Cura Esotérica
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PARTE UM
Capítulo II
CAUSAS QUE EMANAM DA VIDA GRUPAL
Ao considerar as doenças e suas causas básicas, temos tratado particularmente daquelas que tocam à nossa raça ariana e à humanidade moderna, as quais são grandemente de origem astral e podem ser descritas como de natureza atlante. Consideramos também brevemente as várias doenças que se originam no plano mental, e que são estritamente mais arianas e envolvem também as doenças a que os discípulos estão sujeitos. As doenças infecciosas e as que são fundamentais na substância planetária têm um poderoso efeito sobre aquelas raças (ainda encontradas entre nós) que são as mais antigas no planeta e que estão relacionadas com os tipos lemurianos, que estão rapidamente desaparecendo; os negros, por exemplo, são especialmente predispostos a epidemias infecciosas.
Não tentei, neste tratado, abordar a patologia de qualquer das doenças citadas ou atentar para a fisiologia do paciente. Isto está totalmente fora da minha alçada. Contudo, tentei indicar a origem de algumas das doenças, chamar a atenção para a suprema importância do sistema glandular e -da maneira mais ajustada e prudente -relacionar algumas teorias orientais sobre os centros com o conhecimento ocidental. Indicarei, mais tarde, algumas condições humanas básicas que precisam ser mudadas para que o verdadeiro trabalho de cura possa ser corretamente aplicado, e então espero apresentar alguns dos métodos com os quais o curador possa realizar o trabalho que for adequado ao caso e que ajudem nos processos de restauração.
O problema da doença está hoje grandemente intensificado porque nesta raça, a ariana, que agora domina o planeta, vemos a primeira aparição externa no plano físico da síntese básica da humanidade que virá a ser -em sua melhor forma -tão destacadamente significativa da próxima raça-raiz, a sexta. Casamentos entre diferentes raças e nações, a mescla de sangue durante centenas de anos -devido a migrações, viagens, educação e unidade mental -tornou inexistentes hoje os tipos raciais verdadeiramente puros. Isto é muito mais verdadeiro do que pensa a maioria dita esclarecida, se levarmos em conta a extensíssima história da humanidade. O relacionamento sexual não conhece barreiras intransponíveis, e os povos atuais possuem em si todas as linhagens e sangue de todas as raças, algo que -como resultado da guerra mundial, 1914-1945 -se acentuará cada vez mais. Este desenvolvimento é, definidamente, parte do plano divino, não importa quão indesejável isso possa parecer àqueles que idealizam a pureza das relações, ou quão cruel seja sua aplicação atualmente. É algo que nos foi predestinado e não há como evitá-lo. O impulso para a atividade sexual se torna peculiarmente forte quando os homens estão afastados de seu ambiente familiar e experimentam a novidade de completa solidão; quando as inibições normais e os costumes impostos pelas relações familiares e padrões nacionais são removidos; quando a todo momento se enfrenta o perigo da morte e os valores maiores engolfam valores menores e atitudes convencionais; e quando o organismo físico foi treinado e levado, por meio de pesada alimentação e tratamento científico ao ápice da eficiência física. Estou falando de eficiência física, e não de eficiência mental, que pode, ou não, ocorrer paralela à primeira.
Os instintos animais ficam, portanto, potentes; os centros abaixo do diafragma tornam-se peculiarmente energizados; as exigências emocionais vitalizam enormemente o plexo solar, e o centro na base da coluna aumenta a atividade das glândulas suprarrenais quando a vontade do homem é chamada a agir para vencer o perigo; a vontade de viver, com sua adjunta, a vontade de perpetuar-se através dos filhos, é poderosamente encorajada. A isto é preciso acrescentar também, como um importante adjunto da guerra, a vontade da própria Natureza trabalhando -sob certas leis divinas - para equilibrar a perda da vida e as baixas de guerra, com um novo influxo de vida para a forma, assim preservando a raça humana, provendo os corpos para a onda seguinte de egos e desse modo povoar a terra.
Ao dizer isto, procuro apenas explicar os fenômenos que se notam sempre em tempos de guerra, e que na guerra mundial podem ser notados em grande escala. Os exércitos do mundo encontram-se em todas as partes e estão espalhados pelo mundo todo; a transmigração racial é um fator universal, tanto do ponto de vista da necessidade militar quanto do ponto de vista da situação angustiosa daqueles que se encontram no caminho da guerra. Este movimento de milhões de homens por toda parte é um dos mais importantes fatores que condicionarão a nova civilização, e sua importância baseia-se no fato de que, dentro de vinte cinco anos, os homens e mulheres formarão uma raça híbrida cujos pais e mães serão de todas as nações imagináveis; pais brancos terão tido relações sexuais com mulheres asiáticas ou africanas, produzindo uma mescla de sangue que -se reconhecida e desenvolvida compreensivamente sob o ponto de vista educativo -expressará a natureza, em embrião, da sexta raça-raiz, a qual será de fato a HUMANIDADE, sem qualquer barreira racial ou nacional, sem o chamado sangue puro e castas exclusivistas, mas com um novo e viril sentido da vida, devido à mescla de linhagens mais fortes com tipos mais fracos e desgastados, e dos novos tipos raciais com os mais antigos e mais desenvolvidos.
Nada tenho a dizer sobre a maneira como isto está sendo realizado. Poderia ter acontecido sem a guerra, e sim por meio da convicção de que todos os homens são iguais e humanos, e que a mistura das raças resolveria muitos problemas. Contudo, a guerra acelerou o processo, e os soldados de todos os exércitos do mundo estão tendo relações físicas com mulheres de todas as raças, de todas as civilizações e de todas as cores. Quer isto seja considerado certo ou errado, segundo o código de ética e padrões do observador, o resultado é uma situação inteiramente nova que deverá ser enfrentada pelo mundo do futuro. Inevitavelmente, serão derrubados os preconceitos nacionais e as barreiras raciais -os primeiros produzindo um maior efeito do que as últimas, nas etapas iniciais. Inevitavelmente, uma humanidade mais homogênea surgirá durante as mudanças nos próximos cem anos. Muitas atitudes e reações habituais, hoje prevalecentes, desaparecerão, e tipos, qualidades e características ainda sem precedentes aparecerão em larga escala.
O fato das pessoas conservadoras e severamente moralistas desaprovarem este acontecimento mundial, não tem o menor peso no caso. Isto aconteceu, está acontecendo diariamente, e materialmente trará mudanças de longo alcance. Relacionamento inter-raciais sempre aconteceram individualmente e em pequena escala; agora acontecem em larga escala, e devemos prepararmo-nos para os resultados que virão.
Como bem sabem, há certas doenças numericamente predominantes no mundo hoje:
1. Vários tipos de doenças cardíacas, que afetam particularmente a humanidade avançada.
2. Insanidade.
3. Câncer, prevalecendo largamente em todos os tipos de homens.
4. Doenças sociais -de natureza sifilítica. (quando esta obra foi publicada a AIDS ainda não tinha feito sua aparição; do contrário estaria aqui, incluída neste item - N. do t.).
5. Tuberculose.
De forma sutil e oculta, estas doenças são devidas a duas causas básicas. Uma é a estreita interação entre as pessoas que vivem sob condições modernas, e aglomeramentos nas cidades; a outra é a idade do solo sobre o qual o homem vive (um fato pouco conhecido ou levado em consideração), pois ele está profundamente impregnado com os germes e resíduos de eras passadas. A imunidade do homem é algo que os assombraria, caso vocês pudessem percebê-la. Ele resiste e se livra constante e continuamente de todo tipo de doenças - as que resultam do contato com outras pessoas, as que estão sempre presentes na própria atmosfera, as que estão latentes no interior do seu próprio organismo, e as que são herdadas e às quais ele está constantemente predisposto. A luta do homem por saúde é incessante e interminável, abrangendo desde a fadiga comum e o começo -além da tendência universal a resfriar-se -até às doenças que levam à morte.
Para o observador ocultista treinado, é como se a humanidade -como um todo -caminhasse parcialmente em uma densa sombra que engolfa a raça, e parte dessa sombra envolvesse uma área do corpo de cada ser humano. Uma das metas da Nova Era será “iluminar esta sombra e trazer as pessoas para o estado de verdadeira saúde”. Esta mesma sombra penetra também no reino mineral, afeta o reino vegetal, e envolve igualmente os animais. É uma das principais causas de tudo que podemos classificar como “pecado”, o que pode surpreendê-los. É também a fértil semente do crime. Este é um fato que tem que ser aceito, que tem que ser adequadamente levado em consideração e tratado racionalmente de forma sensata, inteligente, e espiritualmente; todos estes fatores serão necessários para erguer a humanidade da escuridão da doença para a saúde radiantemente estabelecida. Alguns Mestres estão cuidando deste problema em relação com outros reinos da natureza, pois não há como o homem escapar enquanto o seu meio ambiente estiver sob a sombra da doença.
Grande parte do que eu pudesse dizer a este respeito soaria fantasioso e provocaria a zombaria de cientistas empedernidos. As teorias defendidas pela humanidade quanto à origem das doenças, e o reconhecimento de bactérias e germes e outros organismo intrusos são, em grande parte, corretos; porém, corretos apenas se nos lembrarmos que são, na realidade, efeitos de causas que o investigador desconhece e que estão escondidas na história do próprio planeta e também na história racial do passado -do qual pouco ou praticamente nada se conhece. Neste terreno nada mais há que pressuposições e conjecturas.