Invocação Susentada e a Centelha Divina

Que a vida do grupo seja inspirada pelas Regras para a Iniciação: Conheçam. Expressem. Revelem. Destruam. Ressuscitem.

Prezado condiscípulo.

Os meses que se seguem aos Três Festivais Espirituais são adequados para refletir sobre os resultados de nosso trabalho de invocação sustentada. Isso acontece especialmente no que se refere com as potências evocadas durante as conferências de Nova York, Genebra e Londres. Essas potências têm sido condicionadas pela nota chave da palestra com a qual temos trabalhado e o resultado deverá ser maior clareza em relação à visão grupal. Qualquer forma de inspiração recebida deve ser integrada ao panorama mundial do grupo e deve ser levada à meditação na consciência humana durante o intervalo inferior do ano espiritual.

As Regras para Iniciação nos lembram que o esoterismo é uma ciência, e isso tem implicações para o nosso serviço à humanidade, numa época em que o público em geral mostra uma crescente apreciação por paradigmas científicos. Considere, por exemplo, o crescente número de documentários sobre História Natural, Cosmologia e Física Quântica, entre outros tópicos. A tecnologia avançada usada nas filmagens, combinada com o carisma intelectual de seus apresentadores, transformou a sombria academia em uma poderosa arte narrativa. Um relato impressionante do campo do conhecimento humano está agora disponível para todos. Com base em pesquisas meticulosas, evidências físicas e deduções, essa forma de narração é tão convincente que é difícil não ser persuadido pelo consenso científico sobre "o modo como as coisas são".

Existe uma tentação compreensível de enxertar as perspectivas esotérica e científica, a fim de criar uma visão unificada do mundo, mas tentar fazer isso produz uma história que não "soa completamente verdadeira". Isso acontece porque o panorama científico mundial é baseado nas informações fornecidas pelos cinco sentidos, que se intrometem no campo do conhecimento no qual a ciência opera. Consequentemente, todas as teorias sobre as causas por trás dos efeitos têm suas raízes no mesmo mundo dos efeitos. Isso leva a uma visão cada vez mais complexa e distorcida na ciência do muito grande - a Cosmologia - e na ciência do muito pequeno - a Física das Partículas. Mas essas visões distorcidas são aceitas como credíveis porque as verdadeiras explicações estão no mundo das causas que permanecem ocultas.

Em contraste com isso, as Regras para Iniciação fazem parte de outra história épica que disputa a atenção do público. Nesta história, o universo inteiro é considerado uma manifestação de energia elétrica. A iniciação é concebida como um processo elétrico conduzido por meio de grandes Cetros de Iniciação, sustentados por hierofantes como o Cristo, o Logos planetário e além. Essa história parece se encaixar melhor nos moldes dos estudos modernos de psicologia, mitos e religião e até mesmo no poder imaginativo da ficção científica do que na teoria científica atual, mas a centelha de eletricidade que ainda está faltando poderia ajudar muito a conectar essas duas histórias épicas. A eletricidade é o ingrediente que falta na cosmologia, a maior ciência de todas e na qual todas as outras ciências devem caber como peças de um quebra-cabeça. Esta é a ponte que deve ser construída para cumprir a profecia do Tibetano sobre o futuro, onde "ver-nos-emos e a todas as formas da manifestação divina como unidades de luz de vários graus de brilho e falaremos e pensaremos cada vez mais em termos de eletricidade, de voltagem, de intensidade e de força". Esta é a história que deve ser contada de uma maneira inteligente e persuasiva para ligar a história da ciência à história do esoterismo.

Além da tecnologia que a ciência produz, a humanidade usa o poder de sua narrativa. A qualidade de manas envolvida nela carrega a vibração do reino da alma em um sentido muito real. O espírito de observação e investigação imparcial, o mistério do ser humano e seu lugar no cosmos, são transmitidos de uma maneira que estimula a sensação de assombro e admiração, ativando a imaginação criativa, faculdade que eventualmente nos coloca em contato com a intuição, o instrumento que apreende diretamente a verdade e a realidade.

Pode o grupo esotérico mundial igualar o poder da ciência para contar histórias com inteligência e credibilidade iguais? O poder das histórias é uma forma de arte que pode ser utilizada de forma dinâmica para cumprir o mandato da nota chave da palestra: Conheçam. Expressem. Revelem. Destruam. Ressuscitem.

Incluímos os pensamentos de um estudante sobre a nota chave, que estão relacionados a esta carta. Eles são tão ricos em imagens que queríamos compartilhá-los com você como um exemplo inspirador do poder da narração.

Em iluminado companheirismo grupal,

Grupo da Sede
ESCOLA ARCANA




Preparando-se para a descarga da centelha

Várias vidas podem passar antes que a iniciação ocorra, ou pode acontecer amanhã. De um modo ou de outro, a frequência e o alinhamento são realizados com confiança durante todo o tempo, até o momento em que a descarga da iniciação é recebida. Enquanto isso, como um grupo que tende a Fórmulas de Abordagem, somos governados pelas Regras para a Iniciação e levamos vidas vibrantes e alegres enquanto lutamos corajosamente em direção ao futuro que tornaremos habitável para Aquele Que Vem.

Nossa tarefa é trabalhar como um Ashram, cooperando com o Plano e direcionando as energias e forças a serviço do Plano. As energias impulsionadoras da iniciação asseguram que as vidas dos membros do grupo sejam magnéticas, potencializando nossas pequenas vontades humanas para oferecê-las no cumprimento de nossas responsabilidades no mundo externo. O magnetismo é um aspecto essencial do nosso trabalho e uma metáfora digna de pausa.

Os cientistas estão desvendando os segredos dos ímãs naturais. Não está claro para a maioria dos cientistas como exatamente uma peça de magnetita, um enorme pedaço de minério de ferro, se torna uma calamita, o ímã mais poderoso produzido naturalmente na Terra. Alguns cientistas levantaram a hipótese de uma conexão entre o magnetismo da terra e a magnetita, mas a fraca carga da terra não é poderosa o suficiente para gerar uma carga eletromagnética dessa magnitude. Além disso, a magnetita não é extraída das profundezas da terra, mas sim próxima da superfície. Então, se não recebe a carga magnética da terra, onde e como ela é obtida?

A palavra magnetita (“lodestone”) vem da antiga palavra inglesa "way stone" (pedra do caminho). Os antigos usavam o poder desses ímãs para direcionar o curso da história através da navegação. Em algum momento entre o Século I e o Século II, os chineses inventaram a primeira bússola, uma pequena magnetita bem posicionada para direcionar as frotas de homens para novos descobrimentos. Pequenos chips de magnetita nas mãos de Colombo, De Gama, Magalhães e muitos outros exploradores, a tornaram conhecida do mundo de maneiras até então desconhecidas. Os cientistas podem não concordar com as origens da magnetita, mas concordam que a história do mundo teria sido muito diferente sem ela.

Um cientista da NASA, Dr. Peter Wasilewski, acredita ter uma resposta. Mostrou que a magnetita é magnetizada e convertida em calamita pela ação do raio. Ele determinou que "o breve, mas extremamente poderoso campo eletromagnético associado ao relâmpago faz com que todos os domínios magnéticos do mineral estejam alinhados". Na natureza, os conteúdos minerais da magnetita são desordenados: "eles se anulam, mas quando estão alinhados, o mineral é magnetizado". Nem todos os ímãs são calamitas, nem todos receberam o choque elétrico e nem todos os pedaços de magnetita podem se tornar calamitas: "é necessária certa composição e estrutura cristalina". Mesmo com os elementos certos, a magnetita poderia permanecer na terra por milhões de anos e não produzir qualquer magnetização, pois precisa do forte campo magnético do raio para inflamar seu potencial: uma intervenção de cima. Um importante ponto final a ter em conta em relação ao nosso trabalho, é a estrutura das calamitas, que se distingue por suas estrias triangulares.

Enquanto isso, assim como nos alinhamos e aspiramos à iniciação, o alinhamento invocador da magnetita é mantido até que a descarga elétrica chegue. Outros elementos, como o mais comum na terra, o ferro, podem ser magnetizados através do calor ou do atrito pelo contato com a calamita. Aí está a analogia das vidas magnéticas dos membros do grupo da Escola Arcana que permanecem espiritualmente magnetizados para aqueles que podem estar prontos para o contato em nosso campo de serviço.

Quer tenhamos ou não nossa cota de calamita, vivemos e nos esforçamos em alinhamento como se estivéssemos dentro da radiação do Ashram. Nossa composição é magnetizada naturalmente através da intensidade de nossa prática espiritual e, como parte de nosso grupo de estudantes, estamos sempre prontos para receber o impacto do Reaparecimento, como para-raios triangulares no teto do mundo.

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