A porta para o mundo subjetivo

Estimado condiscípulo.

Aproxima-se o primeiro dos três festivais espirituais de 2017; por isto cresce em nós aquela sensação feliz de elevação que associamos com o Festival da Páscoa em Áries. O poder que flui neste momento aos éteres estimula o Udana - um dos cinco pranas que circulam em torno do corpo etérico humano. Udana significa "o que eleva"; e quando isso é controlado, coordena a elevação da consciência ao chakra coronário, o Santo dos Santos. O grande sábio Patanjali nos diz que o poder de ascender é conseguido dominando esta corrente prânica.

Em cartas mensais anteriores colocamos ênfase considerável sobre o corpo etérico porque este é o veículo que o discípulo deve aprender a servir. Por meio da preparação para o discipulado, a rede etérica torna-se cada vez mais sutil, até o grau em que, finalmente, não apresenta nenhuma barreira para que a consciência possa mover-se livremente entre os planos interno e externo. Esta é a liberdade etérica. Ela implica a capacidade crescente para "focalizar a consciência no corpo etérico e, ao mesmo tempo, manter - com pleno conhecimento - um ponto de contato na cabeça e desse ponto dirigir o autômato, o corpo físico".

Liberdade etérica se desenvolve normalmente no curso de formação para o discipulado dado na Escola Arcana. Gradualmente vai se dissolvendo os muros da prisão em que a consciência humana está encerrada por muitas, muitas encarnações na Terra. Esta reclusão é autoimposta porque a consciência encarnada desenvolve um sentido de identidade baseado em órgãos sensoriais externos, por meio dos quais se desenvolve. Cada um dos cinco sentidos está relacionado a um dos cinco lótus de energia que estão enraizados na contraparte etérica da coluna vertebral. Os efeitos que a meditação ocultista produz desloca a consciência que está situada nas pétalas de cada lótus e a levam à joia ardente que se encontra em seu centro. Todo o processo é controlado a partir dos dois lótus na cabeça. O mais elevado deles é alcançado através do poder de udana, referido por Patânjali. Então, o canal de alinhamento formado ao longo da coluna vertebral etérica é consciente e cientificamente utilizado e a joia de cada lótus se converte em uma porta aberta "a um mundo de realidades subjetivas e a fases até agora desconhecidas da consciência divina."

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