Cura Esotérica
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PARTE UM
Capítulo I
4. DOENÇAS RESULTANTES DA VIDA DO DISCIPULADO (Parte 3 - Continuação da Parte 2)
11. Os três canais ao longo da coluna respondem em sua totalidade aos três centros maiores:
a. Ao centro do plexo solar, proporcionando assim o impulso do desejo e alimentando a vida física e o ímpeto criador.
b. Ao centro do coração, proporcionando o impulso para o amor e o contato consciente com as áreas cada vez mais amplas da expressão divina.
c. Ao centro da cabeça, promovendo o impulso dinâmico da vontade de viver.
Não indico aqui qual o canal que responde a este ou aquele centro, exceto no caso do canal sushumna que responde somente à energia do centro da cabeça e da vontade dirigente, centrada no lótus de mil pétalas. Não há perigo em dizer isto porque a vontade espiritual não está ainda desenvolvida nas pessoas que procuram despertar o fogo kundalini. Quando ele tiver sido desperto, elas saberão o que poderão fazer em segurança.
12. Os três centros na cabeça estão também relacionados com este triplo canal:
a. A área do bulbo (o centro da alta maior) e o seio carotídeo.
b. O centro ajna e o corpo pituitário.
c. O lótus de mil pétalas e a glândula pineal.
Será interessante se os estudantes relacionarem todas estas triplicidades aos três raios principais:
a. O primeiro raio da vontade ou poder,
b. O segundo raio do amor-sabedoria,
c. O terceiro raio da inteligência ativa,
e também às três raças humanas que foram dotadas do poder de desenvolver a semente desses aspetos divinos: as raças lemuriana, atlante e ariana. Elas podem ser vinculadas, como sementes, às duas raças finais que fundirão e sintetizarão todos os poderes já mencionados, as qualidades, realizações e metas em uma vida planetária perfeita.
Outra síntese importante é também possível:
a. Caminho da Evolução |
Centros abaixo do diafragma |
b. Caminho do Discipulado | Centros acima do diafragma |
c. Caminho da Iniciacão | Centros na cabeça |
Todos estes grupos e triplicidades estão relacionados, no tempo e espaço, à medula espinhal.
13. Há também - novamente em relação a todos os já mencionados pontos de síntese no corpo -um ponto de consumação total da fusão. Vou enumerá-los na sequência de seu trabalho de fusão:
O plexo solar, que funde os centros abaixo do diafragma.
a. O centro ajna, que funde os centros acima e abaixo do
diafragma.
b. A base da coluna, que funde todos os seis centros.
c. O lótus de mil pétalas na cabeça, que funde todas as sete energias.
Lembrem-se, em relação ao que acabei de expor, que estamos tratando inteiramente de forças e energias que funcionam através do corpo etérico; que estamos tratando do mundo terciário das causas, o qual é responsável pelo mundo orgânico da manifestação física densa. Esta manifestação física por sua vez, é, sujeita à influência do mundo secundário da vida consciente, o qual, por sua vez, responde no tempo e espaço ao mundo dinâmico do propósito e da Existência.
A chave para a plena vida da alma está oculta em minhas palavras, porém é preciso a vida dedicada e a mente iluminada para tirar proveito do conhecimento dado, e enxergar por trás da forma das palavras o pensamento chave que lhe dá vida e -ocultamente falando -o calor gerador.
Mantenham claros na mente os conceitos de estimulação ou falta de estimulação, de interação ou de separatividade, de passividade ou de atividade, pois é nestas dualidades que encontramos as causas da saúde ou da doença.
O Corpo Etérico, os Sistemas Nervoso e Endócrino
O que tenho a dizer aqui baseia-se em certos comentários feitos nas páginas anteriores onde assinalei que
1. o corpo etérico
2. o sistema nervoso
3. o sistema endócrino
estão intimamente “relacionados e constituem um interligado diretório de energias e forças que são essencialmente vitais, galvânicas, dinâmicas e criativas... dependendo delas toda a saúde interna do corpo”. A seguir, juntei àqueles três a corrente sanguínea como distribuidora por todo o corpo
1. do Princípio da Vida
2. das energias combinadas dos três sistemas acima, salientando que a grande combinação de forças que nós chamamos pares de opostos ou as dualidades maiores, governam as causas subjacentes da saúde e da doença. Ao fazer estas observações, estou tentando reduzir todo o nosso tema à máxima simplicidade, embora com isso algum aspeto da verdade seja perdido, porém, é essencial que o estudante capte certas generalizações antes de começar a estudar as exceções e de abordar minúcias e detalhes das falhas corporais ou seus opostos.
Tornou-se um truísmo para os estudantes do ocultismo que as condições do corpo etérico controlam e determinam a expressão da vida do indivíduo encarnado. Outro truísmo é que o corpo etérico é o transportador das forças da personalidade, através dos centros, e assim galvaniza o corpo físico para a atividade. Estas forças, encaminhadas pelos centros, são as da personalidade integrada como um todo, ou são simplesmente as forças do corpo astral ou emocional e do corpo mental; eles também transmitem a força do raio da personalidade ou a energia do raio da alma, de acordo com o ponto de evolução alcançado pelo homem.
O corpo físico, portanto, não é um princípio. Ele é condicionado, ele não condiciona - um ponto frequentemente esquecido. Ele é uma vítima da vida da personalidade ou a triunfante expressão da energia da alma. É por esta razão que a ciência da psicologia dominará, durante os próximos dois séculos, a moderna ciência médica, exceto na categoria daquelas doenças que abordaremos na próxima secção -aquelas que emanam da vida grupal, como a tuberculose, as doenças venéreas e o câncer. Enquanto a raça não estiver consciente do grupo de forma mais definida (algo ainda muito distante), não será possível aplicar generalizações psicológicas às doenças inerentes ao nosso planeta. Podemos, contudo, considerar como tratar as dificuldades similares que surgem no ser individual, as quais estão baseadas no conflito dos pares de opostos e na falta de harmonia que é encontrada nos três sistemas diretores interligados.
Vocês têm, por conseguinte, três sistemas e um agente transportador, para terem sempre vivos na mente, e mais o fato ocultista básico de que certas grandes energias opostas, trabalhando no interior do corpo, produzem o que nós chamamos doença. Juntarei aos fatores acima uma outra correlação necessária. Quero lembrar-lhes que estamos tratando de formas de vida, e que todas essas formas são criativas dentro de si mesmas, e podem criar potencialmente mais formas ou podem prover ambientes nos quais essas formas possam viver. Observem este modo de expressar uma verdade fundamental. A base de todo o ensinamento ocultista a respeito da manifestação é que as forças construtoras existem, e que esta afirmação é verdadeira quer se trate da Vida de um sistema solar ou somente da consciência daquele corpo no qual o ser humano move-se e vive -ao longo de linhas saudáveis ou não; estamos lidando com o corpo do mundo no qual o ser humano vive. Devido a isto vemo-nos a braços com outra grande Lei natural que pode ser expressa, com simplicidade, da seguinte forma:
LEI VI
Quando as energias construtoras da alma estão ativas no corpo, então há saúde, livre interação e correta atividade. Quando os construtores são os senhores lunares e aqueles que trabalham controlados pela lua e sob as ordens do eu pessoal inferior, então temos doença, má saúde e morte.
Esta é uma regra profundamente simples, mas oferece a pista para as causas da doença e para a razão de uma estabelecida imortalidade; será compreendida com grande clareza e entendimento dentro de poucos anos e então substituirá esses sistemas idealistas, mas infundados e inverídicos, a que damos o nome de Unidade, Ciência Mental e Ciência Cristã. Esses sistemas apresentam como possibilidades imediatas e demonstráveis a etapa da liberação final das limitações naturais e materiais que hoje controlam todas as formas. Ignoram o fator tempo, esquecem o processo evolutivo e também o ponto de desenvolvimento da pessoa em questão; sua posição baseia-se na criação ilusória de fatos que se desejaria fossem reais e no desejo inato no homem comum de conforto e harmonia física, e disfarçam o inato egoísmo de sua apresentação da verdade com o conceito de que tudo é para a eterna glória de Deus. Inquestionavelmente, a doença e as limitações físicas de qualquer tipo desaparecerão, porém, isto só acontecerá quando a alma do indivíduo controle e o eu pessoal inferior se torne um autômato da alma, tal como hoje é autômato da natureza emocional, da mente e (muito ocasionalmente para a maioria das pessoas) da alma.
Somente quando a alma, conscientemente e com a cooperação da personalidade, construir o templo do corpo, e então o mantiver cheio de luz, é que a doença desaparecerá; esta construção é, porém, um processo científico, e nas etapas iniciais do discipulado (que é quando a alma começa a apossar-se de seu instrumento, a personalidade), isto leva inevitavelmente ao conflito, à crescente tensão e frequentemente ao agravamento da doença e desarmonia. Esta desarmonia e doença levam necessariamente a dificuldades e consequentes efeitos indesejáveis, os quais serão superados, mas -durante o período de ajustamento -enquanto eles estão sendo registrados e expressados, haverá muito sofrimento físico e psicológico, e todas as grandes e pequenas dificuldades que a humanidade parece ter herdado.
Na humanidade não desenvolvida, o conflito (do ponto de vista da alma) é praticamente nulo; há menor susceptibilidade às doenças mais sutis que emanam dos três sistemas interligados, mas ao mesmo tempo, há uma maior resposta às três doenças inatas, às doenças infecciosas, e às grandes epidemias que varrem nações e grandes áreas planetárias. À medida que a humanidade se vai desenvolvendo, as doenças tornam- se mais pessoais (se é que posso expressar-me assim) e não tão nitidamente relacionadas à condição de rebanho ou massa. Elas surgem do interior das próprias pessoas, e embora possam estar ligadas às doenças da massa, baseiam-se em causas individuais.
Quando um homem sai da massa comum e passa para o caminho probatório, tornando-se assim um candidato ao discipulado, então as doenças da carne e a desarmonia de todo o seu sistema triplo, além da corrente transportadora, constitui um problema consciente que o próprio aspirante tem que resolver e que assim lhe revelará a necessidade de construir de forma consciente e criativa.
É neste ponto que a doutrina da reencarnação se torna de grande valor; o discípulo começa a estabelecer condições, a criar formas e a construir veículos que, em outra vida, se mostrarão mais adequados para o controle da alma e instrumentos mais apropriados para levar avante o processo de aperfeiçoamento exigido pela alma. Quero ressaltar que, em momento algum, o discípulo se concentra no seu corpo físico ou começa concentrando-se no trabalho físico para eliminar a doença ou desarmonia. Ele começa com a psicologia que a alma ensina, começando com as causas que estão produzindo os efeitos no plano físico. É um processo mais lento, mas perdurável. Grande parte da violenta autossugestão de sistemas ligados à Christian Science e Unity têm efeitos apenas temporários e baseiam-se num processo científico de supressão e de recusa a admitir os fatores existentes. Não estão baseados na verdade. Numa vida posterior, a condição que foi suprimida surgirá cada vez com maior potência, e assim continuará a fazê-lo, até o momento em que for completamente ignorada, e a ênfase da vida for centralizada no contato da alma e a expressão da vida se exteriorize em serviço aos demais.
Em conexão com a doença física e sua relação com os centros (considerando-os como pontos focais para as energias entrantes vindas desta ou aquela fonte) será útil apresentar aqui algumas generalizações, lembrando que em todas elas poderá haver exceções, particularmente quando se trata da boa ou má saúde dos discípulos.
1. Cada um dos sete centros maiores governa ou condiciona -tanto do ponto de vista material quanto do ponto de vista da alma e do princípio da vida -a área do corpo físico onde ele se encontra, incluindo os inúmeros centros menores de energia e plexos de força que lá se encontrem.
2. As três grandes divisões básicas da divindade em manifestação encontram-se presentes simbolicamente em todos os centros:
a. O princípio vida, o primeiro aspeto, revela-se quando todo o centro está esotericamente aberto ou desperto. Ele está sempre presente em latência, porém não é um fator dinâmico produzindo estimulação monádica até o final do grande ciclo da evolução.
b. A qualidade ou aspeto alma é gradualmente revelada ao longo do processo evolutivo e produz, no tempo e espaço, o efeito definido que o centro exerce sobre seu meio ambiente. Esta qualidade depende do raio (o da personalidade ou o da alma) que é a fonte da energia entrante, ou do raio que governa o corpo astral, no caso das pessoas pouco desenvolvidas; depende também do ponto de evolução e da influência irradiadora dos outros centros.
c. O aparecimento, no corpo etérico, de um centro desenvolvido ou em desenvolvimento indica o lugar do homem na escada da evolução, sua filiação racial, e sua meta consciente. Esta pode variar desde a ênfase sobre a vida sexual e a consequente atividade do centro sacro, até à meta do iniciado, que traz à atividade o centro da cabeça. Tudo isto produz um consequente efeito sobre o tecido circundante, a substância e formas orgânicas que se encontram dentro do raio de influência do centro. A área desta influência varia de acordo com a atividade do centro e esta depende do ponto de desenvolvimento alcançado pelo indivíduo e do tipo preponderante de energia à qual o indivíduo reage.
3. A energia entrante é transmutada em forças dentro do centro. Isto implica um processo de diferenciação da energia primária em questão em energias secundárias, o que acontece automaticamente; a rapidez do processo de transmutação, a potência da resultante agregação de forças e a atividade irradiadora subsequente (que produz resultados condicionantes sobre o corpo físico denso), dependem da extensão de desenvolvimento do centro em questão e do fato dele estar desperto ou não.
4. As forças que saem de um centro atuam sobre a contraparte etérica da intricada rede de nervos que constitui o sistema nervoso. Estas contrapartes de correspondências subjetivas idênticas são chamadas “nadis”, na filosofia hindu. Elas constituem uma complexa e vastíssima rede de energias fluídicas, um sistema intangível interno paralelo ao sistema nervoso do corpo, o qual é, de fato, uma exteriorização do padrão interno de energias. Ainda não há tradução para o termo “nadi” porque este sistema subjetivo ainda não foi reconhecido, e somente o conceito materialista de um sistema nervoso construído em resposta a um meio ambiente tangível é aceito no Ocidente. A ideia de que estes nervos são o resultado físico denso de um aparelho interno de resposta sensível está ainda sem definição e sem reconhecimento pela ciência ocidental moderna. Quando for admitido que esta substância sutil (composta de fios de energia) subjaz aos nervos tangíveis, teremos chegado perto de todo o problema sobre saúde e doença, e o mundo das causas estará muito mais próximo. Esta rede de nadis forma um padrão definido de vida, o qual varia de acordo com o raio da personalidade.
5. Os nadis, portanto, determinam a natureza e a qualidade do sistema nervoso com sua extensa rede de nervos e plexos cobrindo todo o corpo físico. Os nadis, e consequentemente a rede de nervos, estão ligados, primariamente, aos dois aspetos do equipamento físico do homem -os sete centros principais no corpo etérico (o corpo de substância que subjaz ao corpo físico denso), e a coluna vertebral com a cabeça. Deve ser sempre lembrado que o corpo etérico é um corpo físico, embora composto de matéria mais sutil do que aquela que podemos ver e tocar. É feito de substância ou aquilo que subjaz ou “dá sustentação” a cada parte ou partícula do veículo físico denso. Este é um ponto que mais tarde receberá a atenção dos curadores e médicos esclarecidos na nova era. Quando esta relação existe entre os nadis e os nervos, e sua relação conjunta com os centros e a coluna vertebral for reconhecida, veremos uma grande revolução nos métodos médicos e psiquiátricos. A experiência mostrará que quanto mais estreita for a interação entre nadis e nervos, mais rapidamente poderá ser implementado o controle das doenças.
6. Os nadis no corpo físico correspondem ao aspeto vida ou espírito; os nervos correspondem ao aspeto alma ou qualidade. Aquilo que se demonstra como a exteriorização unificada de ambos é o sistema endócrino, que corresponde ao aspeto forma ou matéria. Estes três -os nadis, o sistema nervoso e as glândulas -são a correspondência material dos três aspetos divinos; respondem esotericamente a estes três aspetos e fazem do homem no plano físico o que ele é. Estes três grupos são, por seu turno, condicionados (por intermédio dos sete centros, como já vimos anteriormente) pelos veículos astral ou mental, ou pela personalidade integrada, ou pela alma que começa a usar a personalidade como agência transmissora e transmutadora, e -no fim do Caminho do Discípulo -pela mônada, via antahkarana, utilizando esse caminho autocriado como um canal direto de comunicação para os sete centros e de lá para o triplo sistema de nadis, nervos e glândulas.
7. Estes três grandes sistemas dentro do ser humano expressam, por intermédio do corpo físico, a condição ou estado de desenvolvimento dos centros. A vida, a qualidade e a energia que eles representam são levadas a todas as partes do veículo físico pela corrente sanguínea. Isto já está sendo reconhecido como um fato pela ciência moderna, indicando que a corrente sanguínea transporta certos elementos liberados pelas glândulas, mas não reconhece ainda o fato da relação das glândulas e dos centros, com os sistemas intermediários de nadis e nervos. O próximo grande na medicina será reconhecer o fato do corpo etérico, a substância física que subjaz à matéria densa.
8. Quando todos os centros do corpo despertarem, aparecerá um sistema nervoso altamente elétrico, que responderá diretamente à energia conduzida pelos nadis; disto resultará um sistema endócrino bem equilibrado. A vitalidade e a vida fluindo através de todo o corpo terá então uma tal potência que automaticamente o corpo físico será resistente às doenças, sejam elas inatas, hereditárias ou de origem grupal. Nestas palavras estou expressando uma probalidade futura, mas não uma possibilidade imediata. Algum dia, o homem terá os três sistemas perfeitamente coordenados, responderá psicologicamente ao padrão interno dos nadis e centros, e conscientemente se integrará com a alma, e mais tarde -via o antahkarana -com o princípio Vida.
9. Atualmente, como o desenvolvimento é irregular, com alguns centros ainda não despertos, outros superestimulados, e com os centros abaixo do diafragma hiperativos, temos consequentemente, áreas inteiras do corpo onde os nadis estão em estado embrionário, outras áreas onde eles estão altamente energizados, porém com suas emanações bloqueadas porque algum centro ao longo do caminho de sua atividade ainda não está desperto ou -se estiver desperto -ainda não é irradiante. Estas condições irregulares produzem efeitos potentes sobre o sistema nervoso e as glândulas, levando à superestimulação em alguns casos, condições subnormais em outros, falta de vitalidade, hiperatividade, e outras reações indesejáveis que inevitavelmente produzem doenças. Estas, ou surgem do próprio corpo como resultado de tendências ou predisposições inerentes (ou deveria dizer inatos) ou hereditárias presentes no tecido do corpo, ou surgem como resultado de impactos ou contatos externos, tais como enfermidades infecciosas ou contagiosas e epidemias. A estas o indivíduo não consegue resistir devido à falta de desenvolvimento de seus centros.
10. Resumindo: Doenças, incapacidades físicas de qualquer espécie (exceto, é claro, as causadas por acidentes e, até certo ponto, por condições planetárias que provocam epidemias de natureza peculiarmente virulenta, como as produzidas frequentemente pela guerra) e os inúmeros e diferentes aspetos de má saúde podem ser diretamente atribuídos à condição dos centros, pois eles determinam a atividade ou inatividade dos nadis; estes, por sua vez, afetam o sistema nervoso, fazendo do sistema endócrino o que ele é no indivíduo, e a corrente sanguínea é responsável pela chegada desta condição a cada parte do corpo.
Efeitos produzidos em áreas Específicas
Consideraremos agora alguns dos efeitos dos fatos citados acima, e seus resultados nas áreas governadas pelos centros e nas quais a doença aparece.
É evidente que à medida que a energia flui através dos centros, por intermédio dos nadis e nervos afetando fortemente o sistema glandular e a corrente sanguínea, as áreas do corpo ficam vitalmente envolvidas e reativas. E, é claro, isto aplica-se à cabeça, à garganta e ao torso. A energia que assim é enviada penetra cada parte do veículo físico, cada órgão, cada célula e cada átomo. É o trabalho da qualidade da energia sobre o corpo que induz, estimula, remove ou alivia a doença. Não me refiro aqui às três principais doenças inatas (se é que posso chamá-las assim) -câncer, sífilis e tuberculose. Falarei sobre elas mais tarde, porque são de âmbito planetário, presentes na substância da qual todas as formas são feitas, e responsáveis por produzir um número infindável de doenças menores às vezes reconhecidas como afins, mas frequentemente não reconhecidas como tais.
As doenças que são indiscriminadamente chamadas de doenças mentais e que estão relacionadas com o cérebro, são ainda pouco compreendidas. Havia pouquíssimas doenças mentais na última raça-raiz, a atlante; a natureza da mente era então passiva e pouca estimulação era transmitida através dos níveis mentais, por intermédio do centro da cabeça para a glândula pineal e o cérebro. Havia também poucos problemas com os olhos e nenhum problema nasal, pois o centro ajna não estava desperto e o terceiro olho estava tornando-se rapidamente inativo. O centro ajna é o centro da personalidade integrada, o instrumento de direção, e está estreitamente relacionado ao corpo pituitário aos dois olhos, assim como a todas as áreas frontais da cabeça. Nos tempos atlantes, a integração da personalidade era praticamente desconhecida, exceto no caso de discípulos e iniciados, e a meta do iniciado de então, e o sinal de sua realização, era esta tripla integração. Hoje, a meta é a de uma fusão mais elevada -a da alma com a personalidade. Falando em termos de energia, isto envolve a formação, a atividade e a interação relacionada dos seguintes triângulos de força:
I.
1. A alma, o homem espiritual no seu próprio plano.
2. A personalidade, o triplo homem integrado nos três mundos.
3. O centro da cabeça.
II.
1. O centro da cabeça, o ponto da segunda fusão.
2. O centro ajna, o ponto da primeira fusão.
3. O centro no bulbo, controlando a espinha.
III.
1. A glândula pineal, a exteriorização do centro da cabeça.
2. O corpo pituitário, relacionado com o centro ajna.
3. O seio carotídeo, a exteriorização do terceiro centro existente na
cabeça.
Todas estas triplicidades, presentes no interior da circunferência da cabeça, constituem o mecanismo através do qual:
1. A alma controla seu instrumento, a personalidade.
2. A personalidade dirige as atividades do corpo físico.
A coluna vertebral (esotericamente, os canais ida, pingala e sushumna), os dois olhos e a totalidade do tecido cerebral não receptivos a, estimulados por, ou não-receptivos a essas energias na cabeça. Neste último caso, toda a área permanece inativa, espiritualmente falando, e o foco de energia encontra-se em outro lugar.
Esta deficiência ou esta estimulação, se em desequilíbrio ou mal aplicadas, produzirão determinado tipo de problema, frequentemente de natureza fisiológica assim como psicológica, e em nossa era ariana, veremos um progressivo crescimento de doenças do cérebro (um aumento constante de desequilíbrio mental), e de problemas com os olhos, até que a natureza dos centros e o tipo da força entrante e sua regulação sejam reconhecidos e estudados cuidadosa e cientificamente. Então veremos desenvolver-se a ciência da regulação da energia, à medida que ela condicionar o ser humano. Enquanto isso, há grandes dificuldades por toda a parte, e as doenças mentais, os estados neuróticos, a insanidade e, talvez com maior preponderância, os desequilíbrios glandulares, estão em expansão. Até agora, no ocidente, pouco se conhece sobre os métodos de controle ou cura, e no oriente, onde existe algum conhecimento, nada é feito devido à apatia reinante.
A coluna vertebral está destinada principalmente a servir de ca-nal por onde a energização dos centros e a distribuição da energia para as éreas circundantes do corpo é levada a efeito pela personalidade inteligente, integrada, atuando sob a direção consciente da alma. Não me estou referindo à estrutura óssea da coluna vertebral, mas à sua contraparte esotérica, o cordão e os nervos que partem da coluna. Hoje, este planejado e dirigido controle esotérico da energia não está presente, exceto naqueles com conscientização iniciática e certos discípulos avançados. Há inibições, bloqueios, áreas adormecidas, deficiência de vitalidade, falta de livre circulação de energia e consequente falta de desenvolvimento dentro do homem como um todo; ou então, há excesso de estimulação, uma atividade vibratória excessivamente rápida, um despertar prematuro dos centros, provocando uma hiperatividade dos átomos e células governados qualquer centro em particular. Todas estas condições, juntamente com outras não mencionadas, condicionam as glândulas e provocam dificuldades psicológicas e doenças várias. Apresento a seguir um diagrama simples, ainda que sugestivo e simbólica, da coluna vertebral e cabeça, considerando ambos sob o ângulo dos centros e das glândulas:
Notar-se-á que o baço não foi incluído neste diagrama. Ele tem uma função peculiar, sendo o centro da vitalidade em relação à vitalidade planetária e a radiação proveniente do sol. Não é controlado, de forma alguma, a partir da coluna vertebral. É preciso ter em mente que este diagrama é simplesmente um esforço para relacionar, de forma pictórica, os centros, a glândulas que eles condicionam e os órgãos afetados por ambos. Não pretende ser um quadro real de quaisquer relações fisiológicas orgânicas.
O centro na base da coluna tem uma função singular, única. É, para a substância do corpo, para o tecido físico e para toda a matéria não incluída nos órgãos acima mencionados, a fonte da vida. No homem aperfeiçoado, os dois centros -o mais elevado na cabeça e o básico -representam a grande dualidade de espírito e matéria, e eles, então, controlam e governam, em perfeita harmonia, a direção total do veículo da alma. Por fim, o aspeto espiritual do ser humano expressar-se-á perfeitamente através da relação entre a mônada e a personalidade, que é levada a efeito por uma terceira grande fusão. Então, o homem material passa a responder a ambas, via o centro da cabeça (a mônada) e o centro básico (a personalidade espiritual energizada). Estes dois centros estarão então, em perfeita concordância, expressando a natureza plena do homem espiritual.
É essencial que os curadores espirituais tenham em suas mentes um nítido quadro das áreas no corpo que são governadas pelos centros da cabeça e pelos demais centros, porque dentro dessas áreas encontram- se os vários órgãos que reagem às doenças. A saúde desses órgãos depende largamente dos centros, já que eles condicionam as glândulas e que a energia é distribuída por todo o corpo. Um fluxo pleno e equilibrado de energia partindo de um centro para a área que ele controla leva à resistência contra o que chamamos doença; onde não há desenvolvimento nem uma situação equilibrada, no que diz respeito aos centros, não haverá poder de resistência. O processo de cura na Nova Era, começará por um definido plano de trabalho com os centros, e a linha geral da arte de curar será então -como bem podem ver -de natureza preventiva muito mais do que curativa.
Toda a ênfase recairá sobre os centros de energia, as correntes de energia e a direção da energia para os órgãos no raio de influência de qualquer centro em particular. A partir do estudo das glândulas (um estudo de tal forma incipiente, que mal pode ser chamado “embrionário”) muito será aprendido mais tarde sobre suas relações com os centros, e grande trabalho experimental será realizado. Do ponto de vista do esoterista que admite o fato dos centros, as glândulas são, por excelência, o principal fator determinante em conexão com a saúde geral de um indivíduo; elas indicam não somente o seu desenvolvimento psicológico num grau muito maior do que isso é atualmente compreendido, mas têm (como a ciência médica ortodoxa suspeita, um potentíssimo efeito sobre todo o sistema orgânico; sua influência, via a corrente sanguínea) alcança do interior de todas as partes do corpo às extremidades. As glândulas são o resultado da atividade dos centros; elas são, primeiro, por último, e o tempo todo, efeitos de causa internas predisponentes, e é através dos centros e das glândulas a eles afiliadas que a alma constrói o aparelho sobre o plano físico que nós chamamos o homem físico.
Portanto, o grupo de fatores relacionados que temos estado a discutir, precisa ser cuidadosamente estudado e captado por qualquer um que pratique a cura, pois ele, eventualmente, terá que trabalhar através de seus próprios centros em relação ao paciente cujos males ele tenta curar. Consequentemente, ele tem que lembrar-se de três fatores: os centros, as glândulas a eles relacionadas, e o grupo de órgãos pelos quais ambos são responsáveis. Nas sete áreas do corpo, governadas pelos sete centros principais e as glândulas a eles afiliadas, vemos aparecer novamente a trindade básica de manifestação:
1. Vida ou espírito |
o centro de energia |
2. Alma ou qualidade | a glândula |
3. Forma ou matéria | os órgãos na área governada pelo centro em questão. |
Isto nos remete a uma nova lei que deve ser sempre lembrada pelo curador.
LEI VII
Quando a vida ou energia flui sem impedimentos e na correta direção de sua precipitação (a glândula relacionada), a forma então responde e a má saúde desaparece.
Esta é uma lei básica na cura e concerne à verdadeira arte de relacionar a energia espiritual com a vida da forma, e disto depende a saúde e a vitalidade dos órgãos. Assim, chegamos à próxima regra que o curador tem que dominar. Ela está exposta de forma concisa, e as instruções apresentadas precisam ser inteligentemente entendidas e seguidas.
REGRA CINCO
Que o curador concentre a energia necessitada dentro do
centro necessário.
Que esse centro corresponda ao centro que apresenta a necessidade.
Que os dois se sincronizem e juntos aumentem a força.
Assim, a forma que aguarda trabalhará equilibradamente.
Assim, os dois e o um, sob a direção correta, curarão.
É óbvio, pois, que os curadores atuais (não me refiro à profissão médica, e sim às múltiplas escolas de pensamento) ainda não recuperaram o fator básico, apesar de muito repetir que o amor é a força curadora. Na realidade, eles estão enfatizando e referindo-se ao motivo que impele o curador a exercer sua arte de curar. Eles estão envolvidos com o meio pelo qual o contato pode ser feito com o paciente a ser curado., Esse contato sempre terá que ser estabelecido pelo LOVE -puro, incentivador, inegoísta. Porém, uma vez estabelecida a relação, o curador tem que assegurar-se do fato de que, no que lhe diz respeito, ele precisa trabalhar cientificamente; tem que aplicar o conhecimento e -após o diagnóstico correto, após corretos métodos terapêuticos modernos, após o devido bom senso, que inclui o melhor que a ciência médica pode oferecer -ele então, precisa começar a trabalhar através do seu próprio centro, pondo- o em sintonia com o centro, no paciente, que governa a área afetada ou o órgão doente.
Enquanto ele assim trabalha, não permite que, durante o processo de cura, a energia atraída pela intenção amorosa e o hábil conhecimento estimula ou afete as glândulas correspondentes no seu próprio corpo, nem tampouco, as zonas a elas vinculadas. O curador tem que aprender a isolar-se da energia a ser usada em benefício do paciente. Ele junta-se à energia do centro do paciente que governa a área afetada; a glândula a ele vinculada é então duplamente energizada (ou diminuída, segundo o caso e indicação do diagnóstico), e a corrente sanguínea libera nos tecidos doentes o que for necessário para curar ou evitar o agravamento da doença.
Nesta instrução apresentei vasto material para reflexão. Enfatizei um aspeto da cura esotérica científica que jamais fora trazida à atenção dos estudantes. Gostaria que captassem o quadro geral e tivessem uma clara visão do delineamento do processo; que estudassem a relação entre o curador e o paciente à medida que o primeiro passe do estágio de apenas amar e enviar amor ou de ver o paciente à luz do amor, para o estágio do trabalho científico de aumentar a energia espiritual do próprio paciente. Assim, permite ao paciente efetuar sua própria cura, consciente ou inconscientemente.
Temos, portanto, o curador, o paciente e o reservatório de energia espiritual, mais o processo científico de juntar os três numa íntima e curadora sintonia. Isto se processa via o centro em questão no equipamento do paciente, o centro correspondente no equipamento do curador, e a direção (por um ato da vontade do curador ou do grupo de cura) das correntes unificadas da energia específica requerida para a área afetada. Isto é feito geralmente por intermédio da glândula a ela vinculada, embora nem sempre seja assim.
Reflitam sobre estas coisas e vejam, se puderem, a simplicidade do processo que está baseado no intento amoroso, que isola a área específica onde está o problema, que se identifica com o centro de energia espiritual no paciente, e que, então, aplica e direciona as energias fundidas e mescladas.
Efeitos da Subestimulação e Superestimulação dos Centros
Temos nos demorado no estudo dos centros e suas relações com o corpo denso. Também destacamos as áreas que são condicionadas por esses centros e o trabalho mediador das glândulas de secreção interna. Vimos que as duas causas principais que predispõem a problemas originados dentro do organismo físico, são a subestimulação ou a superestimutação dos centros. Há também, como devem estar lembrados, três doenças que são inerentes à própria substância, e que, portanto, criam predisposições básicas dentro do corpo humano: câncer, sífilis e tuberculose. No momento, essas doenças não estão sendo consideradas. Porém, a condição dos centros produz, basicamente, todas as dificuldades, permitindo a entrada de infecções e germes que de outro modo poderiam não causar problemas, produzindo aquelas situações onde as doenças inerentes à natureza da forma podem desenvolver-se, e tornar poderosas as tendências indesejáveis. Consequentemente, podemos estabelecer a premissa (que mais tarde será totalmente aceita pela profissão médica) de que as doenças auto engendradas (se é que posso usar uma expressão tão curiosa e inadequada), e que não são o resultado de contágio, infecção nem de um acidente, são causadas pela limitação, a deficiência ou o excesso, e pelo super ou subdesenvolvimento do sistema endócrino. O sistema glandular de secreção interna, via os hormônios, afeta todas as partes do organismo físico -via a corrente sanguínea - e portanto, pode dizer-se com segurança que, quando as glândulas de secreção interna estão perfeitamente equilibradas e funcionando corretamente, não haverá áreas enfermas no corpo. A corrente sanguínea então manter-se-á em perfeitas condições. A chave da perfeita saúde física de um Mestre de Sabedoria deve-se ao Seu perfeito controle dos centros e à equilibrada recepção e distribuição de energia e ao efeito que isso produz em todo o sistema de secreção interna. Deste modo todas as áreas do corpo recebem as forças necessárias e são mantidas em perfeitas condições.
O meio do caminho entre os centros e as glândulas endócrinas correspondentes, e atuando como o agente para a distribuição de energia, está o sistema nervoso. Aqui, contudo, geralmente se encontra alguma dificuldade. Pode haver falta de fluxo adequado de energia; a energia distribuída para o corpo por seu intermédio, através dos centros, não é uniformemente distribuída; alguns centros recebem um suprimento excessivo; outros recebem uma quantidade insuficiente; alguns centros não estão ainda despertos, e portanto, não são receptivos; outros desenvolveram-se prematuramente e transmitem excessiva força às áreas que eles governam. Na medicina esotérica e em sua interpretação filosófica (que é, um última análise, a aplicação prática e efetiva dos fatos conhecidos) é o aspeto cérebro-espinhal que condiciona e governa todo o sistema nervoso, pois é por meio deste aspeto e através de sua atuação que os centros trabalham e afetam o organismo corporal, suprindo o corpo com a necessária energia vital; assim, o sistema nervoso torna-se finalmente capaz de responder, através dos sete centros, às sete energias maiores ou às forças dos sete raios.
Em ser humano algum, exceto em um Mestre, estão todos os centros devidamente despertos e funcionando de modo equilibrado, ou estão eles devidamente relacionados através de uma radiação intensiva; em ser humano algum o sistema nervoso responde corretamente aos centros. Há duas razões para isto, ambas relacionadas ao sistema cérebro-espinhal:
1. O centro da cabeça ainda não está desperto, ou está sendo lentamente desenvolvido, à medida que o discípulo se submete ao treinamento.
2. O fluxo de energia através da cabeça para os centros ao longo da coluna é desigual porque o fluxo entrante é desigual, e porque a teia etérica entre os centros só permite, por enquanto, que pouquíssima energia flua através de todos os centros.
É preciso lembrar que a vida dos centros está fundamentada, no estágio inicial, na vida inerente ao próprio organismo, encontrando-se o foco da vida imanente no centro da base da coluna. Este é um ponto que os esoteristas frequentemente esquecem. É através deste centro básico que a vida da matéria trabalha, a vida ou energia do Espírito Santo, o terceiro aspeto, a vida que alimenta cada átomo do corpo. Este processo de animação da substância da forma física inicia-se no estágio pré-natal; depois do nascimento, este tipo de força é ajudado e acompanhado paralelamente pelo influxo do prana planetário ou energia vital da própria vida planetária, através do baço. Este é o órgão essencial de relação entre a vida inerente à matéria, tal como presente no microcosmo, e a vida inerente ao planeta.
À medida que a evolução prossegue, gradualmente é adicionada a esta força inerente, um influxo de energia "qualificada” que expressa o aspeto consciência da divindade, e indica ao esoterista o estado de percepção do homem, bem assim, o tipo de raio de sua alma. Este influxo parte do segundo aspeto divino, da alma ou do Cristo interno. Poderíamos, pois, afirmar sobre os dois centros da cabeça, que:
1. O centro ajna, ou centro da personalidade, focalizado entre as sobrancelhas e condicionando o corpo pituitário, está relacionado a toda a vida do triplo organismo integrado, por meio do qual a consciência deve forçosamente se expressar, e os veículos físico, emocional e mental demonstrar seu ponto na evolução.
2. O centro da cabeça (que a filosofia hindu chama de lótus de mil pétalas) condiciona a glândula pineal e está relacionado à vida da alma e -após a terceira iniciação -à vida da mônada. Ele leva para os centros a energia dos três principais tipos de ser espiritual, dos quais as três forças da personalidade são os reflexos ou contrapartes físicas.
Mais tarde, a energia do aspeto espírito, o primeiro aspeto ou Pai, estará disponível e fluirá através do centro da cabeça para o centro ajna, combinando as energias da alma e da personalidade. Então, por um ato da vontade, é projetada ao longo da coluna vertebral, através do centro alta maior, que condiciona o seio carotídeo. Ao descer pela coluna vertebral, essa energia vitaliza dois aspetos dos centros; quando chega ao centro básico, combina-se com a energia latente da própria substância, e temos assim, a união das três energias divinas e a manifestação, no homem, dos três aspetos divinos. Estas energias combinadas ascendem pelo canal central na coluna e o terceiro, ou aspeto receptivo superior dos centros é energizado. Assim, todos os centros são trazidos à sua plena expressão; todas as limitações são destruídas; todas as partes do corpo são vitalizadas e produzida a perfeição material, além da plena atuação da consciência iluminada, assim como do aspeto vida.
O sistema nervoso, então, passa a ser totalmente controlado pelo homem espiritual, e a corrente sanguínea é purificada e torna-se um canal livre e desimpedido para a circulação das secreções das glândulas energizadas. Este é o significado esotérico das palavras bíblicas “O sangue é a vida”, e também o das palavras "salvo pelo sangue de Cristo”. Não é pelo sangue de um Cristo morto há dois mil anos na cruz na Palestina que o homem é salvo, mas pela vida do sangue daqueles em quem a vida e a consciência crísticas, e a qualidade crística são perfeitamente demonstradas e expressadas. Então, quando a natureza do Cristo interno se expressa plena, espontânea e automaticamente na personalidade e através dela, os três fogos do processo criativo -o fogo da matéria, o fogo da alma, e o fogo elétrico do espírito -misturam-se, e há então, uma manifestação perfeita, na Terra, da vida física, emocional e mental, e também da vida espiritual de um Filho de Deus encarnado, um Cristo.
É sobre este ponto de compreensão que tantas pessoas de valor se perdem, particularmente nos movimentos da ciência mental, nos movimentos Unity e Christian Science. Em lugar de focalizar seus esforços para alcançar a vida pura do Cristo na vida diária, e agirem como servidores consagrados de seus semelhantes e como canais para o amor, e chegar a ser conscientes somente do todo, eles focalizam-se na afirmação, mental e verbal, de uma perfeição futura, para obter saúde e conforto físico. Consideram que isso é um direito ganho pela afirmação, e esquecem-se do árduo trabalho necessário para criar dentro deles mesmos as condições que tornarão presente a divina manifestação do Cristo. Precisam ter em mente que a boa saúde manifestar-se-á normalmente se a consciência interna for inofensiva (e a maioria das pessoas pecam por um acentuado espírito de crítica), se conseguirem descentralizar-se do eu inferior nos três mundos, Que “se focalizam no céu, permitindo ao celestial Filho do Homem Que é o Filho de Deus levar uma vida celestial quando está distante do reino do céu’’ -como costumava dizer um antigo místico cristão há muito esquecido. Suas palavras foram lembradas pelo Mestre M., o qual me chamou a atenção sobre elas.
Outra escola de pensamento, que enganosamente se intitula ocultista, está igualmente equivocada. Seus seguidores trabalham, ou melhor, afirmam trabalhar com os centros, porém, felizmente para eles a natureza os protege deles próprios. Esforçam-se conscientemente em vitalizar os centros, em queimar a rede protetora, e em erguer os fogos da matéria antes que o fogo do espírito se tenha combinado com o fogo da alma. Então, tornam-se vítimas da estimulação prematura dos fogos da substância antes que seja alcançado o equilíbrio das forças. Então ocorrem as doenças, a insanidade e muitas condições neuróticas, além de sérias manifestações patológicas. Algumas das glândulas tornam-se hiperativas; outras são negligenciadas, e todo o sistema glandular e o sistema nervoso, que dele depende, entram em estado de completo desequilíbrio.
Os discípulos precisam aprender a focalizar a atenção sobre a realidade e os fatores de primordial importância espiritual. Quando o fazem, as energias da cabeça, o correto uso da área da coluna com seu “rosário de centros”, e o despertar do centro básico e sua consequente fusão com as energias superiores acontecerá de forma automática e perfeitamente segura.
O ritmo ordenado do sistema glandular e o uso livre e seguro do sistema nervoso controlado tornar-se-á então possível; as energias que se projetam dos centros, através dos nadis, serão relacionadas com segurança e entrarão em funcionamento sintético no interior do corpo, e o discípulo viverá a experiência de ter não apenas a consciência inteiramente desperta e o cérebro cada vez mais inteligentemente receptivo, mas também um influxo constante de vida espiritual. Haverá, então, aquele perfeito equilíbrio e perfeita saúde que caracterizam um Mestre de Sabedoria.
O conhecimento sobre as glândulas endócrinas ou de secreção interna está ainda no estado embrionário. Há bastante conhecimento sobre as glândulas relacionadas com o centro sacro e sobre a tireoide, mas até agora, é claro, a profissão médica não admite que elas sejam efeitos da atividade ou inatividade dos centros, ou que exista uma linha de menor resistência entre o centro sacro e o centro laríngeo. Sabe-se algo, não muito, sobre o corpo pituitário, porém, sua extrema importância ao afetar a resposta psicológica do indivíduo, ainda não foi adequadamente compreendida. Nada se sabe, de concreto, sobre a glândula pineal e a glândula timo e isto porque nem o centro da cabeça nem o do coração estão despertos no homem não desenvolvido, ou sequer no cidadão comum. A existência de uma considerável riqueza de conhecimento sobre o centro sacro (como fonte da criação física) e os efeitos condicionantes da glândula tireoide deve-se ao fato de que esses dois centros estão despertos no homem comum, e quando o funcionamento é adequado e a necessária interação entre eles está estabelecida, então temos um indivíduo altamente sexual que é também um artista criador em alguma forma de arte. Vê-se isto bem frequentemente, como bem sabemos. Quando o centro ajna e sua exteriorização, o corpo pituitário, estão também ativos e a relação entre os três centros -sacro, laríngeo e ajna -está desperta e começando a funcionar, e a relação definida e consciente está sendo estabelecida entre ele e os demais centros (o que depende do raio, do objetivo consciente e do treinamento), então temos o místico prático, o filantropo e o ocultista.
Os estudantes devem lembrar-se que há, no que diz respeito ao discípulo, duas correntes de energia, uma ascendente e outra descendente, no interior da estrutura dos centros.
1. A corrente ascendente .... produzindo a Transmutação.
Do centro sacro para o laríngeo. A criação física é transmutada em criatividade artística.
Do plexo solar para o centro do coração. A consciência individual, emocional é transmutada em consciência grupal.
Da base da coluna para o centro da cabeça. A força material é transmutada em energia espiritual.
De qualquer dos cinco centros ao longo da coluna para o centro ajna. A vida não coordenada é transmutada em integração da personalidade. Dos seis centros relacionados entre si, para o centro superior da cabeça. A atividade da personalidade é transmutada em vida espiritual.
Isto é uma ampla generalização, e o processo não é desenvolvido de forma sequencial, uniforme e ordenada como a tabulação dada parece sugerir. O processo estende-se por muitas vidas de transmutação inconsciente nas etapas iniciais, e como resultado de amarga experiência, e de esforço consciente nas etapas posteriores, tornando-se progressivamente dinâmico e efetivo à medida que o aspirante percorre as várias etapas da Senda. Os cinco raios com os quais o discípulo tem que trabalhar (dois raios condicionantes principais e três raios subsidiários) têm um efeito ativo definido; os ajustamentos cármicos oferecem a oportunidade ou os impedimentos e as complexidades de todo o processo (dentro da relativamente limitada experiência do discípulo) são tão confusas durante o processo que tudo que ele pode fazer é perceber o quadro geral aqui delineado e não dar demasiada atenção aos detalhes factuais imediatos.
2. A corrente descendente .... produzindo a Transformação.
Quando o centro coronário começa a despertar e o discípulo está conscientemente ativo na tarefa de dirigir as energias para os centros, e assim governando a vida de sua personalidade, estabelece-se um processo científico de energização dos centros num certo ritmo e ordem, o qual é, mais uma vez, determinado pelos raios, pelas circunstâncias e pelo carma; desse modo, todas as energias do corpo são postas em correta atividade espiritual. Não podemos tratar aqui desse processo; apenas assinalar que esta corrente descendente pode processar-se mais ou menos em três etapas:
1. A etapa de energização da vida criativa, através do centro laríngeo, trazendo
a. o centro coronário e o laríngeo,
b. esses dois e o centro sacro,
c. os três, simultaneamente, em relação consciente.
Esta relação, quando for corretamente estabelecida, resolverá o problema sexual do indivíduo, sem recorrerá inibição ou supressão, e sim pelo correto controle, ao mesmo tempo tornando o discípulo criativo no sentido mundano, e portanto útil aos seus semelhantes.
2. A etapa de energização da vida consciente de relação, via o centro cardíaco, pondo
a. o centro coronário e o cardíaco,
b. esses dois e o pleno solar,
c. os três, simultânea e conscientemente, em estreita cooperação.
Isto serve para estabelecer corretas relações humanas, corretas relações grupais, e corretas relações espirituais ao longo de toda a vida de expressão do homem. Assim como a etapa de regularização da vida criativa tem um efeito predominante no corpo físico, esta etapa afeta poderosamente o corpo astral; as reações emocionais são transformadas em aspiração e serviço; o amor pessoal egoísta é transformado em amor grupal, e então, a divindade governa a vida.
3. A etapa de energização do homem todo, via o centro básico, assim pondo
a. o centro coronário e o básico,
b. estes dois e o centro ajna,
c. os três, simultânea e conscientemente, em expressão rítmica e
coordenada. Esta é uma etapa final de grande importância e que só se
completa na época da terceira iniciação, a Transfiguração.
Podemos ver, portanto, como três importantes palavras expressam o propósito do desdobramento científico e da correta direção dos centros:
Transmutação Transformação Transfiguração
Este processo desenvolve-se sabiamente e em segurança durante um longo período de tempo e - retomando o nosso tema de saúde e doença -quando consumado, resulta em perfeita saúde física; durante o processo de ajustamento e mudança, frequentemente vê-se o contrário. O perigo envolvido num grande número de males físicos pode ser atribuído à condição dos centros, à sua interação ou ausência dela, a uma condição de subdesenvolvimento e letargia, ou à hiperestimulação ou atividade desequilibrada. Se um centro for prematuramente despertado, isso acontecerá às expensas de outros centros. A robusta saúde do selvagem ou do trabalhador braçal não inteligente (uma condição cada vez mais rara à medida que a evolução se processa) resulta principalmente do estado de dormência de quase todos os centros, à exceção do centro sacro. O fato de serem eles presa fácil das enfermidades infecciosas deve-se a essa mesma passividade. À proporção que a natureza emocional se desenvolve e a mente começa a funcionar, os centros tornam-se mais ativos. Aparecem então, problemas definidos principalmente porque começam a aparecer condições psicológicas. O homem não é mais um simples animal. O desgaste da vida emocional (o principal fator que predispõe à má saúde) inunda a natureza inferior com energia mal direcionada (ou deveria dizer, erradamente direcionada?). O plexo solar, então, entra em excessiva atividade, a qual abarca quatro estágios:
1. O estágio do despertar, à medida que o corpo astral se torna cada vez mais potente.
2. O estágio de potência, quando, durante várias vidas, ele é o centro condicionador no corpo etérico ou vital e o homem fica, consequentemente, condicionado por sua vida astral-emocional.
3. A etapa em que o plexo solar se torna o centro distribuidor de todos os centros (grandes e pequenos) abaixo do diafragma.
4. O estágio em que as energias do plexo solar são elevadas ao coração.
Todos estes estágios acarretam, temporariamente, seus próprios males físicos.
Notarão que, além de certas generalizações, não estou relacionando doenças específicas com centros específicos. Tenho indicado as áreas condicionadas pelos centros, e muito mais poderosamente condicionadas do que vocês possam comprovar, por enquanto. Tenho dito que, fundamentalmente, as glândulas de secreção interna -como exteriorizações dos centros -são os fatores determinantes da saúde do corpo, e que, onde houver desequilíbrio, superdesenvolvimento ou subdesenvolvimento, haverá problemas; tenho sugerido que a profissão médica na Nova Era se ocupe de maneira crescente com a teoria da direção da energia e sua relação com as glândulas de secreção interna, e que venha a admitir -pelo menos hipoteticamente e para fins de experimentação -que a teoria dos centros de energia pode ser correta e que eles são os fatores condicionantes, agindo através das glândulas, as quais, por sua vez, protegem o corpo, produzem a necessária resistência, suprem a corrente sanguínea com os elementos essenciais à saúde e -quando corretamente inter-relacionados -produzem uma expressão equilibrada do homem espiritual em todo o corpo físico -equilíbrio fisiológico e psicológico. Na ausência desta condição ideal, então as glândulas de secreção interna, devido ao relacionamento errôneo e ao desenvolvimento incorreto e desequilibrado, não estão à altura da tarefa; não podem proteger o corpo contra a doença, e não conseguem introduzir na corrente sanguínea o que o veículo físico necessita. Devido a essa inadequação, o corpo não consegue resistir às infecções, permanece num constante estado enfermiço, e não consegue fazer frente à doença vinda do exterior ou latente no próprio organismo do corpo; esta debilidade produz, com frequência, uma doença fatal.
A medicina no próximo século, será construída sobre certas importantes premissas:
1. A meta será a medicina preventiva, numa tentativa para manter o corpo em ordem e equilíbrio.
2. Adequadas condições higiênicas e sanitárias serão consideradas essenciais.
3. Será estudado como suprir o corpo físico com as corretas propriedades químicas -uma ciência da química ainda em sua infância, embora se esteja tornando muito promissora.
4. A compreensão das leis da vitalidade será considerada como de primordial importância, da qual a ênfase dada hoje às vitaminas e à influência do sol são saudáveis indicações.
5. O uso da mente será considerado, acima de qualquer outra coisa, um fator de capital importância; a mente será vista como a principal influência no que diz respeito aos centros, pois as pessoas aprenderão a trabalhar sobre os centros através do poder mental e assim provocar, no sistema endócrino, uma reação correta. Isto necessariamente envolverá o correto direcionamento do pensamento para um centro, ou retirar dele a atenção, com o consequente efeito sobre o sistema glandular. Tudo isto será baseado na lei ocultista que “A energia segue o pensamento”.
Devido ao fato de que os discípulos têm um maior desenvolvimento do poder mental do que o homem comum, e também devido ao fato de que o tipo de raio é mais facilmente determinado, envolvendo consequentemente uma determinação mais correta das condições do sistema glandular, eles serão os primeiros a cooperar com a profissão médica e a demonstrar a relação entre centros e glândulas, e portanto, do corpo como um todo. Através da concentração e correta meditação conduzidas no centro da cabeça e direcionadas para este ou aquele centro, os discípulos demonstrarão mudanças tão definidas nas glândulas de secreção interna que a profissão médica convencer-se-á da importância e da existência de fato dos centros e de seu poder, e também da possibilidade de controlar o organismo físico através do poder do pensamento. Tudo isto terá lugar no futuro. Estou apenas apontando o caminho e indicando uma técnica futura pela qual a doença será vencida. As várias escolas mentais de pensamento, Unity e Christian Science, têm sido fantasiosas em suas declarações e definidamente não científicas em sua abordagem. Porém, tiveram em suas mãos, pelo menos, um fio do grande processo de correto ajustamento à vida e às corretas relações. Tiveram o sonho e a visão; faltou-lhes percepção e senso comum e ignoraram o processo evolutivo.
A ciência fisiológica e o poder psicológico, mais a cooperação entre o discípulo treinado e o médico treinado (particularmente o endocrinologista de mente aberta), oportunamente conseguirão sanar muitos males humanos, e trazer a cura para a maioria das doenças que hoje afligem a humanidade.
Estudamos, portanto, com certo propósito nosso primeiro capítulo: As Causas Psicológicas das Doenças. Desenvolvemos a ideia a partir das causas internas e mais sutis das doenças até o principal fator físico condicionador, o sistema glandular. Podemos agora considerar rapidamente certas causas muito mais ocultas e tratar daquelas que emanam da vida grupal da humanidade e dos compromissos cármicos da humanidade. Aqui estaremos entrando no reino do conhecimento ocultista e da informação esotérica, e isto será muito mais difícil do pensador ortodoxo aceitar.