Cura Esotérica
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PARTE UM
Capítulo I
1. CAUSAS ORIGINADAS DA NATUREZA DESEJO-EMOCIONAL
Em Um Tratado sobre Magia Branca, dei ao mundo, pela primeira vez, informação quanto à natureza e o controle do corpo astral. Esse livro é, praticamente, o primeiro jamais trazido a público sobre este tema. No passado, muita informação foi dada sobre o corpo físico e o cuidado a ser-lhe dispensado, tanto pela ciência exotérica quanto pela ciência esotérica. Grande parte dessa informação é verdade, mas outra parte é ilusão. É ilusão porque se baseia em premissas falsas. Os esoteristas modernos têm tratado do assunto do corpo etérico, e isto também tem sido parcialmente verdadeiro e parcialmente falso, mas de modo geral é mais verdadeiro do ponto de vista ocultista do que exotericamente. Talvez eu os surpreenda aqui se lhes disser que Um Tratado sobre Magia Branca é verdadeiro quanto à informação apresentada, mas é forçosamente limitado, e, por causa dessas limitações, é também parcialmente incorreto. Estão surpresos com esta declaração? Lembrem-se, como pode a informação ser inteiramente verdadeira quando consideramos as limitações de vosso poder de compreensão? É-me impossível transmitir-lhes a verdade porque não existe nem a terminologia e nem uma base adequada de conhecimento de vossa parte. Isto torna difícil a minha tarefa. Além disso, este ensinamento sobre a cura é o mais difícil a que me propus, e isto por duas razões. Primeiro, a verdadeira natureza da expressão “corpos mais sutis” não tem grande significado, tem? Eles não são corpos como o corpo físico. Eles podem ser considerados como centros ou reservatórios de determinados tipos de força, vinculados a cada indivíduo, e possuindo suas próprias entrada e saídas. Eles são coleções de átomos, vibrando a alta velocidade e coloridos (segundo certas escolas de ocultismo) por certas e definidas tonalidades; eles emitem um determinado tom, e estão em variados pontos de evolução. De acordo com outras escolas, eles são estados de consciência, e outras ainda, consideram-nos feitos à semelhança do homem. Qual é a sua definição, Irmão meu?
O corpo astral é, para a maioria da humanidade, o principal fator determinante a ser considerado. É uma destacada causa da má saúde. A razão para isto é que ele tem um poderoso e predisponente efeito sobre o corpo vital e etérico. O corpo físico é um autômato de qualquer dos corpos internos que seja o mais forte. Quando vocês se lembrarem que o corpo vital é o recipiente de correntes de energia, e que é, de fato, composto e formado de tais correntes, e que o corpo físico é levado à atividade por essas correntes, ficará claro que aquela corrente que for mais potente, será aquela que controlará a ação do corpo físico sobre o plano físico. Há, contudo, duas correntes de energia que precisam ser consideradas ao estudarmos os fatores que levam à ação no plano físico. A propósito disto, quero lembrá-los que a doença é uma atividade do plano físico.
1. A própria corrente de vida, ancorada no coração, que determina a vitalidade do homem, sua capacidade para trabalhar, e o período de sua vida.
2. A corrente de energia predominante vinda dos corpos astral, mental ou da alma. Estas controlam sua expressão no plano físico.
Com as massas no mundo todo, e com os que chamamos o vasto público não-pensante, os fatores dominantes são a corrente de vida e a corrente de energia astral ou de desejo, a qual pode ser de baixo ou médio calibre.
Com o público pensante, os fatores dominantes são essas duas correntes, mais um constante e crescente influxo de energia mental.
Com a intelligentsia do mundo e os aspirantes (aqueles prontos para o caminho probatório, ou que já o estão percorrendo) encontramos estas três correntes alcançando um ponto de equilíbrio, e assim produzindo uma personalidade que se está integrando e coordenando. Contam-se entre eles também os místicos do mundo e os trabalhadores criativos, que estão conscientes da inspiração e do contato espiritual que indica um início do influxo da energia da alma.
Com os discípulos do mundo, encontramos um grupo de homens e mulheres sob o controle da energia da alma, enquanto as outras três energias estão sendo crescentemente subordinadas a este tipo superior de controle.
É preciso ter em mente que há dois outros tipos de energia que temos que levar em conta, quando consideramos o homem inteligente.
1. A energia que é composta da fusão e mescla das forças de uma personalidade coordenada.
2. A energia do próprio plano físico, que é finalmente identificada pelo aspirante ou discípulo, e torna-se tão completamente negativa que afinal se constitui num dos principais fatores na liberação dos centros.
Finalmente, chega o tempo quando o iniciado trabalha simplesmente com três tipos de energia enquanto se expressa na encarnação: a energia da própria vida, a energia negativa da personalidade, e a energia positiva da alma. Assim, ele é uma expressão em manifestação consciente dos três aspetos da Trindade.
Certas coisas devem ser estabelecidas como fatos ocultistas na consciência do curador antes que ele seja capaz de trabalhar construtivamente.
1. Primeiro que tudo, que nada há senão energia, e que esta energia se manifesta como muitas diferentes e variadas energias. Destas muitas energias é composto o universo. Assim também os corpos dos homens ou veículos de manifestação são, sem exceção, constituídos de unidades de energia, a que chamamos átomos. E estas unidades atómicas mantêm-se juntas na forma do corpo pela força coerente de energias mais potentes.
2. O mais importante ponto focal de energia encontrado no corpo humano é o da alma, porém sua potência como um agente de coesão e de integração é ainda maior que sua qualidade potencial. Nos estágios iniciais da evolução humana, é o aspeto coesão que se demonstra. Mais tarde, quando o aparelho de resposta do homem, ou corpos, se tornam mais desenvolvidos, o aspeto qualidade da alma começa a demonstrar-se de maneira crescente.
3. Vista a partir do lado interno onde o tempo não existe, a criatura humana mostra-se como um fenômeno caleidoscopicamente mutável. Os chamados corpos, ou melhor, agregados de unidades atômicas, desvanecem-se e desaparecem, ou novamente cintilam em manifestação. Torrentes de cores passam e perpassam; enrolam-se e entrelaçam-se. Certas áreas repentinamente intensificam seu brilho e explodem em luminosidade; ou por outro lado, começam a extinguir-se e o fenômeno, em certas áreas, mostrar-se-á descolorido e aparentemente não existente. Mas ali há sempre um persistente resquício de luz, de onde uma corrente de luzes flui para o homem fenomênico; pode ver-se esta corrente ligando-se a duas localidades principais no interior do corpo físico denso do homem. Esses dois pontos de ligação encontram-se na cabeça e no coração. Veem-se também, fracamente a princípio, mas com crescente brilho sete outros pálidos discos de luz que são a evidência inicial dos sete centros.
4. Estes centros, que constituem os aspetos de qualidade e os aspetos de consciência, e cuja função é colorir a aparência ou expressão exterior do homem e usá-la como um aparelho de resposta, estão (durante o processo evolutivo) sujeitos a três tipos de desdobramento.
a. Aquele desdobramento que tem lugar enquanto o bebê no plano físico se desenvolve até a fase adulta. Ao chegar aos vinte e um anos, os centros deverão, normalmente, ter alcançado a mesma qualidade de expressão que ele possuía ao deixar a encarnação anterior. O homem, então, recomeça a vida onde ele previamente a deixara.
b. O despertar dos centros através da experiência da vida. Ocasionalmente, o homem só poderá lidar com um único centro em uma determinada vida; às vezes, vários centros são trazidos a um maior funcionamento consciente.
c. Há, finalmente, o despertar desses centros através do processo de iniciação. Isto, é claro, só acontece quando o homem está conscientemente no Caminho.
5. Os centros determinam o ponto de evolução do homem naquilo que diz respeito à sua expressão fenomênica; eles agem diretamente sobre o corpo físico por meio do sistema endócrino. Este ponto deve ser lembrado, pois o futuro curador se acercará do paciente com este conhecimento. Ele então trabalhará através daqueles centros e glândulas que governam aquela determinada área do corpo onde a doença ou desconforto está localizado. Contudo, a hora para tal ainda não chegou, pois a ignorância do homem é grande. Superestimação dos centros, e consequentemente, das glândulas, pode ser facilmente provocada e a condição doentia pode também ser estimulada e agravada, em vez de dissipada ou curada.
A. Emoção Descontrolada e Mal Regulada
Dados estes fatos básicos, podemos ver como as atitudes emocionais erradas e uma condição geral malsã do corpo astral podem ser fatores potentes causadores de desconforto e doença. Isto deve-se ao fato de que os corpos vital ou etérico das massas da humanidade são principalmente governados e trazidos à atividade através da ação do corpo astral. A agitação desse corpo, qualquer atividade violenta sob pressão do temperamento, intensa preocupação ou irritação prolongadas despejarão uma corrente de energia astral para o plexo solar e através dele, e galvanizarão esse centro a uma condição de intensa desordem. A seguir isto afeta o estômago, o pâncreas, as vias biliares e a vesícula. Poucas pessoas (e eu posso perguntar quem está isento nesta época particular da história do mundo) estão livres de indigestão, de indesejáveis condições gástricas, ou problemas relacionados à vesícula biliar.
A tendência à crítica, a violentas antipatias, e a ódios baseados na crítica ou num complexo de superioridade, produzem muito da acidez de que sofre a maioria das pessoas. Gostaria de acrescentar, de passagem, que aqui estou generalizando. Tantas pessoas são propensas a um complexo de inferioridade em relação a si mesmas, mas a um complexo de superioridade no que concerne à sua relação com outras pessoas! Efeitos estomacais no plano físico estão intimamente ligados ao aspeto desejo do corpo físico, que encontra expressão em comer e beber aquilo que é desejado, levando subsequentemente àqueles ataques de biliosidade a que tantas pessoas estão sujeitas.
Ofereço estas ilustrações acima para demonstrar o efeito de atitudes prevalecentes na vida e nas pessoas, as quais hoje distinguem a humanidade e produzem as condições acima mencionadas.
Os males que são baseados na critica, no ódio e na capacidade de julgarem-se uns aos outros (quase sempre malevolamente) atuam através do centro laríngeo até o plexo solar. Esta relação existente entre os dois centros nunca foi adequadamente considerada antes. Os centros no corpo etérico passam variadas espécies de energias entre si, e uma grande quantidade da energia transmitida de um centro para outro é indesejável, fluindo dos centros abaixo do diafragma para os que estão acima dele.
O corpo físico (etérico e denso) pode ser visto como uma casa com duas instalações telefônicas -uma que traz as energias de fora para dentro da casa e a outra como um interfone ligando um cômodo a outro. A analogia é muito mais acurada do que possa parecer ao pensador casual. Em todas as casas modernas, encontra-se o intercâmbio de água, luz, gás e telefone. Luz, o símbolo da alma; água, o símbolo das emoções; ligações telefônicas, o símbolo da mente e sua intercomunicação de conhecimentos; e gás, o símbolo da natureza etérica.
É interessante e entristecedor notar que aquilo que sai das casas é o refugo indesejável -isto é a correspondência daquilo que é egoísta e triste e a busca da satisfação de necessidades e desejos pessoais.
Vê-se, portanto, porque tenho tão enfaticamente insistido com vocês sobre a necessidade dainofensividade, pois esse é o método científico por excelência e, esotericamente falando, de limpar a casa e de purificar os centros. Sua prática limpa os canais entupidos e permite a entrada de energias superiores.
As causas emocionais da doença e as atitudes mentais que produzem desconforto físico são, nesta época particular, as mais preponderantes. Quando elas persistem por um longo período de tempo, e são transportadas de uma vida para outra, causam os aspetos mais violentos das causas citadas acima, das quais podem emergir sérias e destrutivas doenças, necessitando, por exemplo, a remoção da vesícula biliar, ou a operação de úlceras gástricas crônicas. Outras doenças desenvolvem-se a partir da constante gratificação da natureza do desejo, embora as doenças sexuais estejam sob outra categoria.
Vê-se pelo que foi dito acima, quão desejável é que o verdadeiro curador reúna em si mesmo, não somente algum conhecimento esotérico, mas -até tornar-se um iniciado -certa psicologia, certo trabalho de um curador magnético, e seja também um médico ou cirurgião.
Muitas das curas feitas agora são inúteis, ou pior, porque faltam as três condições mencionadas acima. A maioria dos médicos, especialmente os chamados clínicos gerais, são bons psicólogos e têm também um sólido conhecimento de sintomas e de anatomia e das medidas curativas que faltam ao curador metafísico. Porém, eles são inteiramente ignorantes de um grande campo do conhecimento – aquele relacionado às energias que se encontram e lutam no interior do arcabouço humano e das potências que podem ser acionadas se certas verdades esotéricas forem apropriadamente admitidas. Até que eles trabalhem com o corpo etérico e estudem a ciência dos centros, pouco progresso poderão fazer. O curador esotérico sabe bastante sobre as forças e energias internas e tem alguma compreensão das causas básicas das doenças exotéricas, mas sua ignorância sobre o mecanismo do homem é deplorável, e ele não se dá conta de duas coisas:
Primeiro, que a doença é, às vezes, a manifestação do resultado de condições subjetivas indesejáveis. Estas, quando exteriorizadas e trazidas à superfície do corpo humano, podem ser então conhecidas, trabalhadas e eliminadas. É bom lembrar, também, que às vezes esta atividade e eliminação podem facilmente provocar a morte desse corpo em particular. Mas a alma persiste. Uma curta vida representa muito pouco no longo ciclo da alma, e terá valido a pena se um período de má saúde (mesmo que resulte em morte) propicie a remoção de condições emocionais e mentais desfavoráveis.
Segundo, a doença é, às vezes, inerente à retirada da alma de sua habitação, e parte do processo. A isto chamamos morte, e ela pode vir rápida e inesperadamente quando a alma se retira repentinamente do corpo. Ou a morte pode estender-se por um longo período de tempo, e a alma pode levar vários meses ou anos a emergir lenta e gradualmente do corpo, com o corpo morrendo vagarosamente todo esse tempo.
Ainda não há suficiente conhecimento entre os curadores que lhes permita
ratar destes assuntos com sabedoria.
Podemos, portanto, concluir que:
1. A doença é um processo purificador, levado a efeito para produzir uma expressão mais pura, uma atmosfera de vida, influência e utilidade da alma. Neste caso, a cura é possível.
2. A doença pode ser um processo de morte lenta e gradual e, assim, de libertação da alma. Uma cura, então, não será possível, embora medidas paliativas e de alívio sejam necessárias e certamente deveriam ser tomadas. O tempo de vida pode ser prolongado, mas uma cura final e permanente está fora de questão. Isto o curador mental comum não consegue compreender. Eles fazem da morte um horror, enquanto que a morte é um beneficente amigo.
3- A doença pode ser o chamado súbito e final para que o corpo renuncie à alma e a liberte para outro serviço.
Em todos estes casos todo o possível deve ser feito do ponto de vista da ciência médica e cirúrgica e das ciências afins, que hoje são tantas. Também muito pode ser feito do ângulo da cura mental e espiritual, auxiliada pela ciência da psicologia. Algum dia virá a cooperação nestes vários campos e uma sintetização de seus esforços.
Anteriormente declarei que o corpo astral é o principal fator motivador da vida da maioria. Isto é causado pelo fato que:
1. É o corpo no qual a maioria dos seres humanos está hoje centralizando sua consciência.
2. É, atualmente, o mais desenvolvido dos corpos, e portanto recebe a maior parte da energia da vida à medida que ela desce da alma na corrente da vida, e igualmente recebe a energia da corrente de consciência.
3. Está orientado, se assim me posso expressar, para fora ou em direção ao plano da experiência física. Essa orientação muda às vezes e, temporariamente no caso do aspirante, volta-se para dentro. Do mesmo modo que os centros no homem, os “lótus de vida”, são descritos voltados para baixo e com as hastes para cima no homem não desenvolvido, mas voltados para cima no caso do homem desenvolvido, também há análogas condições no corpo astral. No caso do homem altamente evoluído, do iniciado ou do Mestre, o corpo astral está firmemente orientado para a alma. No místico, no aspirante e no discípulo, o processo dessa definitiva mudança de direção das forças está em andamento e produzindo, portanto, um caos temporário.
4. O corpo astral do homem, tendo sido o mais recente a desenvolver- se (o físico e o etérico foram os primeiros) é ainda o mais vivo e potente. Ele alcançou seu máximo desenvolvimento nos últimos dias atlantes e sua potência é ainda grande, constituindo-se na potência, na ^ênfase e na polarização das massas. Isto é também aumentado pelas energias vindas do reino animal que é inteiramente astral no seu ponto de consecução.
Quero lembrar aqui que o uso da palavra “corpo” é extremamente enganoso e desastrado, pois produz na consciência a idéia de uma forma definida com um contorno específico. O corpo astral é um agregado de forças, operando na consciência sob a forma de desejos, impulsos, anelos, quereres, determinações, incentivos e projeções, assim assentando as bases para grande parte dos ensinamentos da psicologia moderna. Os psicólogos descobriram (ou melhor, desvelaram) a natureza de algumas dessas forças e a terminologia por eles usada em relação a isto é, com frequência, mais verdadeiramente ocultista e acurada do que a do esoterista ortodoxo e do teosofista.
Poderá interessá-los se eu fizer duas coisas:
Primeiro, dar-lhes alguma informação técnica sobre a movimentação das forças do plano astral para o corpo físico, e a seguir se lhes der os efeitos dessa atuação, quando elas tomam a forma -devido ao mau uso que o homem faz delas -das muitas e variadas desordens a que o homem é propenso. Sobre a cura não falaremos agora. Aqui, estou simplesmente apresentando a estrutura do fato sobre o qual poderemos, mais tarde, basear nossas conclusões. Consideraremos aqui somente o homem comum. Os problemas do discípulo serão abordados na Parte 1.4.
Mencionei anteriormente que os três principais grupos de doenças das massas são:
1. Tuberculose.
2. As chamadas doenças sociais: as doenças sexualmente transmissíveis, em particular a sífilis.
3. Câncer
Devemos acrescentar a estes, dois outros grupos de doenças que afetam predominantemente aqueles que estão um pouco acima da média e cujo nível geral de inteligência é mais alto do que a das massas; estão aqui incluídos também os aspirantes do mundo.
4. Doenças do coração, mas não o que é chamado parada cardíaca.
5. As doenças nervosas tão predominantes nesta época.
Estes cinco grupos de doenças, e suas várias subdivisões, .são responsáveis pelo grosso dos achaques físicos que atacam a humanidade. Uma compreensão correta destas causas preponderantes serão de grande auxílio para a medicina futura. Quanto será aceito é, no momento, duvidoso.
Gostaria de destacar aqui que, como bem sabem, há correspondências físicas aos sete centros de forças localizados no corpo etérico, e alimentados a partir do corpo astral. São as chamadas glândulas endócrinas. Estas glândulas são efeitos dos centros, ou evidências que os testemunham, e por sua vez, são causas iniciadoras de efeitos menores no corpo físico. Valerá a pena tabular aqui algumas das coisas que conhecemos e que facilitam a compreensão.
Esta tabulação é apenas um resumo e, como a tabulação dos princípios e suas correspondências, como foi dada por H.P.B. no terceiro volume da Doutrina Secreta, sua interpretação dependerá do ponto de vista do estudante. Nós a usaremos mais tarde e acrescentaremos a ela mais colunas e mais correspondências. Em todas as nossas considerações, o que tivermos a dizer terá por trás de si a seguinte síntese de estrutura:
1. A alma.
2. Os corpos mais sutis da mente e das emoções, os quais são simplesmente centros de energia qualificada.
3. O corpo vital com seus sete principais centros de força.
4. O sistema endócrino, que é um efeito dos sete centros, e o fator controlador determinante no corpo físico do homem.
5. O sistema nervoso em suas três divisões.
6. A corrente sanguínea.
Todos os órgãos subsidiários do homem são efeitos; não são causas predeterminantes. As causas determinantes no homem, e aquilo que faz dele o que ele é, são as glândulas. Elas são a exteriorização de tipos de força jorrando através dos centros etéricos a partir dos mundos mais sutis do ser. Elas expressam o ponto na evolução que o homem alcançou; elas são vitais e ativas ou não vitais e inativas, de acordo com a condição dos centros. Elas demonstram suficiência, superatividade ou deficiência, de acordo com a condição dos vórtices etéricos.
Por outro lado, pode dizer-se que o processo de controle é via o sistema nervoso; o estreito diretório entrelaçado do sistema nervoso, do cérebro e da corrente sanguínea (como portadora do princípio da vida) governa as atividades do homem -consciente, subconsciente, autoconsciente, e finalmente, supra consciente. Os três centros em controle supremo hoje, para a maioria, são:
1. O centro ajna, o centro entre as sobrancelhas.
2. O plexo solar.
3. O centro sacro.
Finalmente, quando o homem se "tiver tornado aquilo que ele é” (esta paradoxal expressão esotérica), os centros de controle serão:
1. O centro da cabeça, o brahmarandra.
2. O centro do coração.
3. O centro na base da espinha.
Entre o presente e o futuro, a ênfase recairá sobre uma triplicidade em constante mutação, e cada homem será diferente dos demais quanto à ênfase, quanto às condições de seus centros, quanto às suas correspondências glandulares no corpo físico, e por conseguinte, quanto às enfermidades, inibições, e dificuldades a que sua carne está propensa. É em relação a isto que se torna óbvio que o trabalho do médico e do psicólogo deve, finalmente, andar par a par. Os três aspetos mais importantes de todos os diagnósticos são:
1. O psicológico, ou o padrão dos corpos internos do homem, do ponto de vista de seu desenvolvimento, sua integração e a total coordenação da personalidade, conforme esses aspetos mais sutis do ser humano se expressem na consciência.
2. O trabalho do endocrinologista, ao lidar com as glândulas endócrinas, vendo-as como estações de força através das quais a energia -dinâmica e iluminadora -pode fluir dos centros.
3. O médico, que, levando em consideração as conclusões dos dois especialistas acima citados, diagnostica a doença, e a trata em colaboração com os outros dois.
Estes três podem chamar outros especialistas em eletroterapia, osteopatia e quiroprática, porém, é na combinação do conhecimento do médico, do psicólogo e do endocrinologista que a profissão médica assumirá uma nova expressão de utilidade, e entrará na nova era equipada para lidar com as pessoas que gradualmente assumirão os novos tipos e a mudança do organismo físico. A eletricidade, em relação às enfermidades humanas, é ainda uma ciência incipiente, mas traz em si os germes de novas técnicas e métodos de cura. O trabalho realizado pelos quiropráticos é bom e necessário, mas devia, juntamente com a osteopatia, constituir uma técnica definida subsidiária à das outras três. O trabalho dos quiropráticos e dos osteopatas forma duas metades de um todo, embora eles talvez não gostem de admitir isso. O primeiro grupo precisa de um treinamento mais cuidadoso e demorado e deveria ser exigido um padrão mais elevado de conhecimento técnico.
A medicina está lentamente entrando num campo de maior utilidade. Uma vez que a causa da doença seja transferida de um órgão ou sistema corporal para um reino mais sutil e vital, nós veremos mudanças necessárias e radicais, levando à simplificação e não a uma maior complexidade e dificuldade.
A partir dos comentários acima, vemos que a doença surge no corpo físico oriunda do mundo invisível, e do uso -ou mau uso -das forças mais sutis nos planos internos. É preciso lembrar, contudo, que a doença -ao se expressar no homem -é, de modo geral, devida às causas que se seguem abaixo, e os estudantes deveriam ter isto sempre em mente ao refletir sobre estes assuntos:
1. Doença individual, devida a condições internas no equipamento do próprio homem, a seu estado mental, ou a uma condição emocional que pode produzir sérias enfermidades. Isto é herdado do passado.
2. Doenças inerente à humanidade como um todo. Há certas doenças às quais todos os homens são propensos; os germes dessas doenças estão latentes nos veículos físicos da maioria dos homens, somente aguardando condições predisponentes para se manifestarem.
3. Doenças que são, curiosamente, acidentais. Destas o homem é vítima quando, por exemplo, ele sucumbe a alguma infecção ou doença contagiosa.
4. Doenças inerentes ao solo. Por enquanto, pouco se sabe sobre elas. O solo de nossa terra é muito velho e está impregnado de germes de doenças que atacam os reinos vegetal, animal e humano, manifestando- se de forma diferente em cada um, conquanto sejam devidas basicamente às mesmas causas.
5. Doenças que são as dificuldades do misticismo. São as doenças e enfermidades peculiares que atacam os discípulos e aspirantes do mundo. Em cada caso originam-se do influxo de energia através de centros inadequadamente equipados ou desenvolvidos para suportar a força.
As informações acima são generalizações que podem ser de utilidade.
O método pelo qual estas forças astrais (que são, como sabemos, predominantemente as forças determinantes de vida para a maioria da humanidade) chegam à manifestação é um assunto relativamente simples. No veículo astral de expressão há, como podem compreender, as correspondências dos sete centros no corpo etérico.
Eles são, essencialmente, os sete maiores pontos focais de força, e cada um deles expressa um dos sete raios de energia. Desde logo, deixemos claro quais os centros que expressam esses sete tipos de raio:
CENTRO | RAIO | QUALIDADE | ORIGEM |
---|---|---|---|
Centro da cabeça | 1º | Vontade Divina | Monádica |
Centro Ajna | 7º | Organização. Direção | Átmica |
Centro do Coração | 2º | Amor-Sabedoria. Amor Grupal | Búdica |
Centro da Garganta | 5º | Criatividade | Mental |
Plexo Solar | 6º | Emoção. Desejo | Astral |
Centro Sacro | 3º | Reprodução | Etérica |
Base da Espinha | 4º | Harmonia. União através do Conflito | Física |
Nota: No quarto reino, o humano, é a energia do quarto raio que, cooperando com o primeiro raio, finalmente traz a síntese. Há uma estreita relação entre o centro mais elevado, o centro da cabeça, e o centro da base da espinha. Este quarto tipo de energia expressa-se assim em cooperação com o primeiro tipo porque nós ainda somos atlantes na nossa polarização, e aquela civilização foi a quarta na ordem. É principalmente o trabalho feito na quinta civilização, a nossa atual raça ariana, que, em cooperação com o quinto princípio da mente, trará uma mudança para um nível mais elevado de consciência. Isto produzirá uma harmonização de todos os centros através de um ato da vontade, intelectual e inteligentemente aplicado, com o objetivo de produzir harmonia. Este ponto merece alguma reflexão.
No plano astral, encontram-se também, em cada corpo astral, sete pontos focais correspondentes através dos quais a energia penetra, radiando então para os centros vitais no corpo etérico como sete tipos diferenciados de força. Esses tipos de força produzem efeitos tanto bons quanto maus, de acordo com a qualidade do corpo físico denso negativo. Esses efeitos diferem de acordo com o tipo de raio ou força, e será interessante indicar aqui os bons e os mais efeitos e as doenças correspondentes.
Ao estudarem esta tabulação, lembrem-se que ela é apenas uma generalização, e uma listagem parcial de tipos de doença que podem ser o resultado do influxo de energia. Ela pretende somente ser sugestiva; a complexidade do equipamento humano e o emaranhado das energias são de tal sorte que nenhuma regra rígida pode ser dada. As forças de raio manifestam-se diferentemente, de acordo com o tipo de raio e o ponto na evolução. Não há, pois, contradição entre esta e as tabulações anteriormente dadas. Se tiverem em mente que cada ser humano é, basicamente, uma expressão de cinco forças de raio:
1. O raio da alma.
2. O raio da personalidade.
3. O raio governando o corpo mental.
4. O raio governando o equipamento astral.
5. O raio da natureza física.
Ficará claro que para a pessoa comum teriam que ser feitas duas tabulações.
1. Seria necessária uma análise positiva das forças astrais conforme elas expressam a personalidade.
2. Uma análise das forças da alma conforme são vagamente indicadas. Uma análise negativa a respeito daquilo que não está presente no equipamento será de pouco valor aqui.
Por outro lado, seria necessário ter uma análise das forças atuando através do corpo físico vindas do plano astral, que são recebidas diretamente da alma e que são, portanto, uma combinação da força da alma e do mais elevado tipo de energia astral. Isto teria a natureza de uma análise sintética e só seria possível no caso de um discípulo ou de um iniciado. Assim, finalmente, teremos para cada pessoa:
1. Uma análise positiva das forças da personalidade, principalmente da força astral, pois esta é a força predominante fluindo para os centros etéricos.
2. Uma análise negativa daqueles aspetos da alma que não estão presentes.
3. Uma análise sintética, baseada nas duas acima, mas combinando também o registro da expressão positiva da alma. Nestas tabulações e afirmações dei-lhes muito alimento “para o pensamento”.
B. Desejo, Inibido ou Desenfreado.
Será valioso aqui se eu tornar claro que uma das primeiras coisas que um estudante tem que lembrar é que -para a maioria dos seres humanos, para a imensa maioria -as influências e impulsos que emanam do plano astral são um fator predisponente em todos os assuntos com os quis o indivíduo se envolve, além daquelas condições que (sendo-lhes impostas pelo meio ambiente e o período em que ele vive) são, para ele, inevitáveis. O plano astral é um centro emanante de força dinâmica, que é fundamentalmente condicionador no seu efeito devido ao estágio da consciência individual em que a maioria se encontra. Os homens são dominados pelo impulso do desejo de alto ou baixo calibre. Isto é uma vasta generalização, porque essa condição básica está sendo firmemente modificada pelos impulsos vindos do plano mental. Isto necessariamente complica o problema. Influências emanando da alma estão também notadamente presentes, e ainda mais complicam o problema do ser humano adiantado. Este “problema de complicação’’ (se assim posso chamá-lo) constitui uma “máxima difícil” para o estudante compreender em relação à sua própria condição física ou à de qualquer um que ele esteja procurando ajudar.
Em relação a isto, gostaria de dar-lhes aqui, a terceira das Leis que governam a sagrada arte de curar.
LEI III
As doenças são um efeito da centralização básica da energia de vida de um homem. Do plano onde as energias estão focalizadas, procedem aquelas condições determinantes que produzem a má saúde, e que, portanto, resultam em doenças ou como libertação da doença.
Será aparente, pois, que uma mudança na atenção interna (a atitude mental) do paciente certamente produzirá uma libertação dos males físicos ou uma intensificação daquelas reações que produzem desconforto, doença ou morte.
Nas três leis já apresentadas à consideração de vocês, emergem os seguintes fatos que deverão formar a base de sua reflexão:
1. A doença é o resultado do bloqueio do livre fluxo da vida da ALMA.
2. É o produto, ou resultado, de três influências:
a. Antigos erros, emanando da história passada da pessoa envolvida.
b. Infecções, herdadas porque se é um membro da família humana.
c. Mal planetário, imposto sobre todas as formas na terra pelas condições básicas e pela época.
3. É condicionada pelas forças que emanam do plano onde a consciência do homem está primariamente centralizada.
A estas afirmações deve-se acrescentar um fato já mencionado:
4. Há cinco grandes grupos de doenças, acompanhados de seus achaques e enfermidades subsidiárias.
a. Tuberculose.
b. Doenças sifilíticas.
c. Câncer.
d. Problemas cardíacos.
e. Doenças nervosas.
Não estou dividindo o que tenho a dizer em problemas orgânicos e funcionais, nem me refiro aqui a doenças provocadas por epidemias ou por acidentes. Refiro-me àquelas doenças básicas ou predisposições que são a dúbia herança da humanidade como um todo, e às dificuldades inerentes àqueles estágios do desenvolvimento evolutivo que são características daqueles que estão nas etapas mais avançadas do Caminho. Verifica-se, assim, que o homem vem à encarnação tendo herdado predisposições a doenças oriundas:
1. Do seu próprio passado; isto é, efeitos resultantes de causas iniciadas em encarnações anteriores.
2. Da herança geral racial da humanidade.
3. Da condição da vida planetária. Estas duas últimas causas estão fora da compreensão do homem comum.
Um ser humano está também sujeito a problemas se ele tiver conseguido (como resultado de uma longa história evolutiva) despertar de algum modo, leve que seja, os centros acima do diafragma. A partir do momento em que isso ocorrer ele fica sujeito, durante um longo ciclo de vidas, a dificuldades relacionadas com o coração ou com o sistema nervoso em suas várias ramificações. Frequentemente, um ser humano avançado, como um aspirante ou discípulo, pode libertar-se de enfermidades herdadas, mas sofrerá de problemas cardíacos, desordens nervosas, instabilidade mental e superestimulação. Estes problemas são ocasionalmente classificados como "doenças dos Místicos’’.
Quero deixar claro que não é minha intenção entrar no reino da discussão fisiológica, deter-me nos sintomas das doenças, ou lidar com as lesões, as condições patológicas e os aflitivos detalhes que acompanham o colapso de qualquer organismo humano. Não vou escrever um tratado de anatomia ou sobre as várias ciências que se desenvolveram do estudo do mecanismo do ser humano, relacionadas como são com a estrutura, os órgãos, nervos, tecido cerebral e sistemas inter-relacionados que compõem essa intrincada máquina -o corpo humano. No que tange à ciência exotérica, duas coisas são bem sucedidas em deter-me:
1. O assunto todo é magnificamente abordado nos muitos livros da literatura sobre medicina e cirurgia. Pouca coisa poderia eu acrescentar que fosse útil numa discussão como esta.
2. Os meus leitores não são, com algumas exceções, versados na construção e constituição do corpo humano; e os detalhes patológicos, a descrição de doenças, e dos vários desagradáveis sintomas da degeneração humana formam leitura prejudicial às pessoas comuns. Algum conhecimento sobre estes assuntos pode tornar-se algo muito perigoso.
Eu procuro lidar primordialmente com as causas, com as fontes internas da doença, e com aqueles estados de consciência (não falo apenas de estados mentais) que levam a funcionamento incorreto, e finalmente, a condições desfavoráveis.
O problema do curador, portanto, é duplo: primeiro, ele precisa sabe se a dificuldade reside acima ou abaixo do diafragma; isto leva-o definitivamente para o reino do conhecimento oculto quanto do conhecimento psicológico. Segundo, ele precisa ter clara compreensão da ênfase interna do paciente; esta última condição ajuda-o no diagnóstico da primeira. Esta afirmação leva-me à formulação da terceira Regra para Curadores.
REGRA TRÊS
Que o curador se treine para conhecer o estágio interno do pensamento ou do desejo daquele que procura seu auxílio. Ele pode, desse modo, conhecer a fonte de onde o problema se origina. Que ele relacione a causa e o efeito, e saiba o ponto exato através do qual o alívio deve vir.
Quero chamar a atenção para estas palavras e enfatizar o fato de que a doença é primariamente um esforço da natureza física do corpo para procurar e alcançar alívio das pressões internas, das inibições subjetivas e retenções escondidas. Primariamente, do ponto de vista do esoterismo, toda doença física é o resultado de:
1. Incorreta estimulação, ou superestimulação, ou estimulação incorretamente colocada, e de tensões internas em alguma parte do mecanismo.
2. Inibições, inanição psíquica, e aquelas forças subjetivas acumuladas que represam o fluxo das forças da vida.
Estão vendo, portanto, que mais uma vez (no reino da saúde) todos os problemas convergem para o correto uso e manipulação da força, para produzir o livre fluxo da energia.
As seguintes questões inevitavelmente surgirão: De onde vêm essas moléstias herdadas? É possível chegar à sua fonte? O problema do passado e dos efeitos presentes desse passado, é vasto demais para ser considerado, e tão pouco qualquer afirmação a respeito da situação poderá ajudar a humanidade. Uma generalização, contudo, pode ser feita, mas mesmo essa pouco representa para a compreensão das pessoas.
Das três principais doenças que foram herdadas do passado, podemos dizer
que as doenças venéreas ou doenças sociais são remanescentes dos excessos
praticados nos tempos lemurianos; sua origem é tão remota que o próprio solo
está permeado por essas doenças -um fato totalmente desconhecido para a
ciência moderna. Ao longo das eras, os homens têm sofrido desses grupos de
infecções; milhões têm morrido e sido enterrados e assim contribuído para
infectar a terra.
Nos tempos lemurianos, o foco da força da vida estava no corpo físico -no seu
desenvolvimento, uso e controle -assim como na sua perpetuação e
reprodução. Foi na época lemuriana que o uso indevido da vida sexual
começou; este foi, num sentido peculiar, o mal primeiro, e em relação a este
fato, antigas lendas e alusões são encontradas em todos os registros e
escritos antigos. Há muitas evidências mal interpretadas a este respeito, e
quando os homens conseguirem ler os registros mais acuradamente e com
interpretação correta, eles compreenderão a saída, porque verão mais
claramente as causas subjacentes.
O câncer é um presente da humanidade atlante ao homem moderno, e o flagelo desta doença foi o principal fator da devastação dos habitantes da velha Atlântida. As raízes desta terrível mal estão profundamente assentadas na natureza emocional ou de desejo, e estão plantadas no corpo astral. O câncer é, parcialmente, o resultado de uma reação às doenças relacionadas com a vida sexual que se tornou tão desregrada nos últimos tempos lemurianos e nos primeiros dias atlantes. As pessoas de então, vendo os temíveis males e a extensão da doença que crescia a partir da vida fértil da Lemúria, resultante da promiscuidade sexual por toda parte, na tentativa de autopreservação, represaram de volta o fluxo natural do desejo -o fluxo de vida que se expressa através dos centros de reprodução e procriação - e isto, no devido tempo, produziu outros males. O câncer é, primariamente, uma doença de inibição, assim como as de origem sifilítica são aquelas da superexpressão e uso desregrado de um aspeto do mecanismo do homem.
Hoje, devido aos imensos períodos de tempo envolvidos e às incontáveis gerações daqueles que morreram na terra, os “germes” (assim chamados pelo pensador inculto) do terrível câncer encontram-se em todos os solos em que vivemos, infectando o reino vegetal e também a família humana. Uma correspondência dos males da sífilis no homem é encontrada no reino mineral.
A tuberculose que, num certo estágio dos tempos de Atlântida, irrompeu devastadoramente, é, não obstante, uma doença que foi gerada principalmente na nossa raça ariana, e que está sendo por nós legada ao reino animal e com eles compartilhada. Isto começa a ser percebido. Tão estreita, porém, é a relação entre homens e animais (particularmente os animais domésticos) que eles, hoje, compartilham com os homens de praticamente todas as suas enfermidades em uma ou noutra forma, às vezes reconhecida, outras vezes não. Curiosamente, a causa desta grande peste branca encontra-se no fato da mudança da ênfase da vida da natureza emocional para a natureza da mente, produzindo uma carência temporária na natureza emocional. É principalmente uma doença de depleção, de esgotamento. O câncer, por sua vez, de modo semelhante, foi baseado numa mudança anterior da força da vida do corpo físico para a natureza emocional, produzindo um excessivo desenvolvimento da vida celular, através da superestimulação. Eu estou ciente da dificuldade em se apreender estas afirmações, mas tudo que posso fazer é dar-lhes estas sugestões. Somente descobertas futuras poderão provar o que lhes digo. Vamos tabular aqui nossas conclusões:
Doença | Raça | Corpo | Reino | Órgão |
---|---|---|---|---|
Sífilis |
Lemuriana | Físico |
Mineral | Órgãos sexuais. Centro sacro |
Câncer | Atlante | Astral | Vegetal | Plexo Solar |
Tuberculose | Ariana | Mental | Animal | Aparelho respiratório. Centro laringeo |
Ao citar os centros acima, refiro-me aos centros para a distribuição da força de vida, nos quais a ênfase para a massa da humanidade será encontrada. A partir do exposto acima, será aparente onde terá que estar a ênfase da possível cura. Por ser a mais recente, e portanto, a menos enraizada das três principais doenças herdadas pelo homem moderno, nós já aprendemos a curar a tuberculose. Descobriu-se (quando a mente foi inteligentemente aplicada ao problema) que a luz do sol e bom alimento poderiam curar, ou pelo menos, deter a doença. É um item interessante no campo da correspondência esotérica que, assim como podemos confiar na luz da alma para resolver qualquer problema, também a luz do sol e seus raios profiláticos podem dispersar os temíveis sintomas da tuberculose.
De modo semelhante, à proporção que a raça desenvolver o correto controle emocional, nós veremos o desaparecimento gradual do câncer. Eu disse correto controle emocional; a inibição e a supressão dos impulsos do desejo pela força da vontade não é controle correto. É interessante também notar que, embora tanto os homens quanto as mulheres sofram de câncer, a causa geral não é idêntica, conquanto a causa básica (reação da superexpressão da vida sexual através do cultivo da natureza do desejo) permanece a mesma. As mulheres, devido ao risco de engravidar, quando dão ênfase ao aspeto sexo da vida, têm-se revoltado grandemente (como o fizeram as mulheres atlantes) contra esta forma de expressão da vida, e é nesta linha -a linha do sexo -que se encontram suas maiores inibições. Elas não sofrem tanto de inibições gerais da expressão do emocional desejo-sentimento, do qual os homens sofrem bastante, tendo a tradição ou acentuada tendência para maior controle emocional ao lidar com a vida do que as mulheres. Os homens não exigem ou adquirem um controle sexual tão marcante. O campo geral de inibição do fluxo da vida é, pois, mais vasto e consequentemente (se as estatísticas são confiáveis) mais homens do que mulheres sofrem de câncer, embora esta seja uma doença terrível, temida por todos.
No segredo da correta transmutação encontra-se a cura do câncer, e isto finalmente será conseguido. Estou usando esta frase não só simbolicamente, mas também técnica e cientificamente. Isto igualmente será visto mais tarde. No segredo do correto viver rítmico e na correta proporcionalidade da ênfase sobre todas as fases da vida virá (e está vindo rapidamente) completa imunidade à tuberculose. No segredo da correta compreensão de épocas e ciclos, e da criação reprodutiva periódica, virá a emergência da raça dos males das doenças sociais.
Será aparente, portanto, que as doenças venéreas serão as últimas a desaparecer, assim como foram as primeiras a devastar a raça. A tuberculose está desaparecendo. A atenção dos especialistas está agora voltada para a cura do câncer.
Gostaria de acrescentar um ou dois comentários que serão de interesse geral, ou melhor, de interesse moderno. Disse que aquelas infecções a que a humanidade está sujeita encontram-se no solo, e que sua presença aí é largamente devido ao sepultamento de milhões de cadáveres ao longo das eras. Com o crescente uso dos processos de cremação, esta condição será gradualmente melhorada, e muito, muito paulatinamente a infecção desaparecerá. É, portanto, altamente desejável que se faça a maior propaganda possível do uso deste método de nos descartarmos dos veículos físicos abandonados pelas almas que estão saindo da encarnação. À proporção que o solo se torne menos contaminado, e à proporção que o contato com a alma seja estabelecido, podemos esperar ver um progressivo decréscimo no número daqueles que sucumbem às infecções herdadas. Curiosamente, o uso de banhos de mar tem um efeito definido na saúde do corpo físico. A água, incidentalmente absorvida através da pele e pela boca, tem um efeito vitalmente profilático.
Um dos maiores problemas hoje para o psicólogo, e em menor grau para o médico, é o crescimento da homossexualidade, tanto feminina quanto masculina. Argumentos capciosos são apresentados no intuito de provar que este anormal desenvolvimento (e o consequente interesse nesta mórbida tendência) é devido ao fato de que a raça está lentamente tornando-se andrógina em seu desenvolvimento, e que o futuro hermafrodita -homem ou mulher -está gradualmente aparecendo. Isto não é verdade. A homossexualidade é o que pode ser chamado de "sobra” dos excessos sexuais dos tempos lemurianos, ou se quiserem, um mal herdado. Os egos que se individualizaram e encarnaram naquele vasto período de tempo são os que hoje demonstram tendências homossexuais. Naqueles dias, era tão exacerbado o apetite sexual que os processos normais do relacionamento sexual humano não satisfaziam o insaciável desejo do homem adiantado daquele período. A força da alma, fluindo através dos processos da individualização, serviu para estimular os centros inferiores. E daí, métodos proibidos foram praticados. Aqueles que os praticavam então, estão hoje, em grande número, encarnados, e os antigos hábitos são fortes demais para eles. Eles agora estão suficientemente adiantados no caminho evolutivo e a cura está pronta à espera deles -se eles a quiserem empregar. Eles podem, com relativa facilidade, transferir o impulso sexual para o centro da garganta, tornando assim criativos num sentido superior, empregando a energia sentida e circulante de modos corretos e construtivos. Muitos deles estão começando automaticamente a fazer isto. Contudo, bem sabemos que entre os assim chamados tipos artísticos, a homossexualidade é prevalecente. Digo “assim chamados" porque o artista verdadeiramente criativo não é vítima destes antigos males predisponentes.
Podemos destacar aqui que a homossexualidade é de três tipos:
1 . Aquela que resulta de antigos hábitos nocivos.
Esta é hoje a principal causa e indica:
a. Individualização feita neste planeta; aqueles que se individualizaram na cadeia lunar não são susceptíveis a estas perigosas características.
b- Uma etapa relativamente adiantada no caminho evolutivo alcançada pelos egos lumurianos que sucumbiram a esta satisfação do desejo.
c. Um consequente estudo de magia sexual, mais um constante e insaciável impulso físico e sexual.
2. Homossexualidade imitativa. Muitas pessoas de todas as classes imitam seus superiores (se é possível usar um termo tão paradoxal) e assim desenvolvem hábitos nocivos de relações sexuais dos quais, não fosse isso, poderiam ter permanecido livres. Esta é uma das razões prevalecentes hoje entre muitos homens e mulheres, e baseia-se numa imaginação exacerbada, aliada a uma poderosa natureza física ou sexual, e curiosidade lasciva. Digo isto para reflexão. Esta categoria é responsável por muitos de nossos sodomitas e lésbicas.
3. Uns raros, raríssimos, casos de hermafroditas. Essas pessoas, combinando em si mesmas ambos os aspetos da vida sexual, defrontam-se com um problema muito real. Um problema que é grandemente aumentado pela ignorância humana, pela recusa humana de enfrentar os fatos, pelo precoce treinamento e ensinamento errados e generalizada má compreensão. Estes casos são encontrados em pequenos números em toda parte, embora seu número, em relação à população mundial, seja ainda insignificante. Mas o fato de existirem é de real interesse para a profissão médica e objeto de profunda piedade e comiseração para o psicólogo humanitário e compreensivo. Eles têm diante de si uma difícil situação.
Estendi-me um pouco sobre este assunto porque é útil para vocês conhecerem estes fatos e a informação é valiosa, pois serve para lançar luz sobre um problema com o qual um número cada vez maior de pessoas se defrontam. Psicólogos, assistentes sociais, médicos e todos os que se ocupam com treinamento de grupos constantemente encontram este problema, e é importante que seja feita alguma distinção entre os tipos que precisam ser considerados, e assim esclarecendo o assunto.
Vocês encontrarão nestas instruções muitas sugestões que, embora não possam ser consideradas claramente como instruções na cura, ainda assim estão dentro dessa categoria, porque tornarão aqueles que nos leem mais eficientes em sua compreensão.
Notarão também como este mal, como era de se esperar, tem suas raízes no corpo astral ou de sensações. É por esta razão que eu o incluí aqui. Seria um experimento interessante na análise se estas várias e bem conhecidas dificuldades, doenças e males pudessem ser classificadas segundo seus impulsos originadores. Pouquíssimas têm origem mental, apesar de tudo que a Ciência Cristã ou Ciência Mental possa dizer em contrário. Talvez eu devesse dizer que elas não se baseiam no pensamento errado da humanidade, embora todos os males possam ser agravados e intensificados pelo pensamento errôneo. Muitos, ou talvez a maioria dos males de que o homem comum sofre são baseados em causas astrais ou em algum desejo claramente definido. Um desejo formulado é aquele que encontra expressão em alguma forma de atividade, e destes, a homossexualidade é um dos mais claramente definidos. As outras doenças das quais a humanidade é herdeira às vezes não são tão fáceis de esclarecer e definir. O homem, ou a mulher, é uma vítima, mas a causa que produz a doença ou dificuldade -física ou psicológica -esconde-se no longo passado que a vítima, com seu limitado conhecimento, é incapaz de investigar, ou chegar à causa que produziu o efeito. Tudo que ele pode afirmar é que, muito provavelmente, o desejo foi o impulso iniciador. O que os seres humanos são hoje e o que eles sofrem é o resultado de seu longo passado, e o passado pressupõe velhos e arraigados hábitos. Esses hábitos são inevitavelmente o resultado de um destes dois fatores:
1. Desejo, dominando e controlando a ação, ou
2. Controle mental que substitui o desejo por uma campanha planejada que, em muitos casos, está em oposição ao desejo definido e normalmente sentido.
Notarão, pelo exposto, que desejo que vocês percebam a importância do corpo sensorial emocional e seu poder para gerar aquelas causas secundárias que, nesta vida, se demonstram como doenças.
Notarão, consequentemente, a importância atribuída ao corpo astral como um promovedor de más condições físicas, e a necessidade de compreensão e controle do astral por parte do paciente, para que verdadeiramente se vença a doença. Compreender-me-ão se eu disser que a verdadeira superação da doença pode significar a aceitação do Caminho da Morte como uma saída, desde que ela chegue normalmente, ou de cura, se as causas dos impulsos iniciais se esgotaram? Reflitam sobre isto.
Em tudo que expus acima, mesmo em relação ao que foi dito sobre a homossexualidade, levei em consideração o desejo, quer desenfreado, quer inibido, mas eu o considerei apenas em termos gerais. Compreender-me-ão se eu lhes disser que onde o desejo é inibido (o que é o caso de muitos aspirantes hoje) todas as espécies de doenças -câncer, congestão pulmonar e certas doenças do fígado -se tornam possíveis, assim como a temida tuberculose? As doenças de inibição são numerosas e sérias, como o prova esta enumeração. Note-se que onde o desejo é desenfreado e incontrolado, sem que haja qualquer inibição, doenças como as desordens provocadas pela sífilis, a homossexualidade, inflamações e febres aparecem. De acordo com o temperamento, assim serão os tipos de doença, e o temperamento depende da qualidade de raio. Pessoas de raios diferentes são predispostas a certas desordens. Os psicólogos estão corretos em diferençar os seres humanos nos dois grandes tipos básicos -extrovertidos e introvertidos. Estes dois tipos produzem suas próprias qualidades de doença, as quais se demonstram através da expressão excessiva ou inibição.
Nós acabamos de considerar nosso segundo ponto sob o ângulo da cura das doenças que surgem na natureza emocional ou do desejo. Nosso primeiro ponto trata da emoção descontrolada. Quero lembrá-los da premissa que só abordaríamos as enfermidades às quais a humanidade avançada está sujeita -os aspirantes e discípulos de todos os graus. Não abordaremos, neste pequeno tratado, toda a gama de doenças que têm afetado a humanidade como um todo, ou ao longo das eras. Quanto mais avançado o aspirante, maior a probabilidade de que as doenças a que está sujeito se demonstrem com maior intensidade, devido a um influxo de grau maior ou menor da força estimuladora da mente.
Complementando os cinco principais grupos de doenças anteriormente referidas, e manifestando-se em relação a eles, há um grupo de sintomas que podem ser vagamente designados por termos como: febres, tumores, áreas congestionadas e ainda, debilidade geral e a auto- intoxicação que está por trás de tantos sintomas. Quero que se lembrem sempre disto e que tenham em mente que estou aqui somente generalizando, mas que esta generalização é básica e, portanto, muito importante.
C. Doenças de Preocupação e Irritação
A terceira categoria de doenças originadas no corpo emocional ou astral é sintetizada esotericamente pelo termo "doenças de irritação”. Estes são os venenos insidiosos que se escondem por trás dos fenômenos da doença.
Podemos dizer que, do ponto de vista do ocultismo, todas as doenças se enquadram em duas definições:
1. Doenças que são o resultado da autointoxicação. Estas são as mais generalizadas.
2. Doenças que são o resultado da irritação. Estas são muito comuns entre os discípulos.
Muito se fala hoje de autointoxicação, e muitos esforços são feitos para curar isto pela dieta e regularização da vida em termos de um viver rítmico. Tudo isto é bom e ajuda, mas não constitui uma cura básica, como nos querem fazer crer. A irritação é uma doença psicológica básica e tem suas raízes na intensificação do corpo astral, o que definidamente produz efeitos anormais sobre o sistema nervoso. É uma doença do auto- interesse, da autossuficiência e da autossatisfação. Mais uma vez diria, reflitam sobre estes termos, pois estes três aspetos da irritação são de descoberta geral. Portanto, nós trataremos da irritação, “imperil”, como é chamada pelos expoentes do primeiro raio, tais como o Mestre M.
Estamos quase completando a nossa primeira secção sob o título de Causas Psicológicas da Doença, e muito rapidamente, ainda que de forma sugestiva, creio eu, abordei aqueles problemas que surgem da atividade excessiva e das condições erradas do corpo astral. Tudo que posso fazer neste curto tratado é generalizar, porque a maior parte das afirmações que eu possa fazer é, de qualquer modo, tão nova e revolucionária (do ponto de vista da medicina ortodoxa) que levará algum tempo, mesmo para esta primeira estrutura interna de ideias, e esta até certo ponto nova formulação da verdade para causar o seu impacto sobre os pensadores da humanidade. Então, se aceitas como possibilidades hipotéticas por aqueles de mente aberta dentre eles, um longo período de tempo terá transcorrido antes que a investigação tenha sido suficiente para levar a conclusões definidamente formuladas, que tornarão as ideias de reconhecimento e uso popular.
Ao dizer isto, não estou criticando a profissão médica. O especialista mercenário e o charlatão são raros; é claro que eles existem, como existem os corruptos e indesejáveis em qualquer profissão. Onde não são eles encontrados? As mentes tacanhas são muitas; porém, mais uma vez, onde é que elas não se encontram? Os pioneiros nas novas linhas de pensamento e o homem que captou alguns dos conceitos da Nova Era também igualmente fecharam suas mentes e não veem mais nada a não ser os novos caminhos, modos e métodos, descartando tudo que é antigo, desse modo perdendo muita coisa. A profissão médica tem uma das melhores e maiores trajetórias no mundo de seu propósito e campo de atividade, e já desenvolveu algumas das maiores qualidades da alma -auto-sacriflcio, compaixão e serviço. Mas, os caminhos e as técnicas da Nova Era são de difícil apreensão. Muitos dos velhos caminhos têm de ser abandonados e muita coisa sacrificada antes que a nova arte da cura se torne possível.
Até que o fato dos corpos sutis seja corretamente reconhecido pelos pensadores do mundo, e que sua existência esteja estabelecida através de uma correta e verdadeira ciência da psicologia e do desenvolvimento da faculdade da clarividência, fazer remontar as causas das doenças aos corpos sutis fica relativamente sem sentido. A melhor reação que o médico de mente mais aberta pode (e digo pode e não que o fará) produzir ou admitir é que a atitude psicológica, o estado mental, e a condição mental do paciente pode ajudar ou prejudicar. Muitos já estão admitindo isso, o que por si só já é muito.
Portanto, quando digo que o câncer, por exemplo, tem suas raízes numa condição astral e começou sua carreira nos tempos atlantes, isso pouco ou nada significa para o homem comum de nossos dias. Ele não percebe que um enorme número de pessoas são atlantes em sua consciência.
Quero falar brevemente sobre as mais comuns de todas as causas de problemas: Preocupação e Irritação. Predominam atualmente como em nenhuma outra época, pelas seguintes razões:
1. A situação mundial é de tal sorte, e tantos os problemas e incertezas, que dificilmente uma pessoa no mundo de hoje não é afetada. Todos estão mais ou menos envolvidos na situação planetária.
2. A intercomunicação entre as pessoas cresceu tanto, e os homens vivem tanto em aglomerações - grandes ou pequenas -que é inevitável que produzam efeitos uns sobre os outros como jamais vistos antes. “Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele” é uma verdade antiga, mas nova na aplicação e hoje compreendida pela primeira vez.
3. O aumento de sensibilidade do organismo humano é tal que os homens “sintonizam-se” com as condições emocionais e atitudes mentais uns dos outros de um modo novo e mais potente. Às suas próprias e absorventes inquietações e preocupações somam-se as daquelas pessoas com as quais têm afinidade.
4. Telepaticamente, e também com um desenvolvido senso de previsão, os homens hoje estão somando as dificuldades que pertencem a outra pessoa, ou a um outro grupo de pensadores, às dificuldades que poderão vir a ter. Não é certo que as terão.
Estes problemas demonstram quão intensamente difícil é enfrentar a vida. É óbvio que os problemas causados pela preocupação e irritação (chamada de “imperil” pelo Mestre Morya) são muitos e precisam ser considerados.
Por que são estas dificuldades do corpo astral tão perigosas e tão sérias? Preocupação e Irritação são perigosas porque:
1. Elas reduzem a vitalidade do homem a tal ponto que ele se torna suscetível à doença. A praga da influenza tem suas raízes no medo e preocupação, e uma vez que o mundo se liberte desta “medonha” condição, a doença desaparecerá.
2. Elas são tão altamente infecciosas sob o ponto de vista astral, que elas reduzem a atmosfera astral de tal maneira que se torna difícil para as pessoas -no sentido astral -respirar livremente.
3. Devido às condições astrais do medo, a preocupação e a irritação estão tão disseminadas hoje que podem ser consideradas epidêmicas, num sentido planetário.
4. Porque a irritação (não falo aqui da preocupação) é inflamatória em seus efeitos -e inflamações são difíceis de suportar -e leva a muitas dificuldades. É interessante notar que certas formas de problemas nos olhos são causadas por isto.
5. Porque a preocupação e a irritação impedem a verdadeira visão. O homem vítima destas condições nada vê a não ser a causa de seus queixumes, e está tão imerso em auto piedade, autoconsideração, ou numa focalizada condição negativa, que sua visão se estreita e seu grupo é prejudicado.
Lembrem-se que existe o egoísmo grupal assim como o egoísmo individual.
Citei razões suficientes para os efeitos da Preocupação e da Irritação que demonstram a vastidão da dificuldade. Não adianta muito, por enquanto, falar sobre o remédio. Não dizemos a um paciente com gripe (quando ele está nos momentos agudos da doença), “Isso não é nada. Não dê atenção. Levante-se e vá cuidar da vida”. Não adianta dizer aos homens hoje, “Não tenha medo. Deixe de se preocupar. Tudo ficará bem”. Eles não acreditarão -felizmente -pois isso não é verdade. As coisas não vão bem e a humanidade e a vida planetária não estão bem. Isto a Hierarquia sabe e está trabalhando para melhorar as condições. Quando passarem os paroxismos da “influenza planetária” (e o paciente não morra), então a investigação pode ser feita e produzido o esforço que pode impedir a recaída. Atualmente, tudo que se pode fazer é manter quieto o paciente e fazer baixar a febre. Este é o trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo e dos homens inteligentes de boa vontade. Seu nome é Legião.