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BOA VONTADE - TRIÂNGULOS


Técnicas da Boa Vontade

NOTAS DE INTRODUÇÃO

Muitas pessoas, interessadas pelo desenrolar dos assuntos mundiais, sentem a necessidade de achar novas formas para ajudar a resolver os problemas mundiais. Desejam trabalhar de formas novas, práticas, e, entretanto, em geral, não sabem como começar, nem sabem o que podem fazer.

Alguma coisa deve ser oferecida, algo que esteja baseado nas qualidades humanas essenciais de amor e de compreensão, algo que seja o suficientemente prático para assegurar resultados positivos.

A energia da Boa Vontade é a mais contagiosa qualidade humana que pode ser utilizada com eficácia. E o que mais se necessita hoje no mundo são atividades baseadas sobre um uso mais amplo desta energia dinâmica e harmonizadora.

As técnicas a seguir foram desenhadas para dar um guia prático a todos aqueles que têm boa vontade em seus corações e que querem contribuir para construir a estabilidade no mundo, uma paz que esteja baseada em valores mais seguros que os do passado, uma paz baseada numa planificação mais justa e sincera, cuja base seja o desenvolvimento do espírito de compreensão e de cooperação.

Estas técnicas possuem em si mesmas a força necessária para derrubar e construir uma nova ordem mundial, mais adequada às demandas inteligentes e às necessidades de toda a humanidade. Elas podem ser utilizadas pelo indivíduo ou desenvolvidas para uso grupal. São técnicas flexíveis e adaptáveis a qualquer circunstância.

A CIÊNCIA DA BOA VONTADE

O uso inteligente da Boa Vontade é uma ciência. Existem técnicas definidas que podem ser utilizadas. Em primeiro lugar deve-se localizar e habilitar a fonte de Boa Vontade, e em segundo lugar deve-se utilizar esta energia inteligente e construtivamente no próprio meio ambiente.

Muita gente confunde as ideias sobre a Boa Vontade. Tendem a vê-la como algo ineficaz, como benevolência passiva ou uma atitude sentimental. Estas são más interpretações que devem ser corrigidas.

A Boa Vontade tem a ver com o possuir corretas atitudes, que não é nem ineficaz nem negativa. É uma energia positiva e dinâmica. De fato, é “a vontade de fazer aquilo que é bom”, é uma energia progressiva e plena de propósito e que pode ser utilizada efetivamente por aqueles que trabalham para o progresso da humanidade.

A Boa Vontade possui qualidades benéficas que produzem efeitos igualmente mágicos nas relações humanas. Sua influência magnética e contagiosa facilita a solução de todo tipo de problemas de relação. Todo problema humano pode ser resolvido se a energia da Boa Vontade é utilizada de maneira prática e criativa, mas não será possível achar soluções duradouras e satisfatórias se esta energia está ausente.

A potência da Boa Vontade é resultado da sua própria natureza essencial que é um aspecto do amor divino, e o amor divino é a mais poderosa energia do verdadeiro amor ao qual a humanidade, no seu presente estágio de evolução, pode responder e expressar de forma prática.

A energia da Boa Vontade é a mais potente e abundante energia disponível nesta época e por intermédio do seu uso, deliberado e científico, a humanidade será capaz de resolver os urgentes problemas mundiais e estabelecer corretas relações humanas no planeta.

A fonte da Boa Vontade encontra-se nos níveis espirituais e todo o mundo tem acesso a ela. Cada um de nós, através de nossas mentes e corações, está ligado aos níveis espirituais internos da consciência da alma e da Hierarquia Espiritual, a Deus e à totalidade do universo. Cada um de nós é parte de um grande e subjetivo sistema de relações, que pode ser chamado sistema vertical de relações.

A Boa Vontade e outras energias espirituais estão constantemente fluindo através desse sistema vertical disponível a todas as mentes e corações humanos, sendo por sua vez uma poderosa influência sobre os assuntos humanos. Nosso contato com este sistema pode ser mantido e reforçado através do uso enfocado e controlado da mente e das emoções, o que até certo ponto é conseguido pela prece, mas é através do uso controlado da mente na meditação que podemos cientificamente habilitar a fonte da Boa Vontade e prover um canal através do qual ela possa fluir, para o nosso próprio uso e para os demais. Cada um de nós é parte de outro sistema de relações, compreendendo nossas relações com nossa família, com as pessoas com quem trabalhamos, nossos amigos e vizinhos, os grupos e organizações com os quais estamos em contato, nossa comunidade local, nossa nação e toda a família de nações. Esta complexa rede pode ser chamada nosso sistema horizontal de relações. Dentro deste sistema ocorrem todos tipos de dificuldades, aparecem os conflitos que causam dor e sofrimento e desenvolvem-se os problemas para os quais, em geral, parece não haver solução. De vez em quando se apresenta uma completa ruptura nas relações. Somos nós mesmos quem contribuímos para estas dificuldades, e está dentro da nossa capacidade ajudar a resolvê-las. Podemos fazer isto pelo uso inteligente da Boa Vontade.

O primeiro passo é nos vincular com o sistema vertical de relações, e pelo uso do pensamento e da meditação, nos converter em canais disponíveis para a entrada de energia vital e harmonizadora através de toda a rede horizontal.

Podemos irradiar Boa Vontade poderosa e sistematicamente por meio do poder do pensamento. Também assim podemos irradiá-la mantendo corretas atitudes e baseando nossas decisões no princípio do maior bem para o maior número de pessoas e também ter uma ação positiva para assegurar que todas as nossas relações funcionem sobre uma base reta e apropriada para o bem de todos os que nela participam.

ATUANDO NO MEIO AMBIENTE

A energia da Boa Vontade é a mais abundante e poderosa energia disponível para todo o mundo. Se o mundo a utilizar deliberada e cientificamente, será capaz de resolver os urgentes problemas com os quais luta. Entretanto, como pode o homem ser persuadido a usar essa energia? Em geral ela está adormecida e não utilizada, uma potência enorme e ainda não desenvolvida.

A ausência da Boa Vontade é uma das causas fundamentais dos problemas humanos. O poder de solucionar estes problemas está nas mãos dos homens e mulheres de boa vontade. Precisam sair da inércia e atuar demonstrando assim a efetividade desta poderosa energia.

Esta energia pode ser utilizada de diversas formas, pode ser expressa pelo pensamento, pelo sentimento e pela palavra falada. Também pode ser dinamicamente manifestada através da ação prática. Tomar partido em alguma área das necessidades humanas, trabalhar criativa e construtivamente pelo interesse do bem-estar humano, é uma poderosa e prática expressão da Boa Vontade.

Cada um de nós está rodeado de incontáveis oportunidades para atuar, que temos que aproveitar e tê-las muito em conta. Devemos responder às necessidades humanas na medida que se manifestam em nosso redor, no lugar em que trabalhamos e onde vivemos. Devemos atuar, principalmente, por própria iniciativa.

O estabelecimento da Boa Vontade começa com o compromisso individual na ação dinâmica. Um pequeno começo será como acender a chama. Uma vez começado, a energia começa a fluir. Na medida que o trabalho progride, a energia flui com mais abundância, fazendo do indivíduo um canal no seu próprio meio ambiente.

Não existe risco de que a energia se esgote. É infinita e nunca falha. Mas, se alguém deixa de trabalhar, então a energia deixará de fluir. Inversamente, quanto mais duro alguém trabalha, mais potentemente ela fluirá.

Os homens e mulheres de boa vontade são potencialmente o mais rico capital em cada nação, e podem ter uma tremenda influência quando estão corretamente associados. Existem milhões de pessoas de boa vontade hoje em dia, mas muitas estão tão afligidas pela incerteza, com um sentido de futilidade, e com falta de visão e de liderança, que permanecem inativos. Precisam ser inspirados, alentados e que se lhes ensine como utilizar a poderosa energia à que terão acesso. Então, tudo será melhor realizado quando houver um exemplo pessoal em ação.

Há uma grande necessidade de liderança baseada na Boa Vontade. A ação coletiva começa no indivíduo. Uma pessoa atuando positivamente invariavelmente estimulará outros à atividade. Uma pessoa dando o exemplo do bem transformar-se-á em algo reanimador para os homens e mulheres de boa vontade. Um exemplo positivo invariavelmente é o melhor chamado à ação.

Um grupo de pessoas trabalhando unido é muito mais poderoso e efetivo que a soma de suas contribuições individuais, porque a energia da Boa Vontade flui mais abundantemente através de um grupo unido do que através de suas unidades separadas. É dito que duas pessoas trabalhando unidas incrementam sua potência à de três, e que três pessoas o fazem por sete. Assim o poder do fluxo da energia continuará incrementando-se numa progressão geométrica, na medida em que novas pessoas se unam ao grupo.

Resumindo, a energia da Boa Vontade pode ser comparada a uma corrente elétrica. Assim como a eletricidade necessita ser conectada para que a corrente flua, a energia da Boa Vontade pode ser usada e conectada em quantidades práticas para prover “luz”, “calor” e “circulação de potência” para a transformação do próprio meio ambiente.

Utilizando novamente a analogia elétrica, na medida em que um trabalho com a energia da Boa Vontade é estabelecido um “campo eletromagnético” ou aura no próprio meio ambiente capaz de atrair e orientar aqueles que entram na sua área de influência.

A BOA VONTADE DESTRÓI AS BARREIRAS E CONSTRÓI CORRETAS RELAÇÕES

“Que a união interna seja demonstrada e que cessem as divisões externas”. “A mobilização de um grupo de homens e mulheres de boa vontade não é um sonho místico que espera por Deus para ser realizado ou depende do futuro para endireitar as coisas”.

Um efeito da boa vontade é que revela as divisões. No presente existe um amplo reconhecimento das divisões que acontecem na vida política, social, econômica e religiosa de toda parte. Existem divisões entre indivíduos, grupos e nações. Mas esta revelação das divisões vai acompanhada pelos esforços para eliminá-las, o que é evidente na atividade de milhares de grupos e de organizações que trabalham para derrubar as barreiras contra as corretas relações humanas.

Ante os problemas da separatividade, a boa vontade se manifesta de três formas:

1 – Revelando a divisão.
2 – Derrubando as barreiras e os muros da separatividade.
3 – Construindo pontes para restabelecer retas e sãs relações.

Como podemos participar desta tarefa de construção e ajudar que estes esforços sejam mais efetivos do que são?

Podemos começar com um diagnóstico de nossas próprias atitudes para com a boa vontade. Temos boa vontade não só com relação aos nossos semelhantes, mas também para conosco? Em geral nossos esforços estão bloqueados por nossos próprios fracassos e sentimentos de inaptidão, como também nossa aparente incapacidade. Podemos começar com a tarefa de curar nossas próprias divisões internas. Uma atitude de boa vontade para conosco mesmos pode simplificar nossas vidas e nos permitir ser um exemplo na expressão da boa vontade nas relações, eliminando as divisões no lar, nos negócios e entre as nações.

Na construção de retas relações e em reparar as divisões, necessitamos reconhecer outro efeito de uma atitude prática da Boa Vontade: a visão de novas alternativas.

Nossa percepção do mundo, à qual pensamos ser verdadeira, está determinada, em grande medida, por nossos valores e atitudes. Muita gente se caracteriza pelo que Franc Goble, do Centro de Investigações Thomas Jefferson, chama de “percepção polarizada”. Esta percepção polarizada significa a tendência de confundir uma verdade parcial com uma verdade total”.

Em abril de 1972, Mr. Goble divulgou uma investigação demonstrando que o cérebro é capaz de registrar um número muito limitado de “itens independentes” de informação ao mesmo tempo. Como um rádio, a mente sintoniza as diversas mensagens às quais está exposta, tomando-as uma a uma. Nossas atitudes básicas determinam aquilo que nós filtramos em nossa percepção e, portanto, influem em nossa concepção da realidade.

É fácil ver, então, como podem ser interrompidas as comunicações entre as pessoas que veem somente um aspecto da situação. Mr. Goble conclui: “o conceito de percepção polarizada nos ajuda a compreender por quê às vezes a gente rechaça tão violentamente temas como política, religião, raça, economia, e tantos outros. O conceito ajuda você a reconhecer a sua tendência para confundir uma parte da figura com o quadro inteiro”.

Acontecem muitas divisões entre indivíduos ou nações que têm ideias fixas e opostas. Uma atitude de boa vontade ajuda a reconhecer que as diferenças entre as ideias fixas são o resultado das diferenças na percepção. Tal reconhecimento nos assinala um novo panorama no campo das comunicações. Abre as comunicações à impressão de novas ideias e mais ainda, abre as comunicações entre gente de diferentes pontos de vista.

Até agora o efeito da opinião pública foi sentido em tempos de crise, em resposta a algum evento simples. Tal clamor é usualmente uma reação contra alguma injustiça ou erro que foi ou que vai ser cometido, posto que até o presente não se fez nenhum esforço para mobilizar a opinião pública mundial para metas de maior alcance ou ao longo de linhas mais positivas.

O impedimento de tal mobilização é a ausência de uma forte coesão nos interesses da humanidade como um todo. Os esforços são geralmente de ordem nacional, regional ou cultural. Entretanto, um maior interesse pela humanidade deve ser promovido se é que vamos enfrentar os problemas que nos enfrentam como cidadãos do mundo.

Como é que a opinião pública mundial pode ser organizada em termos de Boa Vontade?

1 – Buscar similitudes nos problemas que aparecem em duas ou mais nações.

2 – Averiguar as soluções que são oferecidas em outras áreas, que tiveram êxito ou que fracassaram.

3 – Buscar aquelas pessoas e grupos que investem sua energia e dinheiro em educar e estabelecer programas de caráter criativo e inclusivo, ao invés de atacar as sugestões e personalidades de outros grupos.

Um primeiro passo para criar uma opinião pública dinâmica é a educação para a boa vontade nas atividades que estão acontecendo em todo o mundo. Nunca antes houve tantos grupos e organizações esforçando-se para satisfazer as necessidades humanas de forma construtiva. A tendência no pensamento humano para o cessar dos conflitos indica um grande passo para frente nos assuntos humanos. Os processos para resolver os conflitos não estão ainda completamente ativos, mas a tremenda aspiração para a harmonia está lentamente distanciando as pessoas das divisões e da separatividade para o uso da energia da Boa Vontade para produzir corretas relações humanas.

A SOLUÇÃO DO CONFLITO ENTRE O VELHO E O NOVO

Se os assuntos mundiais vão ser transformados de modo que levem ao estabelecimento de corretas relações humanas, é essencial que os novos valores emerjam de dentro das formas da vida da humanidade. E, na medida que estes valores vão aparecendo, é evidente que se põem em conflito com os valores contemporâneos que são característicos do passado.

Onde deveria haver inclusividade, cooperação, preparação e responsabilidade para o bem comum, encontra-se a separatividade, a competição, a ambição e a irresponsabilidade.

Ali, no meio do conflito entre o velho e o novo encontram-se os homens e mulheres de boa vontade de todo o mundo, procurando estabelecer corretas relações humanas. Eles estabelecerão um grupo de magnitude mundial que será o agente e o meio pelo qual os assuntos mundiais serão transformados. Mas, enfrentando este problema, eles encontram um desafio fundamental: como pode ser resolvido o conflito entre o velho e o novo?

Um primeiro passo para responder esta pergunta é examinar o conflito da perspectiva das forças. Um conflito é, essencialmente, o choque de duas forças opostas. Uma força pode manifestar-se mental, emocional ou fisicamente. Uma força pode tomar a forma de uma ideia, de uma aspiração, de um desejo ou de uma ação física. Outra característica da força é a vontade, a intenção ou o motivo que a impele ao longo de uma direção. Então, quando as forças se reúnem numa forma física, emocional ou mental e seus motivos impulsionadores estão em oposição uns com os outros, aparece o conflito.

Uma visão dos assuntos humanos desde a perspectiva da força revela duas grandes forças lutando pelo domínio em todas as áreas da vida humana. Existe uma força de evolução procurando estabelecer corretas relações humanas, uma nova civilização e uma nova consciência. Também existe uma força de involução que está presente em todas as formas e condições da vida e que impede o desenvolvimento evolutivo no reino humano.

A força evolutiva é a própria força da divindade esforçando-se sempre por uma maior perfeição na manifestação material, e aqueles que afirmam um princípio divino no homem e no universo, não deveriam passar por alto o fato de que este princípio deve, necessariamente, ser desenvolvido nos assuntos mundiais. Tal princípio está presente nas visões, ideias e ideais que guiam a humanidade de um estágio evolutivo a outro, em qualquer período da sua história.

Hoje em dia a força evolutiva demonstra-se na visão de uma humanidade e de uma civilização global, baseada no princípio da unidade na diversidade. Esta força está presente nos valores de inclusividade, cooperação, participação e responsabilidade para o bem comum que deve caracterizar agora a política internacional, a economia mundial, e as relações entre as raças, a religião, e todas as áreas da vida humana. A força evolutiva se manifestará através de todas as ações empreendidas pela humanidade, e levará a consciência espiritual à vida física e à subsequente realização da sua unidade.

Em contraste, a força involutiva toma a forma de antigos ideais e de hábitos de pensamento que serviram no propósito de trazer a humanidade ao seu presente ponto de desenvolvimento, mas que devem agora desaparecer, se a nova era deve ser introduzida como é desejado.

A força involutiva é a inércia daquelas tendências separatistas e egoístas que, se fosse permitido a elas o domínio, produziriam uma limitação da vida e a sua eventual destruição.

Compreendendo o conflito básico nos assuntos mundiais em termos de força, o rol dos homens e mulheres de boa vontade seria evidente: a função do Novo Grupo de Servidores do Mundo é conquistar um equilíbrio das forças de desintegração e de destruição, realizando em si mesmo as forças de integração e de construção.

Para compensar a força involutiva, os homens e mulheres de Boa Vontade necessitam encarnar a força evolutiva que estabelecerá uma nova ordem mundial.

A palavra “encarnar” possui a chave para a compreensão de como a boa vontade pode harmonizar o conflito entre o velho e o novo, de tal maneira que contribua para o desenvolvimento do Plano Divino. O dicionário Webster define a palavra “encarnar” (embody) como: “dar corpo a”, “fazer algo concreto e definido”.

Então, para encarnar esta força evolutiva, os homens e mulheres de boa vontade devem dar forma a esta força em suas próprias vidas, através de suas palavras, aspirações e ações. E isto é assim porque eles estão servindo de canais de força, para a força que criará a nova ordem mundial.

O processo de encarnar a força evolutiva é focalizado na consciência sobre a construção daquelas formas que farão emergir a nova era e, por meio desse enfoque no fator desta construção, deixa-se de atacar aquelas formas que estão impedindo o progresso e assim aparece uma tendência gradual para a estabilização e a harmonia.

O conflito entre o velho e o novo não será satisfatoriamente resolvido por meio de ataque às formas que encarnam a força involutiva. O ataque somente leva a mais divisão, à separatividade e a uma postura de uma mais forte defesa e, portanto, ao reforço daquelas formas que está se buscando eliminar. Quando alguém ataca o negativo, está se dando a ele maior poder.

Que os indivíduos “não resistam ao mal, mas que se organizem e se mobilizem para o bem, de modo que reforcem as mãos dos trabalhadores que estão do lado da retidão e do amor. Então, o mal encontra menos oportunidade”.

A efetividade do encarnar as forças evolutivas, de promover e alimentar o positivo mais do que atacar o negativo, está demonstrada num artigo escrito por Elisabeth Mann Borgese no “The Center Magazine”. Escrevendo sobre o tema da investigação do uso pacífico dos oceanos organizado pelo Centro para os Estudos das Instituições Democráticas, ela assinala: “No Centro de nossos trabalhos oceânicos achamos algo que pode ser uma nova abordagem para a paz e o desarmamento. Duas coisas vêm ser claras, as necessidades industriais e as necessidades militares no conflito do espaço oceânico. À medida que a necessidade industrial aumenta, as necessidades militares estão limitadas a retroceder. Em nosso trabalho sobre os oceanos, portanto, não impomos o desarmamento como um requisito prévio para o estabelecimento de um tratado oceânico. Tal proposta não teria nenhuma esperança. Ao contrário, se as necessidades pacíficas do espaço oceânico e da cooperação econômica nos oceanos prosseguem, as necessidades militares serão deixadas de lado e a guerra entre os membros de um tratado oceânico será tão improvável como o é entre os membros da Comunidade Econômica Europeia”.

O reconhecimento de promover o positivo mais do que o de criticar o negativo é também evidente nos recentes desenvolvimentos dos movimentos da juventude do ocidente e no trabalho das Nações Unidas. Comentaristas dos movimentos da juventude têm assinalado que o relativo aquietamento da juventude durante os anos recentes não se deve à apatia, mas, ao reconhecimento de que o único verdadeiro caminho para transformar o mundo não é o de atacar as presentes condições existentes no mundo de hoje, mas o de tomar parte ativa para que uma transformação positiva das condições possa ocorrer.

“Se você não é parte da solução, então é parte do problema”, diz um ditado popular. Assim, vinte por cento dos esforços das Nações Unidas estão dirigidos ao trabalho da paz, da criação de relações cooperativas e interdependentes em diversas áreas da atividade humana, servindo tudo isso como bases para a nova ordem mundial.

Hoje, a positiva força evolutiva é iminente em cada área da vida humana. Os homens e mulheres de boa vontade que reconhecem que suas vidas estão inseparavelmente inter-relacionadas com a totalidade e que eles influem no todo através da força de suas idéias, aspirações e ações, precisam aprender a encarnar em suas vidas aquela força que trará a emergência do novo homem e da nova civilização. Isto requererá aprender a discernir entre a força evolutiva e a involutiva à medida que elas aparecem no mundo dos assuntos humanos.

Na medida em que todos os seres do mundo tomarem cada vez mais parte ativa em promover a força evolutiva da divindade, o equilíbrio nos assuntos mundiais será conseguido, levando à humanidade ao seu próximo grande passo.

O PRINCÍPIO DA UNIDADE

A Unidade Existe. A vida é una. Espargidos através de todas as épocas, os grandes intuitivos deram testemunho, repetidas vezes, da unidade que subjaz na diversidade de formas. No presente, as descobertas científicas estão revelando rapidamente a unidade que abarca toda a vida. Com a alegria e a segurança deste conhecimento os homens e mulheres de boa vontade podem estabelecer o fim de todas as divisões.

“Sob o céu, uma só família”, disse Confúcio. Hoje, através da investigação da interação das diferentes formas de vida, a ciência determinou que há uma cadeia de vida, estendendo-se desde o mais diminuto protozoário até o homem. A cadeia da vida está, portanto, composta de interdependências e de inter-relações, o que é denominado ecossistema, embora o homem crê que a satisfação de suas necessidades egoístas pode assegurar a sua interferência e a destruição do delicado equilíbrio da natureza.

Sócrates disse que “quando te perguntarem de que país és, nunca respondas “sou ateniense”, ou “sou coríntio”, mas digas: “sou um cidadão do mundo”. Hoje, nações individuais persistem na crença de que seus interesses nacionais são distintos da humanidade una, e que a satisfação desses interesses nacionais é mais importante que qualquer injustiça que possa resultar de tal ação nacionalista, em prejuízo da humanidade.

Certamente pensa-se que o povo de uma nação é diferente do resto da humanidade, e que a unidade individual é mais importante que o todo.

As nações lutam pela superioridade militar, a vantagem política e a satisfação da ambição financeira, mantendo como um desafio sua separatividade; enquanto que através da genética, a ciência tem revelado que geneticamente não existem povos ou raças em separado, mas uma humanidade una. A diversidade das raças não se deve a diferenças genéticas. Todas as raças e todos os povos compartilham uma base genética comum, e o que determina as diferenças na aparência física é simplesmente a maior frequência de concorrência de certos genes, mas os genes são compartilhados por toda a humanidade. A própria seleção natural do meio causa a maior frequência ou aparecimento de genes, do mesmo modo que o meio cria diferentes culturas.

O estudo científico da genética tem provido uma base factual para o reconhecimento da irmandade do homem, apoiando a afirmação de São Paulo: “Deus fez de um só sangue todas as nações”.

São Paulo afirmou a unidade da vida como “o uno em quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser". A física nuclear reduziu todas as formas de vida a uma essência que penetra todo o universo: a energia. Ademais, recentes avanços no campo da Psicologia tem revelado que durante uma elevada percepção da realidade numa experiência de “pico”, este mundo, não outro, é visto como uma unidade intrínseca. Não obstante, os homens continuam marcando as suas diferenças mais do que a suas similitudes. Eles se recusam a subordinar os seus desejos egoístas individuais ao bem de uma totalidade maior.

Tal egoísmo, seja nacional, racial, político, econômico, religioso ou individual, baseia-se na “Grande heresia da separatividade”. A separatividade está determinada pela crença que o homem é por natureza um ser isolado, independente de uma totalidade maior “não existente”, e, portanto, não tendo nenhuma responsabilidade. Além de ser uma contradição com as visões da humanidade através das épocas, tal crença é agora uma direta contradição da verdade científica.

Nas palavras de Barbara Ward em “Uma Só Terra”:

“A assombrosa abordagem de nossa profunda compreensão da realidade durante as últimas quatro décadas é o grau em que confirma e reforça tantas das velhas visões morais do homem. Os filósofos nos disseram que éramos uno, e uma parte de uma unidade maior que transcende nossas necessidades e assuntos locais. Disseram-nos que toda coisa vivente está sustentada na mais intricada rede de interdependência, e que a agressão e a violência estão cegamente destruindo as delicadas relações da existência, e poderiam levar à destruição e à morte. Estas foram importantes instituições conseguidas do estudo da conduta e das sociedades humanas. O que nós vemos agora é que são descrições precisas da maneira na qual nosso universo verdadeiramente trabalha.”


Tanto a ignorância como o conhecimento tem ajudado a levar o homem contra homem e as nações contra nações. Por sua parte o homem não pode senão aceitar a vasta diversidade das aparências, costumes, culturas e civilizações, e é quase inevitável que onde não existe uma profunda compreensão, tal diversidade pode conduzir à separatividade. Não obstante, em certo ponto da evolução do ser humano, o egoísmo é uma expressão natural.

Contudo, como a consciência da humanidade tem expandido desde a família até a tribo, à comunidade e à nação, com uma inclusividade sempre crescente, se a humanidade vai sobreviver a esta presente era, é imperativo que sua consciência seja expandida do nacional ao planetário: A HUMANIDADE UNA. A humanidade enfrenta, hoje, problemas globais, problemas que uma só nação não pode resolver. Ademais, o poder agora outorgado ao homem pela ciência e a tecnologia, aumentam os perigos inerentes ao egoísmo e à separatividade, até o ponto em que a humanidade pode ser destruída por sua própria falta de integridade, como também pelos problemas que a cercam.

Se a humanidade é intrínseca à natureza e, portanto à natureza humana, e se a humanidade não se ajusta à lei natural e à de seu próprio ser, é inevitável que ela seja aniquilada.

O que se necessita é o reconhecimento da humanidade una, da unidade na diversidade. Deve tomar-se consciência de que a totalidade da família humana é uma unidade de maior importância espiritual do que qualquer uma de suas partes. Tal como a Hierarquia Espiritual vê – somente a humanidade una e não as superficiais e transitórias identidades nacionais – também a humanidade deveria aprender a pensar em termos da humanidade una, a qual transcende a diversidade.

A diversidade deveria ser reconhecida pelo que é: o original que cada pessoa pode oferecer para o maior bem da totalidade.

Sendo a separatividade e o egoísmo os principais impedimentos do desenvolvimento da nova ordem planetária, devem ser removidos, e a nova ordem mundial deve ser promovida através do pensar e do atuar em termos da humanidade una. Em cada nível o indivíduo deve subordinar seus interesses para o maior bem da totalidade.

O indivíduo pode contribuir para o emergir da unidade mundial observando a sua própria vida e vendo como atua separativamente. Promovendo o seu próprio reconhecimento da unidade e praticando os valores resultantes de cooperação, participação, responsabilidade e serviço para o bem comum, sua separatividade será transmutada em inclusividade.

É inofensivo o ser individual em sua expressão mental, emocional e física?

A inofensividade não é uma atitude negativa e passiva. É uma forma de vida ativa por meio da qual a lei do amor é positivamente expressada.

O indivíduo pode também ajudar a criar a correta atmosfera para o emergir da humanidade una através do uso do poder do pensamento no serviço mundial, e utilizando diariamente o Mantram de Unificação:

Os filhos dos homens são uno e eu sou uno com eles
Procuro amar e não odiar
Procuro servir e não exigir serviço
Procuro curar e não ferir

Que a dor traga a devida recompensa de luz e de amor
Que a alma controle a forma externa, a vida e tudo o que ocorre
E traga à luz o amor que subjaz em tudo que ocorre nesta época

Que venham a visão e a percepção interna
Que o porvir fique revelado

Que a união interna seja demonstrada
Que cessem as divisões externas
Que prevaleça o amor
Que todos homens amem

Alguém também pode recusar-se a cooperar ou em dar energia a qualquer manifestação de separatividade, seja em nível mental, emocional ou físico. Por outro lado, alguém pode ajudar ativamente aquelas atividades que são caracterizadas pelos valores espirituais.

Pensamento, aspiração, tempo e dinheiro são todas contribuições que as pessoas de boa vontade podem dedicar ao serviço do bem geral.

Cada dia, nos noticiários, há um conjunto de imagens que solapam o grande todo, desde a comunidade local, até a internacional. Pode ser os interesses egoístas de algumas nações que podem, no despertar de seus conflitos, aniquilar a humanidade. Pode ser o conflito entre o trabalhador e o capitalista que, com a busca da satisfação de suas próprias ambições financeiras que destrói a estabilidade da própria comunidade à qual eles servem.

Busque-se a causa do problema que será inevitavelmente alguma forma de egoísmo ou de separatividade.

A unidade, a paz e a segurança virão através do reconhecimento (integralmente conseguido) do mal que levou à presente situação mundial, e depois, através de passos sábios e compreensivos, levarão ao estabelecimento das corretas relações humanas, e à substituição do atual sistema de competição pela cooperação; levarão a educação de massa em todos os lugares da Terra, e estabelecerão a boa vontade com sua potência ainda não utilizada.

É essencial que a humanidade reconheça sua unidade e interdependência. Os homens e mulheres de boa vontade que permitem a expressão desta realidade em suas vidas diárias podem ser o fator decisivo no nascimento da humanidade una.

Então, as bases para a nova ordem planetária serão estabelecidas e nós cantaremos com Schiller: “Alegria, centelha resplandecente da divindade..., Teu mágico poder une novamente o que os costumes separaram. Todos nós seremos irmãos, sob a suave proteção de tuas asas.”

O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

Cooperar é operar, trabalhar juntos. Nenhum objeto na natureza é completamente independente. Quando este princípio de interdependência é envolvido com o seu propósito e se faz consciente, encontra sua máxima expressão no princípio de cooperação.

A cooperação é essencialmente uma característica humana e está baseada na equidade de mérito para cada indivíduo. Entretanto é no reino humano que esta característica de igualdade faz com que a cooperação seja tão inaceitável, posto que poucos homens admitirão que a sua nação, sua raça, sua classe social ou sua família não seja superior às outras.

Para trabalhar verdadeiramente unidos é necessário um reconhecimento da singularidade dos demais e uma apreciação daquilo que têm para contribuir com o outro no esforço comum.

Cada indivíduo é único, e cada raça e nação têm uma contribuição única a fazer para produzir a rica variedade da humanidade.

Cada homem, mulher e criança ama, espera, teme e aspira. Todos nós somos capazes – não importando nossa raça, nacionalidade, religião ou classe – de sacrifício e serviço, de alegria e de tristeza.

O princípio da cooperação deverá nascer, não da condescendência ou da patronagem, mas do reconhecimento de que trabalhando com outros pelo bem comum, nós beneficiamos a humanidade, e portanto a nós mesmos.

O principal obstáculo de tal reconhecimento e desejo de cooperação é que, inicialmente, devem ser sacrificados o orgulho e o sentimento de superioridade.

O temor subconsciente deve ser erradicado e, ao abrir o próprio coração e mente aos demais, deve ser feito um desagradável ajuste, que pode ser alheio aos próprios padrões de conduta, aos hábitos ou às crenças.

Hoje a cooperação existe em variados níveis e para diversos motivos. Em muitos casos está baseada em interesses individuais ou nacionais.

Na guerra existe a cooperação entre aliados para alcançar a vitória; na política há cooperação entre nações, geralmente para o benefício de cada nação em particular; nos negócios há cooperação entre as combinações multinacionais para o benefício daqueles participantes; e na ciência somente existe um maior objetivo para o bem de todos quando do desenvolvimento de alguma teoria.

As relações internacionais entre as distintas ideologias, estão praticamente sempre baseadas na luta para “conseguir uma parte maior do bolo”. Entretanto, um exemplo não usual de cooperação entre crenças opostas foi o da Grécia e os países dos Bálcãs, em que Grécia e Romênia, e Grécia e Bulgária cooperaram em diversos projetos, onde foram construídas represas num rio iugoslavo para prover de água e irrigar os campos ao norte da Grécia.

Outros exemplos de cooperação são os dos projetos especiais das Nações Unidas e os de suas agências especializadas para abolir as necessidades e a enfermidade e a melhorar a agricultura, a indústria e a educação em escala internacional. Estas e outras dezenas de milhares de organizações filantrópicas mostram ampla evidência contra a teoria que diz que o homem é um “animal competitivo”, que pode alcançar seu completo desenvolvimento lutando contra seus semelhantes e explorando-os. A competição, e pior ainda, o ódio entre nações, classes, ideologias e raças, são produtos não da natureza humana, mas da distorção e da supressão da mesma. Quando todos os homens respeitarem seus semelhantes e cada homem for quem cuida de seu irmão, então, a pobreza, tanto quanto a riqueza pessoal, serão coisa do passado.

Este sentido de respeito mútuo e de justiça, não é de forma alguma um fator novo na história humana, porque muitas das chamadas comunidades “primitivas”, criaram sociedades justas e harmônicas. A cobiça e a exploração não somente aparecem quando há falta de alimentos e de posse de alguma coisa, mas também quando há um excesso disto. Isso se dá porque o desejo do homem pela autoindulgência é estimulado e o fraco é explorado pelo mais forte.

Isto nunca foi tão evidente como agora, onde os países poderosos que “mais têm” estão cada vez mais ricos e crescendo, e os países que “não têm”, tornam-se mais pobres.

Não é só que os países ricos não ajudam os mais pobres, mas que as ajudas são dadas de tal forma que no final o país rico se beneficia e o país que recebe a ajuda não tem, às vezes, nem como lutar por sustentar a sua economia, muito menos para melhorá-la. Também, em nível nacional, onde se espera encontrar o princípio de participação mais ativo, vemos em geral o constante crescimento do abismo entre o pobre e o rico.

De todo modo, hoje os países estão compreendendo que quanto mais fundo um país cai na pobreza, maior risco será para a comunidade mundial. O fracasso em não ter participação na economia dos bens do mundo, é um peso para os recursos globais. Mais ainda, é uma fonte de violência potencial.

Seja em casa ou não, o princípio da cooperação vai a paralelo com o princípio da participação. Tanto a participação da responsabilidade, como a participação dos recursos materiais, contribui com a qualidade da vida e é um aspecto da cooperação. Na indústria, por exemplo, devemos compreender que a alta qualidade dos produtos e a eficiente produção não dependem somente do capital ou da direção, mas principalmente da habilidade, do vigor do trabalho, do entusiasmo e da boa vontade dos homens e mulheres que produzem os resultados. Como um iluminado presidente disse: “A alma da empresa está nos corações e nas mentes dos empregados que trabalham nela, e estes deverão ser primeiro conquistados, se é que se espera que se consigam bons resultados”.

Na educação temos a mesma necessidade de participação e de cooperação mundial. Cada indivíduo pode, ao mesmo tempo, ser aluno e professor. Pode ser aluno daqueles que possuem o conhecimento e a habilidade, e professor daqueles que necessitam do conhecimento e das habilidades que se possui. As crianças podem incrementar seus conhecimentos aprendendo com os mais velhos, e podem também aprender, ensinando aos mais novos. A própria comunidade pode ser uma fonte inesgotável de conhecimento para todos, na medida em que todos participam dela, da sua vida e do serviço comunitário. Na comunidade cada indivíduo pode ampliar sua consciência externa do mundo, e sua consciência interna em si mesmo e em seus companheiros, compartilhando com eles suas experiências subjetivas.

Igualmente no governo, todos podem contribuir para o bem comum exercitando os princípios básicos da cidadania, cuidando e tendo um profundo interesse por toda a sociedade, procurando harmonia e bem-estar para todos, respeitando as diferenças culturais e filosóficas. As pessoas em cada nação e comunidade podem, desta forma, participar ativa e voluntariamente, compartilhando as responsabilidades para a construção de uma vida rica e variada, em cooperação com todos.

Cooperar é dar com generosidade, e também receber com gratidão. Na entrante nova era, as corretas relações humanas e a cooperação mundial para o bem de toda a humanidade será a nota dominante.

O PRINCÍPIO DO COMPARTILHAMENTO

Geralmente é aceito, entre os pensadores, que um dos maiores problemas que enfrenta hoje o planeta, é o de compartilhar corretamente os recursos da Terra. A gravidade do tema, mais a inexperiência da humanidade ao tratar os problemas globais, conspira até o ponto de nos deprimir quando nos enfrentamos com as horrendas necessidades que persistem no mundo: o alimento, o combustível, a moradia, a educação, a liberdade de expressão, entre outras.

Às vezes ajuda a clarear nossa compreensão individual sobre as necessidades e as soluções, o olhar este assunto de um ponto de vista mais elevado do que o óbvio nível físico.

Talvez, compreender que o princípio de “compartilhar” tem uma implicação muito mais profunda, pode dar uma dimensão nova à nossa visão. Um aspecto do significado do compartilhar é o de participar, utilizar, experimentar ou desfrutar com os outros sem nenhuma implicação particular de propriedade, simplesmente uso mútuo. Não há nenhuma sugestão de caridade ou de dar algo da nossa propriedade a outro, onde a gratidão está implícita. Existe a firme suposição de que tudo o que é compartilhado não é propriedade de ninguém, mas que pertence a todos. Nenhum dar, nem receber (simplesmente compartilhar aquilo que o planeta nos oferece para o bem-estar de toda a humanidade). Este é um conceito particularmente falso devido ao hábito da propriedade que nós estabelecemos com firmeza. Quando for compreendido pelos homens e mulheres de visão, de todo o mundo, que a meta do correto compartilhar é o maior passo para as corretas relações humanas, este aspecto da vida será mais conscientizado e seriamente estudado.

Pitágoras ensinou aos seus discípulos a melhor forma de transmitir certos valores e princípios elevados. Explicou que a raiz da justiça era “aquela através da qual todos os homens poderiam chamar uma mesma coisa de: minha e tua”. Obviamente isto seria possível através da alma, “a alma Una”, ou através de um ponto de vista espiritual ou planetário. Raramente se compreende que compartilhar é, em essência, uma manifestação de síntese e o efeito natural da justiça na sua forma mais clara.

Do ponto de vista global, todos os recursos, todas as terras e toda fonte de energia pertencem à humanidade. Falamos aqui da justiça e do realismo, de um ponto de vista inclusivo. A nova ordem mundial reconhecerá que os produtos do mundo, os recursos naturais do planeta e suas riquezas, não pertencem a nenhuma nação e devem ser compartilhados por todos. Uma próspera e correta distribuição organizada dos produtos da terra: grãos, óleos, etc., assim como os produtos minerais, será desenvolvida quando a vida humana se basear na necessidade de cada nação, e sobre seus próprios recursos internos e nas necessidades dos povos. Tudo isso será conseguido quando se tomar consciência da totalidade.

As Nações Unidas instituíram um plano para assegurar um estoque de grãos para assegurar ao mundo o alimento necessário para tempos de más colheitas, ou de desastres naturais. O plano exorta a cento e vinte e sete países a manterem um mínimo de segurança nos estoques de grãos, de acordo com suas circunstâncias, para poder socorrer as áreas golpeadas pela emergência.

O Dr. A H Boerma, primeiro Diretor Geral da Organização Mundial de Agricultura e Alimentação disse: “até o mundo não formar um estoque suficientemente bem distribuído para prevenir-se em caso de uma grande adversidade”, a humanidade enfrentará a ameaça de um déficit mundial de alimentos, “e este é um processo que poderia levar dois ou mais anos, dependendo da vontade dos países”. É melhor que este plano dependa das Nações Unidas, para que ela possa ter um inventário global das possíveis provisões, do que intentar fazer um estoque central em um só lugar. Quando a rede mundial de computadores for colocada a serviço da realização de um inventário dos possíveis recursos, veremos um uso mais amoroso da tecnologia por parte da humanidade. Planos similares, tais como a Lei da Conferência Oceânica sobre as plataformas marítimas e os planos para a utilização pacífica do espaço exterior, estão sendo desenvolvidos para a distribuição e utilização dos recursos ainda não explorados.

Talvez, o compartilhar como oposto do dar e receber possa ser compreendido com maior clareza, à luz do velho ditado Sufi, que diz: “que o homem possua somente aquelas coisas que não podem ser perdidas, nem sequer num naufrágio”. Isto elimina quase tudo. Ao levá-lo em conta faz com que cada um deve reexaminar a prática e até a idéia da propriedade.

Como o conceito “aqueles que têm” e “aqueles que não têm” pode ser purificado de forma prática num conceito mais inclusivo, mais iluminado, o de compartilhar para o benefício de todos?

Dentro da família de nações, aliviar a carga de um só mundo como um todo, deve ser realizado como o fim e objetivo de cada nação. Os recursos de todo o planeta devem ser compartilhados, e deve ser compreendido, cada vez mais, que os produtos da terra, as dádivas dos mares e a herança cultural e intelectual das nações, pertencem a toda a humanidade, e não são exclusividade de uma nação. Este conceito não implica um Estado mundial, mas sim o desenvolvimento de uma consciência pública universal, que realiza a unidade do todo. Isso inclui, por exemplo, o desenvolvimento apropriado e o correto governo de cada unidade nacional, de modo que possa realizar adequadamente seus deveres internacionais, e assim formar parte de uma fraternidade mundial de nações. Quando o sentido de segurança nacional estiver adequadamente baseado nas corretas relações e não na força, então será possível enfrentar este assunto com profundidade e coragem.

Os velhos ritos estão tão profundamente inculcados, tão fortemente alinhados com as antigas miragens e ilusões de cobiça e temor, com a dualidade de desejos contra as necessidades, que uma abordagem abstrata é necessária para começar a clarificar pessoalmente, nosso pensamento.

As atitudes de possuir começaram no momento em que fomos educados a compartilhar “nossos” brinquedos com as outras crianças. Diziam-nos: “dividam seus brinquedos”, e ainda hoje é raro ensinar a uma criança que um brinquedo apenas está em sua custódia para ser usado no tempo que necessitar. Não é necessário que ele renuncie ao brinquedo, somente há que ensiná-lo que renuncie ao seu desejo de possui-lo, ao seu apego à idéia de que é seu e que pode fazer com ele o que quiser, para sempre. Raramente é ensinada à criança a responsabilidade de custodiar as coisas, como algo oposto a possui-las. Ao educar às nossas crianças na necessidade de compartilhar, para uma livre circulação de todas as utilidades essenciais, fazemos um verdadeiro começo para estabelecer uma nova ordem de valores.

Raras vezes é compreendido que não é tanto a atual posse de muitos objetos e coisas o que nos retém em nossos esforços para a inclusividade, mas a nossa imagem mental “que fazemos da nossa propriedade”. Se mentalmente entregamos tudo à corrente planetária, ainda que fisicamente os retenhamos em custódia, ao mesmo tempo estaremos livres do peso da posse. É a idéia de “ter e guardar” a que não está em linha com o fluxo e ritmo naturais. Na medida em que começamos a examinar e reajustar nossas atitudes daquela posse e da propriedade com relação à da confiança e da custódia, seremos úteis para a solução deste impedimento planetário. Quando nos dermos conta de que todos os recursos pertencem temporariamente àqueles que têm a necessidade num momento dado, o fluxo circulatório da natureza começará a distribuir as riquezas mais imparcialmente entre toda a família humana.

Do ponto de vista de um planeta, de uma humanidade e de uma Alma, a justiça de compartilhar a riqueza e os recursos viventes da terra é a prática mais razoável das idéias. Como a energia segue o pensamento, cada um de nós pode começar no trabalho de reorientar a atitude egoísta da humanidade, eliminando estas atitudes da nossa própria vida. Da mesma maneira que um homem pensando claramente e com boa vontade pode transformar o clima mental em seu torno, assim, milhares de homens e mulheres de boa vontade, pensando em termos de justiça, de compartilhar e de corretas relações humanas, e indicando os novos ideais e valores, podem ter o efeito cumulativo de irradiar Luz e Amor ao redor de todo o planeta.

No futuro, o fator de contribuição na vida deve ser enfatizado e desenvolvido, e o bem de toda família de nações deve ser interpretado como o é o bem de uma nação ou de um grupo de nações. A educação da opinião pública, neste sentido, pode ser realmente melhorar a identidade nacional e a cultura individual de um país. A justiça de compartilhar sobre uma base planetária não é somente um ideal para o qual há que caminhar, mas que é uma necessidade para a instauração de uma nova era.

SERVIR OPORTUNAMENTE

“O homem de hoje chegou no momento oportuno para salvar o dia”.

Assim a humanidade reconhece seus heróis e seus grandes personagens, aqueles cujo trabalho leva a raça para frente, para seu próximo passo necessário.

A chave está no ritmo do tempo, um fator essencial no serviço efetivo. Um sentido agudo do ritmo do tempo capacita a pessoa para atuar no momento mais propício, quando uma ação pode ter o efeito desejado. Quando esta ação não é aproveitada ou tenha, no melhor dos casos, um mínio efeito, é produzida uma limitação. Para desenvolver este sentido do ritmo seria bom refletir sobre duas características da evolução e da humanidade.

1 – A primeira característica aparece no Eclesiastes: “Sob o céu, há um tempo para tudo e um momento para cada propósito”. Da aceitação disto resulta uma autêntica mudança das atitudes para a vida diária. A paciência substitui o impulso e a conduta dispersa. Se há uma situação na qual os valores são errados e a mudança não é oportuna, aprende-se a trabalhar silenciosa e pacientemente, atuando onde for possível, mas contente em esperar os momentos propícios em que as sementes possam ser plantadas e possam ser trazidas as verdadeiras mudanças na consciência. Isto é inerentemente prático porque o rol do servidor está ditado pela maior possibilidade de crescimento favorável, mais que pela expressão das atitudes pessoais. A aplicação deste princípio implica a aceitação de que há momentos em que algumas mudanças são possíveis, e momentos em que não são. Quando o tempo não está pronto, pode-se aceitar tão somente as limitações aparentes do momento, e levar a atenção para outras direções. Isto é o que os agricultores fazem no inverno, quando nenhuma plantação, nenhum cultivo nem boas intenções farão com que as sementes germinem.

2 – A segunda característica do tempo é que ele é sempre propício para algo. Assim mesmo requer sabedoria para determinar esse “algo” para o qual o tempo é conveniente. Sempre existem oportunidades, embora elas não sejam o que o servidor tinha em mente no princípio. Os momentos em que não se requer a atividade física, são oportunos para o estudo, a contemplação e algo muito importante para a preparação para o serviço. Os momentos em que é necessário funcionar no mundo entre os próprios companheiros, são oportunos para pôr em prática os princípios das corretas relações humanas. Para aplicar o segundo princípio com êxito, o indivíduo deve estar desejoso em aceitar as coisas como são, e trabalhar nas situações tal e como elas existem. Enfrentando os desafios do correto emprego das oportunidades, assim é como alguém consegue a facilidade de viver uma vida de serviço.

Pode ser de importância observar que, embora o tempo impõe certas limitações no princípio, o livre arbítrio não é de nenhuma maneira violado pelo desenvolvimento do sentido do ritmo do tempo. Com este sentido, qualquer pessoa é sempre livre para fazer o que quiser. Mas, sem uma firme compreensão das regras básicas do universo a respeito do ritmo, não é provável que consiga muitas de suas metas.

A Natureza foi bondosa ao prover os ciclos, um padrão fundamental para compreender e trabalhar com as duas características do tempo. Os ciclos são mais claramente visíveis nas estações do ano, nas fases do mês lunar e até na revolução da Terra sobre seu eixo que produz o amanhecer, o meio-dia, o entardecer e a noite.

O padrão dos ciclos é nossa garantia de que há um tempo para tudo e que cada momento seja propício para algo. Aprendendo a observar os pontos recorrentes nos ciclos que governam os assuntos individuais, cada servidor pode trabalhar pelo bem geral com crescente habilidade na ação desenvolvida através da harmonia conseguida com o tempo.

Pensando sobre o tempo e seus ritmos, uma pergunta deve ser feita: Que tempo é agora? Se este período de tempo é propício somente para uma coisa, se tem uma única oportunidade, que pode ser esse algo?

A resposta que se sugere é que este é o tempo da fase final do trabalho de preparação para o reaparecimento do Cristo. Alguns podem perguntar se este é verdadeiramente o tempo do reaparecimento ou tão somente outro ponto crítico milenar como o que ocorreu mil anos depois de Cristo. Isto somente pode ser resolvido através da compreensão intuitiva do indivíduo sobre o significado do reaparecimento do Cristo, em relação com os acontecimentos presentes. Existe um exaltado sentido de proximidade neste final do Século XX. Nestes tempos, grandes mudanças podem ser trazidas à humanidade e a outros reinos da natureza. É possível que os efeitos do serviço prestado alcancem agora maior distância e profundidade dentro da consciência humana, e isto como nuca havia ocorrido. O dia da oportunidade está conosco, entretanto este também passará. É necessário que cada servidor aumente seus esforços para utilizar mais plenamente a oportunidade dos tempos.

O que fazer, então, para responder a este período único na história da humanidade?

O principal está na área da consciência. Todos podem contribuir para aclarar a mudança na consciência para ir rumo aos passos do Cristo, por meio da meditação reflexiva inteligente. Tal meditação serve para clarificar o campo da consciência humana de maneira que a humanidade possa ver mais claramente.

A meditação sobre o iminente reaparecimento do Cristo, porá o indivíduo em contato com suas fontes internas de energia, de modo que ele possa trabalhar no segundo campo de ação, seu serviço físico exterior. O serviço prestado na vida cotidiana começa compartilhando a radiação interna, que está no ser espiritual, com toda a vida no planeta, e daí por diante. Só é preciso que o indivíduo busque conscienciosamente a sua oportunidade para o serviço, confiando em que, através da vontade de servir, as portas serão abertas e as oportunidades se apresentarão. Cristo também tem sentido o ritmo do tempo e Ele aparecerá somente quando as condições forem apropriadas. Eis aqui a absoluta necessidade de preparação, porque a menos que nós cumpramos nossos deveres, o Cristo não poderá cumprir os Seus.

Permitamos então, nos esforçarmos para fazer o uso mais completo nos próximos anos, e para cooperar com o Cristo fazendo o trabalho que somente nós podemos fazer.

O SIGNIFICADO DA CRIATIVIDADE

Pensando sobre o rol da criatividade individual para a transformação do planeta, consideraremos primeiro, e aclararemos a nossa compreensão do processo criativo. Para o propósito destas séries de pensamento, enfocaremos nossa consciência na criatividade como o processo de dar forma aos valores que carecem dela. Um enfoque da criatividade deste ângulo nos levará a algumas observações interessantes.

Certamente que há muitos exemplos deste processo. Podemos ver no pintor que dá forma à sua maneira de ver o mundo; no dramaturgo que faz o mesmo com as profundas emoções. Também no filósofo que dá forma verbal às idéias abstratas ou à uma base moral da correta conduta no mundo. Mas no presente contexto, o exemplo mais significativo seria o do indivíduo que encarna em sua própria vida os mais elevados princípios espirituais e morais que ele é capaz de manifestar.

Posto que a criatividade não é uma área exclusiva do artista, a vida criativa é uma oportunidade e uma responsabilidade de cada consciência individual.

Essencialmente, então, o rol do criador é o do pensamento ou da energia latente na matéria. Podemos recordar a equação da relatividade de Einstein, que representa a teoria de que a energia e a matéria são uma e a mesma coisa, o fator de conversão é luz. Também podemos recordar a reiteração ocultista disto na declaração que o espírito (energia) é a matéria em sua forma mais elevada, e a matéria é o espírito em seu aspecto mais baixo. Podemos nos referir ao lugar do homem no cosmos, assinalando que o ser humano criativo, através da luz da consciência, transforma a energia e lhe proporciona um veículo para sua expressão dentro da matéria.

O indivíduo criativo é como uma tomada elétrica móvel. E tal como uma tomada elétrica que provê um contato entre a energia elétrica pura e seus usos visíveis, como uma provisão de luz e calor, ou a atividade de certas máquinas, o indivíduo criativo provê uma saída física para a expressão de qualquer idéia ou energia que ele possa contatar. Assim como a eletricidade flui espontaneamente através de qualquer novo canal que lhe seja apresentado, da mesma forma a energia que flui através do indivíduo criativo se manifesta espontaneamente, à medida que é enfocada e dirigida por ele. O enfoque e a direção específicos desta espontaneidade dependem da receptividade ou condutividade, do meio ambiente do indivíduo e de suas tendências pessoais. A corrente de idéias e energias através da fonte criativa vai desde o artista que trabalha em seu próprio ateliê, até a alma consciente que utiliza sua própria vida para a expressão de alguma idéia ou trabalho de Deus.

Então, a pergunta é: De que maneira a criatividade ajuda a transformar o planeta num mundo cuja nota chave é a harmonia, a estabelecer uma ordem mundial baseada nas corretas relações entre os homens, entre o homem e os outros reinos da natureza?

Uma simples revisão da história revela a importância do esforço criativo. Os avanços da humanidade dependeram daqueles que puderam fazer contato e expressar coerentemente aquelas energias e idéias cuja expressão levaria ao próximo passo da humanidade, em termos de religião, política, educação e ciência. Dependeu daqueles que conseguiram a habilidade de fazer contato em diversos graus com a fonte de toda sabedoria.

Se é certo que a história demonstra o valor da criatividade, também não faz ver a quantidade e a qualidade das vidas individuais que ajudaram a conformar o curso dos acontecimentos humanos invisíveis. O duplo reconhecimento daquilo que a história diz e aquilo que silencia, sugere nosso próprio significado como agentes criativos na atualidade. Como Cristo ou Einstein, houve milhares que trabalharam efetivamente dentro de suas respectivas esferas de influência. Muitos cumpriram sua parte na ampliação das novas idéias e qualidades dentro da vida da humanidade e permaneceram desconhecidos, exceto para seus amigos e cooperadores. Provavelmente, cada indivíduo pode agora, através de uma resposta criativa às necessidades do presente e com uma visão do futuro, servir para estabelecer os padrões de cooperação e bem-estar como as bases da nova era.

Qualquer um pode expressar boa vontade em todos os aspectos da vida. Aqueles que estão interessados pela arte podem manifestar boa vontade nas obras que produzem. Entretanto, existe, também, a criatividade do comerciante que atende os seus clientes tão bem como atende a si mesmo. Existe a criatividade do gerente de uma fábrica que motiva seus operários por meio do respeito e de sua inspiração mais do que pelo uso da autoridade. Há a criatividade do agricultor que entra em relação harmoniosa com a terra e o reino vegetal. Em síntese, não há nenhuma área em que não se possa expressar criativamente a boa vontade.
A efetividade destes modos de criatividade em produzir mudanças pode parecer pequena quando é considerada individualmente. De todo modo há um efeito definido, e quando se considera o grupo globalmente, os efeitos estão além de toda expectativa. A demonstração das técnicas da boa vontade tem um impacto sobre os corações e as mentes de todos os homens que não podem ser dissuadidos pelas mais inteligentes discussões. Por esta razão, o indivíduo verdadeiramente criativo será sempre distinguido por sua vontade de fazer, tanto como de falar sobre o fazer.

O valor da iniciativa criativa em produzir mudanças é inestimável. O bem-estar de nossa sociedade planetária depende daqueles que podem perceber novas formas de trabalho e demonstrá-la a seus semelhantes. Que cada um de nós, então, renove seu esforço para estar na criatividade do ser espiritual.

Que cada um de nós cumpra sua parte para implementar as soluções aos problemas que a humanidade como um todo encara, porque as soluções são possíveis para aqueles que querem ter conhecimento. Unamo-nos, todos, num grupo subjetivamente formado e trabalhemos unidos na criação do novo mundo que visualizamos.

O USO DA VONTADE

O fluxo da “Força de Shamballa” ou a força da vontade, durante os Três Festivais Espirituais de 1975, ofereceu uma oportunidade especial a todos os homens e mulheres de boa vontade como um grupo para meditar e dirigir as energias e idéias com crescente poder.

Cada expressão de boa vontade depende, até onde podemos compreender, de sua potência em correspondência com a vontade Divina. O fluxo e a estimulação da vontade, contatada no mental da consciência, potenciará inevitavelmente ambos os seres de vontade egoísta e os de boa vontade. É obvia a urgente necessidade para que os homens e mulheres de boa vontade concentrem seus esforços em utilizar o crescente fluxo da energia da vontade no pensamento positivo e dinâmico. Com esta energia podemos sintetizar as diversas fases da crise planetária, pensar em termos globais e trabalhar para o bem da totalidade.

Como isto pode ser conseguido?

Sabemos que a canalização subjetiva e o trabalho de radiação na meditação têm um efeito construtivo e curativo, porque a Boa Vontade é uma expressão da energia do Amor. O amor é a qualidade e a característica universal da vida divina em nosso sistema solar e, portanto, neste planeta. Utilizando o princípio de que “a energia segue o pensamento”, a mente pode invocar e dirigir muitas energias, incluindo a boa vontade, quando for necessário.

Quando um grupo tem uma comunhão de pensamento, o poder do pensamento é incrementado geometricamente. Nós utilizamos nosso sistema horizontal de relações com a família, a nação e a humanidade para distribuir a energia que contatamos nos níveis espirituais ou verticais de consciência. É destas fontes espirituais que o fluxo da energia da vontade penetra na consciência humana.

Esta energia pode inspirar o pensamento em linha com a mais elevada fonte de bem planetário e prover o poder de implementar soluções inclusivas. Possui sete aspectos que indicam sete linhas de manifestação que incluem: a vontade de empreender, de unificar, de evoluir, de harmonizar, de criar causas e de expressão. Estes aspectos da vontade permitem a progressiva descida das idéias das fontes de informação até suas mais amplas expressões no mundo.

A “vontade de empreender” é a fonte de um claro e sustentado propósito que contatamos através da compreensão do propósito e do Plano para a humanidade. Através do pensamento meditativo podemos alcançar novas idéias e incrementar nossa visão. Isto inspira a iniciativa na ação.

Nossa “vontade de unificar” resulta desta iniciativa na medida em que vemos a necessidade de terminar com as diferenças entre os homens e as nações. A energia da boa vontade, como uma expressão do amor-sabedoria, é uma energia unificadora, que cria uma atmosfera de unidade e unicidade na qual podem ser encontradas as soluções para todos os problemas.

Uma verdadeira experiência e expressão das corretas relações humanas levarão inevitavelmente à unidade da humanidade.

A “vontade de evoluir” pode ser levada da aspiração de progresso individual para a vontade de ajudar na evolução de toda a raça. Compreendendo nossa total unidade com toda a vida, sabemos que a evolução individual está inevitavelmente ligada com o crescimento de cada membro da família humana. Nós salvamos a nós mesmos, servindo e amando os demais.

A “vontade de harmonizar”, ou de relacionar, utiliza um método fundamental de evolução. Através de harmonizar e de relacionar todas as partes da vasta totalidade planetária, pode-se estabelecer condições que ofereçam o máximo de oportunidade para a evolução de cada membro da família humana e dos reinos inferiores. A harmonização dos conflitos que afetam os assuntos humanos pode ser obtida através do sacrifício dos interesses materiais, resultando o compartilhar os recursos materiais e um crescimento dos valores espirituais.

A “vontade de atuar” por parte da humanidade, para determinar nossas ações de acordo com o maior bem para toda a família humana, promove o alinhamento de nossas atividades com um propósito mais elevado. É através da humanidade e da dedicada ação dos homens e mulheres de boa vontade que os propósitos e os planos podem ser estabelecidos.

A “vontade de produzir causas” conscientemente alinhada com os mais elevados propósitos pode pôr em movimento aqueles acontecimentos que promovem o Plano, porque cada ação que empreendemos causa uma onda de efeitos.

A “vontade de expressão” é a ancoragem final das energias na vida diária externa. Isto significa viver uma vida na qual expressamos o propósito divino e o plano de evolução.

Cada etapa da vida, desde nosso principal propósito na vida, está envolvida com os pensamentos cotidianos, com as palavras e as ações.

O impacto da força de Shamballa em 1975 deve ter estimulado os aspectos da vontade em cada área da vida, econômica, social e política. A oportunidade durante os Três Festivais Espirituais para dirigir esta energia para ajudar e estimular àqueles que cooperam com o Plano, foi sem precedentes.

Esta força de Shamballa foi chamada “o fogo da vontade de Deus”, e é útil para um uso correto, mas o poder de manifestar está na ação grupal.

Nossa capacidade para expressar corretamente a vontade aumenta na medida em que nos vemos a nós mesmos como uma parte do grupo mundial de homens e mulheres de boa vontade. Mantendo o grupo de servidores planetários no círculo de amor divino, podemos criar, na consciência humana, as necessárias idéias de “compartilhamento, cooperação, fraternidade de unidade” as quais podem inspirar a humanidade a se dirigir para novas metas de evolução. Por intermédio da nossa intensificada vontade para o bem, servimos como um poderoso estímulo para a expressão de boa vontade ao redor do mundo.

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

Deve ser ensinado ao servidor da nova era a se concentrar na atividade construtiva e deixar de denegrir a velha ordem de vida. Deve ser-lhe proposto que construa para o futuro e que pense novos delineamentos. Deve ser-lhe aconselhado que não gaste tempo em atacar aquilo que é indesejável, mas que dirija todas suas energias em criar o novo templo do Senhor, através do qual a glória será manifestada.

Deste modo a opinião pública será enfocada gradativamente no novo, no belo, e os velhos padrões estabelecidos cairão em decadência por falta de atenção, e assim desaparecerão.

Deve ser-lhe ensinado que o sectarismo não é de nenhuma maneira um sinal de desenvolvimento espiritual. Portanto não serão utilizadas palavras como “anti” ou “pró”, já que tais termos alimentam automaticamente o ódio e a agressão, e forçam a resistência à mudança. Tudo isso coloca quem o utiliza na defensiva. Cada categoria de seres humanos é um grupo de irmãos.

Os movimentos de “lutadores pela liberdade” e da “libertação” de todas as classes, de todo tipo de propósitos e de variadas nacionalidades, brotaram como fungo ao redor de todo o planeta.

Alguns são não violentos em seus princípios, outros se proclamam abertamente como terroristas, utilizando armas de guerra e a violência indiscriminada para alcançar seus fins.

A resistência à lei, nacional ou internacional, e uma indiferença pelos direitos humanos e a liberdade dos outros não produz a liberdade, mas a anarquia. A liberdade de ação sempre se desenvolveu dentro de certos limites bem definidos, os quais estabelecem um padrão de conduta para todos, em que nenhum indivíduo ou grupo deve ser indevidamente penalizado.

Sejam violentos ou não violentos, de todo modo os objetivos proclamados por esses movimentos são, na maioria dos casos, a libertação de alguns grupos, dentro da família humana, que continuam sofrendo os efeitos de limitações impostas por uma classe ou outra. Tais motivos são, no melhor dos casos, de dupla intenção. Ambições e pressões políticas distorcem os princípios originais e isso deve ser considerado.

Os fins não justificam os meios, mas a liberdade e a libertação daqueles que se vêem privados de desfrutar os direitos humanos que todo o mundo possui, são assuntos de justificado interesse. Como abordaremos, então, a exposição de nosso tema?

Parece de importância básica compreender que a liberdade é um princípio fundamental. Este não é um conceito sonhado pela humanidade nos momentos de desesperação e de necessidade, quando nos fazemos conscientes da opressão ou da exploração.

Asubstância do mundo, na qual todos participamos de uma eqüitativa divindade e com iguais direitos, está impregnada de certos princípios ou qualidades.

Tais princípios são as diferenças básicas, as qualidades essenciais ou os tipos de energia, com os quais todas as coisas são construídas. Elas dão forma a uma qualidade distintiva.

Estes princípios fundamentais inerentes à substância de nosso mundo incluem os princípios de: vontade, amor e inteligência. Por sua vez, estes se diferenciam em várias qualidades subsidiárias ou tipos de energia, tais como: os princípios de relação, cooperação, participação e o princípio de liberdade que por sua vez produz seu próprio princípio correlativo: o da Responsabilidade.

Já foi dito, com verdade, que “A liberdade traz suas próprias responsabilidades”. Portanto, os verdadeiros “Lutadores pela liberdade” neste mundo, são aqueles em quem está firmemente presente e ativo o princípio da responsabilidade, aqueles que alcançaram uma liberdade pessoal dentro de si mesmos, de todas as limitadas atitudes da mente e do coração, que limitam a inteligência e cegam o olho da visão.

Através de uma desenvolvida e sensível aceitação das responsabilidades pessoais, os homens e as mulheres de livre pensamento e ação, escolhem atuar dentro das realidades de qualquer situação que eles mesmos enfrentam e sob as circunstâncias existentes, quaisquer que sejam. Não se desviam frente aos idealismos fanáticos, que tendo a visão da meta, fracassam nos passos imediatos que devem ser dados. Ainda estamos vivendo num período de transição entre a velha e a nova era, as eras de Peixes e Aquário. Uma idéia da nova era aplicada com o idealismo da era passada, que geralmente leva a extremos de fanatismo da era passada, é ao mesmo tempo algo difícil e perigoso. É difícil porque muitas pessoas estão respondendo à ela e pode ser mal conduzida e confundida. É perigoso porque uma força da era passada, com roupagem da nova era, tem uma influência destrutiva e retrógrada. Estas forças em conflito podem ser vistas claramente no presente: por exemplo, num fino idealismo como o de uma comunidade mundial de nações e as muitas atividades irreais que resultam disto, e a idéia de liberdade da qual surgem formas de adesão fanáticas, que solapam o princípio envolvido.

As quatro liberdades de Franklin D. Roosevelt, tão conhecidas, são ainda as metas de muitos na família humana. A libertação dos desejos e dos temores, a liberdade de expressão e de credo vão ao encontro das necessidades físicas, emocionais e também às intelectuais de muitos milhões de pessoas no mundo de hoje. Estas são liberdades que dependem, quase por completo, da disposição dos demais, daqueles que estão na posição de poder e de autoridade no governo, na religião e em outras formas da sociedade institucional. A liberdade é, portanto, relativa e, provavelmente, não existe algo como “liberdade absoluta” no reino humano, desde o momento em que muito poucos aprenderam a controlar completamente suas vidas e suas atividades à luz do Plano da humanidade, esse grande projeto de vida que faz a humanidade conformar-se com a Vontade de Deus, e cooperar com Ela conscientemente.

A liberdade de espírito, essa habilidade interior e subjetiva (que todos possuem interiormente) de liberar a consciência dos efeitos do controle e da limitação da vida cotidiana, é uma inerente capacidade divina, e pode ser convertida no agente de uma nova forma de vida.

A verdadeira liberdade, a liberdade espiritual, trabalha de dentro para fora, afetando não somente a vida pessoal da “alma livre”, mas alcançando com força liberadora a consciência de todo aquele que luta contra os limites que o restringem.

Esta idéia, sendo uma idéia aceitável, que, no mundo interdependente e unificado como o que experimentamos no presente, nenhum indivíduo pode libertar-se por si mesmo de suas próprias cadeias e de seus limitados estados de consciência sem que ao mesmo tempo afete a consciência de toda a família humana. Aqueles princípios planetários básicos de vontade, amor e atividade inteligente, impregnam a substância de nossas vidas cotidianas, o ar que respiramos, o trabalho que fazemos e as relações que estabelecemos. Eles motivam àqueles que estão em processo de conseguir a maestria de si mesmos e de suas circunstâncias; impregnam a atmosfera do mundo do pensamento, do mundo da política, da comunicação. Estimulam a tendência de unir e de funcionar em todas as ocasiões, com boa vontade e com boa fé. Eles põem a semente da divindade nos corações e mentes humanos e incrementam a capacidade do homem de ser livre.

Portanto, enquanto nos esforçamos para encontrar soluções para os problemas mundiais da fome, da agressão, da pobreza, da ignorância e da superstição, enfrentando as necessidades imediatas de alimentação, educação, estímulo econômico e um esforço constante para sanar as causas da guerra, tratemos de colocar tudo isso na perspectiva da humanidade como um reino da natureza, uma parte espiritual do todo da divindade. Enfrentar as necessidades da vida diária já é um ato meritório, tornar as pessoas de todo o mundo livres dos desejos e dos temores é um trabalho e uma responsabilidade básicos para a humanidade inteira. Entretanto, isto é somente o começo, um primeiro passo no alívio físico e emocional que possa levar a abertura da consciência na direção da compreensão das sutilezas e potências da própria vida, da vida espiritual, aguardando a liberação de cada forma humana.

Um “homem livre” é, na realidade, aquele cuja vida está baseada no Plano e é controlada pela alma, é uma vida responsável e comprometida, sábia e iluminada, plena de amor e de inteligência, e completamente envolvida no processo de evolução dentro deste nosso planeta, é um cooperador na meta Aquariana de fraternidade, unidade, paz e progresso para a totalidade da raça humana.

CRIAÇÃO DE UMA OPINIÃO PÚBLICA ILUMINADA

A história da humanidade tem sido aquela da compreensão e do uso de idéias aplicadas à vida humana e da manifestação sempre crescente de conceitos.

As idéias se relacionam primeiramente com aqueles impulsos espirituais e criativos que substituirão o antigo e construirão “novas casas”, a nova civilização na qual viverá a humanidade. Ciclo após ciclo e civilização após civilização, a refrescante corrente das idéias novas tem condicionado as moradas do homem e seu modo de vida e de expressão. Através do impacto destas idéias, a humanidade passa a ser algo melhor, maior e mais apropriada à vida de uma divindade, lentamente em manifestação.

Existem sete processos gerais que todas as verdadeiras idéias, todas as idéias de valores construtivos e de elevação espiritual, devem seguir antes que possam trazer efetivamente mudanças na consciência humana. Estes sete métodos são:

a) IMPOSIÇÃO: Aqueles que utilizam as idéias nesta forma as esgrimem com poderoso impacto, enfatizando os princípios de governo, os quais devem ser assimilados pela humanidade. Estas idéias produzem dois desenvolvimentos. Primeiro, iniciam um período de destruição e dissolução daquilo que é velho e um impedimento, o que é seguido pelo claro resplendor das novas idéias e a subseqüente captação pelas mentes inteligentes da humanidade. Tais idéias encarnam grandes princípios e qualificam a nova era.

b) UM PENSAMENTO PROFUNDO, MEDITAÇÃO E ASSIMILAÇÃO: Aqueles que trabalham com as idéias desta forma levam-nas a fundo na massa da humanidade, construindo uma matriz na qual novas idéias têm a oportunidade de crescer e serem desenvolvidas. Através desta matriz novas idéias têm a oportunidade de crescer rapidamente em seu poder, para afetar e produzir mudanças.

c) MANIPULAÇÃO, ADAPTAÇÃO: À medida que as idéias emergem das elevadas consciências daqueles que pensam em termos de princípios, estas são apresentadas atrativamente (com magnetismo) pelo segundo tipo de trabalhadores, e que são logo tomadas por estes trabalhadores, adaptadas às necessidades imediatas e apresentadas de forma verbal pela força do intelecto.

d) HARMONIZAÇÃO: As novas idéias devem ser mescladas com as velhas de modo que não haja uma brecha ou ruptura perigosa. Aqueles que trabalham com estes princípios produzem um “verdadeiro compromisso” e adaptam o novo e o velho de maneira que seja preservado o verdadeiro padrão. Eles estão ocupados no processo de estabelecer uma ponte, pois são os verdadeiros intuitivos e têm a capacidade da arte de síntese, de modo que seu trabalho pode ajudar a impulsionar uma verdadeira apresentação da imagem divina.

e) INVESTIGAÇÃO: Alguns trabalhadores investigam a forma para encontrar a sua idéia oculta, seu poder motivador. Este é a arte do cientista investigador. Compreendendo o significado por trás dos acontecimentos externos, reconhecendo as causas que criam as circunstâncias, os trabalhadores estão preparando este novo mundo no qual os homens trabalharão e viverão uma mais consciente e profunda vida espiritual.

f) IDEALISMO, DESEJOS EVOCADOS: O principal trabalho dos servidores nesta linha é o de capitalizar a desenvolvida tendência da humanidade de reconhecer as idéias, evitando fanatismo e desejos superficiais, treinar os pensadores mundiais a desejar ardentemente o bem, o verdadeiro e o belo, para que a idéia que deva ser materializada possa ser tomada dos planos mentais e revestida com alguma forma da terra.

g) MOVIMENTO ORGANIZADO: Esta tarefa situa-se no plano físico e está caracterizada por uma potente implementação rítmica. Este é um método que está entrando agora em crescente poder e utilização. Trasladar o ideal para uma construtiva atividade, de modo que possa encarnar tanto propósito de Deus quanto a humanidade possa produzir, requer muita habilidade na ação.

A diferença entre os métodos da era passada e os da nova era podem ser vistos na liderança de uma idéia por parte de um indivíduo, na imposição da idéia a seus semelhantes, e a direção de uma idéia por um grupo, o que produz idealismo grupal, que a focaliza numa forma definida, produzindo o nascimento de uma idéia sem denominação por parte de algum indivíduo.

A opinião pública é a crescente resposta às idéias de massa pela rapidez da evolução da mentalidade humana. Esta potente força tem sido objeto de um grande abuso. A psicologia de massa e o determinismo das multidões têm sido explorados ao longo das épocas porque os que não pensam, e são de natureza muito emocional, são levados facilmente em qualquer direção. Até agora isto foi utilizado para levar vantagem por aqueles que não participam em seus corações da busca do melhor para toda a humanidade. Foi utilizado para fins malignos e egoístas mais do que para o bem.

Uma opinião pública enfocada, determinada e iluminada é a força mais potente do mundo. Nenhuma ideologia, nação, ou nenhum grupo poderoso de seres humanos é imune à sua realidade. Nada tem comparação, mas tem sido muito pouco aproveitada.

Então o problema que enfrentamos é a criação de uma opinião pública iluminada, baseada nos princípios espirituais como uma força do bem no mundo.

A opinião pública iluminada é positiva, não produz receptividade negativa por seus efeitos. Sua premissa subjacente é que o pensamento e a energia da massa humana podem ser dirigidos para linhas corretas de modo que os bons motivos e a ação sábia podem dominar os assuntos da humanidade.

No coração da responsabilidade por conseguir uma opinião pública iluminada está o poder e o mérito do indivíduo, resumidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Cada um de nós, como indivíduo, é uma parte definida e integral do todo. Os valores do indivíduo estão, com toda certeza, baseados na divindade inerente do espírito humano e na integridade do todo. O reconhecimento do bem geral “um para todos, e todos para um”, é a base da opinião pública iluminada.

Dois princípios espirituais são necessários como pontos focais para a criação de uma força iluminada dentro dos assuntos mundiais. Estes são: Luz sobre o caminho e Boa Vontade prática. A Luz mostra-se como positividade. A Luz no caminho é a iluminação das mentes dos homens, de modo que eles possam ver as coisas tal como são e possam alcançar motivos corretos e a “forma” conseguir corretas relações humanas.

O poder motivador da Boa Vontade é essencial para a ação correta. A luz revela as metas; a ação motivada pela Boa Vontade libera a energia necessária para a conquista de tais metas.

Através dos sete métodos de: imposição, pensamento profundo, adaptação, harmonização, investigação, idealismo e movimento organizado, estes dois impulsos criativos de formação, a luz essencial e o amor, têm o poder de reorientar as idéias das massas de toda a humanidade e, aproveitados por muitas mentes, podem trazer a idéia de corretas relações humanas ao ponto em que se converta no ideal das massas e começará a tomar forma nos assuntos de todas as nações, do público e de toda a humanidade.

Somos capazes de reunir num todo nossa idéia de compartilhar as possibilidades da opinião pública iluminada. Diz-se que “nada pode deter uma idéia cujo momento chegou”. E quem que haja lutado para trabalhar com idéias e levá-las a formas construtivas, sabe bem que precedendo o nascimento de uma idéia há um longo e árduo processo de pensamento, de aplicação e de repetido pensar, e de relacionar a idéia às circunstâncias cotidianas, à tudo o que introduz a verdade dentro do corpo de planeta.

Uma idéia que tenha chegado dentro da mente pública, o fez assim porque o profundo e responsável pensamento de muitos indivíduos preparou o caminho para sua inclusão na arena dos acontecimentos humanos.

BOA VONTADE, A PONTE PARA A NOVA CIVILIZAÇÃO

Dentro desta totalidade de bilhões de pessoas que chamamos humanidade, cada indivíduo tem uma vida própria, funcionando como um ponto individualizado de consciência. Este sentido de orientação individual é a característica marcante de um ser humano. Mesmo assim, nenhuma pessoa permanece só, porque cada um de nós está integrado dentro de unidades maiores, do ponto de vista do nascimento. A vida de família constitui nossa primeira unidade de experiência, mas a raça, a religião, a nacionalidade, os tipos de trabalhos que fazemos e os grupos de interesses que desenvolvemos, são aspectos que vemos como facetas de nosso ser. Estas várias categorias da forma de vida humana se interpenetram umas nas outras, e nós não vemos isto como algo não usual. A própria humanidade tem criado através das épocas, ricas e variadas civilizações e nós vivemos e funcionamos dentro delas como partes das mesmas.

A nossa civilização mostra uma crescente vida de aspiração e de condutas humanas. A Humanidade não segue um roteiro incerto e sem rumo. Há um Plano. Este Plano sempre existiu e é parte de um modelo maior do Cosmos. Nossas civilizações são entidades de diferentes períodos de vida com o efeito inevitável de condicionar a existência do homem. As civilizações são criadas pelos homens, mas são construídas em resposta à divina vontade de Deus. Finalmente, há uma vida muito mais abundante que nós buscamos expressar através de nossas vidas, mas devemos desenvolver nosso conhecimento de Deus e nosso amor por Sua Criação de forma progressiva e gradual.

A ênfase material e a realização que não é espiritual governaram as últimas civilizações que emergiram da humanidade. A percepção, os desejos e os propósitos materiais guiaram nosso crescimento. Mas este enfoque não teria sido mantido se a humanidade tivesse mudado sua polarização emocional da sensibilidade para uma compreensão mais verdadeira dos princípios da vida. Nosso gradual desenvolvimento mental, ainda relativamente limitado, está procedendo de acordo com o Plano.

A mente do homem é tríplice:

A - A mente concreta inferior, que encontra sua expressão através dos meios materiais.
B - A alma, o princípio meio da mente, governado pelo amor.
C - A mente abstrata que gradualmente começa a ser uma parte consciente de nossas vidas.

O desenvolvimento material, como uma escala para o crescimento da consciência, encontrou sua consumação nos dois mil e quinhentos anos da era de Peixes. De todas as formas, os momentos de desenvolvimento dos últimos séculos exerceram uma poderosa influência sobre nós. O peso de nossos interesses deve descansar no nascimento de uma nova civilização, à medida que gradualmente fazemos a transição para a era de Aquário. Sobre isto deve ser posta toda nossa atenção e nossos cuidados.

Esta nova civilização tem o poder de restaurar o Plano de Deus na Terra. É através da Alma, o centro espiritual do homem, que este Plano pode ter sua primeira manifestação para uma civilização planetária. Os interesses políticos, educacionais, religiosos e econômicos, continuarão sendo os elementos de nossa sociedade, mas as bases de nossas vidas serão totalmente transformadas. A consciência autocentrada será transcendida na medida que nossa atenção for mudada para dar nascimento às energias espirituais de Luz, Amor e Poder numa nova civilização.

A humanidade é UNA. As barreiras que existem entre indivíduos, as divisões que nós erigimos entre nações e grupos; a separatividade que fere as condições humanas desde tempos imemoriais, serão reveladas como construtores artificiais de nossa mente concreta. Isto não significa que cessaremos de ser indivíduos, porque cada um de nós tem uma parte a desempenhar na elevação da humanidade. Significa que nosso sentido individual do eu será qualificado por uma consciência enriquecida e expandida na totalidade da humanidade.

Como será produzida esta maciça transformação na consciência?

O núcleo da nova civilização já existe hoje, alimentado e defendido pelos pensadores, por aqueles que amam e são membros da família humana, cujas vidas estão dedicadas ao serviço do desenvolvimento do Plano de Deus. Expandir este núcleo e torná-lo visível é a principal tarefa do Novo Grupo de Servidores do Mundo, à medida que são chamados. Para cumprir isto eles devem-se dirigir aos homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo.

Existem milhões de homens e mulheres de boa vontade, e é deles o poder de mudar as formas de vida. Estes homens e mulheres não devem, necessariamente, estar à vista, mas ao mesmo tempo devem ser distinguidos por sua presença, posto que são os membros responsáveis de nossas comunidades, cidades e nações. Eles são a Alma do corpo do mundo e têm a chave para a solução dos problemas do mesmo. Eles são transmissores de energia.

Devem ser chamados, hoje, todos os homens e mulheres de boa vontade. Deve ser engendrada uma atitude positiva para o futuro.

As atitudes mentais formuladas pelo homem, na medida que exercia sua vontade no controle material em seu entorno são o verdadeiro legado da civilização que está passando.

Tais atitudes, liberadas de suas amarras materiais, podem servir como agentes para fundir a capacidade mental do homem de construir criativamente segundo a visão de uma nova ordem mundial, baseada na justiça, na liberdade espiritual e nas retas medidas econômicas.

A energia da boa vontade é evocada espontaneamente por aquela positiva expectativa que tanto se pede. O reconhecimento amplamente difundido do mal causado pelo ódio e pela agressão em toda política nacional tornou possível o surgimento de uma nova atitude em todo o mundo, baseada na boa vontade.

A energia da boa vontade está abundantemente disponível para toda a humanidade, mas é um recurso ainda não totalmente aproveitado. No seu devido tempo a circulação e o estímulo desta energia nos assuntos humanos será imprimida na consciência maciça da humanidade.

A opinião pública reflete uma crescente resposta das massas de boa vontade e pode chegar a ser um produto desta opinião pública, servindo como um salutar e doce ingrediente na turbulência que existe nestes tempos de prova.

Podemos ter uma visão de tudo isto usando a imaginação criativa?

Podemos ser quem as apresentam?

Milhares de homens e mulheres permanecem como pontos de luz sobre a face da terra. Esta luz irradia do próprio coração e centro de seus seres e esta irradiação iluminará o caminho para o mundo vindouro. E é através da expressão iluminada da boa vontade que se abre o caminho para que transitemos de uma civilização para outra.

O VALOR DA RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL

Nesta época de mudança mundial para novos significados de vida, o destino dos homens e das nações está determinado pelos valores que governam as suas decisões. Um destes valores é a responsabilidade individual.

Existem hoje por toda parte, por trás da cena, homens e mulheres de boa vontade trabalhando para o bem comum da humanidade. Eles podem ser encontrados em todas as raças e classes sociais, em cada religião e ideologia.

Como um toque de clarim, seus esforços silenciosos para servir ao bem comum da unidade da humanidade, e a unidade das aspirações dos homens para o bem, a verdade e a beleza, reconhecem as palavras de Confúcio: "Sob o céu, uma só família". Eles são cidadãos da humanidade una, que provavelmente estejam de acordo com Sócrates quando disse: "Quando te perguntarem de que país és, nunca respondas 'sou um ateniense' ou 'sou um coríntio' mas digas: Sou um cidadão do mundo".

Hoje em dia, milhões de seres, membros da humanidade una, estão trabalhando para reconstruir o templo da vida do homem, para reconstruir a forma de vida da humanidade, e edificar a nova civilização sobre os alicerces da antiga e reorganizar a estrutura do pensamento e da política mundiais, além da redistribuição dos recursos do mundo.

Não são meros idealistas, mas homens e mulheres de boa vontade que reconhecem o valor da iniciativa e da criatividade individual. Eles reconhecem que uma nova ordem mundial pode ser e será realizada "por mãos e pés humanos". Aceitaram a responsabilidade pessoal pelo bem da totalidade.

O valor da responsabilidade individual pode inspirar a decisão e a ação.

GRUPO DE MEDITAÇÃO DA BOA VONTADE

O Grupo de meditação da boa vontade é um grupo mundial de pessoas que se reúnem em pensamento, a cada semana, para meditar sobre a energia da Boa Vontade. O propósito do grupo é estimular e incrementar o uso da Boa Vontade num mundo agitado. Sua função é atuar como um canal através do qual a energia da Boa Vontade pode fluir mais abundantemente dos níveis espirituais para os corações e as mentes dos homens.

Este grupo foi estabelecido por "Boa Vontade Mundial" em 1954, como resposta à urgente necessidade de mobilizar a potente energia da Boa Vontade em tempo de crise mundial. Está composto por uma ampla gama de pessoas de todas as raças e nacionalidades. Muitos dos membros do Grupo estão muito bem treinados e capacitados na meditação e estão trabalhando unidos por muitos anos.

Embora alguns dos membros do grupo podem escolher encontrar-se e meditar juntos, o grupo como um todo nunca se reúne, não há nenhuma necessidade de encontro, já que o trabalho é realizado nos níveis mentais. Simplesmente se associam mentalmente e trabalham unidos na meditação em qualquer lugar que puderem fazê-lo.

Os membros do grupo se propõem meditar pelo menos uma vez por semana. Eles tratam de sintonizar suas meditações e trabalhos ao meio-dia em ponto das quartas-feiras. O meio-dia da quarta-feira (o ponto médio da semana) é o ponto focal do esforço de todo o grupo. De todo modo, o trabalho da meditação pode ser sempre efetivo e tão de acordo com o que a pessoa escolher.

Toda pessoa sincera de pensamento e que deseja ser de utilidade e ajuda aos seus companheiros é bem-vinda a participar nesta tarefa e a somar a potência do poder de suas meditações para o esforço grupal. O seguinte delineamento de poder da meditação é oferecido a todos os que quiserem utilizá-lo. Não é necessário unir-se formalmente ao grupo ou escrever a alguém, mas todos aqueles que desejarem fazer saber sua participação nesta tarefa podem fazê-lo escrevendo para BOA VONTADE MUNDIAL e tal comunicação será apreciada.

O serviço de meditação sobre a Boa Vontade não está, supostamente, limitado a nenhum grupo ou organização, e há vários tipos de meditações que podem ser utilizadas. O grupo de meditação busca trabalhar em cooperação com todos os que trabalham para um mesmo fim. É uma atividade de serviço para as pessoas que crêem no poder do pensamento, porque seu trabalho se faz estritamente nos níveis mentais.

O poder do pensamento é aceito agora como uma realidade, e as frases "a energia segue o pensamento" e "como um homem pensa... assim ele é", são escutadas com freqüência. Assim, a energia segue o pensamento e a energia da boa vontade não é uma exceção. De fato, a mente é melhor portadora da potência da boa vontade do que as emoções. A boa vontade necessita de direção, e é a mente que lhe dá esta direção, permitindo à pessoa ou ao grupo invocar esta energia e dirigi-la para os canais desejados.

O Ritmo e a Cooperação são dois fatores muito importantes no trabalho grupal. Quando duas ou mais pessoas têm o mesmo pensamento, a potência individual de seus pensamentos aumenta progressivamente, não aritmética mas geometricamente. Quando o pensamento é levado com regularidade, o próprio ritmo produz uma maior potência. Pode-se ver a grande influência para o bem que está adormecida no poder do pensamento da massa e quando é enfocado e inteligentemente utilizado, indubitavelmente altera o curso dos acontecimentos mundiais.

Cada um de nós está imerso num complexo sistema de relações: individual, familiar, grupal, comunitário, nacional e internacional, que podem ser descritos como o sistema "horizontal" de relações. Cada pessoa é responsável por sustentar estas relações sobre uma correta base, através da prática consciente da boa vontade.

Mas a pessoa é também parte de outro sistema de relação, o "vertical", que a relaciona com os níveis de consciência espiritual, com a Hierarquia Espiritual, com Deus, com o Universo. Este sistema vertical pode ser sua fonte inesgotável de amor e boa vontade, com a qual a pessoa pode fazer contato através da prece, da meditação ou do pensamento reflexivo.

Trabalhando no centro destes sistemas de relação "horizontal" e "vertical", o Grupo de Meditação da Boa Vontade atua como um elo entre o mundo das realidades espirituais e o mundo dos homens, como um canal de comunicação entre Deus e o homem, através do qual as energias e o poder espiritual podem fluir para reconstruir um mundo que está em dificuldades. Este é o poder que pode energizar e vitalizar os homens e mulheres de boa vontade de todo o mundo e, se é apropriadamente utilizada e dirigida, pode se converter na "força salvadora" da humanidade.

PREPARAÇÃO PARA A MEDITAÇÃO

Pontos práticos:

a) Sente-se numa posição cômoda, reta mas não tensa. Relaxado. Certifique que sua respiração seja suave e tranqüila.

b) É conveniente meditar, sempre que for possível, no mesmo lugar.

c) São recomendados períodos regulares de dez a quinze minutos. Cinco minutos de meditação regular são de mais valor que trinta minutos feitos irregularmente.

d) Se você não tem experiência na meditação, provavelmente encontre dificuldades na concentração. É necessário a perseverança, e se for necessário, volte a mente ao ponto inicial do trabalho cada vez que ela começar a vaguear. Uma prática paciente sempre produz uma crescente habilidade.

Atitude a ser assumida:

a) Recorde que você compartilha seus esforços com milhares de outras pessoas de boa vontade.

b) Compreenda que você é essencialmente uma alma e como tal tem afinidade telepática com outras almas.

c) Recorde que a energia segue o pensamento.

d) Recorde que a meditação não é uma forma passiva, reflexiva de devoção, mas um uso positivo e criativo da mente, associando ativamente os mundos internos e externos.

e) Utilize a imaginação criativa para ver-se a si mesmo sendo Uno com a humanidade e com tudo o que é espiritual, em colaboração com o bem-estar da humanidade e com as corretas relações humanas.

f) Adote uma atitude confidente sabendo que você está atuando como um canal para a boa vontade. Esta atitude "como se", pode produzir potentes resultados.

MEDITAÇÃO SOBRE A BOA VONTADE

Primeira etapa:

a) Unir-se com todos aquelas pessoas do mundo que estão trabalhando com este grupo de meditação.

b) Reflita sobre o tema das relações. Você está relacionado com:

1. Sua família.
2. Sua comunidade.
3. Sua nação.
4. O mundo das nações.
5. A Humanidade Una, formada por todas as raças e nações.

c) Utilize este mantram de unificação:

Os filhos dos homens são uno e eu sou uno com eles.
Procuro amar e não odiar;
Procuro servir e não exigir serviço;
Procuro curar e não ferir.

Que a dor traga a devida recompensa de luz e de amor.
Que a alma controle a forma externa, a vida e tudo o que ocorre,
E traga à luz o amor que subjaz em tudo que ocorre nesta época.

Que venham a visão e a percepção interna.
Que o porvir fique revelado.
Que a união interna seja demonstrada.
Que cessem as divisões externas.
Que prevaleça o amor.
Que todos homens amem.

Segunda etapa:

a) Reflita sobre sua própria relação e a da humanidade com a Hierarquia Espiritual, o Governo interno do Planeta.

b) Imagine que você permanece no centro da Hierarquia Espiritual e está imerso na consciência do Cristo, o Coração de Amor dentro da Hierarquia.

c) Mantendo este elevado ponto de contato, faça com que seus pensamentos alcancem e incluam todos os membros da família humana, na qual a energia da boa vontade está ativa.

d) Pronuncie esta afirmação de silêncio:

No centro de todo Amor, eu permaneço;
Desse centro eu, a Alma, me expandirei;
Desse centro eu, aquele que serve, trabalharei;
Que o Amor do Divino Ser se derrame em meu coração,
Através de meu grupo e por todo o mundo.

Terceira etapa:

Visualize a energia do amor fluindo da Hierarquia Espiritual através dos homens e mulheres de boa vontade para os corações e mentes dos homens, inspirando-os com boa vontade, amor criativo e harmoniosas relações humanas.

Quarta etapa:

Medite sobre as formas de difundir a boa vontade, criando corretas relações e restaurando a paz na Terra.

Quinta etapa:

Compreenda que você está ajudando a construir um canal entre a Hierarquia Espiritual e o mundo dos homens, através do qual pode fluir a energia da boa vontade, unificando a humanidade, solucionando seus problemas e resolvendo todas as diferenças e separatividades.

Sexta etapa:

Unido em pensamento com os homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo, pronuncie a Grande Invocação. Faça-o com deliberação e pleno compromisso com o seu significado, sabendo que você está irradiando suas potentes energias a seus semelhantes:

A GRANDE INVOCAÇÃO

Do ponto de Luz na Mente de Deus
Flua luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus
Flua amor aos corações dos homens.
Que o Cristo volte à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens –
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz.
E que ele vede a porta onde mora o mal.

Que a Luz o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


OM OM OM

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