Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem
1 - Shamballa - O Centro Onde a Vontade de Deus É Conhecida.
2 - A Força de Shamballa.
3 - Seu Uso e Compreensão Grupal.
1 - SHAMBALLA - O CENTRO ONDE A VONTADE DE DEUS É CONHECIDA
DEFINIÇÕES
Shamballa é simplesmente uma palavra que transmite a ideia de
um vasto ponto focal de energias aprovisionadas e reunidas pelo Logos planetário
para criar uma manifestação adequada ao desenvolvimento de Sua intenção
e serviço planetário. (Discipulado na Nova Era, vol. II
pág. 404)
Shamballa é um estado de consciência ou uma fase de percepção sensitiva
onde há ajuda e dinâmica resposta ao propósito divino - uma resposta tornada
possível pela síntese do propósito e do relacionamento espiritual que existe
entre Aqueles Que estão associados a Sanat Kumara. (Os
Raios e as Iniciações, pág. 276)
O único lugar de completa “paz” é “o centro onde a vontade de Deus é conhecida”.
A Hierarquia espiritual de nosso planeta não é um centro de paz, mas um
verdadeiro vórtice de atividade amorosa, o lugar onde se reúnem as energias
provenientes do centro da vontade divina e da humanidade, o centro da inteligência
divina. (O Reaparecimento do Cristo, pág. 28)
A paz, como expressão da vontade de Shamballa, produz equilíbrio, síntese,
compreensão e um espírito de invocação, sendo basicamente uma ação que origina
reação. Isto se manifesta como o primeiro grande e mágico trabalho criador
de que é capaz a humanidade, levando os três aspectos divinos a uma atividade
simultânea de acordo com a vontade de Deus. (A Exteriorização
da Hierarquia, pág. 165)
PENSAMENTOS-CHAVE
1 - Shamballa é o lugar onde se acha o propósito, propósito
que não pode ser compreendido até que o plano seja seguido. Aqui há um
indício.
2 - Shamballa não é um Caminho, mas um centro maior de estágios relacionados
e de uma energia relativamente estática – energia que a intenção enfocada
do Grande Conselho, atuando sob o olho do Senhor do Mundo, mantém preparada
para propósitos criadores.
3 - Shamballa é o ponto de maior tensão no planeta, tensão que expressa
vontade amorosa inteligente, livre de toda autovolição ou prejulgamentos
mentais.
4 - Shamballa é o principal agente receptor do planeta, do ângulo da
afluência solar, mas ao mesmo tempo é o principal ponto distribuidor de
energia, do ângulo dos reinos da natureza, incluindo o quinto. A partir deste
ponto de tensão o cânon da vida e a Vontade do Logos planetário, através
dos processos da evolução, tomam corpo e finalmente amadurecem.
5 - Shamballa recebe energia de distintas Entidades solares e extrassolares,
centros de vida concentrada e energética, ou seja, de Vênus, do Sol Central
espiritual, da atual constelação condicionante pela qual pode estar
transitando nosso sol, da Ursa Maior e outros centros cósmicos. Sírio, que é
o fator tão importante na vida espiritual do planeta, faz com que suas
energias atuem diretamente sobre a Hierarquia e, portanto elas não entram
normalmente em nossa vida planetária por intermédio de Shamballa.
6 - Shamballa é o centro coronário, simbolicamente falando, de nossa Vida
planetária, enfocando sua vontade, seu amor e sua inteligência numa grande e
fundamental Intenção e mantendo esse ponto enfocado durante todo o ciclo de
vida de um planeta. Esta grande Intenção personifica o atual propósito e se
expressa por meio do Plano. (Discipulado na Nova Era, vol.
II, pág. 519-520)
SHAMBALLA, A HIERARQUIA E A HUMANIDADE
Por trás deste centro de Amor e de Luz – a Hierarquia – encontra-se outro centro, inominado para o Ocidente, mas que o Oriente lhe dá o nome de Shamballa. Talvez o nome ocidental seja Shangri-La que está sendo reconhecido em toda parte e representa um centro de felicidade e propósito. Shamballa ou Shangri-La é o lugar onde a Vontade de Deus está enfocada e da qual são dirigidos Seus propósitos divinos. Ali são decididos os grandes movimentos políticos, o destino e o progresso de raças e nações; do mesmo modo os movimentos religiosos, os desenvolvimentos culturais e as ideias espirituais são enviados deste centro hierárquico de Amor e de Luz. As ideologias políticas e sociais e as religiões mundiais, a Vontade de Deus e o Amor de Deus, o Propósito da divindade e os planos pelos quais esse propósito é levado à criatividade, todos se enfocam através desse centro do qual cada um de nós somos conscientemente parte, a própria Humanidade. Portanto, há três grandes centros espirituais sobre o planeta: Shamballa, A Hierarquia espiritual e a Humanidade. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 407)
Em Shamballa, as Grandes Vidas que ali atuam, na sua totalidade, não somente vêm à manifestação sem limitações de tempo, mas que sentem todos os principais impulsos evolutivos que põem o mundo em evolução em linha com a Vontade divina. Não personificam esses impulsos em termos de movimento progressivo, mas de uma grande reação divina e espiritual. Esta ideia talvez possa ser melhor compreendida em termos do Eterno AUM, símbolo do Eterno AGORA. Foi-lhes dito e demonstrado que o AUM está composto de um Som maior, três sons menores e sete tons vibratórios subsidiários. Ocorre o mesmo com a Vontade de Deus que está personificada e sintetizada pelos Membros da Câmara do Conselho. Para Eles o “manter em solução a Vontade de Deus constitui uma só e clara nota, quando vêem essa Vontade em ação como três acordes unidos que se exteriorizam para os três mundos do propósito DAQUELE que existirá durante eons; quando impulsionam essa vontade a se manifestar, como sete tons vibratórios que se estendem para os mundos refletidos na estrutura do Plano. Assim a nota, os acordes e o tom produzem o Plano, revelam o Propósito e indicam a Vontade de Deus”. Isto foi extraído de antigos arquivos que constituem o estudo dos Mestres: refere-se à natureza de Shamballa, seu trabalho e energias emanantes.
Devido a que Shamballa constitui a síntese da compreensão no que concerne à nossa Terra, é também o centro onde a Vontade Superior do Logos solar impõe-se à Vontade de nosso Logos planetário, que, como bem se sabe, é somente um centro de Seu corpo de manifestação. Com este dado informativo nada têm vocês que fazer e os Mestres estão aprendendo a conhecer a vontade do Logos planetário. Sem embargo, o objetivo do esforço de Shamballa consiste em captar o Propósito solar, cujo plano está se desenvolvendo nos níveis mais elevados do nosso sistema planetário, assim como a Vontade, o Propósito e o Plano de Shamballa, se desenvolvem nos três níveis inferiores do nosso sistema planetário. Repito, este dado informativo somente serve para indicar os objetivos hierárquicos, os quais surgem em tempo e espaço e penetram na Mente do Próprio Deus.
Alguns sinônimos podem servir para desenvolver seu pensamento sintético e trazer uma medida definida de iluminação.
Shamballa | Hierarquia | Humanidade |
---|---|---|
Síntese | Unidade | Separação |
Vontade | Propósito | Plano |
Vida | Alma | Aparência |
Espírito | Consciência | Substância |
Vivência | Organismo | Organização |
Captação | Polarização | Foco de Atividade |
Poder | Impulso | Ação |
Energia | Distribuição | Forças |
Direção | Transmissão | Recepção |
Cabeça | Coração | Garganta |
Será evidente que poucos podem compreender a intenção de Shamballa se se derem conta que não lhes torna fácil ver a diferença entre unidade e síntese e, ao mesmo tempo, torna-me impossível aclarar a diferença. Somente posso dizer que a síntese é, enquanto que a unidade é construída e constitui a recompensa da ação e do esforço. À medida que se progride no Caminho da Iniciação, aclara-se o significado da unidade. Quando se dirige para o Caminho da evolução superior, surge a síntese. Seria inútil dizer algo mais. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 533-535)
O PROPÓSITO DIVINO
A energia emanando de Shamballa foi dividida em duas diretas e distintas correntes. Uma, corporificando a dinâmica da determinação, ou da iluminada e entusiástica vontade, está atingindo diretamente a humanidade, via o Novo Grupo dos Servidores do Mundo. Até aqui, um jorro misto da força de Shamballa tem sido enviado para a Hierarquia e tem fluído - no seu tipo e qualidade não-diferenciados - para todos os grupos dentro da Hierarquia. Agora, a qualidade da determinação, ou daquilo que a pessoa comum compreende pelo uso da palavra “Vontade”, está fluindo para o Novo Grupo de Servidores do mundo, enquanto que a energia do propósito dinâmico, diferenciada em sete correntes divergentes, está fluindo para cada um dos “sete pontos de recepção”, os Ashrams dos Mestres dentro do círculo-não-se-passa da Hierarquia. Estes sete tipos de propósito corporificam as sete energias que irão reorganizar e redefinir os empreendimentos hierárquicos e assim inaugurar a Nova Era. Estes sete propósitos podem ser chamados:
a. O propósito não-conhecido, não-visto e não-ouvido de
Sanat Kumara. É o segredo da própria vida e somente Ele o conhece. Em
sua fase inicial desta nova expressão, ele trabalha por intermédio do Manu e
do Mestre Morya; é aquilo que vela o mistério central que todas as escolas
esotéricas eventualmente revelarão se permanecerem fieis ao seu impulso
inicial. O que seja isto nós ainda não sabemos, mas está insinuado na Regra
XIII.
b. O propósito subjacente à revelação. Esta pode ser uma ideia
nova para vocês pois têm a tendência de considerar a revelação como um fim
em si mesma. Raramente a consideram como um efeito do propósito interno de
Sanata Kumara. Até aqui, a ênfase tem sido posta no aspecto de revelação,
tornando-a um efeito daquilo que o discípulo tem feito consigo mesmo e por
meio da qual lhe é permitido ser o recipiente de revelação. Contudo, por
trás de todas as sucessivas revelações no transcurso das eras encontra-se um
significante propósito; todas elas são e provarão ser apenas aspectos da
Grande Revelação. É através dos processos de revelação que a divindade
está lentamente despertando na consciência humana. É uma revelação
sétupla; cada um dos sete reinos na natureza revela um de seus aspectos, e
cada uma das sete alcança a revelação em sete ou quatorze revelações ou
fases menores.
Reflitam sobre isto e aprendam a distinguir entre visão - que é aquele tanto
da revelação divina corrente que o discípulo pode apreender no tempo e
espaço - e revelação, que é a síntese do propósito divino em
expressão. Isto está relacionado com a vontade-para-o-bem, que é, por sua
vez, uma expressão completa da natureza do amor da Deidade.
c. O ainda não-reconhecido propósito que evocou a atividade criativa do
nosso Logos Planetário. Isto trouxe à atividade o terceiro aspecto da
Trindade divina. As razões usuais apresentadas pela mente finita do homem para
explicar aquilo que chamamos "manifestação”, e explicar o dualismo de toda
existência e a relação de espírito-matéria, não são de forma alguma a
real explicação do propósito divino; elas baseiam-se na dualidade essencial
do próprio homem; elas são a mais elevada explicação de sua própria
natureza divina que ele pode alcançar por enquanto. Este é um ponto a ser
lembrado. Elas são sua resposta ao segundo Raio da Atração Mútua, que é
como o Raio de Amor-Sabedoria é às vezes chamado. Elas não são uma
expressão de sua resposta à Vontade de Deus, e somente indicam as
limitações de sua definição de propósito divino. Como vocês notarão,
elas realmente nada definem. Tão pouco posso eu ajudá-los a reconhecer este
terceiro aspecto e o eterno propósito do Senhor do Mundo.
Assim como uma alma busca encarnação para realizar um determinado desígnio e
para fazer uma das iniciações superiores, também Sanat Kumara veio à
encarnação por intermédio deste planeta com o fim de realizar Seus
desígnios (conhecidos por Ele como uma Alma cósmica nos níveis mentais
cósmicos), e para fazer uma das iniciações superiores que marcam o Caminho
da Iniciação para aquelas grandes Vidas de esferas planetárias. Ele pode
fazer esta particular iniciação devido à experiência a ser obtida num
veículo constituído, expressivo e no especial estado de consciência de toda
a nossa manifestação planetária. Isso requeria um instrumento no qual as
células e átomos do Seu corpo (todas as vidas em todos os reinos), e os
organismos integrados dentro daquele corpo (os vários reinos da natureza),
estivessem naquele peculiar ponto de evolução em que eles todos se encontram
agora.
Isto é tudo a que posso fazer alusão, e assim vocês podem ver para chegar a
compreender algo mais do Seu divino propósito vocês também terão que se
estar preparando para aquela determinada iniciação que para vocês - no seu
pequenino nível de percepção do desígnio fixado - representa o paralelo
microcósmico de Sua intenção cósmica. O que esta intenção é, não posso
dizer. O único serviço que estas alusões podem prestar (quanto ao divino
propósito sétuplo e a consideração sobre eles) é desenvolver em você, o
discípulo, o poder de pensar abstratamente - uma capacidade muito necessária
antes que o discípulo possa começar a palmilhar o Caminho da Evolução
Superior; para isto as cinco iniciações abertas à humanidade como hoje
constituída preparam o espírito humano.
d. O misterioso propósito que precisou trazer à atividade o Principio da
Dor. O Sofrimento e a Dor são requisitos essenciais para a realização
deste propósito. A capacidade para sofrer que distingue a humanidade é a
principal reação consciente ao ambiente do quarto reino da natureza, o
humano. Está relacionado ao poder de pensar e conscientemente relacionar causa
e efeito. É um processo no caminho para algo sequer sonhado hoje - e é
exatamente isso que quero dizer. Esta mesma habilidade para responder através
da dor não é encontrada (no sentido em que o ser humano a compreende) em
qualquer dos reinos subumanos ou super-humanos, como também não se encontrava
no sistema solar anterior nem será encontrada no próximo. Está relacionada a
um aspecto da inteligência criativa, aspecto esse que é uma característica
peculiar à humanidade.
Este aspecto não aparecia no sistema solar anterior no qual funcionavam os
outros aspectos da inteligência criativa. No atual sistema solar, ele foi
desenvolvido e trazido da latência à potência em conexão com a substância
dos corpos humanos por meio dos quais a alma humana está ganhando
experiência. Ele guarda o segredo da beleza na manifestação, e sua primeira
expressão pode ser vista na perfeição criativa de certas fases da arte pelas
quais somente o homem é responsável. Nenhum outro reino na natureza cria
formas, produz core e sons em relação harmoniosa, exceto o humano; todo tipo
de arte criativa é o resultado de eons de conflito, dor e sofrimento. Os
judeus, como um produto da humanidade do sistema solar anterior, e constituindo
a encarnação do resíduo desse sistema solar, percorreram toda a gama de
sofrimento e estão à frente das artes criativas desta época,
particularmente, na produção em grupo como certos grandes produções
cinematográficas e no campo das descobertas científicas.
Haverá, como bem podem ver, uma estreita relação entre este quarto
propósito de Sanat Kumara, o quarto reino na natureza, o humano, e o quarto
Raio da Harmonia através do Conflito. É a equilibrada relação destes três,
consumada na quarta iniciação, que produz a plena beleza do fixado desígnio
criativo da alma individual, ou - num diferente nível de processo iniciatório
- do fixado desígnio da alma universal do Senhor do Mundo. O fato do quarto
raio estar temporariamente fora de encarnação é a razão do relativo
interlúdio na produção de arte criativa humana de alta qualidade. O ciclo de
sofrimento aproxima-se do seu fim, e veremos mais tarde - quando o quarto raio
entrar novamente em plena atividade objetiva - uma recorrência das artes numa
volta mais alta da espiral muito mais exaltadas do que qualquer outra
ultimamente vista.
e. O quinto grande segredo que subjaz ao propósito de Sanat Kumara está
relacionado num sentido peculiar à manifestação cíclica de tudo que é
encontrado nos três mundos da evolução humana. Diz respeito àquilo que
está lentamente chegando à manifestação por meio da mente concreta inferior
à medida que ela controla o desejo e traz a substância e a matéria em
conformidade com o pensamento divino segundo esta linha. A soma total das mais
elevadas fases do pensamento humano segundo todas estas linhas afeta
materialmente, aquilo que aparece no plano físico em todos os reinos da
natureza, aquilo que precipita civilizações e culturas, e aquilo que expressa
a melhor resposta, no momento, da sensibilidade humana à impressão
cósmica.
Isto é tudo que pode ser dito na tentativa de sumariar o desejo fixado e o
modelo ou propósito da atividade divina no transcorrer das eras. Sabemos que
este resumo está profundamente inadequado por enquanto para expressar ou
produzir em forma manifestada a beleza desse desígnio e criar em conformidade
com o pensamento de Deus; porém - era após era - a capacidade de pensar do
homem e sua imaginação criativa elaboraram o lento desdobrar do desígnio, e
continuarão a fazê-lo; cada grande ciclo mundial testemunha o surgimento de
maior beleza, e vê os sutis efeitos do pensamento humano sobre os reinos
subumanos da natureza continuamente trazendo o desconhecido à superfície,
alterando a natureza da fauna e da flora do planeta, e preparando o caminho
para aquele tempo de maravilha quando a Hierarquia estará de novo
exotericamente dirigindo o Plano na terra e ajudando a humanidade a trabalhar
com uma compreensão mais plena do desígnio divino.
Mais uma vez aqui está uma outra razão para as mudanças nos planos da
Hierarquia. Os Mestres têm que preparar-Se para esta iminente emergência
programada. Eles são forçados a mudar Suas técnicas de trabalho para
responder adequadamente ao que Lhes compete fazer. É-Lhes muito mais fácil
trabalhar, como Mentes iluminadas, na substância mental de Seus discípulos do
que seria trabalhar no plano físico, relacionando as mentes e os cérebros de
seres humanos avançados. As pessoas facilmente esquecem que com cada avanço
da humanidade, mudam as obrigações da Hierarquia, novas necessidades têm de
ser atendidas, novas técnicas usadas, novos métodos experimentais têm de ser
empregados. Porque escrevo para discípulos e iniciados chamo-lhes a atenção
para isto. Seu trabalho de treinamento mental não termina pelo fato de terem
alcançado certos objetivos espirituais iniciatório.
Este quinto propósito está, portanto, estreitamente relacionado com todo o
tema da “roupagem de Deus" e com a vinda à manifestação de Seu “manto de
beleza” à medida em que ele é criado e trazido à existência pela
humanidade atuando como meio para as ideias vindas dos reinos superiores, e
então influenciando e trazendo à cooperação criativa os reinos
subumanos.
f. É difícil dar qualquer ideia que seja do propósito que vamos tratar
agora, porque ele está expresso na relação que existe entre o significado de
Desejo, Vontade, Plano e Propósito. Todas estas palavras são
símbolos desenvolvidos pelo homem na sua tentativa de captar o propósito
logoico. Ele reconhece os impulsos do desejo, e no curso do processo evolutivo
aprende a transmutá-los em aspiração; ele passa a seguir, para um vago
tatear num esforço para compreender aquilo a que ele chama a vontade de Deus e
a ela aquiescer; porém, enquanto a abordagem humana e essa vontade permanecer
negativa, submissa e aquiescente (como acontece sob a influência da abordagem
teológica e na maneira inculcada pelas Igrejas), uma luz real sobre a natureza
da Vontade não será vista. Somente à medida em que os seres humanos entram
em relação com a Hierarquia e são gradualmente absorvidos para a vida
hierárquica e começam a receber as iniciações superiores é que a
verdadeira natureza da Vontade divina pode ser captada e revelado o
propósito de Sanat Kumara por uma apreciação do plano, seguido a
uma consequente cooperação com o Plano.
Tudo isto será feito através da transmutação do desejo em aspiração, e a
seguir em firme determinação. Quando, porém, o iniciado já relacionou estas
fases de consciência em sua própria experiência interna, e permitiu que
essas realizações internas afastassem sua experiência externa e seu viver
diário, o Propósito subjacente brilhará, então, e ele não mais trabalhará
no escuro. Você vê, meu irmão, que tudo que posso fazer nestes abstrusos
assuntos é indicar o quê você pode fazer, como um indivíduo, para
equipar-se para perceber o propósito divino, e assim ver o desígnio divino e
os padrões como eles são realmente. Uma vez tenha você dado os passos
necessários e cumprido os requisitos, o mistério desaparece.
g. A fase final do propósito divino é a mais difícil de indicar, e quando
digo indicar, quero dizer exatamente isso, e nada mais definido e claro.
Significa alguma coisa para você, quando digo que o ritual cerimonial da vida
diária da vida de Sanat Kumara, implementada por música e som e levada sobre
as ondas de cores que se quebram nas praias dos três mundos da evolução
humana, revela - nas mais límpidas notas e tons e nuances - o mais profundo
segredo por trás de Seu propósito? Isso dificilmente fará sentido para você
e logo é descartado como um escrito simbólico que eu uso para tentar
descrever o que é indescritível. Contudo, não estou escrevendo em símbolos,
mas sim fazendo a exata descrição de um fato. À medida que a beleza em
qualquer de uma suas maiores formas irromper na consciência humana, um pálido
sentido é desse modo transmitido do ritual da vida diária de Sanat Kumara.
Mais não posso dizer.
Aqui estão sugestões quanto ao propósito divino; cada uma das sete suplementa e completa as outras seis. Somente tentando apreender toda a síntese interna é que chegaremos à mais leve alusão à natureza daquela exaltada consciência que trouxe à existência nosso planeta e tudo que está dentro e sobre ele. (Os Raios e as Iniciações, pág. 240-247
RELAÇÕES DE ENERGIA
O sétimo reino da natureza é aquele constituído pelas Vidas Que participam em plena capacidade de entendimento do grupo de Seres Que formam o núcleo do Conselho em Shamballa. Este grupo gira ao redor do Senhor do Mundo. Suas consciências e estado de ser são apenas vagamente compreendidas pelos mais avançados Membros da Hierarquia, e a relação destas Vidas com o Senhor do Mundo é semelhante - e contudo, fundamentalmente diferente - da relação entre os Membros da Hierarquia e os três Grandes Senhores - o Cristo, o Manu e o Mahachohan. Através destes três Senhores flui a energia que jorra de Shamballa, transmitindo o propósito e motivando o plano de Sanat Kumara - Seu Plano de Vida. O que vocês chamam “o Plano” é a resposta da Hierarquia ao influxo da vontade e propósito do Senhor do Mundo.
Através de Sanat Kumara, o Ancião dos Dias, como Ele é chamado na Bíblia, flui a desconhecida energia da qual os três Aspectos divinos são a expressão. Ele é o Guardião da vontade da Grande Loja Branca de Sirius, e o fardo desta “intenção cósmica” é partilhado pelos Budas de Atividade e aqueles Membros do Grande Conselho Cuja vibração e consciência são tão elevadas que somente uma vez por ano - por intermédio de Seu emissário, o Buda, é seguro para Eles fazer contato com a Hierarquia. (Os Raios e as Iniciações, pág. 130)
No Festival de Wesak relacionam-se três fatores importantes para a humanidade:
1 – Pode-se entrar em contato com o Buda, que personifica ou é
o agente das Forças da Luz, e apropriar-se conscientemente daquilo que estas
forças tratam de transmitir à humanidade.
2 – Pode-se entrar em contato com o Cristo, que personifica o amor e a
Vontade de Deus e o agente do Espírito de Paz, e treinar a humanidade para se
apropriar deste tipo extraplanetário de energia.
3 – A humanidade pode estabelecer agora, por intermédio do Cristo e do Buda,
uma estreita relação com Shamballa e fazer sua própria contribuição –
como centro mundial – à vida planetária. Compenetrada pela luz e controlada
pelo Espírito de Paz, a expressão da vontade para o bem da humanidade pode
emanar poderosamente deste terceiro centro planetário. Então a humanidade
iniciará, pela primeira vez, a tarefa que lhe foi designada como
intermediária inteligente e amorosa entre os estágios superiores de
consciência planetária, os estágios super-humanos e os reinos subumanos.
Assim a humanidade chegará oportunamente a ser a salvadora planetária. (A Exteriorização da Hierarquia. pág. 162-163)
As massas humanas de todas as partes somente desejam tranquilidade. Não emprego a palavra “paz”, porque tem um significado equívoco.
Os homens e mulheres reflexivos de todos os países determinaram dar, se é possível, com maciça intenção esses passos que assegurarão a paz na Terra mediante a expressão da boa vontade. Observem esta fraseologia. Todos os discípulos ativos do mundo lutam com os meios disponíveis para difundir o evangelho do sacrifício, porque somente sacrificando o egoísmo pode estabelecer-se sem perigo a estabilidade humana. Estas palavras resumem o chamado que se faz àqueles cuja responsabilidade é determinar a política (nacional ou internacional) e dar esses passos que estabelecerão retas relações humanas. A Hierarquia permanece, não vigiando nem esperando, mas atuando hoje com a sabedoria impulsionadora e a intenção firme, a fim de fortalecer as mãos de Seus trabalhadores em todos os campos da atividade humana (político, educativo e religioso) para que possam empreender a correta ação e influir devidamente o pensamento humano.
Uma poderosa atividade de primeiro Raio – a atividade de vontade ou propósito – está entrando em ação. Cristo, como Guia das Forças da Luz, concedeu poder aos ashramas dos Mestres que pertencem a este primeiro Raio de poder, a fim de fortalecer as mãos de todos os discípulos nos campos governamental e político de cada nação; iluminar, se é possível, os diferentes legisladores nacionais, qualquer que for o meio necessário, para que o poder da sua palavra, a sabedoria do seu planejamento e a amplitude do seu pensamento, sejam tão efetivos que o “Ciclo de Conferências e de Concílios” que iniciam agora os estadistas do mundo, possa estar sob a guia direta (também se é possível) Daqueles que na Câmara do Conselho de Shamballa conhecem qual é a Vontade de Deus.
O egoísmo das pequenas mentes nas diferentes legislaturas do mundo deve ser combatido de alguma maneira. Tal é o problema.
Não esqueçam que a energia divina deve fazer impacto nas mentes humanas, mentes que no seu efeito em conjunto são o único instrumento disponível por intermédio do qual a Vontade de Deus pode expressar-se e que respondem necessariamente aos resultados estimulantes e energizadores desse impacto, e este evocará resultados adequados no tipo de mente afetada. A resposta será compatível com a qualidade e a intenção dessas mentes. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 446-447)