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Alice Bailey - Diálogos com Estudantes da Escola Arcana


Sexta-feira, 9 de abril de 1943

AAB: A nona palestra sobre o Discipulado [ver As seis etapas do discipulado em Discipulado na Nova Era 1] tem quatro ou cinco parágrafos que a meu ver são de grande valor para todos nós que estamos aspirando ao discipulado e que talvez sejamos discípulos, consciente ou inconscientemente. O Tibetano trata da etapa do discipulado na qual o discípulo é denominado «Chela na Aura», o discípulo dentro da aura do Mestre. Muitas pessoas acreditam que quando se é um discípulo aceito se está imediatamente dentro da aura do Mestre. Na realidade, é uma das etapas finais. Neste trecho o Tibetano define a aura:

A aura de qualquer forma de vida pode ser definida como a qualidade de uma esfera de atividade irradiatória. Pouco ainda se sabe sobre a aura, e muitos disparates foram escritos sobre o assunto. Normalmente se fala de aura em termos de cor e luz, devido à natureza da visão da pessoa que vê e do mecanismo de resposta utilizado. Há apenas dois termos que descrevem a aura do ponto de vista do conhecimento oculto e são: ‘qualidade’ e ‘esfera de influência’. O que o clarividente de fato percebe, é uma impressão que a mente rapidamente traduz para uma simbologia de cores, quando não há presença de cor. Ver a aura, como normalmente se diz, é na realidade um estado de consciência. Que o vedor creia com toda sinceridade que registrou uma cor, uma série de cores ou uma luz, é inteiramente verdade em muitos casos, mas o que ele realmente registrou foi a qualidade de uma esfera de atividade irradiatória; isso ele faz quando a sua própria esfera individual de atividade irradiatória é da mesma qualidade e natureza daquela que contatou. Discipulado na Nova Era 1, pág. 752

Uma pessoa que vê as auras em uma sala de sessões vê somente as auras das pessoas que estão em seu próprio nível de desenvolvimento. Eu costumava dar palestras em Londres a um grupo espiritualista, e eram as pessoas de grau mais inferior da audiência que pareciam ter auras. Os tipos altamente mentais pareciam não ter nenhuma.

A maioria dos vedores registra a faixa astral das vibrações de uma pessoa ou de um grupo e isso por meio de seu próprio corpo astral. O impacto de uma verdade ou de um conceito mental e seu reconhecimento é a expressão de um contato similar desta vez transportado para o reino da mente.

Isto explica a verdade que existe por trás das chamadas ‘expansões de consciência’, às quais a mente do homem pode responder, ele registra uma sucessão constante de impactos vibratórios que emanam das esferas de atividade, as quais abrangem desde as primeiras etapas de maior sensibilização, através do desenvolvimento dos cinco sentidos e dos três veículos de contato nos três mundos da experiência humana, até os reconhecimentos que levam um homem à esfera de influência de um Mestre, posteriormente o habilitando a tomar o que se denomina uma das iniciações maiores.

Estas esferas de atividade irradiatória estão sempre presentes, mesmo quando não são registradas nem reconhecidas. Ibid., pág. 752-753

Se estivéssemos todos no ponto de desenvolvimento de um iniciado ou de um Mestre, não necessitaríamos ir a um Ashram. Seríamos capazes de ver corretamente aqui, porque aqui há luz.

O processo evolutivo consiste em desenvolver um mecanismo de resposta a fim de registrá-las; tendo feito isto, o passo seguinte é reagir inteligentemente a tais contatos, assim produzindo uma gama cada vez mais ampla de percepções conscientes que, afinal, são o somatório da consciência.

Não posso me estender mais sobre este tema, porque o processo se realiza sob a força impulsionadora da evolução. Só me interessa expor o fato da esfera de atividade irradiatória do Mestre e sua especial qualidade e cor de raio - ocultamente compreendido.

A existência de qualidades, atividades irradiatórias e impulsos emanantes do discípulo, que correspondem aos que emanam de determinado Ashram, é o fator que subjaz e viabiliza cada uma das seis etapas do discipulado. Quando tiverem evocado resposta e atraído o discípulo à periferia da esfera de atividade desse Ashram, a sua qualidade magnética e atrativa gradualmente se intensifica; as qualidades do discípulo correspondentes desenvolvem uma potência maior e o atraem ocultamente para mais perto do ponto central, que é o foco de toda capacidade treinada e da vida espiritual de alta potência do Mestre, no próprio coração do Ashram. Ibid., pág. 753

Creio que é uma das expressões mais claras que encontrei sobre como chegamos a conhecer o Mestre.

Os tipos altamente mentais, como os iniciados e os Mestres, não veem auras. Só há cor no plano astral, não há cor no plano mental, apenas formas geométricas. Não existe cor acima do astral, tal como a entendemos. A ciência da cor é um dos temas mais difíceis que há.

A questão que me parecia interessante que debatêssemos trata das palavras «qualidade» e «esfera de influência» e «a esfera de influência de um Mestre».

Por que estamos todos aqui esta noite? Porque estamos, como grupo, reagindo à esfera de influência desse algo que chamamos de Hierarquia. É a qualidade vibratória irradiatória ou esfera de influência do outro lado que nos mantém juntos esta noite. É esse o grande argumento para demonstrar a realidade dos Mestres e Seus grupos - a única maneira que temos de demonstrar.

O grupo de um Mestre em seu próprio plano é uma esfera de influência de irradiação tão potente que poderia incluir um grupo como o nosso e nos fusionar. Assim vocês compreendem o que acontece no Festival de Wesak, quando os aspirantes cooperam com a Hierarquia para criar uma esfera de influência tão potente que atrairão força de natureza muito elevada. Eu me pergunto se somos conscientes da expansão de consciência que estamos engendrando em nós mesmos.

Nestes encontros eu gostaria de ver que cada um de vocês obtém uma captação maior do que tínhamos antes sobre a realidade dos Mestres e seus grupos, porque muitas vezes as pessoas como nós creem nessas coisas teoricamente, como hipóteses razoáveis. Tem que ser mais do que isso, e precisamos aprofundar o tema e ter uma base mais firme sobre a qual nos apoiar.

As teorias que mantivemos por 25 anos deveriam começar a se materializar em conhecimento. Creio que a maioria das pessoas tem teorias e hipóteses, mas não conhecimento. Quero ver os conhecimentos adquiridos de maneira a não haver mais perguntas.


M: Como obtemos o conhecimento?


AAB: Podem se apoiar nas teorias de outras pessoas, podem se apoiar em uma suposição reconfortante, ou podem raciocinar dos efeitos para as causas. Qual é o efeito deste grupo? O que é o que nos reúne? Viemos debater juntos estes temas que são tão vitais. O próprio fato de que estejamos juntos significa que esses temas nos atraem.

Não creio que as pessoas saibam. As pessoas usam o conhecimento que têm o melhor que podem, mas esse conhecimento acaba aí. Garanto a vocês que se eu perguntasse: «Vocês sabem que os Mestres existem?» eu descobriria que vocês acreditam que os Mestres existem. Temos que obter para nós mesmos a autoridade da experiência e não só abrigar uma crença satisfatória.


RK: Lembro a frase do livro Nas Horas de Meditação de Alexander. A resposta que chega na hora da meditação é que para conhecer o Mestre não há que ter visto sua forma, mas ter compreendido Sua vontade. Isso é «conhecer» o Mestre. Não significa uma compreensão mental, mas se elevar à Sua vontade e deixar que Ele trabalhe através de você.


AAB: Creio que assim é. Creio que a Sociedade Teosófica fez um grande dano ao enfatizar a forma dos Mestres. A forma poderia estar nesta sala, mas a menos que vocês compreendessem Sua vontade não reconheceriam o Mestre.


HR: Mas mesmo assim a pessoa não pode provar Sua existência.


AAB: Isso é porque deseja ver a forma.


HR: É só uma identificação na consciência? Isso não pode ser provado por métodos científicos comuns.


AAB: Estive debatendo sobre o Tibetano com um dos membros da Escola, HC, que nos ajudou a lançar a Escola Arcana em 1923. Ele costumava chegar no escritório às 8 da manhã e sair às 8 da noite e fazer de tudo. Depois ele treinou um homem para que ocupasse seu posto e disse que iria ao Tibete para encontrar os Mestres. Eu lhe disse, «você não precisa ir a Shigatse para encontrar os Mestres, pode encontrá-los aqui em Nova York se estiver em sintonia com Suas vidas». Ele fez três viagens à Índia e 45 milhas por dentro do Tibete. Nessa oportunidade conheceu um famoso tibetano, o General Laden Lha, que era chefe da Polícia Secreta nos Himalaias. Um dia o General Laden Lha lhe disse: «Conheço muito bem a Sra. Bailey». O senhor C. disse, «Onde a viu?» e o General. Laden Lha disse: «Encontro-a frequentemente quando medito». Eu estava no raio de sua esfera vibratória de influência, mas ele não estava no meu. A última vez que C. esteve na Índia, esteve perto do Tibete, e um dia ouviu um burburinho. Vindo pela estrada havia um lama montado em um burro acompanhado por outros quatro lamas e serviçais. Um dos serviçais disse, «Este é o Lama da Lamaseria e o Lama disse, «Como vai a Senhora Bailey?» e fez todo tipo de perguntas. Entregou a C. um pacote de incenso para mim, depois deu a C. sua bênção e se foi. C. contou o fato a Laden Lha que lhe disse que havia sido enganado, que esse Lama nunca tinha vindo. Quando C. voltou à Inglaterra e descreveu o Lama, tratava-se do Tibetano, mas eu não lhe disse, porque o Tibetano não estava dentro de sua esfera de influência. Ele tinha estado frente ao Tibetano e havia falado com ele e não soube com quem estava falando. Mais tarde o General Laden Lha admitiu que o Lama tinha vindo falar com ele.

Vocês nunca podem dizer a uma pessoa algo como isso até que o conhecimento exista dentro do próprio ser da pessoa. [Para outra versão deste acontecimento, consulte a Autobiografia Incompleta de Alice Bailey, pág.165-166 da edição em inglês]


RK: Tenho uma confissão a fazer. Alice me deu um pedaço do incenso e me disse como o havia obtido. Guardei meu pedacinho, peguei uma peça maior e a parti e dei a metade para a minha irmã. Guardamos e quando voltamos para pegá-lo nenhum de nós o encontrou, embora a embalagem estivesse lá. Eu não o devia ter pego, não me pertencia. Então ela me deu outro pedaço e ainda o tenho.


AAB: Vocês veem o quanto estes dois exemplos são oportunos. Têm que ter algo em vocês mesmos para poder reconhecer o outro.


ES: Você fala «em sua consciência mais elevada». Como sabe que tem? Como pode provar a si mesma?


AAB: Depende de sua qualidade, de seu raio e do quanto ele esteja estabelecido. Algumas pessoas têm vislumbres de consciência superior. Algumas pessoas cultivaram o pensamento da consciência superior, mas não a têm. Você poderia definir «consciência superior» para mim?


ES: Não, quero saber o que é.


HR: Tenho certeza de que não poderia definir porque não a tenho.


AAB: Consciência é aquilo graças ao qual vocês sabem. A consciência superior seria a conscientização daquilo que não é o normal. Habilita-o a saber sobre o supernormal, o espiritual, o divino.


HR: Em um dos livros, o Mestre Hilarión disse que a consciência superior caiu sobre ele.


AAB: Creio que todos nós que estamos nesta sala temos algum toque de consciência superior, que também chamamos de consciência Crística ou consciência da Alma.


RK: Creio que podemos trabalhar da consciência superior.


AAB: Mas ainda é um esforço para a maioria das pessoas.


VH: Podemos conseguir na meditação.


AAB: Garanto que dificilmente uma pessoa toca esse nível na meditação. Vêm lampejos dela. «Eu sou a luz do mundo». Luz é algo que revela um horizonte perto ou longe. Pensamos em luz como uma forma de cor, entretanto isso não é luz. Luz é simplesmente um agente de revelação e a consciência superior é luz espiritual, que revela para nós realizações passadas das quais não sabemos nada. Não sei quantas pessoas fazem isso na meditação - não muitas, e certamente não constantemente, apenas às vezes.


RK: Você não acha que a consciência superior é o poder de se dar conta do significado?


AAB: É um dos seus efeitos.


HR: Quer me parecer que a nossa expansão de consciência é muito lenta e gradual em certa seção do Caminho. Depois alcançamos o ponto no qual não podemos ir mais além, e onde nos sentimos completamente cegos. Parece-me que todos deveríamos nos dar conta de que estamos quase no final de uma dessas grandes divisões do Caminho e nesses pontos nos sentimos completamente cegos.


AAB: A luz que está diante de nós é que nos deixa cegos.


VH: Mas não estamos nada próximos do final do Caminho.


AAB: Estamos nos aproximando do final, e alguém que se aproximou do final do Caminho do discipulado cobriu mais de quatro quintos do caminho. O resto deste Caminho tem como meta a liberação dos três mundos. Então algo mais se abre. O tema do Nirvana no livro Yoga Tibetana e Doutrinas Secretas de Evans- Wentz sempre me interessou. Permanecemos ante a porta aberta do caminho de evolução superior. Percorremos o Caminho de Luz, que é o Caminho da consciência, que é o Caminho do Cristo. Depois, quando tivermos percorrido e atravessado a etapa de ressurreição, percorremos o Caminho da Vida.


HR: Sabemos que o que nos referimos como consciência superior vem a ser algo tão diferente que não podemos imaginar o que será. Acho que é aí onde estamos agora. Isso é o que eu quero dizer com consciência superior, algo de que não sei nada. Quando se está no começo, a pessoa não se sente cega. A sensação de cegueira vem quando a pessoa está quase no final.


AAB: Conhecem a história dos três homens dos quais caiu a venda dos olhos? De repente tiveram uma imagem da luz e ficaram tão obcecados pela beleza do que viram que pensaram que haviam alcançado o final, o máximo, minimizaram os Mestres e reivindicaram a posição de salvadores mundiais. Realmente eles haviam feito contato, mas não é possível manter essa visão se as torna separatista e pessoal. No momento em que qualquer expansão de consciência os coloca fora do resto do mundo, vocês a perdem. Não é possível viver nessa consciência todo o tempo; não se está destinado a isso.


RK: A forma não poderia suportar.


AAB: Vocês não seriam de nenhuma utilidade no mundo. Uma das razões de que não sejamos iniciados é que não temos o mecanismo. Se um Mestre viesse e permanecesse nesta sala transtornaria o grupo. Sua poderosa força traria à superfície todo o mal e todo o bem que há no grupo, e em suas próprias vidas estariam desgarrados e seu efeito sobre o grupo seria tão mau e tão bom que não contribuiriam em nada para o grupo. O efeito da energia sobre o grupo e sobre alguém não preparado para suportar a tensão, que ainda não tivesse construído os corpos para acolher a vida do espírito, seria mau, e é por isso que o nosso conhecimento técnico excede a nossa realização.


RK: Por volta de 1930 tivemos uma reunião a portas fechadas. Havia alguém da Índia, e você (Alice) estava perturbada. No dia seguinte me perguntou o que eu tinha achado da meditação. Disse que a tinha achado tão potente que não havia dormido durante 48 horas. Você chamou FB e lhe disse: «RK também sentiu».


AAB: KH esteve presente durante e depois da meditação. O que a estimulou foi a presença de KH.


S: Há uma declaração na mensagem de Wesak deste ano que o Tibetano usou antes muitas vezes. Ele fala da organização e da coordenação das forças do bem. Fiquei impressionado com o fato de que as igrejas ortodoxas estão ficando de fora porque não começaram a pensar em termos de uma Hierarquia organizada. Fora da Igreja Católica, falta a ideia de organização.


AAB: O pensamento sobre a Hierarquia está chegando cada vez mais à consciência das massas. Um artigo sobre a economia mundial depois do Armistício falava de uma hierarquia de economistas. Esta palestra está assentando as bases para o aparecimento da Hierarquia, e creio que uma das funções de um grupo como este é, tendo compreendido sua Vontade, tendo cumprido com a Vontade e tendo elevado as nossas vibrações o mais alto que pudermos, que relacionemos então a Hierarquia com a humanidade. Então nada poderá detê-la.


RK: Isso é o que o Cristo disse: o que faz a Vontade do Pai conhecerá a doutrina.


AAB: Eu gostaria de pensar que todos nós neste grupo podemos passar da teoria e da crença para o conhecimento e para a experiência. Com frequência, tão pouco se há a fazer para liberar algo.


RK: É a abertura de uma janela para alguém que vai me liberar. É aí onde a maioria de nós falha. Há pessoas que estão implorando por um pouco de luz e não saímos para compartilhar a luz. Se o fizéssemos mais, viria mais.


M: Você acha que é um bloqueio cármico que mantém as pessoas para trás?


AAB: Quero crer que seja a preguiça, o desinteresse em fazer o esforço. Algumas vezes é só uma pequena coisa que impede a pessoa de ter êxito. Poderia ser o carma, ou poderia ser a preguiça.


G: O conhecimento não é sempre uma experiência intuitiva, e não é preciso desejá-lo?


AAB: A resposta está na declaração do Mestre KH: «Um adepto é a rara eflorescência de uma geração de investigadores». Vocês respondem às próprias perguntas. O próprio fato de que vocês sejam capazes de formular uma pergunta que invocará a intuição significa que há intuição em vocês, a qual pode dar a resposta. É a personalidade invocando a intuição. O fato de que estejamos aqui falando e buscando é a garantia do conhecimento superior.


C: Aquiescência, a disposição de receber e de ser.


AAB: Vocês têm que ter mais do que isso; essa é só uma das condições. Por isso muita gente fica em uma condição aquiescente e permanece negativa.


RK: O ocultista tem um problema difícil. Se vocês estão no mundo, aprenderam certas coisas, e é fácil expressar essas coisas, mas o ocultista tem um trabalho terrível ao se esforçar para unir, interpretar e dar o que tem ao mundo.


P: Escutem o canto da vida em seu próprio coração; e se o escutarem, então serão capazes de escutá-lo nos corações dos outros.


AAB: Creio que temos medo uns de outros. O trabalho de Triângulos, por exemplo - creio que todos poderíamos fazê-lo se quiséssemos.


P: Temos medo de que o que amamos não seja apreciado. Não sabemos como dar, e deveríamos dar, seja ou não apreciado.


AAB: Creio que é necessário haver discriminação. É óbvio que nem todo o mundo está preparado para o que temos a dar.


HR: Eu creio que estão preparados desde que possamos traduzi-lo e adequá-lo.


AAB: Não é função minha ir à Igreja Batista de um povoado e lhe ensinar esoterismo. Meu dever é encontrar aqueles que estão no Caminho de Provação e ajudá-los a se tornar discípulos. Trata-se de uma técnica específica. Mas não creio que tenha muito a dar ao público em geral. Creio que a Igreja Católica Romana é infinitamente mais útil às pessoas na Espanha e na Itália. Uma das coisas que temos que descobrir é onde estamos no caminho de evolução e então poderemos saber o tipo de pessoas às quais podemos ajudar. A maioria das pessoas não sabe qual é seu status espiritual; são muito humildes ou, pelo contrário, se sobre-estimam e então se tornam temporariamente inúteis.


N: Podemos fazer um bom uso da nossa posição e do nosso treinamento. Um homem que havia ajudado a milhares de pessoas teve uma depressão. Ele é muito piedoso, devotado e sincero. Este homem me chamou, me falou de sua dificuldade e me pediu ajuda. Fui vê-lo e o encontrei afundado em uma cadeira com os olhos sem brilho; havia perdido o interesse por praticamente tudo. Comecei a falar com ele e fiquei ali cerca de uma hora. Consegui que fosse dar um passeio. Quando voltou, jantou muito bem e dois dias depois me disse que era outra pessoa.


AAB: É disso que estava falando, é o que ocorre no Caminho do Discipulado. Um discípulo não pode estar com uma pessoa e não produzir algum efeito. Se um Mestre estivesse aqui produziria um efeito incrível sobre nós, para o bem ou para o mal, e um discípulo em uma volta inferior da espiral produz um efeito correspondente. Algumas vezes os discípulos produzem o efeito de evocar todo o mal de uma pessoa e então se culpam por isso.


M: Não é o que você faz, e sim o que você é.

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