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Shamballa - O Centro Onde a Vontade de Deus É Conhecida

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem

1 - Shamballa - O Centro Onde a Vontade de Deus É Conhecida.
2 - A Força de Shamballa.
3 - Seu Uso e Compreensão Grupal.

3 - SEU USO E COMPREENSÃO GRUPAL

Há duas palavras chaves para o uso da energia de Shamballa: uso e compreensão grupais. (Astrologia Esotérica, pág. 581)

INICIAÇÃO GRUPAL

O iniciado sempre existiu. O divino Filho de Deus sempre soube para que existe. Um iniciado não é o resultado do processo evolutivo. Ele é a causa desse processo evolutivo. (Os Raios e as Iniciações, pág. 61)

O trabalho que agora está sendo realizado por Shamballa e a Hierarquia em benefício da humanidade tenderá também a desenvolver a consciência grupal e a formação de muitos grupos que serão organismos vivos e não organizações; tornará possível a iniciação grupal e permitirá que certos aspectos da vontade desabrochem de forma correta e segura. (Os Raios e as Iniciações, pág. 95)

A iniciação grupal significa que o grosso dos membros estão corretamente orientados; que eles estão propondo a aceitar a disciplina que os preparará para a seguinte expansão de consciência, e que nenhum deles poderá possivelmente ser desviado do seu propósito (anotem essa palavra com suas implicações Shambállicas ou do primeiro raio) não importando o que esteja acontecendo à sua volta ou em sua vida pessoal. Vocês devem refletir sobre isso se é que pretendem fazer o necessário progresso. (Os Raios e as Iniciações, pág. 36)

Abordando este tema de outro ângulo, é algo até agora desconhecido que a polarização mental do discípulo, que trata de entrar na esfera hierárquica do trabalho, está unificando o esforço iniciático que é novo na história espiritual do planeta e o primeiro passo que se está dando neste momento nos planos internos e sutis para criar certas grandes “Crises de Iniciação”, envolvendo simultaneamente os três centros planetários principais. Até o ano de 1875 a iniciação foi um processo sequencial, assim como também, geralmente, individual. Isto vai mudando lentamente. Os grupos estão sendo aceitos para a iniciação devido à reconhecida relação sentida, que não é a de discípulo e Mestre (como até agora), mas baseada na relação iniciática grupal que existe entre a Humanidade, a Hierarquia e Shamballa. Esta relação espiritual e sutilmente sentida está se expressando hoje no plano físico como esforço mundial para estabelecer retas relações humanas. (Discipulado na Nova Era, vol. II, pág. 351-352)

“As quatorze Regras ou fórmulas de Abordagem estão primariamente ligadas com o aspecto vida, ou de Shamballa... e a expressão do aspecto vontade... lidam com o desenvolvimento da consciência grupal, porque é somente na formação grupal que, por enquanto, a força da vontade ou Shamballa pode ser tocada... Somente o Grupo, sob o novo modo de trabalhar proposto e da iniciação grupal, é capaz de invocar Shamballa.(Os Raios e as Iniciações, pág. 35)

A VONTADE GRUPAL

O grupo reconhece e trabalha sob a penetrante influência do propósito; como indivíduo, o iniciado trabalha com o plano. A expressão do grupo - até onde ela se estende a qualquer dado momento, no tempo e espaço - está alinhada com a vontade do Uno no Qual vivemos, nos movemos e temos a nossa existência, a Vida de tudo que é.

O grupo pode ser, e frequentemente é, receptivo ao “centro brilhante", Shamballa, onde o iniciado, sozinho e em sua própria identidade essencial, não consegue assim responder. O indivíduo precisa ser protegido, pelo grupo, das tremendas potências que emanam de Shamballa. Elas precisam ser reduzidas para ele pelo processo de distribuição, de modo que o seu impacto não seja focalizado em qualquer um dos seus centros, ou em todos eles, mas sim compartilhado por todos os membros do grupo. Eis aqui uma pista para a importância do trabalho grupal. Uma de suas principais funções, esotericamente falando, é absorver, repartir, fazer circular, e então, distribuir a energia. (Os Raios e as Iniciações, pág. 68)

Como já foi dito, a característica de um grupo de discípulos deve ser a razão pura, que constantemente substitui o motivo e se funde oportunamente com o aspecto vontade da Mônada, seu aspecto principal. Tecnicamente falando, Shamballa está em relação direta com a Humanidade. Portanto, qual é a vontade do grupo em algum ashram ou grupo de um Mestre? Existe de forma suficientemente vital como para condicionar as relações grupais e unir todos num conjunto de irmãos – que avançam para a luz? A vontade espiritual das personalidades individuais possui tal força que nega a relação pessoal e conduz ao reconhecimento, interação e relação espirituais? A causa das temporárias limitações grupais é permitir ao discípulo introduzir no grupo sensibilidades mentais pessoais. Isto é devido a que somente é considerado ser de efeito fundamental permanecer como grupo na “clara luz da cabeça”. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 6-7)

1. A Mônada relaciona o iniciado com a Vontade de Deus, com o Conselho em Shamballa, com as forças ativas no planeta Plutão, e em outro planeta que deve permanecer inominado, e também com o Sol Espiritual Central.

2. A Alma relaciona o iniciado com o Amor de Deus, com o aspecto consciência da Deidade, com a Hierarquia como um todo, entrando nela através do Ashram do Mestre que o ajudou a fazer a iniciação, com os planetas Vênus e Mercúrio, com o Sol Sirius, e com o Coração do Sol.

3. A Personalidade relaciona o iniciado com a Mente de Deus, com o princípio Inteligência da Vida planetária, com a humanidade como um todo, com Saturno e Marte, e com o Sol físico através de seu aspecto prânico.

4. O aspecto Vida do planeta, ou esse grande oceano de forças no qual todos esses três aspectos vivem, se movem e têm sua existência, relaciona o iniciado com essa Vida que opera através de Shamballa, através da Hierarquia e através da Humanidade, formando assim parte da grande soma total de manifestação. (Os Raios e as Iniciações, pág. 96-97)

São essas mudanças nas “realidades em movimento, em transformação” da consciência da alma e da conscientização espiritual dos Membros da Hierarquia que são responsáveis pelas novas tendências na vida do Espírito e pelos novos métodos no treinamento dos discípulos - em tal experimento, por exemplo, como a exteriorização dos Ashrams dos Mestres. É essa nova abordagem às condições de vida, como um resultado do influxo de novas energias, que está produzindo a tendência universal à consciência grupal, e seu mais alto resultado na família humana é o dar os primeiros passos na direção da iniciação grupal. Algo como a iniciação grupal nunca fora ouvido antes do tempo atual, exceto em conexão com as iniciações superiores emanando do centro de Shamballa. A iniciação grupal é baseada numa vontade uniforme e unida, consagrada ao serviço da humanidade e baseada na lealdade, cooperação e interdependência. (Os Raios e as Iniciações, pág. 17)

Quando o discípulo individualmente constrói a ponte, o antahkarana, e quando um grupo de discípulos constrói o antahkarana grupal, eles tornam possível a “percepção da Tríade" acima referida. Quando o discípulo lançou um fio de luz viva (através do poder do amor magnético) entre o espaço que separa a Tríade da personalidade, ele descobre que é uma parte de um grupo. Este reconhecimento - imperfeito e ainda não inteligentemente expresso a princípio - é o fator que lhe permite passar para o Ashram de um Mestre ao longo desse fio.

Sob o ângulo do velho ensinamento, o Ashram de um Mestre e o foco da Hierarquia eram os níveis superiores do plano mental. Hoje isto não é assim. Eles estão no plano do amor espiritual, da intuição, de buddhi. A Hierarquia está retirando-se para o centro superior de Shamballa, e ao mesmo tempo, avançando na direção do centro inferior, a Humanidade. O próprio homem tornou possíveis as duas atividades; a crescente percepção intuitiva da humanidade, em seus níveis superiores, permite ao homem funcionar no Caminho do Discipulado e em níveis mais elevados do que nunca antes. Isto é reconhecido pela Hierarquia. A crescente aspiração das massas está também aproximando a Hierarquia à humanidade como jamais antes. Isto é um exemplo da habilidade da consciência do iniciado para funcionar em níveis iniciáticos e também nos três mundos simultaneamente. A atividade dual da mente é um símbolo disto na medida em que atua como senso comum em todos os assuntos dos três mundos, e ao mesmo tempo como mente espiritual ao lidar com os assuntos ligados à alma, à luz e à iluminação.

A segunda exigência, a de que o sentido da síntese fosse a mente do treinamento dado aos candidatos na Nova Era, é um evidência direta do novo contato de Shamballa, porque a síntese é um atributo da vontade divina e a mais destacada qualidade da Deidade. Era inevitável que a inteligência e o amor se tornassem os objetivos evolucionários no planeta e os dois primeiros aspectos divinos a serem desenvolvidos, pois são qualidades da vontade. Eles tornam possível a manifestação da vontade divina; eles garantem que sua aplicação inteligente e poder magnético atraiam para si mesmos tudo que é necessário para a expressão ou manifestação do propósito divino intuído, sinteticamente visualizado, e motivado, aparelhado, construído e tornado possível pelo aspecto dinâmico da mesma vontade.

É interessante registrar que há toda evidência no mundo hoje de que a energia de Shamballa está sendo diretamente lançada sobre a consciência humana e diretamente produzindo resultados. O aspecto destruidor do primeiro Raio da Vontade ou Poder está produzindo a destruição mundial através do uso do primeiro reino da natureza, o reino mineral. Aquilo que é feito de metal e de elementos químicos está trazendo catástrofe e destruição à terra, principalmente no reino humano. Ao mesmo tempo, o segundo atributo da vontade, a síntese, está evocando uma resposta igualmente generalizada. Este sentido de síntese afeta as massas antes de afetar o indivíduo e isto é algo interessante e importante a ser observado atualmente. Mais tarde, o dinamismo inerente na vontade, revelado pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo e pelos discípulos e iniciados mundiais, tornarão essa resposta instintiva das massas numa experiência de fato e produzirão o “aparecimento” na terra da nova desenvolvida “qualidade” que a “vida” procura demonstrar na Nova Era. Em outro local, chamei a atenção para os três aspectos divinos: Vida, Qualidade e Aparência. Eles estão agora em processo de aparecer em forma final para este ciclo. (Os Raios e as Iniciações, pág. 119-120)

O gênero humano evoluiu tão bem que atualmente as metas e teorias, os objetivos e determinações e os escritos que agora expressam o pensamento humano, demonstram que o aspecto vontade da divindade, em sua primeira manifestação embrionária, começou a fazer sentir a sua presença. Interpretaram esta insinuação? Perceberam que a subversão das massas e sua decisão de vencer todos os obstáculos e impedimentos para um melhor estado mundial indicam isto? Compreenderam que as revoluções dos últimos duzentos anos são sinais das lutas que libera o aspecto espírito? Esse espírito é vida e vontade e o mundo atual manifesta sinais de uma nova vida. Reflitam sobre isto em suas modernas e imediatas implicações e vejam a maneira em que o mundo está sendo inspirado pela Vontade espiritual. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 278)

O TREINAMENTO GRUPAL

Quais são algumas destas mais novas verdades pelas quais sou responsável como agente transmissor para o mundo dos estudantes ocultistas? Vou brevemente mencioná-las pela ordem de sua relativa importância: 

1. O ensinamento sobre Shamballa. Pouca coisa fora antes dada sobre este assunto. Apenas o nome era conhecido. Este ensinamento inclui:

a. Informação quanto à natureza do aspecto vontade.
b. Indicação quanto aos propósitos subjacentes de Sanat Kumara.
c. Instruções quanto à construção do antahkarana, que é o primeiro passo para alcançar a consciência monádica, e pois o primeiro passo para a Caminho da Evolução Superior.

2. O Ensinamento sobre o Novo Discipulado. Isto foi revolucionário no que concerne às antigas escolas de ocultismo.

3. O Ensinamento sobre os Sete Raios.

4. O Ensinamento sobre a Nova Astrologia.

5. Informação sobre o Novo Grupo de Servidores do Mundo e seu trabalho.

6. A tentativa para formar um ramo esotérico dos Ashrams internos. Eu fiz isto com um grupo especial de aspirantes e discípulos aceitos cujas instruções, emanadas de meu Ashram foram reunidas no livro Discipulado da Nova Era (Vol. I e II).

7. Ensinamento sobre a nova religião mundial, com sua ênfase sobre os três grandes períodos da Lua Cheia (Áries, Touro e Gêmeos que caem usualmente em abril, maio e junho respectivamente) e as nove, e ocasionalmente dez Luas Cheias menores de cada ano. (Os Raios e as Iniciações, pág. 251-254)

É difícil, para os estudantes esotéricos, se darem conta de que a ênfase das vindouras Escolas de Iluminação venha a ser sobre o aspecto vida, e não sobre o contato com a alma. A meta será a transferência e não a união. Os aspirantes e discípulos são em grande parte o resultado da velha ordem de ensino e são a floração dos processos aos quais a humanidade tem estado sujeita. Este é um vital período de transição; discípulos e aspirantes no mundo, atualmente, estão falando em sentido figurado, no mesmo estágio que o grupo que estamos considerando - o estágio da transferência da vida da forma externa para o ser interno. Daí a dificuldade que vocês enfrentam, e a árdua tarefa que é compreender realisticamente o que estou tentando transmitir-lhes. O problema do contato com a alma é algo que vocês podem alcançar - e alcançam, de fato, pelo menos teoricamente. O problema da transferência de vida do ponto mais alto da presente consecução para algum vago e místico foco espiritual não é tão fácil de compreender. (Os Raios e as Iniciações, pág. 221-222)

O discípulo individual que busca a iniciação funde-se deliberadamente no grupo com pleno e livre consentimento; realiza esta fusão por próprio esforço individual, sendo (através de todo o processo) um agente totalmente livre, que avança e vai sendo mentalmente includente de forma rápida ou lenta segundo sua preferência. Determinará por si mesmo qual será o acontecimento e quando ocorrerá, sem interferência ou obstrução de alguma força externa. É uma técnica espiritual relativamente nova e aceita por iniciados e discípulos de todos os graus nos três centros divinos. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 353)

A etapa onde se reconhece a revelação outorgada ao iniciado nos Mistérios maiores divide-se em fases menores e pode se dizer que são três, embora depende muito da iniciação que vai ser recebida e do raio a que pertence o discípulo preparado. Estas são:

1 – A Etapa de Penetração, consiste em perfurar o mundo da fascinação de um lado a outro, conseguindo assim dois objetivos:

A – A afluência de Luz da Tríada espiritual na consciência do iniciado através do antakarana, de maneira que sejam cada vez mais claros o Plano para a humanidade e o Propósito divino em relação com o planeta. Isto inicia a relação com Shamballa.

B – A dissipação parcial da fascinação mundial a fim de clarificar o plano astral e servir, em consequência, a humanidade. Cada discípulo que reconhece a revelação iniciática libera luz e dissipa parte da fascinação que cega a massa humana. O discípulo de sexto raio emprega muito mais tempo na etapa de penetração que os discípulos de outros raios, mas somente neste ciclo mundial.

2 – A Etapa de Polarização, onde o iniciado, ao deixar entrar e penetrar a luz através das densas brumas da fascinação mundial, repentinamente se dá conta do que foi feito e adota uma posição firme, corretamente orientada para a visão (ou em outras palavras, para Shamballa).

Uma das coisas que devem entender é que o iniciado é um ponto de vida hierárquica (seja na periferia da Hierarquia, dentro do círculo ou no centro), é parte definitiva do esforço hierárquico. Esse esforço está orientado para o maior centro de vida, Shamballa. Os estudantes tendem a crer que a orientação da Hierarquia é para a humanidade. Mas não é assim. Sendo os Mestres da Hierarquia os guardiões do Plano, Ela responde à necessidade humana quando a demanda é efetiva, mas a orientação de todo o grupo hierárquico é para o primeiro aspecto que expressa a vontade do Logos e se manifesta por intermédio de Shamballa.

Assim como o discípulo deve realizar duas coisas, ou seja: polarizar sua posição por estabelecimento de retas relações humanas e, ao mesmo tempo, ser um membro consciente e ativo do reino de Deus – a Hierarquia, assim também o iniciado – numa volta mais elevada da espiral – deve estabelecer retas relações com a Hierarquia e ser simultaneamente consciente de Shamballa.

A única coisa que posso indicar aqui é o ansiado e desejado ponto de realização, mas a fraseologia não tem relativamente significado, exceto para aqueles que têm experiência em maior ou menor grau nos processos iniciáticos, de acordo com as iniciações já recebidas. Esta polarização, este ponto de esforço e esta orientação obtida, são a ideia básica subjacente na frase “o Monte da Iniciação”. O iniciado “põe seus pés sobre o cimo da montanha e desta altura percebe o pensamento de Deus, visualiza o sonho da Mente de Deus, segue o olho de Deus desde o ponto central até a meta externa e se vê a si mesmo como tudo que é e, sem embargo, dentro do todo”.

3 – A Etapa de Precipitação. Tendo identificado a si mesmo com o Plano e com a Vontade de Deus (a chave de Shamballa), por meio da penetração e a polarização, segue então – como resultado de seu tríplice reconhecimento – desempenhando sua parte para materializar o Plano e trazer à manifestação e à expressão externa tudo que pode desse Plano. Desta maneira converte-se primeiro, numa vanguarda da Hierarquia (que necessariamente significa sensibilidade à energia de Shamballa) e, depois, vai sendo cada vez mais um Agente da Luz – a Luz universal ou a Luz da Mônada.

Hoje nada mais tenho a dizer sobre a iniciação. Reflitam sobre o que foi dado e captem até onde lhes seja possível imaginativamente, a magnificência do processo iniciático – que é vastamente mais includente que o indicado em qualquer ensinamento dado até agora.

Quando a guerra terminar e o novo mundo, com sua civilização e cultura vindouras, começar a tomar forma, por-se-á crescente ênfase sobre o propósito da Deidade controladora, ou a Vida, ou Energia básica, ao atuar através da humanidade. Isto será feito pelos esoteristas treinados. Grande parte do que dizem os dirigentes mundiais e os trabalhadores servidores em todas as nações, indica que respondem inconscientemente à energia de Shamballa.

Para o final do século e nas primeiras décadas do Século XXI, se proporcionará ensinamento sobre Shamballa. A mente abstrata do homem se esforçará por compreendê-la, assim como na atualidade o discípulo se esforça por estabelecer contato hierárquico. A fascinação vai desaparecendo, as ilusões vão se dissipando, a etapa de penetração numa nova dimensão, numa nova fase de esforço e de realização, está sendo alcançada rapidamente. Isto se realiza apesar de todo o horror à agonia e será um dos primeiros resultados da trégua da guerra. A própria guerra vai destruindo ilusões, revelando a necessidade de mudar e produzindo a demanda de um futuro novo mundo e de uma vindoura beleza da vida, que será revolucionária e também uma resposta ao intenso processo iniciático em que podem participar todos os discípulos e para o qual podem preparar-se os aspirantes avançados. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 259-262)

A vontade governa o caminho para Shamballa e é o fundamento para toda a apreciação da identificação com a Existência. (Os Raios e as Iniciações, pág. 46)

O segredo das iniciações superiores jaz no uso treinado da vontade superior. Não está na purificação nem na autodisciplina nem em qualquer dos expedientes que atuaram no passado como interceptores da verdade. Todo esse problema da vontade Shambállica está em processo de revelação, e finalmente irá alterar toda abordagem do discípulo à iniciação na Nova Era. O tema do “Caminho para Shamballa” requer um estudo reflexivo e uma compreensão esotérica. Neste conceito da nova e futura seção (se posso chamá-la assim) do Caminho ou Trilha com que o discípulo moderno se depara, está o segredo da revelação vindoura e da dispensação espiritual que emergirão à medida que a humanidade construa a nova civilização mundial e comece a formular a nova cultura. Os efeitos consumidores da vontade monádica sobre seu reflexo distorcido, a vontade individual, merecem profunda consideração. (Os Raios e as Iniciações, pág. 30)

Figurativamente falando, há três portais para Shamballa:

1. Há o portal da razão, da pura percepção da verdade. Cristo deu a chave para este ensinamento quando disse. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Nós conhecemos bastante desse Caminho, porque sobre o Caminho uma grande quantidade de ensinamento tem sido dada, ensinamento esse que, quando seguido, traz o homem para a Hierarquia. Ele torna-se então uma parte de fato dessa organização. Sobre aquela Verdade nós, como aspirantes, sabemos relativamente muito pouco. A Verdade - como nós a entendemos durante todo o percurso do Caminho do Discipulado - está relacionada com grandes verdades que são (sob a visão dos Iluminados) apenas o a, b, c da vida. Essas verdades são:

A manifestação da divindade no plano físico.
A doutrina dos Avatares, que a história das religiões revela.
A natureza da consciência, através do desenvolvimento da psicologia.
A doutrina da Trindade, expressando-se por meio de aspectos e atributos.

Ver-se-á que estas quatro expressões da verdade transmitem todo conhecimento com que o iniciado deve estar equipado quando ele escala o Monte da Transfiguração na terceira iniciação. Elas deram-lhe uma percepção espiritual do Plano.

A respeito daquela Vida nós nada sabemos. A contemplação de seu significado pertence Àqueles Que podem circular livremente dentro dos “precintos do Senhor da Vida” - a própria Shamballa. Tudo que sabemos sobre ela se encontra no seu nível inferior, o qual nos permite estudar o impulso ou instinto que habilita todas as formas de vida a funcionar, que incorpora os princípios da capacidade de resposta aos contatos e ao ambiente, e que incorpora a si mesma no sopro da vida. Está também de certa e misteriosa maneira relacionada ao ar e também ao fogo. Seria inútil dizer mais alguma sobre isto.

2. Há também o portal da vontade. Este é um penetrante poder que relaciona o Plano ao Propósito e que tem em si a faculdade de persistência coerente. A razão para esta persistência é que ela não é dependente do conteúdo da forma - seja ela a forma de um átomo, de um homem ou de um planeta - mas sim de um propósito vital, dinâmico e imutável, latente na consciência do Ser planetário Que, “tendo permeado todo o universo com um fragmento de Si Mesmo”, PERMANECE - maior, mais inescrutável e “mais firme em intento” do que qualquer uma de suas criações, mesmo a mais avançada e próxima a Ele. Somente aqueles que não pertencem à nossa humanidade terrena é que têm uma percepção clara do Seu propósito divino. Estas são as Vidas Que O acompanharam quando Ele veio para este planeta, e Que permanecem com Ele como “os prisioneiros de intenção amorosa” até que “o cansado peregrino tenha encontrado seu caminho para casa".

Esta vontade espiritual é algo totalmente desconhecido para a humanidade. Está escondida e velada pela própria vontade individual e pela vontade grupal da alma. O ser humano move-se através destas duas experiências até que sua vontade individual esteja desenvolvida e estabelecida, focalizada e reorientada, e sua vontade grupal esteja desenvolvida de modo que ela inclua e abarque a dedicada, consciente vontade individual. Quando esta fusão acontece (na terceira iniciação), uma grande revelação se desdobra, e pela primeira vez, o iniciado pressente e então contata a vontade universal; a partir deste momento, o iniciado diz, “Pai, faça-se a Tua vontade, e não a minha”. Alguma coisa do que esta vontade inclui talvez surja, à medida que estudemos esta sétima regra e algumas das seguintes.

3. Não encontro palavras para expressar a natureza do terceiro portal. Na falta de um termo melhor, chamemo-lo o portal do sentido monádico de dualidade essencial. Corpo e vida, alma e personalidade, a Tríade Espiritual e sua expressão, o Cristo em encarnação - todas estas dualidades fizeram a sua parte. O homem passou de uma expansão de consciência a outra. Agora, ele chega à dualidade final de espírito e matéria antes da sua resolução em algo que de modo vago e pouco adequado chamamos “unidade isolada” e “síntese universal”. Para o desenvolvimento deste sistema de identificação é que estão focalizando todos os Seus esforços o iniciado do grau de Mestre de Sabedoria e também - numa volta mais alta da espiral - do grau do Cristo. Até a quarta iniciação, o termo “sistema de expansões” pareceria iluminador; depois dessa grande iniciação, o termo “sistema de identificação” pareceria mais apropriado.

Quando o iniciado passou por estas três portas, falando simbolicamente, ele então se depara com toda vida, todos os acontecimentos, todas as predeterminações, toda sabedoria, toda atividade e tudo que o futuro possa conter de serviço e progresso sob o ângulo da razão pura (infalível e imutável), da verdadeira vontade espiritual, completamente identificada com o propósito do Logos planetário, e da relação mais altamente focalizada possível. O mistério do relacionamento lhe é revelado. Então, todo o esquema da evolução e da intenção Daquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser torna-se-lhe claro. Ele nada mais tem a aprender dentro deste esquema planetário. Ele torna-se universal em sua atitude diante de todas as formas de vida, e está também identificado com a “unidade isolada” de Sanat Kumara. Poucas das grandes Vidas Que formam o grupo interno da Câmara do Conselho de Shamballa são agora de desenvolvimento maior do que o dele. “Os Três Celestiais”, os “Sete Radiantes”, as “Vidas que incorporam os quarenta e nove Fogos”, os “Budas de Atividade”, e certos “Espíritos Eternos” de centros de vida espiritual dinâmica como Sirius ou de constelações que em dado momento formam um triângulo com o nosso Sol e Sirius, e um Representante de Vênus são muitíssimo mais avançados. Por outro lado, todos os iniciados do sexto grau, e alguns Mestres Que se submeteram a um treinamento especializado porque são do primeiro Raio da Vontade ou poder (o raio que condiciona a própria Shamballa), formam parte do Grande Conselho. Muitos Mestres e Chohans, porém, depois de servir no planeta de muitos modos, trabalhando com a Lei da Evolução, passam para além da nossa vida planetária. (Os Raios e as Iniciações, pág. 139-142)

A chave para todo este trabalho exigido por Shamballa encontra-se no desenvolvimento da Arte da Visualização. Por meio da visualização, tornam-se possíveis três expressões da consciência humana:

1. O antahkarana pode ser construído e definitivamente visto o brilho da Tríade. Essa será a nova visão - um resultado do desenvolvimento do sentido da visão.

2. Grupos, grandes totalidades e sínteses principais serão também visualizados, e isto conduzirá a uma definida expansão de consciência. Assim, o sentido da síntese será desenvolvido.

3. Toda arte criativa será incentivada por este treinamento, e a nova arte do futuro em todos os departamentos da criatividade será rapidamente desenvolvida à medida que o treinamento prossegue. O desenvolvimento do sentido da visão e do sentido de síntese, por meio da visualização, conduzirá a um sentido de vida na forma. (Os Raios e as Iniciações, pág. 123)

A iniciação pode ser recebida agora de forma grupal. Isto é algo totalmente novo no trabalho da Hierarquia. Os candidatos não se apresentam um por um ante o Iniciador, mas muitos simultaneamente. Pensam em conjunto e em completo acordo. Juntos são provados e juntos chegam “ao ponto de triunfo”, que substitui o “ponto de tensão”. Juntos vêem “brilhar a Estrela” e a energia que emana do Cetro da Iniciação os capacita juntos para receber a energia especializada que será empregada mais adiante em seu futuro serviço mundial. Esta aproximação grupal, intenção grupal, “reticência silenciosa e reconhecimento vocal grupal” e esta dedicação e visão grupais, já não pertencem à etapa experimental. Esta realização grupal (não me refiro ao grupo particular de vocês que não conseguiu um êxito relevante) assinala o ponto onde se poderá inaugurar uma nova fase da criatividade de Shamballa. Isto permitirá ao Senhor do Mundo converter-se no Regente de um Planeta Sagrado, o que até esta data não havia acontecido. Agora nossa Terra pode converter-se em planeta sagrado, se forem cumpridas as condições impostas.

A expressão de uma nova qualidade divina (ainda não revelada e, se apresentada, não a reconheceríamos) está se cristalizando lentamente, através do processo acelerado da iniciação. Atualmente os discípulos são testemunhas do surgimento de uma característica solar, por intermédio de seu Logos planetário, assim como as “Vidas de Intenção afins” – como são chamadas esotericamente – foram também testemunhas, faz muitos eons. A esta misteriosa e desconhecida qualidade se refere o “fulgor” da Estrela. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 286)

Não existe nada no mundo de Shamballa de natureza igual à natureza do mundo fenomênico do homem nos três mundos, nem sequer no mundo da alma. É um mundo de energia pura, de luz e de força dirigida. Pode ser visto como correntes e centros de forças, formando tudo um desenho de consumada beleza, que invoca poderosamente o mundo da alma e o mundo fenomênico. Constitui, portanto, em sentido muito real, o mundo das causas e da iniciação. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 258)

shamballa

O Caminho para Shamballa é percorrido através de Atma (Vontade e Propósito divinos). O Caminho para Atma, o “altar do sacrifício”, é percorrido através do “átrio interno” de Budi (razão pura, Amor divino) e do “átrio externo” (mente abstrata, Luz divina). Este é o domínio da Tríada, à qual chega-se através do átrio da alma (a simplicidade) – a joia no lótus – e das três antessalas, as pétalas do conhecimento, do amor e do sacrifício.

A simplicidade é conseguida rapidamente na medida que nos aproximamos da meta do espírito. A vontade ocupa-se sempre do essencial e não dos detalhes da manifestação. O amor ocupa-se dos fundamentos transitórios e evolutivos, enquanto a inteligência ocupa-se dos detalhes e da sua coerente coordenação, em resposta ao impulso e à força atrativa do amor divino e do impulso dinâmico do espírito.

Um grupo de discípulos deve caracterizar-se, como já foi dito, pela razão pura que constantemente substitui o motivo, fundindo-se finalmente com o aspecto vontade da Mônada, seu principal aspecto. Tecnicamente falando, Shamballa diretamente relacionada com a Humanidade. (Djwahl Khul)

“O Velho Comentário” diz:

Quando a luz ilumina as mentes dos homens e agita a luz secreta dentro de todas as demais formas, então Aquele em Quem vivemos, revela Sua Secreta e oculta Vontade iluminada.

Quando o propósito dos Senhores do Carma já não tiver mais aplicação, e todos os planos estreitamente entretecidos e relacionados se tiverem cumprido, então Aquele em Quem vivemos poderá dizer: “Muito bem! Só o que é belo permanece!”.

Quando o mais baixo do inferior, o mais denso do sólido e o mais elevado do superior, forem todos elevados pelas pequenas vontades dos homens, então, Aquele em Quem vivemos poderá elevar a vívida e iluminada esfera da Terra e convertê-la em radiante luz. Então outra Voz mais excelsa lhe dirá: “Muito bem! Segue em frente. A Luz brilha!”. (Discipulado na Nova Era, vol. I, pág. 277)

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