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CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 051 a 075


Estudo 051

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - Audição (Continuação) (Páginas 176. 177 e 178 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Vamos estudar hoje o sentido da audição. O plano físico é o mais baixo e denso. Sua construção e conformação é feita por vibrações (oscilações) dentro da gama de frequências e formas de onda denominadas sonoras, que na Física são classificadas como ondas mecânicas. O som é regido pelo tattwa Akasha ou éter, cujo plano é o átmico, que manifesta essencialmente o terceiro aspecto da Divindade, Inteligência Ativa. Por isso seu efeito mais forte e sentido se dá no plano físico (sétimo plano) e nos sétimos subplanos, os mais densos e concretos.

Em decorrência do acima exposto, a audição é o primeiro sentido que se manifesta. No nosso atual período global, que está ocorrendo no planeta Terra, a primeira raça-raiz, chamada adâmica, que era astral, só possuía o sentido da audição.

Será pela audição no plano físico que o homem conseguirá conhecer plenamente o efeito produzido pela palavra sagrada, enquanto é pronunciada pelo Logos Solar.

À medida em que a energia do som da palavra sagrada repercute em todo o Sistema Solar, as partículas (átomos e moléculas) são forçadas a ocuparem seus devidos lugares, alcançando o grau mais forte de concreção.

A audição é a chave que o homem terá de girar, para descobrir:

a. seu próprio som ou nota individual;
b. o som ou nota de seu próximo;
c. o som ou nota de seu grupo;
d. o som ou nota do Logos Planetário com o qual está vinculado;
e. o som ou nota do Logos Solar, o que lhe dará amplo conhecimento sobre o Sistema Solar e permitirá alcançar vislumbres da consciência do grande Homem Celestial.

Esses sons ou notas o homem conseguirá da seguinte forma:

a. a sua nota, no plano físico;

b. a do seu irmão, no plano astral, pelo processo de semelhança de emoções, que o levará a conhecer a identidade do seu próximo;

c. a do seu grupo, no plano mental, onde aprende a responder a essa nota grupal, pelo sentido chamado resposta à vibração grupal;

d. no plano búdico, começa a perceber, identificar e responder à nota do seu Logos Planetário;

e. no plano átmico, sua consciência começa a responder à nota do Logos Solar, quando inicia a participação mais intensa na vida do Logos.

Essas diferenças são apenas para maior esclarecimento. No processo evolutivo, em virtude das sobreposições existentes na natureza, essas diferenças não são tão nítidas e o raio do homem, seu grau de desenvolvimento, o trabalho que já realizou anteriormente, suas limitações temporárias e cármicas e outras causas, provocam uma aparente confusão. Todavia, sob uma visão superior do grande esquema divino, a tarefa avança da forma descrita.

No plano astral a capacidade de ouvir os sons astrais é denominada clariaudiência astral. Embora as ondas sonoras astrais estejam numa faixa de frequências bem mais elevadas que os sons físicos, mesmo assim são frequências mais baixas em relação às da luz astral. Dessa forma a relatividade de frequência permanece e podemos dizer que os sons astrais são ondas mecânicas astrais, existindo um significado mais profundo nessa afirmação, que não vamos elucidar no momento.

Como já explicamos em estudo anterior, a audição astral se dá em qualquer parte do corpo astral, em virtude de sua constituição fluídica e mais dinâmica. A conscientização sonora astral também é mais rápida, pois as ondas sonoras deslocam-se com maior velocidade no corpo astral.

Outro aspecto importante e referente à audição física do homem é a limitação de frequências que ele pode ouvir. Embora uma quantidade imensa de frequências esteja presente no ar e chegando aos ouvidos humanos, contudo eles só respondem a uma pequena faixa. A gama de frequências sonoras do ouvido humano normal é de 20Hz (20 ciclos por segundo) a 20kHz (20.000 ciclos por segundo).

É fato sabido que os animais têm maior sensibilidade auditiva que o homem. Os cães ouvem acima de 20kHz.

Um fato curioso é que os gatos possuem nos olhos um mecanismo pelo qual eles podem ouvir.

O homem no momento não está preparado para todos os sons da natureza. Se ele ouvisse a nota da natureza, a soma de todas as notas produzidas pelas formas físicas densas, seu corpo físico desintegrar-se-ia.

Quando ele tiver desenvolvido plenamente a audição astral e mental, além da física (o tríplice ouvido interno), então ele poderá ouvir a nota da natureza sem perigo. Há uma correlação entre o desenvolvimento dos chacras e dos sentidos. Na primeira iniciação (o nascimento) os chacras estimulados são os do corpo físico. Na segunda (o batismo) são os centros do corpo astral. Na terceira (a transfiguração) são os do corpo mental. Portanto só o Iniciado da terceira iniciação consegue ouvir plenamente no plano físico.

No plano mental a audição é análoga à física, ou seja, a capacidade de diferenciar as ondas mecânicas mentais, o que quer dizer, compressões e rarefações de partículas mentais, que atingem o corpo mental. Nada tem a ver com a telepatia (comunicação direta, sem ondas sonoras, Ego a Ego) do corpo causal. A telepatia causal é a síntese de todos os sentidos.

No plano búdico a audição (que já incorpora a telepatia causal) torna-se mais aperfeiçoada, porque permite três coisas:

1. conhecimento e identificação do som individual;
2. conhecimento e identificação do som do grupo;
3. sua completa unificação.

Por isso ela é chamada captação.

A culminação da audição búdica ocorre no fato de o homem começar a ouvir a nota do seu Logos Planetário e assim entrar na sua consciência. Não devemos esquecer que o corpo etérico do Logos está no plano búdico para cima. Este é o segredo do poder do Mestre.

No plano átmico é análoga à do plano búdico, captação de sons da matéria átmica, os quais, relativamente, podem ser considerados ondas mecânicas átmicas. Todavia, em virtude da maior frequência da matéria átmica, as ondas sonoras átmicas possuem uma gama imensa de informações (quanto maior a frequência, maior a capacidade de conter informações). Como o plano átmico é onde o terceiro aspecto da Divindade, Inteligência Ativa, expressa-se mais essencialmente para nós, a audição átmica atinge a perfeição relativa, permitindo ao homem começar a ouvir a nota do Logos Solar (física cósmica), o que trará à sua consciência informações valiosíssimas sobre a vida física do Logos. Por isso a audição átmica é chamada de beatitude pelo Mestre Tibetano, sendo então a base da existência, o método da evolução e o unificador final. É no plano átmico que o homem entenderá com clareza o significado da frase sagrada que o Logos Solar está pronunciando, sendo o AUM apenas a abreviatura, pois na realidade ela contém 21 letras. Muitas pessoas pronunciam o AUM sem ter a menor noção do seu significado.

Como é do conhecimento de todos os que estudaram acústica, na Física, o som produz formas, o que foi comprovado experimentalmente em laboratório. Quando o homem tiver visão etérica, verá essas formas. Os Devas vêm o som e ouvem a luz.

No processo de construção das diversas partes do universo manifestado, o som gerado pelo Logos, dentro do seu planejamento, produz modelos que forçam as partículas a se unirem de acordo com eles e assim surgem as diversas formas cósmicas: nebulosas, galáxias, estrelas, planetas etc.

Também no microcosmos o som do Logos atua nas formas. Um dos caminhos que o Iniciado da sexta iniciação vê diante de si leva-o a desvendar profundamente os mistérios reais do som, em diversos planos. Este caminho é o terceiro, o de treinamento para os Logos Planetários. São os Senhores da verdadeira ciência do Mantram. Por aí podem perceber quão grande é a ignorância dessas pessoas que vivem recitando mantrans, sem o menor conhecimento da mecânica do som, nos planos físico, astral e mental.

É oportuno neste contexto citar um artigo da conceituada revista Scientific American Brasil, de março de 2004, página 48, sob o título Sinfonia Cósmica, pelos cosmólogos Wayne Hu e Martin White, que descrevem a teoria da formação do universo por ondas sonoras no plasma inicial constituído por partículas subatômicas (quarks, glúons,fótons, elétrons etc). Esses cientistas fazem menção de uma sinfonia cósmica produzida por músicos muito estranhos e acompanhada de coincidências ainda mais estranhas. É a ciência humana aproximando-se da ciência sagrada, como previu o Mestre Tibetano. É um artigo que vale a pena ser lido por aqueles que querem o conhecimento profundo e real e não se contentam em ficar na superfície.

Ainda dentro do campo da ciência, existe uma arma desenvolvida por um país, a qual, ao ser ativada perto de uma pessoa, emite ondas sonoras na frequência de ressonância de um órgão, por exemplo, o baço, levando-o a oscilar com amplitude crescente, até a ruptura completa, provocando a morte da pessoa.

Quando a visão etérica for conseguida, poderá ser construído um aparelho que gerará ondas sonoras, que substituirão a cirurgia, na reconstrução de órgãos.

Todavia a meta do homem é não depender de aparelhos, mas gerar ondas usando apenas sua capacidade de manipular os três fogos. Aí jaz o segredo. Há muito mais informações sobre o som que serão passadas ao longo dos nossos estudos.

No próximo estudo iremos tratar do tato, tão importante no atual Sistema Solar.

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Estudo 052

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O Tato (Páginas 178, 179, 180 e 181 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Vamos estudar o sentido do tato. Este sentido foi o segundo a se manifestar na raça humana, o que ocorreu na segunda raça-raiz do nosso período global, a raça hiperbórea, que era etérica. Este fato demonstra que existe um tato etérico, que será reconquistado pelo homem num nível muito elevado, quando a humanidade se polarizar no corpo etérico. Aqueles que querem seguir depressa, homens e mulheres, podem consegui-lo bem antes, desde que adquiram o conhecimento necessário e saibam aplicá-lo.

Já que falamos de raça-raiz, vamos rapidamente esclarecer um assunto muito do momento, embora fora do tema do nosso estudo. Na Bíblia está escrito que a mulher (Eva) foi feita por Deus de uma costela do homem (Adão), dando a entender que o homem foi criado primeiro e é superior à mulher. Nada mais irracional e errado que isso. Nas duas primeiras raças-raiz (adâmica e hiperbórea) e nas duas primeiras sub-raças da raça lemuriana (a terceira), o ser humano era de um só tipo, não existindo homem e mulher distintos. O processo de propagação da espécie era diferente do atual. Foi na terceira sub-raça da raça lemuriana que ocorreu a separação dos sexos. Portanto homem e mulher vieram de um mesmo ser e apareceram simultaneamente. Não existe portanto a propalada superioridade do homem sobre a mulher.

As religiões que se baseiam unicamente na Bíblia, esquecendo que ela deve ser interpretada, pois é um simbolismo, ensinam essa interpretação errada, de que a mulher é proveniente da costela de Adão e contribuíram muito para essa discriminação da mulher. Já na infância a criança aprende esse preconceito, induzindo o menino a se considerar superior à menina e esta a se ver um ser passivo e subordinado. Este ensinamento errado em muito atrasou a evolução da mulher, prejudicando o Plano Divino, que prevê para a mulher o acesso ao conhecimento e às oportunidades tanto quanto para o homem. Esquecem que a Alma encarna como mulher e como homem, com o objetivo de adquirir qualidades. Prejudicando a mulher, na realidade estão prejudicando a si mesmos.

Retornemos ao nosso assunto. O tato é um sentido de grande importância no atual Sistema Solar, que é de consciência astral búdica. É a consciência básica do sistema, porque o Logos Solar está desenvolvendo o segundo aspecto, Amor-Sabedoria, que em seu corpo físico cósmico expressa-se no plano búdico e reflete-se no plano astral como emoção, sentimento e sensação, que devem se transmutar em intuição, percepção espiritual e unidade, ou seja, a polarização da humanidade deve passar para o búdico, após passar pelo mental.

Não devemos esquecer que os sentidos, conforme vão se desenvolvendo, começam a se sintetizarem com os outros, tornando-se muito difícil separar um do outro.

O tato é o reconhecimento do contato estabelecido por Manas ou mente de três modos:

• como conhecimento
• como memória
• como antecipação.

Como conhecimento, porque aprende algo novo sobre o não-eu. Como memória, porque, uma vez gravado o que aprendeu, identifica e recorda num segundo contato. Como antecipação, porque, com base no que está gravado (memória) e em novo contato, pode prever.

Cada sentido, ao relacionar-se com a mente, desenvolve na consciência um conceito, que personifica o passado, o presente e o futuro.

Em consequência, o homem muito evoluído, que já tem plenamente ativos os sentidos dos corpos físico, astral e mental (o Iniciado com a terceira Iniciação, em preparação para a quarta), pode observar os três planos inferiores do ponto de vista do "Eterno Agora", ou seja, transcende o tempo (como é conhecido nos mundos inferiores). Isso significa que os sentidos foram substituídos pela plena consciência ativa, sabe e não necessita mais dos sentidos para adquirir o conhecimento sobre os planos físico, astral e mental, porque sua mente, amplamente desenvolvida e potente, pode captar diretamente todas as vibrações dos três planos, interpretando-as com fidedignidade, podendo assim ter uma visão do futuro nesses planos inferiores. Não necessita de instrumentos, por mais sofisticados que sejam, para entender o funcionamento do universo. Pela qualidade conquistada pela psicometria planetária (tato do corpo mental) sabe a origem do universo físico, o mesmo ocorrendo com relação aos universos astral e mental, que antecedem o físico. É de fato um ser completamente livre dos três mundos inferiores. Sua atenção se volta para os mundos búdico e superiores.

Porém, no tempo e nos três mundos inferiores, cada sentido, em cada plano, fornece ao homem (o Pensador) um aspecto ou faceta do não-eu e com a ajuda da mente ele pode ajustar sua relação com esse aspecto.

Vejamos esses aspectos.

A audição dá noção de direção relativa e permite ao homem definir sua posição e localizar-se no esquema do qual faz parte. Essa localização não é apenas espacial. A audição astral fornece detalhes de orientação, que permitem avaliação da direção evolutiva do não-eu, havendo maior riqueza desses detalhes na audição mental. Assim pode prestar melhor ajuda a seu irmão.

O tato dá noção de quantidade ou medida e permite ao homem fixar seu valor relativo em relação aos outros corpos estranhos a si mesmo.

A visão dá noção de proporção e permite o ajuste do movimento ao dos demais. Como cada sentido inclui os anteriores, na visão também existem as noções de direção e quantidade, sendo portanto a visão um sentido sintetizador. Como o paladar e o olfato são subsidiários do tato, a visão aperfeiçoada contém as noções propiciadas por esses dois.

O paladar dá noção de valor e permite decidir o que parece melhor.

O olfato dá ideia de qualidade inata e permite achar o que o atrai, porque é da mesma qualidade ou essência.

É muito importante que, em todas essas definições, tenha-se em mente que a finalidade dos sentidos é revelar o não-eu e permitir ao Pensador (o Eu) diferenciar o real e o irreal. Pelos mecanismos de percepção (Jnanindriyas) o Pensador colhe informações do não-eu e reage a elas pelos mecanismos de ação (Carmindriyas), que são seis:

1. boca, aparelho fonador-falar
2. mãos - aferrar
3. pernas - andar
4. ânus - evacuar, excreção
5. órgãos genitais-procriar.

A mente é o verdadeiro órgão dos sentidos, sendo a parte física apenas o coletor de informações, na forma de vibrações ou oscilações. Por isso o Iniciado avançado consegue prescindir dos órgãos físicos para captar as informações e obter o conhecimento do não-eu. Daí a grande importância do conhecimento, inclusive no serviço. Quanto maior a capacidade dos sentidos, maior a capacidade do curador para detectar o que está errado no seu irmão e conseguir a harmonia (a cura).

Na evolução dos sentidos, é o ouvido que atrai a atenção do Eu, aparentemente cego, para algo que ocorre fora dele, dando-lhe a noção de exterior e de direção da fonte de som.

Esse sentido com o tempo provoca a formação de outro sentido. Pela Lei de Atração, o Eu quer se aproxima daquilo que está gerando o som que lhe chega aos ouvidos e sentir com mais detalhes esse algo. Surge então o tato, que fornece ao Pensador incipiente mais informações: dimensão, contextura externa e tipo de superfície. Assim a consciência se amplia, pode ouvir e apalpar, todavia ainda não tem subsídios para correlacionar e definir.

Quando consegue definir e dar nomes às coisas, terá dado um grande passo avante.

Podemos aqui aplicar aos sentidos os antigos símbolos cósmicos.

O ponto no centro- a consciência do eu na etapa em que só pela audição consegue perceber o não-eu.

O círculo dividido em dois - a consciência do eu percebendo o não-eu pela audição e pelo tato.

Quando a fase do tato está consolidada (final da segunda raça-raiz, a hiperbórea), nasce o terceiro sentido, a visão, iniciando a habilidade de estabelecer relações entre os diversos não-eu e consigo mesmo. É a partir daí que a Mente começa realmente a funcionar, através do raciocínio.

A visão surgiu na terceira raça-raiz, a lemuriana, a primeira densa. Na terceira sub-raça lemuriana o ser humano, ainda sem sexo definido, estava bastante treinado no uso da vista e dos outros dois sentidos, ferramentas excelentes para o raciocínio. Foi então que ocorreram dois fatos importantíssimos na história da humanidade: a divisão em dois sexos, homem e mulher e a chegada dos Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus. Esses excelsos Seres são citados no Antigo Testamento como os Filhos de Deus. Eles vieram para implantar no lemuriano a chispa da mente.

Foi aí que realmente iniciou-se o processo de individualização do ser humano. Esse assunto é de imensa importância para a humanidade, pois envolve um Ser de elevadíssima categoria, que voluntariamente se sacrificou pelo homem, descendo do plano búdico cósmico para o nosso plano causal, com o objetivo de construir o Loto Egoico, sem o qual não teríamos autoconsciência. Esse Deva permanece velando pelo homem até a quarta Iniciação, quando é liberado. Devemos cotidianamente prestar gratidão ao nosso Anjo Solar, como é chamado pelo Mestre Tibetano. Todo o trabalho do Anjo Solar está descrito com riqueza de detalhes no Tratado sobre Fogo Cósmico. Chegaremos lá.

Com a autoconsciência definitivamente implantada e o Loto Egoico em funcionamento, embora nessa fase tinha o aspecto de um botão, com as pétalas totalmente fechadas, houve um grande incremento no relacionamento entre o eu e o não-eu, os quais se coordenaram imediatamente, havendo intensa troca de informações, tendo como consequência uma aceleração da evolução.

Com essas informações, já podemos concluir quão importante é saber utilizar corretamente os sentidos, aplicando intensamente a capacidade analítica da mente, no processo evolutivo. Quanto mais conhecimentos pudermos adquirir através dos sentidos, quanto mais pudermos utilizá-los, quanto mais pudermos expandi-los, mais acelerada será a nossa evolução. Devemos também saber utilizar os sentidos astrais e mentais. O pensar constante nos significados desses sentidos, irá desenvolvê-los. Assim também o Loto Egoico irá abrir suas pétalas. No intervalo entre a morte e o renascimento, quando a consciência é transferida para o plano causal, dá-se a transferência da essência do conquistado na última encarnação para as devidas pétalas do Loto Egoico, que assim entram em atividade e abrem-se. Pelo serviço prestado ao próximo com amor desinteressado, as pétalas do Amor-Sabedoria se dinamizam, sendo importante que esse serviço seja ligado ao conhecimento, para ocorrer a transformação do conhecimento em sabedoria.

O Iniciado com a segunda Iniciação já tem condições de fazer a transferência para as pétalas do Loto Egoico, bem como acelerar o movimento das partículas constituintes, ainda encarnado, não necessitando esperar a morte. Por isso ele pode optar, com a autorização de seu Mestre, por abdicar de ir ao plano mental, permanecendo curto tempo no plano astral e retornando rapidamente a uma nova encarnação. Ele não pode perder tempo, pois a Hierarquia necessita urgentemente que ele receba Iniciações mais elevadas, para ocupar cargos importantes, liberando os Mestres para seguirem os caminhos escolhidos. Como exemplos, temos o Senhor Buda e os Mestres Jesus e Serápis Bey, que devem seguir para Sírius, mas que estão aguardando que novos Iniciados sejam sagrados e ocupem os cargos vacantes.

Continuaremos o nosso estudo ainda dentro do mesmo tema.

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Estudo 053

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - (Continuação) (Páginas 181 e 182 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

A continuação do estudo dos sentidos relacionados com os centros, vejamos suas vinculações com os três aspectos do Logos Uno, chamados os três Logos. Essas vinculações derivam dos aspectos abrangidos pelos sentidos.

Três sentidos são chamados maiores, audição, tato e visão, sendo os outros dois, paladar e olfato, considerados menores, pois são derivados do tato. De fato, o paladar e o olfato, exigem o contacto da molécula portadora de suas respectivas informações com as células sensoras (gustativas e olfativas), para a conscientização.

Pela audição o homem consegue reconhecer a quádrupla palavra, a atividade da matéria, o Terceiro Logos. A quádrupla palavra (quádruplo som) é responsável pelas quatro leis que regem a matéria:

• lei de vibração
• lei de adaptação
• lei de repulsão
• lei de fricção.

Essas quatro leis são subsidiárias da Lei de Economia, que rege a matéria. Estudá-las-emos mais tarde.

Pelo tato o homem reconhece o sétuplo Construtor de Formas, a construção das formas, sua aproximação e inter-relacionamento, que constituem a atividade do segundo Logos. De fato tato é aproximação e tende a unir (embora possa afastar). A Lei de Atração começa a atuar pelo tato entre o eu e o não-eu.

Pela visão o homem reconhece a totalidade, a síntese dos muitos no UNO e a partição do UNO nos muitos, a atuação da Lei de Síntese em todas as formas que o eu ocupa e a unidade essencial de toda a manifestação. É tarefa do primeiro Logos, Vontade.

O tato, por estar relacionado com o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura, que é a meta do nosso Logos Solar para este atual sistema, é o sentido mais importante e, por isso, seu mecanismo, sua utilização, as informações que ele fornece e seus efeitos devem ser estudados em profundidade, em todos os planos. Tal estudo levar-nos-á a conclusões interessantes e muito úteis.

Através do reconhecimento da superfície da forma, podemos identificar a essência nela oculta. Uma vez conseguida essa identificação, é possível ao eu harmonizar-se com o não-eu em qualquer etapa evolutiva e assim saber qual a ajuda correta e mais adequada que deve dar, usando o processo de maior rendimento. Isso é servir ativamente.

É Senhor de Compaixão aquele que, pelo tato, sente, capta plenamente e compreende a maneira de corrigir o inadequado (o que está em desarmonia) no não-eu, assim acelerando sua evolução.

Devemos também estudar o valor do tato na cura, embora aí seja um carmindriya (os jnanindriyas e carmindriyas se relacionam). Todos os curadores da raça são exímios na arte do tato. É a linha dos Bodhisattvas, de Amor-Sabedoria e ensino, a linha do CRISTO, caminho esse que todos deverão percorrer com o tempo. Eles sabem manipular a Lei de Atração e Repulsão. Não esquecer que atração e repulsão são polos de uma mesma força.

Mestre Tibetano diz que a origem etimológica da palavra tato é um tanto obscura e que provavelmente significa "extrair com movimento rápido". Aí está todo o segredo do nosso Sistema Solar objetivo, que demonstrará a aceleração do movimento pelo tato.

As qualidades essenciais do não-eu são: inércia (tamas), movimento (rajas) e ritmo (sattva). O ritmo, o equilíbrio, a vibração estável, serão alcançados pelo tato.

Vejamos um exemplo. Quando o homem medita corretamente, pela concentração e obediência às regras, ele consegue estabelecer contacto com matéria mais elevada e refinada que a usual, a causal e, com o tempo, com a búdica, por breve período. Com esse contacto a sua vibração rotineira se acelera, com os óbvios benefícios.

Aqui entramos novamente no tema principal do nosso estudo, os fogos. Na meditação, o fogo por fricção atrai a si o fogo de manas, que lhe é superior. Eles se tocam, reconhecem-se e fazem-se conscientes um do outro. O fogo de manas arde continuamente e se nutre com o que dele se aproxima e por ele é rechaçado.

Quando ocorre o contacto entre os dois fogos, de manas e por fricção, inicia-se o processo de fusão e incrementa-se intensamente a força estimulante, aumentando a capacidade de estabelecer contacto, que dá origem a um ciclo de realimentação (feedback) positiva. Desse aumento da capacidade atrativa, o fogo elétrico da Mônada aproxima-se e entra em contacto com os outros dois fogos fundidos, iniciando-se a segunda fusão, a tríplice.

Isto está relacionado com o mistério do Cetro da Iniciação. Quando estudarmos os centros e a Iniciação, veremos que o assunto envolve esse misterioso aspecto do tato, faculdade do segundo Logos, que aplica a Lei de Atração.

No ato da Iniciação ocorre uma intensa manipulação de fogo elétrico (solar/elétrico), armazenado no Cetro Iniciático, qualquer que seja, o do Sr. Maitreya, o do Senhor do Mundo, o Diamante Flamígero ou o do Logos Solar, o Sétuplo Fogo Flamejante.

O Iniciando, por ter feito a sua parte, levar inicialmente seus fogos por fricção e solar a um elevado nível de atividade e fusão e posteriormente fazer o mesmo com seu fogo elétrico da Mônada, faz jus a uma carga extra de fogo elétrico de níveis cósmicos, o que acelera tremendamente sua evolução, tornando-se com isso altamente útil ao Plano Divino.

Por isso Mestre Tibetano diz que o homem é um fenômeno elétrico e que Manas é eletricidade, no que Ele está certíssimo. Não tiro essa conclusão apenas porque é um Mestre que está afirmando, mas porque vejo uma lógica perfeita na sua afirmação. Quem conseguir entender com clareza e ver o processo iniciático e em consequência compreender e ver a atividade que está reservada ao Iniciado nos planos superiores, jamais esmorecerá em seu esforço evolutivo, porque sabe e não porque lhe falaram.

Voltemos à visão, ao paladar e ao olfato, para logo resumir as relações entre os centros e os sentidos e suas interações. Uma vez isto concluído, restam apenas dois pontos para o término da primeira parte.

Esses dois pontos são: os centros e a Iniciação e a Lei de Economia, que rege a matéria.

Terminados esses dois pontos, entraremos na parte mais importante do livro, a que trata dos fogos de Manas, tanto coletivamente (os Logos Planetários), como individualmente (os divinos Manasaputras). É a verdadeira evolução da Mônada e como ela usa a fusão cósmica dos fogos da matéria e de Manas.

Manasaputras são os filhos da Mente, o princípio individual no homem, o Ego ou Alma, às vezes chamado Anjo Solar, que não deve ser confundido com o Anjo Solar, o grande Deva construtor do Loto Egoico. É bom aqui recordar a célebre frase de René Descartes:" Cogito, ergo sum", que quer dizer: penso, logo existo.

Continuaremos o nosso estudo ainda dentro do mesmo tema.

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Estudo 054

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas 183 e 184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Continuando nosso estudo dos sentidos, iremos analisar a visão, o paladar e o olfato, em seus aspectos transcendentes e evolutivos, pois seu objetivo é fazer o homem evoluir, em direção à sua meta: adquirir conhecimentos e dominar todos os planos previstos pelo Plano Divino para esta cadeia.

A visão é o principal correlacionador do Sistema Solar.

Sob a ótica das leis regentes, pela Lei de Economia o homem ouve. O som penetra o íntimo da matéria e provoca sua diferenciação ou heterogeneidade.

Ouvindo, o homem é levado a tocar a fonte do som que lhe chega aos ouvidos (Lei de Atração). O toque provoca duas reações no que toca e no que é tocado: atração ou repulsão, dependendo da sintonia.

Ao tocar, o homem percebe que as informações captadas não são suficientes, ele quer saber mais. Então seus olhos se abrem e ele vê. Pela Lei de Síntese ele reconhece sua posição na ordem do mundo manifestado.

A audição expressa a unidade, porque o homem apenas ouve, mas não tem experiência de algo concreto sem ser ele mesmo e assim sente-se só e um. Quando toca e sente concretamente, sabe realmente que existe algo fora dele, o não-eu. É a dualidade. Quando enxerga, ele pode relacionar, o que o leva à triplicidade: eu, não-eu e o relacionamento entre o eu e o não-eu.

Todo o presente está contido nesses três sentidos. Evoluir é reconhecer, utilizar, coordenar e dominar tudo, até que o Eu se torne plenamente consciente da existência de todas as formas e de todas as vibrações oriundas do não-eu. Lembramos aqui que a expressão não-eu não se refere somente ao outro homem, mas a toda a natureza, inclusive os próprios veículos, numa etapa mais avançada.

Dessa forma o objetivo do Eu, utilizando-se do poder ordenador da mente, será achar a verdade, ou seja, o ponto no círculo da manifestação que, para o Eu, é o ponto de equilíbrio, onde a coordenação é perfeita. Isto é um estado interior, significando a conquista de qualidades bem definidas, através do conhecimento (estudo) e sua aplicação não só em relação a si mesmo, como a seu próximo. Incluímos aqui como próximo a natureza.

Somente quando este ponto for conquistado, é que o Eu poderá dispensar todos os véus, contactos e sentidos. Ele saberá por captação direta, não precisando de mecanismos intermediários. É a etapa em que o homem recebe a quarta Iniciação, quando se liberta dos três mundos inferiores, iniciando uma nova fase de conquistas.

Nos estágios do processo evolutivo nos mundos inferiores, ocorrem três tipos de separação:

Involução. A separação ou diferenciação da matéria, quando o Uno se converte nos muitos. Os sentidos se desenvolvem e o Eu os aperfeiçoa, para utilizar a matéria, sob o comando da Lei de Economia.

Evolução, até chegar no caminho de Provação. O uso intensivo dos sentidos conduz a uma identificação progressiva do Eu com todas as formas, desde as mais densas até as relativamente refinadas. Rege a Lei de Atração e o Espírito se funde com a matéria, ou seja, o Espírito consegue melhorar a matéria para seu uso.

Evolução no Caminho. Outra separação, o Espírito se separa da matéria, passa a se identificar com o Uno e finalmente repele a forma (terceira separação), porque não mais dela necessita. Pela experiência vivida, os sentidos são sintetizados numa faculdade adquirida e o Eu dispensa o não-eu. Funde-se com o Omni-Eu (Eu Total). Rege a Lei de Síntese.

Nestas três etapas observa-se a atuação dos três aspectos do Logos. Na partição ou diferenciação da matéria está agindo o Terceiro Logos, o Criador. Na repulsão da matéria pelo Espírito comanda o Primeiro Logos, o Destruidor. Na evolução até o caminho de Provação, o grande regente é o Segundo Logos, o Preservador.

Na realidade os três aspectos estão sempre presentes simultaneamente, as tarefas e funções é que são exercidas separadamente. O mesmo acontece com o homem.

No aperfeiçoamento final da visão, que ocorre no corpo átmico, a palavra compreensão é totalmente inadequada para defini-lo. Mais uma vez lembramos que a expressão aperfeiçoamento final é relativa. Ela significa a consecução da meta para a atual cadeia, a quarta, que é a quinta Iniciação, a do Adepto, que implica no domínio do plano átmico. O aperfeiçoamento continua.

Uns poucos ultrapassarão essa meta. Serão os dirigentes nas futuras rondas e cadeias.

Pela análise cuidadosa das informações que os sentidos captam nos cinco planos da evolução humana (físico, astral, mental, búdico e átmico), em particular, comparando entre o físico e o átmico e levando em conta o resumo feito pelo Mestre Tibetano na página 184, podemos fazer ilações interessantíssimas, que muito nos auxiliarão a adquirir uma compreensão nítida e lógica do modo de vida nos planos superiores.

Infelizmente a maioria da humanidade está profundamente identificada com a vida material, a ponto de achar que a vida no chamado paraíso, post-mortem, é continuação da vida física, como ensinam algumas religiões.

No momento em que entenderem com clareza como é a vida em cada plano, concluirão quão insanos foram. Esse entendimento só pode ser conseguido pelo estudo, pesquisa, comparação, meditação e lógica, o que requer esforço e disciplina. A chamada salvação é tarefa de cada um. O instrutor fornece as informações necessárias e ajuda no raciocínio, mas o trabalho tem de ser de cada um. É muito cômodo pensar que algum Mestre irá fazer o nosso trabalho por nós, salvando-nos. Esse modo de pensar é irracional e férrea lógica, pois como iremos desenvolver qualidades sem praticá-las ? Assim como a função faz o órgão, igualmente o exercício da qualidade a faz crescer.

Analisemos o resumo do Mestre, sentido a sentido.

Audição - Beatitude - Logra-se por meio do não-eu. O que é beatitude? É o estado mais elevado de felicidade relativa. Como se refere à audição átmica, significa que esse estado, análogo ao samadi da ioga, é conseguido pela captação de vibrações mecânicas átmicas, contendo informações de ordem muito elevada. Na audição átmica começamos a ouvir a nota física cósmica do Logos Solar. Essa nota, que não é um som único, mas um imenso conjunto de sons, fornece à consciência muitas informações e detalhes da natureza da vida física do Logos. Além dessa conscientização, as partículas do corpo átmico passam a vibrar em resposta à nota do Logos, assim como o som físico afeta o nosso corpo e pode nos alegrar. É essa vibração do corpo átmico, aliada à conscientização, que provoca a suprema euforia, que o Mestre chama beatitude. Isso é conseguido por meio do não-eu e pelo constante exercício da audição em todos os planos.

O som no plano átmico não gera formas como nos planos físico, astral e mental inferior, porque o átmico é um plano arupa, que quer dizer sem forma. Todavia produz figuras geométricas, que encerram conceitos matemáticos elevados e abstratos. Por conceitos matemáticos elevados estamos nos referindo à matemática que descreve relações e fenômenos nos planos superiores. Por exemplo, uma equação diferencial relaciona variáveis, funções e suas derivadas e pode descrever um fenômeno físico ou uma teoria física. De forma análoga uma equação diferencial transcendental pode descrever a atuação de energias cósmicas extrassistêmicas, que darão subsídios à Hierarquia para auxiliar a humanidade. Na aplicação das energias superiores é necessária a quantificação, a dosagem dessas energias. Há Adeptos que se especializam nesse ramo e são muito úteis, assessorando a Hierarquia na tomada de decisões,o que comprova o velho aforismo: " Assim como é em cima, é em baixo", que deve ser interpretado com as devidas diferenças.

Chamamos a atenção para uma observação muito importante. Mestre Tibetano fala por diversas vezes que na etapa final o Eu rechaça o não-eu. Esse rechaçar o não-eu não significa o abandono do próximo. Nas etapas iniciais e intermediárias do processo evolutivo, dentro do Planejamento para a nossa cadeia, o Eu necessita do não-eu para adquirir experiência e se desenvolver. Nessa relação muitas vezes o Eu se identifica com o não-eu, por exemplo, com o próprio corpo, pensando que ele é a sensação física, a emoção e o pensamento, esquecendo que são fenômenos que estão ocorrendo em seus veículos e que são muito úteis para o desenvolvimento da sua consciência, mas efetivamente ele não é isso. Quando chega na etapa final, da evolução no Caminho (já tendo passado pela primeira Iniciação), ele começa a perceber o Omni-Eu, o Uno, em todos os não-eu e conclui que todas as formas de não-eu são ilusórias como partes separadas, mas necessárias e importantes para o seu desenvolvimento. Então ele abandona essa identificação com as formas, que é o rechaço do não-eu. Como conquistou as qualidades derivadas de todas as percepções, por ter usado muito os sentidos na sua escala mais ampla, dispensa esses mecanismos, porque sabe diretamente.

Então, por ter entendido por lógica o Omni-Eu presente em todos os não-eu, com Ele se identifica e passa a ajudá-lo, ajudando todas as formas de não-eu, usando os poderes e as qualidades conquistadas. Todavia nunca perde sua identidade. Não confundir essa confusão de identificação com a identificação no sentido de entender os problemas do próximo.

Quando começar a espiral mais elevada, a conquista dos planos monádico, adi e superiores, terá de enfrentar uma nova batalha, porém em condições muitíssimo diferentes. São pugnas que só trazem alegrias e felicidade de uma modalidade e intensidade inimagináveis pelo homem comum. Procurem descobrir a luta no nível dos Logos, porque ela existe.

No próximo estudo falaremos sobre o tato, dentro dessa mesma ótica do Mestre Tibetano.

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Estudo 055

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O tato (Continuação) Página 184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Neste estudo vamos analisar e pesquisar o tato, dentro do objetivo do Mestre Tibetano, que façamos deduções, comparando a natureza das informações que esse sentido leva à consciência, plano a plano, tentando dessa forma entender como é o modo de vida nos planos. Tenhamos sempre em mente que o tato é o sentido mais importante no atual Sistema Solar, porque está regido pelo segundo aspecto do Logos Solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura, sua meta e tem dois sentidos menores subsidiários: o paladar e o olfato.

Vejamos quais informações o tato físico fornece à consciência física. São noções de contextura, forma, suavidade ou aspereza, tamanho, quantidade e temperatura.

Fisiologicamente a pele, onde o tato está localizado, é a blindagem de defesa do corpo humano. Existe um tipo de célula da pele, o melanocito, que possui características muito interessantes e, quando se altera, transforma-se num câncer dos mais agressivos, o melanoma. Fizemos essa citação, apenas porque existe uma conexão profunda entre a pele e o tato, não somente porque o tato nela está.

As energias portadoras das informações acima descritas afetam o corpo denso, seguindo o processo da transformação da pressão mecânica sobre a pele em sinais elétricos, que são transportados pelos nervos para o cérebro, onde ocorre a conscientização. Para a informação da temperatura, há duas energias que atuam: o movimento das moléculas excitadas pelo calor (energia mecânica) e as ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho; no caso do frio (temperatura externa menor do que a da pele), a sensação é proveniente da retirada do calor da pele, que é fogo por fricção. Na realidade sempre o fogo por fricção age no processo do tato, ou seja, ocorre entrada ou retirada de fogo por fricção. Esse assunto é um pouco mais complexo, todavia não vamos entrar em detalhes agora.

Existem também as informações que chegam à consciência por meio da aura etérica. Essa aura estende-se mais ou menos por cinco centímetros além da superfície da pele e é constituída de partículas do corpo etérico. Ela pode ser penetrada por energias portando informações, que são conduzidas ao cérebro por condutores etéricos chamados nadis. Na maioria das vezes a conscientização da informação não é clara, mas expressa-se como sensação agradável ou desagradável, dependendo da natureza da energia. Quem está habituado a aplicar constantemente sua mente ao tato, pode entender imediatamente e com clareza esse tipo de informação táctil. É questão de treinamento e, é óbvio, depende do desenvolvimento dos centros etéricos, em particular do cardíaco.

Informações sobre doenças podem ser captadas pelo tato bem treinado, sendo necessário um mínimo de conhecimentos anatômicos e fisiológicos.

No corpo astral o tato chama-se psicometria, a faculdade de perceber não só as informações análogas às do tato físico, como outras de fatos ocorridos em torno do objeto com o qual o corpo astral está em contacto. Semelhantemente ao tato físico, a psicometria está em toda a periferia do corpo astral.

Vemos nitidamente como o tato, ao passar para o corpo astral, torna-se mais abrangente, com mais riqueza de detalhes e mais informações, dentro de sua área. Essa expansão crescente ocorre sempre ao passar o sentido para um corpo mais sutil, refinado e dinâmico, comprovando a afirmação de que, quanto maior a frequência (número de ciclos da vibração por segundo), maior a capacidade de conter informações. Isso pode ser entendido facilmente, se raciocinarmos da seguinte forma: uma informação pode ser decomposta numa quantidade do que chamamos tecnicamente unidade de informação, que fica armazenada num ciclo ou até num semiciclo, então, quanto maior o número de ciclos por segundo (frequência), maior a quantidade de unidades de informação contida num segundo da onda portadora.

No corpo mental o tato é a psicometria planetária. Qual a diferença entre essa psicometria e a astral? Pelo princípio acima explicado, é a maior abrangência de informações nessa área, por ser o corpo mental de maior frequência. Isso significa que no corpo mental a psicometria fornece informações de fatos ocorridos em torno do objeto, numa profundidade que envolve a história do planeta.

No corpo búdico o tato chama-se cura. Embora a cura seja um carmindriya, pois é uma ação, todavia se analisarmos com bastante atenção as funções do corpo búdico, concluiremos que há uma associação direta entre o tato búdico (jnanindriya) e a cura búdica (carmindriya), provando que o Mestre Tibetano está certo.

A matéria búdica é regida pelo quarto Raio, da harmonia pelo conflito, o que significa que ela tende a conciliar o que está em conflito ou desarmonia. O que é a doença? É o resultado da falta de harmonia. Num corpo sadio todas as partes, todos os órgãos, todas as células, trabalham em estreita colaboração, para o bem-estar do todo, o corpo. Qualquer falta de cooperação provoca a doença. Num câncer, por exemplo, as células cancerosas só trabalham para si mesmas, esquecendo o trabalho compartilhado com outras células para o todo, não estando portanto em harmonia. Logo, curar é restaurar a harmonia, onde quer que ela tenha se ausentado.

Sem entrar em detalhes sobre a fisiologia do corpo búdico, o tato nesse corpo capta minúcias do processo de desarmonia e passa-as para a consciência atuando no corpo búdico. Então sua capacidade harmonizadora entra em ação e, dependendo da capacidade da Mônada de se comunicar com sua Alma e com o cérebro físico do corpo que está ocupando, tanto a informação sobre o processo de desarmonia que está provocando a doença, como as energias búdicas restauradoras podem chegar à consciência cerebral física. Aí o conhecimento e as energias curadoras atuam pelo tato físico e efetuam a cura. Lembremos que existe uma linha de comunicação entre o tato búdico (como jnanindriya e carmindriya) e o tato físico.

É óbvio que quanto maior a capacidade de domínio da Mônada sobre todos os seus veículos (incluindo a Alma), maior sua capacidade curadora, que irá se manifestar em seu corpo físico.

Mestre Jesus, quando encarnado, tinha esse poder em alto grau. Como já tinha a terceira Iniciação, da Transfiguração, seu corpo búdico já estava bem organizado e coordenado, como também sua Mônada já possuía um excelente contacto com o cérebro físico. Sabemos que bastava tocar em seu corpo, para ficar curado. Assim, com argumentação lógica e raciocínio, demonstramos que Mestre Tibetano está correto, quando chama o tato do corpo búdico de cura.

No corpo átmico o tato é denominado pelo Mestre como serviço ativo. Sigamos a mesma linha de raciocínio utilizada para o tato búdico. A matéria átmica é regida pelo terceiro Raio, de Inteligência Ativa. Esse Raio é sintetizador dos quatro raios menores de atributo. Essa síntese significa que todas as faculdades do tato dos corpos inferiores são absorvidas e acrescidas pelo tato átmico, que funciona ao mesmo tempo como jnanindriya (ao captar informações) e como carmindriya (ao exercer ação).

O domínio do plano átmico é a meta da nossa cadeia para o homem e na quinta Iniciação, da Revelação, o Adepto tem de desenvolver ao máximo seu corpo átmico.

Portanto, o despertar do tato átmico até sua plenitude significa o alcance da perfeição desse sentido (na captação e na ação), perfeição relativa, é claro, pois, como já dissemos, a conquista de novas perfeições continua, a partir do plano monádico.

Falemos um pouco das novas qualidades acrescidas ao tato átmico. No tato búdico citamos o estabelecimento da harmonia, como a principal qualidade. No tato átmico surge o estímulo para a correta evolução. O que é agir para a correta evolução? É saber o nível de evolução da pessoa ajudada, sua posição no processo evolutivo, suas qualidades e deficiências, seus diversos raios, em particular os raios da Mônada e da Alma e seu carma, antes de agir.

Todas essas informações são necessárias para a escolha da melhor ação de ajuda, que será o melhor serviço. Portanto o sentido tato átmico opera juntamente com a ação, sendo perfeitamente coerente a expressão serviço ativo, dado pelo Mestre a ele.

Em todos os veículos existe a aura, semelhante à etérica. O que iremos falar do corpo átmico cabe aos demais corpos sutis, com as devidas diferenças, é óbvio. O corpo átmico é constituído por um conjunto de partículas (átomos e moléculas) de matéria átmica. Sua organização inicia-se pela dinamização do átomo átmico permanente pela Mônada, quando chega o momento certo. Essa dinamização não é abrupta, mas paulatina. Começa após a dinamização do átomo búdico permanente, estando o corpo búdico com razoável grau de coordenação e atividade, o que ocorre a partir da segunda Iniciação, uma vez que na quarta Iniciação o corpo búdico será a sede da consciência e o plano búdico terá de ser plenamente experimentado e dominado, sendo esse trabalho acompanhado pela coordenação do corpo átmico, que será utilizado na quinta Iniciação e, segundo o Mestre Tibetano, atualmente a quinta Iniciação é conferida logo após a quarta.

Existe toda uma fisiologia do corpo átmico em relação ao ambiente átmico, à semelhança da fisiologia do corpo físico em relação ao ambiente físico. A palavra fisiologia é aqui empregada no sentido de estudo das funções do corpo.

A aura do corpo átmico, que é muito maior que as dos inferiores, recebe informações do meio exterior e nele atua pelo tato átmico, chamado serviço ativo.

Se essas informações forem meditadas, se refletirem bastante sobre elas, se procurarem estabelecer comparações entre os mecanismos do tato nos diversos corpos, com certeza obterão muitos vislumbres a respeito do modo de vida nos planos, o que em muito irá clarear a visão desses planos. Mas o mais importante é que, com isso, irão atrair a atenção e o interesse de suas Mônadas, com os imensos benefícios resultantes, em particular, no caso do tato, o processo de cura.

Continuaremos a seguir quando falaremos sobre a visão.

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Estudo 056

Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - A visão - (Continuação) (Página 184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

O objetivo principal da visão é estabelecer a noção ou informação de proporção na mente do Pensador (o Eu), que assim pode ajustar ou regular seu movimento ao dos demais eu´s, que constituem seu não-eu. Lembramos que o vocábulo movimento, aqui, tem um sentido mais amplo, não significando apenas movimento físico, mas o movimento de evolução e o movimento ou ação de ajudar.

Proporção significa grandeza relativa entre pelo menos duas coisas. Por meio dela o Eu pode saber sua posição no conjunto de todos os eu´s e assim aprender de quem deve receber ajuda e a quem ajudar. Reconhecer a sua situação verdadeira no processo evolutivo é um dever de todos e não é vaidade. Aquele que se considera inferior a todos e a tudo é falso humilde, podendo até padecer da vaidade de ser considerado humilde por todos os seus pares.

A verdadeira humildade consiste em respeitar a todos e a tudo, mantendo simultaneamente sua altivez e dignidade e reconhecendo seu verdadeiro valor e sua importância no contexto geral, bem como de todos.

Como os sentidos maiores são três: audição, tato e visão, sendo o paladar e o olfato derivados do tato, a visão é a coroação dos sentidos. Por isso a visão será o sentido mais importante no próximo Sistema Solar, quando o Logos Solar irá aperfeiçoar-se, desenvolvendo ao máximo seu primeiro aspecto, a Vontade, que também é chamada Sacrifício, do latim sacer (sacra, sacrum: sagrado) e facere (fazer, tornar), significando tornar sagrado ou divino. Essa palavra, pela sua etimologia, nada tem a ver com sofrimento. Essa conceituação errada simplesmente derivou do péssimo costume de agradar a Deus (melhor dizendo tentar comprar), através do sofrimento de alguém, que podia ser um homem ou um animal.

Nesse novo sistema viveremos experiências impossíveis de imaginar atualmente. Só aqueles que já passaram pelo portal da segunda Iniciação e, portanto, estão se preparando para a terceira, da Transfiguração, podem entender e aceitar esse futuro. O Logos expressará todo o seu aspecto Vontade através do Amor-Sabedoria-Razão Pura, assim como agora Ele está se esforçando para externar seu Amor por meio de Manas ou Mente, coisas que muitos não compreendem, porque erroneamente acham que o amor nada tem a ver com a mente, esquecendo que o Iniciado que atua no plano mental, usando somente seu corpo mental, também expressa Amor e num nível muito mais elevado, porque a triplicidade existe em todos os planos e corpos e a autêntica inteligência reconhece e entende o amor verdadeiro. O que acontece é que a maioria da humanidade tem uma noção completamente errada do amor e vive apenas o amor puramente emocional ou astral e egoísta, simplesmente porque lhe agrada e lhe dá prazer.

A visão é um sentido sintetizador, o que é demonstrado pela sua capacidade de captar a proporção e assim propiciar a percepção global e do UNO nos muitos.

Por isso a visão engloba os outros dois sentidos, audição e tato e, através do tato, também engloba o paladar e o olfato, porque são derivados dele. Sabemos que é muito difícil para o atual estágio evolutivo da humanidade entender e aceitar o que estamos afirmando.

Por isso pedimos que raciocinem, analisando as características dos processos de cada sentido. A audição exige as ondas sonoras, que são ondas mecânicas, portanto grosseiras. O tato exige a pressão sobre a pele, por menor que seja, sendo também força grosseira. O paladar requer o contacto direto com as papilas gustativas. O olfato depende do contacto das células olfativas com as moléculas portadoras do odor.

A visão no entanto funciona com as ondas eletromagnéticas, uma energia muitíssimo mais refinada, sutilizada e com maior capacidade de armazenar informações. É por essa sua qualidade de responder a uma energia com maior poder de transportar informações, que a visão é um sentido sintetizador. É óbvio que no período atual ainda não acontece isso, mas é a meta.

As cores, com suas nuances e matizes, constituem a prova do enorme potencial discriminador da visão. Por outro lado, a luz branca, como sintetizadora de todas as cores, demonstra o poder de síntese da visão, uma vez que o olho humano responde às cores e à luz branca. Por isso Mestre Tibetano diz que, pela visão, o homem pode ver o UNO nos muitos (a luz branca) e os muitos no UNO (as cores).

No corpo astral a visão é análoga à física, porém com uma riqueza muito maior. As cores e suas nuances e seus matizes são em quantidade inconcebível. As cores levam informações e é por isso que o Mestre Tibetano diz que os Devas ouvem a luz, sendo essa sua linguagem de comunicação. Portanto quem quiser se comunicar com os Devas, tem de aprender seu código de cores e a gerá-las mentalmente. Não adianta nada ficar pronunciando palavras e sons, sem o devido acompanhamento de cores, muito embora Eles possam entender uma pessoa pura de sentimento, que pede socorro e atendê-la. Mas isso é uma emergência e não uma conversação clara.

A capacidade de síntese da visão astral é muito maior que a física, o que é óbvio, porque todos os sentidos astrais possuem maior capacidade discriminadora, em consequência das propriedades da matéria astral. Uma outra particularidade da visão astral é que ela está em todo o corpo astral, não ficando restrita a um órgão único, como acontece com o corpo físico. Um outro detalhe é que todos os lados de um objeto são visíveis ao mesmo tempo, não sendo necessário mudá-lo de posição. É impossível a qualquer pessoa no plano astral ocultar seus sentimentos a quem sabe utilizar a visão astral, pois ela penetra no mais profundo da pessoa, tornando-a transparente, pelas cores geradas.

No corpo mental a visão opera de forma análoga à astral, numa escala muito mais elevada. Com a visão do corpo mental superior, o homem consegue ver a essência das grandes massas de matéria mental que atuam sobre a humanidade e entender seu envolvimento com a matéria astral e os efeitos no seu comportamento. Só assim poderá realmente compreender os problemas da humanidade.

No plano búdico, o Mestre chama a visão de visão divina. Porque essa expressão? Simplesmente porque a vida física efetiva do nosso Logos, portanto nosso DEUS, manifesta-se realmente a partir do plano búdico, uma vez que os três planos inferiores não constituem princípios para ELE.

Portanto com a visão do corpo búdico, o homem começa a ver a beleza do corpo físico cósmico do Logos, DEUS, sendo realmente visão divina. Para tanto já deve ter recebido a quarta Iniciação, da Renúncia. Quem já tem a segunda e começou a coordenar seu corpo búdico, pelo uso sistemático da capacidade analítica da mente, como diz o Mestre Tibetano, tem vislumbres dessa Vida e isso é suficiente para estimulá-lo a prosseguir com mais ímpeto, acelerando assim sua evolução, uma vez que crê, porque viu diretamente. As particularidades e os detalhes são indescritíveis por palavras, pois faltam termos de comparação na linguagem humana.

O Mestre chama a visão no corpo átmico de realização e compreensão, definindo assim: "Reconhecimento da necessária triplicidade para a manifestação e a ação reflexa do eu e do não-eu". Com essas palavras Ele resume o que realmente é a visão átmica, em termos de perfeição desse sentido, como sempre perfeição relativa, porque há mais conquistas.

É realização, porque, com a visão átmica plenamente desenvolvida, o homem consegue realizar a meta. É compreensão, porque, pelo enorme poder de discriminação e síntese da visão átmica, o homem simultaneamente vê as muitas diferenciações entre os eu´s, gerando a multiplicidade de relações entre eles e sua ação recíproca, provocando a existência do eu e do não-eu e a sequência de interações entre eles, que enriquece cada eu de experiência. Com isso cada eu cresce em poder, sabedoria e inteligência, passando a se ver nos outros eu´s, até que vê o UNO em todos e todos no UNO.

Dessa forma a visão átmica permite entender a necessidade da existência da diferenciação (eu e não-eu) e de sua relação, constituindo a triplicidade, para que a manifestação possa ocorrer.

Entende porque vê todo o processo em seus mínimos detalhes, uma vez que o plano átmico é um plano de síntese.

Voltaremos a falar sobre esse sentido do corpo átmico, ainda dentro do tema Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais. Pedimos a todos que reflexionem, meditem, utilizem-se bastante das analogias e tirem conclusões, pois só assim conseguirão estimular os neurônios e construir linhas de comunicação com a mente superior, obtendo inspiração (insight), que facilitará o entendimento. Fazendo isso, estarão ao mesmo tempo estimulando os sentidos imaginação (paladar do corpo astral), discriminação (paladar do corpo mental), idealismo emotivo (olfato do corpo astral), discernimento espiritual (olfato do corpo mental) e intuição (paladar do corpo búdico).

No próximo estudo falaremos do paladar e do olfato, ainda dentro do mesmo prisma do Mestre Tibetano.

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Estudo 057

O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - paladar e olfato (Continuação) (Páginas 184 e 185 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Iremos discorrer neste estudo sobre o paladar e o olfato, esses dois sentidos derivados do tato e que interferem-se mutuamente com predomínio do olfato. São os mais importantes no atual Sistema Solar, por serem expressões do objetivo do Logos Solar para essa Sua encarnação: Amor-Sabedoria-Razão Pura.

Mestre Tibetano diz que o paladar dá ideia de valor, para se escolher o que é melhor. Na realidade no corpo físico ele nos informa o que mais nos agrada e dá prazer, não só na área dos alimentos, como com qualquer coisa que entre em contacto com a língua.

Assim o homem começa a discriminar materialmente, selecionando o que lhe parece de mais valor. Pelo tato ele aprendeu a diferenciar quanto ao conceito de dimensão, contextura, suavidade ou aspereza e temperatura. Pelo paladar a diferenciação refere-se a outro conceito, o de agrado, que no corpo físico é o que ele considera de valor.

No corpo astral o paladar é chamado de imaginação pelo Mestre Tibetano. Se analisarmos os sinônimos da palavra imaginação, fantasia e devaneio, perceberemos claramente a analogia entre o sentido astral e o paladar físico. Pela imaginação o homem encontra deleite, imaginando aquilo que mais lhe agrada e dá prazer. Assim ele discrimina o que acha que tem mais valor e seleciona. Um desencarnado, vivendo no plano astral, usando a imaginação, pode simular o paladar físico. No entanto como o mecanismo astral é diferente do físico, a sensação astral será diferente.

A gama de diferenciação do paladar astral (imaginação) é muito maior, como também a sensação.

No corpo mental o paladar é denominado discriminação pelo Mestre. Pelas propriedades da matéria mental e dentro do conceito de valor, esse sentido do corpo mental leva à consciência subsídios para que o melhor valor seja escolhido. Esse melhor valor significa aquilo que é mais correto, o mais adequado e o mais útil. É o que é chamado na linguagem comum de bom senso, discernimento e viveka na linguagem do ioga. Para isso é necessária grande capacidade de perceber detalhes, não apenas físicos, mas em termos de consequências e efeitos. É a aproximação da Sabedoria, somente aproximação, sendo um estágio para a intuição.

Na discriminação são percebidas as muitas diferenciações entre o eu e o não-eu, dentro da dualidade, mas já é feita a abstração dos conceitos e das ideias.

No corpo búdico o paladar é a intuição, esse sentido que permite ver a unidade através das diferenciações e cujo desenvolvimento confere a seu possuidor a capacidade de realmente se unir com os outros eu´s, sendo bem distinta da faculdade de fazer contacto com eles. De fato pode haver o contacto sem a união. Pela intuição é possível entender um fenômeno qualquer da natureza, vendo simultaneamente cada parte atuando e todas as suas ações recíprocas, como um todo. Não é como na análise mental, em que cada parte só pode ser vista separadamente. Nada tem a ver com a premonição, como muitos erroneamente pensam.

Essa capacidade é muito rara hoje em dia, quando prevalece o intenso egocentrismo, devido à identificação com a forma, embora necessária, mas que deve ser rechaçada posteriormente.

Pelo despertar do paladar búdico, a intuição, são feitas distinções cada vez mais sutis, até se alcançar o âmago da nossa verdadeira natureza, por meio das formas.

No corpo átmico o paladar é chamado perfeição e o Mestre assim descreve: "Evolução que se completa utilizando o não-eu e sua lograda suficiência".

Analisemos essas palavras. Por meio das interações e dos relacionamentos entre eu e não-eu, o eu evolui na direção da meta, servindo-se dos sentidos dos diversos corpos, do físico até o átmico, onde está a meta da cadeia. No plano átmico as diferenças são muito mais sutis que no búdico, na área do paladar. Como cada eu é não-eu para os outros eu´s, todos na realidade ajudam-se no processo evolutivo, mesmo não tendo consciência disso nas fases iniciais. Assim, no plano átmico, aqueles que conseguem alcançá-lo (quinta Iniciação, da Revelação), completam sua evolução (a programada), com a ajuda do não-eu, que também consegue a suficiência, porque chega ao topo. Todavia, mais uma vez repetimos, a caminhada prossegue para picos mais altos e grandiosos. A prova é que a quinta Iniciação é chamada a Revelação, porque no ato são revelados ao Iniciando os sete caminhos, dos quais Ele terá de escolher um na sexta Iniciação, da Decisão. Esses caminhos nada mais são que cursos de treinamento, para o desenvolvimento de qualidades e poderes, sobre os quais é muito cedo para falarmos.

Vejamos agora o olfato. Subsidiário também do tato, porque exige o contacto com a molécula portadora do odor com as células olfativas. A ideia básica desse sentido é a de qualidade inata, que permite saber o que é da mesma qualidade ou essência e assim atrair, deixar-se atrair ou repelir.

O olfato físico é um sentido muito importante para o homem. Sua segurança depende dele em grande escala. Por ele podemos perceber se um ambiente é mortífero, como uma sala repleta de gás venenoso, como o de cozinha. Sabemos por ele de imediato se um alimento está deteriorado, antes de levá-lo à boca e usar o paladar. Por isso é regido pelo centro básico, que também rege o sistema imunológico.

O olfato interage com o paladar e na sensação do gosto ele tem papel predominante. É por isso que quando a pessoa está resfriada e com olfato reduzido, perde o paladar. Na maioria das pessoas a quantidade de sabores básicos percebidos é em média de cinco, ao passo que os odores são em número de vinte mil em média.

Pelo olfato sentimos prazer, quando o cheiro nos agrada. É fortemente utilizado nas relações sexuais, sendo fator estimulante ou repelente. No reino animal também tem suma importância.

Existe uma poderosa indústria que explora o olfato, a de perfumes.

Esse sentido, quando desperto e plenamente ativo no corpo átmico, conduz o homem à sua fonte de origem, o plano arquetípico (o átmico), sua verdadeira morada. Pelo hábito de perceber as diferenças, surge uma divina nostalgia, como diz o Mestre, no coração do Peregrino (a Mônada enclausurada), pela saudade de seu local de origem. Pelas comparações que faz, ao notar as diferenças pelo uso dos outros sentidos, aprende a identificar as vibrações, inclusive a do seu lar, usando-se aqui uma certa flexibilidade de expressão. Essa capacidade é a equivalência espiritual do sentido que, em alguns animais como o pombo correio, as aves, as tartarugas e outros, orienta-os no retorno ao local de reprodução.

Resumindo, é a captação da vibração essencial do Eu e o rápido retorno por esse instinto ao ponto de origem.

No corpo astral o olfato é chamado idealismo emotivo. O que quer dizer essa expressão? A função do olfato é perceber diferenças nas qualidades, ora como toda qualidade contém ideias, cuja soma a define e caracteriza e essas ideias manifestam-se no plano astral como vibrações específicas, o olfato astral é capaz de captar essas vibrações e levá-las à consciência astral como ideias que dão a sensação de qualidades.

Como acontece com o paladar astral (a imaginação), um homem desencarnado pode ter a sensação de um odor físico, porque esse odor permanece em sua memória astral. Mas não é esse o objetivo principal.

Também a gama de odores astrais (ideias) é muito maior que a de odores físicos, pois é muito importante que a capacidade discriminatória aumente cada vez mais.

No corpo mental o olfato é discernimento espiritual. Discernimento espiritual é a capacidade de captar diferenças dentro das qualidades, como vibrações, para que, ao serem levadas à consciência mental e serem identificadas, o Eu possa aperfeiçoar a qualidade que ele quiser, uma vez que fica de posse dos detalhes necessários. Como é fácil de observar, em duas pessoas com a mesma qualidade, encontraremos diferenças nessa qualidade, por mais idênticas que sejam as pessoas. Essa análise baseia-se no conceito de unidade de qualidade, ou seja, a qualidade é decomposta em partes.

No corpo búdico o olfato é o idealismo. É análogo ao idealismo emotivo do corpo astral, com a diferença de que as ideias componentes das qualidades são em número muito maior e já está presente a percepção da unidade.

Não é difícil entender que no plano búdico a quantidade de ideias que formam qualidades constitui um verdadeiro oceano, se considerarmos que é nesse plano que começa o corpo físico cósmico do Logos Planetário.

No corpo átmico o Mestre chama o olfato de conhecimento perfeito e o define com estas palavras:" O princípio manas (mente) em sua atividade discriminadora, aperfeiçoando a inter-relação entre o eu e o não-eu ". É no plano átmico que a mente atinge sua máxima capacidade discriminadora, conseguindo detectar as mínimas diferenças nas qualidades, utilizando esse sentido. Assim a mente consegue saber todas as possibilidades de diferenciação das qualidades e, dessa forma, passa a conhecer todas as essências, nos mínimos detalhes e conclui com toda clareza que por dentro de toda essa variação jaz soberano o UNO. É o ápice e a otimização do olfato, em seu significado mais elevado e profundo. Com o seu aperfeiçoamento o homem atinge o alto da montanha, ou seja, a meta da nossa cadeia, que todos devemos alcançar.

Vimos como é importante aplicar a mente aos sentidos, usando seu poder de análise, cujo objetivo é desenvolvê-la ao máximo, para que, através da mente aperfeiçoada, o Amor-Sabedoria-Razão Pura possa se expressar em toda a sua glória e excelsitude.

Continuaremos com esse estudo, a seguir, dando ênfase aos centros e aos fogos, em sua relação com os sentidos.

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Estudo 058

O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Final) (Página 185 à 189 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Antes de prosseguirmos com o nosso estudo, é muito oportuno e importante enfatizar as recomendações e palavras do Mestre Tibetano, dentro do atual contexto, para o que transcrevemos suas palavras, em português: "Ao considerar este tema, perceber-se-á a vasta região abrangida pelas ideias envolvidas, pois significa o completo desenvolvimento evolutivo do ser humano. Todavia, tudo o que se pode fazer aqui ou em qualquer outra parte, é dar ideias para serem refletidas cuidadosamente e realçar certos conceitos, que poderão servir como pensamentos fundamentais para a futura atividade mental da geração imediata".

Analisemos atentamente essas palavras do Mestre, o que Ele tanto recomenda que façamos. A utilização e o aperfeiçoamento dos sentidos de todos os corpos previstos para a meta atual é a chave da evolução. Porque? Simplesmente porque pelos sentidos adquirimos conhecimentos do universo manifestado e de nós mesmos, entendemos nossos semelhantes e os reinos inferiores, pelo raciocínio aprendemos a servir, pois entendemos claramente que, ajudando os outros, estamos ajudando a nós mesmos, já que passamos a nos ver nos outros e, o que é muito precioso, estamos aliviando o fardo da Hierarquia.

Quanto às palavras " ideias para serem refletidas..." , nós somos a geração imediata, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito por volta de 1925 e estamos em 2004. Logo é nosso dever refletir, meditar, comparar e tirar conclusões desses excelsos ensinamentos do Mestre, aplicá-los e divulgá-los ao máximo. Esse é um serviço útil à humanidade e à Hierarquia, porque só mudaremos a mentalidade reinante pelo ensino e pelo raciocínio lógico. Esse é o verdadeiro amor: esclarecer as mentes e libertá-las dos preconceitos, quaisquer que sejam, incluindo os religiosos que pregam a separatividade e, às vezes, dificultam o progresso da ciência. Não é o amor piegas ou cegamente devocional, que muitos apregoam. É o amor que, através do conhecimento, desperta a dignidade e libera. Não basta a simples afirmação de que Deus está dentro de nós. Só o autoconhecimento dá a certeza de que de fato Deus está dentro de nós. Como o conhecimento dá a convicção serena, aqueles que gritam e berram afirmações religiosas não têm certeza nenhuma.

Passemos ao estudo. Façamos inicialmente algumas considerações úteis:

a. Nessa parte do livro foram tratados os sentidos, porque eles se ligam à forma material. Os cinco sentidos, tais como os conhecemos, são os meios de contacto construídos pelo Pensador (polarizado em seu corpo etérico, quanto ao corpo físico). Eles se manifestam pelas células sensitivas especializadas, pela rede nervosa (os condutores da informação), neurônios, gânglios e plexos, reconhecidos pela ciência exotérica.

b. Que tais sentidos, para os propósitos da atual manifestação, têm seu ponto focal no plano astral e, consequentemente, são estimulados em grande parte pelo plexo solar - esse grande ponto focal situado no centro do corpo, agente que estimula a maioria da família humana na atualidade.

c. À medida que o triângulo superior entra em ação e a polarização se eleva aos centros superiores, os sentidos do corpo mental entram em atividade e o homem passa a ser consciente nesse plano e nele atuar com desembaraço, tão bem quanto no físico e no astral. Quando a polarização é transferida da personalidade para o Ego ou corpo causal, ou seja, do corpo mental inferior para o causal, que é constituído pelos três subplanos superiores do mental, observamos um interessante reflexo dessa divisão no corpo físico.

De fato abaixo do diafragma estão os centros:

1. o básico
2. o baço
3. o sacro
4. o umbilical ou plexo solar.

Esses correspondem aos quatro subplanos inferiores do corpo mental, chamados em conjunto de corpo mental inferior ou concreto.

Acima do diafragma temos:

1. o cardíaco
2. o laríngeo
3. o coronário.

Esses correspondem aos três subplanos superiores do mental e constituem o corpo causal, mental superior ou abstrato.

Semelhantemente temos no microcosmo (o homem) a Tríade Superior separada do quaternário inferior (corpos físico, astral, mental e personalidade).

Reflitamos sobre essa analogia e assim elucidaremos a ação reflexa entre os centros e os sentidos, desde os diversos corpos, tendo em conta que, a medida que os centros vão despertando, o processo será triplo:

Primeiro- o despertar no plano físico e a atividade crescente dos centros, até alcançar o caminho de Provação. Isto ocorre em paralelo com o uso aumentado dos sentidos, em particular a utilização constante para identificar o Eu e seus corpos.

Segundo- o despertar no plano astral e o aumento gradual da atividade dos centros e sentidos astrais, até alcançar a primeira Iniciação. Isso ocorre simultaneamente com o uso extraordinariamente acentuado dos sentidos para discriminar o Eu e o não-eu.

Terceiro- O despertar no plano mental e a consequente atividade acelerada dos centros e sentidos mentais. O efeito em ambos os casos tende a identificar o Eu com sua essência em todos os grupos e a rechaçar os envoltórios e as formas.

Esse desenvolvimento é paralelo entre os corpos superiores (búdico e átmico) e inferiores. Quando os centros e sentidos do corpo astral se tornam plenamente ativos, os correspondentes centros e sentidos do corpo búdico vão despertando e entrando em atividade, culminando com uma mútua interação vibratória e a força da Tríade Superior (na realidade a força da Mônada atuando pelo átomo búdico permanente da Tríade) começa a se expressar de forma clara pela personalidade, através do corpo astral, ou seja, pelos sentimentos e pelas emoções, o aspecto amor. O modo dessa manifestação depende das pétalas do Loto Egoico que estão abertas.

Igualmente quando os centros do corpo mental se tornam quadridimensionais e os sentidos mentais plenamente atuantes, os centros e sentidos correspondentes do corpo átmico despertam e o homem começa a ter consciência no plano átmico. Então o aspecto Vontade da Mônada começa a se expressar, via átomo átmico permanente da Tríade Superior, no corpo mental e na personalidade. O modo também depende das pétalas do Loto Egoico que estão ativas.

Com isso uma maravilhosa atividade ígnea tem lugar nos três corpos inferiores. Sob o ponto de vista do fogo, sem considerar no momento a aura e as suas cores, esses fatos indicam de forma bem definida uma etapa no processo evolutivo do homem:

a. A vivificação do calor interno dos envoltórios ou corpos, ou do pequeno ponto de fogo em cada átomo individual da matéria. Este processo ocorre nos três corpos inferiores, no princípio lentamente, logo mais rápido e finalmente de forma simultânea e sintética.

b. O início da atividade latente dos sete centros de todos os corpos, começando do físico para cima, o prosseguimento dessa atividade, corpo a corpo, com a consequente ativação dos sentidos, até o corpo átmico, para culminar com a perfeita coordenação e inter-relação centro a centro, de tal forma que no Adepto perfeito são vistos trinta e cinco (7 centros X 5 corpos) vórtices de fogo, em uma interatividade exatamente coordenada e com uma irradiação e fulgor exuberantes.

c. Os vórtices de fogo (centros) conectam-se entre si em grupos de três, formando triângulos, em cada corpo, de tal forma que são vistas bolas ígneas ligadas por tramas de fogo (os condutores das partículas portadoras dos fogos, os três canais fundidos). Cada bola de fogo ondula com movimentos multidimensionais, pois são em número altíssimo as informações e qualidades processadas e não devemos esquecer que os centros são responsáveis pelos sentidos e pela veiculação das energias da Mônada. Por isso é verdadeira a afirmação de que os Filhos da Mente são Chamas.

d. Somente quando a Vontade, que de fato representa o Espírito, começa a atuar, é que os centros se aceleram para a perfeição. É o fogo solar ou da mente que une os centros, formando os triângulos unificadores, enquanto o fogo por fricção ou da matéria mantém a forma unida e coordenada. Então temos o fogo elétrico (da Vontade) acelerando para a perfeição, o fogo solar formando os triângulos e o fogo por fricção unindo a matéria para a forma, donde se conclui que Espírito, mente e matéria se interdependem e o resultado é a sintonia exata dos três fogos.

e. O tema dos centros aplicado aos Homens Celestiais (Logos Planetários) nos conduz a interessantes deduções, com base na Lei da Analogia. Eles também possuem mecanismos de percepção ou sentidos, pelos quais captam informações de seu ambiente cósmico e assim evoluem em direção a uma meta estabelecida. A natureza dessas informações é muito complexa para o nosso atual entendimento. Mas os Logos também têm suas deficiências e lutam para eliminá-las. Como nós, possuem mecanismos de ação, pelos quais se relacionam entre si. Os Logos Planetários manifestam-se através de um esquema de sete cadeias, sendo cada cadeia uma encarnação. Foi dada indevida importância ao planeta físico de uma cadeia, embora nem todas as cadeias tenham planeta físico, o que tirou um pouco da importância da cadeia como um todo, ou seja, todos os globos de uma cadeia são igualmente importantes. Uma cadeia pode ser vista como um centro de um Homem Celestial. Embora elas se sucedam no tempo para nós, contudo para Eles a visão das sucessivas cadeias é bem diferente, elas se comportam como se estivessem sempre presentes. Por exemplo, o nosso Logos Planetário, para nós, está na quarta cadeia. Mas Ele vive os efeitos das três cadeias anteriores no seu contínuo presente e assim podemos conceber uma cadeia como um centro. É também correta a concepção de Egos formando centros de um Homem Celestial, todavia somente para os planos búdico, átmico e monádico. Como vemos, a concepção dos centros dos Logos Planetários é muito mais complexa e abrangente.

Chamamos a atenção para um fato importante: os sete Homens Celestiais estão encarnados fisicamente, através de um planeta físico. No caso do nosso Logos é a Terra e SANAT KUMARA é seu representante, melhor dizendo, a extensão na Terra da sua Consciência.

Da mesma forma com que o carma dos homens varia de um para outro, o carma dos Logos também varia. O nosso Logos Planetário está com um carma muito pesado, atualmente oculto no mistério da sua personalidade. Apenas como indício muito vago, sabemos que a sua cadeia anterior, a lunar, não foi até o fim previsto, tendo sido desintegrada por intervenção do próprio Logos Solar, devido a um erro do Logos, erro esse sem possibilidade de correção.

Concluindo, a manifestação dos Logos Planetários difere, em função do grau de atividade dos centros. Esse campo de estudo é extenso, complexo e de grande interesse em relação ao Sistema Solar, porque os sete Logos Planetários constituem centros no corpo do Logos Solar, ficando portanto evidente a importância do estudo, em termos de se saber o nível de evolução do Logos Solar, entre muitas outras informações de grande utilidade para a humanidade. Em se tratando do Sistema Solar, achamos muito louvável o esforço dos cientistas em conhecer o sistema por meio de naves e sondas espaciais, mas é muita presunção pretender colonizar planetas.

No próximo estudo entraremos no tema Os Centros e a Iniciação, de grande relevância.

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Estudo 059

Os Centros e a Iniciação (Páginas 189, 190 e 191 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Após termos dissertado sobre a relação entre os centros e os sentidos, entraremos agora nos efeitos da Iniciação sobre os centros. Informaremos ainda muita coisa sobre os sentidos no decorrer dos nossos estudos, quando a relação se fizer presente e for útil no dia a dia no mundo físico.

O que iremos explicar é da mais profunda importância e utilidade, em termos de noções do processo iniciático, seu efeito nos centros e o que resulta na personalidade. É ponto pacífico que quanto mais conhecimentos tivermos sobre as Iniciações, mais estímulo teremos para a conquista da meta, pois veremos e entenderemos claramente o que está à nossa frente e não agiremos mais às cegas.

Foi feita uma breve explanação sobre a função, organização e atividade gradativa dos centros, desde a lentidão inicial até o máximo de movimento. A partir daí os múltiplos movimentos da periferia, dos vórtices internos chamados pétalas e de todo o conjunto produzem um efeito multidimensional. Isto é devido ao alinhamento entre os centros etéricos e os sutis, na sequência: astral - mental - búdico - átmico.

Tal alinhamento é obtido oportunamente na Iniciação. Quando o homem, por esforço próprio, pelo conhecimento e pela vontade de servir consciente e sabiamente, põe os centros em atividade, então ele faz jus à primeira Iniciação.

Neste sagrado momento, os quatro centros inferiores (básico, baço, sacro e umbilical, correspondentes à personalidade) iniciam a transferência dos fogos para o triângulo superior. Como já vimos, nessa etapa evolutiva o triângulo que vai ser estimulado é o constituído pelo cardíaco, laríngeo e os sete centros da cabeça. Na fase imediatamente anterior (do homem intelectual, parcialmente regido pela Alma) o triângulo ativo era cardíaco-laríngeo-os quatro centros menores da cabeça sintetizados pelo alta maior.

Deve ficar bem claro na mente de todos a diferença entre estar ativo e ter os movimentos multidimensionais.

A dupla rotação dos centros inferiores é nitidamente visível (periferia e pétalas) e os centros do triângulo superior iniciam essa dupla rotação

Quando o Cetro da Iniciação é aplicado ao Iniciado pelo Sr. Maitreya, ocorrem certos efeitos nos centros, que assim descrevemos:

a. O fogo tríplice contido no básico e em circulação é transferido definitivamente para o centro que é objeto de atenção especial, o que varia conforme o raio ou o trabalho especial a cargo do Iniciado. Por exemplo, se o Iniciado deve fazer um trabalho na área da inteligência, então o centro estimulado será o laríngeo, se for na área que requeira unicamente o amor, será o cardíaco, se houver predominância de raios pares, será o cardíaco ou um centro da cabeça de número par, se prevalecerem os raios impares, então será o laríngeo ou um centro da cabeça de número impar. Essa transferência significa que o centro escolhido é o estimulado primeiro, mas os fogos ficam circulando pelos outros dois do triangulo, uma vez que todo o triângulo tem de atingir o máximo de atividade.

b. Esse centro escolhido imediatamente intensifica sua atividade, aumentando com isso sua taxa de evolução e entram em atividade determinadas pétalas ou vórtices dele. Essas pétalas têm relação direta com certas espirilas dos átomos permanentes e, em consequência, elas também entram em atividade crescente, acontecendo isso nos átomos permanentes físico e astral e na unidade mental, porque o estímulo ocorre nos centros dos três corpos inferiores. Após a terceira Iniciação, pelo estímulo dos centros dos corpos búdico e átmico e sua consequente ação nas espirilas dos átomos búdico e átmico, os corpos correspondentes passam a ser coordenados e utilizados pela Mônada, intensificando-se também os sentidos desses corpos, com um grande incremento da intensidade de vida. A polarização então passa a ser superior.

c. Pela aplicação do Cetro da Iniciação a afluência da força do Ego ou Alma à personalidade é triplicada. A direção dessa força depende de qual seja a Iniciação. Se for a primeira, são os centros etéricos, se a segunda, são os do corpo astral, que influenciam os correspondentes etéricos, se for a terceira, são os corpo mental. Quando o Iniciador é o Instrutor do Mundo, o Sr. Maitreya, nas primeira e segunda Iniciações, a força da Tríade Superior vivifica os centros cardíaco e laríngeo e é extraordinariamente aumentada a capacidade de sintetizar a força dos centros inferiores. Quando o Iniciador é o Senhor do Mundo, a partir da terceira Iniciação, a afluência da força provém da Mônada e, embora os centros cardíaco e laríngeo respondam a ela incrementando mais ainda sua atividade, a direção principal da força é para os sete centros da cabeça. Finalmente, na liberação (quarta Iniciação) a força da Mônada se dirige para o irradiante centro coronário, que sintetiza os sete centros menores da cabeça.

d. Nas Iniciações o grande aumento do poder e da capacidade de vibração dos centros provoca na vida física do Iniciado os seguintes efeitos:

Primeiro - Maior refinamento e sensibilidade dos corpos, o que no início gera sofrimento, porém a capacidade de responder aos contactos anula esse sofrimento incidental.

Segundo - O despertar e desenvolvimento das faculdades psíquicas, o que também produz mal estar transitório, mas com o tempo leva ao reconhecimento do Eu Uno em todos os eu´s, meta do esforço.

Terceiro - A fusão ou sintonia dos três fogos, elétrico, solar e por fricção e sua correta progressão geométrica através da trama etérica. Isto permite adquirir continuidade de consciência. Inicialmente essa consciência é entre a consciência física e astral, mas com o tempo atinge o consciência mental. Então o Iniciado passa a ter consciência simultânea nos três mundos e assim torna-se capaz de utilizar o tempo como fator para os planos da evolução.

Quarto - A crescente compreensão da Lei de Vibração como um dos aspectos da Lei básica de construção (uso do som como construtor e como destrutor). Em decorrência o Iniciado aprende a construir conscientemente, a manipular a matéria mental para aperfeiçoar os planos do Logos, a trabalhar com a essência elemental mental e a aplicar a lei nos subplanos mentais, afetando o plano físico (o que constitui um grande perigo, caso o mago das trevas pudesse ter acesso). O movimento ou vibração (oscilação) origina-se nos subplanos mentais cósmicos, seguindo a mesma ordem no microcosmo. Existe aqui uma informação velada muito importante, que pode revelar muita coisa, se houver a devida meditação e reflexão sobre o assunto, com os devidos cruzamentos de informações. No exato momento da aplicação do Cetro de Iniciação, o Iniciado entende conscientemente o significado da Lei de Atração na construção de formas e na síntese dos três fogos. O poder e o progresso do Iniciado dependerão de sua capacidade de reter essa compreensão e de aplicar a lei. Essa capacidade de reter será grande se o Iniciado estiver habituado a prestar atenção aos sentidos no dia a dia, a meditar continuamente, mesmo no tumulto das multidões, a buscar continuamente conhecimento, a cruzar informações e a tirar conclusões. É por isso que a Hierarquia toma muito cuidado ao selecionar o candidato à Iniciação.

e. A aplicação do Cetro de Iniciação provoca um novo despertar nos três fogos da matéria (reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo) e os sintoniza em maior profundidade e guia em progressão ascendente. Há também a ação do fogo solar, da mente, que tem de dominar e se sintonizar com os três da matéria, incrementados pelo Cetro, que os dirige por certas rotas e triângulos. Existe uma razão esotérica precisa, de acordo com as Leis da Eletricidade, atrás do fato bem conhecido de que todo Iniciado que se apresenta ante o Iniciador vai acompanhado por dois Mestres, um de cada lado. Os três juntos formam um triângulo que facilita o trabalho. Por essas informações do Mestre concluímos que a Iniciação é um fenômeno que envolve eletricidade, da qual a nossa eletricidade comum é uma expressão, sendo a eletricidade atmosférica (a solar), que atua nas nuvens de trovoada (cúmulo-nimbo), outra expressão, possuindo por sua vez um comportamento muito característico, como já foi comprovado pelos grupos de cientistas que pesquisam o assunto, no mundo inteiro. Essas nossas conclusões finais, aparentemente sem conexão com um tema tão elevado, como a Iniciação, têm sua razão de ser, pois é um estímulo para que usem a Lei de Analogia, façam comparações e tirem conclusões, pois só assim é que terão uma visão clara e nítida dos fenômenos ocultos e transcendentes.

Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos continuando com o mesmo tema.

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Estudo 060

Os Centros e a Iniciação (Continuação) (Página 191 à 194 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Continuemos nosso estudo sobre os centros e a Iniciação. Como o Cetro da Iniciação, tanto do Sr. Maitreya, como do Senhor do Mundo, está carregado de eletricidade cósmica, concordamos plenamente com a afirmação do Mestre Tibetano de que a Iniciação é um fenômeno elétrico.

Os Iniciadores, que possuem o Poder, são hábeis no controle da carga elétrica aplicada ao Iniciando. Essa carga é função dos raios e da Iniciação do Iniciando.

O Iniciando sozinho não suportaria a tremenda descarga elétrica e todos os seus veículos sofreriam sérios danos. Não esqueçamos que o fogo elétrico é oriundo do primeiro raio, que ao mesmo tempo constrói e destrói. Vemos isso no mundo físico. Na medicina a eletroterapia cura, mas na cadeira elétrica a eletricidade mata. A manipulação do DNA é por eletricidade.

Por isso no ato da Iniciação existe a formação triangular, os dois Mestres padrinhos e o Iniciando constituem o triângulo. Os dois Mestres são os dois polos necessários para a circulação da corrente elétrica. Um Mestre é o Chohan do raio do corpo em foco na Iniciação. O outro é o Chohan do raio da personalidade. Por exemplo, na segunda Iniciação de um discípulo de primeiro raio de personalidade e de sexto raio de corpo astral (o corpo em foco na segunda Iniciação), os Padrinhos serão os Mestres Morya e Jesus. Há que lembrar que a segunda Iniciação é regida pelo sexto raio e por isso o Mestre Jesus sempre está envolvido nesta Iniciação.

Um discípulo de sexto raio de corpo astral, ao receber a segunda Iniciação sentirá em grau altíssimo os efeitos dessa coincidência de raios: sexto raio de corpo astral e sexto raio regente da segunda Iniciação. Mesmo que, devido ao trabalho a ser feito, seja o laríngeo ou um da cabeça o centro visado, ele terá o cardíaco hiperativado e ficará em estado de graça por vários dias, em consciência física.

Podemos conceber o triângulo iniciático, embora de forma grosseira, como a lâmpada elétrica de filamento de tungstênio. O Iniciador é a origem da corrente, os dois Padrinhos são os polos positivo e negativo e o Iniciando é o filamento que, ao receber a corrente, incandesce e emite luz. Os dois polos também exercem a função de dosar a voltagem ao valor que o Iniciando pode suportar.

Falemos agora dos Cetros da Iniciação. Não devem imaginar os Cetros como coisas físicas. No plano onde ocorre a Iniciação não existe a forma. O Cetro da Iniciação na realidade é um aglomerado de energias muito especiais, à semelhança do depósito de forças do Cristo no plano búdico. Eles são três:

Primeiro - O Cetro do Sr. Maitreya, utilizado nas primeira e segunda Iniciações. Ele é carregado pelo Cetro do Senhor do Mundo, o Diamante Flamígero, carga que se repete cada vez que um novo Instrutor do Mundo assume o cargo.

A cerimônia dessa carga é maravilhosa. O novo Instrutor do Mundo recebe seu Cetro de Poder, o mesmo utilizado desde que se fundou a nossa Hierarquia Planetária e o apresenta ao Senhor do Mundo, que o toca com seu potente Cetro, carregando-o de eletricidade. Essa cerimônia ocorre em Shamballa.

A verdadeira história do Sr. Maitreya, o Cristo, é muito pouca conhecida pela humanidade. Seu verdadeiro valor não é reconhecido, a não ser por aqueles que tiveram a glória de ficar face a face com Ele por duas vezes. Então torna-se impossível esquecê-lo e surge uma vontade inquebrantável de evoluir depressa como Ele. Para terem uma ideia da grandiosidade do Sr. Maitreya, é suficiente saberem que Ele se individualizou na raça lemuriana. Em todo o Sistema Solar foi o homem que mais depressa evoluiu, ultrapassando muitos que já vieram individualizados da cadeia lunar. Jamais foi superado por quem quer que seja nessa velocidade de evolução. Por isso chamou a atenção do Logos Solar e do Logos de Sírius. Muito mais será dito a seu respeito no decorrer dos nossos estudos.

Segundo - O Diamante Flamígero, o Cetro de Poder do Senhor do Mundo, utilizado a partir da terceira Iniciação, da Transfiguração. O Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, é conhecido na Bíblia como o Ancião dos Dias. Este Cetro nas Iniciações finais (sexta e sétima) transmite força elétrica extrassistêmica, por conduto do próprio Logos Solar. É o Cetro empregado na Terra. Está guardado no "Oriente", como diz o Mestre Tibetano e retém o poder latente que irradia a Religião da Sabedoria. O próprio Sr. SANAT KUMARA o trouxe ao tomar forma física na Terra há 18 milhões de anos. No início de cada período mundial, quando um novo Senhor do Mundo assume o cargo, esse Cetro é carregado pela ação direta do Logos Solar. O local onde fica guardado só é conhecido pelo próprio Senhor do Mundo e pelos Chohans de Raio. Por ser o talismã da evolução da Terra, o Chohan do segundo raio, Mestre Kutumi, é seu principal guardião, abaixo do Senhor do Mundo, ajudado pela Deva Regente do plano monádico. Os Budas de Atividade são também responsáveis pela sua custódia, juntamente com os Chohans de Raio, a Eles subordinados. Ele não é utilizado unicamente nas Iniciações, mas em certas funções relacionadas com a ronda interna e com o triângulo formado pela Terra, Marte e Mercúrio.

Terceiro - O Cetro de Iniciação do Logos Solar, denominado, entre outros nomes, como o "Sétuplo Fogo Flamejante". Foi confiado ao nosso Logos Solar pelo Logos de Sírius e enviado ao nosso Sistema desde essa estrela binária. Uma de suas finalidades é ser utilizado em casos de urgência. Nunca foi empregado com esse propósito na atual cadeia, embora tenha estado perto por duas vezes, uma na época atlante e outra no terceiro ano da última guerra mundial. É também usado para Iniciação dos sete Logos Planetários em níveis cósmicos e para Iniciação de grupos, algo ainda quase incompreensível para a humanidade. Ele á aplicado aos centros dos Homens Celestiais, de modo semelhante aos Cetros menores aplicados aos centros humanos, sendo todavia o efeito numa escala muito maior. Na realidade este assunto tão complexo não concerne ao homem. Mestre Tibetano entrou nele, porque ficaria incompleta a enumeração dos Cetros. Mas serve para demonstrar a maravilhosa síntese do conjunto e o lugar do nosso Sistema dentro de outro esquema maior. Em todas as coisas cósmicas regem a lei e a ordem perfeitas. As ramificações do Plano Divino são percebidas em todos os planos e subplanos. Este Cetro, o maior de todos, está sob a custódia do primeiro grande grupo de Senhores do Carma. A sua carga elétrica é de níveis cósmicos muito elevados. Os outros dois Cetros menores são carregados com eletricidade diferenciada. O Cetro Solar está guardado no Sol e é carregado somente no início do período de cem anos de Brahma, ou seja, no início do Sistema Solar.

A razão de se tratar dos Cetros de Poder é que eles têm relação com os centros, vórtices de força da matéria e(embora canais para a força espiritual ou centros em que se expressa a "vontade de ser") se manifestam como atividade da matéria.

Eles são os centros da existência e assim como na manifestação os dois polos, Espírito e matéria, não podem se separar, igualmente é impossível aplicar o Cetro na Iniciação sem produzir efeitos definidos entre ambos. Não podemos esquecer que o fogo cósmico da matéria se divide em fogo da matéria/elétrico, fogo da matéria/solar e fogo da matéria/da matéria.

Os Cetros são carregados com Fohat, que é fogo da matéria e também fogo elétrico, daí seu efeito sobre a matéria e o Espírito. Há também o aspecto solar, que é o relacionador.

Não é possível explicar este mistério com maiores detalhes, porque os segredos da Iniciação não se podem revelar.

O que foi dito sobre esse tema significa muito, nunca tendo sido tratado antes, embora alguns já tenham ouvido falar dessas coisas.

Muito mais será dito sobre as Iniciações ao longo dos nossos estudos, inclusive sobre os Cetros, uma vez que o objetivo é que, pela assimilação das informações aqui passadas e devidamente aplicadas no dia a dia, o maior número possível de pessoas adquira condições e se qualifique para atravessar o Portal Iniciático.

No próximo estudo entraremos na seção F da primeira parte do livro, a Lei de Economia, que é bem curta. Após estaremos na parte mais importante, mais extensa e mais complexa do livro, que trata do Fogo Solar, o fogo da mente. Lembramos que a compreensão dessa segunda parte depende fundamentalmente da perfeita assimilação do conteúdo da primeira parte.

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Estudo 061

A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (Da página 195 à 197 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Entraremos agora num assunto que esclarecerá muito a execução e o desenvolvimento da obra do Terceiro Logos, denominado Atividade Inteligente. O Logos Solar é um só, mas na construção do seu corpo físico cósmico, que vai servir de mecanismo para que expresse e desenvolva ao máximo sua qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura, Ele utiliza sua Mente (Manas). Isso Ele faz estabelecendo e seguindo a Lei de Economia, que consiste em obter o máximo de rendimento e aproveitamento, com um mínimo de gasto ou custo, usando o material disponível.

Material disponível sim, porque Ele o recebe do Logos Cósmico ao qual está subordinado.
Nessa tarefa Ele convoca Seres Cósmicos a Si ligados e sob seu comando, para materializarem o projeto que Ele concebeu, desenvolveu e amadureceu.

Embora nessa tarefa prevaleça o aspecto Mente ou Manas, ela se divide em três partes, que são: Inteligência Ativa, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Vontade. Então os três Seres Cósmicos são responsáveis pelas seguintes funções:

• Inteligência Ativa pura ou Manas puro,

• Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-Razão Pura

• Inteligência Ativa/Vontade.

Essa tríplice divisão é devida à triplicidade reinante em tudo.

A Entidade Cósmica responsável pela função Inteligência Ativa pura ou Manas puro é chamada Terceiro Logos e é a mais importante na tarefa da parte material.

A outra Entidade responsável pela função Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-Razão Pura é chamada Segundo Logos e chama-se Primeiro Logos Quem cuida da Inteligência Ativa/Vontade.

Esses três Seres, ao executarem essas funções, adquirem experiência, aprendem e assim evoluem. Eles convocam e utilizam uma equipe bem numerosa de outros seres para os ajudarem nesse trabalho, que também adquirem experiência, aprendem e evoluem. Acontece a mesma coisa, numa escala muito menor, com os seres menores que trabalham nos nossos corpos, desde os minúsculos até os mais elevados, sendo que para eles nós fazemos o papel de logos, corroborando a Lei de Analogia: "Assim como em cima, é em baixo".

Todos os três Logos recebem as energias e a orientação do Logos Solar Único, que é sua fonte de vida.

Resumidamente as três funções podem ser assim descritas:

Terceiro Logos - (Aspecto Brahma ou Inteligência Ativa) - Formação dos vórtices na matéria virginal, que serão os átomos primordiais, sua diferenciação, distribuição espacial, qualidade de cada tipo e seu consequente ritmo vibratório e o movimento giratório, comum a todos os átomos. Rege a Lei de Economia, que faz com que a matéria siga a linha de menor resistência, causa da tendência separatista dela.

Segundo Logos - (Aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura, o Construtor) - Atrair a matéria ao Espírito ou à Mônada e aproximá-los paulatina e progressivamente, para que a matéria consiga expressar as qualidades da Mônada, o que significa a fusão dos dois pólos. Surge então a coesão, que leva à formação de conglomerados de átomos, o que produz as diversas formas. Este poder atrativo é do Espírito e se manifesta como:

1. Associação,

2. Construção de formas,

3. Adaptação da forma à vibração imposta pela Mônada, ao expressar suas qualidades,

4. Homogeneidade relativa da unidade grupal, ou seja, no homem o funcionamento global como um ser individual e no Sistema Solar como um Sistema específico e determinado,

5. Movimento cíclico em espiral.

Não segue a linha de menor resistência, mas a de Atração.

A causa da dor e do sofrimento do mundo está no conflito entre o poder de atração da Mônada e a adaptação da matéria às necessidades dela. Como a matéria segue a linha de menor resistência, ela se opõe à atração da Mônada, que a força a se adequar ao que Ela quer, o que significa um esforço maior da matéria e isto gera sofrimento e dor. Portanto sofrimento e dor só existem para a matéria. Mas isso é necessário, até que o homem entenda esse mecanismo e passe a evoluir conscientemente, o que só se torna possível pelo conhecimento, jamais pela fé cega, sendo por isso que o Senhor Buda falou: " A falta de conhecimento é a causa do sofrimento do homem".

Primeiro Logos - (Aspecto Shiva ou Vontade) - A atividade das entidades subordinadas a este Logos induz a unidade forçada e a homogeneidade essencial. É a Lei de Síntese, a última a atuar, após a fusão do Espírito ou Mônada com a matéria e sua adequação perfeita. É a síntese final do eu menor com o Eu maior (personalidade e Ego ou Alma) e finalmente com o Omni-Eu (a Mônada, em diversos níveis).

Em espiral mais elevada sintetiza a essência com a Essência, o que quer dizer, as Mônadas individuais com a Mônada maior, a Solar, no nosso caso, sem perda de identificação. Há graus crescentes de sínteses. Por exemplo, a síntese das Mônadas Solares com a Mônada Cósmica. É diferente da síntese matéria e Mônada.

A atividade do Primeiro Logos se manifesta como:

1. Abstração,

2. Liberação espiritual,

3. Destruição da forma ou corpo, ao retirar a vida da Mônada (o aspecto Destruidor),

4. Homogeneidade e unidade essencial absolutas, de um modo muito mais profundo que no caso do Segundo Logos,

5. Movimento de avanço progressivo.

Nessa atividade conjunta, progressiva e coordenada das três Entidades (os três Logos), gerando as três Leis (Economia, Atração e Síntese), percebemos claramente uma maravilhosa síntese. Cada lei é a personificação do modo de trabalhar de cada Entidade.

Trataremos brevemente da Lei de Economia, ficando as outras duas para outra oportunidade.

Esta lei é o fundamento do que erroneamente os religiosos chamam "a queda" ou a "expulsão do paraíso". Na realidade ela define o processo involutivo, considerado cosmicamente. Produziu a sétupla diferenciação da matéria do sistema (os sete planos), da mesma forma que a Lei de Atração gerou a sétupla diferenciação psíquica dos Filhos da Mente, ou seja, a diferenciação dos Egos ou Almas segundo os sete raios.

Em todo esse processo percebemos uma interessante conexão entre:

• os sete planos ou sete graus de matéria,

• os sete Homens Celestiais (os sete Manasaputras Divinos ou Logos Planetários), que espalham pelo sistema os sete sub-raios de Amor-Sabedoria-Razão Pura, uma vez que Eles são os sete Senhores de Raio para o nosso sistema, portanto irradiam os sete tipos de Amor.

• as sete qualidades da Sabedoria que as Entidades Cósmicas, os Kumaras, introduziram com a ajuda do conhecimento adquirido por meio da matéria. Os Kumaras aqui citados não são os Senhores da Chama provenientes do esquema de Vênus, pois Esses atuaram e atuam apenas na Terra. São Seres que trabalham para expressar as qualidades dos sete raios através da matéria. Como um exemplo disso temos os elementos químicos da tabela periódica, classificados segundo os sete raios. Se analisarmos suas propriedades, perceberemos a veracidade dessa classificação.

A Lei de Economia tem várias leis subsidiárias, que regulam o efeito produzido sobre os diferentes graus de matéria. A ação dessa lei se faz sentir pelos sons emitidos pelo Logos Solar, que obviamente são oscilações ou vibrações impostas por Ele à matéria de todos os planos, desde o adi até o físico.

Essas oscilações têm características de sequências de compressões e rarefações de partículas, chamadas ondas mecânicas pela Física. É por isso que se diz que o som construiu o universo. É um fato claro que, conforme o modo pelo qual essas sequências de compressões e rarefações são realizadas, as partículas se aglutinam e ocupam seu devido lugar no universo organizado.

Vamos parar por agora. No próximo estudo iremos esmiuçar esse assunto, de grande fascínio, todavia muito mal entendido, que leva a atitudes cegas, ou seja, ficar pronunciando sons, sem ter a mínima compreensão de como eles atuam nas partículas das matérias dos planos, em particular nos três planos onde está a maioria da humanidade, físico, astral e mental. É lógico que certos sons induzem bem estar nas pessoas, mas o conhecimento do seu modo de operação dará muito mais poder e eficiência.

Antes de terminarmos, devemos esclarecer uma coisa. Assim como nós somos responsáveis pelos nossos corpos e através deles experimentamos, aprendemos, desenvolvemos qualidades, capacidades e poderes e assim evoluímos, embora inúmeros seres trabalhem nesses corpos, da mesma forma o Logos Solar também é responsável pelo seu sistema e através dele experimenta, aprende, desenvolve qualidades, capacidades e poderes e assim evolui. Há que considerar ainda, o que é muito mais importante, os relacionamentos do Logos com seus Pares, os demais Logos e outros Seres Cósmicos, que não exercem funções de Logos, mas alguns no mesmo nível evolutivo e outros em nível mais elevado. Nós igualmente evoluímos nos relacionamentos com nossas famílias, amigos, chefes, subordinados, enfim, com toda a humanidade e com a natureza.

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Estudo 062

A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (final) e suas Leis Subsidiárias (Da página 197 à 200 do Tratado sobre Fogo Cósmico)

Conforme prometemos, vamos detalhar um pouco a ação do som (ondas sonoras) na aplicação da Lei de Economia e na construção do sistema solar. É dito que a Palavra Sagrada ou o Som emitido pelo Criador tem diferentes formas, embora na realidade seja uma só palavra com várias sílabas. Juntas formam uma frase solar, separadas constituem palavras de poder e provocam diferentes efeitos.

A grande Palavra ressoa e reverbera durante os cem anos de Brahma (duração do Sistema Solar). Essa frase divina é simbolizada pelo som sagrado AUM. Essas três letras representam as iniciais das três frases, que são pronunciadas no tempo e no espaço, contendo cada frase vários sons.

A primeira letra, A, está seguida de quatro letras, totalizando cinco, representam as cinco grandes ondas sonoras consecutivas que construíram o Sistema Solar e o mantêm materializado, sem entrar no aspecto forma. É a nota de Brahma ou do Terceiro Logos, Inteligência Ativa. Se analisarmos essas cinco ondas sonoras em comparação com a divisão do terceiro raio, Inteligência Ativa ou Manas, nos quatro raios de atributo, Harmonia pelo Conflito, Conhecimento Concreto, Devoção e Idealismo e Organização/Cerimonial, entenderemos com clareza a correlação entre a construção do Sistema e os raios. Esse é o significado do Pentágono, a estrela de cinco pontas, o quinto princípio da Mente. O Pentágono relaciona-se também com os cinco planos da evolução humana: físico, astral, mental, búdico e átmico, como meta da atual cadeia, embora os que querem ir mais depressa e fazem o esforço necessário, podem ultrapassar essa meta, indo mais além e muito mais, como já o fez o nosso Amado Senhor Maitreya, o Cristo.

A compreensão exata das ondas sonoras simbolizadas por essas cinco letras e das tonalidades (conjunto de harmônicos, frequências abaixo da fundamental e de maior comprimento de onda), fornecem a chave da natureza interna da matéria e do seu controle (a desintegração e a construção, sendo a fusão nuclear a frio um dos efeitos). Este controle é conseguido por aquele que aprende a correta interpretação da Lei de Economia. Impera o fogo por fricção.

A segunda letra, U, vem seguida de seis letras, totalizando sete e representam as sete grandes ondas sonoras consecutivas e simultâneas, pois ainda ressoam. Essa frase é de Vishnu, o Segundo Logos, o Construtor de formas, Amor-Sabedoria-Razão Pura. Cada grande onda sonora, expressando os propósitos de cada raio, é "pronunciada" (está entre aspas porque é muito mais do que pronunciar) por cada um dos sete Logos Planetários sagrados, entre os quais não estão incluído o nosso, o que nos leva a concluir que a Terra e a sua humanidade estão sob a influência de um outro Logos Sagrado.

Essa segunda frase está regida pela Lei de Atração. A conformação dessas ondas sonoras (sequências de compressões e rarefações de partículas), ou seja, como essas sequências se movimentam (como ondulações de uma serpente), leva as partículas a se unirem na infinidade de formas, incluindo nossos corpos até os planetas e globos sutis. A correta entonação, total ou parcial, provocando a correta ou parcial reverberação (a reverberação é consequência da ressonância ou resposta da matéria ao som original), conduz à organização da forma e à sua adaptação às necessidades da Mônada ou Espírito. Impera o fogo solar.

A terceira e última letra, M, vem seguida de oito letras, totalizando nove e formam a última frase, a do Primeiro Logos, Shiva, Vontade e completam a grande sentença Logoica que construiu seu corpo. Essa última frase é a última no tempo, mas no momento está reverberando juntamente com as outras duas e vai ser a mais forte e dominante no final dos tempos, ou seja, no fim dos cem anos de Brahma. No final de cada ciclo menor, ela sempre atua com mais força e anula as demais, como na hora da morte e no fim dos períodos globais,das rondas e das cadeias. Por falar em período global, é bom lembrar que já estamos próximos do fim do período global da Terra. Quem tem olhos de ver, que entendam e tomem as decisões necessárias.

Somando as letras de toda a sentença, temos 5 + 7 + 9 = 21, sendo portanto vinte e um os tipos de ondas sonoras que atuam no Sistema Solar, desde o plano físico até o adi. Como dissemos, essas ondas estão presentes simultaneamente, embora em alguns momentos umas atuem com mais vigor que outras e prevaleçam. Essa última frase está regida pela Lei de Síntese e é ela que vai imperar soberana no final, quando ocorrerá a liberação total do Espírito da forma. Impera o fogo elétrico.

Quando comparamos acima os movimentos das ondas sonoras às ondulações de uma serpente, tivemos a intenção de preparar as mentes de todos para uma informação que o Mestre Tibetano dará, quando entrarmos na segunda parte do Tratado, o Fogo Solar, sobre a ligação do Reino das Répteis com o nosso Logos Planetário e os Lipikas.

Existe uma forte correspondência entre essas nove ondas sonoras do Primeiro Logos e as nove Iniciações, cada uma propiciando ao Iniciado uma união mais perfeita do Eu com o Omni-Eu e uma maior liberação das ataduras da matéria. Embora cada Iniciação seja regida por um raio, sempre em todas está também presente o primeiro raio como libertador e sintetizador, por etapas.

Uma outra aparente coincidência é observada nos vinte e dois aminoácidos que constituem os fundamentos de todas as proteínas e enzimas que atuam no nosso organismo. Temos 21 + 1 = 22, ou seja, o número de aminoácidos é igual ao número de ondas sonoras fundamentais mais a onda sintetizadora, que representa o UNO. Um fato interessante com referência à união dos aminoácidos ao formarem a proteína, é que, após se unirem eletricamente, eles constituem um filamento, que tem somente uma dimensão, comprimento. Mas em seguida o filamento se retorce ao longo das ligações, de uma maneira misteriosa para a ciência, fazendo com que a proteína resultante passe a ter três dimensões. Como os ângulos, nos quais há campos elétricos, são diferentes, é conseguido um modo eficiente para identificação da proteína pelo sistema imunológico, de modo semelhante a chave e fechadura.

Somente quando o homem tiver aperfeiçoado seu sentido de audição, é que ele saberá a sentença completa. Isso ocorrerá na quinta Iniciação, em que a beatitude (a audição do corpo átmico, quando o homem começa a ouvir a nota do Logos Solar) estará plenamente ativa e ele entenderá corretamente a Lei de Economia. A medida que as Iniciações forem sendo recebidas, o homem vai entendendo melhor esse mecanismo, em particular, quando está sendo preparado para a terceira, o Iniciado já compreende nitidamente a lógica desse processo, tem noções do seu mecanismo operacional e vislumbra sua expressão matemática. Não podemos esquecer nunca que, para a Mônada, todos os planos, desde o físico até o adi, constituem matéria e são objetivos e todos nós somos Mônadas enclausuradas nos diversos corpos materiais, logo, nossas consciências cerebrais são da Mônada ancorada no cérebro físico e se expressando pela atividade elétrica dos neurônios. A atividade hormonal e dos neurotransmissores é consequência, a etapa final, de um processo anterior com início na Mônada. Como existe a reciprocidade, é óbvio que uma perturbação nessa atividade do cérebro, induzida por meios externos, como substâncias químicas, pode alterar o estado da consciência. Mas o Iniciado, que já percebeu e entendeu por lógica esse mecanismo, não se deixa iludir e assume o comando.

De posse da audição aperfeiçoada e tendo entendido o verdadeiro som sagrado, o Iniciado, agora o Conhecedor, prenunciá-lo-á em sua própria e autêntica chave, efetuando a fusão de seu som com todas as vibrações, conseguindo assim instantaneamente a compreensão de sua identidade essencial com Aqueles Seres que emitem as palavras. A medida que os sons da matéria (os cinco primeiros sons) fazem impacto em seus ouvidos aperfeiçoados e em todos os planos, verá que todas as formas são ilusões e delas se libertará, sabendo que ele é onipresente.

Quando o som de Vishnu (os sete sons simbolizados pela letra U) ressoa dentro de si mesmo sem distorção, ele sabe que é sabedoria perfeita e distingue a nota de seu ser (ou a do Logos Planetário em cujo corpo se encontra) das notas grupais e se vê onisciente. Quanto os nove sons finais de Shiva, Mahadeva ou Primeiro Logos fazem seus ouvidos vibrarem em perfeita consonância, o Iniciado se reconhece, sem nenhuma margem de dúvida, como Espírito puro e na sintonização perfeita dos sons, seus e do Primeiro Logos, dá-se a fusão dele com o Eu Maior ou a fonte da qual se originou. Então, para ele, passa a não existirem mais mente e matéria, restando somente ele imerso no oceano do Eu Maior, sem, contudo, perder sua identidade.

Nas etapas de relativa realização, rege uma das leis, inicialmente a lei da matéria (Lei de Economia), em seguida a lei dos grupos (Lei de Atração) e finalmente a Lei do Espírito e da liberação (Lei de Síntese), embora haja simultaneidade.

SUAS LEIS SUBSIDIÁRIAS

São quatro as leis subsidiárias da Lei de Economia e se relacionam com o quaternário inferior:

1. A Lei de Vibração - rege a nota chave ou ritmo da matéria em cada plano. Através do conhecimento dessa lei pode-se controlar a matéria de qualquer plano nas suas sete divisões ou subplanos. Quem entender essa lei, saberá qual a frequência de ressonância de qualquer tipo de matéria, bem como de qualquer agrupamento. Não esquecer que som é vibração.

2. A Lei de Adaptação - rege o movimento giratório de qualquer átomo, em todos os planos e subplanos. Por meio do conhecimento dessa lei e da anterior, o Iniciado domina a ciência dos tattwas.

3. A Lei de Repulsão - rege as relações entre os átomos, evitando que se encostem e permitindo que atuem livremente, mantendo-os girando a distâncias fixas da esfera de polaridade oposta. Vemos sua ação, entre outras, no nosso Sistema Solar, em que os planetas giram ao redor do Sol, em órbitas fixas e ordenadas.

4. A Lei de Fricção - rege o aspecto calor de qualquer átomo, sua radiação e seu efeito sobre qualquer outro átomo. Isso é a transferência do fogo por fricção.

Essas quatro leis subsidiárias estão no campo de ação do fogo por fricção. O conhecimento e o domínio dessas leis outorgam o domínio do fogo por fricção e torna o Iniciado um curador no sentido exato da palavra.

Todo átomo de qualquer plano pode ser estudado sob quatro aspectos e está sob o comando de alguma ou de todas as leis combinadas.

a. Todo átomo tem seu ritmo ou frequência e forma de movimento.

b. Tem velocidade de rotação.

c. Age e reage sobre os átomos a seu redor.

d. Contribui com sua cota de calor ao calor geral do sistema atômico, qualquer que seja.

Essas leis gerais aplicam-se não somente aos átomos individuais, mas aos seus agrupamentos: moléculas, células, órgãos, corpos, planetas, globos, o Sistema Solar, as constelações, as galáxias, enfim, todos os conjuntos esféricos. Podemos ver um sistema solar como um átomo cósmico. Todos evoluem sob a Lei de Economia, em algum de seus quatro aspectos.

Concluindo, afirmamos que a Lei de Economia, com suas subsidiárias, é uma das leis que o Iniciado deve dominar antes da liberação (quinta Iniciação). Tem de aprender a manipular a matéria e a trabalhar com a sua energia ou força, aplicando essa lei. Esse conhecimento e domínio são necessários para o Iniciado usar a matéria e a energia com o objetivo de conseguir a libertação do Espírito e realizar os propósitos do Logos no processo evolutivo.

Aqui terminamos o estudo da primeira parte do Tratado sobre Fogo Cósmico. Entraremos na segunda parte, a mais importante, profunda, complexa, abrangente, longa e aparentemente abstrata. Dissemos aparentemente abstrata, porque vai depender de como nos posicionamos como consciência. Si a nossa visão é de Mônadas olhando o mundo mental exterior através do mecanismo chamado corpo mental, então o assunto não será abstrato, mas objetivo. O mesmo raciocínio vale para os planos superiores, búdico, átmico, monádico etc.

Do nível de entendimento e assimilação da primeira parte dependerá a compreensão da segunda. Portanto, rogamos a todos que se esforcem para adquirirem o máximo de clareza. Estamos à disposição para sanar as dúvidas.

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Estudo 063

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução (Da página 203 à205)

Entraremos hoje na parte mais importante do Tratado, com título genérico Fogo Solar. Esse título expressa aquilo que gera as muitas diferenciações de atividade e processo, no que concerne realmente à nossa evolução. Trata essencialmente do fogo da mente. Na nossa quinta raça-raiz a meta é o desenvolvimento da mente, pois ela é regida pelo quinto raio, da mente concreta. Daí o tremendo avanço da ciência e da tecnologia. Por outro lado, temos o objetivo do nosso Logos Solar, expressar Budi (Amor-Sabedoria-Razão Pura) através de Manas (Mente, Atividade Inteligente). No Sistema Solar ou sua encarnação anterior, Ele desenvolveu ao máximo a qualidade ou aspecto Inteligência Ativa. Agora Ele quer cultivar e fazer crescer ao máximo seu Amor, no verdadeiro sentido e não como a maioria da humanidade pensa. A ferramenta que Ele usa para tal é a mente ou inteligência ativa. É por essa razão que o Mestre Tibetano dedica a maior parte do seu livro ao estudo detalhado e profundo do fogo solar ou da mente. Não esqueçamos que o Tratado sobre Fogo Cósmico é o seu livro mais importante, segundo suas próprias palavras.

Todas as raças-raiz têm seu nascimento, coexistindo com o final da raça-raiz anterior durante um certo período, para a transferência, assimilação e desenvolvimento das conquistas culturais da raça que se finda (o que nem sempre é bem feito), vindo em seguida seu amadurecimento, suas conquistas, seu auge, sua glória e o declínio. Como estamos na quinta sub-raça da quinta raça-raiz, já passamos da metade da raça. A sexta sub-raça, da qual já existem exemplares encarnados, irá aperfeiçoar mais ainda o intelecto, aliado ao amor. Na sétima sub-raça ocorrerá a consolidação do conquistado e sua transferência para a primeira sub-raça da sexta raça-raiz, da qual também já existem Egos encarnados, na realidade já há Egos com mentalidade da sétima raça e até da quinta ronda, pois é questão de mentalidade e não de corpo físico. Se a transferência for harmoniosa, clara e eficiente, não haverá na realidade um declínio de civilização, pois será tão grande a harmonia e o entendimento, que haverá uma continuidade para atingir uma elevação e uma glória maiores. Mas se não ocorrer essa harmonia, será realmente um declínio. Atualmente temos membros das sétimas sub-raças atlantiana (a quarta) e lemuriana (a terceira) coexistindo com a quinta raça-raiz. A explicação para essa coexistência não é para o momento.

Essa segunda parte está dividida em seis seções, de A até F, que são longas.

Após esse preâmbulo, comecemos o assunto.

Mestre Tibetano inicia o tema, fazendo considerações de suma importância. Diz Ele que o que vai ser estudado é profundamente misterioso, constitui a base de tudo o que vemos e conhecemos, objetiva e subjetivamente. Acabamos de estudar parcialmente o polo da manifestação chamado matéria. O que vamos estudar agora abrange uma variedade de coisas que, em termos gerais, podemos denominar consciência e, em termos específicos, engloba os seguintes tópicos, o que lhe dá uma importância fundamental:

a. A ciência da objetividade.

b. A manifestação do Filho através do Sol e suas esferas subsidiárias, ou seja, o Sistema Solar em sua totalidade.

c. O desenvolvimento evolutivo da consciência no tempo e espaço, logo a evolução do Espírito e da matéria.

Analisemos sucintamente cada tópico. O que é ciência da objetividade? É o estudo de tudo aquilo que é exterior à nossa consciência. Envolve a natureza e seus fenômenos e muito mais, como as relações humanas, com sua imensa gama de diferenciações. Dentro dessa conceituação, em todos os planos existe objetividade.

Mesmo no cérebro físico, temos de separar a atuação dos neurônios da consciência cerebral. Essa consciência é subjetiva e interior, mas os neurônios são objetivos, embora forneçam insumos para a consciência, na sua ação eletro-bioquímica.

No item b entendemos a expressão do Logos Solar, servindo-se do Sistema Solar, com seus planetas visíveis e invisíveis, para adquirir experiência, aprender, evoluir e adquirir qualidades e poderes, simultaneamente prestando serviço a seus Semelhantes e recebendo ajuda, pois sabemos que nosso Logos orienta e dá instruções a outros Seres Cósmicos, pois Ele está na linha do segundo Raio (o raio dos Instrutores) e também recebe instruções, como por exemplo do Logos de Sírius.

O item c é bem claro, significando o aperfeiçoamento da relação do Espírito com a matéria, em sua ação recíproca, o que produz o aprimoramento de ambos. O Filho (a relação, a consciência) faz o Pai (Espírito) e a Mãe (matéria) evoluírem até alcançarem a meta planejada.

Vemos nitidamente que esses três tópicos são muito vastos, o que nos limita a dar um conceito claro e geral do longo processo e gradual desenvolvimento da consciência.

Para que possamos prosseguir com o tema de forma inteligente e racional, é conveniente que estabeleçamos perguntas básicas, que (embora conhecidas e sabidamente de valor) servirão para o estudante de arcabouço, sobre o qual poderá ser erigida a correspondente estrutura do conhecimento.

Se aquele que estuda a Sabedoria for capaz de captar de forma geral a natureza do tema, ele poderá ordenar com mais facilidade e exatidão a informação detalhada, colocando as diversas partes em seus devidos lugares.

Das respostas às perguntas básicas, poderemos fazer ilações e deduções, que constituirão um conjunto de informações explicativas do processo evolutivo da consciência, da matéria e da Mônada. Este parece-nos o melhor método.

Baseamo-nos na suposição de que essas perguntas surgem ao estudante da Doutrina Secreta, que já está no ponto de perceber o grande Plano Divino, todavia é iniciante na técnica de captar os detalhes desse Plano.

Vamos às perguntas:

I. Que relação existe entre o Filho e o Sol?

II. O que é a evolução e como se desenrola?

III. Porque o Sistema Solar evolui como dualidade?

IV. O que é a consciência? Que lugar ela ocupa no atual esquema das coisas?

V. Existe uma analogia direta entre um sistema solar, um planeta, um homem e um átomo?

VI. O que é o aspecto mente e porque o princípio manásico ou mental é de tanta importância? Quem são os Manasaputras ou Filhos da Mente?

VII. Porque a evolução se desenvolve ciclicamente?

VIII. Porque consideramos ainda certos conhecimentos como esotéricos e em outros aspectos como exotéricos?

IX. Que relação existe entre :

1. os dez esquemas planetários?
2. os sete planetas sagrados?
3. as sete cadeias de um esquema?
4. os sete globos de uma cadeia?
5. as sete rondas de uma cadeia ao passarem por cada globo?
6. as sete raças-raiz e suas sete sub-raças?

Quando tivermos respondido breve e resumidamente a essas nove perguntas e identificado pelas respostas o que está oculto e impulsiona a evolução da consciência do Filho e de tudo o que inclui esta expressão, estaremos prontos para estudar o Plano mais inteligentemente e entender com maior exatidão a etapa imediata que devemos alcançar, partindo do nosso atual desenvolvimento.

Enfatizamos que a investigação e um entendimento mais profundos do Plano do Logos não têm importância para o homem, a menos que ele consiga correlacionar o presente com aquilo que ele crê encerrado no futuro, esteja seguro de seu desenvolvimento alcançado e compreenda em que consiste o trabalho imediato a realizar durante o processo gradual de obter plena consciência.

I. Que relação existe entre o Filho e o Sol?

Primeiramente temos de esclarecer quem é o Filho e qual sua função. Todo sistema que faz jus ao adjetivo filosófico, reconhece universalmente dois fatores, Espírito e matéria, Purusha e prakriti.

Há uma tendência de confundir os termos "vida e forma", "consciência e veículo de consciência", com as palavras "Espírito e matéria". Tais vocábulos relacionam-se, mas a confusão desaparecerá, quando for compreendido que, antes do nascimento de um sistema solar (manifestação), é mais correto empregar as palavras Espírito e matéria. Antes da manifestação, durante o descanso entre dois sistemas solares (pralaya ou abstração), não existem consciência e forma nem tão pouco a vida expressando-se como princípio atuante. Existe unicamente Espírito-substância, em estado de total neutralidade, sem polaridade, sem movimento, ou seja, prevalece a passividade. Esclarecemos que no pralaya de um sistema solar não existe o corpo físico cósmico do Logos, isto é, os sete planos, do físico ao adi, foram desintegrados. Todavia o Logos continua a se manifestar através do seu corpo astral cósmico, que também se desintegrará mais tarde, quando ocorrerá o pralaya astral.

Isto significa que estamos estudando o que ocorre com a substância que deu origem à matéria adi, da qual se originaram os demais seis planos.

Essa substância retorna à situação de não diferenciada, existente antes da manifestação. É por isso que ela se torna neutra, não havendo a forma para que o Espírito se expresse, embora Ele continue atuando através da matéria astral cósmica.

Quando chega o momento em que o Logos vai iniciar seu novo ciclo de manifestação, dá-se a polarização (cessando a neutralidade), advém a aproximação entre Espírito e matéria, com sua ação e reação, começam o movimento e a vibração (oscilação) sob novos moldes e ambos se utilizam. Então surge a forma, que vai ser impregnada pelo Espírito ou Mônada, do que resultam a vida e a consciência em veículos adequados. Portanto vida é o resultado da atuação do Espírito nas formas ou na matéria. Quando ocorre a abstração ou o pralaya, a vida cessa, porque o Espírito se ausenta da forma, mas a origem da vida, o Espírito, permanece. Quando um homem morre, sua vida física cessa e seu corpo físico se desintegra, todavia a origem da sua vida, o Espírito (nesse caso atuando através do Ego ou Alma), continua expressando a vida por meio do corpo astral.

Concluímos então que o Sol (o Sistema Solar) é o Filho, resultado da aproximação ou relação do Espírito (o Pai) com a matéria (a Mãe).

No próximo estudo daremos ao tema dessa pergunta o enfoque dos fogos.

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Estudo 064

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - Que relação existe entre o Filho e o Sol? (Da página 205 à 208)

Continuemos com a análise da pergunta I - Que relação existe entre o Filho e o Sol?, sob o prisma dos fogos, ou seja, como é a parte operacional ou como se manifesta.

Comecemos usando a lei de Analogia e façamos comparações com fatos científicos do dia a dia. Vejamos a geração de luz pela lâmpada elétrica comum, de todos conhecida. Ela é feita de um filamento de tungstênio dentro de um bulbo de vidro, dentro do qual foi feito o vácuo, para impedir a oxidação do filamento e a sua queima. Ao se ligar o interruptor, fechando os contactos, os elétrons fluem do polo negativo do gerador para o positivo, passando pelo filamento. Nessa passagem, os elétrons colidem com os átomos do filamento, transferindo energia (fogo por fricção/elétrico) para os elétrons orbitais dos átomos do tungstênio. Esses elétrons ficam excitados e saltam para uma órbita exterior, de maior nível. Mas são obrigados a retornar para a órbita original e devolvem a energia recebida na forma de fótons (luz). É também gerado calor.

A luz e o calor são portanto resultados do contacto entre os polos positivo e negativo. Simbolicamente é um casamento, uma vez que é uma união.

Já sabemos que a Mônada ou o Espírito é fogo elétrico por excelência, quando atua na matéria, sendo o polo positivo do grande GERADOR, que é o UNO ABSOLUTO INFINITO, já explicado no início dos nossos estudos, AQUELE que não é nem Espírito nem matéria, mas que pode assumir os dois modos de ser.

A matéria, o polo negativo, é fogo por fricção por excelência. Para o contacto dos dois (o Divino Matrimônio), é necessário o fogo solar (o filamento de tungstênio), que ao servir de meio de comunicação entre os dois polos, é excitado pelas suas energias e irradia luz e calor cósmicos.

O relâmpago, de todos conhecido, gera luz e calor, sendo que o calor produz ondas sonoras, que são ondas mecânicas, sequências de compressões e rarefações de partículas (matéria), o nosso conhecido trovão, que a muitos assusta.

O relâmpago é o resultado do contacto da carga elétrica positiva da nuvem (que, embora a ciência não saiba, é eletricidade solar) com a carga negativa da Terra (que o Mestre Tibetano chama de fluido elétrico).

O comportamento do relâmpago já foi pesquisado pela ciência e foi comprovado que ele tem particularidades não observadas em outros tipos de descarga elétrica que forma arco.

O deslocamento do chamado líder escalonado e das partículas portadoras de carga elétrica que o seguem, quando a tensão de ruptura é alcançada, não produz luz nesse trajeto. Somente quando eles e seus seguidores entram em contacto com o fluido elétrico da Terra, já próximo do solo, é que surge a luz e o calor.

De forma muito análoga, o fogo elétrico do Espírito ou Mônada,em contacto com o fogo por fricção da matéria, gera o fogo solar, que produz luz e calor, que dá origem ao som cósmico, sequências de compressões e rarefações, em muitas planejadas e diferenciadas formas de onda, que farão surgir o sistema solar objetivo total, que inclui os sete planos.

A luz, juntamente com o som, é a responsável pelas formas, sendo que a luz tem como escopo principal a consciência. Não esqueçamos que a luz física é onda eletromagnética, uma sequência de campos elétricos e magnéticos, formando ângulos de noventa graus entre si.

No caso da luz cósmica, ela é também uma sequência de campos elétricos e magnéticos ortogonais (em ângulos de noventa graus), só que aqui o campo elétrico é uma região onde atua o fogo elétrico e o campo magnético é outra região onde atua o fogo solar.

Nós temos um exemplo disso na física. A todo elétron em movimento está associado um campo magnético que o envolve, em noventa graus de ângulo. Há outras leis na Física, que ajudam a entender o assunto, como a lei de Lenz (eL = - di/dt), ou seja, a força elétrica gerada pelo colapso do campo magnético é diretamente proporcional à velocidade de queda da corrente elétrica geradora do campo magnético, em outras palavras, quanto mais rapidamente o campo magnético cair a zero, maior será a voltagem produzida. A expressão matemática di/dt é a derivada da corrente em relação ao tempo. O sinal - (menos) significa que a voltagem induzida é invertida em relação à original. Mas a explicação da correlação dessa lei com o esoterismo fica para mais tarde.

A multiplicidade de formas com que esses campos de fogo elétrico e fogo solar se unem e interagem, em todos os planos, é a responsável pela construção dos veículos, pelos quais a consciência se estabelece e evolui. Um exemplo é o Loto Egoico, tão importante segundo o Mestre Tibetano e tão desconhecido, muito embora o Mestre tenha dado um oceano de informações claras no Tratado sobre Fogo Cósmico, as quais iremos estudar. É muito lamentável esse desconhecimento, pois o Mestre nos deu pérolas e a grande maioria da humanidade as desprezou, preferindo ficar escrava das religiões, em vez de buscar o verdadeiro conhecimento que liberta.

É o fogo solar que o Logos Solar quer desenvolver ao máximo neste atual Sistema Solar. No anterior foi o fogo por fricção a meta. No próximo será o fogo elétrico.

Como o fogo por fricção já está bastante aperfeiçoado, quanto maior e mais intensa a interação entre ele e o fogo elétrico, mais crescerá o fogo solar.

Essa linguagem técnica e científica do Mestre Tibetano é muito coerente, pois ela explica a expressão de qualidades, assim como a Física explica as propriedades da matéria. Assim como numa televisão, pela manipulação do elétron por meio de capacitores, indutores, resistores, cristais de quartzo, transistores e diodos armazenados em circuitos integrados (CI ou Chip), transformadores e o cinescópio (a tela da imagem, TRC ou de cristal líquido), são reproduzidas imagens e obtidas belíssimas nuances, que são qualidades de cores, da mesma forma, manipulando partículas por meio de campos de força (campos de fogo elétrico e fogo solar) gerados pelo Espírito, este expressa qualidades, intensifica-as, modifica-as e sintetiza-as, resultando em aumento de poder.

Vejamos a evolução da consciência do homem, o microcosmo, nos três mundos inferiores, físico, astral e mental. Ele é o contacto (ainda imperfeito na imensa maioria) dos dois polos: Espírito (o Pai, a Mônada no céu, via Alma ou Ego) e a matéria, o corpo (a Mãe). Este contacto produz o Filho de Deus individualizado, a unidade do Eu divino e a reprodução exata em miniatura no plano mais denso do Grande Filho de Deus ou Omni-Eu, que constitui em si mesmo a totalidade dos filhos em miniatura, dos Eu´s individualizados e de todos e de cada um dos entes.

O microcosmo, sob o ponto de vista subjetivo, é um sol em miniatura, que se distingue pelas qualidades de luz e calor, sendo a luz seu conhecimento e o calor seu amor e vigor com que se empenha no serviço coerente com seu nível evolutivo.

Na atualidade essa luz está oculta, como dentro de um cristal opaco, que ainda não foi trabalhado. À medida que for sendo burilado pela Alma, o cristal vai se tornando transparente e translúcido, ao mesmo tempo em que a luz interna aumenta seu brilho e intensidade, tornando-se então visível e radiante.

No momento o calor microcósmico é mínimo, ou seja, a radiação magnética entre os entes microcósmicos é pouco sentida (segundo o significado oculto da palavra), porém com o tempo irá aumentando, não só pela ação da chama interna, como pela assimilação das radiações dos outros microcosmos e atingirá tal proporção, que a interação entre os Eu´s individualizados resultará na perfeita fusão da chama e do calor em cada um, o que significa a sintonia exata entre os três fogos: elétrico, solar e por fricção.

Isto prosseguirá até um nível de sintonia, em que haverá "uma só chama com incontáveis chispas" e o calor será geral e equilibrado, o fogo por fricção será harmonioso, sem nenhum ponto de conflito ou dissonância.

Quando essa situação for atingida e cada Filho de Deus se torne um Sol perfeito, caracterizado pela luz e pelo calor perfeitamente expressados e sintonizados, com o máximo de vigor e todas as qualidades exigidas em total atividade e visíveis e sentidas em todo o sistema, então o Sistema Solar, o Filho Maior de Deus, será um Sol perfeito.

A glória será tão grande, que será radiante e visível, resplandecendo em todo o espaço do Logos Cósmico, ao qual nosso Logos Solar está subordinado, chamando a atenção não só do próprio Logos Cósmico, que ficará jubiloso pelo seu Filho, como também dos Logos irmãos, que serão beneficiados pela radiação cósmica.

Nesse estado será estabelecida uma conexão consciente com seu centro cósmico, seu Logos Cósmico. Isso significará a liberação do Filho e Seu retorno à longínqua fonte que originou o impulso primordial.

Em consequência temos o seguinte:

1. O Filho é o resultado da união do Espírito com a matéria e pode ser considerado como a totalidade do Sistema Solar: o Sol, os sete planetas sagrados e os cinco não sagrados.

2. O Filho se manifesta através de suas qualidades, que se expressam materialmente como luz e calor, como é o Sol com suas propriedades.

3. O Filho é o produto da união elétrica do fogo elétrico com o fogo por fricção e é também fogo solar, resultante desse contacto, que gera luz e calor, que se vê e se sente. O fogo solar é pois o relacionador.

No próximo estudo concluiremos essa primeira pergunta, para ingressarmos na segunda: O que é a evolução e como se desenvolve? , que é um assunto de extrema importância, porque nos esclarecerá os motivos e objetivos pelos quais estamos neste mundo material, passando por tudo isso, para onde iremos e nos fornece orientação para a libertação.

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Estudo 065

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - I - Que Relação existe entre o Filho e o Sol? (Final) - II - O que é a Evolução e como se desenvolve? (Da página 208 à 210)

Continuemos nosso estudo sobre a relação existente entre o Filho e o Sol. Vimos três conclusões decorrentes dessa pergunta, veremos agora a última, a mais abrangente e sintética.

O Filho, visível e invisível, é por conseguinte a manifestação intermediária produzida, ocultamente falando, tanto para o que está acima, como para o que está embaixo. Dissemos visível e invisível, porque por Filho não estamos só nos referindo à matéria física, acessível aos nossos sentidos, quer direta quer indiretamente, como as ondas eletromagnéticas e partículas só detectáveis por aparelhos especiais e pelos efeitos: raios cósmicos, infravermelhos, ultravioletas, elétrons, íons, neutrinos e outras partículas. Incluímos também a invisível: as partes etérica, astral, mental e causal, que constituem a invisível aos olhos físicos e aos instrumentos da ciência.

Assim, no caso do Logos Solar, o Filho, em seu próprio plano, o mental cósmico, é o corpo egoico do Logos, melhor dizendo, seu Loto Egoico. Igualmente, no caso do homem, o microcosmo, seu Loto Egoico, cujo envoltório ou campo de força gerado é o corpo causal, é o resultado do contacto da Mônada do homem com a matéria mental, sendo portanto o Filho.

No homem o corpo egoico está apenas em processo de formação, na maioria da humanidade, mas nos Iniciados já está em adiantada fase e, conforme a Iniciação, em fase final. A partir da segunda, o adiantamento é enorme, na terceira ocorre a fusão plena do Ego com a personalidade, significando a grande proximidade do aperfeiçoamento (para esta etapa), que será alcançada na quarta, quando será destruído, por não ser mais necessário, iniciando-se uma nova etapa, a partir do corpo búdico.

Igualmente o Filho Maior, o corpo de expressão do Logos Solar, seu Corpo Egoico, está também em processo de formação e aperfeiçoamento. Seus corpos inferiores cósmicos, mental, astral e físico, ainda carecem de retoques. É aí que entra a nossa tarefa para com Aquele que nos deu a Vida. O Logos Solar só atingirá a sua perfeição e meta previstas, quando todas as células do seu corpo, que somos nós, tiverem alcançado suas perfeições e metas previstas, que, embora num nível bem abaixo do nível do Logos, não deixam de ser perfeições, relativas, é lógico.

Somente quando nós tenhamos conquistado, por esforço próprio e com plena consciência, a Vida Plena estável, de que falou o Sr. Maitreya no Sermão da Montanha, através do corpo físico do Mestre Jesus, é que nosso Pai Maior, o Logos Solar, conseguirá seu lugar entre as constelações celestes (os Filhos de DEUS em sentido cósmico), quando sua Luz, sua radiação e seu resplendor sejam vistos e sentidos perfeitamente.

O Filho nos Céus não resplandecerá, até que cada uma das células de seu corpo seja uma esfera de radiante glória ou, falando esotericamente, uma chama de fogo e luz e uma fonte de radiação magnética ou calor.

Como sabemos, nosso Sol, sob o ponto de vista cósmico, é de quarta ordem e está no plano cósmico inferior, o físico cósmico, que significa que Ele está encarnado fisicamente.

Quando o Logos tiver alcançado, através do seu corpo egoico, o Filho, plena e total expressão por meio do seu Sistema Solar, o que significa ter aperfeiçoado sua emissão de luz e calor, é que brilhará em outro plano, o mental cósmico.

Temos a analogia disso no homem, o microcosmo. Quando a luz do homem (sua Sabedoria e seu Amor) brilhe plenamente e sua radiação magnética e seu calor (sua Sabedoria e seu Amor servindo e aquecendo a todos) tenham alcançado uma interação viva ou atividade grupal, é que o homem terá logrado a plena autoexpressão e incluído em sua esfera de influência e controle o plano mental, ou seja, aprenderá a viver correntemente com total domínio no plano mental, tão bem como vive no plano físico.

Então será considerado um Mestre, embora também de quarta ordem, um quaternário, porque ainda dependerá de quatro componentes: corpos mental, astral e físico e personalidade.

Fisicamente os subplanos etéricos são seu centro de vida, assim como o Sol e os planetas existem em matéria etérica (em sentido cósmico, da matéria búdica para cima).

Assim como é em cima, é em baixo. Logo a relação entre o Filho, o Pai e a Mãe, no que diz ao Sol, é a mesma existente entre o homem e o veículo pelo qual atua. É Seu modo de agir, Seu modo de expressão, Sua ferramenta de trabalho, que Ele anima com a Sua vida para:

a. adquirir experiência,

b. fazer contactos,

c. desenvolver total conhecimento de Si mesmo,

d. alcançar total domínio e controle de Seus veículos,

e. chegar cosmicamente à "maturidade". O Cristo cósmico deve conquistar a estatura do "homem plenamente maduro", como diz a Bíblia.

f. expandir Sua consciência.

Estas etapas serão alcançadas nos níveis cósmicos, exatamente como o homem persegue ideais semelhantes no sistema, que são os planos cósmicos físico, astral e mental. Por aí se vê o quanto a ciência ainda desconhece a respeito do Sistema Solar como um Todo, quando são incluídos os corpos cósmicos inferiores do Logos Solar.

II. O que é a Evolução e como se desenvolve?

1. Ciclos de Vida.

Limitar-nos-emos a tratar brevemente do processo evolutivo e a indicar que o método de evolução consiste em adequar o aspecto matéria ao aspecto Espírito, para que o primeiro seja um instrumento perfeito de expressão para o segundo. Na realidade a ação é recíproca. O Espírito age pela matéria, manifestando o que quer, ela reage e se modifica; na ação o Espírito se exercita e melhora, exercendo uma atuação mais avançada na matéria já um pouco melhor e assim o progresso segue num ritmo crescente, até chegar à perfeição de ambos. É esse o verdadeiro significado da expressão "redimir a matéria", da Bíblia.

O ciclo de vida do Filho (o Sistema Solar) é de cem anos de Brahma (trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres), referindo-se a uma encarnação do Logos. Semelhantemente o ciclo de vida do homem, sua encarnação, é de um certo número de anos, dependendo de seu Karma.

Em seu ciclo de vida, o homem expressa em sua etapa particular tudo o que adquiriu e conquistou, desenvolvendo-o gradualmente desde o período pré-natal, em que o Ego influi sobre o aspecto matéria (seus veículos em construção), com uma intensidade muito variável, quase nula no homem primitivo e iniciante, um pouco maior no homem mais avançado e com intensidade crescente a medida que se adianta no caminho.

Prossegue o desenvolvimento com mais ênfase, quando o Ego toma posse dos veículos. Esse desenvolvimento varia conforme o nível evolutivo do Ego. Ele deve desenvolver com mais plenitude a autoconsciência e, caso esteja progredindo normalmente, expressar-se com mais propriedade através de seus veículos.

Em cada ciclo menor de vida, dentro do grande ciclo do Ego, completa-se cada vez mais essa expressão, os corpos são mais controlados e o Ego passa a se realizar com mais consciência, até que chega uma sucessão culminante de vidas, em que o Ego domina rapidamente e assume total autoridade. A forma torna-se completamente adequada, dá-se a plena fusão dos dois polos, Espírito e matéria e a luz (fogo solar) e o calor (irradiação do fogo por fricção) são vistos e sentidos em todo o ambiente.

Durante o grande ciclo do Ego, há vários ciclos de maior e menor importância, ou seja, ciclos de sucessão de encarnações em que o avanço é maior e ciclos em cujas encarnações a velocidade ou taxa de evolução é menor.

Quando ocorre a fusão do Espírito com a matéria, melhor dizendo, quando ocorre a fusão do Ego com a personalidade na terceira Iniciação, a adequação da forma às necessidades do Ego é perfeita, todavia o Ego é a manifestação da Mônada (Espírito) no plano causal, que é matéria, superior sim, mas matéria, para Ela. Isso quer dizer que essa fusão Espírito/matéria nessa etapa é relativa, sendo necessária outra fusão em nível mais elevado. Na Iniciação seguinte, a quarta, o Ego consegue a liberação da roda de encarnações, ficando totalmente livre dos planos físico, astral e mental.

Aí a Mônada abandona a forma inferior ou a conserva, uma vez que Ela mantém a Tríade Inferior, que é a base dos veículos inferiores, quando quer realizar um trabalho específico consciente junto à humanidade encarnada.

Na quarta Iniciação os três fogos, elétrico, solar e por fricção sintonizam-se perfeitamente e percebe-se com toda a clareza o esplendor e a glória do fogo solar.

Elevemos esses fatos desde o homem, como unidade individualizada de consciência, até os grandes Homens Celestiais, os Logos Planetários, em um de cujos corpos o homem é uma célula. O corpo de expressão de cada Logos Planetário sagrado é um planeta sagrado. Eles perseguem o mesmo objetivo que o homem, só que num nível bem mais elevado. Na realidade, os Logos Planetários não sagrados, como o nosso, também perseguem o mesmo objetivo, nesse caso tornarem-se sagrados, o que implica uma Iniciação cósmica maior. Em termos do nosso Logos Planetário e da nossa humanidade, a meta para a atual cadeia, a quarta, é que pelos menos 2/3 da humanidade total (encarnada e desencarnada) recebam a quinta Iniciação, a da Revelação, na qual o homem será um Adepto. Nessa Iniciação são revelados ao Iniciado os sete caminhos, dos quais terá de escolher um na sexta Iniciação, da Decisão. Ele tem o tempo entre elas para decidir, mas esse tempo não é muito longo. É por esses sete caminhos, que na realidade são cursos, que ele verá a glória e as responsabilidades que lhe estão reservadas.

Todos Eles querem obter em seus altos níveis a plena e total expressão de suas consciências aperfeiçoadas através de seus veículos, os planetas, incluindo tanto o reino humano neles evoluindo como os demais. Quando tal acontecer, haverá também a fusão dos três fogos em espiral elevadíssima, a luz de cada um será vista e o calor sentido em todo o Sistema Solar, ocorrendo uma intensa interação entre todos Eles, com forte atração e união. Cosmicamente serão vistos como uma imensa esfera de fogo, de cores nunca vistas nem imaginadas.

Subamos mais ainda, até incluir o Filho Maior e todo seu Sistema Solar. A sua meta é também expressar plenamente sua Consciência aperfeiçoada através de todo seu Sistema, incluindo os sete planos. Sua Luz e seu Calor devem ultrapassar os limites de Seu "circulo não se passa", atingindo Sistemas Solares vizinhos e Seu Polo Cósmico oposto, essa constelação que é o oposto magnético do nosso Sistema Solar.

No próximo estudo iremos estudar o objetivo das Unidades de Consciência, o homem, o Homem Celestial e o Homem Cósmico.

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Estudo 066

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução -II - O que é a Evolução e como se desenvolve? - 2 - Objetivo das Unidades de Consciência - 3 - Unidades de Consciência em Manifestação (Da página 210 à 213)

Veremos agora o objetivo das Unidades de Consciência. O que são unidades de consciência? São todas as Mônadas em estado de individualização, como os homens, em qualquer esquema, Iniciados de qualquer nível, os Logos Planetários, o Logos Solar e Maiores. Todos são centros de consciência, em seus respectivos campos de evolução.

2. Objetivo das Unidades de Consciência

Em todo o plano evolutivo está presente a ideia de fusão e união. Por isso todos Eles têm por meta:

a. fazer seu calor ultrapassar seu "escudo não se passa"

b. resplandecer sob o ponto de vista esotérico, ou seja, pelo seu vigor interior e demonstrando sua luz ou objetividade ígnea, o que significa irradiar seus fogos elétrico, solar e por fricção;

c. expandir-se até abranger o que está além de sua esfera imediata;

d. fundir e sintetizar os fogos elétrico e por fricção, para produzir o fogo solar com perfeição;

e. aperfeiçoar o corpo, para que ele expresse com fidelidade o Espírito;

f. fundir ou sintonizar a essência de sua própria forma, qualificada segundo a Ciência Divina (o Plano Divino), com as essências de todas as formas - nas esferas humana, planetária e cósmica;

g. conseguir a maturidade, como homem, como Logos Planetário e Logos Solar;

h. dominar os três planos inferiores, físico, astral e mental, no que respeita ao homem;

i. dominar os cinco planos, do físico ao átmico, no que respeita ao Homem Celestial;

j. dominar os três planos cósmicos, físico, astral e mental, no que toca ao Filho Maior ou o Logos Solar. Essas três áreas de domínio referem-se à situação de encarnado, ou seja, o homem encarnado em seu corpo físico, o Homem Celestial encarnado num planeta físico, com sua consciência física no plano búdico e o Logos Solar encarnado num Sistema Solar, com sua consciência física no plano adi.

Podemos resumir tudo o que foi dito acima na expressão : "crescer continuamente, através da luta e do esforço".

3. Unidades de Consciência em Manifestação

Se analisarmos profundamente os objetivos explicados acima, concluiremos que cada unidade de consciência ocupa seu lugar no Plano Divino e que a palavra evolução no contexto significa desenvolvimento gradual, em tempo e espaço, da capacidade inerente de um ser humano, um Homem Celestial e do Grande Homem dos Céus. Devem ser considerados o lugar e a posição que cada um ocupa, em relação aos outros, pois ninguém pode evoluir sem os demais, o que significa a ação reflexa do eu e do não-eu, já explicada anteriormente.

Logo nós temos:

a. O Filho, o Grande Homem dos Céus. Expressa-se por meio do Sol (o Sistema Solar), com os sete Planetas Sagrados, cada um personificando um de seus sete princípios, da mesma forma que Ele, como um Todo, personifica um princípio do Logos Cósmico (no caso o Amor-Sabedoria-Razão Pura cósmicos).

b. Um Homem Celestial. Expressa-se por meio de um planeta (na realidade por meio de um esquema de sete globos), sendo responsável por um princípio do Logos Solar. Desenvolve-se igualmente através de sete princípios, fonte de sua unidade essencial com os demais Homens Celestiais. Como o Grande Homem Celestial, o Logos Solar, está desenvolvendo o princípio Amor-Sabedoria-Razão Pura, cada princípio do Homem Celestial é um subprincípio daquele.Temos então, quanto ao Homem Celestial a seguinte situação: Ele desenvolve em primeiro plano um princípio subsidiário do Amor-Sabedoria-Razão Pura do Logos Solar e em segundo plano Ele cultiva mais seis princípios subsidiários. Em outras palavras, se o Logos Planetário é responsável pela qualidade Vontade (primeiro raio), Ele manifesta Amor voluntarioso, se for a Inteligência Ativa (terceiro raio), a manifestação será de Amor Inteligente Ativo, se for Amor, então a manifestação será Amor Puro e assim com os demais princípios. Sempre sobressairá o princípio do Logos Solar.

c. Um Ser Humano. Também se expressa por meio de uma forma, no plano físico, possuindo sete princípios e se esforça para desenvolvê-los em cada ciclo de vida. Tem sete chacras ou centros, que expressam os sete princípios, todavia tem uma vibração fundamental, que depende do princípio que seu Logos Planetário está manifestando.

Assim temos:

O Logos Solar

Pai - Espírito (Mônada Solar) Mãe (Matéria)

Geram o Filho ou o Grande Homem dos Céus, o Ego Logoico autoconsciente, que evolui por meio de:

O Sol e os sete Planetas Sagrados, cada um personificando:

Um princípio cósmico, com seis diferenciações, pelo método de:

1. Expansão, estímulo vibratório, interação magnética ou a lei de atração e repulsão.

2. Progressão cíclica, repetição rotatória, simultaneamente com ascensão em espiral e desenvolvendo:

a. a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura, utilizando a forma por meio da Inteligência Ativa (a Mente);

b. plena autoconsciência;

c. um perfeito Sistema Solar, adequado às necessidades da Mônada imanente.

A mesma metodologia classificatória pode ser empregada para demonstrar a semelhança do processo no caso do Homem Celestial e do ser humano.

Vejamos no caso do homem:

Mônada - - - - matéria causal
geram
Ego ou Alma (o Filho)
trabalha com

os três corpos inferiores, físico, astral e mental, cada um com sete chacras, cada um personificando um princípio e tendo seis diferenciações desse princípio, totalizando sete. Trabalha da seguinte forma:

1. procurando expandir a consciência, buscando o conhecimento de tudo, intensificando conscientemente sua frequência vibratória e, relacionando-se com o não-eu, exercita a Lei de atração e repulsão;

2. procurando sempre crescer e subir, vive a Lei de Progressão cíclica, pratica a repetição rotatória, ou seja, repete experiências para consolidar as qualidades resultantes e fortificando-as, ascendendo assim em espiral de raio cada vez maior (as encarnações). Ao fazer tudo isso, desenvolve:

a. o Amor-Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da forma e empregando a Inteligência Ativa, ou seja, age inteligentemente, buscando sempre entender e não às cegas;

b. a plena autoconsciência, pela sua expansão contínua, que passa a ser sua característica, no esforço de tudo analisar para compreender, o que quer dizer, no uso constante da mente analítica, no princípio usando a concreta, ideias com formas, com o tempo, dependendo de sua velocidade de atividade mental (taxa mental), utilizando apenas a mente abstrata, trabalhando somente com ideias e conceitos sem formas e vendo as relações existentes entre os conceitos e ideias, desse modo. Com isso aproxima-se rapidamente (novamente dependendo de sua taxa mental) da ativação de seu corpo búdico, em particular da verdadeira intuição (sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico);

c. veículos perfeitos para as necessidades de manifestação e exteriorização da sua Mônada.

Continuaremos a seguir, quando faremos uma análise dos esquemas planetários, dentro desse tema e entraremos na pergunta III - Porque o Sistema Solar evolui como dualidade?

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Estudo 067

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - II - O que é a Evolução e como se desenvolve? - 3 - Unidades de Consciência em Manifestação (final) - III - Porque o Sistema evolui como Dualidade? - 1 - O Problema da Existência (início) (Da página 213 à 216)

No estudo anterior aplicamos ao homem a classificação usada pelo Mestre Tibetano para a manifestação das Unidades de Consciência, o que somos realmente.

Falemos agora um pouco dos Logos Planetários, dentro desse prisma. Todos as Mônadas em evolução no atual Sistema Solar estão sob a tutela de um Logos Planetário. No nosso caso, nosso Logos é o do esquema da Terra, que no momento está se manifestando pelo planeta Terra, tendo mais seis globos de matéria sutil dentro do seu esquema, na atual quarta cadeia.

O Mestre pergunta porque existem dez esquemas e em consequência, dez planetas, sendo sete sagrados e três ocultos e diz que a resposta dada será que os sete planetas sagrados oportunamente se fundem em três e finalmente os três em um.

É evidente essa resposta tem analogia com os sete raios. Esses sete raios na manifestação são distintos, porém com o tempo se sintetizam. Os quatro menores fundem-se no terceiro e finalmente os três maiores no sintético, o primeiro, que é um sub-raio do segundo, Amor-Sabedoria-Razão Pura, chamado o Dragão de Sabedoria, a serpente oculta mordendo sua cauda, como diz H.P. Blavatsky, sendo essa a meta do nosso Logos Solar.

Temos pois três raios principais ou maiores, mas são vistos sete durante o processo evolutivo.

Quanto aos Homens Celestiais que atuam por meio de planetas, temos portanto três planetas sintetizadores e quatro, que oportunamente se fundem, até que os três tenham absorvido a essência dos quatro. Finalmente um absorve a essência dos três, completando-se assim o trabalho. Esse assunto de síntese será melhor explicado mais tarde.

Alertamos para a necessidade de discernir entre os planetas e os trabalhos de síntese. É muito importante ter bem clara na mente essa distinção, para que certos detalhes sejam bem entendidos. Quando falamos em total de planetas, estamos contando os corpos de manifestação dos Logos Planetários. Quando nos referimos ao processo de síntese e efetuamos a contagem, obviamente o total será diferente.

Isto ocorrerá dentro de milhões de anos, durante o inevitável período de gradual obscurecimento do nosso Sistema Solar.

Quatro dos Homens Celestiais Sagrados encontrarão Seus polos magnéticos opostos e se fundirão. Chamamos a atenção para o fato de que essa fusão de dois em um não significa que Eles percam a identidade. O que acontece é semelhante ao matrimônio humano. Quando um homem se une a uma mulher pelo casamento, inicia-se uma família, mas os dois continuam indivíduos distintos, unidos pela afinidade e sintonia. Inicialmente fa-lo-ão entre Si, fundindo-se os Raios negativo e positivo, transformando-se os quatro em dois. Por positivo e negativo queremos dizer a polaridade do Logos Planetário. Por exemplo o Logos de Vênus é de polaridade feminina, portanto negativa, sendo seu polo positivo ou masculino o nosso Logos Planetário. Quando os Dois se unirem no Divino Matrimônio, serão dois em um. Nesse processo, as qualidades de ambos se intercambiam, porque um aprende com o outro, dando-se assim a síntese. Portanto no final, quando todos os Logos estiverem unidos, teremos em manifestação um só Raio dominante e glorioso, manifestando-se através de todos os Logos Planetários, porque terão alcançado uma perfeita sintonia, pela síntese de dois em um, quando quatro se manifestam como dois, depois esses dois sintetizados sintetizam-se em um, esse um sintetiza-se no Raio maior de Inteligência Ativa - que na nossa Hierarquia Planetária é representado pelo Mahachoan.

A fusão e síntese continuarão até ser conseguida a unidade do Sistema e o Filho tenha realizado seu propósito, Amor-Sabedoria-Razão Pura perfeitos. Sua Luz resplandecerá cosmicamente. Seu raio magnético tocará a periferia de seu Oposto Cósmico, consumando-se o Matrimônio do Filho e as duas Unidades Cósmicas de Consciência se unem e se fundem.

A Unidade Cósmica que é o Oposto Solar por ora é um enigma, embora seja insinuada na Doutrina Secreta, em: vol. II, chamada, 342, 201,112, vol. IV, 323, 183, 339-340, 118-119, vol. III, 391, 415-416, 342 e em outros livros sagrados.

Uma insinuação velada encontra-se na relação existente entre as Plêiades e a Terra. Quando a precessão dos equinócios avançar mais, ou seja, quando o Sol chegar a uma certa posição em seu giro dentro do zodíaco, perceber-se-á claramente a exata relação existente.

Esclareçamos um pouco o que foi dito sobre os dez esquemas. No livro Astrologia Esotérica, Mestre Tibetano cita sete planetas sagrados e cinco não sagrados, sendo o nosso não sagrado. totalizando doze, existindo consequentemente doze Logos Planetários, cada um com seu esquema de sete globos. Na época em que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito, 1925, o planeta Plutão ainda não havia sido descoberto, portanto era oculto, sendo conhecidos pela ciência da época os seguintes: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urânio e Netuno, num total de oito. Vulcano era e ainda é desconhecido pela ciência, embora o astrônomo francês Urbain Jean Joseph Leverrier tenha previsto a existência de Vulcano entre Mercúrio e o Sol, de acordo com o que o Mestre Tibetano diz. Leverrier previu e existência de Netuno em 1846, através de cálculos baseados nas irregularidades da órbita de Urano. Existe uma perturbação na órbita de Mercúrio, chamada precessão do periélio de Mercúrio, que pode ser causada pela presença de Vulcano. Portanto não há nenhuma contradição nas palavras do Mestre, quando levamos em consideração o que explanamos acima com referência à distinção entre planetas e o trabalho de síntese.

Atualmente são nove planetas reconhecidos pela ciência. Com Vulcano, Sedna, descoberto recentemente e Quíron, ainda não descoberto pela ciência, o total chega a doze.

Esse trabalho de síntese dos raios em um só, cada Mônada encarnada, o homem, deverá fazer também. O processo de nascer, em cada encarnação, sob um signo do zodíaco, objetiva despertar as qualidades dos raios, para que o homem gradativamente as vá assimilando, tornando-as propriedades suas e, no final, consiga sintetizá-las num raio único. Mesmo havendo diferenciações entre as diversas unidades de consciência humanas, no final todas deverão expressar com maior ênfase o raio sintético, primeiro sub-raio do Amor-Sabedoria-Razão Pura. É lógico que algumas unidades terão êxito rapidamente, muito antes da maioria, no atual período global, porém serão bem poucas. Muitas fracassarão nesta quarta cadeia. Mas terão oportunidade na próxima, embora com maiores exigências.

Aqui encerramos a pergunta II.

III - Porque o Sistema evolui como Dualidade?

1 - O Problema da Existência

Esta pergunta é uma das mais difíceis e complexas da metafísica e sua resposta envolve todo o grande mistério da razão da existência e da objetividade.

"Por qual razão DEUS criou ou se transformou, sem deixar de ser ELE MESMO? Porque nos impõe a existência?", são perguntas feitas em muitíssimas ocasiões pelos homens de todas as escolas de pensamento, pelos religiosos e pelos cientistas em busca para achar a verdade final e em seu esforço para descobrir e entender o motivo de todo o mundo visível e obter a explicação da vida sensória; pelos filósofos, ao buscarem o que anima a subjetividade. Essa pergunta também foi expressa por todas as civilizações e todo o tipo de pessoa por meio das ciências morais e da ética; pelos biólogos, em seu empenho persistente para descobrir a fonte da vida e em seu ansioso esforço para explicar o princípio dela, que sempre escapa de suas investigações; pelos matemáticos que, ao considerarem o aspecto forma da manifestação nas distintas áreas da matemática, concluem que DEUS geometriza, que a lei e a medida regem todo o universo e que o uno existe por meio dos muitos, sendo prova disso a busca incessante dos cientistas da energia única que engloba todas as demais, porém, apesar de tudo, são incapazes de resolver o problema com respeito a quem pode ser essa Entidade geometrizadora.

O problema persiste e todos os caminhos de aproximação para achar uma solução terminam no beco sem saída das hipóteses e no reconhecimento de algo último, tão evasivo que os homens vêm-se forçados aparentemente a reconhecerem que existe uma fonte de energia, de vida, de inteligência, à qual dão distintos nomes, de acordo com a tendência de suas mentes, religiosas, cientistas ou filosóficas: Deus, Mente Universal, Energia, Força, o Absoluto, o Desconhecido. Estes e muitos outros termos são os pronunciados por aqueles que, por meio do aspecto forma, procuram o Morador da forma que não puderam achar ainda.

Esse fracasso se deve às limitações do cérebro físico e à falta de desenvolvimento do mecanismo pelo qual se pode conhecer o espiritual e oportunamente estabelecer contacto com o Morador.

O problema da dualidade é o problema da existência mesma e não pode resolvê-lo quem se negue a reconhecer a possibilidade de dois fatos esotéricos:

1 - Que o Sistema Solar personifica a consciência de uma Entidade, cuja origem está fora do "círculo não se passa" solar.

2 - Que a manifestação é periódica e a lei de Renascimento o método evolutivo do homem, do Logos Planetário e do Logos Solar. Daí a ênfase posta no prólogo da Doutrina Secreta sobre os três seguintes fundamentos:

a - O Princípio Imutável e Ilimitado.
b - A Periodicidade do Universo.
c - A Identificação de todas as Almas com a Superalma.

Assim que os cientistas reconheçam os dois fatos mencionados, suas explicações terão um sentido diferente e a verdade, tal qual é, começará a iluminar sua razão. Poucos homens estão preparados para receber a iluminação, que simplesmente é a luz da intuição que derruba as barreiras erigidas pela faculdade de raciocinar. Com o tempo reconhecer-se-á que a dualidade do Sistema Solar depende dos seguintes fatores:

a - Da própria existência.
b - Do tempo e do espaço.
c - Da qualidade desejo ou necessidade.
d - Da faculdade aquisitiva inerente à vida mesma. Essa faculdade, por meio do movimento, reúne em si o material com que satisfaz seu desejo, construindo a forma mediante a qual trata de se expressar, confinando-se ela mesma dentro da prisão do envoltório, para adquirir experiência. Em resumo são as três Leis fundamentais: da rotação, da espiral cíclica e da progressão.

É correta a suposição de que esta teoria admite uma poderosa Inteligência, que age de acordo com um plano ordenado, conscientemente toma forma e encarna, com o objetivo de cumprir seu próprio propósito específico. Esta hipótese constitui por si só o fato fundamental que subjaz nos ensinamentos orientais e geralmente é aceito pelos pensadores de todas as escolas de pensamento do mundo, embora o expressem e percebam de diferentes maneiras. Tudo o que foi dito acima é apenas uma apresentação parcial da Ideia real, porém, devido às limitações do homem na atual etapa de evolução, é suficiente como base prática sobre a qual se pode erigir o templo da verdade. Vemos que é necessária muita capacidade de pensamento abstrato e conceitual, ou seja, mente abstrata.

Esta Entidade, denominada Logos Solar, em hipótese alguma é o Deus pessoal dos cristãos, o qual é, nem mais nem menos que o próprio homem, que se expandiu até se transformar num ser de enorme poder, sujeito às virtudes e vícios próprios dele. O Logos Solar é muito mais que o homem, pois é a soma de todas as evoluções dentro do Sistema Solar, incluindo a humana, que se encontra no ponto médio com referência às demais evoluções.

De um lado alinham-se as hostes de seres que são mais que humanos, os quais em kalpas (períodos) passados alcançaram e transpuseram a etapa em que se encontra agora o homem. De outro lado encontram-se as hostes das evoluções sub-humanas, as quais alcançarão em kalpas futuros a etapa da humanidade atual. O homem acha-se no meio de ambas e no ponto de equilíbrio, residindo aí seu problema. Não participa totalmente do aspecto material da evolução nem é a pressão total do Terceiro Logos, o aspecto Brahma da Divindade, essa expressão da energia pura ou inteligência que anima esse algo tênue denominado substância.

Mas o homem também não é totalmente Espírito, a expressão do Primeiro Logos, o aspecto Mahadeva, uma expressão da vontade pura ou o necessário desejo que impele à manifestação. Constitui a causa primordial e fundamental ou a grande vontade de ser. É o produto da união de ambos e também o lugar de reunião da matéria ou substância inteligente ativa com o Espírito ou vontade fundamental. É o filho nascido desse matrimônio ou união. Entra na objetividade para expressar aquilo que está localizado entre os dois opostos, acrescido do resultado da fusão de ambos dentro de si mesmo.

Com as explicações dadas anteriormente, torna-se fácil entender o que foi dito acima. A evolução é um contínuo transformar-se para melhor e para mais alto. Para tal, mister se faz viver intensamente. Mas esse viver intensamente não é o que maioria imagina, mas sim buscar incessantemente o conhecimento, aplicando-o constantemente, intensificar as emoções sadias, usando a mente, ou seja, sabendo o que está sentindo, para não se deixar dominar pelas más emoções, usar muito os sentidos, todos eles, em particular o tato e seus derivados, o paladar e o olfato, mais esse. Não confundir usar o paladar com ceder à gula. Usar o paladar é prestar atenção ao sabor dos alimentos e do que é ingerido. Em suma, colocar a mente em todos os sentidos e de forma constante no dia a dia. Usar a mente analítica em todos os momentos, procurando conclusões e ilações. Extrair conceitos e ideias de tudo, esforçando-se para correlacionar esses conceitos e ideias, evitando usar mentalmente palavras, trabalhando somente com a parte abstrata. Procurar servir dentro do próprio alcance e da própria capacidade, com desapego, sem visar recompensa. Quanto maior o conhecimento e entendimento do funcionamento do universo, mais depressa irá a evolução e mais cedo o Portal Iniciático será alcançado. O conhecimento do funcionamento do universo abrirá os olhos para a importância do serviço, entre muitíssimas outras coisas. Será realmente expressar budi através de manas. Que todos ponham mãos a obra. Não pode ser esquecido que no prosseguimento do estudo do Tratado sobre Fogo Cósmico uma avalanche de conhecimentos de magna utilidade será passada.

Continuaremos a seguir quando entraremos na consideração da natureza e dualidade do Sistema Solar.

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Estudo 068

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - III - Porque o Sistema Solar evolui como Dualidade? - 2 - Sua Natureza e Dualidade (Páginas 216 e 217)

Analisemos a conjunção que gerou o Filho, sob o prisma da qualidade. Vontade casada com Inteligência Ativa dá nascimento ao chamado "Filho da necessidade", como diz Blavatsky. Esse Filho expressa a inteligência, a vontade, que muitas vezes é desejo e, com a fusão e sintonia de ambos, o amor-sabedoria-razão pura.

Vejamos agora essa conjunção sob o ponto de vista de Fogo. O fogo por fricção, que foi relativamente aperfeiçoado pelo Logos Solar no Sistema Solar anterior ao atual, sua anterior encarnação, resultou da interação da Mônada Solar (o Logos Solar verdadeiro, assim como o homem verdadeiro é a Mônada humana) com a matéria, com forte ênfase em elevar a Inteligência ao máximo possível. Como se pode ver, houve também uma interação da Mônada com a matéria, só que o resultado foi o aperfeiçoamento do Fogo por Fricção, sem ser dada ênfase ao relacionamento entre os dois. O que estava em foco era fazer crescer ao máximo possível a Inteligência Ativa. A matéria tinha de ser ativa o máximo possível e de forma inteligente.

Em Sistemas Solares bem anteriores, nosso Logos expressou e desenvolveu as qualidades do sétimo raio, organização, do sexto, devoção, do quinto, mente concreta e do quarto, harmonia pelo conflito. Tudo isso na matéria, pois os quatro raios menores são derivados do terceiro, da matéria.

No último Sistema Ele dedicou-se a aperfeiçoar todas as qualidades anteriores conjuntamente, buscando a perfeita sintonia e síntese delas, uma vez que o trabalho tinha sido feito isoladamente, cada qualidade por vez. Portanto sempre houve a interação entre a Mônada e a matéria, mas com objetivos e enfoques diferentes. O homem passa pelo mesmo processo, ao encarnar sucessivamente sob os doze signos do zodíaco, que são doze atualmente.

No atual Sistema, o fogo por fricção, já sintetizado no terceiro aspecto ou terceiro raio e aperfeiçoado, é posto em atividade, após o pralaya intersistêmico e fulge com toda a sua glória, para ser o instrumento de desenvolvimento e aperfeiçoamento de uma nova qualidade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, que, como o próprio nome diz, requer dois para existir ou seja, a relação. O Logos cede ao seu desejo de perfeição e encarna. Esse desejo tem uma origem exterior ao Logos.

O fogo por fricção produz calor irradiante, que afeta a Mônada (é lógico que há um mecanismo para levar esse calor até Ela, ou seja, o mecanismo da irradiação) e Ela reage, através de seu fogo elétrico. Isso é o raio atravessando a matéria, simbolicamente falando, pois a ação do fogo elétrico é sempre para frente.

Essa ação recíproca, fogo por fricção afetando a Mônada e o fogo elétrico dessa reagindo sobre a matéria e seu fogo por fricção, é que constitui o fogo solar, o Filho, o fruto do Divino Matrimônio, que se observa em toda a Natureza. Essa relação recíproca, que se expressa pelo fogo solar, tem de crescer, aprofundar-se, aperfeiçoar-se e alcançar a sintonia perfeita com os fogos elétrico e por fricção. Com isso os três crescem, como o filho que numa família contribui para a evolução e amadurecimento do pai e da mãe. O objetivo é que essa relação se transforme em Amor-Sabedoria-Razão Pura perfeitos, em todos os níveis, no homem, nos Logos Planetários e no Logos Solar. Outros Logos Solares podem ter outros objetivos, assim como o Nosso no próximo Sistema objetivará fazer crescer ao máximo sua Vontade, o que significa crescer ao máximo a Mônada Solar, já então com o Amor-Sabedoria-Razão Pura e a Inteligência Ativa agigantadas cosmicamente.

Termina aí a evolução? NÃO. Um objetivo foi conquistado (tudo é conquista, para desagrado dos religiosos devotos, que vivem esperando serem salvos por alguém, se se esforçarem). Um novo objetivo surge, com um novo desafio, num nível bem mais elevado, para todos, homens e Logos.

O homem tende a ser um Logos Planetário ou a um cargo no mesmo nível, o Logos Planetário tende a ser Logos Solar ou a cargo de mesmo nível, o Logos Solar tende a ser Logos Cósmico ou a exercer uma função de mesmo nível, dentro da Economia e Administração cósmicas. O Logos Cósmico terá de lutar e trabalhar para ser Parabrahma Cósmico e assim prossegue ao INFINITO. Em resumo, a GLÓRIA a ser conquistada é INFINITA.

Mestre Tibetano diz na página 217 do Tratado: "O Fogo elétrico ou Espírito, unido ao fogo por fricção, calor, produz fogo solar ou luz." Em termos materiais vemos isso todo dia, quando acendemos uma lâmpada: a corrente elétrica (fogo por fricção/elétrico), ao atravessar o filamento de tungstênio (fogo por fricção/por fricção), produz a luz física (fogo por fricção/solar), que é a sucessão de campos elétricos e magnéticos em ângulo de noventa graus (pela Física), contendo portanto fogos elétrico e solar unidos. Nesse processo físico uma parte do fogo por fricção/por fricção se irradia como calor. É a Lei: assim como é em cima, é em baixo, com as devidas diferenciações, é óbvio.

Concluímos que pela observação atenta, cuidadosa e inteligente da Natureza e seus fenômenos no dia a dia, podemos ver e entender toda a Sabedoria Oculta em operação e desse conhecimento tirar partido, não só acelerando a própria evolução, como adquirindo melhor saúde.

Esse acréscimo de uma nova qualidade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, à conquistada anteriormente, quando o Logos se encarna novamente, utilizando a Inteligência Ativa aperfeiçoada, expressa-se inicialmente como capacidade de entender e amar o objetivo, o não-eu, para posteriormente utilizar a forma com sabedoria.

A vontade pura atualmente é mera abstração e só será levada a pleno desenvolvimento no próximo Sistema Solar. As outras duas qualidades, amor-sabedoria-razão pura e inteligência ativa não são abstrações, mas fatos reais, todavia a inteligência ativa é a mais em evidência, estando a outra em desenvolvimento e só irá emparelhar com a inteligência no final da atual encarnação do Logos, ou seja, pouco antes de sua "morte física cósmica" e nós, Mônadas Humanas (as que atingirem as diversas metas), iremos participar da glória dessa vitória do Logos. As Mônadas humanas fracassadas terão de recuperar o tempo perdido no próximo Sistema, o que em termos práticos quer dizer o seguinte: atualmente 35 bilhões de Mônadas humanas estão no segundo raio, portanto em dia, 20 bilhões no terceiro raio, as fracassadas do sistema anterior e 5 bilhões no primeiro raio, adiantadas. Pouco antes do desencarne do Logos, as Mônadas de sucesso deverão estar no segundo raio aperfeiçoado, para no próximo renascimento físico do Logos Elas iniciarem o trabalho evolutivo no primeiro raio. As Mônadas atualmente no primeiro raio irão também evoluir no próximo Sistema, porque as condições e experiências que terão de vivenciar serão bem diferentes das atuais, considerando todos os planos cósmicos.

Tudo o que foi dito acima já era conhecido, todavia foi repetido para enfatizar e realçar a necessidade de se olhar esse processo de evolução, que se traduz na prática como o Plano Divino (um conjunto de metas para atingir o objetivo do Logos), sob o ponto de vista das grandes Entidades e não apenas do homem.

"A evolução humana é essa evolução, em que o aspecto Filho tem de se expressar com a máxima perfeição nesta atual encarnação física cósmica do Logos Solar." O homem tem de unir, fundir e sintonizar os dois opostos, Mônada e matéria, fogo elétrico e fogo por fricção, o que significa que ele, por ser fogo solar por excelência, ao desenvolver em si mesmo a fusão dos outros dois, será a expressão dos três. O homem será, no final do grande ciclo do Logos, a manifestação perfeita, sincronizada e sintonizada dos três fogos, elétrico, solar e por fricção, em outras palavras, a matéria capacitada para ser o templo da Mônada.

No final deste item 2 Mestre Tibetano tece alguns comentários sobre o processo de expressão da consciência do Logos Solar através dos Logos Planetários e das humanidades evoluindo nos diversos esquemas. Esses comentários requerem explicações mais detalhadas, para serem devidamente entendidos e visualizados.

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Estudo 069

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - III - Porque o Sistema Solar evolui como Dualidade? - 2- Sua Natureza e Dualidade (Final) (Páginas 217 e 218)

Detalhemos um pouco o processo de expressão da autoconsciência do Logos Solar, o Filho Cósmico, através da humanidade. O homem é a melhor expressão do princípio manásico ou mente e, desde um ponto de vista muito especial, dirige a obra de Brahma ou Inteligência Ativa, porque a humanidade faz parte da consciência do Logos Planetário, que faz parte da consciência do Logos Solar. A humanidade como um todo constitui o centro laríngeo do Logos Planetário. A autoconsciência do Logos Solar se expressa pelas autoconsciências dos Logos Planetários. Cada ser humano, conforme sua evolução, tem uma função no centro laríngeo do Logos Planetário. Os Iniciados passam a atuar no centro cardíaco do Logos. Quando entram na Câmara do Concílio de Shamballa atuam no centro coronário.

Na figura abaixo procuramos visualizar essas linhas de consciências, ou seja, a difusão da Autoconsciência do Logos Solar:

O Logos Solar 30
Autoconsciência do Logos Solar
Os 7 Logos Planetários Sagrados
Autoconsciência do Logos
As humanidades



Os 5 Logos Planetários não Sagrados
Autoconsciência do Logos
As humanidades

SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo para o atual período global, é a consciência encarnada fisicamente na Terra do Logos Planetário. É dele que é dito que não cai uma folha sem que o Pai saiba. Tudo o que ocorre na Terra está dentro de Sua Consciência. Todavia Ele tem o direito do Divino Isolamento, ou seja, Ele toma conhecimento de tudo, mas não é afetado. Ele foi escolhido há dezoito milhões de anos, quando o Logos decidiu encarnar fisicamente. Como Ele não podia assumir forma física humana pessoalmente, manifestou esse seu desejo e logo vários candidatos se apresentaram e SANATKUMARA foi o escolhido. É proveniente do esquema de Vênus, o mais adiantado e em vias de pralaya ou abstração. Por isso o homem faz parte da consciência do Logos.

O homem é o aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura em desenvolvimento por meio da inteligência ativa, em seu nível, impulsionado pelo aspecto Vontade ou Shiva.

Daí o homem ser muito importante, porque é o ponto de união dos três aspectos, todavia não o é, sob o ponto de vista maior do triângulo, ou seja, ele é o ponto médio do triângulo, mas não o vértice mais elevado, o aspecto Espírito ou Pai, sendo apenas o Filho, quando olhamos a Trindade:

Espírito-Pai
O Filho ou o homem
Matéria-Mãe

Quando o homem, na quarta Iniciação, passa a viver, atuar e trabalhar com a matéria búdica, ele participa ativamente do funcionamento dos chacras laríngeo e cardíaco do Logos, porque sua consciência física está nas matérias búdica e acima. É por isso que todos devem acelerar a própria evolução.

Para o Grande Ser maior que nosso Logos Solar, AQUELE DE QUEM NADA SE PODE DIZER (o Logos Cósmico do Qual nosso Logos Solar com mais seis Sagrados são centros), a evolução do nosso Logos Solar, o Grande Filho, o Cristo Cósmico (porque Ele representa o Amor-Sabedoria-Razão Pura Cósmicos) é muito importante.

As Grandes Entidades Cósmicas, que se manifestam fisicamente pelas constelações e estrelas ligadas, observam com muita atenção a evolução do nosso Logos.

Da mesma forma que a Terra é o campo de batalha entre o Espírito e a matéria dentro do Sistema Solar e por isso de grande importância, igualmente nosso Logos Solar, o Divino Arjuna, luta para aperfeiçoar sua autoconsciência e tornar-se independente da forma e do não-eu cósmicos, sendo por isso muito importante cosmicamente.

Na Terra o homem batalha para conseguir a mesma coisa, em escala menor. Nos Céus, dizemos simbolicamente, Miguel e seus Anjos ou os divinos Homens Celestiais travam a Divina Pugna para os mesmos objetivos, em escala muito mais elevada.

Concluindo e resumindo, a dualidade e a sua interação produzem:

a. a objetividade, o Filho ou o Sol manifestado;
b. a própria evolução;
c. o desenvolvimento da qualidade;
d. o tempo e o espaço, que surgem pelo referencial.

Essas perguntas contêm aspectos fundamentais da manifestação, quando ela é contemplada do ponto de vista subjetivo ou psíquico.

Encerramos aqui a pergunta III. Iniciaremos a seguir o estudo da pergunta IV: O que é a Consciência? Que lugar ocupa no atual esquema das coisas? - Esse assunto é de fundamental importância, porque o homem é essencialmente um Pensador e a consciência é o resultado da ação de pensar, portanto entendendo o que é a consciência, todos adquirirão conhecimentos dos objetivos do processo evolutivo no atual Sistema Solar e assim terão mais estímulo e motivação para acelerar esse processo, na luta pela conquista da meta da nossa cadeia, a quinta Iniciação, da Revelação. Com os conhecimentos que serão passados no decorrer do estudo do Tratado (falta muita coisa), essa motivação crescerá exponencialmente, temos a certeza, uma vez que, tendo a visão clara do processo evolutivo, não haverá nunca mais hesitação, por não haver mais dúvida.

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Estudo 070

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - IV - O que é a Consciência? Que lugar ocupa no atual esquema das coisas? (Páginas 218, 219 e 220)

A consciência pode ser definida como o resultado da captação. O homem tem cinco mecanismos de percepção, os sentidos (jnanaindriyas) e cinco de ação (carmaindriyas). Pelos sentidos ele capta o que acontece em seu exterior, o não-eu. Pelos mecanismos de ação ele atua no seu exterior. Mas ele também percebe o que está fazendo, quando usa seus mecanismos de ação, melhor dizendo, ele capta o que está fazendo, embora sem sempre tenha noção de sua ação, sob o ponto de vista do correto e justo. Quando ele toma conhecimento de sua ação, está se relacionando com seus veículos, logo esses constituem também o não-eu, uma vez que a consciência está além dos veículos, apesar de depender do cérebro físico, que faz parte do corpo.

Portanto existe o Pensador e o pensado, o Conhecedor e o conhecido, o que sugere o conceito de dualidade, o objetivo e o que está atrás do objetivo.

Quando se olha a consciência do ponto de vista da manifestação, conclui-se que ela é o ponto médio desse processo. Não se fixa totalmente no Espírito, nem na matéria, mas prende-se ao Espírito por uma metade e à matéria pela outra, sendo pois o elo entre os dois, provocando uma interação entre ambos e, pela ação e reação dos dois, dá-se a adaptação, que é a evolução.

Temos na eletrônica um fenômeno bem análogo a isso. E a realimentação, que pode ser positiva ou negativa. A figura abaixo visualiza esse fenômeno:

A energia de entrada é amplificada no amplificador e uma parte dela amplificada na saída é enviada à entrada, aumentando a energia amplificada, quando está em fase, ou seja, a polaridade é a mesma da energia de entrada, chamando-se isto realimentação positiva. Com isso o circuito pode entrar em oscilação.

Muitos já devem per presenciado a chamada microfonia, em sistemas de som, quando ocorre aquele ruído desagradável, se o microfone ficar direcionado para o alto-falante. O microfone é a entrada e o alto-falante a saída do amplificador. Se o microfone estiver orientado para o alto-falante, ele vai receber sua própria energia amplificada e enviá-la para o amplificador, o que vai num crescendo até entrar em oscilação, que provoca o ruído chamado microfonia.

Se considerarmos a Mônada ou Espírito, em qualquer situação (como Alma no corpo causal ou como cérebro físico no homem encarnado), como a energia de entrada, os mecanismos de ação como a saída da energia amplificada (a energia de vida que anima o corpo é a eletricidade do amplificador) e os sentidos como o elo de realimentação, teremos uma visão analógica do processo de evolução e da consciência. É óbvio que estamos fazendo uma analogia e por isso há diferenças entre os dois sistemas, o amplificador com sua realimentação e o homem. O amplificador não se limita a amplificar o sinal ou a energia de entrada, ele também processa esse sinal, o mesmo acontecendo com a consciência do homem, que processa, ou seja, modifica o que nela entra.

Quando a energia da Mônada chega ao cérebro físico, ela é adequada para se manifestar no mundo físico e isso equivale à amplificação. Quando o homem percebe algo do mundo exterior ou que está ocorrendo em seus corpos, essa percepção é consequência da energia da mente que fluiu de seu cérebro para o exterior (a atenção), equivalendo então à energia de saída. Ao captar algo fora e retornar ao cérebro (consciência), esse algo provoca uma reação, que pode aumentar a energia inicial (se está na mesma polaridade ou em fase) ou reduzir (se está na polaridade oposta ou em contrafase). Com isso temos de um lado um aumento da energia, que podemos ver como uma determinada qualidade ou um vício e de outro uma diminuição, que pode ser também uma qualidade ou um vício.

Quando o homem atua e age, o raciocínio é o mesmo. Sua ação é consequência da energia de entrada da Mônada no cérebro físico, que leva à ação. A reação a essa ação, quer vindo de outros quer de si mesmo, chega à entrada pelos sentidos e retorna para a amplificação. Com isso, no caso de a energia de realimentação estar em fase, ocorre a oscilação, que leva ao crescimento. Podemos até encarar o processo de reencarnação como uma oscilação, em que uma encarnação é um ciclo e a seguinte um outro, que pode ter uma amplitude maior.

Encaremos agora todo esse processo sob o ponto de vista esotérico:

Polo positivo
ou Energia
de entrada (input)
Amplificador ou o Sistema
no qual ocorre a interação
Polo negativo ou de saída
Primeiro Logos, Mahadeva Segundo Logos, Vishnu, Amor-Sabedoria Terceiro Logos, Brahma, Inteligência-
Vontade Razão Pura Ativa
Espírito Consciência Matéria
Pai Ego ou Alma Personalidade
o Eu A relação entre O Não-Eu
o Conhecedor O Conhecimento O Conhecido
Vida Realização Forma

Muitas outras comparações podem ser feitas, para demonstrar o processo da consciência na manifestação.

O que deve ser enfatizado é que o Sistema Solar personifica, durante a objetividade evolutiva, a relação logoica acima explicada, ou seja, os três aspectos do Logos único interagem, como se fossem três separados, para que a autoconsciência-logoica consiga plena realização, completo conhecimento ativo e o máximo de expansão.

Embora neste atual Sistema Solar o objetivo é desenvolver o Filho, quando olhamos o Logos como um Todo, entendemos que Ele, Filho, é objetiva ou exteriormente o Sistema Solar, em essência é Vontade ou Poder e subjetiva ou interiormente é Amor-Sabedoria-Razão Pura, que está sendo desenvolvido pela utilização máxima da Inteligência Ativa, que é o próprio Sistema Solar.

A manifestação tríplice do Logos Solar, através dos chamados Três Logos, que estão no plano Adi e têm sob suas responsabilidades grandes equipes de Seres elevados, procura alcançar completo desenvolvimento nos três aspectos, embora o desenvolvimento maior é o do segundo.

Os três Logos se interdependem. O primeiro Logos, Mahadeva, a Vontade, com a ajuda do terceiro Logos, a Inteligência de Brahma, procura desenvolver o segundo Logos, Vishnu, Amor-Sabedoria-Razão Pura. Não podemos esquecer que cada Logos é tríplice e cada um, quando procura desenvolver seu segundo aspecto, utiliza os outros dois, embora dando ênfase ao segundo. Com isso o segundo Logos é o beneficiado, pois sendo Ele preferencialmente Amor-Sabedoria-Razão Pura, os trabalhos dos outros dois, com ênfase no segundo aspecto, geram condições em todo o Sistema para seu êxito. No próximo Sistema, o beneficiado será Mahadeva, o primeiro Logos.

O microcosmo, o homem, reflexo do tríplice Logos, usando seus três corpos, busca alcançar o mesmo desenvolvimento em seu nível.

Nos planos superiores os Homens Celestiais, servindo-se de atma-budi-manas, esforçam-se para conseguir progresso similar. Os Homens Celestiais, sagrados e não sagrados, juntamente com os entes de seus corpos, compostos de Mônadas Dévicas e humanas, constituem em conjunto o corpo do grande Homem Celestial, o Logos Solar.

Quando o homem se realiza e obtém êxito em sua luta pela meta proposta, os Homens Celestiais também se realizam e logram seus êxitos, alcançando total conhecimento e desenvolvimento e plena autoconsciência em todos os planos. Então o Filho, o Logos Solar, realiza-se e obtém sua vitória final, conseguindo completo conhecimento e desenvolvimento e total autoconsciência nos planos cósmicos, como também seu Sistema, que é seu corpo de manifestação, do físico ao adi, serviu ao seu propósito, expressando as qualidades previstas.
Então, porque seu corpo cósmico não é mais necessário, ele é abandonado e o Sistema Solar deixa de existir, tornando-se o Logos Solar um Homem Cósmico livre.

Entra num período de descanso, para preparar sua futura encarnação cósmica, o próximo Sistema Solar.

Vejamos essa evolução tríplice do Logos Solar, através dos três Sistemas Solares, dos quais o nosso é o ponto médio, em conjugação com a evolução tríplice do microcosmo, o homem, nesses três Sistemas:

O Macrocosmo, o Logos Solar
O primeiro Sistema Solar expressou o princípio "Eu sou".
O segundo Sistema manifesta o princípio "Eu sou esse".
O terceiro Sistema externará o princípio "Eu sou esse eu sou".
O microcosmo, o homem

A primeira manifestação, a Personalidade, expressa o princípio "Eu sou".
A segunda manifestação, o Ego, personifica o princípio "Eu sou Esse".
A terceira manifestação, a Mônada, externa o princípio "Eu sou Esse eu sou".

Embora essas três fases do homem ocorram em cada Sistema Solar, todavia em cada um é dada ênfase a um princípio. Expliquemos melhor.

No primeiro Sistema, o Logos viveu o princípio "Eu sou", então o homem viveu as três fases assim:

Personalidade "Eu sou/Eu sou"
Ego "Eu sou/Eu sou Esse"
Mônada "Eu sou/Eu sou Esse eu sou"

Os princípios vividos pelo homem eram subprincípios do princípio maior "Eu sou", do Logos.

No atual Sistema, quando o Logos está vivendo o princípio "Eu sou esse", o homem vive:

Personalidade "Eu sou esse/Eu sou"
Mônada "Eu sou esse/Eu sou Esse eu sou"
Ego "Eu sou esse/Eu sou Esse"


No próximo Sistema o homem viverá:

Personalidade "Eu sou esse eu sou / Eu sou"
Ego "Eu sou esse eu sou / Eu sou Esse"
Mônada "Eu sou esse eu sou / Eu sou Esse eu sou"

Esclareçamos esses princípios. O princípio "Eu sou" significa o intenso egocentrismo e a vida material, quando o interesse pelos outros é apenas no que eles possam ser úteis.
O "Eu sou Esse" significa que já há preocupação desinteressada com os outros e a visão deles como reflexos de si.

O "Eu sou Esse eu sou" quer dizer que o homem já se identifica com os outros em essência, ou seja, ele reconhece com toda a clareza que todos têm a mesma essência espiritual e divina que ele.

A nossa linha de raciocínio utilizada nessas deduções é baseada no fato de que no Sistema Solar anterior, o Logos concentrou-se em desenvolver seu terceiro aspecto, a Inteligência Ativa, logo ela está relacionada com o princípio "Eu sou". No atual Sistema o objetivo é o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura, logo ele está relacionado com o princípio "Eu sou esse". No próximo o propósito será o primeiro aspecto, Vontade, o que leva à conclusão de que ela está relacionada com o princípio "Eu sou esse eu sou". Portanto todos os princípios do homem são subsidiários do princípio dominante do Logos nos diversos Sistemas.

É muito útil e interessante que apliquemos esses conceitos ao Logos Solar e tiremos nossas conclusões, em termos de consciência.

Concluímos pelo acima dito que os três aspectos são dependentes entre si e se necessitam mutuamente, demonstrando a unidade do Logos. No homem acontece o mesmo.

No próximo estudo analisaremos a V pergunta:"Existe uma analogia direta entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo ?" Veremos então como a afirmação:"Assim como é em cima, é embaixo", é bem verdadeira e nos permite entender o modo de vida dessas excelsas Entidades, as quais um dia seremos. Esse entendimento irá clarear em muito nosso caminho, o que dará a todos força para prosseguir com mais vigor.

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Estudo 071

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - V - Existe uma analogia direta entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? (Páginas 220, 221 e 222)

Ao entrarmos na quinta pergunta, que envolve analogia, necessário se faz tornar bem clara uma coisa: a analogia não é semelhança exata, mas apresenta semelhanças de funções e conceitos. Por isso, para se entender analogia, é condição sine qua non (sem a qual não) ter grande capacidade de raciocínio abstrato, para extrair a ideia ou o conceito fundamental das partes comparadas e suas relações. Os detalhes operacionais das ideias são diferentes em quantidade, nível, funções em ação e complexidade.

Demos um exemplo. Quando afirmamos que existe uma analogia entre um homem e um animal em vias de ingressar no reino humano, queremos dizer que o animal tem a mesma trindade que o homem: Espírito, consciência e corpo de expressão, sendo três funções análogas, porém não idênticas. O animal tem Espírito atuando através de uma Tríade Inferior incipiente, com pouca capacidade de ação ou função, enquanto que no homem a Tríade é muito mais ativa e operante e suas funções muito mais amplas e em nível mais elevado. O animal tem consciência, mas não autoconsciência, o que por si só expõe nitidamente a diferença. O animal possui um corpo físico, capaz de exercer efeitos físicos, com sentidos e mecanismos de ação como o homem. Todavia o corpo do animal tem detalhes anatômicos e fisiológicos diferentes dos do homem.

Um Logos Planetário também tem Mônada ou Espírito, autoconsciência e corpo físico, como o homem. Contudo o nível e a complexidade dessas ideias ou funções são bem diferentes. Portanto para saber usar a analogia, é imprescindível ter a habilidade de perceber diferenças dentro de semelhanças. Essa habilidade só pode ser desenvolvida com o exercício de cruzar informações, procurando ver os pontos em comum.

Quando descrevemos um fenômeno por meio de uma equação matemática, estamos quantificando os conceitos regentes do fenômeno. Futuramente o esoterismo será expresso por meio de equações matemáticas, como também a astrologia, que trabalhará com modelos probabilísticos, do tipo: y = f (x1, x2, x3, x4, ......., xn) + ε , sendo ε o termo de erro, y o resultado de um determinado prognóstico e f (x1, x2, x3, x4, ......, xn) a função de n variáveis ou fatores que concorrem para o prognóstico. Mas ainda falta muito, porque atualmente pouquíssimos conseguem enxergar assim e a imensa maioria não aceita que DEUS usa a matemática ao construir seus universos, em todos os níveis.

Comecemos o estudo dessas analogias com o átomo.

O átomo

O átomo físico primordial é uma esfera, que contém dentro de si mesma um núcleo de vida.

O átomo físico contém dentro de si átomos de outro nível e diferenciados, que por sua vez contêm dentro de si átomos de nível mais elevado e diferenciados, que por sua vez contêm dentro de si átomos de nível mais elevado e diferenciados e assim prosseguindo, até o plano arquetípico, totalizando quatorze bilhões de átomos arquetípicos. Todavia esses quatorze bilhões manifestam-se como uno.

O átomo se distingue pela atividade, expressando as qualidades de:
- movimento giratório,
- poder discriminador,
- capacidade de desenvolvimento.

É dito que o átomo possui três espiras maiores e sete menores, que estão em processo de vitalização, não tendo ainda conseguido plena atividade. Na etapa atual apenas quatro estão ativas, estando a quinta em fase de desenvolvimento.

O átomo está regido pela Lei de Economia, está sendo lentamente governado pela Lei de Atração e, com o tempo, estará sob o domínio da Lei de Síntese.

O átomo tem seu lugar em todas as formas e o conjunto de átomos produz a forma, na sequência de moléculas, células, órgãos, sistemas e a forma completa.

Um átomo responde aos seguintes estímulos externos:

estímulo elétrico, que afeta sua forma objetiva ou exterior, por exemplo a valência e campos elétricos;

estímulo magnético ou de atração, que atua sobre sua vida subjetiva ou interior.

O efeito combinado de ambos esses estímulos leva ao consequente crescimento e desenvolvimento internos.

Assim o átomo caracteriza-se por:

Sua forma esférica. Seu " círculo não se passa " é preciso e nítido.

Sua disposição interna abrange a esfera de influência de qualquer átomo, ou seja, eles se comunicam e interagem.

Sua atividade vital ou vitalidade ( a medida com que a vida de seu centro o anima ), muito pequena na atual etapa.

Sua sétupla economia interna em processo de evolução. Essa sétupla economia interna é a atividade das sete espirilas. Na realidade, como são dez espiras, a economia é constituída de dez funções, tendo em vista a síntese final.

Sua eventual síntese interna das sete espiras em três.

Sua relação grupal, por exemplo, quando formam moléculas.

O desenvolvimento de sua consciência ou capacidade de resposta, quando por exemplo tornam-se radioativos.

Vejamos quais conceitos ou ideias podemos extrair desses sete itens. No primeiro temos o conceito de forma ou corpo de expressão. No segundo percebemos o conceito de relacionamento. No terceiro captamos o conceito de capacidade de atuação. No quarto detectamos a ideia de organização interna para atingir um objetivo. No quinto vemos a ideia de processo de aperfeiçoamento e síntese. No sexto é o conceito de trabalho grupal, utilizando as relações entre si, para um objetivo comum ao grupo, que muitas vezes serve a um grupo maior, constituído de vários grupos menores. No sétimo é o conceito de consciência, resultado da interação com o meio, como no caso do elemento U (urânio), que pela radioatividade altera outros elementos. A Química apresenta muitos exemplos desses conceitos. Quando o químico moderno constrói as grandes moléculas chamadas polímeros, com muitas propriedades planejadas, como por exemplo os tecidos sintéticos, ele está manipulando esses conceitos.

Seguindo essa mesma linha conceitual, iremos analisar o homem no próximo estudo.

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Estudo 072

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - V -Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O homem (Páginas 222, 223 e 224)

Analisemos agora o homem segundo os mesmos conceitos utilizados para o átomo.

a. Um homem tem forma esférica. Pode ser visto com um "círculo não se passa" esférico, uma esfera de matéria com um núcleo de vida no centro. Se considerarmos o Ego no centro do corpo causal, de forma ovoide, teremos a esfera, com o núcleo de vida no centro, sendo o ponto médio entre Espírito e matéria. O corpo astral com sua aura também é ovoide, o mesmo acontecendo com o corpo etérico e sua aura.

b. Se o homem for olhado desde o plano búdico, será visto como quatro ovoides, o mais sutil (o causal) envolvendo o mental inferior, esse envolvendo o astral, esse envolvendo o etérico e dentro desse o corpo denso. Todos os ovoides são constituídos de átomos diferenciados, que se unem formando unidades mais complexas, com funções especializadas, como por exemplo os centros, até chegarem a formar o corpo. A vida da Mônada está ligada a cada átomo, a cada conjunto de átomos, ao corpo inteiro, vitalizando-os, conferindo a todos a vontade de viver e fazendo com que vibrem a uma determinada frequência, de acordo com o grau de evolução da Mônada e, em consequência dessa frequência, surge uma cor, que indica sua posição e o ritmo de seu ciclo de vida.

c. O homem é caracterizado pela atividade e pelo dinamismo que consegue desenvolver em um ou mais planos inferiores (físico, astral e mental)e manifesta as seguintes qualidades:

1. Movimento de rotação, ou seja, cada encarnação sendo considerada um giro da roda da vida, em torno de seu polo egoico.

2. Capacidade de discriminar ou seu poder de escolher, decidir e adquirir experiência.

3. Capacidade de evoluir, com o objetivo de acelerar sua frequência e estabelecer contactos cada vez mais elevados.

d. Contém em si mesmo os três princípios maiores: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa ou adaptabilidade, sendo que esse último se divide nos quatro menores, formando os sete no todo. Esses sete princípios são ativados e vividos individualmente no início. Posteriormente os quatro menores são sintetizados no terceiro, Inteligência Ativa, requerendo isso mais uma vivência. Em seguida vem a sintetização do terceiro no segundo e finalmente do segundo no primeiro. Com isso somam-se dez vivências ou princípios, que irão constituir as dez manifestações perfeitas. No momento apenas os quatro princípios menores estão ativos, fato comprovado pelas quatro espirilas ativas do átomo físico permanente, o que caracteriza o homem como o quaternário inferior. O quinto princípio, Inteligência Ativa (o terceiro contando a partir da Vontade, o primeiro) está despertando, o que leva ao despertar da quinta espirila. Portanto Manas está se desenvolvendo.

e. O homem está regido pela Lei de Atração, evolui segundo a Lei de Economia e lentamente vem caindo sob o domínio da Lei de Síntese. A Lei de Economia comanda o processo material, do qual o homem não é muito consciente. A Lei de Atração regula suas ligações com outras unidades ou grupos. A Síntese é a lei de seu eu interior, a vida que anima a forma, ou seja, a Mônada manifestada dando vida à forma.

f. O homem ocupa um lugar dentro do grupo formado pelas formas. Os grupos egoicos e os Homens Celestiais estão formados pelo conjunto de homens e Devas.

g. O homem responde ao estímulo externo:

1. Estímulo pelo fogo por fricção tríplice (elétrico, solar e por fricção), que afeta a forma externa.

2. Estímulo pelo fogo solar (magnético), que age sobre sua vida subjetiva ou interna. Esta sua vida interna provém de seu grupo egoico, ou seja, de sua Alma, que pertence a um grupo de Almas. Mais tarde essa vida virá diretamente do Homem Celestial, de cujo corpo é uma célula.

3. O efeito combinado dos dois estímulos conduz ao crescimento e desenvolvimento contínuos, propiciando a chegada do fogo elétrico da Mônada.

Consequentemente o homem é caracterizado por:

I. Sua forma esférica, visível pela forma esférica de seus átomos, suas células, a maioria de seus órgãos e a forma ovoide de seus corpos sutis. Seu "círculo não se passa" é exato e perceptível.

II. Sua organização interna. Toda a sua esfera de influência está em desenvolvimento. Atualmente tal esfera é limitada e seu campo de atividade pequeno. À medida que seu corpo egoico for se desenvolvendo, o núcleo de vida Monádica (a Alma), que se encontra no seu centro, dilata seu raio de controle, até controlar e dominar todo o conjunto de suas formas.

III. Sua atividade vital ou aquilo que ele pode expressar em determinados momentos de autoconsciência ou o controle que exerce sobre sua tríplice natureza inferior, os corpos físico, astral e mental.

IV. Sua sétupla economia interna, o desenvolvimento de seus sete princípios, expressos pelas sete espirilas do seu átomo físico permanente e, finalmente, sua síntese nas três maiores.

V. Sua eventual síntese interna, sob a ação paulatina e progressiva das três leis, as sete (pelo desmembramento da terceira em quatro) nas três e finalmente as três em uma, quando passa a ser Vontade, enriquecida com todas as qualidades adquiridas ao longo de seu grande ciclo evolutivo. Então a Vontade transforma-se literalmente em Sacrifício, com o sentido de tornar sagrado (do latim sacer, sacra, sacrum - sagrado e facere - tornar).

VI. Suas relações com o grupo.

VII. Seu desenvolvimento de consciência, de resposta ao contacto, que implica no aumento da capacidade de percepção, donde a suprema importância de usar todos os sentidos, pondo neles a mente e do poder de análise do que é percebido, conforme já foi explicado, quando estudamos os centros e os sentidos.

Ficou bem clara a analogia entre o átomo e o homem. Há semelhança de características, funções e metas,porém no homem elas se expressam em áreas e campos bem mais elevados e amplos, com muito maiores complexidades e relações.

Portanto vale a pena se esforçar para evoluir, pois a Glória espera os Valorosos que se dispõem a lutar.

No próximo estudo demonstraremos as analogias com o Homem Celestial.

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Estudo 073

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - V - Existe uma Analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O Homem Celestial (Páginas 224, 225 e 226)

Iremos aplicar agora a Lei de Analogia ao Homem Celestial ou Logos Planetário.

a. Seu corpo físico pode também ser visto como tendo forma esférica. Os globos físico ( planeta) e de matéria sutil totalizando sete e constituindo um esquema, são todos esféricos. O esquema todo é esférico, como também seu "círculo não se passa". Esse esquema é seu corpo físico cósmico, análogo ao corpo físico do homem e ao átomo físico. Cada esquema tem sete cadeias, ou seja, ele se renova sete vezes, num processo de aperfeiçoamento do Homem Celestial que se expressa pelo esquema. As sete cadeias de um esquema são sete fases ou ciclos menores de uma encarnação do Logos Planetário, assim como o homem tem vários ciclos em uma encarnação física. Vemos aí a semelhança de processo entre as encarnações do Homem Celestial e do homem, com as diferenças de detalhes desse processo, ou seja, vemos a analogia em seu real significado. Isso é assim, para que, ambos, Homem Celestial e homem, vivam e adquiram experiências, para evoluírem. Para o Homem Celestial, seu corpo físico cósmico abrange as matérias física, astral e mental, que não constituem princípios para Ele, mais as matérias búdica, átmica, monádica e adi, estando sua Consciência física focalizada na matéria búdica atualmente, com ativação das matérias superiores, a medida que for evoluindo. Quando nós, homens, nos tornarmos plenamente conscientes na matéria búdica, estaremos contribuindo para a ativação da consciência física do Logos e para sua evolução.

b. Assim como o corpo físico do homem é constituído por células, que reunidas formam órgãos, que por sua vez se organizam em sistemas, que juntos e integrados são o corpo físico, igualmente o Logos Planetário possui células em seu corpo físico, que são o conjunto de Devas e homens, que vibram ao ritmo de Sua nota chave e respondem ao compasso de Sua vida, sendo ambas, nota chave e compasso de vida, resultantes das Suas qualidades, principal e subsidiárias, Suas intensidades e Seu nível evolutivo. Essa dependência em nada afeta ou restringe a nossa liberdade, pois somos livres para evoluir depressa, caso queiramos e seguir para fora do esquema e até do Sistema Solar, como veremos mais tarde, quando entrarmos no estudo dos sete caminhos, no final do Tratado. A Sua Vontade de ser é que mantém todo esse conjunto de entes, Dévicos, humanos e os reinos inferiores, unidos como uma unidade, assim como é a vontade de ser da Mônada via Alma, que mantém as células do corpo físico coesas como uma unidade no homem. Quando se olha um esquema de globos a partir do plano astral cósmico, ele é visto como uma esfera de vida de uma beleza indescritível, vibrando maravilhosamente, segundo sua capacidade. Esse ritmo vibratório depende da atividade do Ser cósmico (o Homem Celestial) que anima o esquema. A visão do esquema de Vênus, o mais adiantado, é a mais bela do Sistema Solar. Todo esquema planetário tem sua cor, resultado de sua frequência, sua velocidade de órbita em torno do Sol, que é fixa durante um certo tempo, conforme o ciclo de vida dentro do grande ciclo logoico solar ou mahamanvatara. De fato sabemos pela Astronomia que os planetas orbitam em torno do Sol com velocidades diferentes, segundo as leis de Keppler. Além disso a rotação em torno do próprio eixo varia de planeta para planeta, como também o sentido da rotação e o ângulo de giro em relação ao Sol. Vênus por exemplo gira em sentido oposto ao da Terra e seu ângulo de giro em relação ao Sol é de 110 graus, enquanto a Terra tem um ângulo de 23 graus (seu eixo norte-sul está orientado para a estrela Poláris, a alfa da Ursa Menor).

c. Da mesma forma com que o homem se caracteriza pela atividade em um dos três planos inferiores, físico, astral e mental, o Homem Celestial se caracteriza pela Sua atividade em um dos três planos cósmicos inferiores, físico, astral e mental cósmicos. Com a evolução o homem passa a ser plenamente autoconsciente nos três, igualmente o Logos Planetário será plenamente autoconsciente fisicamente nos planos átmico, monádico e adi, que para Ele são subplanos físicos (os subplanos etéricos cósmicos). O homem também terá de desenvolver plena autoconsciência nos subplanos físicos etéricos, o que deverá ocorrer num globo etérico do esquema. Um aumento de atividade e vitalidade do conjunto de homens (a humanidade encarnada e desencarnada) nos três planos inferiores, provoca um aumento de atividade nos planos búdico e acima, afetando a consciência do Logos. Essa interação entre a Vida que anima o Logos (a Mônada do Homem Celestial) e se expressa pelos seus veículos, as vidas (as Mônadas humanas) que se expressam pelos homens e as vidas que se expressam pelos átomos, é misteriosa e maravilhosa. O Homem Celestial, em seus níveis correspondentes, manifesta analogamente as seguintes propriedades:

1. Movimento de rotação (não é movimento físico) cíclico ou atividade particular cíclica ao redor da roda da Sua Vida, um esquema planetário e portanto ao redor do Seu polo egoico, considerando um esquema planetário com as sete cadeias uma encarnação física cósmica.

2. Capacidade de discriminar ou poder de decidir e escolher, para adquirir experiências. Os Homens Celestiais utilizam Manas ou faculdade de entender, escolher e rechaçar (por isso Eles são chamados Divinos Manasaputras) e assim adquirirem conhecimento e autoconsciência. Desenvolveram essa capacidade (Manas) em kalpas ou sistemas solares anteriores. Agora se servem dessa conquista para produzirem certos efeitos específicos e conseguir determinadas metas.

3. Capacidade de evoluir, aumentar a frequência vibratória, adquirir conhecimento e estabelecer contactos. Este aumento de frequência é progressivo e gradual, avança de um centro a outro, como no caso do homem e das espirilas do átomo. Seu objetivo é conseguir a estabilidade dos contactos entre si e sintetizar Suas entidades em uma Entidade Una, conservando simultaneamente a plena autoconsciência ou autocompreensão individualizada, ou seja, não perdem a noção de individualidade.

d. O Homem Celestial contém em Si três princípios maiores - Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa - que se manifestam pelos sete princípios, tão frequentemente tratados nos livros ocultistas, pelo desmembramento do terceiro em quatro, para, na fase da perfeição final, sintetizar os quatro no terceiro, o terceiro no segundo e este no primeiro, constituindo o dez da perfeição.

Cada Homem Celestial tem sua coloração primária ou princípio principal, pelo qual se destaca, como o homem e o átomo. O homem tem como coloração primária ou princípio mais em evidência a do Homem Celestial, de cujo corpo é uma unidade. Tem também outros dois princípios maiores (igual ao Homem Celestial) e sua diferenciação nos sete, já explicada. O átomo físico permanente tem como princípio e coloração primária a do raio do Ego do homem em cujo corpo físico se encontra. Essa cor manifesta-se como vibração, a qual estabelece o ritmo das três espirilas maiores e das sete menores.

Nos Homens Celestiais somente quatro princípios manifestam-se em certa medida, embora um dEles encontra-se mais avançado que os outros e seu quinto princípio vibra adequadamente, outros estão em processo de aperfeiçoar o quarto. Esse mais avançado é o Logos do esquema de Vênus. O Homem Celestial do nosso esquema, da Terra, vibra seu quinto princípio em certa medida, melhor dizendo, está em processo de despertá-lo para a vida, resultado de sua forte relação com o Logos do esquema de Vênus. Seu quarto princípio, nesta quarta ronda ou ciclo e neste quarto globo, a Terra, está desperto, embora não funcione ainda como o fará na próxima ronda. Grande parte das dificuldades que existem hoje no planeta deve-se à entrada em atividade da quinta vibração ou princípio, a mais elevada, a qual estará completa e transcenderá na próxima ronda. Essas dificuldades são devidas à luta entre o princípio devocional e o mental. Os homens apenas devocionais, que insistem em viver unicamente emoções, sem si quer usar um pouco a mente, resistem tenazmente ao advento da visão mental. Aí está a explicação para o intenso crescimento das religiões hoje em dia. Eles não querem aceitar que as religiões têm de ser científicas, que o sexto raio é tão importante quanto o quinto. Podemos aqui aplicar também a analogia existente entre o homem e o átomo, embora sem exatidão, ou seja, quando o homem começar a ativar sua quinta espirila, sua capacidade mental crescerá visivelmente, tornando-se seu átomo físico permanente intensamente radioativo, não tanto, é lógico, quando as sete estiverem ativas. Nessa fase de transição surgirão problemas para o homem. Manas atingirá seu ápice e sua glória na próxima ronda, para os homens que conseguirem escapar do grande expurgo (o grande Dia do Juízo).

Aqui encerramos nosso estudo, continuando no próximo com a analogia com o Homem Celestial.

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Estudo 074

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O Homem Celestial (Páginas 226,227 e 228)

Continuemos com o estudo da aplicação da Lei de Analogia ao Logos Planetário ou Homem Celestial. Ele está regido pela Lei de Atração, já transcendeu a Lei de Economia e está passando rapidamente para a influência da Lei de Síntese. Para comprovar essas afirmações temos o gradual e crescente controle, com base nos seguintes fatos:

Primeiro - A Lei de Economia é a lei primária do átomo. A Lei de Atração está assumindo o controle do átomo, o que pode ser observado pela radioatividade, que é resultante do aumento de partículas subatômicas no núcleo do átomo químico (o átomo dos cientistas, para diferenciar do átomo físico primordial). Esse aumento de partículas é consequência do aumento do poder de atração dos átomos físicos primordiais, que são as partículas subatômicas, pela ação da Lei de Atração. A Lei de Síntese só é sentida fracamente pela vida do átomo ou o minúsculo ente que se expressa pelo átomo. Constitui a Lei da vida. Os efeitos práticos dessa lei no átomo só serão percebidos pela Ciência no futuro. As novas propriedades conseguidas não só pelos Químicos como pelos Físicos, como os polímeros e o transistor, são resultantes da Lei de Síntese. No caso do transistor, a dopagem do germânio e do silício permite que eles se tornem amplificadores e controladores da corrente elétrica, permitindo o estupendo avanço da tecnologia não só de telecomunicações como de informática, com seu imenso leque de aplicações. No caso dos polímeros, temos o tecido inteligente.

Segundo - A Lei de Atração é a lei primária do homem. A Lei de Economia é uma lei secundária para ele; rege a matéria de seus corpos. A Lei de Síntese começa a atuar e a fazer-se sentir paulatinamente. Que a Lei de Atração é a mais forte para o homem é um fato óbvio, pois uma de suas manifestações mais em evidência, embora ainda em nível inferior, é a intensa atividade sexual que impera hoje em dia. Mas já se observa a elevação do nível nos movimentos de defesa do ser humano, como da natureza. Quanto aos efeitos da Lei de Síntese, eles são percebidos pela utilização crescentemente intensa da mente por uns poucos no momento. Cabe lembrar que a Vontade se manifesta no corpo mental, para o homem.

Terceiro - A Lei de Síntese é a lei primária do Homem Celestial. A Lei de Atração o domina totalmente e já transcendeu completamente a Lei de Economia. A comprovação de que a Lei de Síntese é a lei primária está no fato de que os Homens Celestiais estão saindo da polarização astral ou emocional, sob o ponto de vista cósmico, para ingressarem na mental, onde a Vontade irá se impor e sintetizar as qualidades adquiridas e ampliá-las. Quanto à Lei de Atração, é evidente seu domínio total, uma vez que os Homens Celestiais geram grupos naturalmente, sendo a humanidade como um todo um exemplo.

Como já sabemos, o corpo físico denso, constituído pelas matérias física, astral e mental, não é um princípio para os Homens Celestiais, porque já transcenderam a Lei de Economia. A Lei de Atração rege o processo material da construção de formas. A Lei de Síntese constitui a lei de Seu Ser.

f. Cada Homem Celestial sabe seu lugar dentro dos grupos logoicos e procura descobrir quais são suas posição e função entre os sete sagrados e, mediante a realização de seu propósito, está prestes a constituir uma unidade, ou seja, realizar plenamente a Lei de Síntese.

g. Responde ao estímulo externo, não só de seus pares dentro do Sistema Solar, seus próximos, como de Entes Cósmicos de fora do Sistema, em particular as sete Plêiades, na constelação de Touro (ficam no pescoço do touro, astronomicamente falando). Da natureza dessas relações só os Iniciados têm noções, que logicamente afetam a humanidade, tendo grande influência na Astrologia, essa grande ciência, muito embora a quase totalidade dos astrólogos atuais teimem em ignorar essas relações, mantendo-se numa astrologia cristalizada. Essa resposta ao estímulo externo refere-se:

• Ao estímulo elétrico, proveniente do Sol e simultaneamente dos planetas, afetando a parte física, ou seja, as formas.

• Ao estímulo magnético, atuante em sua Vida subjetiva, ou seja, em sua Alma. Esta irradiação emana de fontes que estão fora do Sistema, como as Plêiades e os sete Rishis (Seres Cósmicos) das sete estrelas principais da Ursa Maior (as estrelas que formam a cauda da Ursa: Dubhe, Merak, Phekda, Megrez, Alioth, Mizar e Benetnash, respectivamente as alfa, beta, gama, delta, épsilon, dzeta e eta da Ursa Maior).

Podemos observar os seguintes fatos:

• O estímulo magnético do átomo físico permanente do homem emana do plano astral e mais tarde do plano búdico.

• O estímulo magnético do homem emana do Homem Celestial no plano búdico (onde está polarizada a consciência física cósmica do Homem Celestial) e posteriormente no plano monádico.

• O estímulo magnético do Homem Celestial emana de regiões de fora do Sistema Solar, o astral cósmico; o efeito unido de tais estímulos induz ao contínuo desenvolvimento externo. Essas regiões de fora do Sistema estão dentro da região maior que constitui o corpo do Logos Cósmico. É lógico que o nosso Logos Cósmico recebe influências de outros Logos (ou Logoi, se considerarmos que a palavra logos é grega e no grego clássico o plural de logos é logoi, todavia continuaremos a escrever esse plural como logos).

Com referência ao homem, a elevação de nível das influências, por exemplo, do plano astral para o búdico, depende unicamente do esforço de cada um, podendo ser rápida para aqueles que efetuam o esforço necessário, como muito lenta para os mais inertes.

O Homem Celestial é caracterizado por:

I. Sua forma esférica, como já demonstramos. Seu "círculo não passa" durante a manifestação é preciso e perceptível.

II. Sua disposição interna e Sua esfera de influência ou essa atividade animadora da cadeia planetária. Isto significa Sua capacidade de ação e atuação, resultante de Suas qualidades e de Sua Vontade, influenciando Seus Pares, os outros Homens Celestiais.

III. O controle que exerce sobre Sua vida espiritual em um período dado, poder mediante o qual anima sua sétupla natureza. Esse controle nada mais é que o domínio da Mônada Logoica sobre seus corpos inferiores, como acontece com a Mônada humana, em nível mais baixo. A velocidade ou taxa de crescimento dessa influência é bem maior que a do homem sobre seus corpos inferiores.

IV. Sua eventual síntese final dos sete nos três e dos três em um, cujo processo já foi explicado. Isto abarca o obscurecimento dos globos da cadeia e a fusão na unidade dos sete princípios que cada globo está desenvolvendo. Como são sete cadeias, deduzimos que ocorrem sete fusões, dando-se a última na sétima cadeia.

V. Sua evolução sob as Leis e o desenvolvimento consequente.

VI. Sua relação grupal, ou seja, seus relacionamentos entre si, agindo como grupo, para atingir as metas e objetivos do Logos Solar, do Qual são Colaboradores.

VII. O desenvolvimento de Sua consciência e de Sua percepção. Aqui podemos fazer uma observação muito importante. Assim como nós, seres humanos, temos os mecanismos de percepção (os sentidos ou jnanaindriyas) e os de ação (carmaindriyas), para enriquecermos a nossa consciência, os Homens Celestiais também os possuem, análogos, porém muitíssimo diferentes. Nós temos de ampliar e expandir esses mecanismos, para dominarmos o meio exterior (não no sentido de domínio sobre os outros, mas domínio da matéria). Eles também têm de ampliar e expandir seus mecanismos de percepção e ação, para ampliar e expandir Sua consciência cósmica, para dominarem o meio exterior cósmico, dentro de sua esfera. Posteriormente irão dominar esferas mais elevadas. Procurar entender como são esses atos de perceber e agir desses Homens Celestiais, usando comparações com o nosso dia a dia, é uma meditação muito útil para o nosso desenvolvimento e expansão da nossa consciência. É lógico que teremos de fazer muitas modificações nas comparações e utilizar muito a capacidade de abstração. Embora difícil, mas não impossível, a utilidade desse exercício é flagrante. Para tudo o que é difícil, basta o primeiro passo, para que aos poucos o que é difícil se torne progressivamente fácil.

Finalizando essa parte referente aos Homens Celestiais, lembramos que inevitavelmente as expressões "estímulo magnético e elétrico" conduzem aos fogos solar e elétrico, que são as bases de toda a manifestação, tanto do homem como dos Homens Celestiais.

Aqui encerramos nosso estudo do Homem Celestial. No próximo estudaremos a Lei de Analogia aplicada ao Grande Homem Celestial, o Logos Solar. Há um universo de coisas referentes aos Homens Celestiais a ser explicado, o que faremos ao longo dos nossos estudos, dentro da sequência do Tratado sobre Fogo Cósmico.

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Estudo 075

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de Introdução - V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e um átomo? - O Logos Solar (Páginas228, 229, 230 e 231)

Estudemos agora o Logos Solar à luz da analogia.

a. Essa excelsa Vida, o Grande Homem dos Céus, possui também veículos de forma esférica. Não é apenas pelas estrelas e seus planetas, através das quais Ele se expressa e vive, para adquirir experiências em nível cósmico e evoluir na direção da sua meta e para alcançar seus objetivos, em harmonia com o Grande Plano de seu Logos Cósmico. Dissemos propositadamente pelas estrelas, porque Seu corpo físico cósmico mais denso não é somente esse nosso Sol, Ele vai muito mais além. Esse glorioso corpo é constituído por quatro estrelas, sendo duas principais, que giram uma em torno da outra, formando um binário e mais duas estrelas, incluindo o nosso Sol, que orbitam em torno do binário. Por isso podemos afirmar que o nosso Logos, do qual somos centelhas, é muito mais portentoso do que possam imaginar. Todo esse conjunto tem forma esférica. Seu "círculo não se passa" abarca toda a periferia desse conjunto. Na parte que nos toca, habitantes do Sistema Solar, o Sol ocupa uma posição análoga à do núcleo de vida no centro do átomo. Na realidade Ele é o chacra esplênico solar para a nossa área. Abarca os sete esquemas planetários, que com os três sintetizadores compõem os dez da manifestação logoica. A vida central circula por todos os esquemas, em todas as cadeias, da mesma forma que a vida do Logos Planetário circula sete vezes pelo seu esquema, totalizando sete cadeias e em cada cadeia circula sete vezes, constituindo as sete rondas e em cada ronda circula pelos sete globos formadores da cadeia. Cada cadeia tem uma posição em relação ao Sistema análoga à do globo em relação à cadeia. Eis aí a beleza da analogia, embora não exista exatidão na semelhança de detalhes, sendo isso óbvio, uma vez que os níveis são bem diferentes.

b. O Logos Solar contém em Si mesmo (como o átomo em seu corpo de expressão, que contem partículas subatômicas) grupos de todos os tipos, desde a alma grupal, que abrange os reinos inferiores e está no ciclo de descida para o mais denso, até os grupos de Egos no plano causal. São centros animadores de seu corpo os sete grupos maiores ou os sete Homens Celestiais, que transmitem suas energias para toda a esfera logoica e se expressam por todas as vidas e os grupos menores, os seres humanos e dévicos, células, átomos e moléculas. Visto de níveis cósmicos, por exemplo, do plano astral cósmico, todo o conjunto tem a aparência de uma vibrante bola ígnea de glória suprema, contendo dentro de seu círculo de influência os globos planetários, também como vibrantes esferas ígneas. O Grande Homem dos Céus vibra a um ritmo constante e crescente. Esse ritmo gera uma certa cor, que matiza todo o Sistema. É a cor consequente da vida do Logos, o Raio Uno Divino, Amor-Sabedoria-Razão Pura. É o ritmo desse grande ciclo ou kalpa e ao redor de seu polo solar central.

c. O Logos Solar caracteriza-se por Sua atividade em todos os planos do Sistema Solar. Explicando melhor, Sua energia física cósmica tríplice, fogo por fricção/elétrico (fohat), fogo por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção (kundalini solar ou akasha, como chama o Mestre Tibetano), alimenta a matéria desde a adi até a física, na qual vivemos fisicamente. Assim como nosso estado interior afeta nosso corpo físico, da mesma forma o estado interior Dele afeta as matérias desde a adi até a física, atingindo-nos como também atinge os Logos Planetários. Em cada plano o efeito é diferente. É assim que o Logos Solar imprime sua característica em seu corpo físico cósmico. É um processo análogo ao do homem, porém muitíssimo diferente em detalhes operacionais e fenomênicos. Desde o átomo físico até o mais radiante e cósmico Dhyan Choan (Logos Planetário), todos sentem Suas influências, sendo portanto a soma de toda a manifestação dentro do Sistema. Esse sétuplo ritmo vibratório (são sete tipos de matéria) é o ritmo do plano físico cósmico (o inferior) e seu grau de vibração pode ser sentido e percebido no plano astral cósmico conjuntamente, com uma débil resposta no mental cósmico (os planos se afetam de cima para baixo como de baixo para cima). Dessa forma na vida da existência do Logos Solar, nos níveis cósmicos, pode-se observar o paralelismo com a vida do homem nos três mundos inferiores (físico, astral e mental).

Em seus próprios planos o Logos manifesta igualmente:

1. Movimento de rotação, que pode ser visto em vários significados. No significado físico é o giro do Sistema completo, ou seja, as quatro estrelas constituintes, em torno do centro da galáxia, pois sabemos pela Astronomia que o nosso Sistema está localizado num braço da galáxia chamada Via Láctea. No significado mais transcendente, temos as passagens cíclicas de um dia de Brahma, nas quais gira em espiral em torno da Sua roda maior, os dez esquemas de um Sistema Solar, ou seja, em cada cadeia de um esquema Ele vive experiências em uma volta sempre mais elevada.

2. Capacidade de discriminar. Sua primeira escolha, como sabemos, consistiu em selecionar a matéria de que necessitava para a construção de seu corpo físico cósmico. Essa decisão foi controlada por:

• Seu carma cósmico,
• Sua capacidade vibratória,
• Sua qualidade de resposta ou sua cor,


Seus fatores numéricos implicados nas matemáticas cósmicas, ou seja, o número de Suas oscilações na unidade de tempo (frequência fundamental), as frequências dos harmônicos gerados por essa frequência principal, os valores das intensidades das forças cósmicas externas atuantes em Seu mapa cósmico e que dependem de seu carma cósmico e, no momento, a situação das forças cósmicas atuantes, seu trânsito em níveis cósmicos.

Ele é a personificação de Manas cósmico e, ao se utilizar dessa faculdade, procura - mediante a forma animada, seu corpo, seu Sistema - desenvolver em seu corpo causal cósmico a qualidade paralela de Amor-Sabedoria-Razão Pura.


3. Capacidade de progredir, melhor dizendo, Sua taxa ou velocidade de evolução, de aumentar sua frequência vibratória e conseguir plena autoconsciência nos níveis cósmicos superiores.

d. O Logos Solar contém dentro de Si mesmo os três princípios ou aspectos maiores e sua diferenciação em sete princípios (conforme já descrevemos), que constituem os dez da Sua perfeição final e se sintetizam, com o tempo, no princípio aperfeiçoado de Amor-Sabedoria-Razão Pura. Esse princípio constitui Sua cor primária. Cada princípio encontra-se personificado em um dos esquemas e se desenvolve por meio de um dos Homens Celestiais sagrados, com a colaboração dos Homens Celestiais não sagrados ligados a esse Homem Celestial. Só quatro princípios se manifestam atualmente em certa medida, porque a evolução do Logos depende da evolução dos Homens Celestiais. Da mesma forma a evolução dos Homens Celestiais depende da evolução das humanidades e do reino dévico que estão sob suas responsabilidades. Daí e extrema importância da nossa evolução para o nosso Homem Celestial, o Logos Planetário do esquema da Terra. Que tenhamos isso sempre em mente e façamos o esforço necessário. Não o desiludamos.

e. O Logos Solar está regido pela Lei de Síntese. Mantém o todo em uma unidade sintética ou homogeneidade. Sua vida subjetiva, ou Sua Alma, está regida pela Lei de Atração e Sua forma material, seu Sistema, pela Lei de Economia, que no momento começa a ser regida por outra lei cósmica, incompreensível atualmente pelo homem, sendo revelada somente aos Iniciados mais elevados.

f. O Logos Solar está em processo de determinar Seu lugar dentro do Sistema maior (o Sistema do Logos Cósmico), no qual ocupa um lugar análogo ao do Homem Celestial no Sistema Solar. Primeiro, procura descobrir o segredo de Sua própria existência e alcançar plena Autoconsciência; segundo, achar a posição e o lugar de Seu Polo oposto; terceiro, fundir-se e mesclar-se com esse Seu Polo oposto, consumando Seu Divino Matrimônio Cósmico.

g. O Logos Solar caracteriza-se pela Sua resposta ao estímulo externo, o qual concerne:

Ao estímulo elétrico ou Sua resposta à força elétrica ou fohática, procedente de outros centros estelares, que controlam, em grande parte, a ação do nosso Sistema e seus movimentos no espaço, em relação com outras constelações. Em particular temos a Ursa Maior e as sete estrelas boreais, que controlam o eixo da Terra, as quais são: Poláris, alfa de Cefeu, alfa de Cisne (Deneb), alfa de Lira (Vega), alfa de Hércules, alfa e beta de Dragão.

Ao estímulo magnético sobre sua Vida subjetiva, Sua Alma, procedente de certos centros cósmicos, sugeridos na Doutrina Secreta e que têm sua fonte de origem nos níveis búdicos cósmicos. Os centros cósmicos são as sete estrelas que constituem a cauda da Ursa Maior, citadas em estudo anterior, nas quais estão os chamados sete Rishis da Ursa Maior, que trabalham no plano búdico cósmico. Esses sete Rishis estão ligados às as sete Plêiades (na constelação de Touro), em um nível mais baixo, talvez o mental cósmico,as quais influenciam os sete Logos Planetários do Sistema Solar. Seu efeito conjunto induz o desenvolvimento constante.

O Logos Solar caracteriza-se por:

I. Sua existência esférica manifestada. Seu "círculo não se passa" é perceptível e exato. Isso pode ser demonstrado unicamente pelo esforço realizado para determinar a extensão do controle subjetivo (o controle da Alma do Logos), a medida que a esfera solar de influência ou a atração magnética do Sol exercida sobre outros corpos menores, que são mantidos por Ele em movimento circulatório em torno de si mesmo. Seria a força gravitacional que mantém os planetas orbitando em torno do Sol. Logo ela é resultante dessa atração magnética (fogo solar).

II. A atividade da Vida que anima os dez esquemas.

III. A amplitude de Seu controle sobre seu Sistema, exercido em qualquer período dado. Quanto a isso, devemos levar em conta o Sistema completo, ou seja, constituído pelas quatro estrelas, sendo o Sol Central o grande Controlador. O conhecimento exato e claro desse processo de controle, a partir do Sol Central, só é adquirido a partir da quinta Iniciação, a do Adepto, que é a meta da nossa cadeia. Os Iniciados com a segunda Iniciação e em preparação para a terceira, já recebem vislumbres desse processo e sabem com convicção que ele existe. Devemos lembrar que entre as segunda e terceira Iniciações, ocorrem Iniciações intermediárias, nas quais o Iniciado recebe instruções. A velocidade de recebimento dessas Iniciações intermediárias depende exclusivamente do esforço do Iniciado. Nada é concedido sem mérito.

IV. A síntese final dos sete esquemas nos três e dos três em um, processo já explicado. Com isso ocorre o obscurecimento dos esquemas e a unificação dos sete princípios que eles personificam. Lembramos que nessa síntese final, cada Homem Celestial conserva sua identidade, jamais perdendo sua autoconsciência. Quando os Homens Celestiais efetuam suas sínteses, o Logos Solar também efetua sua síntese. Esclarecemos que nessa fase na realidade desenvolve-se o processo de fusão, harmonização e sintonia, dando-se a síntese final na fase seguinte. É lógico que o Logos Solar depende do que os Logos Planetários estão fazendo.

V. Sua sujeição à Lei de Seu Ser, ou seja, a síntese final. No caso do atual Sistema Solar, essa Lei de Seu Ser, segundo a qual ocorrerá a síntese, é a Lei de Amor-Sabedoria-Razão Pura.

VI. Sua relação grupal. Essa relação grupal envolve não só os grupos dentro do Logos Solar, humanos, dévicos e os Logos Planetários, como também as relações do Logos Solar com seus Pares dentro do corpo do Logos Cósmico, como sejam, os outros seis Logos Solares e os outros Entes Cósmicos, que executam funções no mesmo nível de Logos Solar. Da mesma forma, dentro do Sistema Solar, há Entidades no mesmo nível de Logos Planetário e que exercem funções diferentes das de Logos Planetário.

VII. O desenvolvimento de Sua Consciência. O tempo necessário para esse desenvolvimento depende da velocidade de desenvolvimento de todos os entes conscientes de Seu corpo, o que inclui a todos nós.

Demonstramos muito brevemente algumas analogias existentes entre o Logos Solar, o Logos Planetário, o homem e o átomo. As respostas foram superficiais, pois, se fôssemos explicar com mais detalhes os diversos processos de funcionamento das manifestações, iríamos nos alongar em demasia. Todavia, se esses pontos forem estudados e meditados em certa profundidade, os estudantes conseguirão desenvolver bastante sua capacidade de análise e expandir sua compreensão e visão da beleza de todo o Sistema Solar.

Aqui encerramos o estudo da quinta pergunta. No próximo entraremos na sexta pergunta: O que é o aspecto Mente? Porque o princípio Manásico (mental) é tão importante? Quem são os Manasaputras? Nas respostas a essa pergunta verão a magna importância do desenvolvimento da mente, para através dela o Amor-Sabedoria-Razão Pura poder se expressar em toda a sua glória.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

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