“Coube a outros a tarefa de escrever os Evangelhos. A mim, cabe
segui-los…”
(Sathyanaggar)
Constam nos anais não divulgados da
Hierarquia oculta que, num diálogo secreto entre Mestres da Sabedoria de alto
escalão e os filósofos e sábios Amonnyus Saccas e Apolónio de Tiana, nos
primeiros séculos da Era Cristã, às margens do Mar Tirreno, foram revelados
alguns segredos sobre a evolução da humanidade terrena que de modo algum
poderiam ser abertos ao mundo antes
Envolvido em mistério, o diálogo – em parte obra de ficção, em parte realidade oculta gravada nos registros akáshicos – permanece um Mistério só conhecido de altos iniciados, a quem são franqueados os acessos a arquivos desconhecidos pela humanidade comum.
Segundo consta, Saccas (circa 175 – Alexandria, 240/242) foi um filósofo neoplatônico nascido de pais cristãos. Mestre de Orígenes e Plotino, defendeu com denodo que o cristianismo e o paganismo não diferiam em pontos essenciais.
Quanto ao mago e filósofo neo-pitagórico Apolónio de Tiana (Απολλώνιος ο Τυανέας), constam nos anais da História oficial que o mesmo, no século I da Era cristã, partiu de Éfeso e viajou pela Babilônia, Índia e outros lugares sagrados absorvendo o misticismo oriental. Por conta disso, e pelo fato de ter sido um adepto do ascetismo com origem ilibada e vida santa, foram-lhe atribuídos vários milagres e profecias.
Apolónio foi vegetariano e discípulo de Pitágoras, que segundo ele tinha "uma certa sabedoria secreta que o capacitou a saber, não apenas quem ele era, mas também o que ele tinha sido: e não permitia que a sua barriga fosse profanada pelo partilhar da carne de animais".
Já Ammonyus Saccas é geralmente considerado como sendo precursor do neoplatonismo e um dos seus fundadores.
Entre as doutrinas propagadas por esses dois homens, separados por épocas distintas e, no entanto, próximas, destaca-se o fato de que a verdade subjacente a um conhecimento que transcende o tempo está acima de quaisquer religiões. Postulado que, quase dois milênios depois, em Nova York, em 1875, viria a constituir o lema da Sociedade Teosófica (ST), segundo o qual "Não há religião superior à verdade".
Fundada pela ocultista russa Helena Blavatsky e pelo coronel americano Henry Steel Olcott, e uma pequena plêiade de simpatizantes, hoje a ST é uma instituição mundial, presente em mais de 60 países, com a sede principal em Adhyar, na Índia. Os seus três objetivos apontam para a promoção da fraternidade universal; o estudo das religiões comparadas, ciência e filosofia; e a investigação das leis ocultas da natureza e dos poderes latentes no ser humano.
Esse segundo postulado, estudo comparado, cai como uma luva aos ensinamentos propagados pelos filósofos e sábios Saccas e Apolónio, que beberam de várias fontes para estabelecer suas doutrinas e fundamentos que não negam conhecimentos profundos anteriores à vinda do Cristo e de uma ancestralidade que se perde nas brumas do tempo infinito, quando “o Visível que foi e o Invisível que É, permaneciam no Eterno Não-Ser, o Único Ser. A Forma Una de Existência, sem limites, sem causa, se estendia em um eterno sono sem Sonhos” (HPB, Cosmogênese).
E abrimos espaço aqui para lembrar outro grego de Éfeso, Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, e que parte do princípio de que tudo é movimento, "tudo flui" (πάντα ῥεῖ).
Considerado o pai da dialética, Heráclito ressalta, contudo, que "tudo flui enquanto resultado da tensão contínua dos opostos em luta". Afinal, é atribuída a ele (talvez erroneamente, como veremos a seguir), a famosa “doutrina dos contrários”, segundo a qual a lei secreta do mundo reside na relação entre dois conceitos opostos, o bem e o mal, o quente e o frio, o dia e a noite, em luta permanente; mas, ao mesmo tempo, numa relação de interdependência: um não pode existir sem o outro.
Ensinamento que já era conhecido há milênios pelo Império do Meio, a
China, cuja filosofia taoísta pregava a existência do Yin e do Yang 
: duas forças antagônicas, opostas, contrárias, que se integram por
serem complementares. Ao se aprofundar os ensinamentos, percebe-se que estas
duas forças são dinâmicas e que elas regem nossa vida física, mental e
espiritual e que o segredo jaz no equilíbrio desses pares de opostos
(sattva).
Tudo isso encontra ressonância ainda nas Sete Leis Universais do Caibalion, formuladas na Antiguidade por Hermes Trismegistus (em grego Ἑρμῆς ὁ Τρισμέγιστος, "Hermes, o três vezes grande") uma figura mítica de origem algo desconhecida, mas que certamente foi um alto iniciado nos mistérios ocultos. São elas: as Leis do Mentalismo, da Correspondência, da Vibração, da Polaridade, Lei do Ritmo, Lei da Causa e Efeito e Lei do Gênero.
Muito mais poderia ser dito sem dúvida sobre este fascinante tema e estas especulações que excitam a mente da humanidade, mas o que foi posto já é mais do que suficiente para os objetivos deste breve ensaio, em parte cifrado em códigos inacessíveis ao não-iniciado, mas abertos à investigação e reflexão pelos estudantes de mente aberta e sincera busca.
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(Sathyanaggar, Brasília, Brasil - 2 de Setembro, ano 2024 da Era Cristã, Ano Tibetano 2151 do Dragão de Madeira, Ano Cósmico só revelado aos iniciados além da 5a graduação...)