O Desejo de Todas as Nações

Estimado(a) condiscípulo(a):

Na carta de abril consideramos a educação da perspectiva das Quatro Nobres Verdades do Buda. Essas verdades se referem à relação entre desejo e sofrimento sob a grande Lei universal de Causa e Efeito. Na filosofia budista isso é chamado "A Lei da Origem Dependente" e é baseado na fórmula simples, mas profunda, do Buda:

“Quando existe isso, aquilo existe; Com o surgimento disso, aquilo surge. Quando não existe isso, aquilo também não existe; Com a cessação disto, aquilo cessa.” (1)

A atividade central em ação nesta fórmula pode ser chamada de germe do desejo. A palavra 'germe' é descrita de várias maneiras como "a origem de algo que se desenvolve", o "rudimento de um novo organismo em um existente" ou "uma pequena massa de substância viva capaz de se desenvolver em um organismo ou em uma de suas partes.” No livro Cura Esotérica, um germe é descrito como "o primeiro efeito de uma causa original". Com esse entendimento, podemos aplicar a fórmula do Buda a duas das grandes necessidades citadas pelo Tibetano durante a segunda Guerra Mundial, e ver se podemos lançar alguma luz sobre como os germes nacionais do desejo evoluíram para os problemas globais de hoje. Ele escreveu:

“As nações do Eixo precisam compreender o ensinamento do Buda como Ele o enunciou nas Quatro Nobres Verdades; precisam perceber que a causa de todo sofrimento e angústia é o desejo - desejo por aquilo que é material.

As Nações Aliadas precisam aprender a aplicar a Lei do Amor como enunciada na vida do Cristo e expressar a verdade de que 'nenhum homem vive para si mesmo' e nenhuma nação também, e que o objetivo de todo esforço humano é a compreensão amorosa, impulsionada por um programa de amor ao todo.” (2)

Da perspectiva dos "germes do desejo", podemos considerar as nações como células de luz lutando para se tornarem um organismo social mundial, mas contaminadas por um vírus que vive dentro de cada célula - um parasita que sequestra os processos celulares, codificando as proteínas da célula com seus próprios desejos, substituindo a síntese que é essencial para a estrutura, função e regulação do organismo social. Enquanto cada célula exibe uma medida de aspiração grupal e crescimento em direção à luz do Cristo Cósmico, o vírus prospera na escuridão, reproduzindo-se dentro do hospedeiro para promover seus próprios desejos separatistas. Hoje esse materialismo viral é evidente na maioria das nações, senão em todas, mesmo que seja diferente do fascismo das nações do Eixo durante a segunda guerra mundial.

De acordo com os ensinamentos da Sabedoria Eterna, esse desejo involutivo por coisas materiais foi o principal pecado da civilização Atlante, e quando o vício e a cobiça alcançaram o ápice da crueldade, uma lei foi trazida à existência para compensar o crescimento malicioso. É traduzida da seguinte forma:

“Aquele que vive somente para os bens materiais, que sacrifica todas as virtudes na obtenção daquilo que não pode durar, morrerá em vida, o ar lhe faltará, e ainda assim recusar-se-á a pensar na morte até que ela venha chamá-lo”. (3)

Os ensinamentos afirmam ainda que esta lei marca a origem da tuberculose, uma das "três principais tendências do corpo humano", juntamente com o câncer e a sífilis, que estão por trás de "todas as doenças". Podemos especular, portanto, que a maioria das doenças que afetam os pulmões e as vias respiratórias está relacionada à Tuberculose, que ainda é uma das dez principais causas de morte no mundo. Depois de mais de um século de declínio, em meados da década de 1980 a tuberculose começou a se intensificar até ser considerada fora de controle em muitos países. (4) Somado a isso, o número de doenças infecciosas vem crescendo rapidamente desde os anos 1980, com mais de 12.000 surtos documentados que infectaram e mataram dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo. (5) Embora a pandemia atual se enquadre nesta categoria, devemos ter em mente que as pandemias são a fúria anárquica de vidas involutivas no corpo etérico do planeta, que são indiscriminadas e dão pouca importância ao carma pessoal. Todo ser humano tem de construir um corpo individual com matéria planetária contaminada por longos períodos de tempo de uso indevido da força, e como todos os seres humanos crescem na rede interconectada da vida na terra, até certo ponto todos são suscetíveis às ondas de atividade dos "senhores lunares" e à atração involutiva do Espírito da Terra.

Especificamente, a tuberculose é "o resultado do uso indevido da energia do Segundo Raio", a energia construtora de amor-sabedoria que as nações deveriam utilizar para criar o novo organismo mundial à luz do princípio Crístico. Mas, embora tenha havido progresso no período imediato após 1945, as tensões internacionais aumentaram novamente e o escape por pouco da destruição mundial no auge da Guerra Fria deveria ter sido uma lição salutar para a humanidade. Em vez disso, uma oportunidade significativa para retomar a construção de um "organismo das nações unidas" ainda foi desperdiçada após o colapso do Muro de Berlim em 1989. Nas palavras do diplomata estrategista, Torgeir E. Fjærtoft:

“Eu estava lá no final da Guerra Fria em 1989, quando uma visão de segurança comum pela governança global parecia ao alcance da diplomacia multilateral nas Nações Unidas. Então, observei com crescente apreensão como o Ocidente liderado pelos EUA minou a aclamação praticamente universal do Projeto Normativo Ocidental de multilateralismo e poder, afastando-se do multilateralismo para o poder e coerção unilaterais... Minha experiência com diplomacia multilateral dentro da ONU é que para persuadir, você invoca para evocar. Isso significa que para funcionar, uma ideia deve ter um forte apelo. A redação específica em qualquer momento dos princípios e codificações da ONU são apenas aparências em evolução de uma ideia subjacente. Essa ideia, não as aparências em evolução, é a referência com a qual os Estados membros se relacionam.” (6)

Quão bem essas palavras descrevem o remédio para os nossos tempos: “invocar para evocar”. Embora essas observações sejam feitas de uma perspectiva ocidental, existem defensores desse espírito de diplomacia em todas as nações e agora é o momento de fortalecê-lo. Na escuridão das crises mundiais, as ideias brilham em contraste radiante e carregam seu apelo mais poderoso. A pandemia reacendeu a visão da unidade mundial e ela deve ser aproveitada, não permitindo que as miragens de riqueza e status a desviem e a destruam novamente. Agora é a hora de o germe da Luz do Cristo crescer com vigor em direção à síntese internacional.

Este é o significado da enigmática frase bíblica “O Desejo de Todas as Nações”. Um germe de desejo está na natureza emocional de cada nação que é "uma base para o progresso” ... É "a força sutil por trás das 'bandeiras de todas as nações' ... por trás da bandeira está um ponto de poder que é o ponto de inspiração para a alma do povo.” À medida que germine, "teremos então uma nação galvanizada em atividade pela energia espiritual interior ... a nação será então ligada - através do ponto no centro - com a fonte de inspiração divina, que é única para todos os tipos, todas nações e todas as raças no tempo e no espaço.” (7)

Há uma grande fórmula espiritual que pode ser usada para estimular o germe do desejo nas nações do mundo, às vezes referida como o Sol sobre o Quadrado. (8) Uma área frutífera de serviço pode ser encontrada aqui se a intuição for suficiente para penetrar seu significado e importância, mesmo em menor grau. Os estudantes também podem achar interessante refletir sobre sua relação com a nota-chave das conferências da Escola Arcana: Que as 'Forças da Vida Criativa' circulem e que a Lei da Elevação Controle.

Na luz da revelação grupal,

Grupo Sede
ARCANE SCHOOL
Escola Arcana
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1. Dependent Origination, Rigpa Shedra.
2. Miragem: Um Problema mundial, pp 165-6.
3. Cura Esotérica, p. 232.
4. The world-wide increase in tuberculosis, PD. Davies, National Center for Biological. Information https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12846265
5. The world before this coronavirus and after cannot be the same,
lan Goldin, Robert Muggah, The Conversation online newsletter.
6. From the Fall of the Berlin Wall to the Fall of Aleppo. The Decline of Global
Governance - and How to Restore it. Torgeir E. Fj^rtoft, Wiley Online Library.
7. Discipulado na Nova Era, Vol II, pp 272.
8. Idem, pp 305-6

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