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Livros de Alice Bailey

Cartas sobre Meditação Ocultista


Carta IV
O USO DA PALAVRA SAGRADA NA MEDITAÇÃO

19 de junho de 1920

1 - Postulados Fundamentais.
2 - O Efeito Criativo da Palavra Sagrada.
3 - O Efeito Destrutivo da Palavra Sagrada.
4 - Pronúncia e Uso da Palavra Sagrada.
5 - Seu Efeito nos Centros e em cada Corpo.

O tema de que vamos tratar hoje é de tal profundidade e de tão vital importância que vossa reserva em até mesmo abordá-lo, é muitíssimo natural. Seja lá o que pudermos dizer sobre o assunto, só podemos tocar a sua fímbria, e as profundezas do que ficará sem ser dito poderão parecer tão grandes que os dados transmitidos poderão assumir proporções demasiado pequenas.

Postulados Fundamentais

Primeiramente, procuro estabelecer certos postulados básicos que, apesar de percebidos como conceitos mentais, podem ainda ser demasiadamente profundos para uma fácil compreensão.

Tais postulados são em número de cinco - cinco entre um número muito elevado para vossa capacidade de percepção. Esses postulados são, em si mesmos, baseados em certos fatos fundamentais, e esses fatos (sete em número) não são ainda inteiramente compreendidos. H.P.S. tratou de três na sua exposição sobre os fundamentos de A Doutrina Secreta. Quatro ainda permanecem ocultos, apesar do quarto estar, de certa forma, emergindo através da psicologia e da ciência mental. Os outros três fundamentos emergirão durante os próximos três ciclos. Este ciclo verá a captação do quarto fundamento.

Esses postulados são os seguintes:

1 - Que tudo que existe é baseado no som ou na Palavra.
2 - Que a diferenciação é o resultado do som.
3 - Que, em cada plano, a Palavra tem um efeito diferente.
4 - Que, de acordo com a nota da Palavra, ou a vibração do som, o trabalho de construção ou de demolição será realizado.
5 - Que a Palavra tríplice tem sete chaves e essas sete chaves têm seus próprios subtons.

Na compreensão desses fatos básicos, esconde-se muita luz sobre o uso da Palavra na meditação.

Na primeira grande emissão da Palavra Sagrada (as três primitivas Respirações com seus sete sons - uma Respiração para cada um dos três sistemas solares), a nota era diferente, e os sons se inclinavam para uma chave diferente.

No sistema um, a consumação da Primeira Respiração, a culminação, foi a emissão, em tom majestoso, da nota FA - a nota que forma o tom básico desse sistema, o tom da natureza manifestada. Esta nota é, e deve ser complementada com a segunda nota para este segundo sistema. Ela não foi completamente emitida ou arrematada, nem será completada até o fim do ciclo maior. O Logos a emite agora e, se Ele cessasse de emiti-Ia, o sistema inteiro desapareceria em total obscurecimento. Isto acarretaria o fim da manifestação.

No sistema dois, o sistema atual, a nota chave poderá não ser desvendada. É um dos segredos da sexta Iniciação e não deve ser revelado.

No sistema três, a terceira nota final será acrescentada às notas básicas do primeiro e segundo sistemas e, então, que tereis? a terça maior da Personalidade Logoica na sua completação, uma correspondência à terça maior do microcosmo - uma nota para cada plano. Foi-nos dito que o Logos Solar, nos planos cósmicos, se dedica ao problema da mente cósmica; que Ele opera em Seu sistema solar físico, está polarizado no Seu astral cósmico, ou corpo emocional, e está desenvolvendo a mente cósmica. Assim como é nos planos do sistema solar, é também no microcosmo. Na conscientização dessa correspondência e sua sábia aplicação, se acha a iluminação no uso da Palavra Sagrada na meditação.

Sistema I corresponde ao corpo físico.
Sistema II corresponde ao corpo emocional.
Sistema III corresponde ao corpo mental.

Pelo estudo da Palavra ou Som na formação desses três, virá a ajuda para o uso da Palavra na construção do veículo intuitivo e na purificação da personalidade.

Dividiremos agora em quatro títulos o que temos a dizer e consideraremos cada um separadamente:

1 - O efeito criativo da Palavra Sagrada.
2 - O efeito destrutivo da Palavra Sagrada.
3 - Sua pronúncia e seu uso:

a) Na meditação individual.
b) No grupo e no trabalho congregacional.
c) Para certos fins específicos.

4 - Seu efeito nos corpos e centros e sua eficácia em produzir o alinhamento egoico.

20 de junho de 1920.

O Efeito Dual da Palavra Sagrada: construtivo e destrutivo

Podemos continuar, hoje, com o assunto que considerávamos ontem. Repartimos o tema em quatro divisões e tomaremos as duas primeiras: o efeito - criativo e - destrutivo. - da Palavra. Apenas umas poucas boas sugestões serão possíveis, para formar uma base para a aplicação inteligente da lei.

Antes de mais nada, repitamos o truísmo de que os mundos são o efeito do som. Primeiro a vida, depois a matéria; mais tarde a atração da matéria para a vida com o propósito de manifestá-la e expressá-la, e a disposição metódica da matéria nas formas necessárias. O som originou o fator combinatório, o impulso propulsor e o meio atrativo. O som, num sentido ocultista e profundamente metafísico, representa o que denominamos “a relação entre", e é o intermediário criador, o terceiro fator unificador no processo da manifestação. É o akasha. Nos planos superiores é o agente da grande Entidade Que maneja a lei cósmica da gravitação na sua relação com nosso sistema solar, enquanto que nos planos mais baixos, é demonstrado como luz astral, o grande agente do reflexo que fixa e perpetua, no seu centro vibratório, o passado, o Presente e o futuro, ou aquilo a que chamamos de Tempo. Em relação direta com o veículo inferior, manifesta-se como eletricidade, prana e fluido magnético. Uma simplificação da ideia poderá vir a vós, talvez, no reconhecimento do som como o agente da lei de atração e repulsão.

As sete grandes Respirações

Ao emitir a Palavra Sagrada em sua sétupla completação para este sistema solar, o Logos reuniu, através da inspiração, a matéria necessária para a manifestação, e iniciou a evolução dessa matéria durante a primeira grande Respiração.

Durante a segunda grande Respiração, vieram a diferenciação e a introdução do segundo aspecto logoico.

A terceira grande Respiração, o aspecto atividade, foi demonstrado, a matéria foi impregnada com aquela faculdade e a quíntupla evolução tornou-se possível.

A quarta grande Respiração, determinados componentes da Hierarquia responderam, e os grandes Construtores viram o plano mais claramente. Há uma definida conexão entre a quarta Respiração e a quarta Hierarquia Criativa, a dos Espíritos humanos. Esta quarta nota do Logos tem um significado especial para o Espírito humano, e um efeito único nesta Terra e neste quarto ciclo. Sua relatividade é tal que, de qualquer maneira, vos é difícil perceber esse efeito. Ela é demonstrada, tanto quanto podeis entender, na nota harmônica dos quartos plano e raio. Essa nota permeia os povos do mundo, agora e sempre, desde a quarta raça-raiz. Mostra-se por si mesma no esforço da humanidade para apreender o ideal de harmonia e paz, e a aspiração mundial nessa direção.

Esta quarta Respiração é aplicável à evolução humana em especial.

Tendes, portanto:

O sub-Tom um da Palavra tríplice emitiu a nota vibratória inicial e deu início ao movimento das esferas - solar ou atômico. Ele personifica a Vontade.

O sub-Tom dois da Palavra tríplice introduziu o segundo aspecto e chamou à manifestação o regente cósmico do raio sintético. Marcou a dualidade, ou o amor reflexo.

O sub-Tom três da Palavra tríplice tornou possível nossa quíntupla evolução. É a nota básica dos cinco planos inferiores. Marcou a atividade, ou adaptabilidade.

O sub-Tom quatro da Palavra tríplice é o som da Hierarquia Humana e pode ser chamado, em sua totalidade "o grito do Homem".

Cada um dos sons chamou diretamente à manifestação um raio, com tudo que se inclui num raio. Cada som manifesta-se particularmente em um plano, sendo a nota dominante daquele plano.

A quinta grande Respiração tem um efeito peculiar a si mesmo, uma vez que, na sua repercussão, sustenta a chave para todos - é a Respiração do fogo. Criou uma vibração semelhante à do nível mental cósmico, e está intimamente aliada à primeira Respiração. É a nota dominante (na terminologia técnica musical) do sistema solar, assim como a terceira Respiração corresponde à terça maior. É a nota dos Logos. Cada respiração atrai ao Logos, com propósitos de manifestação, alguma entidade de níveis cósmicos. O reflexo do método pode ser visto no microcosmo, quando o Ego soa a nota egoico nos três mundos e se prepara para manifestar-se ou para encarnar. A nota atrai ao redor dos átomos permanentes, ou núcleos, matéria adequada para fins da manifestação, e essa matéria é, em si, animada por alguma entidade vital. Similarmente, os cósmico Senhores do Fogo, as grandes Entidades modeladoras do nosso sistema solar, respondem quando este quinto sub-Tom é emitido. Outra vez, os Senhores da Chama, dentro mesmo do sistema solar, responderam quando o microcosmo emitiu o quinto sub-Tom da nota monádica, e precipitaram-se na evolução humana.

A sexta grande Respiração atraiu para si os Senhores do misterioso Pentagrama, as essências voláteis do plano emocional, a capacidade do desejo envolta na matéria, o aspecto aquático da vida logoica.

A emissão do sétimo sub-Tom, sobrevieram a cristalização e a absoluta conformidade à lei da aproximação. Resultou no aspecto denso da manifestação, o ponto da experiência mais profunda. Percebereis sua conexão, por isso, com o Raio da Lei Cerimonial, um dos grandes raios construtores - um raio que ajusta a matéria, sob formas estabelecidas, aos modelos desejados.

Podereis perguntar agora: Por que, aparentemente, divaguei?

Parece-vos sem propósito e fora de cogitação? Elucidarei. O microcosmo não faz senão repetir o trabalho do macrocosmo. O Espírito, ou mônada, no seu próprio plano emite a nota (sua nota hierárquica) e desce à encarnação. É tanto a nota de atração como a de expiração. A personalidade - o reflexo daquela mônada no ponto mais denso na evolução - é unida à mônada pela força atrativa da Palavra Sagrada emitida pela sua mônada, em sua nota e no seu próprio sub-Tom.

Mas o trabalho de expiração já está consumado. É involução. O trabalho de inspiração, ou reabsorção na fonte, progride. Qual é o resultado quando a Personalidade encontra, por si mesma (após vidas de esforço e busca), sua nota espiritual, com a clave certa e respectivo sub-Tom? Harmoniza-se com sua nota monádica, vibra à mesma medida, pulsa com a mesma cor, a linha de menor resistência é finalmente encontrada, e a vida interior é libertada e retorna ao seu próprio plano. Mas esse trabalho de descoberta é muito lento e o homem tem de escolher o acorde com infinito cuidado e atenção. Primeiro, descobre a terça da Personalidade e a faz soar, o resultado sendo uma harmoniosa vida ordenada nos três mundos.

Depois, ele encontra a quinta dominante do Ego, a nota-chave do acorde, e emite- a em uníssono com a nota da Personalidade. Como resultado, um vácuo se forma (se assim me posso expressar) e o homem libertado, com sua alma esclarecida - o espírito tríplice, mais a mente e a experiência - o Três completado pelo Quaternário e pelo Quinto, se evade em direção à Mônada. É a lei da atração demonstrada através do som. Igual a igual e espécie a espécie, conduzidos a isso pela harmonia de som, de cor e de ritmo.

Isso leva ao segundo fator que estamos considerando, o fator destrutivo. Com a emancipação, vem a quebra das correntes, com a libertação, vem a abolição das velhas formas, com o domínio da matéria, é vista a libertação do espírito. Assim, ante a pronúncia da Palavra Sagrada no seu sentido sétuplo, produz-se a libertação das formas fragmentadas; primeiro na expiração, a atração da matéria, depois na inspiração, a fragmentação gradual das formas materiais e o seu abandono.

A Meditação e a Palavra

Ilustrei tudo isso para vós em escala de sistema. Apliquemo-lo, agora, à meditação, e vejamos como operará. Quando medita, o homem visa a dois objetivos:

a) - A formação de pensamentos, a trazer aos níveis concretos do plano mental, ideias abstratas e intuições. Isso é o que poderia ser chamado meditação com semente.

b) - Ao alinhamento do ego e à criação daquele vácuo entre o cérebro físico e o Ego, que resulta na expansão divina e na consequente fragmentação das formas, e subsequente libertação. Isto pode ser chamado meditação sem semente.
Numa certa época da evolução, os dois se amalgamam, a semente é abandonada e o vácuo é, então, criado, não tanto entre os veículos superior e interior, como entre eles e o plano intuitivo, ou o plano da harmonia.

Assim, ao pronunciar a Palavra Sagrada na meditação, o homem deveria (se pronunciada corretamente) estar apto para realizar tanto o trabalho criativo quanto o destrutivo, como faz o Logos. Será o reflexo, no microcosmo, do processo cósmico. Ele atrairá para seus corpos, matéria da qualidade mais sutil e expulsará o que for mais grosseiro. Ele plasmará pensamentos-forma que atraiam para si mesmos matéria mais sutil e repilam o que for de vibração mais baixa.

Dessa maneira, ele deverá pronunciar a Palavra de tal modo que o alinhamento se faça automaticamente, e o indispensável vácuo seja criado, finalizando num fluir de cima para baixo. Todos esses efeitos poderão transparecer ao ser a Palavra corretamente pronunciada, e cada meditação veria o homem mais alinhado, dispersaria algo da matéria de baixa vibração em um ou outro dos corpos, abriria o canal em maior extensão e, assim, proveria um veículo mais adequado para a iluminação vinda de níveis superiores.

Mas - até que a exatidão seja possível - pequeno será o efeito produzido pelo uso da Palavra, o que é uma sorte para aquele que a pronuncia. No estudo das sete Grandes Respirações e seus efeitos em cada plano, um homem pode descobrir muito do que deverá transparecer nos diferentes subplanos de cada plano, especialmente em relação ao seu próprio desenvolvimento. No estudo da nota básica do sistema solar (que foi estabilizado no Sistema I), muito pode ser descoberto sobre o uso da Palavra no plano físico. Aqui aparece um indício para ser considerado. No esforço para encontrar a nota para este sistema solar, a nota do amor e da sabedoria, o aluno fará a necessária comunicação entre o plano emocional, ou de desejo, e o plano intuitivo, e descobrirá o segreda do plano emocional. No estudo da Palavra nos níveis mentais e seu efeito na construção da forma, a chave para a ereção do Templo de Salomão será descoberta, e o aluno desenvolverá as faculdades do corpo causal e, por fim, alcançará a libertação desses três mundos.

O estudante precisa lembrar-se, todavia, de que é necessário, primeiro, encontrar a nota da sua personalidade e, depois, a egoico, antes que possa chegar ao acorde monádico. Ao consegui-lo, terá pronunciado, por si mesmo, sua própria Palavra tríplice, e será, agora, um criador inteligente animado pelo amor. A meta terá sido atingida.

21 de junho de 1920.

Algumas Sugestões Práticas

Desejo esclarecer esta tarde que não me é possível, nem prudente ou apropriado, dar-vos chaves diferentes nas quais a Palavra Sagrada possa ser pronunciada; posso apenas dar princípios gerais. Cada ser humano, cada unidade de consciência, é tão distinto de outro que a necessidade individual somente pode ser suprida quando existe, da parte do instrutor, a plena consciência causal e quando o discípulo tenha, ele mesmo, alcançado um ponto em que esteja desejando saber, ousar e caiar. Os perigos que envolvem o mau uso da Palavra são tão grandes que não ousamos senão indicar ideias básicas e princípios fundamentais e deixar, então, o aspirante descobrir por si mesmo os pontos necessários ao seu próprio desenvolvimento e levar a cabo os necessários experimentos, até que descubra por si mesmo o que precisa. Somente o que resulta do esforço próprio, de luta renhida e amarga experiência, é de valor permanente e duradouro. Somente quando o discípulo - através do fracasso, através do sucesso, através de vitórias arduamente ganhas e das. horas amargas que sucedem à derrota - se ajustar as condições Internas, é que achará, científica e experimentalmente, o valor do uso da Palavra. Sua falta de vontade o defenderá grandemente do mau uso da Palavra, enquanto que seu empenho para amar guiá-lo-á, finalmente, para sua correta pronúncia. Somente o que sabemos por nós mesmos torna-se faculdade inerente. As afirmativas de um mestre, não importa quão profundamente sábio possa ser, são apenas conceitos mentais até se tornarem experimentalmente parte da vida de um homem. Por isso, posso somente apontar o caminho. Posso apenas dar indícios gerais; o resto tem de ser trabalhado pelo estudante de meditação, por si mesmo.

Pronúncia e Uso na Meditação Individual

Serei agora bem prático. Falo ao homem no Caminho Probatório, que tem, por isso, compreensão intelectual do que há a ser realizado. Ele, mais ou menos, percebe seu lugar e o trabalho a ser feito, se ele, algum dia, ultrapassar o portal da Iniciação. Dessa maneira, o que eu disser orientará a maioria dos que estudam estas cartas... O homem compromete-se a meditar e procura ajustar-se às regras indispensáveis. Eis algumas indicações preliminares:

O aspirante procura diariamente um lugar quieto onde possa estar livre de interferência e interrupção. Se for sábio, procurará sempre o mesmo lugar, pois ali construirá uma concha à sua volta, que servirá de proteção e tornará mais fácil o contato superior desejado. A matéria desse lugar, matéria que podereis denominar de espaço circunvizinho, torna-se, então, sintonizada com certa vibração (a vibração mais alta do próprio homem, alcançada em consecutivas meditações) que torna mais fácil para ele recomeçar, cada vez, de sua mais alta, eliminando, assim, uma longa sintonização preliminar.

O aspirante aquieta-se numa posição na qual ele possa estar inconsciente do seu corpo físico. Nenhuma regra firme e difícil pode ser proposta, uma vez que é o veículo físico que está sendo considerado - ele poderá ser prejudicado de certo modo, se estiver rígido ou mutilado. Deve-se objetivar uma postura relaxada, associada à vigilância. A indolência e a lassidão não levam o homem a parte alguma. A posição mais adequada para a maioria é no chão, de pernas cruzadas, sentado contra algo que permita suportar a espinha. Na meditação mais profunda, ou quando o aspirante é muito experimentado e os centros estejam despertando rapidamente (talvez, até mesmo, o fogo interno pulsando à base da espinha), as costas deverão estar eretas, sem suporte. A cabeça não deverá estar inclinada para trás, uma vez que a tensão deve ser evitada, mas sim, mantida erguida, ou com o queixo ligeiramente caído. Quando isso é feito, aquela tensão, que é característica de tantos, deixará de existir e o veículo inferior estará relaxado. Os olhos deverão estar fechados e as mãos enlaçadas no colo.

Então, que o aspirante observe se sua respiração é regular, firme e uniforme. Uma vez assim, deve relaxar toda sua pessoa, mantendo a mente positiva e o veículo físico dócil e receptivo.

Em seguida, deve visualizar seus três corpos e, tendo decidido se sua meditação será na cabeça ou no coração (mais adiante me ocuparei desse ponto), que para lá conduza sua consciência e focalize a si mesmo em um dos centros. Assim fazendo, deve, deliberadamente, perceber ser um Filho de Deus retornando ao Pai; que ele é Deus Mesmo procurando encontrar a consciência de Deus que é Sua; que ele é um criador procurando criar; que ele é o aspecto inferior da Divindade, procurando o alinhamento com o superior.

Deve, então, pronunciar três vezes a Palavra Sagrada, respirando brandamente a primeira vez e afetando, desse modo, o veículo mental; a segunda vez, mais alto, harmonizando assim o veículo emocional; e num tom ainda mais alto, a última vez, atuando, então, sobre o veículo físico. O efeito sobre cada corpo será tríplice. Se corretamente entoada, com o centro da consciência firmemente mantido no centro que tiver sido escolhido, o efeito será o seguinte:

Nos Níveis Mentais:

a) O contato com o centro da cabeça, levando-o a vibrar. A aquietação da mente inferior.

b) A ligação com o Ego num grau maior ou menor, mas, de certa maneira, sempre através do átomo permanente.

c) A expulsão das partículas grosseiras e a introdução das mais finas.

Nos Níveis Emocionais:

a) A harmonização definitiva do corpo emocional através do átomo permanente, o contato e a movimentação do centro cardíaco.

b) A expulsão da matéria grosseira e a descoloração do corpo emocional, ou de desejo, de modo a torná-lo verdadeiro refletor do superior.

c) Causa um súbito e rápido deslocamento de sentimento dos níveis atômicos do plano emocional ao plano intuitivo, através do canal atômico que existe entre os dois. Limpa e purifica o canal.

Nos Planos Físicos:

a) Aqui o efeito é muito semelhante, mas o efeito primário é no corpo etérico; estimula o fluido divino.

b) Passa além da periferia do corpo e cria uma concha que serve como proteção. Elimina fatores discordantes do ambiente.

22 de junho de 1920.

O Acorde Logoico e a Analogia

Prossigamos, agora, com o estudo do uso da Palavra Sagrada na sua aplicação grupal e no seu emprego para certos fins específicos. Estudamos brevemente a Palavra, tal como é usada pelo indivíduo que começa a meditar, - o efeito de seu uso, sendo, grandemente, a purificação, harmonização e centralização. Isso é tudo que é possível, até o estudante haver alcançado um ponto onde lhe seja permitido emitir a nota num dos subtons egoicos. Tereis na nota egoica exatamente a mesma sequencia da nota Logoica. Que tivestes lá? Um acorde sétuplo do qual os pontos mais importantes, no nosso estágio de desenvolvimento, são:

1 - A nota básica.
2 - A terça maior.
3 - A quinta dominante.
4 - A sétima final.

Aqui pode ser dada uma indicação segundo a linha da analogia. Há uma conexão íntima entre a quinta dominante e o quinto princípio, Manas ou Mente, e, para este sistema solar (apesar de não para o primeiro ou terceiro), há uma interessante resposta entre o quinto plano da mente e a dominante, e entre o sexto plano das emoções e a terça maior. De certos ângulos nesta conexão, o veículo emocional forma um terceiro veículo para a consciência - contando o físico denso e o veículo para o prana, ou vitalidade elétrica, como duas unidades. Mais não posso dizer, pois o todo desloca-se e se interpenetra; mas mostrei alimento para o pensamento.

Na nota egoico - como foi dito antes - tendes uma sequencia semelhante, pois é o reflexo, no seu plano próprio, do Logoico. Tendes assim, a nota básica do físico, a terça do emocional e a quinta dos níveis causais. Quando um homem tiver dominado sua clave e encontrado seu sub-Tom próprio, ele então pronunciará a Palavra Sagrada com exatidão e alcançará, desse modo, o fim desejado; seu alinhamento será perfeito, os corpos estarão puros, o canal, livre de obstrução, e a inspiração superior será possível. Esse é o objetivo de toda meditação verdadeira e pode ser alcançado pelo uso apropriado da Palavra. Entretanto, devido à ausência de um orientador e aos defeitos do discípulo, tudo o que é agora possível, é pronunciar a Palavra tão bem quanto se possa, ciente de que o perigo não se esconde onde haja sinceridade de propósito, e que certos resultados, tais como proteção, tranquilização e reforma, poderão ser alcançados.

O Uso Grupal da Palavra

Na formação de grupos, o efeito da Palavra é intensificado, desde que os grupos estejam corretamente constituídos, ou, se os grupos tiverem elementos indesejáveis, tornados nulos de direito e neutralizados. Certos fatos, por isso, têm que ser verificados, antes da Palavra poder ser usada adequadamente pelo grupo:-

a) É conveniente que as pessoas de um mesmo raio ou raio complementar formem um grupo.

b) É conveniente que a Palavra seja pronunciada no mesmo tom, ou, pelo menos, harmoniosamente. Quando isso for conseguido, o efeito vibratório será de longo alcance e ocorrerão certas reações.

O que acontece, então, quando a Palavra é corretamente pronunciada por um grupo de pessoas bem entrosadas?

a) Estabelece-se uma forte corrente que alcança o discípulo ou o Mestre responsável pelo grupo, e que lhe possibilita colocar o grupo em contato com a Fraternidade, permitindo a limpeza do canal para a transmissão do ensinamento.

b) Cria-se um vácuo que corresponde, de certa maneira, ao vácuo que deverá existir entre o Ego e a Personalidade, mas, desta vez, entre um grupo e Os que estão no lado interno.

c) Se todas as condições estiverem certas, resultará, semelhantemente, uma ligação com os grupos egoicos das personalidades envolvidas, um estímulo dos corpos causais envolvidos e uma ligação de todos os três grupos - o inferior o superior e a Fraternidade - num triângulo para a transmissão de força.

d) Tem um efeito definido sobre os veículos físicos do grupo inferior; intensifica a vibração dos corpos emocionais, expulsando a contra-vibração, tudo alinhando com o ritmo superior. Isto resulta em equilíbrio; estimula a mente inferior e, ao mesmo tempo, abre a conexão com à superior que, mais alta, estabiliza, ao entrar, a mente concreta inferior.

e) Atrai a atenção de alguns devas, ou anjos, cujo trabalho se relaciona com os corpos dos homens e possibilita-lhes fazer esse trabalho com maior exatidão e estabelecer contatos que, mais tarde, serão úteis.

f) Cria uma concha protetora ao redor do grupo, que (apesar de apenas transitória) livra o grupo de perturbação; possibilita às unidades do grupo trabalharem mais à vontade e de acordo com a lei; e ajuda os Instrutores internos a encontrar a linha de menor resistência entre Eles Mesmos e aqueles que buscam Sua Instrução.

g) Auxilia o trabalho da evolução. Ainda que essa ajuda possa ser infinitesimal, mesmo assim, cada esforço que conduza à livre atuação da lei, que atue na matéria da maneira que puder, para seu maior refinamento, e que estimule a vibração e facilite o contato entre o superior e o inferior, é um instrumento na mão do Logos para o apressamento de Seu plano.

Mencionei aqui certos efeitos incidentais sobre a pronúncia da Palavra em uníssono. Mais tarde, à medida que as regras da meditação ocultista forem compreendidas e aplicadas experimentalmente, tais efeitos serão estudados. Conforme a raça se torne mais clarividente, eles serão tabulados e controlados. As formas geométricas criadas pelo indivíduo e pelo grupo, ao pronunciar a Palavra, serão gravadas e registradas. A eliminação de indivíduos de diferentes grupos e sua transferência para outros grupos mais adequados será efetuada através de consideração judiciosa do trabalho feito por eles. Mais tarde, enquanto os indivíduos desenvolvem a consciência superior, guardiães de grupos precisam ser escolhidos - não só por suas consecuções espirituais e sua capacidade intelectual, mas também por sua habilidade de ver com a visão interna e, em consequência, de auxiliar seus membros e grupo a planos certos e a desenvolvimento correto.

Grupos para Fins Específicos

Mais adiante, formar-se-ão grupos para fins específicos, o que me traz ao meu terceiro ponto, o uso da Palavra para certos fins determinados.

Enumerarei, a seguir, alguns dos objetivos que os grupos terão em vista ao se formarem e certos resultados que, pelo uso da Palavra Sagrada unida à verdadeira meditação ocultista, serão alcançados. Esse tempo ainda não chegou e dispensa descrição detalhada, mas se tudo progredir como se deseja, vós mesmos podereis vê-lo operando em vossa vida.

1 - Grupos com a finalidade de trabalhar no corpo emocional, com o objetivo de desenvolvimento, de domínio e esclarecimento.

2 - Grupos com a finalidade de desenvolvimento mental, de fortalecimento do equilíbrio e do contato com a mente superior.

3 - Grupos para a cura do corpo físico.

4 - Grupos cuja finalidade é efetuar o alinhamento e purificar o canal entre o superior e o inferior.

5 - Grupos para o tratamento das obsessões e doenças mentais.

6 - Grupos cujo trabalho será estudar a reação à pronúncia da Palavra, gravar e tabular as consequentes formas geométricas, observar seu efeito nos indivíduos dos grupos, e atentar para as entidades estranhas que ela atrai por sua força de atração. Estes deverão ser grupos bastante adiantados, capazes de Investigação clarividente.

7 - Grupos que trabalharão definitivamente para fazer contato com os devas e colaborar com eles, sob a lei. Durante a atividade do sétimo raio, isto será grandemente facilitado.

8 - Grupos que estarão trabalhando definitiva e cientificamente nas leis dos raios e estudando cor e som, seus efeitos individual e grupal, e sua inter-relação. Este será, necessariamente, um grupo seleto, e somente os de superior alcance espiritual e os próximos da Iniciação terão permissão para participar. Não vos esqueçais de que tais grupos, no plano físico, serão apenas o inevitável esforço para a manifestação dos grupos internos de aspirantes, alunos, discípulos e iniciados.

9 - Grupos que estarão definitivamente trabalhando sob algum Mestre e ajustando-se a certos procedimentos estabelecidos por Ele. Os membros destes grupos serão, por isso mesmo, escolhidos pelo Mestre.

10 - Grupos trabalhando especificamente sob um dos três grandes departamentos e buscando - sob orientação experiente - influir política e religiosamente sobre o mundo dos homens, e apressar os processos de evolução como determinado pelo departamento do Senhor da Civilização. Alguns desses grupos trabalharão sob as ordens da Igreja, outros, sob a Maçonaria, e outros trabalharão em conexão com os Iniciados dirigentes de grandes organizações. Ao considerardes isso, precisareis lembrar que o mundo inteiro se torna mais e mais mental, à medida que o tempo passa - daí, o sempre crescente objetivo deste trabalho.

11 - Outros grupos trabalharão inteiramente no que poderia ser chamado de trabalho preparatório para a futura colônia.

12 - Grupos-problema, como poderiam ser chamados, serão formados para lidar com os problemas sociais, econômicos, políticos e religiosos, conforme surjam, estudando os efeitos da meditação, cor e som.

13 - Outros grupos lidarão com a cultura infantil, com o treino individual de pessoas, com a orientação de pessoas no caminho probatório, e com o desenvolvimento das faculdades superiores.

14 - Mais tarde, quando o Grande Senhor, o Cristo, vier com Seus Mestres, haverá uns poucos grupos realmente esotéricos, originados de todos os outros, onde os membros (pela graduação e direito cármico) serão treinados para o discipulado e para a primeira Iniciação. Haverá sete de tais grupos, ou centros, para definido treinamento ocultista... Somente aqueles cuja capacidade vibratória for adequada, encontrarão aí seu caminho.

Dei-vos hoje o suficiente para pensar, e deixaremos o quarto ponto para ser considerado, amanhã.

23 de junho de 1920.

Estais certos em pensar que as condições de hoje não sejam as desejáveis. O mundo inteiro se apressa em direção a uma crise - uma crise reconstrutiva, mesmo que pareça destrutiva ao espectador. Por todos os lados, a destruição das velhas formas está aumentando, embora o trabalho não esteja completamente efetuado. Entretanto, o suficiente tem sido feito para permitir a montagem do arcabouço da nova construção. Na serenidade e firme adesão ao próximo dever, virá a simplificação do que precisa ser feito.

Hoje trataremos do efeito da Palavra nos vários centros, em cada corpo, e sua utilidade no alinhamento dos corpos com o veículo causal. Esse foi nosso quarto ponto. Os dois primeiros são estreitamente ligados, pois a Palavra Sagrada (quando apropriadamente pronunciada) age nos vários corpos por intermédio dos centros e de suas contrapartes astral e mental. Já tratamos de alguns dos efeitos, tais como a eliminação da matéria indesejável e a introdução da nova, o efeito protetor da Palavra e seu trabalho de estabilização e purificação. Enfocaremos agora nossa atenção, grandemente, sobre os centros e o resultado, sobre eles, do pronunciar da Palavra.

Os Sete Centros e a Palavra Sagrada

Como é nosso hábito, vamos dividir nossos pensamentos nos títulos seguintes. A esquematização tem seu valor; sistematiza o conhecimento, contribuindo, assim, para a ordenação do corpo mental; facilita a lembrança através da ajuda dos olhos.

1 - Enumeração e discussão dos centros.
2 - Crescimento e desenvolvimento dos centros.
3 - O efeito da meditação nos centros.
4 - Sua inter-relação no trabalho do alinhamento.

Primeiramente direi que certas informações que podem parecer a sequencia natural e corolário daquilo que Eu tenha para revelar, deverão ser retidas. Os perigos decorrentes do desenvolvimento irrefletido dos centros são muito grandes para nos arriscarmos, já, a dar instruções detalhadas e completas. Procuramos produzir Mestres da Compaixão, dispensadores do amor do universo. Não buscamos produzir Mestres da Magia Negra e especialistas em autoexpressão cruel, às custas dos não iniciados. Certos fatos têm sido, e podem ser, divulgados. Levarão ao desenvolvimento da intuição e inspirarão o seguidor da luz para esforço mais severo, Outros precisam ser retidos, pois seriam armas de grande perigo nas mãos de inescrupulosos. Se vos parecer, então, que divulguei apenas o suficiente para despertar interesse, ficai sabendo ser esse meu objetivo. Quando vosso interesse e o interesse de todos os aspirantes estiverem suficientemente despertos, nada poderá ser, então, omitido.

1 - Enumeração dos centros

Os centros físicos são, como sabeis, os seguintes:

1 - A base da coluna vertebral.
2 - O plexo solar.
3 - O baço.
4 - O coração.
5 - A garganta.
6 - A glândula pineal.
7 - A pituitária.

Esta enumeração é correta, mas procuro dar-vos outra divisão, baseada em fatos explicados anteriormente, os concernentes ao sistema solar. Esses sete centros poderão ser relacionados como cinco, se ali minarmos o baço e contarmos os dois centros da cabeça como um. Os cinco centros assim especificados se aplicam à nossa evolução quíntupla, neste segundo sistema solar.

No primeiro sistema solar, os três centros inferiores foram desenvolvidos e com eles o ocultista nada tem a ver. Eles formam a base do desenvolvimento do quaternário inferior antes da individualização, mas já foram transcendidos, e o fogo.

O Baço

O baço, o terceiro centro, tem finalidade específica. Tem sua correspondência no terceiro aspecto, ou atividade, e no terceiro Raio ou Raio da Atividade (Adaptabilidade), e é a base de todas as atividades fundamentais do microcosmo e das repetidas adaptações do microcosmo ao seu meio, às suas necessidades e ao macrocosmo. Controla os processos seletivos do microcosmo; toma a força e energia vibratórias do macrocosmo e transmuta-as para o uso do microcosmo. Poderíamos chamá-lo o órgão da transmutação e - à medida que suas funções sejam melhor compreendidas - descobrir-se-á que ele provê um elo magnético entre o homem tríplice consciente, pensante, e seus veículos inferiores, considerando-se esses veículos inferiores como o Não-Ser e, como eles próprios, animado por entidades modeladoras. É a força da vida, contatando aquelas entidades, que constitui o fim e a meta.
Na sua contraparte emocional, é o órgão da vitalidade emocional, novamente na mesma ideia de prover um liame; no plano mental, de certa maneira, serve à mesma finalidade, somente que, desta vez, através desse centro os pensamentos-forma são vitalizados por meio da vontade energizante. Não tratarei mais detalhadamente desse centro, portanto, além dessas indicações gerais. Poucas pessoas têm a faculdade de estimulá-lo através do uso da Palavra, nem é desejável que o façam. Ele se desenvolve normalmente, se o aspirante mesmo - como uma totalidade - progredir como desejado: se seu corpo físico receber adequada afluência das forças vitais do Sol, se seu corpo emocional for impulsionado pelo desejo superior e aberto ao fluir da força vinda dos níveis causal e intuitivo, e se sua vida mental for intensa, vibrante e animada por uma vontade poderosa. Então, o baço, com suas contrapartes internas, desenvolver-se- á e estará numa condição saudável.

Deixá-lo-emos nessa disposição e não mais lhe daremos espaço nestas cartas.

Os centros fundamentais

Os três centros fundamentais de vital importância do ponto de vista do homem comum, polarizado no seu corpo emocional e vivendo a vida normal de um homem do mundo, são:

1 - A base da coluna vertebral.
2 - O plexo solar.
3 - O centro do coração.

Para o homem abeirando-se da Senda Probatória, e para o homem que está objetivando uma vida de altruísmo, tendo examinado a atração dos três mundos, os três centros maiores são:

1 - A base da coluna vertebral.
2 - O coração.
3 - A garganta.

Seu plexo solar é deixado, então, a funcionar normalmente, tendo servido à sua finalidade como um centro de focalização emocional. A atividade do fogo torna-se mais centrada na garganta.

Para o homem já na Senda, em sua divisão dupla, os três centros maiores são:

1 - O coração.
2 - A garganta.
3 - A cabeça.

A atividade divina desenvolveu o centro do plexo solar; controla todos os centros abaixo do plexo solar e se eleva em progressão ordenada até que esteja focalizada nos centros da cabeça, vitalizando-os.

Dividimos anteriormente a vida do homem em cinco períodos principais, traçando o desenvolvimento em cada um. Poderíamos aplicar o mesmo (se formos cuidadosos na generalização ampla) aos cinco centros.

Período I - quando a base da coluna vertebral é o mais ativo no sentido puramente rotativo e não no quadridimensional. O fogo central está focalizado na vitalização dos órgãos da geração e na vida física funcional da personalidade.

Período II - quando o plexo solar é o objeto da atenção do fogo e quando a contraparte emocional vibra sincronicamente. Dois centros estão, assim, vibrando, ainda que em lenta proporção; os outros estão vivos; pode ser vista a pulsação, mas nenhum movimento circular.

Período III - O fogo divino sobe, agora, para o centro cardíaco, e os três giram em uníssona proporção ordenada. Diria que a vitalização de qualquer um dos centros origina um aumento de força em todos, e mostraria ainda que, na cabeça, estão sete centros (três maiores e quatro menores) e que estes centros correspondem diretamente a um ou outro centro no corpo. Eles são a síntese e, ao estimularem-se seus centros correspondentes, receberão eles próprios uma aquisição correspondente de poder rotativo.

Período IV - marca a definida estimulação do centro da garganta. Toda atividade criativa do homem tríplice - físico, emocional e mental - se eleva no serviço, e sua vida começa, ocultamente, a soar. Ele é ocultamente produtivo. Ele se manifesta e seu som é emitido ante ele. Esta é uma afirmativa oculta de um fato definidamente perceptível para aqueles que têm a visão interna. A coordenação entre os centros torna-se evidente; a rotação é intensificada e os próprios centros mudam de aparência, abrem-se, e o movimento rotativo torna-se quadridimensional, voltando-se para dentro de si mesmo. Os centros estarão, aí, irradiando núcleos de luz, e os quatro correspondentes centros inferiores da cabeça estarão igualmente ativos.

Período V - marca a aplicação do fogo aos centros da cabeça e o seu completo despertar.

Antes da iniciação, todos os centros estarão girando no estado quadridimensional, mas, depois da iniciação, tornam-se rodas flamejantes e são - vistos clarividentemente - de rara beleza. O fogo de Kundalini é, então, despertado e progride nas espirais necessárias. A segunda iniciação, os centros emocionais estarão semelhantemente despertos, e à terceira iniciação, os do plano mental serão alcançados. O iniciado pode, então, permanecer na Presença do Grande Rei, o Iniciador Uno. 

Procuro destacar que o estudante precisa lembrar-se sempre de que aqui somente são dadas generalidades. A complexidade no desenvolvimento do microcosmo é tão grande quanto no macrocosmo. O despertar dos centros e seu estado individual dependem de vários fatores, tais como:

a - O Raio do Espírito, ou da Mônada.
b - O Raio do Ego, Eu Superior, ou Filho, ou do sub-raio.
c - Raça e nacionalidade.
d - O tipo particular de trabalho a ser feito.
e - A diligência do estudante.

Por aí podeis ver, vós mesmos, que é inútil estabelecer regras para o desenvolvimento dos centros e formular métodos por meio dos quais o fogo possa circular, até o tempo em que instrutores treinados, com conhecimento especializado e faculdade clarividente, estejam encarregados de trabalho no plano físico. Não é conveniente os aspirantes focalizarem seu pensamento em qualquer centro.

Correm o risco de superestimulação, ou de desgaste. Não é desejável que seja feito esforço para dirigir o fogo na direção de algum ponto particular; na manipulação ignorante jaz a insanidade e recai a doença. Se o aspirante busca desenvolvimento espiritual; se ele aspira sinceridade de propósito e altruísmo; se ele, com diligência serena, concentra-se no domínio do corpo emocional e na ampliação do mental; e se cultiva o hábito do pensamento abstrato, os esperados resultados sobre os centros far-se-ão sentir, forçosamente, e o perigo será eliminado.

Quando esses triângulos forem caminhos do fogo tríplice emanando da base da coluna, quando o entrelaçamento estiver completo e o fogo progredir ao longo da senda de maneira correta, de centro em centro, e quando isso for alcançado na sequencia requerida pelo raio primário do homem, então o trabalho estará completado. O homem quíntuplo terá atingido a perfeição para este atual ciclo maior e a meta é alcançada.

(Observai que esta ordem tem de ser conseguida igualmente nos centros da cabeça).

Amanhã continuaremos o estudo dos centros mais especificamente e os descreveremos um pouco, assinalando o efeito sobre a vida através do despertar dessas rodas.

25 de junho de 1920.

2 - O crescimento e desenvolvimento dos centros

Enumeraremos os centros, novamente, considerando desta vez suas correspondências psíquicas, e distinguiremos as cores e o número de pétalas.

1 - A base da coluna vertebral. Quatro pétalas. Essas pétalas são em forma de cruz e irradiam fogo laranja.

2 - O plexo solar. Dez pétalas. Cor rósea, com uma mistura de verde.

3 - O centro do coração. Doze pétalas. Cor dourado resplandecente.

4 - O centro da garganta. Dezesseis pétalas. Cor azul prateada, predominando o
azul.

5 - Os centros da cabeça. Estes ficam numa divisão dupla:

a) Entre as sobrancelhas. Noventa e seis pétalas. Cor, uma metade do lótus é rosa e amarela, a outra, azul e púrpura.

b) O alto da cabeça. Há doze pétalas maiores brancas e douradas, e 960 pétalas secundárias são dispostas ao redor das doze centrais. Isto faz um total de 1.068 pétalas nos dois centros da cabeça, ou 356 triplos. Todos estes números têm um significado oculto.

Esta descrição é tirada de "A Vida Interior". Ela se aplica aos centros etéricos que são, eles mesmos, o resultado da manifestação, no plano físico, dos vórtices correspondentes no plano emocional, com a vitalidade emocional agindo de permeio. Eles têm sua contraparte mental e, como já foi dito antes, no seu despertar e no seu crescimento e desenvolvimento, vem a vitalização final, bem como a resultante liberação.

A conexão entre os centros, o corpo causal e a meditação, jaz oculta na seguinte indicação: é através da rápida rotação e da interação desses centros, e do aumento de sua força pela meditação (a meditação ocultista ordenada), que a fragmentação do corpo causal se efetua. Quando o fogo interno circula em cada centro e quando kundalini gira em espiral, acurada e geometricamente, de vórtice em vórtice, a intensificação interage em três direções:

a) Focaliza a luz ou a consciência do Eu Superior nos três veículos inferiores, atraindo-a para baixo, para uma expressão mais completa, e expandindo seu contato em todos os três planos, nos três mundos.

b) Atrai do Espírito tríplice, mais e mais do fogo do Espírito, fazendo pelo corpo causal o que o Ego está fazendo pelos três veículos inferiores.

c) Força a unificação do superior e do inferior, e atrai a vida espiritual mesma. Quando isto é feito, quando cada vida sucessiva vê um aumento de vitalidade nos centros e quando Kundalini, em sua capacidade sétupla, toca cada centro, então, até mesmo o corpo causal evidencia-se inadequado para o influxo de vida superior. Se me posso expressar assim, os dois fogos se encontram e, consequentemente, o corpo egoico desaparece: o fogo destrói inteiramente o Templo de Salomão; os átomos permanentes são destruídos e tudo é reabsorvido na Triada. A essência da Personalidade, as faculdades desenvolvidas, o conhecimento ganho e a recordação de tudo que transpirou, tornam-se parte do equipamento do Espírito e, finalmente, encontram seu caminho para o Espírito, ou Mônada, no - seu plano próprio.

Enumerarei agora as coisas sobre as quais ainda não é possível fornecer maiores informações; os riscos envolvidos seriam enormes.

1 - O método de elevar-se o Fogo Sagrado.
2 - A sequencia de sua progressão.
3 - As formas geométricas que ele forma, à medida que se eleva.
4 - A sequencia do desenvolvimento dos centros, segundo o raio do Espírito. A complexidade é muito grande.

Observareis, por isso, que, quanto mais se estuda, mais abstruso se torna o assunto. É complicado pelo desenvolvimento do raio, pelo próprio lugar do homem na escala da evolução, pelo despertar irregular dos diferentes centros, devido aos tipos de vida de um homem; apresenta-se mais complexo pela natureza tríplice dos centros mesmos - etérico, emocional e mental - pelo fato de que algumas pessoas têm um ou outro centro emocional completamente desperto e manifestado etericamente, enquanto as contrapartes mentais podem estar silentes; outros podem ter os centros mentais despertos e o emocional não tão vitalizado, e ser etericamente inativos. Por essa razão, é óbvio quão grande é a necessidade de instrutores clarividentes conscientes que possam trabalhar Com os alunos judiciosamente, estimulando, através de conhecimento e métodos científicos, os centros adormecidos ou inertes, e alinhando-os de modo que a corrente possa fluir livremente, para trás e para frente, entre os vórtices externos e o centro interior. Mais tarde, o instrutor poderá treinar o pupilo no despertar seguro do fogo interno, em sua transmissão e cultura científica, e instruí-lo na sequencia requerida por suas convoluções ao longo da senda dos triângulos, até que atinja os centros da cabeça. Quando kundalini tiver cruzado essas linhas geométricas, o homem estará perfeito, a personalidade terá servido à sua finalidade e a meta estará atingida. Daí, o fato de todos os centros terem pétalas cujos números são múltiplos de quatro, pois quatro é o número do eu inferior, do quaternário. O número total de pétalas nos centros, se eliminarmos o baço, que tem Uma finalidade própria, e os três órgãos inferiores da criação, é mil cento e dez, o número total significando a perfeição do microcosmo - dez, o número da personalidade aperfeiçoada, cem, o número da perfeição causal, e mil, o número da realização espiritual. Quando cada pétala vibrar em todas as dimensões, então a meta para este manvantara será alcançada. O lótus inferior estará em plena florescência e refletirá o superior com precisão.

26 de junho de 1920.

O efeito da meditação ocultista sobre os centros

Estudaremos hoje o efeito da meditação ocultista sobre os centros e sua consequente ativação, propondo uma meditação sempre prefaciada pelo uso da Palavra Sagrada, pronunciada de acordo com a regra.

Falamos, também, da meditação seguida sob a orientação de um instrutor. O homem, dessa maneira, meditará corretamente, ou quase assim; por isso, o que vamos considerar hoje é o fator tempo, na sua relação com os centros, pois o trabalho é lento e necessariamente gradual. Aqui faço uma pausa para enfatizar a necessidade de lembrar sempre que, em todo trabalho verdadeiramente ocultista, os efeitos esperados são alcançados muito vagarosamente. Se um homem parece fazer um progresso espetacular em alguma encarnação, é devido ao fato de estar ele somente demonstrando o que foi adquirido anteriormente (a manifestação da faculdade interna, adquirida em prévias encarnações) e de que se prepara para um novo período de esforço lento, cuidadoso e diligente. Ele recapitula, na vida presente, os processos ultrapassados no passado; e assim deita alicerces para renovado esforço. Esse esforço lento e laborioso, que é o método consistente de tudo que evolui, não é senão uma ilusão de tempo, e é devido ao fato de que a consciência está, no presente, para a maioria, polarizada nos veículos inferiores, e não no causal. Os estados de consciência se sucedem vagarosamente, pelo visto, e em seu lento progresso, jaz a oportunidade para o Ego assimilar o fruto desses estágios. Leva muito tempo para se estabelecer uma vibração estável, e muito tempo para fragmentá-la e impor outro ritmo ainda mais alto. O crescimento é um longo período de construção para destruir, de ordenação para desordenar mais tarde, de desenvolvimento de certos processos rítmicos para, depois, despedaçá-los e forçar o velho ritmo e dar lugar ao novo. O que a Personalidade leva muitos milhares de vidas para estabelecer não será alterado ligeiramente quando o Ego - trabalhando na consciência inferior - procura efetuar uma mudança. A transferência de polarização do emocional para mental, daí, para o causal e, mais tarde, para o Espírito tríplice, ocasiona, inevitavelmente, um período de grande dificuldade, de violento conflito, tanto internamente como com o meio, intenso sofrimento e aparente obscuridade e dilaceração - tudo isso caracteriza a vida do aspirante ou do discípulo. O que ocasiona isso e por que é assim? As razões seguintes poderão tornar evidente por que o caminho é tão difícil de trilhar e o processo de galgar a escada (à medida que alguém se aproxima dos degraus superiores) torna-se ainda mais complicado e difícil.

1 - Cada corpo tem que ser trabalhado e disciplinado separadamente e, dessa maneira, purificado.

2 - Cada corpo tem que ser reajustado e alinhado.

3 - Cada corpo tem que ser sujeito à repolarização.

4 - Cada corpo é praticamente reconstruído.

5 - Cada sub plano acima do quarto (pois que no quarto começa a vida do aspirante) tem de ser dominado.

6 - Cada centro tem de ser gradual, cuidadosa e cientificamente despertado, suas revoluções têm que ser intensificadas, suas radiações eletrizadas (se posso tomar emprestado esse termo e aplicá-lo aos centros) e sua força precisa se manifestar através de dimensão mais alta.

7 - Cada centro etérico tem que ser magneticamente ligado, em total alinhamento, com os centros correspondentes nos corpos emocional e mental, para que o fluxo da força fique, assim, desimpedido.

8 - Cada centro tem que ser despertado novamente pelo Fogo Sagrado, até que as irradiações, a velocidade e as cores estejam afinadas com a nota egoico. Isso é parte do trabalho da Iniciação.

Conforme cada mudança seja gradualmente operada, ela responde à mesma lei que governa todo crescimento cíclico no macrocosmo:

1 - Primeiro, vem o conflito do velho ritmo com o novo.

2 - Isto é seguido por um período de gradual domínio do novo, da eliminação do velho, e do equilíbrio da nova vibração.

3 - Chega, então, a transição de ida e volta, e novamente a repetição do processo.

É esse o trabalho feito nos corpos e nos centros pelo trabalho de meditação e pelo uso da Palavra Sagrada. Essa Palavra ajuda na acomodação da matéria, na sua vitalização pelo fogo, e possibilita ao aspirante trabalhar em consonância com a lei. Esse desenvolvimento dos centros é um processo gradual, semelhante ao trabalho feito nos corpos, ao refinamento dos veículos, e ao lento desenvolvimento da consciência causal.

Comentários finais

Finalizando esta divisão sobre o uso da Palavra Sagrada na meditação, gostaria de indicar certas coisas, apesar de não ser possível mais do que um simples indício. Este assunto tem sido difícil de compreender e entendo isso perfeitamente. A dificuldade está no fato de que muito pouco pode ser dito sem risco, de que o verdadeiro uso da Palavra é um dos segredos da iniciação e por isso não pode ser divulgado, e de que o pouco que pode ser indicado é de pouco valor para o estudante, independente da sábia tentativa de experimentar, experimento esse que precisa ser efetuado sob a orientação de quem sabe. Entretanto, indicarei certas coisas que, se prudentemente ponderadas, poderão conduzir à iluminação.

Ao meditardes no centro do coração; imaginai-o como um lótus dourado fechado, Quando a Palavra Sagrada for pronunciada imaginai-o como um lótus expandindo-se lentamente até que o centro interno, ou vórtice, seja visto como um irradiante redemoinho de luz elétrica, mais azul, do que dourado. Formai aí a figura do Mestre, em matéria etérica, emocional e mental. Isso ocasiona a retirada da consciência mais e mais para dentro. Quando a imagem estiver completa, então, pronunciai suavemente a Palavra outra vez e num esforço da vontade; retraí-vos ainda mais para dentro e uni- vos ao centro de doze pétalas da cabeça, o centro da consciência causal. Fazei tudo isso bem lenta e gradualmente, mantendo uma atitude de perfeita paz e calma. Há uma relação direta entre os dois centros de doze pétalas e a meditação ocultista, e a ação do fogo kundalini revelará mais adiante seu significado. Esta visualização conduz à síntese, ao desenvolvimento causal e à expansão, e leva o homem, eventualmente, à presença do Mestre.

O plexo solar é a sede das emoções e não deverá ser focalizado na meditação. É a base para a cura física e será melhor compreendido mais tarde. É o centro da atividade - uma atividade que deverá ser, mais tarde, intuitiva. O centro da garganta trabalha resplandecentemente quando a polarização se transfere do átomo físico para o átomo permanente mental, como já foi dito. O átomo permanente mental torna-se o centro da razão pura ou do pensamento abstrato. Então, chega um tempo, no desenvolvimento da consciência, em que - a força emocional, que governa tantos, é transcendida e substituída pela força do intelecto superior. Quase sempre marca um período em que o homem é dominado puramente pela razão, e suas emoções não o controlam. Isso pode ser visto na vida pessoal, no plano físico, como dureza Intelectual. Posteriormente, o átomo emocional permanente dá lugar ao intuitivo, e a Intuição pura e a compreensão perfeita através do amor são a força motriz, acrescidas da faculdade da razão. Então, o plexo solar é percebido pela preponderância do verde da atividade, uma vez que o corpo emocional é energeticamente o agente do superior, e, gera apenas um pouco do rosado do desejo humano.

No turbilhonar da força através do vórtice (turbilhonar este que forma as pétalas do lótus), será observado que certas pétalas se sobressaem predominantemente e que cada centro mostra um tipo particular de cruz, com a exceção dos dois centros da cabeça, que são a síntese das cruzes inferiores. A cruz de quatro braços do terceiro Logos é encontrada na base da coluna vertebral, e, no coração, a cruz da quarta Hierarquia humana.

Quando a Palavra Sagrada é pronunciada pelo aspirante comum, leva força, através de todos os centros internos, até o etérico, e causa um estímulo definido das pétalas em cada centro. Se o lótus estiver apenas parcialmente desenvolvido, então só algumas pétalas receberão estímulo. Esse estímulo cria uma vibração (especialmente no centro no qual um homem medita - a cabeça ou o coração) que causa ação reflexa na coluna vertebral e, para baixo, até a base. Isso, em si mesmo, não é suficiente para acender o fogo; isso pode ser feito somente na forma adequada, na chave certa, e está sujeito a certas regras.

Quando a meditação é feita no coração e sob leis ocultistas, com a pronúncia certa da Palavra, a força vem através dos centros emocionais dos níveis intuitivos. Quando é feita na cabeça, a força vem através dos centros mentais dos níveis manásicos abstratos e, posteriormente, do átmico. Um dá intuição espiritual e o outro, consciência causal.

O homem adiantado é aquele em quem se está processando a união dos dois centros maiores - a cabeça e o coração - em um único instrumento sintético, e cujo centro laríngeo vibra na mesma medida. Tereis, então, a vontade e o amor fundindo-se em serviço harmônico, e a atividade física inferior é transmutada em idealismo e altruísmo. Quando esse estágio é alcançado, o homem está pronto para o despertar do fogo interno. Seus corpos estarão suficientemente refinados para suportarem pressões e investidas; elas nada contêm de perigoso para o seu progresso; os centros estão afinados suficientemente alto para receber a obtenção do novo estimulo. Quando isto tenha sido feito, chega a hora da iniciação em que o pretendente a servidor da humanidade achar-se-á ante seu Senhor, com o desejo purificado, o intelecto consagrado, e com um corpo físico que é seu servo e não seu senhor.

Terminamos hoje esta carta. Amanhã consideraremos os perigos que confrontam o homem que medita. Procurarei destacar contra o que ele precisa se acautelar e onde deve movimentar-se com cuidado.

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