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Ensinamentos de I-EM-HOTEP


Os Chacras

Volto, novamente, a falar-lhes sobre os chacras. Seus cientistas de hoje começam a compreender a importância da cadeia endócrina e já sabem que do seu bom funcionamento e das secreções de suas glândulas dependem a vida e a inteligência do ser humano. A cadeia etérica é, do mesmo modo, importante para seu aperfeiçoamento sutil.

Na linguagem oriental, encontramos expressões tais como: um homem está "montando o elefante branco", está "ouvindo o zumbido dos insetos", está "vendo os sete mundos", "tocando sete metais" ou "banhando-se em sete rios". Tudo isso quer dizer que ele despertou a Kundalini e os centros psíquicos, e acordou nos sete planos de consciência. Dou-lhes estes termos, para que possam entender do que se trata, se os encontrarem.

Quero falar-lhes, agora, do método usado na Índia para despertar Kundalini. Quando é considerado que um aspirante pode fazê-lo, ensina-se a ele, além de uma respiração especial, a sentar-se, dia após dia, com a espinha reta, concentrando-se e dirigindo o olhar interno à ponta do triângulo descendente - o lótus, na base da coluna vertebral. Ele não deve ter outro pensamento na mente, além da identificação com este centro e sua divindade.

Na última palestra, dei-lhes algumas imagens tibetanas, representando o despertar de Kundalini. Na Índia, esse despertar é freqüentemente simbolizado por um elefante branco de sete trombas. Muitas vezes ele é montado pela Deusa Kali. Encontramos, também, imagens desta deusa montando uma serpente. Kali simboliza a força destrutiva e isso significa que o acordar de Kundalini desperta poderes que podem tornar-se destruidores.

Sendo assim, é muito importante que os pensamentos e desejos de um aspirante que procura acordar Kundalini, sejam isentos de impurezas, não apenas durante a concentração, mas em toda sua vida diária. Só o mais puro, o mais elevado, deve achar lugar em sua mente. Nenhum desejo inferior ou pensamento de crítica injusta deve ser alimentado. Se o aspirante despertar a força serpentina sem ter intenções elevadas, por .meio de uma meditação errada ou tendo pensamentos ou desejos Impuros, tornar-se-á logo um seguidor de Kali. Então, a força subindo, poderá causar um desequilíbrio mental, doenças físicas ou outras conseqüências nefastas.

Já lhes falei do despertar harmonioso dos chacras, levando o homem à perfeição. Devem conhecer também os perigos que podem resultar de uma subida prematura de Kundalini. Hoje em dia, no mundo ocidental há muitas pessoas que preconizam o despertar das forças psíquicas. Estas pessoas iludem seus eventuais seguidores com maravilhosas descobertas dos mundos invisíveis, podendo, assim, conduzi-los a um período de sofrimento e de trevas.

Prosseguindo em suas práticas, o aspirante faz subir Kundalini até a ponte. Aqui se acha uma outra divindade que, no Oriente, é às vezes simbolizada por uma estrela de seis pontas, de luminosa cor amarela. Os iogues dizem que a luz que projeta este centro, quando desperto, é como a luz de seis milhões de sóis. Sua força é chamada de relâmpago da alma. E uma corrente elétrica que age sobre o corpo inteiro.

Quando este chacra torna-se ativo, o homem pode sair conscientemente do corpo. Neste estágio, como já declarei antes, muita cautela é necessária, pois o aspirante toca as "irmãs gêmeas" ou a "deusa de duas cabeças". Essa deusa é representada, tendo um açoite numa das mãos e uma vara com uma estrela na outra, ambas apontando para cima. Isso quer dizer que, daí por diante, o caminho se desdobra e que os dois mundos poderão ser vistos. Quer dizer também que, para discernir a Verdade, o discípulo deve aprender a manter-se firmemente no meio, pois se no mundo sutil deixar-se levar de cá para lá, pelas influências que aí encontra, virá a ser um deturpador da Luz Etérica. Em outras palavras, o homem que despertou este centro, reflete já os dois lados, mas não pode ser considerado vidente seguro, enquanto não aprender a ver a Verdade do meio.

Continuando, Kundalini chega ao plexo solar. Aqui, a consciência psíquica e espiritual começa a despertar e, à medida que cada pétala se abre, ouvimos um curioso som, semelhante ao zumbido de abelhas distantes ou a um sino longínquo. O discípulo que atingiu este estágio, deve treinar sua mente para que fique receptiva às instruções do Mestre. Ele poderá sentir aqui um influxo de poder, logo imaginando que atingiu o grau de Adepto. Então, mais do que nunca, precisará de vigilância, para que o seu orgulho não o perca. A voz do seu "eu" inferior, revestindo-se com esse orgulho, pode assumir o lugar do Mestre e conduzi-lo à destruição. Devem sempre lembrar-se de que, quando o homem imagina que atingiu o máximo, no caminho da perfeição, é que está em perigo de tudo perder.

Pela meditação e concentração sobre o centro seguinte - o cardíaco - o homem pode entrar em contato com o seu Criador. Despertando este chacra, o discípulo torna-se capaz de transcender a matéria e alcançar os mundos etéreos, onde poderá absorver a sabedoria, o que lhe permitirá transmitir paz e harmonia aos seus semelhantes. Na contraparte etérica desse centro há sete câmaras, cada uma possuindo a sua divindade.

No Oriente, diz-se que cada chacra tem o seu bom e o seu mau deva ou guardião, pois há o caminho da mão direita e o da mão esquerda, e o homem possui o poder da livre escolha. Assim, na senda da esquerda está o deva do lado inferior de chacra, e, na direita, seu guardião celestial. De acordo com a qualidade de seus desejos, o homem é atraído por um ou por outro lado. Na região do umbigo, por exemplo, acha-se um centro psíquico, a sede dos desejos, e podem encontrar imagens orientais representando uma deusa vermelha com um punhal na mão e sangue fluindo do seu peito. Ela reside neste centro e vive dos desejos inferiores do ser humano. Dou-lhes essas explicações para que não fiquem muito chocados e para que possam compreender do que se trata, caso decidam estudar a literatura oriental.

Se o homem tiver dúvidas a respeito da fonte de sua instrução ou de suas instruções, ou receando que estas tenham sido deturpadas pelos pensamentos inferiores, deve isolar-se no silêncio, relaxar a ponto de não ter consciência de nada, e emitir sua nota mântrica, até que ela atinja os mais altos mundos etéreos. Fazendo assim, passa por um processo de purificação e sua alma é admitida lá, onde pode assegurar-se de que não se desviou do caminho certo. O homem que procura o progresso espiritual é provado a cada passo, e nunca deve estar satisfeito consigo mesmo, ou demasiadamente seguro desse progresso. No entanto, precisa saber, também, que tem a seu lado um mensageiro de Luz. Esse guia, porém, não possui o direito de manifestar sua presença, enquanto não for chamado.

Começando a concentração sobre o chacra básico, seria bom que aprendessem o simbolismo de todos os sete; que aprendessem o mais possível sobre as sete respirações, os sete planetas, os sete mundos e tudo o que é simbolizado pelo elefante de sete cabeças ou sete trombas. Desse modo, treinarão ao mesmo tempo o intelecto e trabalharão, também, de fora para dentro. É sempre bom reunir todos os fragmentos da Verdade e utilizar o intelecto e a memória.

Quando procuram despertar um chacra, identificando-se com ele, devem ter sempre em mente que entram em contato com tudo que lhe pertence. Despertando o primeiro centro, podem unir-se ao mundo mineral. Despertando o segundo, ao mundo vegetal. No plexo solar unem-se com o mundo animal e no cardíaco com os quatro reinos. Abrindo-os corretamente, um após outro, sem ser demasiadamente apressados ou desejosos de provar seus poderes, constatarão que a emanação de cada um destes centros faz vibrar uma nota no mundo ao qual este chacra pertence. Com o tempo, acharão que têm poder sobre os habitantes deste reino. Poderão, por exemplo, amansar os animais selvagens, poderão mandar-lhes dormir e eles dormirão. Reconhecerão em vocês o seu mestre, pois vocês aprenderam a "palavra do poder" no mundo deles. Quando abrirem o centro do coração, o homem inferior, não evoluído, reconhece-los-á também como seu mestre, e quando abrirem seus centros da cabeça, em cada um dos mundos suprafísicos, tocarão, respectivamente, uma nota clara e vibrante, atraindo seus habitantes, que os ajudarão e os ensinarão.

Posso, apenas, falar-lhes dessas coisas. A experiência e a realização devem ser suas próprias.

Terminando, torno ainda a repetir que nunca devem deixar-se levar pelo orgulho espiritual, pois poderão facilmente cair numa armadilha.

Perguntas e Respostas

P. No Egito antigo praticava-se o mesmo método que na Índia?

R. Não. Dou-lhes o da Índia que, em relação ao tempo, está mais perto de vocês. No Egito, praticávamos mais as viagens astrais ou a aquisição do conhecimento enquanto fora do corpo. Nosso modo de viver era completamente diferente do seu de hoje. Em nossos templos podíamos permanecer por muitas horas em sono, sem sermos incomodados. Adquiríamos a sabedoria em mundos etéreos e não em mundos materiais.

P. Os símbolos que encontramos nas estátuas ou pinturas egípcias, correspondem aos chacras?

R. Geralmente, sim. A cruz ansada, por exemplo, é o símbolo do chacra correspondente aos órgãos de geração. Se meditarem um pouco, compreenderão por que. É o símbolo da vida. A vara de Hermes simbolizava a coluna dorsal. O açoite - o plexo solar com seus doze raios. O sistro, usado pelas sacerdotisas - a árvore da vida, que é também a coluna dorsal. De modo geral, se pegarem todas as representações de divindades da Índia, do Tibete, do Egito ou da Grécia, descobrirão no simbolismo delas alguma coisa em comum com a cadeia endócrina. No entanto, cada vez que encontravam uma destas estátuas, chamavam-na de "Ídolo", sem o menor interesse para o que representava. Cada símbolo que estes "ídolos" seguram é o atributo de um chacra, e cada chacra, por sua vez, tem uma conexão com o sistema solar.

P. Não é bom desenvolver a clarividência, antes que os outros centros sejam abertos?

R. Pessoalmente, acho que é melhor acender primeiro o fogo de Kundalini, para que a chama, subindo, penetre lentamente em cada chacra, purificando e queimando os defeitos da personalidade. Assim, quando a Kundalini atinge o centro de clarividência, este é purificado. Em certas escolas psíquicas mandam concentrarem-se num ponto entre os olhos. Desse modo, a clarividência se desenvolve, sem, porém, desenvolver a sabedoria que deveria acompanhá-la. Não se abrem todas as pétalas do lótus. Abrem-se, geralmente, só uma ou duas. No desenvolvimento harmonizado, pelo contrário, pode-se ver como as pétalas se abrem uma após a outra; pode-se observar a estrela e a luz azul deste chacra. Realizam, então, todos seus atributos. O centro se expande plenamente e permanece aberto.

P. Kundalini pode atingir os chacras superiores sem abrir os inferiores?

R. A Kundalini pode ser desperta e subir sem enrolar-se ao redor dos chacras inferiores. Só quando a Kundalini toma o caminho serpentino ou espiral, é que vivifica os vários chacras. Se vai diretamente, pode acontecer que se enrole só ao atingir a cabeça, lá permanecendo. Parece-me, porém, que qualquer homem, possuindo um pouco de discernimento, quando aprende que possui esses centros e compreende sua importância e a de seus atributos, deveria começar logo a trabalhar desde o primeiro grau da escada da vida, despertando cada chacra e aprendendo a experiência de cada um. Quando, deste modo, a força atinge o cume, o homem é mais perfeito. Há também o seguinte: O homem que quer tornar-se instrutor de outros, deve ele mesmo, ter passado por todas as experiências, ter tido todas tentações. Um homem não pode compreender um ladrão se, ele próprio, nunca experimentou a cobiça. Ele não pode compreender alguém que está para matar, se nunca passou pelo fogo da paixão. Para tornar-se Adepto, deve ter conhecido e vencido todas as tentações, superado todas as fraquezas. Um Adepto é alguém que controla inteiramente seu ser inferior. Um homem que se isola e leva uma vida calma, fugindo das tentações, embora tenha aspirações e ideais os mais elevados, não pode ser chamado de Adepto. Ser Adepto, ser Mestre, é ter vencido todas as lutas. O homem deveria ser grato a todas as oportunidades que lhe permitem vencer sua natureza inferior. Adquire uma grande paz quando superou suas fraquezas. Seu Mestre não disse: "Àquele que venceu o mundo será dada a coroa da vida"? Vou dar-lhes um pequeno tema para resolver. Em seu livro do Apocalipse é dito: "Escutai o que diz o espírito às sete igrejas". Procurem descobrir o sentido disso. Para mim, cada uma destas igrejas é um chacra. Nunca o tinham pensado? A sua Bíblia é cheia de sabedoria, mas fizeram dela, entretanto, um livro de contos de fadas. Escutem, portanto, o que diz o espírito às sete igrejas, e talvez compreendam o que é bom e aconselhável para o desenvolvimento dos chacras. Uma parte das dificuldades, em seus esforços de hoje, para curar, ensinar ou discernir, está no fato de seus chacras não estarem inteiramente despertos. As pétalas estão parcialmente abertas. Seria bom, portanto, que começassem a trabalhar para que se abram totalmente. Cada chacra é um grande dom que lhes foi dado pelo Pai-Mãe, e em cada escondem-se poderes latentes que podem fazer de vocês um rei. Devem saber que Deus confiou ao cuidado de cada um de vocês essas jóias e vai lhes perguntar, ao voltarem à Casa, o que fizeram delas. Não será agradável admitir que, por falta de diligência, as perderam. Mas, se as devolverem mais belas, mais brilhantes, então a sua volta será feliz. No começo, o homem recebeu a Terra para governar e foi por causa de ter perdido as jóias que lhe foram dadas é que perdeu também seu poder. Agora chegou o tempo em que deve procurá-las, cavar profundamente, achá-las e limpá-las, para que de novo fiquem brilhantes e formem, no ser humano, uma corrente que emita Luz.

P. Não deveríamos passar por um grande treinamento antes de começar uma coisa tão perigosa como o despertar de Kundalini?

R. Antes de começá-lo, devem saber certas coisas, como, também, possuir aspirações elevadas. Procurando só os poderes, prejudicariam o seu plano mental. Naturalmente que nunca devem tentá-lo sozinho. Mesmo não fazendo nada de errado, é necessário que sejam acompanhados por seu instrutor, pois, entrando em contato com outros planos, nem sempre estarão isentos de medo. Poderão ter experiências nos mundos astrais inferiores e pensar que perderam o caminho, quando não será assim. Aqui seu instrutor poderá ajudá-los. Poderá, também, emitir seu som mântrico para elevar sua percepção.

P. É possível ter esses centros despertos sem sabê-lo?

R. Cada alma pertencente a um grupo, que toma parte num ritual - por exemplo num ritual planetário -, concentra-se sobre o raio ao qual pertence aquele planeta e o chacra correspondente começa a abrir devagar suas pétalas. Neste caso, porém, estão acompanhados por seu instrutor.

P. O senhor mencionou a nota mântrica. É isso que se chama a canção da vida?

R. Não. Eu tinha em mente a nota que lhes pode ser dada somente por seu instrutor.

P. O senhor diz que podemos despertar Kundalini somente sob a supervisão de um instrutor competente. Mas, quem o senhor sugere para ser instrutor de cada um de nós?

R. Eu lhes aconselharia que falassem a Deus, nosso Pai: "Pai, preciso de Vós. Procuro Vossa Luz". Então, sabendo que no devido tempo Deus lhes enviará um instrutor, esforcem-se, de acordo com a Luz que possuem dentro de si, a viver em preparação para receber o seu Mestre. Entretanto, estudem no plano mental e acharão que, curiosamente, são conduzidos a um livro, a uma leitura, talvez a uma classe. De uma coisa a outra, absorverão o conhecimento segundo uma determinada linha. Quando alguém procura o caminho espiritual e fala ao nosso Pai a respeito de seu desejo íntimo, rapidamente põe-se em contato com seu instrutor. Não está dito que "quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece"? Serão atraídos por amor, por respeito ou por uma emoção semelhante, a alguém que desejarão seguir. Então começam a absorver tudo o que ele procura transmitir à sua mente. Porém, uma vez que escolheram seu instrutor, devem ter a firmeza de permanecer com ele, mesmo se parecer olhá-los com indiferença. Não fiquem logo desanimados com isso, querendo ir embora, pois nenhum instrutor dará a sabedoria ao estudante sem tê-lo provado. Nem devem pensar que estão sozinhos, que seu Guru não se interessa por vocês. Ele tem todo o interesse em seu crescimento interno, mas pode ser seu desejo que aprendam a seguir o caminho sozinho e que procure transmitir-lhes a idéia de impersonalidade. Tendo encontrado o seu instrutor, devem permanecer com ele. Alguma coisa em seu coração conduzi-lo-á a ele. Entre o discípulo e o instrutor existe um laço espiritual. É maravilhoso ver esse laço de nosso lado. Ele cresce e se expande. Às vezes, há incompreensão por parte do estudante e o laço fica frouxo, porém isso nunca acontece do lado do instrutor. Este laço é tão forte que nunca se desfaz, e, com o tempo, o chela e o guru tornam-se uma mente só e não há mais necessidade de palavras entre eles. Lembrem-se que, se procurarem o progresso espiritual, nada lhes será negado. Acontece, às vezes, que alguém, tendo perdido um ser amado, queira desenvolver seus dons psíquicos apenas para entrar em contato com ele. Este é seu único motivo. Mesmo que um tal desejo seja bem compreensível, a finalidade sendo insuficiente, a pessoa não consegue o que procura, e fica triste e decepcionada. Se ela recebeu uma prova da continuidade da vida de seu amado, deveria procurar progredir para ajudar todos a chegarem à mesma compreensão. Diz-se que Deus envia Seus Anjos para servir aos que dão a vida em serviço a seus semelhantes. É bom lembrarem-se sempre de que o serviço prestado aos outros é a moeda - vocês a chamam de dinheiro com a qual pagam seu próprio progresso.

P. Procurar o desenvolvimento psíquico é perigoso?

R. No desenvolvimento psíquico, o maior perigo vem da própria natureza inferior. Se um homem se esforça para progredir espiritualmente, então está subindo a escada, e o desenvolvimento psíquico segue também. O espírito, a alma e a mente desenvolvem-se harmoniosamente. Sentar na escuridão, esperando para alguma coisa acontecer, é uma prática deplorável, pois o ser humano se abre à invasão de forças inferiores. A mente de um homem, em tal estado negativo, está adormecida e torna-se semelhante a um espelho, onde se refletem os pensamentos acumulados na camada inferior do plano astral. Antes que ele o perceba, pode se tornar um obsecado ou um ser controlado por entidades astrais inferiores. Uma vez que estas tomem posse, se o homem não é bastante forte e puro, podem puxá-lo para baixo, de acordo com as fraquezas de sua natureza. Se, porém, ele procura um desenvolvimento superior no plano mental, então sua mente não está adormecida, e sim alerta, pois é dirigida a uma coisa determinada. Ele treina sua visão interna, seu ouvido interno ou sua memória. No desenvolvimento referente ao plano mental, pelo uso da vontade, pode-se ter, também, fenômenos parecidos com os das sessões mediúnicas comuns. No ser humano há a força sexual. Em geral, essa força, tomando o caminho debaixo, constitui o meio da procriação da Natureza. O homem que procura o caminho ascendente, abstém-se e leva essa força para cima. Isto libera a secreção da cadeia endócrina, e uma matéria, composta de neuroplasma ou substância nervosa, pode ser exteriorizada através do baço. O espírito, utilizando-se dessa matéria, pode se manifestar, como o faz, pelo ectoplasma, e ser visto, tanto na luz vermelha como na azul. Esta é uma maneira superior e mais indicada de materialização. A pureza sempre protege, mas, se não houver uma pureza absoluta em todos os planos de consciência, é melhor deixar as coisas psíquicas de lado. Podem ficar surpresos de que alguém do mundo espiritual lhes dê um tal conselho. Isto, entretanto, é muito importante.

Nos tempos antigos, tínhamos, nos nossos templos, médiuns altamente treinados. Eram dos dois sexos: sacerdotes e sacerdotisas que nós chamávamos de Iluminatis". Era através da pureza de suas vidas que podíamos provar cientificamente a continuidade da vida. Fazíamos sessões ao luar. Essas pessoas adormeciam e de seu baço saía o neuroplasma, o qual dava a forma aos que chamávamos de nossos Guardiões. Estes conversavam conosco e instruíam-nos para o bem do povo. Isso poderia ser feito novamente se achassem os que tivessem condições e vontade para oferecer-se em serviço.

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