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O TRABALHO DO CRISTO E SEUS ENSINAMENTOS


Os Ensinamentos do Cristo

O Cristo Ensinará a Lei do Renascimento

Esta lei deriva, principalmente, da Lei da Evolução. Nunca foi captada nem compreendida, devidamente, no Ocidente. Tampouco demonstrou ser de utilidade no Oriente, onde é aceita como princípio diretivo da vida, pois seu efeito tem sido narcotizador e agido em detrimento do progresso. O estudante oriental considera que ela lhe dá sobra de tempo, negando, assim, todo esforço para alcançar uma meta. O cristão comum confunde a Lei do Renascimento com “a transmigração das almas” e, frequentemente, crê que esta lei significa a passagem dos seres humanos para os corpos de animais ou de formas inferiores de vida, o que é errôneo. À medida que a vida de Deus progride de uma forma à outra, a vida dos reinos subumanos também progride das formas minerais para as vegetais e destas para as formas animais; da etapa animal a vida de Deus passa ao reino humano e se torna sujeita a Lei do Renascimento e não à Lei de Transmigração. Para os que têm alguma noção da Lei do Renascimento ou Reencarnação, esse conceito parecerá ridículo.

A doutrina ou teoria da Reencarnação horroriza o cristão ortodoxo. Porém, se lhes formula a pergunta que os discípulos fizeram a Cristo, a respeito do cego: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (João 9,2), rejeitam as implicações; ou melhor, motejam ou demonstram perplexidade. A apresentação ao mundo do pensamento feita pelo ocultista comum ou pelo expoente teosofista tem sido deplorável, devido a que a expôs de forma confusa. Tudo o que se pode dizer é que familiarizaram o público com a teoria. Entretanto, se houvesse sido apresentada com maior inteligência, sua aceitação no Ocidente teria sido mais generalizada.

Se a meta das corretas relações humanas for ensinada universalmente pelo Cristo, a ênfase de seu ensinamento deve recair, então, na Lei do Renascimento. Isso é inevitável devido a que o reconhecimento desta lei trará, paralelamente, a solução de todos os problemas da humanidade, e a resposta a muitas de suas indagações.

Esta doutrina será uma das notas-chaves da nova religião mundial, como também um agente esclarecedor para uma melhor compreensão dos problemas do mundo. Quando o Cristo esteve aqui, anteriormente, em pessoa, pôs em relevo a realidade da alma e o valor do indivíduo. Disse aos homens que podiam ser salvos pela vida da alma e pelo Cristo que reside no coração humano. Disse, ademais, “que o que não nascesse de novo não poderia ver o Reino de Deus” (João 3,3). Somente as almas podem ser cidadãos deste Reino, e esse privilégio foi o que ofereceu pela primeira vez à humanidade, dando, assim, aos homens a visão de uma possibilidade divina e um fim inalterável de toda a experiência. Disse-lhes: “Sede, pois, perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito” (Mateus 5,48).

Desta vez, ensinará os homens o método pelo qual esta possibilidade poderá converter-se num fato consumado – pelo constante retorno da alma reencarnante à escola da Vida na Terra, a fim de submeter-se ao processo de aperfeiçoamento, do qual Ele foi o exemplo culminante. Tal é o significado e o ensinamento da reencarnação. No seu livro Novas Moradas para Novos Homens, página 123, Dane Rudhyar define, satisfatoriamente, este misterioso processo cósmico e humano, dizendo: “A estrutura individual da nova manifestação está, por força, condicionada por tudo o que não se realizou no passado; pelos remanescentes, os fracassos do passado – achados nos registros da natureza, na memória da substância universal”. A história de todo ser humano está contida nessas palavras.

Deve-se levar em conta que, praticamente, todos os grupos e escritos esotéricos têm posto de relevo, irrefletidamente, a questão das passadas encarnações e sua recordação, que resultam impossível de serem constatadas, porque qualquer um pode dizer e afirmar o que bem lhe aprouver; o ensinamento se tem baseado em leis inexistentes que se supõe regerem a equação tempo e o intervalo entre uma vida e outra, esquecendo-se que o tempo é um produto da consciência cerebral, que não tem existência fora do cérebro; a ênfase tem sido posta sobre um falso conceito a respeito do relacionamento. O ensinamento (até agora difundido sobre a Reencarnação) foi mais prejudicial que proveitoso. Dela só resta um fator de valor: a existência da Lei do Renascimento que agora é discutida por alguns e aceita por milhares.

Pouco sabemos além do fato de que tal lei existe. Aqueles que conhecem, por experiência, a realidade deste retorno, repelem de plano, os pormenores fantásticos e improváveis que os grupos teosóficos e ocultistas expõem como realidade. A lei existe, porém nada sabemos acerca de seu mecanismo. Muito pouco se pode dizer a respeito dela que seja exato, e isto não pode ser refutado.

1 – A Lei do Renascimento é uma grande lei natural de nosso planeta.

2 – É um processo estabelecido e lavado a cabo de acordo com a Lei de Evolução.

3 – Está intimamente relacionada coma Lei de Causa e Efeito e por ela condicionada.

4 – É um processo de desenvolvimento progressivo que permite ao homem avançar desde o materialismo irracional mais grosseiro, até uma perfeição espiritual e uma inteligente percepção, que lhe permitirão chegar a ser um membro do Reino de Deus.

5 – Explica as diferenças que existem entre os homens e – em conexão com a Lei de Causa e Efeito (denominada Lei do Karma no Oriente) – explica as diferentes circunstâncias e atitudes para com a vida.

6 – É a expressão do aspecto vontade da alma e não o resultado da decisão de uma forma material; é a alma que existe em todas as formas que reencarna, escolhendo e construindo os adequados veículos físico, emocional e mental, com os quais pode aprender as lições necessárias.

7 – A Lei do Renascimento (no que concerne à humanidade) entra em vigência no plano da alma. A encarnação é motivada e dirigida desde o nível da alma, no plano mental.

8 – As almas encarnam, ciclicamente, em grupos, de acordo coma Lei, a fim de estabelecer corretas relações com Deus e com seus semelhantes.

9 – O desenvolvimento progressivo, de conformidade com a Lei do Renascimento, está condicionado, em grande parte, pelo princípio mental “assim como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. Estas breves palavras merecem uma cuidadosa reflexão.

10 – Sob a Lei do Renascimento, o ser humano lentamente desenvolve sua mente, logo esta começa, a controlar o sentimento, a natureza emocional e, finalmente, revela ao homem sua alma, natureza e meio ambiente.

11 – Nessa etapa do desenvolvimento, o homem começa a percorrer o Caminho de Retorno e se dirige, paulatinamente, depois de muitas vidas, para o Reino de Deus.

12 – Quando o homem – devido à mentalidade desenvolvida, à sabedoria adquirida, ao serviço prático prestado e à compreensão – aprendeu a nada pedir para o eu separado, então já não deseja viver nos três mundos e se libera da Lei do Renascimento.

13 – Então, é consciente do grupo, da alma de seu grupo e da alma de todas as formas, alcançando, tal como Cristo dissera, uma etapa de perfeição crística, chagando “à Medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef. 4,13).

Nenhuma pessoa inteligente tratará de ver mais além desta ampla generalização. Quando o Cristo reaparecer, possuiremos um conhecimento mais realista e verdadeiro, saberemos que estamos eternamente vinculados às almas de todos os homens e definitivamente relacionados com aqueles que reencarnam conosco, que estão aprendendo as mesmas lições e experimentando e passando pelas mesmas experiências que nós. Este reconhecimento, comprovado e aceito, regenerará a própria origem da vida humana. Sabemos que todas as nossas dificuldades e problemas provêm do fato de não aceitar as nossas responsabilidades e obrigações impostas por esta Lei fundamental. Através dela aprendemos, gradualmente, a reger nossas atividades por seu justo poder restritivo. A Lei do Renascimento encerra em si o conhecimento prático de que os homens necessitam, atualmente, para conduzir, reta e corretamente, suas vidas, nos aspectos religioso, político, econômico, comunal e privado, estabelecendo, assim, corretas relações com a vida divina que existe em todas as formas. (O Reaparecimento do Cristo)

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