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Livros de Alice Bailey

Um Tratado sobre o Fogo Cósmico

Índice Geral das Matérias

Seção Um - Divisão C
O Corpo Etérico e o Prana
I. A natureza do corpo etérico
II. A natureza de prana
III. A função do corpo etérico
IV. Éteres macrocósmicos e microcósmicos
V. A morte e o corpo etérico

CORPO ETÉRICO E O PRANA (34)

I. A natureza do corpo etérico

1. Seu propósito e descrição
2. Oito declarações

II. A natureza de prana

1. Prana solar
2. Prana planetário
3. O prana das formas

III. A função do corpo etérico

1. É o receptor de prana
2. É o assimilador de prana
3. É o transmissor de prana
4. Desordens do corpo etérico

IV. Éteres macrocósmicos e microcósmicos

1. O Logos planetário e os éteres
2. Éteres cósmicos e sistêmicos
3. Propósito protetor do corpo etérico

V. A morte e o corpo etérico

1. Morte microcósmica
2. Pralaya macrocósmico 

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I. A NATUREZA DO CORPO ETÉRICO

Em nossa consideração dos fogos internos do sistema, encontraremos muitas coisas de real interesse para as futuras gerações de pensadores por três importantes razões, que enumeraremos a seguir.

1. Seu Propósito e Descrição

Primeiro. No estudo do corpo etérico, está oculta (para os cientistas e membros da profissão médica) uma maior compreensão das leis da matéria e das leis da saúde. A palavra saúde ficou excessivamente localizada no passado, e seu significado ficou restrito à sanidade do corpo físico, à cooperativa ação dos átomos do corpo físico, e à plena expressão dos poderes do elemental físico. No futuro, compreender-se- á que a saúde do homem depende da saúde de todas as evoluções aliadas, e da ação cooperativa e plena expressão da matéria do planeta e do elemental planetário que é, ele próprio, uma manifestação composta dos elementais físicos de toda a natureza manifestada.

Segundo. No estudo do corpo etérico e prana encontra-se a revelação dos efeitos daqueles raios do sol que, na falta de uma expressão melhor, nós chamamos “emanações prânicas solares”. Estas emanações prânicas solares são o efeito produzido pelo calor central do sol ao aproximar-se de outros corpos, dentro do sistema solar, por meio de um dos três principais meios de contato, e produzindo, sobre os corpos assim contatados, certos efeitos diferentes daqueles produzidos por outras emanações. Podemos considerar estes efeitos como definidamente estimulantes e construtivos, e devido à sua qualidade essencial, como produzindo condições que favorecem o crescimento da matéria celular, e seu ajustamento às condições ambientais; eles também dizem respeito à saúde interna, que se demonstra como o calor do átomo e sua consequente atividade, e à uniforme evolução da forma da qual aquele determinado átomo da matéria é uma parte constituinte. O prana emanativo pouco faz em relação à construção da forma; essa não é sua esfera de ação, porém, ele conserva a forma através da preservação da saúde de suas partes componentes. Outros raios do sol agem de modo diferente sobre as formas e sobre sua substância.

Alguns executam o trabalho do Destruidor de formas, e outros levam avante o trabalho de coesão e atração. O trabalho do Destruidor e o do Preservador é realizado sob a Lei de Atração e Repulsão. Alguns raios produzem o movimento acelerado, outros provocam retardo. Aqueles de que estamos tratando aqui - as emanações solares prânicas - trabalham no interior dos quatro éteres, essa matéria que, embora física, ainda não é objetivamente visível ao olho humano. Eles são a base de toda vida do plano físico considerada exclusivamente em conexão com a vida dos átomos de matéria do plano físico, seu calor inerente e seu movimento rotativo. Essas emanações são a base daquele “fogo por fricção” que se demonstra na atividade da matéria.

Finalmente, com o estudo do corpo etérico e prana vem a compreensão do método da manifestação logoica, assunto de grande interesse dos metafísicos e todos os pensadores abstratos. O corpo etérico do homem contém oculto o segredo de sua objetividade. Ele tem sua correspondência no plano arquetípico - o plano da divina manifestação, o primeiro plano do nosso sistema solar, o plano Adi. A matéria deste plano superior é, com frequência, chamada o “mar de fogo” e é a raiz do akasha, termo que se aplica à substância do segundo plano de manifestação.

Vamos então acompanhar detalhadamente as analogias, pois em sua correta compreensão encontraremos suficiente iluminação para elucidar os problemas tanto do macrocosmo como do microcosmo. Começaremos com o homem e seu corpo etérico.

O corpo etérico tem sido descrito como uma rede permeada pelo fogo, ou como uma teia animada por luz dourada. A Bíblia refere-se a ele como um “cálice dourado”. É composta da matéria do plano físico que chamamos matéria etérica e seu formato resulta do entrelaçamento de delgados fios desta matéria assim construídos pela ação dos Construtores menores como um molde a ser usado pela matéria física densa, ou corpo físico. Sob a Lei de Atração, a matéria densa do plano físico é levada a combinar-se com a forma vitalizada, e é gradualmente construída à sua volta e no seu interior, até que a interpenetração é tão completa que as duas formas tornam-se uma unidade; as emanações prânicas do próprio corpo etérico atuam sobre o corpo físico denso, da mesma forma que as emanações prânicas do sol atuam sobre o corpo etérico. Tudo nada mais é que um vasto sistema de transmissão e de interdependência dentro do sistema. Tudo e todos recebem com a finalidade de dar, e de levar para diante tudo que é menor e não tão evoluído. Este processo é visto em todos os planos.

Deste modo, o corpo etérico constitui o plano arquetípico em relação ao corpo físico denso. O pensador em seu próprio plano representa - em relação ao plano físico - o mesmo que o Logos em relação ao Seu sistema. Como pensamento sintético podemos dizer que o pensador no plano astral, o plano do desejo e da necessidade, está para o plano físico assim como o Logos no plano cósmico astral está para o Seu sistema.

À medida que continuarmos o estudo, desenvolveremos as correspondências no cosmos, no sistema e nos três mundos, pois é preciso lembrar que a analogia tem de ser perfeita.

1. O Homem, o Microcosmo, a Mônada em manifestação, o Uno.

2. O Homem Celestial, o Logos planetário, ou o grupo em manifestação.

3. O Grande Homem dos Céus, o Macrocosmo, o Logos Solar, a manifestação de todos os grupos e de todas as evoluções dentro de Seu Corpo, o sistema solar.

Todos estes corpos - o corpo de um homem, de um Logos planetário, ou de um Logos solar - são o produto do desejo originando- se nos planos da mente abstrata quer seja ela cósmica, sistêmica ou a mente nos três mundos, quer seja o desejo-mente cósmico ou humano, e todos os seus corpos são “Filhos da Necessidade”, como H.P.B. tão adequadamente o expressa. (35, 36)

2. Oito Afirmações

Estamos tratando do corpo etérico de tudo que existe; de sua vivificação pelo prana cósmico, solar, planetário ou humano; dos órgãos de recepção e da base das emanações. Agora, podemos chegar a certas afirmações sobre o corpo etérico que, para maior clareza podemos assim enumerar:

Primeiro. O corpo etérico é o molde do corpo físico.

Segundo. O corpo etérico é o arquétipo sobre o qual a forma física densa é construída, quer seja ela a forma de um sistema solar ou de um corpo humano em qualquer encarnação.

Terceiro. O corpo etérico é uma teia ou rede de delgados canais entrelaçados, formada de matéria dos quatro éteres e construída numa forma específica. Ele constitui-se num ponto focal para certas emanações irradiadoras que vivificam, estimulam e provocam a ação rotativa da matéria.

Quarto. Quando focalizadas e recebidas, essas emanações prânicas reagem sobre a matéria densa que é construída sobre essa estrutura etérica.

Quinto. Durante a encarnação, esta rede etérica forma uma barreira entre os planos físico e astral, a qual só pode ser transcendida quando a consciência está suficientemente desenvolvida para permitir que ela escape. Isto acontece tanto no macrocosmo quanto no microcosmo. Quando, através da concentração e meditação, o homem consegue expandir sua consciência até um certo ponto, ele torna-se capaz de incluir os planos superiores, e escapar além dos limites da teia divisória.


SUBPLANOS FÍSICOS PLANOS DO SISTEMA SOLAR
1. 1º éter. Plano atômico Adi. Divino. Mar de fogo. 1º éter cósmico
2. 2º éter. Subatômico Anupadaka. Plano monádico. Akasa. 2º éter cósmico
3. 3º éter. Superetérico Átmico. Plano espiritual. Éter. 3º éter cósmico
4. 4º éter. Supergasoso Búdico. Plano intuicional. Ar. 4º éter cósmico
FÍSICO DENSO PLANO DA HUMANIDADE
5. Gasoso. Subetérico Mental. Fogo. Cósmico gasoso
6. Líquido Astral. Plano emocional. Água. Líquido cósmico
7. Terrestre. Denso Plano físico. Terra. Cósmico denso.

Quando o Logos tiver expandido Sua Consciência nos níveis cósmicos, Ele poderá então transcender a rede logoica etérica, e escapar do círculo-não-se-passa de Sua manifestação objetiva. Ao considerar esta analogia é preciso ter em mente o fato de que os sete planos do nosso sistema solar são os sete subplanos do cósmico físico, ou os mais inferiores do plano cósmico. Podemos observar aqui a acurada formulação da correspondência na matéria e a igualmente acurada correspondência radiadora.

Sexto. Em todos os três corpos - humano, planetário ou logoico - encontrar-se-á um grande órgão, dentro do organismo, o qual atua como receptor de prana. Este órgão tem sua manifestação etérica e sua correspondência física densa.
No sistema. No sistema, o órgão de prana cósmico, de força vitalizante da matéria, é o sol central, o qual é o receptor direto e dispensador da radiação cósmica, Esta é uma das tríplices divisões do Raio Primordial da inteligência ativa. Cada um dos Raios cósmicos é tríplice em essência, um fato que frequentemente passa despercebido, embora seja logicamente óbvio. Cada Raio é o veículo para uma Entidade cósmica, e toda existência é necessariamente tripla em manifestação. O Sol central tem, dentro de sua periferia, um centro de recepção com uma superfície irradiadora.
No Planeta. Encontra-se no planeta um órgão similar ou receptor dentro do seu corpo etérico, porém sua localidade não pode ser exotericamente revelada. Ele está conectado com a localização dos dois polos, norte e sul, e é o centro ao redor do qual gira o globo e é a fonte da lenda de uma fértil terra central dentro da esfera das influências polares. Aterra mística de extrema fertilidade, de luxuriante abundância e de fenomenal crescimento vegetal, animal e humano, existiria naturalmente onde o prana é recebido. É o esotérico Jardim do Éden, a terra da perfeição física. A radiação da superfície mostra-se como prana planetário, depois da distribuição.
No Homem. O órgão de recepção é o baço, através de sua contraparte etérica. Depois de distribuir-se por todo o corpo via a rede etérica, mostra-se na radiação de superfície como a aura da saúde.

Sétimo. Assim, em todos os três corpos será claramente vista a semelhança, e é facilmente demonstrável a perfeita correspondência:


PRANA DO SISTEMA SOLAR
O SISTEMA SOLAR
Entidade em manifestação O Logos Solar.
Corpo em manifestação O sistema solar.
Centro receptor Polo do Sol central.
Superfície de radiação ou emanação Prana solar.
Movimento produzido Rotação sistêmica.
Efeito distribuidor Radiação solar etérica .(sentida cosmicamente)
O PLANETA
Entidade em manifestação Um Logos planetário.
Corpo de manifestação Um planeta.
Centro receptor O polo planetário.
Superfície de radiação ou emanação Prana planetário
Movimento produzido Rotação planetário.
Efeito distributivo Radiação etérica planetária. (sentida no interior do sistema)
UM SER HUMANO
Entidade em manifestação O pensador, um Dhyan Choan.
Corpo em manifestação Corpo físico.
Centro receptor O baço.
Superfície de radiação ou emanação Aura da saúde.
Movimento produzido Rotação atômica
Efeito distrubitivo Radiação etérica humana (sentida pelo meio ambiente)
O ÁTOMO DE MATÉRIA
Entidade em manifestação Uma vida emementar.
Corpo em manifestação A esfera atômica.
Centro receptor Polo do átomo.
Superfície de radiação ou emanação Contribuição do átomo para a unificação da aura da saúde do átomo.
Movimento produzido Rotação atômica.
Efeito distributivo Radiação etérica atômica. (sentida no interior da forma física)

Oitavo. Quando a “vontade de viver” desaparece, os “Filhos da Necessidade” põem fim à sua manifestação objetiva, o que é, logicamente, inevitável, e sua realização pode ser vista em todos os casos de entidades objetivas. Quando o Pensador, no seu próprio plano, retira sua atenção do seu pequeno sistema dentro dos três mundos, e reúne no seu interior todas as suas forças, então chega ao fim a existência no plano físico e tudo retorna à consciência causal. Esta é uma abstração nos três mundos do Pensador, análoga à abstração do Absoluto no tríplice sistema solar do Logos. Isto se demonstra no plano físico, na retirada pelo topo da cabeça do radiante corpo etérico e a consequente desintegração do físico. A estrutura desaparece, e a forma física se desfaz; a vida prânica é abstraída de seu envoltório denso, e com isso, a estimulação dos fogos da matéria deixa de existir. Permanece o fogo latente que é inerente ao átomo; porém a forma é criada pelos dois fogos da matéria - o fogo ativo e o fogo latente, o radiador e o inerente - e auxiliada pelo fogo do segundo Logos, e quando eles são separados, a forma se desfaz. Este é uma miniatura do quadro da dualidade essencial de todas as coisas sofrendo a ação de Fohat.

Há uma estreita relação entre o baço e o alto da cabeça em conexão com o corpo etérico. O órgão do baço tem uma interessante correspondência com o cordão umbilical que liga o bebê à sua mãe para fins de nutrição, o qual é cortado após o nascimento. Quando o homem passa a viver sua própria vida de desejo consciente, quando ele nasce em um novo mundo de vida mais sutil, esse entrelaçado cordão de matéria etérica (que o unira ao seu corpo físico) é partido; “o cordão prateado é desatado”, e o homem corta sua comunicação com o corpo físico denso e passa, através do mais alto centro do corpo, em vez do mais inferior para a vida em um mundo mais elevado e de outra dimensão. Assim será em todos os corpos e invólucros do microcosmo, pois a analogia persiste em todos os planos durante a manifestação. Quando tivermos alcançado maior conhecimento científico, veremos que o mesmo procedimento, numa escala maior, tem lugar na manifestação planetária.

Um planeta é apenas o corpo de um Logos planetário, sendo esse corpo etérico, e o Logos expressando-se através dele, e construindo sobre a estrutura etérica um veículo de manifestação. A Lua já foi um corpo de expressão para um dos Logoi, como hoje é a Terra, e os ciclos mudam continuamente. O centro de saída para o corpo etérico encontra- se igualmente num planeta físico, e o cordão prateado planetário é desatado no momento indicado; porém as épocas e os ciclos, seu começo e seu término estão ocultos nos mistérios da Iniciação, e não nos dizem respeito.

Também no próprio sistema solar, tem lugar uma ação semelhante no fim de um Mahamanvantara. O Logos Se retirará, abstraindo Seus três grandes princípios. (37)

Seu corpo de manifestação - o Sol e os sete planetas sagrados, todos existindo em matéria etérica - retirar-se-ão da objetividade e ficarão obscuros. Do ponto de vista físico comum, a luz do sistema retirar-se-á. A isto seguir-se-á uma gradual inspiração até que Ele tenha reunido tudo dentro de Si mesmo; o etérico deixará de existir, assim como a teia. Será atingida a plena consciência e nesse momento de realização a existência cessará. Tudo será reabsorvido pelo Absoluto; pralaya, (38) ou o céu de descanso cósmico, surgirá, e a Voz do Silêncio não mais será ouvida. As reverberações da PALAVRA cessarão, e o “Silêncio dos Altos Lugares” reinará supremo.

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II. A NATUREZA DE PRANA

Ao tratar do assunto do corpo etérico e suas funções como assimilador e distribuidor de prana, fizemo-lo sob o ponto de vista de seu lugar no esquema das coisas. Tratamos deste assunto dos éteres sob o ângulo de correspondências, e traçamos analogias no sistema, no planeta e no homem. Vimos que ele, prana, formou os fundamentos da forma física densa e, em si mesmo, constituiu um importantíssimo elo entre:

a. O homem físico e o plano emocional ou astral.
b. O Homem planetário e a qualidade emocional essencial.
c. O Logos, o grande Homem Celestial, e o plano astral cósmico.

Podemos agora limitar o assunto, considerando apenas o corpo etérico humano sem mencionar as correspondências sistêmicas ou cósmicas, embora possa ser necessário lembrar que, para o estudante atento, a linha da sabedoria é a da interpretação; aquele que conhece a si mesmo (em manifestação objetiva, qualidade essencial e completo desenvolvimento) conhece igualmente o Senhor do seu Raio, e o Logos do seu sistema. É então uma questão de aplicação, de consciente expansão e de inteligente interpretação, aliada a uma sábia abstenção de asserções dogmáticas e o reconhecimento de que a correspondência reside mais na qualidade e método do que na detalhada adesão a uma ação específica em qualquer dado momento na evolução.

Tudo que podemos oferecer aqui é material que, após correta reflexão, possa resultar em uma vida mais inteligente e prática, no sentido oculto do termo “vida”; material que - se estudado científica, religiosa e filosoficamente - possa conduzir à ampliação das metas do processo evolutivo no ciclo menor vindouro. Nosso objetivo, pois, é tornar o corpo secundário do homem mais real, e mostrar algumas de suas funções e como, de forma consciente, ele pode ser levado ao campo da compreensão mental.

A ciência, como sabemos, está rapidamente chegando ao ponto em que será forçada a admitir o fato do corpo etérico, porque as dificuldades da recusa em reconhecê-lo serão mais insuperáveis do que a admissão de sua existência. Os cientistas já admitem o fato da matéria etérica; o sucesso do esforço fotográfico já demonstrou a realidade daquilo que até agora tem sido considerado irreal, porque (sob o ponto de vista físico), é intangível. A todo momento estão ocorrendo fenômenos que permanecem no domínio do sobrenatural, a menos que sejam explicados por meio da matéria etérica. Na sua ansiedade em provar que os espiritualistas estão errados, os cientistas ajudaram a causa do verdadeiro e mais elevado espiritismo ao recorrer à realidade do fato do corpo etérico, muito embora o considerem um corpo de radiação emanativa, estando preocupados com o efeito e não tendo ainda determinado a causa.
Os homens da ciência estão começando a estudar, ainda às cegas, a questão da vitalidade, o efeito dos raios solares sobre o organismo físico, e as leis subjacentes do calor e radiação inerentes. Eles estão começando a atribuir ao baço funções até agora não reconhecidas, a estudar os efeitos da ação das glândulas e sua relação com a assimilação das essências vitais da estrutura corporal. Eles estão no caminho certo, e talvez ainda neste século XX, o FATO do corpo etérico e sua função básica estejam estabelecidos além de qualquer controvérsia, e a meta de toda a medicina preventiva e curativa será transferida para um nível mais elevado. Tudo que podemos fazer aqui é, simplesmente e em forma condensada, oferecer alguns fatos que poderão acelerar o dia do reconhecimento, e aumentar o interesse do verdadeiro investigador. Vamos, pois, indicar o que será tratado nos nossos três pontos restantes:

• As funções do corpo etérico.
• Sua relação com o físico durante a vida.
• Os males ou doenças do corpo etérico (tendo cuidado para manter o sentido original da palavra “disease”)
• Sua condição após a morte.

Isto abrangerá tudo que, por enquanto, é de uso prático. Maiores detalhes estarão disponíveis mais tarde se o que agora é dado ao público for cuidadosamente seguido, e se os investigadores estudarem este importante assunto com sábia profundidade.

À medida que a natureza e funções do corpo etérico do homem assumirem seu correto lugar no pensamento do mundo e se aceitar o fato de que o etérico é o mais importante dos dois corpos físicos, o homem será posto em contato mais estreito com as outras evoluções que se desenvolvem na matéria etérica assim como ele o faz em seu corpo físico denso. Há certos grandes grupos de devas, que chamamos “devas das sombras”, ou devas violeta, que estão estreitamente associados ao desenvolvimento evolutivo do corpo etérico do homem, os quais transmitem a ele a radiação solar e planetária. O corpo etérico do homem recebe prana de diferentes modos e de espécies diferentes, e todos esses modos o põem em contato com variadas entidades.

1. Prana solar

O prana solar é o fluído vital e magnético irradiado pelo Sol e transmitido ao corpo etérico humano pela intermediação de certas entidades dévicas de ordem elevada e de cor dourada. O fluido passa através de seus corpos e é emitido como poderosas radiações, as quais são diretamente aplicadas através de certos plexos na parte superior do corpo etérico, a cabeça e ombros, e passada para a correspondência etérica do órgão físico, o baço, e a partir daí para o próprio baço. Estas douradas entidades prânicas estão no ar acima de nós, e especialmente ativas em partes do mundo, como a Califórnia, e naqueles países tropicais onde o ar é puro e seco, e os raios do sol são reconhecidamente benéficos.

As relações entre o homem e este grupo de devas é muito estreita, porém, por enquanto, cheia de perigo para o homem. Estes devas pertencem a uma ordem muito poderosa e, segundo sua própria linha, mais evoluídos do que o próprio homem. Quando desprotegido, o homem fica à sua mercê; é nesta falta de proteção e na incapacidade do homem compreender as leis da resistência magnética e da repulsão solar que advém a ameaça de insolação. O homem ficará imune aos perigos da radiação solar, quando o corpo etérico e seus processos de assimilação forem cientificamente compreendidos. O homem, então, proteger-se-á pela aplicação das leis que governam a atração e repulsão magnética e não tanto pelas roupas ou abrigo. Tudo é uma questão de polarização. Podemos indicar aqui que, quando os homens compreenderem melhor a evolução dévica, reconhecerem seu trabalho segundo certas linhas em conexão com o Sol, e compreenderem que o próprio homem, o aspecto masculino - pois a quarta Hierarquia Criadora é masculina (39) - eles compreenderão o relacionamento mútuo, e governarão esse relacionamento segundo a lei.

Estes devas solares recebem os raios de radiação do Sol que vêm do centro para a periferia por um dos três canais de aproximação, passa- os para o seu próprio organismo e aí os focaliza. Eles agem quase como um espelho ardente. Aí então, esses raios são refletidos ou transmitidos para o corpo etérico do homem, que os capta e, por sua vez, os assimila. Quando o corpo etérico está em ordem e funcionando corretamente, uma quantidade suficiente deste prana é absorvida para manter a forma organizada. Este é todo o objetivo do funcionamento do corpo etérico e é um ponto jamais suficientemente enfatizado. O restante é eliminado sob a forma de radiação animal ou magnetismo físico - ambos os termos expressam a mesma ideia. Portanto, o homem repete, em escala menor, o trabalho dos grandes devas solares, e por sua vez, adiciona sua cota de emanação repolarizada ou remagnetizada à soma total da aura planetária.

2. Prana planetário

O prana planetário é o fluido emanado de qualquer planeta, o qual constitui sua coloração ou qualidade básica, e é produzido por uma repetição no interior do planeta do mesmo processo sofrido em relação com o homem e o prana solar. Um planeta - seja ele a Terra ou qualquer outro planeta - absorve o prana solar, assimila o que é necessário, e descarta o que não é essencial ao seu bem-estar, sob a forma de radiação planetária. Portanto, o prana planetário é prana solar que já passou através do planeta, circulou através do corpo etérico planetário, foi transmitido ao planeta físico denso, e lançado fora sob a forma de uma radiação do mesmo caráter essencial do prana solar, mais a qualidade individual e distintiva do planeta em questão. Novamente é repetido o processo sofrido no corpo humano. As radiações físicas dos homens diferem segundo a qualidade de seus corpos físicos, e o mesmo se dá com um planeta.

O prana planetário emanado, como no caso do prana solar, é captado e transmitido via um particular grupo de devas, chamados os “devas das sombras”, que são devas etéreos de colorido ligeiramente violeta. Seus corpos são compostos da matéria de um ou outro dos quatro éteres, e eles focalizam e concentram as emanações do planeta e de todas as formas nele existentes. Sua conexão é especialmente estreita com os seres humanos devido à essencial semelhança de sua substância corporal com a substância etérica do homem, e porque eles transmitem ao homem o magnetismo da “Mãe Terra”, como ele é chamado. Vemos, então, que há dois grupos de devas trabalhando em conexão com o homem:

a. Os devas solares, que transmitem o fluido vital que circula no corpo etérico.

b. Os devas planetários de cor violeta, que são vinculados ao corpo etérico, e que transmitem o prana da Terra, ou o prana de qualquer outro planeta em que o homem possa estar funcionando durante uma encarnação física.

Podemos aqui fazer uma pergunta totalmente pertinente, e embora não possamos explicar de todo o mistério, podemos oferecer algumas sugestões. Podemos perguntar: O que causa a aparente morte da Lua? Há nela vida dévica? O prana solar não tem efeito lá? Em quê reside a diferença entre a Lua, aparentemente morta, e um planeta vivo, como a Terra? (40)

Tocamos aqui num mistério oculto, cuja solução é revelada àqueles que buscam, no fato de que seres humanos e certos grupos de devas não mais são encontrados na Lua. O homem não deixou de existir na Lua por ser ela um planeta morto, e não poder portanto sustentar-lhe a vida, mas sim a Lua está morta, porque o homem e esses grupos de devas foram removidos de sua superfície e da esfera de sua influência (41). O homem e os devas atuam em todos os planetas ou como intermediários, ou como agentes transmissores. Onde eles não são encontrados, certas atividades tornam-se impossíveis, e a desintegração se instala. A razão para este afastamento reside na Lei Cósmica de Causa e Efeito, ou carma cósmico, e na composta - embora individual - história daquele Homem Celestial Cujo corpo fosse a Lua ou qualquer outro planeta morto a qualquer tempo.

3. O prana das formas

É preciso dizer-se primeiro que as formas são necessariamente de duas espécies, cada uma tendo um lugar diferente no esquema:

a) Formas que são o resultado do trabalho do terceiro e segundo Logos, e a vida que Os unifica. Tais formas são as unidades nos reinos vegetal, animal e mineral.

b) Formas que são o resultado da ação unificada dos três Logoi, e abrange estritamente as formas dévicas e humanas.

Existe também a forma ainda mais simples incorporada na substância da qual todas as outras formas são feitas. Estritamente falando, esta é a matéria atômica e molecular, animada pela vida ou energia do terceiro Logos.

DIAGRAMA II
LOGOS DE UM SISTEMA SOLAR

Ao tratar do primeiro grupo de formas, é preciso notar que as emanações prânicas emitidas pelas unidades dos reinos animal e vegetal (depois de terem elas absorvido o prana solar e o planetário) são, naturalmente, uma combinação dos dois pranas, e transmitidas, por meio da radiação de superfície (como no prana solar e planetário), para certos grupos menores de devas de ordem pouco elevada, os quais têm curiosa e intricada relação com a alma grupal do animal ou vegetal radiadores. Este assunto não pode ser tratado aqui. Estes devas são também de tom violeta, quase cinza. Eles estão em estado de transição e misturam- se numa embaraçosa confusão com grupos de entidades que estão quase no arco involutivo. (42, 43, 43)

Ao lidar com o segundo grupo, as radiações humanas são transmitidas a devas de um grau muito superior. Estes devas são de tonalidade mais pronunciada e, depois de assimilarem a radiação humana, transmitem-na principalmente para o reino animal, demonstrando dessa maneira a estreita relação existente entre os dois reinos. Se a explanação acima da intricada inter-relação entre o sol e os planetas, entre os planetas e as formas que neles evoluem, entre as próprias formas em decrescente importância nada mais demonstra que uma espantosa interdependência de todas as existências, muita coisa terá sido alcançada.

Um outro fato que precisa ser destacado é a estreita relação entre todas essas evoluções da natureza, desde o sol celestial à mais humilde violeta, via a evolução dévica, a qual atua como transmissora da força transmutadora através de todo o sistema.

Finalmente, todas trabalham com o fogo. Fogo interno, inerente e latente; fogo radiador e emanador; fogo gerado, assimilado e irradiado; fogo que vivifica, estimula e destrói; fogo transmitido, refletido, e absorvido; fogo, a base de toda vida; fogo, a essência de toda existência; fogo, o meio do desenvolvimento, e o impulso por trás de todo o processo evolutivo; fogo, o construtor, o preservador, e o arquiteto; fogo, o originador, o processo, e a meta; fogo, o purificador e o consumidor. O Deus do Fogo e o fogo de Deus interagindo um sobre o outro, até que todos os fogos se mesclem e ardam e até que tudo que existe passe através do fogo - de um sistema solar a uma formiga - e venha a emergir como tríplice perfeição. O fogo então ultrapassa o círculo-não-se-passa como essência aperfeiçoada, seja ela a essência emergindo de um círculo-não-se-passa humano, o círculo-não-se-passa planetário ou o solar. A roda de fogo gira e tudo no interior dessa roda está sujeito à chama tríplice, e finalmente, tudo se mostra perfeito.

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III. A FUNÇÃO DO CORPO ETÉRICO

Continuaremos agora com a discussão do corpo etérico, considerando sua função e sua relação com o corpo físico.

Os dois devem ser considerados juntos, pois sua inter-relação é tão estreita que não é possível discuti-los separadamente. Em princípio, são em número de três as funções do corpo etérico:

1. Ele é o receptor de prana.
2. É o assimilador de prana.
3. É o transmissor de prana.

1. O receptor de prana

O corpo etérico pode, pois, ser descrito como negativo ou receptivo no que diz respeito aos raios do sol, e positivo ou expulsivo no que diz respeito ao corpo físico denso. A segunda função - a da assimilação - é estritamente estabilizadora ou interna. Como foi dito anteriormente, as emanações prânicas do sol são absorvidas pelo corpo etérico, via certos centros encontrados principalmente na parte superior do corpo, de onde são direcionados para baixo para o centro chamado baço etérico, uma vez que ele é a contraparte em matéria etérica daquele órgão. No presente, o principal centro para a recepção de prana é um centro entre as omoplatas. Um outro tornou-se parcialmente adormecido, no homem, devido aos abusos da chamada civilização, e está situado ligeiramente acima do plexo solar.

Na próxima raça-raiz, e principalmente na raça atual, é necessário expor estes dois centros aos raios do sol, o que trará uma grande melhoria na vitalidade física e adaptabilidade. Estes três centros,

1. Entre as omoplatas,
2. Acima do diafragma,
3. E o baço

formam, se o pudéssemos ver, um radiante triângulo etérico, o qual é o impulso originador da circulação prânica através de todo o sistema. O corpo etérico é, na realidade, uma rede de delgados canais, que são as partes componentes de um fino cordão entrelaçado, uma porção do qual é o elo magnético que une o corpo físico ao astral e que é rompido depois que o corpo etérico se retira do corpo físico na hora da morte. O cordão prateado é desatado, como diz a Bíblia (44) e esta é a origem da lenda da irmã fatal que corta o fio da vida com a temida tesoura.

A rede etérica é composta da intricada tecitura deste cordão "vitalizado, e além dos sete centros na rede (os quais correspondem aos centros sagrados, sendo o baço frequentemente considerado um deles) tem os dois acima mencionados, o que forma - com o baço - um triângulo de atividade. A rede etérica do sistema solar é de natureza análoga e tem, igualmente, seus três centros receptores de prana cósmico. A misteriosa faixa nos céus, que nós chamamos de Via Láctea (D.S. II, 250) está estreitamente relacionada com o prana cósmico, ou aquela vitalidade cósmica ou nutrição que vitaliza o sistema solar etérico.

2. O assimilador de prana

O processo de assimilação é levado a efeito neste triângulo, e o prana que entra em cada centro circula três vezes ao redor do triângulo antes de ser transmitido a todas as partes do veículo etérico e daí para o corpo físico denso. O principal órgão de assimilação é o baço - o centro etérico e o órgão físico denso. A essência vital do sol é passada para o baço etérico e lá é submetida a um processo de intensificação, ou de desvitalização segundo a condição - sadia ou não - desse órgão. Se o homem estiver saudável, a emanação recebida será aumentada por sua própria vibração individual, e a velocidade de sua vibração será regulada antes de passar para o baço físico; ou será reduzida se forem pobres suas condições de saúde.

Estes três centros têm, como os demais, a forma de pires, lembrando pequenos redemoinhos que atraem para sua esfera de influência as correntes que passam por eles.

Os centros devem ser visualizados como vórtices rodopiantes com um canal tríplice entrelaçado passando de um centro para outro, e formando quase que um sistema circulatório separado. Este tem o ponto de partida para todo o sistema no lado oposto do baço ao de entrada do prana. O fluído vital circula três vezes entre esses três centros antes de finalmente sair deles para a periferia de seu pequeno sistema. Esta circulação final, via os delgados canais entrelaçados, leva o prana a todas as partes do corpo, o qual fica inteiramente impregnado das três emanações, se é que posso assim expressar-me. Essas emanações encontram finalmente sua saída do sistema etérico por meio da radiação de superfície. A essência prânica escapa da circunstância de seu temporário círculo-não-se-passa sob a forma de prana humano emanativo, o qual é o mesmo prana anteriormente recebido, acrescido da peculiar qualidade que cada indivíduo possa transmitir-lhe durante sua transitória circulação. A essência escapa acrescida da qualidade individual.

Aqui pode mais uma vez ver-se a correspondência do escapar do círculo-não-se-passa de todas as essências quando o ciclo estiver completo.

O assunto do corpo etérico é de grande interesse prático, e quando compreendermos melhor sua importância, os homens darão mais atenção à distribuição do prana dentro do corpo e providenciarão para que a vitalização do corpo, via os três centros, prossiga sem impedimentos.

O assunto tem de necessariamente ser tratado de forma superficial e apenas um esboço e uns poucos indícios podem ser dados. Contudo, veremos que se este ensinamento for estudado com atenção, ele apresenta um conhecimento de verdades cujo calibre e conteúdo provarão ser inestimáveis e de uma espécie até agora não divulgada. O lugar da bainha etérica como um separador ou círculo-não-se-passa, e suas funções como receptor e distribuidor de prana estão tratados aqui num sentido mais vasto do que até então, e o assunto pode ser desenvolvido mais tarde.

Dentre o agregado de fatos tão superficialmente tratados aqui, destacam-se duas verdades fundamentais:

Primeira: O quarto subplano etérico do plano físico é de imediato interesse do

a. Homem, o Microcosmo,
b. Homem Celestial, o Logos planetário,
c. Grande Homem dos Céus, o logos Solar.

Segunda: Nesta quarta cadeia e quarta ronda, o quarto éter está começando a ser estudado, e - visto como uma teia separadora - ele permite saída ocasional àqueles de vibração adequada.

3. O Transmissor de Prana

Nós tocamos brevemente no assunto do fogo, sendo o propósito do corpo etérico transmiti-lo e distribuí-lo para todas as partes do sistema. 

Estendemo-nos sobre fatos que poderiam estimular interesse e demos ênfase à utilidade deste veículo prânico. Certos fatos precisam de maior destaque e consideração à medida que estudamos este estático círculo-não-se-passa e os fogos que nele circulam. Para maior clareza, vamos recapitular brevemente:

O Sistema recebe prana de fontes cósmicas via três centros, e o redistribui para todas as partes de sua extensa influência, ou para os limites da rede etérica solar. Este prana cósmico é colorido pela qualidade solar e alcança os mais distantes limites do sistema. Podemos descrever sua missão como a vitalização do veículo que é a expressão material física do Logos solar.

O Planeta recebe prana do centro solar, e o redistribui, para todas as partes de sua esfera de influência, via os três centros receptores. Este prana solar é colorido pela qualidade planetária e é absorvido por todas as evoluções encontradas no círculo-não-se-passa planetário. Podemos descrever sua missão como a vitalização do veículo que é a expressão física material de um ou outro dos sete Homens Celestiais.

O Microcosmo recebe prana do sol depois que ele permeou o veículo etérico planetário, de modo que ele é prana solar, acrescido da qualidade planetária. Cada planeta é a incorporação de um aspecto de raio, e sua qualidade é marcada predominantemente em toda a sua evolução.

O prana, portanto, que é calor radiador ativo, varia em vibração e qualidade de acordo com a Entidade receptora. O homem passa o prana através de seu veículo etérico, colore-o com sua própria qualidade peculiar, e então transmite-o às vidas menores que compõem seu pequeno sistema. Desse modo, prossegue a grande interação, e todas as partes se fundem e mesclam e são interdependentes; e todas as partes recebem, colorem, qualificam e transmitem. Prossegue uma infindável circulação que, do ponto de vista do homem finito, não tem um começo concebível nem um final possível, uma vez que sua origem e final estão ocultos na desconhecida fonte cósmica. Se fossem perfeitas as condições em toda a parte, esta circulação prosseguiria sem impedimentos e poderia resultar numa condição de duração quase infinita, porém limitação e término resultam enquanto os efeitos da imperfeição vão dando lugar a uma gradual perfeição.

Cada ciclo se origina de um outro ciclo de relativa inteireza e dará lugar a uma espiral ainda mais alta; é assim que surgem períodos de aparente perfeição relativa conduzindo a outros que são ainda maiores.

A meta para este ciclo maior é, como sabemos, a fusão dos dois fogos da matéria, latente e ativo, e sua fusão com os fogos da mente e do espírito até que eles se percam de vista na chama geral; os fogos da mente e do espírito queimam a matéria e assim provocam a liberação dos veículos que a prendiam. O altar da terra é o lugar do nascimento do espírito, seu liberador da mãe-matéria, e sua entrada para reinos superiores.

Daí, quando o veículo prânico está funcionando perfeitamente nos três grupos, humano, planetário e solar, a união com o fogo latente estará realizada. Aqui está a razão para a ênfase sobre a necessidade de construir veículos físicos puros e refinados. Quanto mais refinada e rarefeita a forma, melhor será ela receptora de prana, e menor será a resistência encontrada à elevação de kundalini no devido momento. Matéria tosca e corpos físicos grosseiros e imaturos são uma ameaça para o ocultista, e nenhum verdadeiro vidente será encontrado num corpo grosseiro. Os perigos da ruptura são grandes demais, e a ameaça da desintegração pelo fogo terrível demais.

Uma só vez na história da raça, (nos dias da Lemúria) foi isto visto na destruição da raça e dos continentes pelo fogo. Os Guias da raça daquela época lançaram mão deste meio para provocar o fim de uma forma inadequada. O fogo latente na matéria, como se vê, por exemplo, numa erupção vulcânica, e o fogo radiador do sistema combinaram-se. A kundalini planetária e a emanação solar precipitaram-se em conjunção, e o trabalho de destruição foi realizado. A mesma coisa poderá acontecer novamente, só que em matéria do segundo éter e os efeitos, portanto, serão menos severos devido à rarefação deste éter e ao maior comparativo refinamento dos veículos.

Podemos assinalar aqui um fato de interesse, embora de um mistério ainda insolúvel para a maioria: o fato de que estas destruições pelo fogo são parte das provas pelo fogo de uma iniciação daquele Homem Celestial Cujo carma está vinculado à nossa Terra.

Cada destruição de uma porção da teia resulta numa maior facilidade de saída e é, na realidade, quando vista a partir dos planos superiores, um passo adiante e uma expansão. Uma repetição disto tem lugar igualmente no sistema nos ciclos estabelecidos.

4. Desordens do corpo etérico

Estudaremos agora o corpo etérico, suas afecções e também sua condição após a morte. Este é um assunto que será apenas mencionado, uma vez que tudo que pode ser agora indicado é uma ideia geral das afecções fundamentais a que o corpo etérico pode estar sujeito, e o rumo que a medicina aplicada poderá tomar, mais tarde, quando as leis ocultistas forem melhor compreendidas. Um fato há que precisa ser destacado - um fato pouco compreendido ou mesmo não percebido, que é o significativo fato de que as doenças do veículo etérico no caso do microcosmo, serão igualmente encontradas no Macrocosmo. Está aqui o conhecimento que muitas vezes explica as aparentes misérias da natureza. Alguns dos grandes males mundiais têm origem em afecções etéricas, estendendo a ideia do etérico para as condições planetárias e mesmo para as condições solares. À medida que tocarmos nas causas dos problemas etéricos no homem, poderemos talvez perceber suas correspondências e reações planetárias e solares. Enquanto estivermos estudando este assunto é importante lembrar que todas as doenças do corpo etérico pertencerão a seu tríplice propósito e serão:

a. Funcionais, e portanto afetando sua apreensão de prana, ou
b. Orgânicas,e portanto afetando sua distribuição de prana, ou
c. Estáticas, e portanto afetando a teia, na sua função de prover um círculo-não-se-passa físico, e atuando como separador entre o físico e o astral.

Estes três diferentes grupos de funções ou propósitos são, cada um, da maior importância, embora conduzindo a resultados totalmente diferentes e reagindo de forma diferente tanto interna quanto externamente.

Visto a partir do ponto de vista planetário, serão percebidas as mesmas condições e o corpo etérico planetário (que é fundamentalmente o corpo no caso dos planetas sagrados, o que não é o caso da Terra) sofrerá suas desordens funcionais, que afetará sua recepção de prana, terá problemas orgânicos, que afetarão sua distribuição, e sofrerá desordens na teia etérica, que forma o círculo-não-se-passa do Espírito planetário em questão. Quero destacar aqui que, no caso dos Espíritos planetários Que estão no arco evolutivo divino - os Homens Celestiais Cujos corpos são planetas - a teia etérica não constitui uma barreira, mas, assim como os Senhores do Carma num plano mais elevado. Eles têm liberdade para movimentar-se fora dos limites da teia planetária dentro da circunferência do círculo-não-se-passa solar. (46 )

Também do ponto de vista sistêmico, podemos observar estes mesmos efeitos: funcionalmente desta vez em conexão com o centro cósmico; organicamente, em conexão com a soma total dos sistemas planetários; e estaticamente, em conexão com o círculo-não-se-passa solar ou logoico.

Para maior clareza, podemos agora analisar estes três grupos separadamente e aludir (pois mais não é possível) a métodos de cura e ajustamento.

a. Desordens funcionais microcósmicas

Estas referem-se à recepção de fluídos prânicos pelo homem, via os centros necessários. É preciso lembrar sempre, para manter clara a distinção, que essas emanações de prana estão ligadas ao fogo latente na matéria; quando recebidas, e corretamente funcionando através do corpo etérico, elas cooperam com o calor natural latente no corpo ao qual se mesclam, e mantêm o corpo vitalizado, impondo à matéria do corpo uma certa velocidade de ação vibratória que leva à necessária atividade do veículo físico, e ao correto funcionamento dos órgãos. Fica claro, portanto, que o A. B. C. da saúde corporal está totalmente envolvido com a correta recepção de prana e que, uma das mudanças básicas a serem feitas na vida do animal humano - pois esse é o aspecto de que estamos tratando agora - será nas condições do viver.

Os três centros fundamentais de recepção precisam funcionar com maior liberdade e menor restrição. Porém, devido a séculos de viver incorretamente, e aos erros básicos originados nos dias de Lemúria, os três centros prânicos do homem não mostram bom funcionamento. O centro entre as omoplatas é o que está em melhores condições embora, devido às precárias condições da coluna vertebral que está fora de alinhamento em tantas pessoas, a posição desse centro, nas costas, tende a estar mal colocada. O centro esplênico, perto do diafragma, é de tamanho abaixo do normal e sua vibração não está correta. No caso dos nativos de localidades como os Mares do Sul, são encontradas melhores condições etéricas, pois a vida que levam é mais normal, sob o ponto de vista animal, do que qualquer outra parte do mundo.

A raça sofre de certas incapacidades que podem ser assim descritas:

Primeiro. Incapacidade de captar as correntes prânicas devido às condições difíceis em que muitos vivem. Isto embarga o suprimento da fonte e a consequente atrofia dos centros de recepção. Vê-se isto em forma exagerada nas crianças das áreas congestionadas de qualquer grande cidade, e nos anêmicos moradores das favelas. A cura é clara - oferecer melhores condições de vida, uso de vestuário mais apropriado e a adoção de um modo de vida mais livre e saudável. Quando os raios prânicos conseguem livre acesso aos ombros e ao diafragma, o estado subnormal do baço ajusta-se automaticamente.

Segundo. Super habilidade para absorver as correntes prânicas. O primeiro tipo de desordem funcional é comum e corrente. O seu universo encontra-se onde as condições de excessiva e prolongada exposição à emanação solar tornam os centros hiperdesenvolvidos, vibrando com excessiva rapidez e recebendo prana em demasia. Isto é mais raro, porém encontra-se em alguns países tropicais, sendo responsável pela debilidade que ataca os moradores dessas terras. O corpo etérico recebe prana ou os raios solares demasiadamente rápido, passa-os através e para fora do sistema com excesso de força e deixa a vítima presa da inércia e desvitalização. Em outras palavras, o corpo etérico torna-se preguiçoso, semelhante a uma teia desfeita ou lembra uma raquete de tênis gasta e que perdeu sua elasticidade. O triângulo interno transmite as emanações prânicas com excessiva rapidez, não dando tempo à absorção e todo o sistema é prejudicado. Mais tarde ver-se-á que muitos dos males sofridos pelos europeus que vivem na índia têm nisso a sua origem. Daí que dando atenção ao baço e com cuidadoso controle das condições de vida, alguns problemas poderão ser evitados.

Em condições semelhantes no planeta, ambos esses tipos de problemas serão encontrados. Mais não pode ser dito, mas, num cuidadoso estudo da radiação solar sobre a superfície do planeta em conexão com sua ação rotativa, algumas das regras de saúde do grupo podem ser compreendidas e seguidas. O espírito do planeta, ou a entidade planetária, também tem seus ciclos, e na absorção do prana planetário, e em sua correta distribuição, reside o segredo da fertilidade e da vegetação uniforme. Grande parte disto está oculto na fábula da guerra entre o fogo e a água, a qual está baseada na reação do fogo latente na matéria ao fogo que emana fora da matéria e agindo sobre ele. No intervalo que transcorre enquanto os dois estão em processo de fusão, vêm aqueles períodos onde, através da herança cármica, a recepção é instável e desigual a distribuição. À medida que o ponto de equilibrium da raça for alcançado, será também alcançado o equilibrium planetário e com isso virá o equilibrium que mutuamente terá lugar entre os planetas solares. Quando eles alcançarem o equilíbrio mútuo e a interação, então o sistema estará estabilizado e terá sido alcançada a perfeição. A uniforme distribuição de prana acompanhará este equilíbrio no homem, na raça, no planeta e no sistema. Esta é uma maneira de dizer que a vibração uniforme será alcançada.

b. Desordens orgânicas microcósmicas

Basicamente são em número de duas: Problemas devidos à congestão e destruição do tecido devido a hiperabsorção de prana, ou sua mescla excessivamente rápida com o fogo físico.

Temos uma curiosa ilustração destas duas formas de problema na insolação e na internação. Embora supostamente entendidas pelos médicos, elas são, não obstante, desordens etéricas. Quando a natureza do corpo etérico for melhor compreendida e seguidos os seus cuidados, os dois tipos de mal serão evitados. Ambos são devidos à emanação do prana solar; em um caso o efeito da emanação é provocar a morte ou séria afecção através da congestão de um canal etérico, enquanto que no outro caso o mesmo resultado é provocado pela destruição da matéria etérica.

A ilustração acima foi usada com intento definido, porém deve-se destacar que a congestão etérica pode levar a muitas formas de doenças físicas e mentais. A congestão etérica leva ao espessamento da teia bastante anormal e este espessamento, por exemplo, pode impedir o contato com o Eu superior e certos princípios, resultando daí idiotia e desequilíbrio mental. Pode levar a um desenvolvimento anormal e espessamento de algum órgão interno resultando em pressão indevida. Quando uma porção do corpo etérico está congestionada pode desorganizar toda a condição física, resultando daí diversos achaques.

A destruição dos tecidos pode causar insanidade de várias espécies, principalmente aquelas consideradas incuráveis. A queima da teia pode deixar entrar correntes astrais estranhas contra as quais o homem é indefeso; o tecido cerebral pode ser inteiramente destruído por esta pressão, é sério o dano causado devido ao lugar destruído do círculo-não-se-passa etérico.

Em relação ao planeta, pode-se encontrar uma situação semelhante. Maiores informações serão dadas mais tarde, que por enquanto, não podem ser divulgadas. Elas mostrarão que raças inteiras têm sido influenciadas e perturbados certos reinos da natureza pela congestão etérica planetária, ou pela destruição do tecido etérico planetário.

Tratamos dos males funcionais e orgânicos do etérico e demos certas indicações quanto à extensão do conceito para outros reinos além do humano. A chave encontra-se no reino humano, porém o girar da chave abre a porta a uma interpretação mais ampla e aos mistérios da natureza. Embora essa chave tenha de ser girada sete vezes, ainda assim, uma única volta revela incontáveis vias de compreensão final. (47, 48)

Acabamos de considerar a recepção e distribuição das emanações prânicas no homem, no planeta e no sistema, e vimos o quê provoca desordens temporárias e a desvitalização ou hiper-vitalização da forma orgânica. Podemos agora abordar o assunto sob um terceiro ângulo e assim estudar as:

c. Desordens estáticas microcósmicas, ou uma consideração do corpo etérico em conexão com seu trabalho de prover um círculo-não-se-passa puramente físico para o astral. Como já foi dito não só aqui como nos livros de H.P.B., o círculo-não-se-passa (48ª) é aquela barreira limitadora que funciona como uma separação, ou uma divisão entre um sistema e tudo que é exterior a esse sistema. Este, como podemos ver, tem interessantes correlações quando consideramos o assunto (como sempre devemos fazê-lo) do ponto de vista de um ser humano, de um planeta e de um sistema, lembrando sempre que ao tratar do corpo etérico estamos lidando com matéria física. É preciso sempre ter isto em mente. Portanto, em todos os grupos e formações será encontrado um fator predominante que é o fato de que o círculo-não-se-passa funciona como um empecilho somente para aquilo que é de menor conquista na evolução, porém não constitui barreira para o que está mais adiantado. Toda a questão depende de duas coisas, que são o carma do homem, do Logos planetário e do Logos solar, e o domínio do morador interno espiritual sobre o seu veículo.

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IV. ÉTERES MACROCÓSMICOS E MICROCÓSMICOS

1. O Logos planetário e os Éteres

O homem, o pensador interno, sai de seu círculo-não-se-passa, à noite, e funciona em outro lugar. Também, sob a Lei, o Logos planetário pode sair do seu círculo-não-se-passa em determinadas estações que, no planeta, correspondem às horas do repouso temporário do homem, ou pralaya.

O Logos solar também faz a mesma coisa durante determinados ciclos, que não são os ciclos que nós chamamos de pralaya solar, mas ciclos menores que sucedem os “dias de Brahma”, ou períodos de menor atividade, vistos periodicamente. Todos estes períodos são governados pelo carma, e assim como o verdadeiro Homem aplica, ele próprio, a lei do carma aos seus veículos, em seu pequenino sistema está a correspondência daquele quarto grupo de entidades cármicas que chamamos de Senhores Lipikas, Ele aplica a lei à sua tríplice natureza inferior. O quarto grupo de Entidades extra cósmicas Que têm lugar subsidiário ao dos três Logoi cósmicos, Que são a tríplice soma total da natureza logoica, podem atravessar as fronteiras do círculo-não-se-passa solar nos Seus ciclos determinados. Este é um profundo mistério, cuja complexidade aumenta se nos lembrarmos de que a quarta Hierarquia Criadora de Mônadas humanas e os Senhores Lipika em Seus três grupos (o primeiro, o segundo, e os quatro Maharajahs formando a totalidade dos tríplices regentes cármicos que se encontram entre o Logos solar e os sete Logoi planetários), estão mais estreitamente aliados do que as outras Hierarquias, e seus destinos estão intimamente entrelaçados.

Um outro elo que devemos considerar nesta cadeia reside no fato de que os quatro raios da mente (que dizem respeito ao carma dos quatro Logoi planetários) em sua totalidade têm sob sua responsabilidade o presente processo evolutivo para o Homem, visto como o Pensador. Estes quatro, juntamente com os quatro cármicos, trabalham na mais estreita cooperação. Temos, portanto, os seguintes grupos interagindo:

Primeiro. Os quatro Maharajahs, os Senhores Lipika menores, (49) que aplicam o carma passado e o elaboram no presente.

Segundo. Os quatro Lipikas do segundo grupo, a que se refere H.P.B. como ocupados em aplicar o carma futuro e dirigir o destino futuro das raças. O trabalho do primeiro grupo de quatro Senhores Lipika cósmicos é oculto e somente será parcialmente revelado na quarta Iniciação, por isso não é mencionado aqui.

Terceiro. A quarta Hierarquia Criadora de Mônadas humanas é mantida por uma quádrupla lei cármica sob a direção dos Lipikas.

Quarto. Os quatro Logoi (50) planetários da Harmonia, do Conhecimento, do Pensamento Abstrato e do Cerimonial, que são, na Sua totalidade, o Quaternário de Manas enquanto no processo de evolução e sob Cuja influência passam todos os filhos dos homens.

Quinto. Os Senhores Devas dos quatro planos de Budi, ou o plano da Intuição espiritual; Manas, ou o plano mental; Desejo e o Físico, os quais estão igualmente associados à evolução humana de maneira mais estreita do que os três superiores.

Uma outra correspondência interessante encontra-se nos seguintes fatos que estão ainda agora em processo de desenvolvimento.

O quarto plano de Budi é aquele em que os Logoi planetários começam a escapar de Seus círculos-não-se-passa, ou da teia etérica que tem sua contraparte em todos os planos.

Quando o homem começa, aos poucos, a coordenar o veículo búdico ou a expressá-lo de algum modo, quando ele desenvolveu o poder de contatar, ainda que levemente, o plano búdico, então ele começa simultânea e conscientemente a alcançar a habilidade de escapar da teia etérica no plano físico. Mais tarde, ele escapa da teia correspondente no plano astral, e finalmente, na correspondente no quarto subplano no plano mental, desta vez via a unidade mental. Isto leva finalmente ao funcionamento causal, ou à habilidade para lá habitar e ser ativo no veículo do Ego, que é a incorporação do aspecto amor e sabedoria da Mônada. Observem aqui esse fato comprovado que muitos podem mesmo agora escapar do corpo etérico, e funcionar em seu envoltório astral que é o reflexo na personalidade desse mesmo segundo aspecto.

Quando um homem recebe a quarta Iniciação, ele funciona no veículo do quarto plano, o búdico, e escapa permanentemente do círculo-não-se-passa da personalidade no quarto subplano do mental. Nada mais há para retê-lo nos três mundos. Na primeira Iniciação ele escapa do círculo-não-se-passa num sentido mais temporário, porem ainda tem de escapar dos três níveis mentais superiores, que são as correspondências mentais dos éteres superiores, e desenvolver plena consciência nesses três subplanos superiores. Temos aqui uma correspondência do trabalho a ser feito pelo iniciado depois que ele alcançou o quarto plano solar, o plano búdico. Resta ainda o desenvolvimento de plena consciência nos três planos superiores do espírito antes que ele possa escapar do círculo-não-se-passa solar, o que é alcançado na sétima Iniciação, realizada em algum lugar no sistema, ou em sua correspondência cósmica, alcançada pelo sutratma cósmico ou fio cósmico de vida. (61)

Esta quarta cadeia terrestre é, nesta conexão, uma das mais importantes, porque é o lugar indicado da dominação do corpo etérico pela mônada humana, visando a libertação tanto humana quanto planetária de suas limitações. Esta cadeia terrestre, embora não seja uma das sete cadeias planetárias sagradas, é de vital importância, nesta época, para o Logos planetário, o Qual a emprega temporariamente como meio de encarnação e de expressão. Esta quarta ronda encontra a solução de sua árdua e caótica vida no simples fato da destruição da teia etérica para levar a efeito a liberação, e permitir que uma outra forma mais adequada possa ser empregada mais tarde.

Podemos seguir uma outra cadeia de ideias lembrando que o quarto éter está agora sendo estudado pelo cientista e já está sendo aproveitado a serviço do homem; que o quarto subplano do plano astral é o campo de funcionamento normal do homem comum e que nesta ronda estamos conseguindo escapar do veículo etérico; que o quarto subplano do plano mental é, atualmente, o alvo do esforço de um quarto da família humana; que o quarto manvantara verá o círculo-não-se-passa solar oferecer vias de escape àqueles que tiverem alcançado o ponto necessário; que os quatro Logoi planetários aperfeiçoarão Sua saída de Seu meio planetário, e funcionarão com maior facilidade no plano astral cósmico, equiparando em níveis cósmicos a conquista das unidades humanas que são as células de Seus corpos.

Nosso Logos solar, sendo um Logos da quarta ordem, começará a coordenar Seu corpo búdico cósmico e, à proporção que desenvolver sua mente cósmica, Ele gradualmente alcançará, com o auxílio dessa mente, a habilidade de tocar o plano búdico cósmico.

Estas possibilidades e correspondências foram aqui mencionadas, porque é necessário que compreendamos o trabalho a ser feito em relação com a teia etérica, antes de abordarmos o assunto das várias causas que podem retardar o progresso desejado, e impedira liberação indicada e destinada. Mais tarde, voltaremos a considerar a teia etérica e sua condição estática. Isto impõe lembrar de duas coisas:

Primeiro, que esta condição só é estática quando observada do ponto de vista do homem no tempo presente, e é somente designada assim para tornar mais evidente as mudanças que precisam ser efetuadas e os perigos que precisam ser contrabalançados. A evolução move-se tão lentamente, do ponto de vista do homem, que parece quase estática, especialmente quando se trata da evolução etérica.

Segundo, que apenas estamos tratando do corpo etérico físico e não de suas correspondências em todos os planos. Isto porque o nosso sistema está em níveis etéricos cósmicos e por isso é de capital importância para nós.

2. Os Éteres cósmico e sistêmico

A bem daqueles que leem este tratado, e porque a repetição sequencial dos fatos contribui para a clareza, vamos tabular brevemente certas hipóteses fundamentais relacionadas ao assunto em pauta, e que servirão para esclarecer a confusão atual existente acerca do sistema solar. Alguns dos fatos já são bem conhecidos, outros são inferidos, enquanto outros expressam antigas e verdadeiras correspondências expressas de forma mais moderna.

a. O mais inferior dos planos cósmicos é o cósmico físico, e é o único que a mente finita do homem pode compreender.

b. Este plano cósmico físico existe em matéria diferenciada em sete qualidades, grupos, graus ou vibrações.

c. Estas sete diferenciações são os sete grandes planos de nosso sistema solar.

A bem da clareza, podemos tabulá-los com os nomes de físicos, sistêmicos e cósmicos para que as relações e correspondências fiquem claras, e a conexão com aquilo que está acima e aquilo que está abaixo, ou incluída, seja vista com clareza.

DIAGRAMA III

OS PLANOS

Plano Físico Planos Sistêmicos Planos Cósmicos
1. Atômico
1º éter
Divino. Adi
Matéria primordial
Atômico
1º éter
2. Subatômico Monádico. Anupadaka
O Akasha
Subatômico
2º éter
3. Superetérico Espiritual. Átmico
Éter
3º éter
PLANO DE UNIÃO OU UNIFICAÇÃO
4. Etérico Intuicional. Búdico
Ar
4º éter Cósmico
OS TRÊS MUNDOS INFERIORES
5. Gasoso Mental. Fogo Gasoso. Subetérico
6. Líquido Astral. Emocional Líquido
7. Físico denso Plano físico Físico denso

d. Estes grandes sete planos do nosso sistema solar nada mais são do que os sete subplanos do plano cósmico físico e daí podermos ver a razão porque H.P.B. (52, 53) enfatizou o fato de que matéria e éter são termos sinônimos, e que este éter encontra-se, em uma forma ou outra, em todos os planos, e nada mais é do que uma graduação de matéria atômica cósmica, a qual quando ainda indiferenciada, chamamos mula-prakriti ou substância pré-genética primordial, e, quando diferenciada por Fohat (ou Vida energizadora, o terceiro Logos ou Brahma) chamamos prakriti, ou matéria. (54)

e. Nosso sistema solar é um sistema de quarta ordem, ou seja, ele está localizado no quarto plano etérico cósmico, contando-se, como sempre, de cima para baixo.

f. Por isso, o quarto plano etérico cósmico forma o campo de encontro para o passado e o futuro e constitui, ele próprio, o presente.

g. Pela mesma razão, o plano búdico ou intuicional (a correspondência no sistema do quarto éter cósmico) é o campo de encontro, ou plano de união, para aquilo que é humano e super-humano, e liga o passado ao futuro, aquilo que será.

h. As seguintes correspondências no tempo merecem cuidadosa meditação, pois estão baseadas na relação existente entre este quarto éter cósmico, o plano búdico e o quarto subplano etérico físico.

O quarto subplano da mente - a correspondência no plano mental do plano etérico físico - é também um ponto de transição do inferior para o superior, e o local de transferência para um corpo superior.

O quarto subplano do plano monádico é, em sentido real, o lugar de transição do raio egoico (seja ele qual for) para o raio monádico; estes três raios principais são organizados nos três subplanos superiores do plano monádico do mesmo modo que os três subplanos abstratos do mental constituem o grupo de transferência do raio da personalidade para o egoico.

Os quatro raios menores fundem-se com o terceiro raio maior da inteligência ativa no plano mental e no plano átmico. Os quatro Logoi ou Espíritos planetários trabalham como um, no plano átmico.

i. Uma outra síntese tem lugar no segundo raio sintético, no segundo subplano do plano búdico e o plano monádico, enquanto que as mais raras Mônadas da vontade ou poder são sintetizadas no subplano atômico do plano átmico. Todos os três tipos de Mônadas trabalham de forma tríplice no plano mental sob o Mahachohan, o Manu e o Bodhisaltva, ou o Cristo. No segundo plano, o monádico, Eles trabalham como uma unidade, somente demonstrando Seu trabalho dual no plano átmico, e sua triplicidade essencial no plano búdico. (55)

O quarto plano etérico guarda a chave do domínio da matéria e podemos notar que:
No quarto éter físico, o homem começa a coordenar seu corpo astral, ou corpo emocional, e a escapar para esse veículo, a intervalos cada vez mais frequentes. A continuidade de consciência é alcançada quando um homem tem domínio sobre os quatro éteres.

No quarto subplano do plano mental, o homem começa a controlar seu corpo causal ou egoico e a polarizar sua consciência até que a polarização seja completa. Ele funciona conscientemente aí quando domina as correspondências dos éteres no plano mental.

No plano búdico (o quarto éter cósmico), o Homem Celestial (ou a consciência agrupada das Mônadas humanas e dévicas) começa a funcionar e, finalmente, a escapar dos planos etéricos cósmicos. Quando são dominados estes três éteres cósmicos, o funcionamento é perfeito, a polarização é centralizada nos veículos monádicos, e os sete homens celestiais alcançam Sua meta.

j. Nestes níveis etéricos, portanto, o Logos do nosso sistema repete, como uma grandiosa totalidade, as experiências de Seus pequeninos reflexos nos planos físicos; Ele coordena Seu corpo astral cósmico, e logra continuidade de consciência quando domina os três éteres cósmicos.

k. É preciso observar-se que assim como no homem o corpo físico denso em seus três graus - denso, líquido e gasoso - não é reconhecido como um princípio, também no sentido cósmico, os níveis físico (denso), astral (líquido) e mental (gasoso) são considerados como não existentes, e o sistema solar tem sua localização no quarto éter.

Os sete planetas sagrados são compostos de matéria deste quarto éter e os quatro Homens Celestiais que constituem os Seus corpos, funcionam normalmente no quarto plano do sistema, o búdico, ou o quarto éter cósmico. Quando o homem tiver alcançado a consciência do plano búdico, ele terá elevado sua consciência à do Homem Celestial de cujo corpo ele é uma célula. Isto é alcançado na quarta Iniciação, a da liberação. Na quinta Iniciação, ele ascende, com o Homem Celestial, ao quinto plano (sob o ponto de vista humano), o átmico, e na sexta, ele domina o segundo éter cósmico e apresenta consciência monádica e continuidade de função. Na sétima iniciação, ele domina toda a esfera de matéria contida no mais baixo plano cósmico, escapa de todo contato etérico, e funciona no plano astral cósmico.

O sistema solar passado presenciou a superação dos três planos físicos cósmicos mais inferiores vistos sob o ponto de vista da matéria, e a coordenação da tríplice forma física densa na qual toda a vida é encontrada: matéria densa, matéria líquida e matéria gasosa. Podemos ver aqui uma correspondência no trabalho alcançado nas três primeiras raças-raízes. (56, 57)

3. O Propósito Protetor do Corpo Etérico

Depois desta longa digressão, vamos agora deixar as coisas cósmicas e incompreensíveis, e voltarmo-nos para a evolução prática e para o estudo do corpo etérico do homem e para o mal que pode seguir- se, caso aquele corpo - pela quebra de lei - não mais execute sua função protetora. Vejamos, primeiro, quais são essas funções protetoras:

Primeira: Ateia etérica atua como separadora ou divisora entre o corpo astral e o físico denso.

Segunda: Ela faz a circulação do fluido vital ou prânico e desenvolve o seu trabalho em três etapas.

A primeira etapa é aquela em que são recebidas o fluído prânico e as radiações solares e três vezes circuladas ao redor do triângulo e daí distribuídas para a periferia do corpo, animando e vitalizando todos os órgãos físicos e conduzindo às atividades automáticas e subconscientes do corpo de matéria densa. Quando seu objetivo é perfeitamente realizado, ela protege da doença, e os achaques da carne tornam-se desconhecidos para o homem que absorve e distribui corretamente o prana. Esta informação é recomendada a todos os médicos, a qual, quando apropriadamente compreendida, resultará numa mudança básica na medicina, que passará de curativa a preventiva.

O segundo estágio é aquele em que os fluidos prânicos começam a mesclar-se com o fogo na base da coluna e a dirigir esse fogo lentamente para cima, transferindo seu calor dos centros abaixo do plexo solar para os três centros superiores - o do coração, o da garganta e o da cabeça. Este é um longo e vagaroso processo, quando deixado à força da natureza, porém é justamente aqui que, em alguns poucos casos, é permitida uma aceleração do processo com o fim de equipar trabalhadores no campo do serviço humano. Tal é o objetivo de todo o treinamento ocultista. Este ângulo do assunto será abordado com maiores detalhes quando tratarmos do nosso próximo ponto de “Kundalini e a Coluna Vertebral”.

O terceiro estágio é aquele em que a matéria radiadora ativa, ou prana, mescla-se ainda mais perfeitamente com o fogo latente na matéria, o que traz certos efeitos que serão apresentados mais tarde.

Isto provoca uma aceleração da vibração normal do corpo físico de modo que ele responde mais prontamente à nota superior do Ego, e provoca uma contínua elevação dos fogos mesclados, através do canal tríplice na coluna vertebral. No segundo estágio, esta mescla vitalizante dos fogos alcança um centro na parte inferior das omoplatas, que é o ponto de conjunção e completa fusão do fogo da base da coluna e do fogo circulando ao longo do triângulo prânico. Lembrem-se como um ponto deste triângulo lá se origina. Quando o fogo básico tríplice e o tríplice fogo prânico se encontram e mesclam, a evolução então prossegue a uma velocidade grandemente aumentada. Isto é definidamente efetuado na primeira Iniciação, quando a polarização se fixa em um ou outro dos três centros superiores, dependendo do raio do homem.

O resultado desta fusão leva a uma mudança na ação dos centros. Eles tornam-se “rodas girando em torno de si mesmas” e, de um movimento puramente rotativo, tornam-se quadridimensionais em ação, e manifestam-se como centros rodopiantes irradiadores do fogo vivo.

Os três principais centros da cabeça (cuja sequência varia de acordo com o raio do homem) tornam-se ativos e um processo similar realiza-se entre eles, tal como no triângulo prânico. De três centros que fracamente reagem ao movimento vibratório um dos outros, sentindo o calor e ritmo um dos outros, embora separadamente, o fogo pula de um centro para outro, e cada roda girante é unida às outras por uma cadeia de fogo até que se forma um triângulo de fogo, através do qual a kundalini e os fogos prânicos irradiam para lá e para cá. A circulação também continua. O fogo de kundalini produz o calor do centro e sua intensa radiação e brilho, enquanto o fogo prânico emanador produz uma atividade e rotação sempre crescentes.

À medida que passa o tempo entre a primeira e quarta Iniciação, o tríplice canal na coluna vertebral, e todo o corpo etérico é gradualmente purificado pela ação do fogo, até que toda a “escória” (como dizem os cristãos) é queimada, e nada resta para impedir o progresso desta chama.

À medida que o fogo de kundalini e o prana prosseguem com seu trabalho e o canal torna-se cada vez mais desimpedido, os centros mais ativos e mais puro o corpo, a chama do espírito, ou o fogo do Ego, torna- se ativamente descendente até que uma chama realmente brilhante surge do topo da cabeça. Esta chama irrompe através dos corpos em direção à sua fonte, o corpo causal.

Simultaneamente, com a atividade desses fogos da matéria e do Espírito, os fogos da mente, ou manas, queimam com maior intensidade. Esses são os fogos dados quando da individualização, que são continuamente alimentados pelo fogo da matéria e têm seu calor aumentado pelo fogo solar emanador, o qual se origina nos níveis cósmicos da mente. É este aspecto do fogo manásico que se desenvolve sob as formas de instinto, memória animal e recordação funcional que são tão aparentes no homem pouco evoluído. Com o passar do tempo, o fogo da mente queima mais brilhantemente e assim alcança um ponto onde ele começa a queimar a teia etérica - aquela porção da teia que guarda o centro bem no alto da cabeça, e assim permite a entrada da emanação que desce do Espírito, o que faz acontecer coisas:

O fogo kundalini é conscientemente dirigido e controlado pela mente, ou aspecto vontade, a partir do plano mental. Pelo poder da mente do homem, os dois fogos da matéria primeiro fundem-se para, em seguida, se fundirem ao fogo da mente.

O resultado desta dupla fusão é a destruição (segundo a lei e a ordem) da teia etérica, o que resulta na produção da continuidade da consciência e a entrada, na vida pessoal do homem, da “Vida mais abundante”, ou terceiro fogo do Espírito.

A descida do Espírito e a elevação dos fogos internos da matéria (controladas e direcionadas pela ação consciente do fogo da mente) provocam resultados correspondentes nos mesmos níveis dos planos astral e mental, de modo que um contato paralelo é produzido, e o grande trabalho de liberação prossegue de modo ordenado.

Estes resultados são aperfeiçoados pelas três primeiras iniciações, e conduzem à quarta, onde a intensidade dos fogos unificados resulta na queima completa de todas as barreiras, e na liberação do Espírito, através do esforço conscientemente direcionado, de seus tríplices envoltórios inferiores. O homem, conscientemente, provocou sua própria liberação. Estes resultados são auto induzidos pelo homem, à medida que ele se emancipa dos três mundos e domina ele próprio a roda dos renascimentos em vez de ser dominado por ela.

Com esta elucidação ficará evidente a excepcional importância do veículo etérico como separador dos fogos e conhecidos os perigos resultantes quando o homem interfere no processo de forma ignorante e injudiciosa.

Se, pelo poder da vontade ou através de um superdesenvolvimento do lado mental de seu caráter, um homem adquire o poder de mesclar os fogos da matéria e fazê-los ascender, ele sujeita-se ao risco de obsessão, insanidade, morte física ou terrível doença em alguma parte do corpo, como também corre o risco de um excessivo desenvolvimento do impulso sexual ao dirigir a força para cima de modo irregular ou forçando sua radiação para centros inadequados. A razão disto é que a matéria de seu corpo não está suficientemente pura para suportar a união das chamas, além de que o canal, na coluna vertebral, está ainda obstruído e atua como uma barreira, forçando a chama para trás e para baixo e essa chama - estando unida pelo poder da mente, porém não acompanhada por uma simultânea emanação do plano do espírito, queima a teia etérica e permite a entrada de forças e correntes estranhas e, até mesmo, de entidades, as quais destroem o que ainda restar do veículo etérico, do tecido cerebral e até mesmo do próprio corpo físico denso.

O homem incauto, inconsciente do seu Raio e, portanto, da adequada forma geométrica de triângulo que é o método correto de circulação de um centro para outro, dirigirá o fogo em progressão irregular e isso queima o tecido. Se nada pior acontecer, o resultado será atrasar em muitas vidas o relógio de seu progresso, pois ele terá que passar largo tempo a reconstruir onde ele destruíra e a recapitular, em linhas corretas, todo o trabalho a ser feito.

Se o homem persiste nesta linha de ação vida após vida; se ele negligencia seu desenvolvimento espiritual e se concentra no esforço intelectual voltado para a manipulação da matéria para fins egoístas; se ele continua assim apesar das inspirações de seu ser interno, e apesar dos avisos que possam alcançá-lo provenientes Daqueles que observam, e se isto prosseguir por um longo período, ele pode provocar para si mesmo uma destruição que é final para este manvantara, ou ciclo. Pela unificação dos dois fogos da matéria e a expressão dual do fogo da mente, o homem pode chegar à completa destruição do átomo físico permanente e, desse modo, cortar a conexão com o Eu superior durante eons de tempo.

De um certo modo, H. P. B. tocou nisto ao falar de “almas perdidas” (58, 59) É preciso enfatizar aqui a realidade deste terrível desastre e soar uma nota de aviso para aqueles que se aproximam deste assunto dos fogos da matéria com todos os seus perigos latentes. A fusão destes fogos tem de ser o resultado do conhecimento espiritualizado, e tem de ser direcionada unicamente pela Luz do Espírito, o qual trabalha através do amor, e é ele próprio amor, e que busca esta unificação e total fusão não sob o ponto de vista dos sentidos ou da gratificação material, e sim porque a liberação e purificação são desejadas para que a união superior com o Logos possa ser efetuada. Esta união tem de ser desejada, não para fins egoístas, mas porque a perfeição grupal é a meta, e o campo para maior serviço para a raça deve ser alcançado.

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V. A MORTE E O CORPO ETÉRICO

Não é nosso propósito apresentar fatos para verificação pela ciência, ou mesmo indicar o caminho para o próximo passo à frente para os investigadores científicos. O fato de que possamos fazer isso será apenas incidental e secundário. O que principalmente procuramos é dar indicações do desenvolvimento e correspondência do tríplice todo que faz do sistema solar o que ele é - o veículo através do qual uma grande ENTIDADE cósmica, o Logos solar, manifesta inteligência ativa com o propósito em vista de demonstrar perfeitamente o lado amor de Sua natureza. Por trás deste desígnio, está um propósito ainda mais esotérico e ulterior, oculto na Consciência da Vontade do Ser Supremo, que forçosamente será mais tarde demonstrado quando o atual objetivo for atingido.

A alternância entre a manifestação objetiva e o obscurecimento subjetivo, a periódica exalação seguida pela inspiração de tudo que foi desenvolvido através da evolução, corporifica no sistema uma das vibrações cósmicas básicas e a nota-chave daquela ENTIDADE cósmica da qual nós somos o corpo. As pulsações do coração do Logos (se é que podemos expressar-nos assim) são a fonte de toda evolução cíclica, e vem daí a importância atribuída àquele aspecto do desenvolvimento que chamamos “o coração”, ou “aspecto amor”, e o interesse despertado pelo estudo do ritmo. Isto é verdade, não apenas cósmica e macrocosmicamente, mas também no estudo da unidade humana. Suportando todo o sentido físico associado ao ritmo, vibração, ciclos e pulsação, estão suas analogias subjetivas - amor, sentimento, emoção, desejo, harmonia, síntese e sequência ordenada - e por trás destas analogias está a fonte de tudo, a identidade daquele Ser Supremo Que assim Se expressa.

Por conseguinte, o estudo de pralaya, ou a retirada da vida do veículo etérico será o mesmo, quer estudemos a retirada do duplo etérico humano, do duplo etérico planetário ou do duplo etérico do sistema solar. O efeito é o mesmo e similar as consequências.

Qual é o resultado desta retirada, ou melhor, qual a causa desse algo que chamamos morte, ou pralaya? Como estamos seguindo à risca o estilo de livro-texto neste tratado, continuaremos com nosso método de tabulação. A retirada do duplo etérico do homem, de um planeta e de um sistema solar é provocada pelas seguintes causas:

a. A cessaçãodo desejo. Este deveria ser o resultado de todo o processo evolucionário. A verdadeira morte, sob a lei, é causada pela consecução do objetivo, e por conseguinte, pela cessação da aspiração. Isto, à medida que o ciclo completo se aproxima do final, aplica-se ao ser humano, ao Homem Celestial e ao Próprio Logos.

b. Pela desaceleração e gradual terminação do ritmo cíclico, é alcançada a vibração adequada, e o trabalho realizado. Quando a nota, ou vibração, é perfeitamente sentida ela provoca (no ponto de síntese com outras vibrações) a total destruição das formas.

Como sabemos, o movimento caracteriza-se por três qualidades:

1. Inércia.
2. Mobilidade
3. Ritmo

Estas três fases são experienciadas exatamente na sequência acima, e pressupõem um período de lenta atividade, seguido por outro de extremo movimento. O período do meio produz incidentalmente, (à medida que a verdadeira nota e velocidade são procuradas) ciclos de caos, de experimentos, de experiências e de compreensão. Após esses dois graus de movimento, que são característicos do átomo, do Homem, do Homem Celestial, ou grupo, e do Logos, ou a Totalidade, segue-se um período de ritmo e de estabilização onde o ponto de equilíbrio é alcançado. Pela força de balancear os pares de opostos produz-se assim o equilibrium, o qual é inevitavelmente seguido por pralaya.

c. Pelo desligamento do físico de seu corpo sutil nos planos internos através da destruição da rede, o que tem um efeito tríplice:

Primeiro. A vida que até então animara a forma física densa e etérica, e que tivera seu ponto de partida no átomo permanente a partir do qual impregnara “o que se move e o imovível” (em Deus, o Homem Celestial e no ser humano, assim como no átomo da matéria) é inteiramente retirada de dentro do átomo no plano de abstração, o qual é diferente segundo as entidades envolvidas:

a. Para o átomo físico permanente, é o nível atômico.
b. Para o homem, é o veículo causal.
c. Para o Homem Celestial, é o segundo plano da vida monádica, Seu habitat.
d. Para o Logos, é o plano de Adi.

Todos esses são pontos em que a unidade desaparece em pralaya. Precisamos lembrar aqui que é sempre pralaya quando visto a partir de baixo. A partir de uma visão mais alta, que vê o que é mais sutil continuamente pairando acima do denso, quando não em manifestação objetiva, pralaya é simplesmente subjetividade, e não “aquilo que não é”, mas simplesmente aquilo que é esotérico.

Segundo. O duplo etérico de um homem, de um Logos planetário e um Logos solar ao ser destruído deixa de polarizar seu morador e assim permite que ele escape, ou em outras palavras, ele não mais é uma fonte de atração nem um ponto focal magnético. Ele torna-se não-magnético, e a grande Lei de Atração deixa de controlá-lo, daí a desintegração da forma. O Ego deixa de ser atraído pela sua forma no plano físico, e, passando a inalar, retira sua vida de seu invólucro. O ciclo chega ao fim, o experimento foi feito, o objetivo (objetivo relativo de vida a vida e de encarnação a encarnação) foi alcançado, e nada mais resta a desejar. O Ego, ou a entidade pensante, perde o interesse pela forma, e volta para dentro sua atenção. Sua polarização muda e o físico é finalmente abandonado.

Também o Logos planetário em Seu ciclo maior (a síntese, ou o agregado dos pequeninos ciclos das células do Seu corpo) persegue o mesmo curso. Ele deixa de ser atraído para baixo ou para fora e volta Seu olhar para o interior. Ele reúne internamente o agregado das vidas menores dentro de Seu corpo, o planeta, e corta a conexão. A atração externa cessa e tudo gravita em direção ao centro em vez de espalhar- se na periferia de Seu corpo.

No sistema, o mesmo processo é seguido pelo Logos solar. De seu alto lugar de abstração, Ele deixa de ser atraído pelo Seu corpo de manifestação. Ele retira Seu interesse e os dois pares de opostos, o espírito e a matéria de Seu veículo, dissociam-se. Com esta dissociação, o sistema solar - aquele “Filho da Necessidade” ou do desejo - cessa de existir e desaparece da existência objetiva.

Terceiro. Isto leva, finalmente, à dispersão dos átomos do corpo etérico, de volta à sua condição primordial. A vida subjetiva, a síntese da vontade e amor tomando forma ativa, é retirada. A parceria é dissolvida. A forma fragmenta-se; o magnetismo que mantinha coesa a forma não mais existe, e a dissipação é completa. A matéria persiste, porém a forma não mais.

O trabalho do segundo Logos termina, e a divina encarnação do Filho é concluída. Porém a inerente imperfeita qualidade da matéria também persiste, e no fim de cada período de manifestação, a matéria (embora distribuída de volta à sua forma original) é matéria inteligente ativa acrescida do ganho da objetividade e da aumentada atividade radiadora latente que ela ganhou através da experiência. Vamos ilustrar: a matéria do sistema solar, quando indiferenciada, era matéria inteligente ativa e isso é tudo que se pode dizer sobre ela. Esta matéria inteligente ativa era matéria qualificada por uma experiência anterior, e colorida por uma encarnação anterior. Agora esta matéria está em forma, o sistema solar não está em pralaya, mas em objetividade - esta objetividade tendo em vista a adição de uma outra qualidade ao conteúdo logoico: a do amor e sabedoria. Portanto, no próximo pralaya solar, ao fim dos cem anos de Brahma, a matéria do sistema solar estará colorida pela inteligência ativa e pelo amor ativo. Isto literalmente significa que o agregado de matéria atômica solar finalmente vibrará numa nota diferente da nota da primeira aurora da manifestação.

Nós podemos realizar isto em conexão com o Logos planetário e a unidade humana, pois a analogia se mantém. Existe a correspondência em pequena escala no fato de que em cada período da vida humana vemos o homem tomar um corpo físico de maior responsividade, afinado numa nota superior, mais adequadamente refinado e vibrando numa altura diferente. Nestes três pensamentos encontramos muita informação, caso eles sejam estudados e logicamente desenvolvidos.

d. Pela transmutação do violeta em azul. Sobre isto não podemos estender-nos. Simplesmente oferecemos a informação, deixando a sua elaboração para aqueles estudantes cujo carma o permita e cuja intuição seja suficiente.

e. Pela retirada da vida, a forma gradualmente se dissipa. É interessante notar aqui a ação reflexa, pois os grandes Construtores e Devas que são os agentes ativos durante a manifestação, e que mantêm a forma coesa, transmutando, aplicando e circulando as emanações prânicas, também perdem sua atração pela matéria da forma e dela retiram sua atenção. No caminho da expiração (seja ela humana, planetária ou logoica) estes devas construtores (do mesmo Raio ou do Raio complementar das unidades desejosas de manifestação) são atraídos por essa vontade e desejo, e executam sua função de construção. No caminho da inalação (seja humana, planetária ou logoica) eles não mais são atraídos, e a forma começa a dissipar-se. Eles retiram seu interesse, e as forças (também entidades) que são os agentes de destruição, executam o necessário trabalho de destruição da forma. Eles a espalham - como se diz ocultamente - pelos “quatro ventos do Céu”, ou para as regiões dos quatro sopros - uma quádrupla separação e distribuição. Isto pede uma cuidadosa consideração.

Embora não apresentando figuras de cenas à beira do leito de morte, nem da dramática retirada do palpitante corpo etérico pelo centro na cabeça, como poderiam esperar, ainda assim, foram mencionadas algumas das regras e propósitos que governam esta retirada. Vimos como o objetivo de cada vida, seja humana, planetária ou solar, deve ser a execução de um propósito definido, que é o desenvolvimento de uma forma mais adequada para uso do espírito, e quando este propósito é alcançado, o Morador interno retira sua atenção, e a forma, tendo servido à sua necessidade, desintegra-se. Nem sempre a forma serve à necessidade de cada vida humana e nem mesmo a de cada ciclo planetário. O mistério da Lua é o mistério do fracasso. Quando compreendido, isto conduz a uma vida de dignidade e oferece um objetivo digno de nosso maior esforço. Quando este ângulo da verdade for universalmente reconhecido, o que acontecerá quando a inteligência da raça for suficiente, então a evolução prosseguirá, e os fracassos serão menos numerosos.


Notas:
34 “Prana, ou o princípio vital, é a relação especial de Atma com uma certa forma de matéria que, pela relação de Atma, se organiza e desenvolve como meio de obter experiência. Esta relação especial constitui o Prana individual no corpo do indivíduo. O Prana cósmico que a tudo permeia não é Prana no sentido vulgar; é um nome para o Brahman como o autor do Prana individual... Todos os seres, sejam Devatas, homens ou animais, somente existem enquanto o Prana está dentro do corpo. É a duração da vida para todos... Prana, ou vitalidade, é a função comum da mente e de todos os sentidos”. Poder Serpentina, p. 94, 95.
35 D.S.I, 74
36 “Todo este sistema solar, concebido como um vasto mecanismo com um delicado ajustamento de suas partes em todos os principais detalhes, é somente a expressão física de Vishnu, ou a substância etérica básica, como entendemos essa palavra hoje. Todas as harmonias que observamos no cosmos manifestado nada mais são do que o resultado do trabalho harmonioso de energias que transformam o éter em expressões que nós reconhecemos. Todos os planetas, mundos, seres humanos e tudo mais são apenas partes do corpo, cada uma funcionando em resposta à lei que governa o todo. A evolução, preservação e destruição do mundo é, portanto, um vasto processo chamado Yagna, que tem lugar no corpo de Yagna Purusha, ou corpo físico da natureza. A humanidade, tomada coletivamente, é o coração e cérebro deste Purusha e, por isso, todo o Carma, gerado pela humanidade, físico, mental ou espiritual determina mormente o caráter deste processo Yágnico.... Sri Krishna chama o processo de vida Yágnica que Ele estivera a revelar a Arjuna como Yoga. (1o Sloka 4o Cap.). De fato, Yoga e Yagna estão estreitamente aliados e são mesmo inseparáveis, embora em nossos dias as pessoas pareçam separar os dois. “Yoga” deriva da raiz Yuj, juntar, ato de juntar. Agora, como o coração é o grande centro no homem, também o Yogee do coração mantém sua posição central no universo e daí sua individualidade. A individualidade ou Manas Superior sendo o pivô da constituição humana ou o centro sobre o qual giram os dois hemisférios da existência superior e inferior, como já foi dito, o Yogee do coração tem uma cúpula celeste acima e um abismo terrestre abaixo, e como consequência sua Yoga se torna dupla. Ele junta-se, ao que está acima, em dhyana e, ao que está abaixo, em ação. A palavra Yagna deriva da raiz Yaj - servir, e significa também um serviço duplo, feito a algo que está acima através do serviço feito à expressão da coisa abaixo”. Alguns Pensamentos sobre o Gita, p. 18, 134.
37 Princípios, as diferenciações básicas, as qualidades essenciais ou tipos de energia a partir das quais todas as coisas são construídas; eles dão a natureza distintiva de todas as formas.
38 Pralaya, um período de obscurecimento ou repouso - planetário, sistêmico ou cósmico. Um interlúdio entre dois períodos de manifestação.
39 D. S. I., 232-238 Todo o cosmos é guiado, controlado e animado por uma série quase infindável de Hierarquias de Seres sensíveis, tendo cada uma sua própria missão a executar. D.S., I, 295 A Hierarquia das Mônadas humanas tem lugar entre elas.
40 D. S. I, 170-180
41 D. S. I, 179
42 Arco involutivo é o termo aplicado à 1a parte do processo evolucionário. Ele abrange o “caminho de descida” ou a descida do Espírito para a matéria cada vez mais densa até ser alcançado o ponto mais baixo, o ponto da mais baixa concreção. A segunda metade do processo é chamada evolutiva e marca a ascensão ou retorno do Espírito para a sua fonte emanadora, acrescido dos ganhos do processo evolucionário.
43 As Três Emanações. No diagrama “os símbolos dos três aspectos do Logos estão colocados fora do tempo e espaço, e somente suas correntes de influência descem para nosso sistema de planos... Na devida ordem, Eles representam o que é comumente chamado as Três Pessoas da Trindade... Vemos que, de cada uma delas, um jorro de vida ou força é projetado para os planos abaixo. O primeiro deles, pela ordem, é a linha reta que desce do 2° Aspecto; o segundo é aquela parte do grande oval à nossa esquerda - a corrente que desce do 2° Aspecto até tocar o ponto mais inferior da matéria para então subir novamente à nossa direita até alcançar o nível do mental inferior. Note-se que em ambos estes jorros a vida divina torrta-se cada vez mais escura e mais velada, à medida que penetra na matéria até que, no seu ponto mais baixo, deixamos de reconhecê-la como vida divina; porém, ela ergue-se de novo ao deixar o seu nadir, mostra-se cada vez mais claramente. O terceiro jorro que desce do mais alto aspecto do Logos difere dos outros, porque de forma alguma é obscurecido pela matéria através da qual passa, porém retém imaculado sua pureza virginal e esplendor. Deve notar-se que este jorro desce somente até o nível do plano búdico (o quarto plano) e que o elo entre os dois é formado por um triângulo dentro de um círculo, representando a alma individual do homem - o ego reencarnante. Aqui, o triângulo é completado pelo terceiro jorro, e o círculo, pelo segundo... O Credo Cristão, de C. W. Leadbeater, p. 39, 40.
43a Ver D. S. I, 98, 99, 100, 103. 1. A raiz da vida estava em cada gota do oceano da imortalidade. Cada átomo de matéria estava impregnado com a vida do Logos. 2. O oceano era luz irradiante, que era Fogo, Calor, Movimento. Estes três são a vida subjetiva manifestando-se objetivamente. Fogo: a essência do 1° Logos. Fogo elétrico. Espírito. Calor: dualidade. A essência do 2° Logos. Fogo solar. O aspecto Filho. Consciência. Movimento: a essência do 3° Logos. Fogo por fricção. Matéria. O Macrocosmo 1° Logos Fogo A vontade de viver ou ser. Elétrico 2° Logos Calor Dualidade ou amor entre dois. Solar 3° Logos Movimento O fogo da mente, a relação entre Fogo por fricção Esta é a expressão subjetiva. O Sol Vontade ou poder Vênus-Mercúrio Amor e Sabedoria Saturno Atividade ou inteligência Esta é a expressão subjetiva. O Microcosmo A Mônada Fogo elétrico Vontade ou poder O Ego Fogo solar Amor e sabedoria A Personalidade Fogo por fricção Atividade ou inteligência Esta é a expressão subjetiva. O corpo mental Vontade ou poder Fogo O corpo astral Amor-sabedoria Calor O corpo físico Inteligência ativa Movimento Esta é a expressão objetiva. Corpo físico O cérebro Mônada Vontade ou poder. Fogo elétrico O coração Ego Amor-sabedoria. Fogo solar Órgãos inferiores Personalidade Inteligência ativa
44 Bíblia, Ecc: XII, 6
45 Na Doutrina Secreta Vol. I, p. 473, no rodapé, faz-se alusão à destruição da Lemúria peio fogo, e na D.S. II, 149, aparecem as palavras, “A Lemúria não foi submergida, mas sim destruída pela ação vulcânica e a seguir afundou.”
46 O Espírito planetário é um outro nome para o Logos do nosso planeta, um dos “sete Espíritos diante do Trono” e pois, um dos sete Homens Celestiais. Ele está no arco evolutivo do universo, e já passou muitos estágios para além do humano. A Entidade planetária está no arco involutivo e é uma Entidade de grau muito baixo. Ela é a soma total de todas as vidas elementais do planeta.
47 As chaves da Doutrina Secreta, por H. P. Blavatsky. Ver D.S. I, 343; II, nota; II, 551. 1. Cada símbolo e alegoria tem sete chaves - D.S. II, 567; III, 3. 2. Somente três chaves acessíveis no séc. XIX - D.S. II, 543; Comparar II, 617, 842. 3. Há 7 chaves para a porta de Entrada dos Mistérios - D.S. III, 178. Comparar I, 346; II, 330; II, 668; II, 731. 4. As chaves, como sugeridas por H.P.B, são: a. Psicológica - D.S., II, 25, nota; I, 389. b. Astronômica - D.S., II, 25, nota; I, 389; III, 198. c. Física ou fisiológica - D.S., II, 25, nota; III, 198. d. Metafísica - D.S. II, 25, nota; II, 394. e. Antropológica - D.S., I, 389; III, 198. f. Astrológica - D.S., II, 343. g. Geométrica- D.S., II, 494; III, 176. h. Mística - D.S., I, 401. i. Simbólica-D.S., II, 561. j. Numérica - D.S., II, 198. 5. Cada chave deve ser girada 7 vezes - D.S., I, 22. 6. Os judeus aproveitaram-se de duas das sete chaves. 7. A chave Metafísica está à disposição - D.S., I, 338. Comparar III, 198.
48 “As 7 chaves abrem os mistérios, passados e futuros, das 7 grandes raças-raizes e dos 7 kalpas”. Cada livro, símbolo e alegoria ocultista estão sujeitos a 7 interpretações. Há 3 fechaduras a serem abertas. Sete chaves. Cada livro pode ser lido exotericamente, subjetivamente e espiritualmente. Nem todas as chaves estão disponíveis. (Ver D.S., I, 330, 343) Há a chave fisiológica, a psicológica, a astrológica e a metafísica. A quinta chave é a geométrica.
48a “Círculo-não-se-passa. A circunferência da esfera de influência de qualquer centro de vida positiva. Isto inclui a esfera de fogo do trabalho magnético da órbita solar, considerando-a como um corpo magnético de um Logos solar, e de todo um sistema solar inclusive. Este termo é também aplicado à esfera de atividade de um Logos planetário ou a um esquema planetário e igualmente aplicado à esfera de atividade de um Ego humano.” D.S. I, 346.
49 Os quatro Senhores Lipikas ficam entre o primeiro e o segundo planos. D.S., I, 155. a. Eles podem atravessar o círculo-não-se-passa. D.S., I, 157. b. Eles estão relacionados ao carma. D.S., I, 153. c. E!es estão interessados com o futuro. D.S., I, 151. d. Eles estão em três grupos. D.S., I, 153. e. Eles são os espíritos do Universo. D.S. I, 153.
50 Os 4 raios da mente são os 4 raios menores que formam o Quaternário logoico e são finalmente sintetizados num 5o raio, o 3o grande raio da inteligência ativa ou adaptabilidade. Os nomes dos raios são: Os três raios maiores 1. O raio da Vontade ou Poder. 2. O raio do Amor ou Sabedoria. 3. O raio da Inteligência Ativa. Os quatro raios menores 4. O raio da Beleza, Harmonia, Arte ou Ritmo. 5. O raio do Conhecimento Concreto ou Ciência. 6. O raio do Idealismo Abstrato. 7. O raio da Ordem Cerimonial ou Organização.
51 Sutratma. O “cordão prateado” que encarna desde o início de um período de manifestação até o fim tendo enfiado em si mesmo as pérolas da existência humana. É a linha de energia que conecta o homem pessoal inferior com o Pai no Céu, via o ego, o princípio do meio. Nele encontram-se aqueles pontos focais de energia que chamamos átomos permanentes.
52 D.S., I, 136, 354. Veja também nota na pág. 8
53 D.S., I, 87, 136, 731, 732.
54 Mulaprakriti. A raiz parabrâmica, o princípio feminino abstrato deificado - a substância indiferenciada. Akasha. Literalmente, “a raiz da Natureza” (prakriti) ou matéria.
55 As Mônadas da Quarta Hierarquia Criadora, as Mônadas humanas, existem em três grupos principais: a. Mônadas da Vontade. b. Mônadas do Amor. c. Mônadas de Atividade. Mohachohan. O dignatário de nossa Hierarquia planetária que preside as atividades realizadas nos quatro raios menores e seu terceiro raio sintetizado. Ele ocupa-se com a civilização, com a cultura intelectual das raças e com a energia inteligente. Ele é o cabeça de todos os Adeptos. Bodhisattva. O expoente da força do 2° raio, o Mestre dos Adeptos, dos homens e dos Anjos. Este posto foi originalmente ocupado pelo Buda, mas depois de Sua Iluminação, passou a ser ocupado pelo Cristo. Seu trabalho é com as religiões do mundo, e com a essência espiritual no Homem. O Manu. Aquele que preside a evolução das raças. Ele é o homem ideal. Ele tem de trabalhar com as formas através das quais o espírito tem de manifestar-se; ele destrói e constroi novamente. Estas três Individualidades presidem os três Departamentos em que a Hierarquia é dividida e representam, em sua particular esfera, os três aspectos da manifestação divina.
56 Raça-raiz. A Doutrina Secreta ensina-nos que nesta evolução ou ronda neste planeta, o Jivatma - a alma humana - passa por 7 tipos principais de “raças-raízes”. No caso das duas primeiras, conhecidas como “Adâmica” e “Hiperbórea”, as formas animadas eram, respectivamente, astrais e etéricas. “Enormes e indefinidas” apresentavam baixo grau de consciência exercida através do único sentido - a audição - na primeira raça, ou dois sentidos audição e tato - na 2a raça. Porém a 3a raça, a Lemuriana, desenvolveu um sentido mais profundo e humano que foi aperfeiçoado na 4a raça, a Atlante. A 5a raça, a Ariana, está completando seu ciclo neste globo, juntamente com uma grande parte da 4a raça e uns poucos remanescentes da 3a. É preciso lembrar que, embora cada raça dê nascimento à raça seguinte, as duas se sobrepõem no tempo, coexistindo durante muitas eras. Entre os povos atualmente existentes, os Tártaros, Chineses e Mongóis pertencem à 4a raça, e os aborígenes e Hotentotes à 3a
57 Na coordenação dos veículos Átmicos, Monádico e Búdico do Homem Celestial, os veículos da vida espiritual, a correspondência esotérica superior do prana que flui através do reflexo inferior, o corpo físico etérico, o ponto de síntese é sempre encontrado no subplano atômico, e os seis fundem-se e tornam-se o sétimo. No atual sistema solar, o plano de síntese não está incluído no esquema evolutivo. Ele constitui o plano de reunião e de pralaya. No sistema anterior, o quarto etérico ocupava esta posição e representava, para as unidades em evolução daquele período, aquilo que o plano atômico representa agora, ou seja, o mais alto ponto de consecução. A meta para todos era o plano búdico ou o quarto éter cósmico. Três outros planos são agora a meta - o búdico, o átmico e o monádico - de cada vez três planos e sua eventual síntese. No futuro sistema solar, o éter atômico físico (o plano de Adi no atual sistema solar) será o ponto de partida, e os três planos a serem dominados serão os três planos inferiores do plano astral cósmico. O homem começa do ponto que deixou, com a matéria cósmica física aperfeiçoada. Portanto, o seu corpo inferior será o monádico, ou corpo do segundo éter cósmico, o qual não será então considerado um princípio, do mesmo modo que não consideramos um princípio o tríplice corpo inferior do homem. O atual sistema solar verá a superação dos três planos físicos cósmicos, o 4o, 3o e 2o éteres, e a coordenação do corpo etérico cósmico.
58 Almas Perdidas. Isis sem véu, Vol. II, 368; D.S., I, 255 e D.S., III, 493, 513-516, 521, 525, 527.
59 D.S., 111,523-529.

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