O Caminho Real Caminho de Peregrinação de Ouro
Preto a Diamantina |
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Primeiro Dia - De Ouro Preto a Santa Bárbara (com saída de Belo Horizonte)
Este caminho foi instituído em 2005 e desde o final daquele ano deixou de ser utilizado. Atualmente parte das rotas nele transcritas foi asfaltada ou está em desuso. | |
9:30 h
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Encontro do grupo na Praça do Papa (Bairro Mangabeiras).
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Primeiros passos no caminho. Saída de Belo Horizonte, com destino a
Ouro Preto, passando por Itabirito e Cachoeira do Campo.
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Chega-se ao platô do entroncamento rodoviário e portal de acesso a Ouro Preto. Região de divisor de águas das bacias do Rio São Francisco e Rio Doce. É bom registrar que daqui até Diamantina, no sentido norte, percorre-se as fraldas leste/nordeste do complexo da Serra do Espinhaço, sempre com o divisor de águas desses rios, e depois, já na virada da região de Milho Verde, também com águas do Rio Jequitinhonha. Avista-se parte de Ouro Preto e o majestoso Pico do Itacolomi, marco geográfico com feições culturais e históricas, testemunha ocular e atalaia silencioso do desenrolar da maior epopeia nacional com Felipe dos Santos e os Inconfidentes. "A liberdade, ainda que tardia, se apiedou de mim na minha inércia". (Virgílio, Écloga, v27) Embora o estrato da Mata Atlântica domine a paisagem, a Candeia é vista por toda parte. Essa árvore é importante por sua conhecida madeira e fornecedora de raro fármaco. (Universidade Federal de Lavras) |
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Em minutos chega-se na Praça Tiradentes, diante da esfinge do Mártir
e do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
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Tudo que se falar sobre Ouro Preto estará aquém da sua magnitude. Nem
o seu Diploma como acervo planetário da humanidade é capaz de
qualificá-la. Mais tarde veremos como essa urbe, aliada ao grito
versejado por Virgílio e abraçado pelos Inconfidentes, desponta na
nossa consciência como marco inicial do "Caminho Real" que temos de
construir e trilhar no âmago de nós mesmos, rumo ao esplendor do
brilho diamantino. Simbolicamente o "Caminho Real" utiliza a rota da
Estrada Real, ligando Ouro Preto a Diamantina. Para alcançar essa luz,
essa estrela, temos de construir esse caminho interior, sobre o qual
vamos dar os longos e necessários passos rumo ao desvelar de estados
de consciência ainda desconhecidos. É uma caminhada mística,
iniciada a partir do bruxulear obscuro do ouro (que é preto) até o
brilho pleno do diamante que, depois de burilado e arduamente
trabalhado no caminho, brilha em todo o seu esplendor. Esse é um dos
paradoxos da Sabedoria, pois "antes que alguém possa trilhar o
Caminho, precisa tornar-se o próprio Caminho". É conhecido, embora
pouco compreendido, o ensinamento "Eu Sou o Caminho..." e que somente
por intermédio Dele é possível alcançar a Sabedoria, e segundo
Einstein "os domínios do mistério prometem as mais belas
experiências".
No futuro será estabelecida uma rota natural de peregrinação entre Ouro Preto e Diamantina. Da Praça Tiradentes dirige-se para um dos restaurantes da cidade para o almoço. A variada iguaria regional é fartamente saboreada. Depois do almoço visita-se o Museu da Inconfidência, local de reminiscências históricas e avivamento cultural. Continuam as visitas a outros pontos históricos como a Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias e a Igreja de São Francisco, ambas, acervos de Aleijadinho. Visita-se a Feira de Artesanato e a Casa de Tomaz Gonzaga. O mosaico de escolha é infinito e a beleza de tudo indizível. A mente fervilha com o ardor histórico da construção da alma de uma nação ainda jovem. |
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Às 15:30 horas deixa-se Ouro Preto
pela longa ladeira abaixo rumo a Mariana. Sem saber por que, brota-se
do fundo da alma uma lembrança doída do poema enviado da prisão pelo
inconfidente Alvarenga Peixoto à sua esposa:
"Bárbara bela, Do Norte estrela, Por entre as penhas De incultas brenhas Eu bem queria A noite e o dia Tu, entre os braços, Ternos abraços |
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Dentro de pouco tempo chega-se em Mariana, a primeira vila da Capitania das Minas Gerais. Uma rápida parada na Praça do Pelourinho, defronte da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, incendiada em 1999, agora restaurada, e da Igreja de São Francisco. Apenas fotos. | |
Pela estrada MG129 chega-se em Catas Altas (do Mato Dentro), com parada na Praça da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, e lanche na residência da Dona Cláudia. Desfruta-se de uma bela visão da Serra do Caraça que emoldura a cidade, tão antiga quanto qualquer outro local deste roteiro. | |
Chega-se em Santa Bárbara já no crepúsculo para um pernoite aconchegante. |
Mirante da Pedra
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Mirante da Pedra
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Pico do Itacolomi: Marco geográfico
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Ouro Preto
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Ouro Preto: Museu da Inconfidência
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Ouro Preto: Gostos refinados
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Ouro Preto: Igreja São Francisco
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Ouro Preto
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Ouro Preto: Feira de Artesanato
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Mariana: Igreja N S Carmo
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Mariana: Pelourinho
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Mariana: Câmara Municipal
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Catas Altas: Capela N S do Carmo
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Catas Altas
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Santa Bárbara: Chegada às 17:45h
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Santa Bárbara: Antiga Estação
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