o uno homogêneo; o magnetismo governa a síntese dos muitos aspectos em uma forma de unidade. Esta harmonia é alcançada através do quinto plano, e o quinto Raio do Conhecimento Concreto atua como degrau para o quarto Raio, pois muitos que trabalham com o quinto Raio passam eventualmente para o quarto Raio. No nosso atual sistema, o quinto Raio é de primordial importância no desenvolvimento de todos os egos. Cada um tem que passar algum tempo nesse Raio antes de definitivamente permanecer no seu Raio monádico. Em muitas encarnações passamos grande parte do tempo no quinto subplano de cada plano, o qual é governado principalmente pelo quinto Raio. Todos passam a seguir para o quarto subplano governado pelo quarto Raio, e neste particular período da quarta ronda, na quarta cadeia, os Egos em evolução passam aí mais tempo do que em qualquer outro subplano. Muitos deles vêm à encarnação diretamente neste plano, e é ali que eles começam a pensar harmoniosamente.

As Leis nos Três Mundos. Vamos agora estudar sucintamente as três leis mais importantes que afetam o ser humano em evolução enquanto vive sua vida nos três mundos. São elas:

1. A Lei de Fixação.
2. A Lei de Amor.
3. A Lei de Sacrifício e Morte.

Todas estas leis são eventualmente dominadas e controladas pelas três leis superiores no sistema - as Lei do Controle Magnético, da Desintegração, e de Coesão. Há uma conexão direta entre estas sete leis e os sete Raios ou Vibrações, e se estudarmos essa correspondência, reconheceremos o fato de que a primeira lei, a Lei de Vibração, é a que controla todas as seis que se expressam através da segunda lei, a Lei de Coesão, assim como o Logos solar Se manifesta atualmente através do Seu segundo aspecto, neste segundo sistema solar.

O primeiro Raio da Vontade ou Poder é o primeiro aspecto Todo Onipresente, e na terceira emanação (83) desceu para o quinto plano juntamente com outras mônadas. Existe uma sutil correspondência entre as Mônadas da Vontade no quinto plano, a quinta lei, e o quinto Raio.

O segundo Raio, ou o aspecto Amor-Sabedoria, controla o sexto e quarto planos e domina as Leis de Coesão, do Controle Magnético e a Lei astral do Amor. Há um entrelaçamento direto entre os Raios abstratos e as leis dos planos que eles especialmente controlam.


O terceiro Raio, que é o Aspecto de Atividade, controla as Leis de Desintegração e da Morte, no terceiro e sétimo planos.

Portanto, ficará evidente para o estudante atento da sabedoria que:

1. O Aspecto Poder- Raio l, Planos 1 e 5, e as Leis de Fixação e Vibração, formam um todo entrelaçado.

2. O Aspecto Amor- Raio 2, Planos 2,4, 6, e as Leis de Coesão, Controle Magnético e Amor, formam uma outra unidade.

3. O Aspecto Atividade - Raio 3, Planos 3 e 7, e as Leis de Desintegração, Sacrifício e Morte, formam ainda um outro grupo.

É lógico que o primeiro Raio somente tenha controle em dois planos, por enquanto, uma vez que o Aspecto do Poder aguarda um outro sistema para poder demonstrar-Se em pleno desenvolvimento. O Raio dois, o Raio sintético para o nosso atual sistema, tem controle sobre três planos; ele prepondera, porque somos também predominantemente Mônadas de Amor, e Amor é a nossa síntese. O terceiro Raio, Raio dominante do sistema que já terminou, do qual ele foi o Raio sintético, controla agora dois planos e em um deles isso é pouco compreendido porque, assim como o corpo físico não é considerado um princípio, há também uma esfera de atividade que não está incluída em nossa enumeração, pois já passou e desapareceu. Vamos encontrar alguma explicação oculte nas palavras “A Oitava Esfera”.

Os quatro Raios menores, o da Harmonia, o da Ciência Concreta, o da Devoção e o da Ordem Cerimonial exercem controle em diferentes graus em todos os planos, porém são particularmente importantes atualmente na evolução do ego reencarnante nos três mundos. De forma sutil e peculiar, estes três Raios controlam os quatro reinos da natureza - mineral, vegetal, animal e humano - e ao se fundirem com os três Raios de Aspecto (sendo o Raio de Atividade do Mahachohan o sintetizador dos quatro Raios inferiores, no nosso esquema planetário) encontramos aí a correspondência da fusão do homem (o produto dos três reinos e do quarto) com o reino super-humano, o reino espiritual.

O quarto Raio e o quarto Reino formam um ponto de harmonia para os três inferiores e então todos os quatro passam para o maior, ou os três superiores. Isto merece um sério estudo, e a analogia do quarto plano também ficará evidente. No atual sistema, o plano búdico, o reino humano e o quarto Raio da Harmonia, ou Beleza, ou Síntese possui um ponto de correspondência, assim como a quarta raça-raiz constitui aquela em que a síntese é observada pela primeira vez - síntese essa que abre a porta para o quinto reino do Espírito; a quarta raça-raiz também desenvolveu a capacidade astral que tornou possível estabelecer contato com o quarto nível, ou búdico.

De uma forma sutil (uso o termo sutil por falta de outro que traduza melhor a afirmação de que a realidade parece uma ilusão) os três Raios menores - Ciência Concreta, Devoção, e Lei Cerimonial - têm, cada um deles, uma ligação com os três reinos da natureza abaixo do humano e com as três leis dos três mundos inferiores.

O Raio da Ordem Cerimonial tem um significado especial na época atual. Ele controla a vida no mundo mineral e nas etapas finais da vida involutiva no ponto onde tem início a curva ascendente da evolução. Através da Ordem Cerimonial vem o controle dos construtores menores, das forças elementares e do ponto de síntese no mais inferior de todos os planos, o período de transição. Em períodos assim, entra em manifestação (como acontece agora) o sétimo Raio da Lei e da Ordem, da organização e formação exatas. É o reflexo, no plano físico, dos Aspectos do Poder e da Atividade trabalhando sinteticamente. Os Raios 1,3,7 interagem, como sabemos. O Raio sete é o aparecimento das forças combinadas da evolução. É a manifestação do Poder e Atividade no mais inferior de todos os planos. Ele está aliado às leis do terceiro e sétimo, Desintegração e Morte, pois todos os períodos de transição são períodos de destruição e construção de formas, e da dissolução da velha ordem para que novos e melhores cálices de vida possam ser construídos.

O Raio da Devoção tem uma definida, embora pouco conhecida ligação, com o reino vegetal. É preciso lembrar que ele está vinculado a uma lei subsidiária da Lei cósmica de Atração. É no reino vegetal que encontramos uma das primeiras e temporárias aproximações entre as duas Mônadas em evolução, a humana e a dévica. As duas evoluções paralelas tocam-se no reino vegetal e depois seguem cada uma o seu próprio caminho, vindo a encontrar seu segundo ponto de contato no quarto plano, ou búdico, e uma fusão final no segundo plano.

Os Raios concretos têm um efeito especial sobre a evolução negativa dos devas, os quais formam o aspecto feminino do divino Homem hermafrodita, trabalhando segundo as linhas mais positivas de desenvolvimento. Os Raios abstratos realizam um trabalho semelhante sobre a hierarquia humana positiva tendendo a alcançar uma atitude mais receptiva. Esta hierarquia forma o aspecto masculino do divino Hermafrodita. Porém, em três pontos do caminho da evolução as Mônadas de Amor, trabalhando sobre as qualidades abstratas, fazem contato com os devas de atividade que trabalham sobre as faculdades concretas. A perfeição das duas evoluções marca o ponto de consecução do divino Homem Celestial e o aperfeiçoamento dos dois centros principais do Logos, os centros de atividade e amor. Em seus aspectos inferiores, esses centros são conhecidos como o centro de procriação e o centro do plexo solar, porém são transmutados nos centros da garganta e do coração, à medida que a evolução prossegue. Então, numa síntese dual, eles passarão para o terceiro sistema, no qual o aspecto Poder é desenvolvido, e os centros da cabeça estarão completos. Esta conquista indica que nosso Logos triunfou e está à altura da sexta iniciação cósmica, assim como agora deverá estar à altura da quarta iniciação, no atual sistema.

O Raio da Ciência Concreta tem uma peculiar ligação com o reino animal, porque este é o Raio que governa a fusão daquele reino com o reino humano. Em sua quinta ronda, o planeta Vênus deu o estímulo que produziu a centelha da mente no homem-animal, um fato bem conhecido. É também o quinto Raio, o qual tem uma interessante ligação com a quinta Lei de Fixação. Podemos também estudar, com proveito, a analogia existente entre esses fatores e a quinta raça-raiz, a raça responsável pelo grande desenvolvimento da mente concreta. A Lei da Analogia aplica- se sempre. Tomando-se isto como base, vemos que as três leis da personalidade adquirem vida e podem resumir-se na bem conhecida expressão “A Lei do Renascimento e Morte nos três mundos”. A quinta lei governa um ponto fixo na personalidade, o quinto princípio.

A Lei do Amor no corpo astral também apresenta pontos que devem ser considerados. Há um vínculo direto entre o corpo astral (amor, na personalidade), o veículo búdico (amor, na Tríade), e as Mônadas de amor. Mais tarde, isto será melhor compreendido, pois constitui o principal canal para a lei básica do sistema, o Amor. Esses três pontos marcam períodos de completamento de uma etapa que marcam igualmente o início de um novo período de esforço na vida da Mônada em evolução - da personalidade até à Tríade, da Tríade até à Mônada, e da Mônada de volta à Sua fonte.

5. A Lei de Fixação - Esta é a lei que governa o plano mental e que encontra sua correspondência maior na Lei do Carma, nos níveis mentais cósmicos. “Como o homem pensa, assim ele é”; de acordo com seus pensamentos, assim são seus desejos e ações, e deles resulta o futuro. O homem fixa para si mesmo o carma resultante. A palavra “Fixação” foi escolhida por duas razões: primeiro porque a palavra sugere a capacidade do pensador para modelar seu próprio destino, e segundo porque a palavra sugere uma ideia de estabilização, pois à medida que a evolução avança, o Ego desenvolve a faculdade de criar pensamentos-forma definidamente concretos, e por meio desses pensamentos estáveis, consegue subjugar as flutuações do corpo astral.

Esta lei do quinto plano, ou plano mental, é uma das mais importantes leis que nos dizem respeito em qualquer época, mas a sua mais completa demonstração será vista na próxima ronda, a quinta ronda. Em relação a esta quarta ronda, podemos reunir os seguintes fatos acerca de seu funcionamento.

É a lei sob a qual a personalidade que está em evolução constrói - durante o curso de muitas vidas - o corpo causal; ela fixa a matéria inerente a esse corpo, ali colocada pelo homem durante o transcurso das idades, e a cristaliza. Antes da quarta Iniciação a cristalização é completa, e a inevitável desintegração resultante da cristalização em todas as formas tem lugar libertando a vida que nele habitava a fim de que ela possa continuar a progredir. Todas as formas nada mais são que empecilhos e limitações que finalmente têm que desaparecer, mas, não obstante, são necessárias para o desenvolvimento da raça. Eventualmente, o corpo causal da própria raça se desintegra.

Esta lei governa a cristalização de todas as formas antes de serem destruídas no processo da evolução.

Ela governa também o momento do renascimento, pois ela é um dos ramos subsidiários da Lei do Carma. Cada uma das sete leis subsidiárias está ligada a uma das leis cósmicas, ou com a Lei do Carma de Sírio. Precisamos lembrar sempre que a meta de consecução do nosso Logos é atingir a consciência do plano mental cósmico, e que o Logos de Sírio representa para o nosso Logos solar o mesmo que o Ego humano representa para a personalidade. A Lei do Carma, ou de Fixação cósmica, é a lei do plano mental cósmico e controla a lei correspondente no nosso sistema.

Na quinta ronda, esta lei trabalhará como um divisor, temporariamente cristalizando e fixando, em dois grandes grupos, as Mônadas humanas à medida que evoluem. Então, um grupo (contendo aqueles que alcançarão a meta) gradualmente deixará de ser regido por esta lei e passará a ser sujeito à Lei do Controle Magnético. O outro grupo permanecerá sob a lei numa condição estática até que, em um período posterior, apareça uma nova oportunidade; as velhas formas serão destruídas e em um outro mahamanvantara, e no seu quinto período, virá a oportunidade pela qual eles terão esperado, quando eles poderão novamente entrar na corrente da evolução, e os espíritos aprisionados possam ascender até à sua fonte de origem.

Num sentido oculto, esta é a lei que mais intimamente nos diz respeito. Ela desempenha um importante papel nas mãos dos Senhores da Chama e é um dos Seus principais fatores no controle dos três mundos. Observem o fato interessante de Vênus ser o sexto planeta (esotericamente o segundo) e estar na sua quinta ronda e, portanto, mais adiantado do que nós em todos os sentidos.

Esta lei manifesta a qualidade estática do amor, estática temporariamente, porém necessariamente assim, quando a olhamos sob o ponto de vista do tempo, esse grande enganador. No caminho da involução, esta lei volta a trabalhar com os átomos permanentes nos três mundos, com a construção da matéria ao redor desses átomos, em conexão com os devas construtores e os Egos reencarnantes. Os devas são o aspecto mãe, os construtores do corpo, e os Jivas que estão reencarnantes são o aspecto filho; contudo, os dois nada mais são do que um, e o resultado é o divino homem hermafrodita. (84) (Ver, na Nota 84, conteúdo da página 512 da edição em inglês)

6. A lei do Amor. Não é fácil, nesta breve compilação, abordar o tremendo problema do papel que o amor desempenha no esquema de evolução das coisas, tal como as compreende o homem tridimensional. Poder-se-ia escrever um tratado sobre o assunto e, ainda assim, não conseguiríamos esgotá-lo. Um grande esclarecimento resultaria se nós pudermos meditar profundamente sobre as três expressões do Amor: o Amor na Personalidade, o Amor no Ego, e o Amor na Mônada. O amor na Personalidade gradualmente se desenvolve através das etapas do amor do eu, puro e simples, e inteiramente egoísta, para o amor da família e amigos, para o amor pelos homens e mulheres, até chegar ao amor pela humanidade ou à consciência do amor grupal, que é a característica predominante do Ego. Um Mestre de Compaixão ama, sofre e permanece com os de Sua espécie e categoria. O amor no Ego gradualmente se desenvolve do amor pela humanidade para o amor universal - um amor que expressa não apenas amor pela humanidade, mas também amor pelas evoluções dévicas em sua totalidade e por todas as formas de manifestação divina. O amor na Personalidade é o amor nos três mundos; o amor no Ego é amor no sistema solar e em tudo aquilo que ele contém, enquanto que o amor na Mônada demonstra até um certo ponto o amor cósmico e abarca muito do que está fora do sistema solar.

Este termo “A Lei do Amor” é por demais genérico para ser aplicado a uma lei que governa um piano, mas terá que servir, por enquanto, já que ele expressa o tipo de ideia que é necessária para nossas mentes. Na realidade, a Lei do Amor nada mais é do que a lei do nosso sistema demonstrando-se em todos os planos. O amor foi o motivo impulsionador da manifestação, e é o amor que mantém tudo em sequência ordenada; o amor conduz tudo ao caminho do retorno para o seio do Pai, e o amor finalmente aperfeiçoa tudo que existe. É o amor que constrói as formas que temporariamente abrigam a vida interna oculta, e é o amor a causa da dissolução dessas formas e sua total destruição, a fim de que a vida possa continuar seu progresso. O amor manifesta-se em cada plano como o estímulo que impele a Mônada em evolução para a sua meta, e o amor é a chave para o reino dos devas e a razão da fusão eventual dos dois reinos no divino Hermafrodita. O amor trabalha através dos raios concretos na construção do sistema e na criação da estrutura que abriga o Espírito, e através dos raios abstratos, para o pleno e potente desenvolvimento daquela divindade inerente. O amor demonstra, através dos raios concretos, os aspectos da divindade, formando a persona que oculta o Eu uno; o amor demonstra-se através dos raios abstratos desenvolvendo os atributos da divindade e desenvolvendo plenamente o reino do Deus interno; o amor nos raios concretos conduz ao caminho do ocultismo; o amor nos raios abstratos conduz ao caminho do místico. O amor forma as envolturas e inspira a vida; o amor impele a vibração logoica a seguir avante, arrastando consigo tudo que está no caminho e trazendo tudo à manifestação perfeita.

No primeiro sistema, a nota básica foi Atividade, Desejo de Expressão e Impulso para Mover-se. Essa atividade produziu certos resultados, certos efeitos permanentes, e assim formou o núcleo para o atual sistema. Atividade ordenada é o fundamento deste sistema de Amor ordenado, e conduz ao sistema três, onde a Atividade ordenada, tendo como impulso o Amor ordenado resulta no Poder amoroso ordenado.

O sexto Raio da devoção e a sexta lei do amor estão estreitamente associados, e no sexto plano vemos a Lei do Amor expressando-se poderosamente através da Tríade inferior, a Personalidade. No plano astral, o lar dos desejos, essa Lei dá origem àqueles sentimentos que nós chamamos amor, e que no tipo mais inferior de ser humano se expressa como paixão animal; à medida que a evolução prossegue, mostra-se como gradual expansão da faculdade de amar, passando pelas etapas do amor pelo companheiro, amor pela família, amor por aqueles que lhe são próximos até amar o próprio meio ambiente. O patriotismo dá lugar ao amor pela humanidade, com frequência sendo a humanidade exemplificada como um dos Grandes Seres. No tempo atual, nós temos o plano astral como o mais importante, pois no desejo - quando ainda não transmutado - reside a diferença entre a consciência pessoal e a consciência do Ego. (85)

No sexto esquema, o de Vênus, o esquema do amor, isto pode ser claramente observado. Visto sob um ângulo, o Esquema Venusiano é o segundo, mas visto sob outro ângulo, é o sexto. Depende se raciocinamos a partir da circunferência para o centro ou vice-versa.

Esse esquema é o lar do Logos planetário do Sexto Raio. Isto pode parecer uma contradição, mas na realidade não é; nós precisamos lembrar do entrelaçamento, deslocamento e mudança que ocorrem, no seu devido tempo, em todos os Raios. Por essa mesma razão, a cadeia terrestre é a terceira quando a consideramos sob um aspecto, e a quinta, quando considerada sob o outro aspecto.

Na sexta cadeia de cada esquema, a sexta lei e Q sexto Raio têm um significado muito importante, enquanto a sétima cadeia de cada esquema é sempre sintética - Amor e Atividade em perfeito equilíbrio. O mesmo efeito pode ser demonstrado na sexta Ronda. Na sexta Ronda da cadeia atual do esquema Terrestre, a sexta lei se demonstrará, com grande clareza e força, como amor fraternal, amor transmutado do plano astral para o búdico. Também veremos uma analogia semelhante na sexta raça- raiz e na sexta sub-raça. Com o que restar da dissolução da forma da quinta sub-raça da quinta raça-raiz, construída sob o quinto Raio do Conhecimento Concreto, auxiliado pela quinta Lei da Fixação, emergirá a sexta sub-raça de amor fraternal - amor demonstrado na compreensão de que a vida una está latente em cada Filho de Deus.

7. A Lei de Sacrifício e Morte. Esta lei está vinculada à terceira Lei de Desintegração, seguindo a conexão que sempre existe entre o plano átmico e o físico. A Lei de Desintegração controla a quíntupla destruição de formas nos cinco mundos inferiores, e a Lei da Morte controla igualmente os três mundos. Ela é subsidiária à terceira lei. A Lei do Sacrifício é a Lei da Morte nos corpos sutis, enquanto que o que nós chamamos morte aplica-se ao corpo físico. Esta lei governa a gradual desintegração das formas concretas e seu sacrifício pela vida que está evoluindo, e está estreitamente vinculada, em sua manifestação, com o sétimo raio. Este Raio é aquele que largamente controla, que manipula, que geometriza e que exerce o domínio sobre o lado forma, governando as forças elementais da natureza. O plano físico é a mais completa exemplificação do aspecto forma; ele mantém a vida divina aprisionada, ou enredada, no seu ponto mais denso, e trabalha atualmente de acordo com a sétima lei. De um modo misterioso, esta lei é o lado reverso da primeira, ou Lei de Vibração. É Vulcano e Netuno em oposição, o que, por enquanto, é algo incompreensível para nós. A mais densa forma de expressão no plano físico, no fim de contas, nada mais é do que uma modalidade de síntese, assim como o modo mais rarefeito de expressão no mais elevado plano, nada mais é do que a unidade, ou síntese, de um tipo mais refinado. Uma é a síntese da matéria, e a outra é a síntese da vida.

Esta lei governa a sétima cadeia de cada esquema; quando cada cadeia alcança sua expressão máxima no esquema, ela é regida pela Lei da Morte, sobrevindo então o obscurecimento e a desintegração. Num sentido e analogia cósmicos, esta é a lei que governa a entrada em pralaya no final de um sistema. É a lei que destrói a cruz do Cristo cósmico, e deposita a forma do Cristo na tumba durante algum tempo.

O Princípio de Mutação. Ao finalizar as informações dadas a respeito das leis, é absolutamente necessário que todos nós reconheçamos o extremo perigo de estabelecer dogmas sobre este assunto, e o risco que corremos ao apresentar regras rígidas e inflexíveis. Muitas coisas devem permanecer inexplicadas, assim como muitas outras coisas servirão apenas para levantar questões em nossa mente, porque, por enquanto, é impossível compreendê-las. Enquanto não possuirmos a visão quadrimensional, pouco mais podemos fazer do que obter uma visão passageira da complexidade e entrelaçamento existentes no sistema. Podemos, pelo menos, obter um conceito mental do fato de que os raios, os esquemas, os planetas, as cadeias, a rondas, as raças e as leis formam uma unidade. Sob o ângulo da visão humana, a confusão é quase inimaginável, e a chave para a sua solução está tão oculta que se torna inútil; todavia, sob o ângulo da visão logoica, o todo move-se em uníssono e é geometricamente acurado. Para dar uma ideia da complexidade de sua organização, digo-lhes que os próprios Raios circulam e a Lei do Carma controla o seu entrelaçamento. Por exemplo, o primeiro Raio pode circular ao redor de um esquema (no caso de ser ele o Raio principal desse esquema) com o seu primeiro sub-raio manifestando-se em uma cadeia; seu segundo sub-raio, em uma ronda; seu terceiro sub-raio, em um período mundial; seu quarto sub-raio, em uma raça-raiz; seu quinto sub-raio, em uma sub-raça; e o seu sexto sub-raio, em um ramo da raça. Apresento-lhes isto como uma ilustração, e não como um fato que possa estar atualmente em manifestação. De qualquer modo, este exemplo nos dá uma pálida ideia da grandiosidade do processo, e de sua maravilhosa beleza. É impossível, passando assim superficialmente por um Raio, visualizá-lo ou sequer captar esta beleza; contudo, nos planos superiores e com um maior alcance de visão, o esplendor do modelo é evidente.

Esta complexidade parece-nos ainda maior, porque nós ainda não podemos compreender o princípio que governa esta mutação; e tão pouco é possível - até mesmo para a mais esclarecida mente humana nos três mundos - fazer mais do que pressentir e aproximar-se desse princípio. Por mutação quero dizer que existe uma constante mudança e substituição, um infindável entrelaçamento e intervinculação, e um incessante fluxo e refluxo, na dramática interação das forças que representam a síntese dual do Espírito e da matéria. Existe uma constante rotação nos Raios e planos, na sua relativa importância sob o ponto de vista do tempo, que é o ponto de vista mais estreitamente associado a nós. Porém, podemos ter absoluta certeza que existe algum princípio fundamental dirigindo todas as atividades do Logos em Seu sistema, e na nossa luta para descobrir o princípio básico em que se apoiam nossas vidas microcósmicas, talvez possamos descobrir alguns aspectos deste princípio logoico inerente. Isto nos abre um amplo horizonte a ser considerado, e embora enfatize a complexidade do assunto, demonstra ao mesmo tempo a divina magnitude do esquema com suas magníficas complexidades. A quarta ronda destaca-se, porque nessa ronda aconteceram duas coisas - a centelha da mente foi implantada, e foi aberta a porta do reino animal para o humano; e mais tarde outra porta foi aberta, a porta para o Caminho que conduz do reino humano para o espiritual - novamente uma razão dual. A quinta ronda é também uma ronda importante, porque ela marca um ponto na evolução onde aqueles que alcançarão a meta e aqueles que falharão são nitidamente diferenciados em dois grupos; a sétima é uma ronda importante porque ela marcará a fusão de duas evoluções, a humana e a dévica.

As principais raças-raízes são escolhidas sob a Lei de Correspondência. Durante a terceira raça-raiz, teve lugar a terceira Emanação, a fusão e o ponto de contato entre a Tríade Espiritual e o Quaternário Inferior. A quinta ronda marca um ponto onde manas inferior e superior se aproximam, e onde a mente concreta - encontrando seu máximo desenvolvimento nesta ronda - dá lugar à intuição que vem de cima. Novamente temos aqui uma razão dupla. Também a sétima raça- raiz demonstra uma dupla realização - amor em atividade - a base do terceiro sistema do Poder ou Vontade.

Os três Raios principais, por serem duais, explicam-se a si mesmos. Eles são, atualmente, a forma de expressão dos três aspectos e demonstram-se sob a regência de seus Logoi correspondentes, os Quais manipulam os assuntos mundiais através de três departamentos, cujos dirigentes no nosso planeta são o Senhor Maytrea, o Manu, e o Mahachohan. Os três planos principais demonstram facilmente sua posição excepcional - no segundo plano temos o lar das Mônadas de Amor; no quinto plano encontramos o habitat de seus reflexos, os Egos reencarnantes, e no plano físico, encontramos a vida do Espírito operando no seu ponto mais denso.

O Princípio de Mutação governa todos os departamentos segundo a Lei de Correspondência, e certas coisas ditas a respeito do sistema e suas partes componentes podem ser esclarecedoras, se nos lembrarmos que elas se referem a fatos do presente. Vamos ilustrar de outro modo: foi-nos dito que os três Raios maiores atualmente são o primeiro, o segundo e o sétimo; porém os Raios que agora são os principais, podem tornar-se subsidiários, e outros Raios podem ocupar o seu lugar, embora para este atual sistema solar, o segundo Raio, sendo o Raio sintético, será sempre um Raio maior. Talvez isto nos alerte para não nos deixarmos levar a conclusões extremas, pois para este atual sistema os Raios maiores serão sempre duais - os Raios negativo-positivos, os Raios masculinos- femininos - uma vez que este é um sistema dual. No terceiro sistema, os Raios principais serão os de manifestação tríplice.

A classificação a seguir poderá interessar se for considerada relativa, ou seja, contém informações sobre a época atual, mas também está sujeita a mudança e circulação:

7 Raios Maiores 1-2-7 Quatro subsidiários convergindo no quinto.
7 Princípios 3 Maiores Mônada, Ego e Personalidade sintetizando em várias etapas os quatro subsidiários.
7 Cadeias Maiores 1-4-7 -
7 Planos Maiores 2-5-7 -
7 Manvantaras Maiores 3-4-7 -
7 Rondas Maiores 4-5-7 -
7 Raças-Raiz Maiores 3-5-7 -
7 Sub-Raças Maiores 1-5-6 -
7 Iniciações Maiores 1-4-5 Sob o ponto de vista da realização humana, e 1-5-7 sob o ângulo superior.


Notas:

80 O pecado dos Sem Mente. Ver D. S„ II, 195, 201. Este pecado está relacionado ao período da Separação do Sexo no início da terceira raça-raiz, a lemuriana. Há uma alusão a esse fato histórico também na Bíblia, Gênesis VI, 2:4. “Eles (os sexos) tinham sido separados antes que o raio da razão divina tivesse iluminado a região escura de suas mentes até então adormecidas, e eles haviam pecado, isto é, eles haviam perpetrado o mal inconscientemente ao produzir um efeito antinatural". Veja também D. S„ II, 721,728.
81 A Ronda atual, a quarta, é aquela em que o desejo, ou a resposta ao contato e sensação, está sendo levado à sua expressão mais plena. Na próxima ronda, a quinta, o quinto princípio da mente, ou manas, alcançará sua frutificação.
82 Observe a correspondência encontrada aqui. No segundo plano temos a Lei de Coesão - amor. No segundo plano de manifestação da Tríade - A Lei do Controle Magnético - amor. Também mais abaixo, no segundo plano da Personalidade - A Lei do Amor. A exatidão da analogia é bastante interessante e dá lugar à especulação.
83 As Três Encarnações. “No diagrama, os símbolos dos três Aspectos (do Logos) estão colocados fora do tempo e espaço, e somente suas correntes de influência descem para o nosso sistema de planos... na devida ordem, essas emanações representam aquilo que é comumente chamado as Três Pessoas da Trindade... Veremos que, de cada uma delas, é projetada uma emanação de vida ou força para os planos inferiores. A primeira a descer, em linha reta, vem do terceiro Aspecto; a segunda é aquela parte da grande forma oval que fica à nossa esquerda - a corrente que desce do segundo Aspecto até tocar o ponto mais baixo da matéria, e daí sobe pelo lado direito até alcançar o nével mental inferior. Notem que, nessas duas emanações, a vida divina torna-se cada vez mais escura e mais velada à medida que desce para a matéria, até que, no ponto mais baixo, é quase impossível reconhecê-la como vida divina; porém à medida que ascende, ao passar por seu nadir, aparece com maior claridade. A terceira emanação, que desce do mais elevado Aspecto do Logos, difere da outras, porque não é obscurecida pela matéria por onde passa, mas sim retém sua pureza virginal e seu esplendor imaculado. Note-se que esta emanação desce somente até o nível do plano búdico, o quarto plano, e que o elo entre ambos é formado por um triângulo dentro de um círculo, representando a alma individual do homem - o ego reencarnante. Aqui o triângulo é completado pela terceira emanação, e o círculo, pela segunda.” O Credo Cristão, por C. W. Leadbeater, págs. 39,40.
84 Ver página 512. (da edição em inglês) (Mostrar conteúdo da página 512)

85 Por que consideramos o assunto dos devas do sistema do meio (como poderíamos chamar aqueles que estão ligados a este sistema e a budhi e kama-manas) ao considerarmos os pensamentos-forma? Por duas razões: a primeira é que tudo que existe no sistema solar é substância energizada, dos planos cósmicos mental e astral, que foi usada para construir formas mediante a força da lei da eletricidade; tudo que pode ser conhecido são formas animadas por ideias. A segunda razão é que, conhecendo os processos criativos do sistema, o homem aprende, com o tempo, a tornar-se um criador. Podemos ilustrar isto dizendo que uma das principais funções do movimento Teosófico em todos os seus muitos ramos é construir uma forma que possa ser animada, no devido tempo, pela ideia da Fraternidade.

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