Maio – Junho 2022

A precipitação da Luz Suprema, a nova civilização e a nova ordem mundial

Que a luz dos sete Raios se funda com a do sétimo Raio e que a Luz Suprema marque o início da nova civilização.

Estimado (a) condiscípulo (a)

Desde dezembro, nossas reflexões sobre o Plano Divino estão vinculadas ao Departamento de Religião, e agora podemos imaginar de forma mais realista como 'o conceito semente da Nova Religião Mundial' poderia se enraizar. O Tibetano previu que os avanços na nova religião se desenvolveriam em linhas científicas, sugerindo uma relação mais próxima entre ciência e religião no futuro. A natureza disso se reflete nas palavras do físico Mihajlo Pupin citado por Alice Bailey em A Alma e Seu Mecanisno: "A ciência e a religião se complementam. São os dois pilares do portal através do qual a alma humana entra no mundo onde a divindade reside" (1). E no livro Problemas da Humanidade, o Tibetano explica que "a tarefa das igrejas consiste em implantar... o uso científico e inteligente da Invocação e Evocação, mais o reconhecimento de sua maravilhosa potência" (2). São pensamentos inspiradores, mas para que sejam mais apreciados na era atual, podem ser necessárias novas descobertas e uma mudança de paradigma no pensamento científico.

Entre as descobertas que podem ajudar essa causa, está o fenômeno da 'transmutação biológica'. Este é um processo que ocorre em toda a Natureza e no metabolismo dos organismos vivos, por meio do qual os elementos químicos são transmutados em outros elementos. Apesar de una larga historia de experimentos que demonstram este fenômeno, a teoria científica atual considera que isto é impossível, e crê que a criação e transmutação de elementos somente podem ocorrer em temperaturas e pressões colossais que se crê são geradas nos núcleos das estrelas. De fato, físicos nucleares de todo o mundo estão colaborando para emular esse processo através da construção de enormes reatores de fusão nuclear, como JET e ITER. O objetivo desses reatores é forçar os núcleos dos átomos a se unirem e liberar enormes quantidades de energia atômica no processo, a fim de atender às necessidades energéticas das civilizações modernas. Em contraste com isso, um pequeno número de pensadores científicos acredita que, através dos processos metabólicos de todos os seres vivos, ocorrem silenciosamente reações de fusão nuclear de baixa energia.

Se a transmutação biológica fosse demonstrada, isso ajudaria a sustentar a visão de que o universo está vivo e consciente: suas forças construtivas constantemente criam e transmutam a matéria de acordo com um propósito evolutivo. Tal percepção também poderia oferecer aos pensadores religiosos novas perspectivas sobre a questão da redenção: como e por que a jornada da alma humana em direção ao Divino requer um refinamento constante das formas pelas quais o Divino se expressa. Aqui vemos as perspectivas de colaboração entre ciência e religião no processo redentor; enquanto a nova religião mundial lidará com a invocação e evocação de qualidades energéticas que estimulam a elevação da consciência humana em direção ao Divino, a nova ciência se concentrará na transmutação das formas pelas quais essa elevação da consciência ocorre. Nas palavras do Tibetano:

“... Eles [os servidores científicos] revelarão [aquilo] ... que relaciona ciência e religião e traz à luz a glória de Deus por meio de seu mundo tangível e Suas obras. Eles têm uma função muito interessante, mas que não se tornará evidente por um longo tempo - não até que as forças de construção do Universo sejam melhor compreendidas. Isso coincidirá com o desenvolvimento da visão etérica. Este grupo atuará como um canal de comunicação ou intermediário entre as energias que constituem as forças que constroem as formas e fabricam a vestimenta externa da Divindade e os espíritos humanos.” (3)

Embora essa ciência, juntamente com a capacidade da visão etérica, esteja claramente em andamento, a revelação da transmutação biológica pode ser um precursor significativo para a compreensão das "forças construtoras do universo". Também ajudaria a estabelecer um novo modelo científico do átomo, mais próximo daquele representado nos Princípios de Luz e Cor de Edwin Babbitt e na Química Oculta de Annie Besant, como mencionado pelo Tibetano (4). Em contraste com as teorias da física quântica moderna, a ciência esotérica sustenta que há uma estrutura natural no mundo atômico e, como os filósofos antigos bem sabiam, é baseada na geometria dos sólidos platônicos. Curiosamente, essa proposição está voltando ao trabalho de um grupo de pensadores científicos que se autodenominam a equipe "Structured Atom Model" (SAM). Em um livro intitulado The Nature of the Atom, eles afirmam o seguinte:

"Este livro não segue o padrão da maioria dos livros de física convencionais e as regras do Modelo Padrão não se aplicam. Postular que o núcleo [do átomo] tem estrutura elimina automaticamente a ideia de que a mecânica quântica é apropriada para isso... Muitos modelos nucleares baseados na mecânica quântica (MQ) descrevem o núcleo em termos estatísticos, negando assim qualquer estrutura fixa... um núcleo formado por uma coleção de prótons e nêutrons orbitados por elétrons... obedecendo ao Princípio da Incerteza de Heisenberg, quase como se o núcleo não fosse um objeto físico... Especificamente, descobrimos que as propriedades dos elementos podem ser diretamente ligadas à estrutura do núcleo, ou seja, a estrutura geométrica do núcleo e as propriedades físicas e químicas dos elementos são causalmente relacionadas. Em certo sentido, isso restaura a relação entre a química e a física após um divórcio de mais de um século. Com as duas regras para o núcleo, usando apenas prótons e elétrons, e aplicando o princípio do empacotamento esférico denso, o SAM nos permitiu reconstruir praticamente os elementos a partir do zero. Identificamos o padrão de crescimento ao qual o núcleo adere à medida que aumenta em tamanho e número de nucleons. Esse padrão é de natureza fractal e é composto de icosaedros que estão conectados" (5).

O Modelo de Átomo Estruturado oferece uma explicação convincente de como os elementos são criados e transmutados em outros por meio de mudanças induzidas na geometria do átomo. A validação dessa teoria abriria caminho para uma série de novas disciplinas científicas, incluindo uma ciência revivida da alquimia. Não é necessário um grande salto de imaginação a partir daqui para entender como as ressonâncias harmônicas podem ser construídas na matéria através da energia do pensamento focalizado, e como isso pode ajudar no florescimento da nova religião mundial. Através da ciência da invocação e evocação, as energias que precipitam o Plano Divino constantemente trazem as envolturas atômicas da alma humana em vibração simpática com "o padrão das coisas como são nos céus".

À medida que o Sétimo Raio de Cerimônia e Ritual exerce seu poder no plano físico, facilitará muito a reorganização da matéria em um padrão fractal que ressoa com o Plano Divino. Dizem-nos que este raio criará "um canal direto para a precipitação da "luz suprema" nos três mundos e seu foco dominante no plano físico. Assim será produzida a nova civilização e a nova ordem mundial, e a nova abordagem da divindade se tornará possível; os passos iniciais serão então dados para criar os ‘novos céus e a nova terra’” (6).

É a isso que se refere a nossa palestra da Conferência da Escola Arcana; e através dos processos nucleares que ocorrem no coração do átomo, esses desenvolvimentos estupendos se desenrolarão.

Em iluminado companheirismo grupal.

Grupo da Sede
ARCANE SCHOOL
Escola Arcana

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1. A Alma e Seu Mecanismo, p.151.
2. Problemas da Humanidade, p.158.
3. Discipulado na Nova Era, Tomo I, p. 39.
4. Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, p. 1182.
5. J.E. Kaal, J.A. Sorensen, A. Otte, J.G. Emming, The Nature of the Atom, pp 4-10
6. Discipulado na Nova Era, Tomo II, pp 426-7.

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