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Alice Bailey - Diálogos com Estudantes da Escola Arcana


Sexta-feira, 2 de abril de 1943

AAB: Tenho aqui um documento que é parte dos escritos inéditos do Tibetano e que irá no último volume de Tratado sobre os Raios. (Nessa ocasião só os dois primeiros volumes estavam publicados). Há várias páginas relacionadas ao que acontece no Plenilúnio de Maio que acredito que seria útil lermos e debatermos, porque este próximo plenilúnio de maio é de importância muito grande. Há um claro sentimento de que muito do que ocorrer dependerá do que as pessoas espiritualmente orientadas do mundo fizerem entre agora e primeiro de julho. Abril, maio, junho - três meses completos nos quais trabalhar, e quero começar tão logo possamos com certos parágrafos deste texto.

Estamos nos aproximamos do ponto culminante do ano espiritual. É iminente e possível a maior Aproximação de todos os tempos. Muito depende dos aspirantes e discípulos do mundo, em especial daqueles que estão agora em encarnação física. Um significativo contato entre Shamballa e a Hierarquia, para o qual os Iniciados e Mestres se prepararam durante séculos, está em processo de consumação. Dentro de pouco tempo darei mais informações sobre o tema, com a intenção de introduzir na Terra a semente da nova religião mundial, que em uma instrução anterior sobre as Grandes Aproximações indiquei que poderia ser fundada e que conduziria ao real início de uma fé universal que atenderia a necessidade da humanidade durante um longo tempo. A Exteriorização da Hierarquia, pág. 387-388, ed. Inglês

Encontrei alguns textos sobre as Grandes Aproximações que acho que foram incorporados na última parte do segundo volume (Psicologia Esotérica, Vol. 2). Algo disto está ali, mas a parte mais interessante não está. Deveria sair com outros documentos para toda a Escola.

Tudo o que peço hoje é que comecem já uma cuidadosa preparação para o evento iminente no momento da Lua cheia de maio (Touro), de modo que as energias então postas em movimento possam ser ajudadas por seu pensamento dirigido, e vocês mesmos possam entrar mais plenamente na corrente da vida que aflui. A Exteriorização da Hierarquia, pág.388, ed. Inglês

Em seguida trata do fato de que o grande evento que acontece nos Himalaias é uma atividade grupal, que uma pessoa sozinha ou até mesmo umas quantas não seriam capazes de se proteger da força procedente do centro mais elevado do planeta. O objetivo do grupo é proteger o indivíduo do excessivo fluxo de energia. Se todos que estamos aqui pudéssemos ser receptivos à energia, esta poderia nos tornar mais eficazes do que somos atualmente. Creio que poderíamos ter em nossas mentes muito claramente esse futuro objetivo, mas somente virá quando todos estivermos fusionados e orientados por meio de alguma meditação ocultista de um tipo muito especial - um trabalho de tipo técnico. Quer me parecer que estamos começando a assentar os fundamentos desse tipo de trabalho.

Este processo de proteção e distribuição é uma das funções realizadas nas grandes reuniões em pleno da Hierarquia, sob a égide dos três Grandes Senhores (o Manu, o Mahachoan e o Cristo), no elevado e sagrado vale dos Himalaias onde, anualmente - depois da devida preparação - a Hierarquia faz contato com Shamballa, estabelecendo-se então uma relação entre ‘o brilhante e vivo centro’ e ‘o irradiante e magnético centro’, a fim de que ‘o passivo e expectante centro’ seja estimulado para seguir adiante na escala evolutiva’. Os Raios e as Iniciações, pág. 68 ed. Inglês

O centro mais elevado onde vive o Senhor do Mundo, o brilhante e vivo centro, a Hierarquia e a Humanidade.

A própria Hierarquia inclusive requer a proteção de todos os seus membros a fim de absorver corretamente as energias que chegam e em seguida distribuir sabiamente as forças da vontade divina nos três mundos onde reside Sua maior responsabilidade. A enfocada vontade de Deus, em suas implicações e aplicações imediatas, constitui o ponto de tensão do qual Shamballa atua para impulsionar a contingente realização do Propósito divino. Os Raios e as Iniciações, pág. 68-69 ed. Inglês

Em seguida, passa a se ocupar da questão das duas Grandes Invocações.

A grande invocação que dei recentemente, a primeira («que as Forças da Luz tragam iluminação à humanidade...») foi um esforço de minha parte para pôr em palavras o clamor invocador do gênero humano e dos homens e mulheres de boa vontade. O êxito indicou a força dessa boa vontade. A segunda («que venham os Senhores da Liberação...»), na realidade, só podem empregá-la com certa medida ou esperança de êxito os aspirantes, discípulos e iniciados, e devido a isso não se popularizou muito entre o público, embora na realidade, fosse mais potente e potencialmente eficaz. No entanto, foi essencial que ocorresse uma fusão dos dois grupos antes de que o chamado invocador de toda a humanidade pudesse ser potente e eficaz para evocar resposta. Os Raios e as Iniciações, pág. 71 ed. Inglês

No próximo Festival de Wesak e até a Lua cheia de junho (Gêmeos), incluindo os cinco dias depois dessa Lua cheia, peço-lhes que empreguem as duas Invocações (págs. 144 e 249), testemunhando assim a fusão da humanidade em um grande grupo invocador. Façam um esforço real para estar presentes e em formação grupal no momento exato da Lua cheia de maio (Touro) se sabem qual é, usando ambas as Invocações, com a crença de que estão verbalizando a vontade e o desejo unificados da própria humanidade. Ampliarei isto em minha mensagem de Wesak, mas quero fazer chegar a vocês, tão logo possível, de maneira que meu próprio grupo, em processo de treinamento, possa assentar as bases necessárias do trabalho que deve ser feito. A Exteriorização da Hierarquia, pág. 388 ed. Inglês

Este é um dos objetivos da Hierarquia (escrito em abril de 1943) no momento presente, enquanto se prepara para participar nos plenilúnios de maio e junho. Poderão as forças se organizar de tal maneira, e as energias se distribuírem de tal maneira que o bem, na mais plena medida, possa ser evocado pela humanidade mediante a invocação emitida por Shamballa? Esta evocação, para um novo ciclo de contato e liberação espirituais poderá ser impulsionada pela invocação de homens e mulheres de boa vontade? A vontade-para-o-bem das forças espirituais e a boa vontade da humanidade poderão se unir e produzir as condições em que a nova ordem mundial possa atuar? São essas as importantes perguntas que a Hierarquia está procurando responder.

É preciso lembrar que a Ciência de Invocação e Evocação constitui um esforço recíproco. A humanidade não poderia ser invocativa se a Hierarquia espiritual (e neste termo incluo tanto Shamballa como a Hierarquia planetária) não evocasse o espírito do homem. O clamor invocativo da humanidade é evocado pela invocação ou Som das Hierarquias espirituais. A responsabilidade do homem, porém, é, neste momento, invocar os Senhores da Liberação e o Espírito da Paz. São Eles os Seres que têm o poder de elevar a humanidade, uma vez que a raça humana tenha assumido a atitude correta. Na maçonaria correspondem ao grupo do terceiro grau que ascende a Mestre. Sua resposta ao clamor da humanidade depende, em grande parte, embora não totalmente, da qualidade desse clamor. Os Raios e as Iniciações, pág. 76-77, ed. inglês.

E para terminar diz:

Estenderei um pouco mais este conceito, assinalando que o clamor invocador da humanidade e da Hierarquia, emitido conjuntamente no momento das Luas Cheias de maio e de junho e, particularmente, no Festival de Wesak, será eficaz se a ‘luz fria’ dos aspirantes e discípulos do mundo e de todos os servidores altruístas, sem importar quem são nem onde se encontram, se unirem com a ‘clara luz’ dos iniciados e daqueles que podem atuar livremente como almas - os Membros da Hierarquia e, em menor grau, todos os discípulos aceitos. É esta a conjunção que se deseja e requer. Tais pessoas são relativamente poucas, comparadas à população do mundo, mas como estão enfocadas no ‘profundo centro’ e se caracterizam pela qualidade de fusão e unificação, podem ser enormemente potentes. Em consequência, peço a todos (durante as semanas prévias às Luas cheias de Touro e Gêmeos e nos cinco dias posteriores) que procurem ‘permanecer sempre no centro’ e se esforcem por fusionar a fria luz de suas personalidades com a clara luz de suas almas, a fim de trabalhar eficazmente durante as cinco semanas do período desejado. A Exteriorização da Hierarquia, pág. 388, ed. Inglês

O texto que está saindo para a Escola é o seguinte: Se o clamor invocador da humanidade, que é inconsciente, que é silencioso, for reunido e enfocado por pessoas como nós, e se a humanidade e o Novo Grupo de Servidores do Mundo, mais a Hierarquia, puderem formar uma unidade de invocação, e ser esta tão invocadora que certas grandes energias possam ser liberadas, trará a grande liberação, a Grande Aproximação.

Parece-me que, tal como outros milhares, nós não temos muito tempo para nos preparar, como o Tibetano assinala neste texto. Tal como o Tibetano está procurando nos preparar, outros Mestres estão preparando outros grupos, e tudo é possível se pagarmos o preço.


VH: O que quer dizer com «pagar o preço»?


AAB: Significa algo diferente para cada um de nós. Não creio que isto se possa fazer sem um preço. O Cristo disse que pela oração e pelo jejum. Suponho que a maioria de nós teve esta experiência; cada um sabe que algo espiritual está por vir e se dá os passos necessários, passará por isso, mas os passos preliminares são concentração, consagração e meditação; e no momento em que vocês fazem isso, fazem descer algo sobre vocês mesmos em relação com o preço a pagar, alguma coisa acontece. Posso pensar em situações passadas nas quais disse: «Só farei alguma coisa se puder experimentar isto ou aquilo». Se você passa por isso, algo acontece. O que é verdade para o indivíduo é verdade para o grupo. O grupo como um todo pode fazer o que o indivíduo fez. Repetidamente paguei o preço. Já se fez isso alguma vez como grupo? É esse o novo que está emergindo, as coisas que fazemos juntos. Vocês fazem isso em seu trabalho de meditação, mas isto é algo mais. O grupo emite um desafio para a Alma grupal para que algo aconteça. Não creio que isso tenha sido feito antes.


RK: Para que isso aconteça, este grupo teria que ter um conhecimento muito mais dinâmico e válido das necessidades da humanidade.


AAB: Não estamos nos aplicando.


RK: Não nos identificamos suficientemente com a necessidade.


AAB: Se não têm a coragem do coração flamejante, devem ter a coragem do desespero. Ambos os levam ao mesmo ponto. Pessoalmente, como indivíduo, renunciei ao desafio. Necessito da proteção do grupo e vocês também.


VH: Que outra coisa pode fazer o grupo além da meditação?


AAB: Não é um assunto de meditação; é a conquista de cada membro deste grupo de uma certa reação dinâmica que pode não se expressar externamente de maneira alguma, mas há uma fusão interna, um desafio que todos emitimos juntos. Agora me dou conta de que quando eu emitia o desafio havia alcançado o ponto no qual não dizia nada. Era uma questão de orientação e conquista em mim mesma que era uma invocação e evocava uma resposta. Isso é algo que este grupo tem que fazer. Ocorrerá quando cada indivíduo do grupo emitir o desafio, não para alcançar mais luz e conhecimento para si mesmo, mas sim pelo bem do grupo, quando cada membro do grupo tiver eliminado todas as barreiras.


W: Quando isso ocorrer, algo vai acontecer no grupo.


HR: Quando isso acontece, a pessoa está realmente sendo conduzida por algo interno. Quando isso acontecer, seremos conduzidos como grupo.


AAB: E então inauguraremos o novo ciclo, o novo ciclo para nós como grupo e para toda a Escola.


HR: Que passos sugere que devemos dar?


AAB: Creio que é algo que o grupo tem que considerar. Poderíamos chegar a algo se falarmos sobre isso.


W: Teria que estar certamente no indivíduo primeiro?


AAB: Todos nós estamos consagrados, creio.


W: Refiro-me a algo mais profundo que isso.


AAB: Algo que tenha raízes no próprio grupo.


W: Mas até que cada pessoa tenha a visão, haverá uma lacuna em algum lugar.


HR: Poderíamos ser capazes de alcançar uma nova captação na meditação.


AAB: Parece-me que a meditação seria um resultado disto, mas até que se produza, a meditação pode prejudicar. Poderia isolar alguns e desenvolver a outros. Nestes encontros quero falar somente em forma grupal, com intenção grupal, com o bem do grupo antes que o nosso.


HR: O verdadeiro método ocultista tem dois aspectos, não é mesmo? Um é o uso do Antahkarana, o esforço para estabelecer o vínculo perfeito com a Alma, e depois há outro aspecto, o uso da força. Vocês chamariam isso de meditação ou dariam um outro nome?


AAB: Eu não o chamaria de meditação. Creio que o processo autêntico vem quando se passa a etapa de meditação; tal ritmo espiritual interno foi estabelecido que não se faz nenhum tipo de meditação ocultista. Tudo o que se deve fazer é, digamos, girar uma maçaneta. Lembro quando me sentava para meditar. Imediatamente conseguia fazer um «clique» e em seguida minha mente se enchia com ideias relacionadas com o trabalho, de que forma estava manejando este problema ou outro. Tinha um caminho de luz fluindo para o trabalho, mas nunca do ponto de vista da personalidade.


C: Quando se é consciente da meditação, se é a personalidade.


AAB: Minha personalidade era consciente de que AAB não recebia nada em troca e que de todas as formas estava cansada de trabalhar. Entrei em um estado tão frenético que perdi o sono e o trabalho estava se ressentindo disso. Fui a um homem pelo qual sentia um grande respeito e lhe expus o meu problema. Ele disse: «Por que, para que estás meditando?» Eu disse: «Estou ensinando meditação e deveria estar meditando» Ele disse «Queres meditar para AB, para conseguir algo para ela?» O problema é não pôr tanta ênfase na meditação e nos resultados que obténs por meio da meditação, mas sim como RK assinalou, estar tão preocupado interiormente com a necessidade da humanidade que o clamor invocador seja emitido sem dizer palavras, e fazer que precipite um fluxo de energia para uso dos que estão no seu entorno. Não estou especialmente interessada em nenhuma brilhante novidade que atraia minha curiosidade. Estou interessada em saber qual é a necessidade e como atendê-la - a necessidade física, emocional e espiritual.


HR: É isso que quer dizer quando diz que estamos aprendendo diferentes significados da meditação?


AAB: Não havia pensado nisso dessa maneira. Tenho medo das palavras. Somos tão limitados em nossas terminologias. O que necessitamos são atitudes, orientação, reconhecimentos, invocações.


M: Em um dos textos da Escola, o Tibetano fala do trabalho ocultista técnico. Creio que ele quer que façamos algo técnico. Diz assim:

A tarefa da invocação, baseada na Intenção, Visualização e Projeção, foi cuidadosamente empreendida pelo discípulo, e ele tem pelo menos certa medida de clara percepção, com relação ao trabalho que realizou, pelo meio dual do viver espiritual e do científico e técnico trabalho ocultista. Portanto, ele próprio é invocador. O efeito de sua vida é registrado nos níveis superiores da consciência, e ele é reconhecido como ‘um ponto de tensão invocadora’.

Esta tensão e este reservatório de energia viva, que é o próprio discípulo, são acionados pelo pensamento projetado, pelo uso da vontade e pela entoação de uma Palavra ou Frase de Poder. Raios e Iniciações, pág. 493-494 ed. Inglês


AAB: Quero sentir que este grupo foi mais além dos aspectos técnicos da Escola Arcana. Teríamos que ter alcançado agora um ponto em que nossas Almas nos possuam e que o que estejamos dominando sejam os tecnicismos da Alma, da Vontade. O problema é que muitos de nós estamos tão preocupados com o que temos que fazer que isso passa por alto. Um dos problemas que encontro em meu contato com os estudantes na Escola é que estão tão preocupados com os tecnicismos - alinhamento, integração, registro do que ouvem e veem e sentem na meditação - que o processo adquire mais importância que a etapa que denominamos contemplação. Quando contemplo uma vista maravilhosa não estou dizendo a mim mesma que estou contemplando e vendo uma vista maravilhosa porque tenho o mecanismo, os dois olhos, para vê-la. O que me interessa é o que estou vendo. Creio que deveríamos ter alcançado essa etapa do processo meditativo na qual podemos fazer o que fazem os Mestres, contemplar a humanidade, o processo e os métodos pelos quais a necessidade da humanidade pode ser satisfeita, mais do que estar preocupados com nós mesmos.


HR: Se toda a atenção está sobre a humanidade, não se está absorvendo energia e transmitindo-a para ela?


AAB: Eu me torno um canal, mas não pensaria nisso. Quando digo que estou contemplando a humanidade e que sou um canal para a energia, eu tirei da mente o que estou contemplando e a coloquei em mim mesma. Creio que isso é do que nos temos que nos liberar. Estaríamos tão preocupados com o grupo e suas funções que como indivíduos desapareceríamos do quadro. Estou convencida de que se estivermos corretamente orientados, estaremos vendo corretamente, estaremos identificados com as forças espirituais do mundo, automaticamente as coisas ocorrerão por meio deste grupo e por meio do grupo mundial de servidores, e será tão enorme que conseguiremos registrá-lo.


P: Não é isto um estado de ser sustentado? Somente estaremos preocupados com a raiz, e o resto seguirá de acordo com o Plano. A planta não pensa em produzir flores. A vida está na raiz. Se sustentarmos esse estado dinâmico de ser e de centralização, então se produzirá o crescimento de acordo com a lei, e não teremos que gastar nossa vida nos detalhes. Tudo se expressará automaticamente.


AAB: Sim, lançamos as raízes para baixo e damos frutos em cima.


S: Deveria ser eliminada a linha sobre o perdão na primeira parte da Grande Invocação?


AAB: O Tibetano me ditou isso ontem, e o perdão está nela.


FB: Historicamente falando, creio que foi posto depois da primeira apresentação. A primeira vez que a tivemos, a linha sobre o perdão não estava nela, mas foi posta mais tarde. Madame Chiang o ressaltou recentemente, e na última versão a palavra perdão foi colocada de novo. Quando veio a guerra, o dia do perdão estava fora de questão.


AAB: Tal como a palavra paz não é compreendida atualmente.


RK: Você chama a nossa atenção sobre três palavras descritivas: Shamballa, Hierarquia, Humanidade. O trabalho deste grupo particular deve estar entre o centro aquiescente e o centro irradiante. Como nos alinharmos entre esses dois grupos poderia ser um tema de debate. O centro agora não é aquiescente. Como poderíamos ajudar a torná-lo aquiescente?


AAB: O centro brilhante e vivo, o centro irradiante e o centro aquiescente. Aquiescente é algo positivo, não negativo.


RK: Aquiescente não ao que é, e sim à visão. Temos que ser a visão e dá-la às pessoas. Estávamos falando sobre a consciência, uma relação entre elementos. Para mim a consciência é a relação entre o significado e sua expressão na forma. Neste sentido o significado seria o que significa a Hierarquia, e sua expressão na forma seria a humanidade aquiescente recebendo o que a Hierarquia está nos enviando, e teríamos que ser conscientes em duas direções.


AAB: No momento do plenilúnio, estaremos preocupados com nossa técnica ou fusionados com o grupo? Se vamos estar preocupados com a técnica, não estaremos fazendo o que é necessário fazer. Neste texto específico DK está ensinando às pessoas como unir a Mônada, a Tríade Espiritual e a personalidade, eliminar a lacuna entre Espírito e Matéria, mas não entre Espírito, Alma e Matéria. Isso não tem nada a ver com o trabalho que ele deseja que façamos no momento do Plenilúnio. Será um obstáculo se vamos estar preocupados com isso. Eu não vou estar preocupada com isso nos próximos dois meses. Vou estar preocupada com a necessidade da humanidade e a habilidade do grupo de se inflamar com o desejo de atender a necessidade.


P: Toda esta linguagem sobre o compromisso é meramente simbólica de algo que não se pode pôr em palavras. O que conta é o significado espiritual que está por trás das palavras.


AAB: Quero pensar que chegamos além disso. Não há palavras para expressá-lo. É questão de uma atitude que tomamos como indivíduos e especialmente a atitude do grupo. Se este grupo pode, durante as próximas oito semanas antes do Plenilúnio de Junho, alcançar um certo ritmo, atitude e relação grupal, para a humanidade e para a Hierarquia, o grupo se retirará do cenário, e o que ficará será a humanidade e a Hierarquia e então seremos um elo.


N: Sinto que estamos fazendo o trabalho da Cruz Vermelha espiritual em todo o mundo. Parece-me ter estado em lugares onde as pessoas sofriam muito, apoiando essas pessoas em uma grande esperança e aliviando a dor invisível, mas a pessoa o perceberia. Isto aconteceu em momentos de intenso pensamento sobre o grande sofrimento do mundo.


AAB: Não acham que é possível que em vez de estar preocupados com a técnica e com o sofrimento, o que se pretende é estar preocupados com a revelação e a liberação que possamos trazer para a família humana, se como grupo podemos «captar e transmitir»? Fazemos isso pela visão da grande aproximação de certas grandes energias, pelo reconhecimento das grandes forças liberadoras que podem ser liberadas na humanidade. Quando forem liberadas, a humanidade fará o resto. Nossa função é liberar na Terra o que está a caminho, se formos capazes de precipitá-lo. Não temos que estar preocupados com o que haverá de se cumprir, e sim com o que está vindo, se pudermos manter a atitude que o possibilite.


VH: Eu me pergunto se aqui há alguém que é consciente de captar, quando está sereno, um grande caminho de luz que entra e sai na mesma direção.


AAB: Creio que muita gente faz isso. O que temos que fazer depois é obtê-lo como grupo.


RK: Irradiação dinâmica, dinamicidade e irradiação - não vem e vai; é.


AAB: Estou procurando pôr minha consciência na consciência de todos vocês. Temos que nos afastar da ideia de que estamos recebendo, transmitindo. O que importa é que estamos cooperando com a Hierarquia, que por sua vez está cooperando com Shamballa. Há uma linha de força. Não estou interessada no que recebo nem no que dou, e sim em todos nós juntos atendendo a necessidade da Hierarquia.


HR: Nos textos se fala de reunir a força da humanidade em nós. O que o Cristo faz é invocar, reunindo toda a força da humanidade em Si Mesmo.


FB: Creio que todos nos sentimos um pouco confusos sobre o que fazer exatamente entre agora e o Plenilúnio de Maio a fim de cumprir a nossa parte, e é aí onde vem a ideia da técnica. Foi sugerido que nos enfoquemos na necessidade da humanidade, na visão, no fato de que esteve emergindo firmemente na Escola um reconhecimento de nossa relação com a Hierarquia. Sugiro que no primeiro encontro deste grupo talvez pudéssemos invocar para a Escola uma consciência mais profunda da Hierarquia. O que queremos fazer nesta época concreta dos Plenilúnios de maio e junho é cooperar com a Hierarquia. Nossa função é fazer o que a Hierarquia deseja que façamos, e creio que podemos ser muito simples e trabalhar com nosso desejo, nossa intenção e nossa vontade, individualmente e como grupo, para fazer tudo o que eles desejam que façamos. Isso significa refletir sobre a Hierarquia e sobre o que deseja que façamos. Então nos esqueceremos de nós mesmos e nos perderemos no trabalho. Quando chegar o momento vocês simplesmente o farão e não pensarão nisso. Creio que o que necessitamos como grupo é nos aproximarmos conscientemente da Hierarquia, grupalmente, a fim de que possamos desempenhar nossa parte no que eles estão procurando fazer, em uma época específica, por um breve período de tempo; pôr nossa vontade espiritual em fazer o que a Hierarquia quer que façamos neste momento.


AAB: O Tibetano nos diz que temos que «resumir em nós o clamor invocador da humanidade».

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