Serviço Grupal e a Terra Ardente de Purificação
Que a vida do grupo seja inspirada pelas Regras para a Iniciação: Conheçam. Expressem. Revelem. Destruam. Ressuscitem.
Prezado condiscípulo.
Em Discipulado na Nova Era, Vol. I, lemos que uma das fases do trabalho que o Tibetano e muitos associados com a Hierarquia desejavam ver era iniciar uma escola esotérica baseada nos seguintes princípios: deixar aos estudantes a liberdade de filiação, sem promessas ou juramentos, deixando-os fazer seus próprios ajustes, a interpretarem a verdade da melhor maneira possível, apresentando-lhes os muitos pontos de vista e, ao mesmo tempo, comunicando-lhes as mais profundas verdades esotéricas que poderiam reconhecer, despertando-os para os mistérios e que, mesmo quando lessem ou ouvissem algo sobre isto, não poderia causar nenhum dano se não tivessem a percepção de reconhecer a verdade como ela é.
Estes princípios ainda se aplicam agora que a Escola se aproxima do centenário de sua fundação, que será em 2023. Apesar do aumento da espiritualidade na Nova Era ter se familiarizado em muitos com alguns dos princípios básicos da Sabedoria Eterna, um dos desafios da Escola Arcana tem sido continuar a comunicar as profundas verdades esotéricas e não cair na tentação de ampliar seu apelo através do populismo espiritual. Todo esforço tem sido feito para estimular um despertar do grupo para os mistérios e para apoiar os estudantes durante a intensa e muitas vezes perturbadora experiência de "viver" esotericamente. À medida que a alma penetra profundamente no subconsciente do estudante e traz à superfície tudo o que deve ser limpo, começam os severos testes do discipulado. Quando o estudante experimenta isso como parte de um processo grupal, ele entra no "terreno ardente".
Embora a Escola Arcana não seja uma das futuras escolas de iniciação, ela serve como uma ponte para elas. Como tal, é um experimento de trabalho grupal, de consciência grupal e de iniciação grupal, e isso significa que, esotericamente, a Escola Arcana é uma terra ardente. O Tibetano alertou que entrar em tal lugar significa simplesmente “permanecer firmes até que “a purificação como a pelo fogo” se tivesse completado e o princípio da vida no coração do grupo pudesse brilhar de forma radiante.”
A paciente resistência que o Tibetano nos impele a alcançar é uma das grandes provas do discipulado. Embora muitas pessoas no mundo estejam agora adotando a espiritualidade, apenas uma fração delas possui a capacidade de permanecer comprometida com o trabalho duro e pouco sedutor envolvido no treinamento do discipulado. Um desses requisitos é a redação dos trabalhos de estudo. Embora a princípio isso pareça ser um exercício acadêmico mais em consonância com a educação convencional do que um elemento essencial da vida do discipulado, na realidade, um documento escrito é a manifestação de um símbolo energético criado pelo estudante durante o processo de escrita. Como tal, faz parte do processo de trazer o discipulado à vida e aumentar o poder do estudante para servir. Não foi fácil para o Tibetano deixar isso claro para os discípulos que ele pessoalmente treinou, como pode ser lido nos dois volumes do Discipulado na Nova Era. No entanto, o trecho a seguir lança muita luz sobre o assunto:
“Talvez a pergunta surja sobre o método que eu uso para conhecer o conteúdo de seus escritos... Francamente meu irmão, não os leio, não justificam o tempo que eu poderia perder com isso... Todas as formas externas detalhadas são expressões de alguma significação subjetiva que é a causa de sua aparência, e pode ser descoberta por aqueles que atuam no mundo dos significados. Estes ‘focos de significação’ contêm uma nota, uma vibração e um aspecto simbólico, transmitindo mais para a mente treinada do esoterista que o significado que poderia transmitir a formação de palavras externas à mente treinada do leitor exotérico. Um olhar dirigido ao discípulo com a ideia de conhecer a sua contribuição em palavras me ajuda a pôr em vista o símbolo que é o produto de suas ideias escritas. Este símbolo pode ser e provavelmente será distorcido, isto é, um símbolo desequilibrado, que encontrará seu lugar de direito em algum nível de consciência - astral, mental ou espiritual - dependendo de sua nota vibracional de sua "localização oculta". Recordem que o mundo dos significados e o mundo das formas externas expressam em essência o mundo onde a multiplicidade é reduzida na simplicidade, embora isso não signifique síntese.”
Duas frases que se destacam neste extrato são focos de significação e localização oculta. Quando refletimos sobre seu significado, podemos atrair a inspiração e uma nova perspectiva para a redação dos trabalhos de estudo, e também podemos usar essas frases de forma proveitosa para o trabalho grupal sobre a nota chave da conferência deste ano. À medida que meditamos sobre a nota chave e criamos a substância mental em torno dela em preparação para as conferências e durante elas, um símbolo é formado nos níveis subjetivos. A localização, a nota e a vibração deste símbolo serão o resultado informado do pensamento grupal sobre o mandato oculto: Conheçam. Expressem. Revelem. Destruam. Ressuscitem. É através desta joia de poder ardente, criada pela mente grupal, que a revelação ou a verdade transmitida pode ser evocada para entrar nos mundos inferiores a fim de dissipar a ilusão. Dizem-nos que à medida que é feito “passa pela ‘prova ardente’, em que parte do fogo dentro daquilo que é revelado abre caminho de volta à fonte de onde veio; alguns servem para destruir o revelador, e alguns para queimar aqueles que reconhecem a revelação”.
Tal é o processo do serviço grupal e a terra ardente de purificação que precede a iniciação grupal e o progresso ao longo do Caminho Radiante.
Em companheirismo grupal iluminado.
Grupo da Sede
Escola Arcana