Filosofia da Educação

Estimando condiscípulo.

Este mês continuamos a explorar a relação entre a magia branca e os problemas da humanidade. Nosso foco principal será a filosofia da educação, pois a maneira como somos educados influencia a maneira como pensamos, percebemos, desejamos e atuamos em todas as outras áreas das atividades humanas. E como a dimensão esotérica da Filosofia e da Educação está no coração da formação da Escola, o grupo de estudantes pode servir de maneira poderosa e natural nesses dois departamentos do Plano Divino.

Nesse contexto, a magia branca é a arte de revestir e vitalizar ideias que ressoam com a filosofia da Sabedoria Eterna e com o pensamento progressista contemporâneo. Esse tipo de magia tem uma "praticidade abstrata" que cria uma ponte de comunicação entre os níveis superior e inferior do plano mental e, consequentemente, entre o reino humano e o sobre-humano. A eliminação dessa lacuna entre personalidade e alma na consciência está destinada a se tornar um importante objetivo da educação no futuro.

Com relação às ideias expressas no livro Educação na Nova Era, p. 2, o Tibetano levanta a seguinte pergunta retórica: "Por que é de valia levar-se em consideração o que jaz, ainda, no futuro?" Depois, lembra aos que leem e estudam suas palavras que "à medida que as ondas de pensamento do grupo penetrarem na atmosfera mental da humanidade ... [as pessoas] serão influenciadas e a inauguração de novos meios de viver e de desenvolvimento processar-se-ão com crescente facilidade."

No prefácio do livro acima mencionado, o filósofo Oliver L. Reiser escreveu sobre a necessidade urgente de uma teoria da educação "adequada ao novo mundo que está surgindo". Convidamos os estudantes a refletir sobre o que está escrito ali, pois é tão relevante hoje como era no momento em que foi escrito, se não mais. Numa tal filosofia, disse ele, “três necessidades fundamentais devem ser satisfeitas:

1. Uma teoria psicológica do ser humano a ser educado;

2. Uma teoria social da espécie de sociedade que se está tentando criar, ou preservar, como sede apropriada para os ideais culturais promulgados;

3. Uma visão universal, ou cosmologia, uma teoria do lugar do homem no universo, no qual é espectador e ator.”

Apesar do maravilhoso trabalho no esforço para atender às necessidades educacionais globais, algumas das principais organizações internacionais estão ignorando a questão fundamental: "Para que serve a educação?" O problema não é tanto o conteúdo dos currículos nacionais em todo o mundo, mas o espírito no qual eles se baseiam. Há um foco internacional na qualidade da aprendizagem e no desempenho das escolas, mas essa responsabilidade da educação é, de fato, um escrutínio que está redefinindo o objetivo da educação em termos da economia mundial. Isso é destacado pela poderosa influência da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, cujo objetivo bem intencionado é "ajudar pessoas e nações a identificar e desenvolver conhecimentos e habilidades que gerem melhores empregos e melhores condições de vida, a fim de gerar prosperidade e promover a inclusão social". No entanto, por mais louváveis que sejam esses objetivos, o poder educacional dessa organização involuntariamente eclipsa o verdadeiro objetivo da educação com base em suas decisões políticas sobre as forças do mercado. Nesse sentido, vale a pena refletir sobre as preocupações levantadas há alguns anos por um grupo mundial de educadores (1) sobre o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.

Nos meses seguintes, consideraremos essas questões em relação à criação da ponte na consciência mencionada anteriormente nesta carta. Os estudantes encontrarão pesquisas práticas nos estudos dos Problemas da Humanidade, e nos Cadernos de Serviço ao Plano, estudados nos graus avançados. Trata-se dos três departamentos principais através dos quais a Hierarquia Espiritual trabalha, um dos quais é o Departamento de Educação, com seus aspectos subsidiários de Ciência, Filosofia, Psicologia, Cultura e Arte. Obviamente, todos esses departamentos estão intimamente relacionados e o Departamento de Educação também exerce influência sobre os outros dois departamentos principais de Governo e Religião.

Magia Branca é o meio de exteriorizar o trabalho interno que está ocorrendo nesses departamentos do Plano, e a definição de magia que iremos esboçar estará alinhada com sua raiz etimológica: a antiga palavra persa magush e a raiz indo-europeia magh: "poder, ter poder ". Isso define o papel que a magia branca terá na educação do futuro, independentemente de como o processo é chamado. É a capacidade de "olhar pra fora" e ver o mundo claramente como ele é. É também a capacidade de "olhar pra dentro" e ver o que há de se realizar no mundo subjetivo para substituir o que tem acontecido no mundo exterior. No curso médio do amanhã os jovens instruídos usarão o poder da concentração criativa para tornar isso proveitoso.

Conforme mencionado na carta do mês passado, o símbolo deste trabalho de serviço é o unicórnio e o nosso lema grupal é: "branco e focado". É uma abordagem grupal unida para responder à crescente urgência das necessidades mundiais e uma extensão do nosso trabalho com a Lei do Progresso Grupal com a qual trabalhamos durante a Semana do Festival do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Continuaremos nosso trabalho com esta lei até as conferências deste ano e durante o período em que ocorrerem, sob o título alternativo de "A Lei da Elevação".

Na luz e no amor do progresso grupal,

ESCOLA ARCANA
Grupo da Sede

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1. Os testes da OCDE e de Pisa estão prejudicando a educação em todo o mundo. (The Guardian 6 de maio de 2014) Veja links abaixo.

https://www.lampadia.com/analisis/educacion/expertos-en-educacion-cuestionaron-pruebas-pisa-hace-dos-aos/

https://www.elobservador.com.uy/nota/expertos-internacionales-afirman-que-pruebas-pisa-danan-la-educacion-20145717170

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O símbolo do unicórnio, “branco e focado”, brilha magicamente no céu índigo profundo. Assim o iniciado permanece, centrado em um ponto supremo de tensão entre o passado e o futuro. O que antes sustentava a verdade, mas agora cristalizado, de repente se desmanchou; o chifre longo e reto do unicórnio desliza para frente, perfurando o véu que esconde o que deve tomar forma.

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