A orientação correta em direção à alma

Nota-Chave da Conferência da Escola Arcana:

"Que a energia iluminadora da razão pura produza a completa liberdade da miragem e revele o amor da relação divina."

Estimado(a) condiscípulo(a)

As palestras para as conferências da Escola Arcana são frequentemente elaboradas ou compiladas de partes profundamente esotéricas dos escritos do Tibetano - até mesmo regras avançadas para iniciação grupal - mas isso não quer dizer que elas só podem ser interpretadas no contexto do que foi estabelecido. Se assim fosse, seria difícil para qualquer um de nós extrapolá-los, porque os estados de consciência que eles descrevem estão um pouco à frente para a maioria dos discípulos em treinamento. Consequentemente, isto poderia levar a uma dependência excessiva da citação e paráfrase dos textos originais, muitos dos quais se tornam um exercício técnico sem vida que também corre o risco de produzir dogma.

Porém, como afirmam as cartas de janeiro e fevereiro, o impulso para viver uma vida criativa, por meio da faculdade divina da imaginação, é fundamental para a formação do discipulado e uma das leis para induzir o controle por parte da alma. Isto significa que as notas principais das conferências, como os pensamentos-semente, podem ser exploradas e interpretadas em muitos níveis e perspectivas diferentes. O seu principal objetivo é estimular o impulso à vida criativa no grupo da escola e ajudar os estudantes a expressá-lo através da disciplina de uma imaginação corretamente orientada. Aprofundar na compreensão de qualquer texto espiritual pode estimular a imaginação, intensificar a 'luz da experiência' e iluminar todos os tipos de tópicos relacionados.

Dito isto, a nota-chave deve primeiro ser considerada em seu contexto original. É tirada de uma seção dos ensinamentos sobre o início da Transfiguração que é facilitado pela energia do quinto Raio da Ciência Concreta e se refere principalmente ao "controle da mente e a orientação correta em direção à alma." Como resultado dessa iniciação, três tipos de energias começam a fluir através da aura do iniciado, e nossa nota chave se concentra em uma delas: “a energia iluminadora da razão pura, emanando do plano búdico, flui para o corpo clarificado e organizado de resposta sensível que é tudo que resta daquilo que tem sido chamado de corpo astral. Isto ocasiona completa liberdade da miragem e a criação de “um límpido poço de resposta tão racional ao amor de divina relação” que o iniciado se torna um sensível revelador desse amor.” (1)

Embora essa possa ser a experiência da consciência iniciática, não deixa de ser um processo que está ocorrendo em algum grau em todo discípulo em treinamento, mesmo de forma intermitente e amplamente não reconhecida. No entanto, aproveitando a imaginação criativa para explorar o conceito de 'razão pura' como uma energia iluminadora, podemos expandir as reservas de compreensão estimulando o influxo e lentamente transformando um gotejamento em um riacho. Com isso em mente, o Tibetano declarou:

“O coração como um aspecto da razão pura requer cuidadosa consideração. Ele é usualmente considerado o órgão do amor puro, mas - do ângulo das ciências esotéricas - o amor e a razão são termos sinônimos, e proporia que vocês refletissem sobre porque deveria ser assim.” (2)

A etimologia é sempre útil para explorar os significados e, neste caso, revela que a palavra 'razão' evoluiu do latim ratio, o que nos leva ao reino da geometria sagrada. Como o Tibetano aponta, "é dito que Deus geometriza quando se refere à atividade do segundo aspecto, [o aspecto Amor] e que uma forma geométrica sutil está por trás da manifestação exotérica". (3) Amor e Razão descrevem uma compreensão intuitiva das proporções divinas que compõem essa forma geométrica: a quantidade, a forma e a intensidade da cor das forças compostas em relação umas às outras.

O Amor e a Razão também incluem a compreensão dos ajustes necessários para evoluir esta forma sutil para uma expressão mais precisa do Plano Divino como ele existe na mente do Logos. Isso nos dá um senso de serviço mais esotérico e a formação de corretas relações, tanto humanas quanto de outra natureza. Devemos sempre ter em mente que, embora os planos espirituais abstratos sejam conhecidos como amorfos, isto constitui apenas uma verdade relativa, pois todos fazem parte do Plano Físico Cósmico e, portanto, são tangíveis para os seres superiores a ele. O Plano Divino inclui a construção de veículos de expressão mais adequados para o Logos funcionar através dos níveis inferiores dos Planos Cósmicos, assim como o discípulo está fazendo conscientemente nos subplanos correspondentes da atividade humana.

À medida que avançamos no período superior do ano espiritual e com as oportunidades apresentadas pelos Festivais de Páscoa, Wesak e do Cristo, que a energia iluminadora da razão pura revele o amor do relacionamento divino e guie a humanidade na construção de um novo mundo de 'unidade relacional'.

Em companheirismo grupal iluminado,

Grupo da Sede
ARCANE SCHOOL
Escola Arcana

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1. Os Raios e as Iniciações, p. 599
2. Idem, pp 27-28
3. Discipulado na Nova Era, Vol II, p.304

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