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A GRANDE INVOCAÇÃO



A GRANDE INVOCAÇÃO - Um Mantra para a Nova Era e para Toda a Humanidade


Podemos muito nos maravilhar com sua inerente significação e, na medida em que aprofundamos a reflexão, talvez captemos um vislumbre da tremenda responsabilidade aceita pelo Tibetano ao se esforçar em plasmar na língua inglesa a expressão desta Invocação. A preparação para este trabalho exigiu tensões e desenvolvimento de capacidades que apenas cabem em nossa imaginação. Depois de quase trinta anos de ativa associação com o Mestre, a senhora Bailey esteve qualificada para assisti-lo na sua redação. Recordo muito bem a tensão daqueles dias que antecederam a manhã em que, logo depois do nascer do sol, a senhora Bailey trouxe à minha presença as palavras desta Invocação, exatamente como foram ditadas pelo Tibetano. Foi, sem dúvida, o momento de maior unificação alcançada entre ambos. (Foster Bailey, “The Beacon”, junho de 1951)

Exorto-os a penetrar, através da meditação, mais profundamente no significado destas palavras, estas assombrosas palavras. Elas contêm, até onde é possível no idioma moderno, a fórmula que a Hierarquia possui desde que foi fundada na Terra, mas somente agora está à disposição do gênero humano devido à etapa de evolução alcançada. A maravilha destas estrofes mântricas consiste em que são compreensíveis tanto para os membros da família humana como para os integrantes do Reino de Deus. (Discipulado na Nova Era, Vol. II pág. 143)

Produzir a Grande Invocação requereu uma preparação especial por parte do próprio Mestre Djwhal Khul e uma cuidadosa precipitação, palavra por palavra, no cérebro de AAB. A Invocação, tal como é empregada por Cristo, não tem expressão possível na língua inglesa. A obtenção deste mantram demandou uma tensão especialmente elevada em todos os sincronizados veículos de AAB, que foi induzida pelo próprio Tibetano. Todos os seus centros superiores estavam abertos e em pleno funcionamento. A tradução da Grande Invocação para o inglês foi realmente uma conquista de transcendente importância, da qual o Mestre estava notoriamente satisfeito. Quem poderia presumir ser capaz de melhorá-la? (Foster Bailey - "Running God's Plan")

A GRANDE INVOCAÇÃO - Um Mantra para a Nova Era e para Toda a Humanidade

Do ponto de Luz na Mente de Deus
Flua luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus
Flua amor aos corações dos homens.
Que o Cristo volte à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens –
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz.
E que ele vede a porta onde mora o mal.

Que a Luz o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

“Busquem a ideia abstrata e subjacente nesta Invocação. Está aí. Da sua reação à esta Invocação e da capacidade de empregar suas frases como “degraus” que levarão a certos níveis de pensamento abstrato, até agora não alcançados, poderei julgar se estão preparados...” (Discipulado na Nova Era, Vol. II, pág. 144)

Desde que a Grande Invocação foi divulgada em abril de 1945, ela foi traduzida em, aproximadamente, 75 idiomas e dialetos, e sua distribuição é agora mundial.

A Grande Invocação proclama o destino e o Plano para a humanidade na entrante Era de Aquário. Ela é em si uma prece, uma invocação e um meio de alinhamento que proporciona afluência espiritual direta de elevados planos para o próprio coração da humanidade. Na aparente simplicidade da Grande Invocação esboça-se a crucial função a ser exercida pela humanidade dentro do Plano Divino. Função que assumirá quando tiver alcançado o seu insubstituível posto de membro entrante e ativo do Triângulo Planetário que inclui também Shamballa, o centro onde a Vontade de Deus é conhecida, e a Hierarquia, o centro cardíaco e ponto focal, ou via de acesso para o Amor Divino. No coração deste grande triângulo está o Cristo, o Mestre do Mundo, Aquele Que há de vir, o esperado por pessoas de todos os credos e conhecido por vários nomes. Diz-se ser a Grande Invocação a mais completa e nova expressão do Cristo, como também uma ferramenta dada à humanidade para ajudar no preparo para o reaparecimento do Cristo.

Ninguém pode trabalhar com esta Invocação ou prece para a iluminação e o amor sem promover poderosas mudanças nas suas próprias atitudes, sua intenção de vida, caráter e metas. Tal é o poder deste grande mantra que, quando empregado com regularidade e esforço persistente, penetrando até o seu mais recôndito propósito e significado, a própria vida experimenta uma profunda mudança para melhor utilidade espiritual. É assim que o espírito de cooperação com o Plano Divino toma forma na mente e coração de quem trabalha inteligentemente com e em nome da Grande Invocação.

Consideremos agora algumas perguntas ocasionalmente formuladas sobre esta invocação e sobre o uso da mesma. Todas as respostas foram extraídas da obra de Alice A. Bailey.

Qual é a origem da Grande Invocação?

A Grande Invocação foi dada à humanidade pela Hierarquia Espiritual, Que é o conjunto daqueles membros da raça que triunfaram sobre a matéria e alcançaram a meta da maestria sobre si próprios pelo mesmo caminho trilhado pelos indivíduos hoje. A Hierarquia Espiritual é o resultado da atividade, aspiração e conquistas humanas. Foi criada pela humanidade, de onde surgem os seus membros. Estes alcançaram um completo controle sobre a personalidade ou eu inferior. Já não estão centrados na consciência individualizada, mas alcançaram um amplo reconhecimento da vida grupal planetária, em que inclui todos os estágios, desde o incipiente sentido de responsabilidade social do homem ou mulher que dá os primeiros passos no caminho da maturidade espiritual, até o inclusivo entendimento do próprio Cristo.

Os Mestres são conhecidos como os “Guardiões do Plano”. O Plano é o modelo do Propósito Divino para todas as pessoas de qualquer rincão do Planeta e que só pode ser realizado através da humanidade, porque a Hierarquia trabalha sob a Lei Espiritual e nunca exerce pressão ou coerção sobre os seres humanos. A liberdade individual, particularmente a liberdade mental, nunca é infringida.

Cumpre-se o Plano guiado pelo poder impulsionador da própria evolução. A Grande Invocação foi difundida com o propósito de acelerar o desenvolvimento evolutivo humano. O processo foi realizado em três etapas e cobriu um período de nove anos, os quais incluíram o evento físico da segunda fase da Guerra Mundial. Como fruto da colaboração entre Alice A. Bailey e um Mestre Tibetano de Sabedoria, “sete antiquíssimas palavras-símbolos” foram traduzidas para o inglês em frases “compreensíveis e adequadas”. Essas sete formas simbólicas, um enunciado para os próximos 2000 anos, constituem a nova e completa afirmação do Cristo. Por isso cita-se a Grande Invocação como “o mantra do próprio Cristo”.

Por quê a Grande Invocação não foi divulgada antes de 1945?

A Guerra Mundial, que em abril de 1945 estava chegando ao fim, teve um profundo efeito sobre o Planeta inteiro. A mais superlativa guerra da história do homem causou sofrimentos indizíveis mas, literalmente, também provocou uma explosão na consciência humana, abrindo seus canais com violência, como resultado da destruição de instituições e hábitos de vida antigos e caducos, como também de formas mentais cristalizadas que mantinham a humanidade na prisão da separatividade e do materialismo, particularmente desde os tempos da Revolução Industrial.

A agonia da guerra, a dor e a decomposição da família humana levaram o Cristo, em 1945, a tomar uma grande decisão. Ele surgiria mais uma vez ao contato físico com a humanidade se os próprios seres humanos conseguissem efetuar os primeiros passos no estabelecimento de corretas relações humanas, e deu assim ao mundo uma das mais antigas preces que se conhece e que havia estado reservada somente para o uso dos mais excelsos seres espirituais. O próprio Cristo pronunciou a Grande Invocação pela primeira vez em Junho de 1945.

Quem é o Cristo e por quê se evoca o Seu retorno?

O Cristo é a cabeça da Hierarquia Espiritual do nosso Planeta: “O Mestre de todos os Mestres e o Instrutor tanto dos anjos como dos homens”. O Cristo pertence a toda a humanidade e não somente às igrejas e credos religiosos do mundo. Trabalha para todos, sem distinção de fé religiosa. Não pertence ao mundo cristão mais do que ao budista, judeu, muçulmano ou hindu. Na realidade o nome “Cristo” é empregado na Hierarquia como título de um cargo e de nenhuma maneira limitado a ação religiosa, mas relacionado com a totalidade dos sete departamentos de trabalho hierárquico, dos quais a Religião é apenas um, sendo os demais os do Governo, da Educação, da Ciência, da Filosofia, da Psicologia, da Arte e Cultura.

Na Grande Invocação o Cristo é invocado tal como é conhecido pela Hierarquia. Este mantra está destinado ao uso tanto de pessoas de inclinação religiosa como daqueles que não professam nenhum credo. O uso do nome “Cristo” tal como aparece na Grande Invocação não implica uma limitação no entendimento espiritual, mas uma expansão. E assim deverá ser na Nova Era.

O Cristo é conhecido como “o Instrutor Mundial”, é aquele grande Ser a quem os budistas conhecem como o Senhor Maitreya, e os muçulmanos como o Iman Mahdi. As palavras “Cristo” (do grego “CHRIO” – “UNGIR”) e “Messias” (do hebreu “MÂSHÎAHH”) remetem, ambas, ao mesmo significado: “o consagrado”, “o ungido”, ou assinalado como sagrado. Esta definição aponta a função do Cristo como AVATAR: mensageiro divino que reflete o princípio cósmico de Amor. Um Avatar é um ser possuidor de uma capacidade única para transmitir energia ou poder divino. A raiz sânscrita “AVATAR” significa, literalmente, “descer de muito longe”, que transmite a ideia de proteção superior. Avatar é um evento ou uma personificação de um princípio divino ou qualidade superior que busca ancorar-se na Terra. Mas, essa necessidade deve ser reconhecida pela humanidade e maciçamente invocada para conseguir precipitar a descida de um Avatar.

Estabelecer um núcleo de energia constante é a tarefa incessante de um Avatar e o seu trabalho depende da disposição de resposta da humanidade. Essa necessidade, com frequência, não se manifesta até que os homens tenham esgotado todos os recursos. Só então surge o impulso para a busca de um Mediador ou Intermediário divino, e esta esperança e expectativa deslizam como por um fio dourado através de todos os credos do globo.

Se Cristo nunca deixou a humanidade, por quê se diz que deve retornar à Terra?

Na realidade Cristo não pode retornar porque sempre esteve aqui na Terra. Somente pode reaparecer. Este aparente retorno será a atividade visível e externa nas questões de índole concreta. Entretanto, como sabemos, “ver” e “reconhecer” são duas coisas muito diferentes. O Cristo será reconhecido pelos que possuem a capacidade de responder, de alguma maneira e em algum nível, à qualidade crística, já que, de acordo com a lei, O SEMELHANTE ATRAI O SEMELHANTE. O Cristo transmitirá uma energia divina que estimulará o seu correspondente princípio na humanidade, na qual subjaz profundamente oculto e latente. Todo aquele que busca retas relações humanas ver-se-á automaticamente atraído para Ele, pertença ou não a uma das religiões do mundo. Os verdadeiros seguidores de Cristo são os que amam seus irmãos e não veem barreira entre as pessoas, já que o maior efeito do reaparecimento deste Avatar será a estimulação do espírito da inclusividade.

Como saber quando o Cristo retornará?

O Cristo não será anunciado por proclamadores; ninguém exclamará “Ele está aqui” ou “Ele está ali”, mas será reconhecido por todos aqueles nos quais o princípio crístico, que é Amor, estiver despertando. Não concerne à humanidade fixar o tempo do Seu reaparecimento, nem esperar nenhuma ajuda milagrosa ou fenômeno não usual. O Cristo virá inexoravelmente quando a paz houver sido restaurada em certa medida; quando o princípio do compartilhamento estiver ao menos em vias de controlar os assuntos econômicos; as instituições religiosas e grupos políticos tenham começado seu processo de limpeza. Se realizarmos corretamente o nosso trabalho, Ele virá no tempo assinalado. Como, onde ou quando não é problema nosso. “Porém, no momento em que não pensardes, Ele virá”. (Mateus 24:44).

Alguns sinais da proximidade do Cristo podem ser apreciados no recente “Ciclo de Conferências”, particularmente nas últimas décadas e organizadas em geral sob os auspícios das Nações Unidas, em áreas problemáticas tais como os direitos humanos, as carências das crianças e mulheres, urbanismo e moradia, crescimento demográfico, meio ambiente e desenvolvimento. A presença da energia do Cristo constitui uma força atrativa que vincula e une para o BEM COMUM. Este espírito está se tornando cada vez mais evidente no aporte do Novo Grupo de Servidores do Mundo, um agrupamento subjetivo de todos os homens e mulheres de boa vontade que trabalham ativamente em nome do Plano. Em todas as áreas da atividade humana, este Grupo encontra-se trabalhando em prol do estabelecimento de corretas relações humanas, requisito fundamental para o reaparecimento do Avatar do Amor. A Grande Invocação é essencialmente o mantra particular do Cristo, e seu pronunciamento foi sentido no mundo inteiro através da sua própria enunciação por Cristo e pelo seu uso pela Hierarquia. Cada discípulo deveria fazer da sua distribuição e do seu uso diário, uma obrigação e dever primordiais, já que esta Invocação pode ser usada com profundo efeito, em especial por aqueles que desenvolveram o hábito da meditação e, consequentemente, possuem alguma habilidade de concentração mental e intensa focalização. A contribuição mais significativa dos que ajudam a preparar o caminho de retorno do Cristo é ensinar a humanidade a usar este mantram, de tal maneira que eventualmente se converta numa prece de alcance mundial, focalizando assim a demanda invocativa da raça humana.

Que é “Invocação”?

Invocação e sua inevitável resposta, a evocação, descrevem esse “algo” misterioso – emanação, apelo silencioso, impulso inerente para a luz – que é inato em todas as formas e a causa de todo progresso ou tendência ascendente que conduz ao longo do caminho de expansão da consciência e penetração na luz. Esta verdade aplica-se a uma planta que abre caminho na obscuridade da terra para a luz; a uma criança ao expelir-se do útero materno sob a influência do impulso da vida; ao ser humano que luta por subir a planos de maior conhecimento; ao aspirante e discípulo que avança decidido pelos caminhos da liberação; e também aos mais excelsos seres que penetram nos reinos da vida divina, muito além do alcance da compreensão humana.

Tudo isso é gerado através da invocação e evocação: o chamado e sua resposta.

Esta tendência evolutiva de abrir caminho da obscuridade para a luz, do irreal ao real e da morte à imortalidade, é um anseio inerente a todas as formas. É o impulso motivador da evolução e da interação de causa e efeito, já que sempre obtemos o que invocamos. O conhecimento deste fato científico será uma das grandes forças liberadoras para a humanidade.

Por quê a Grande Invocação é ao mesmo tempo uma prece e uma invocação?

A Grande Invocação pode ser usada com especial efetividade pelos que possuem pelo menos um mínimo de treinamento em meditação. O discípulo treinado pode usá-la simultaneamente em vários níveis. Mas a Grande Invocação não é um exercício de meditação. É especialmente uma prece que sintetiza o mais elevado desejo, aspiração e demanda espiritual da própria alma da humanidade. Este reconhecimento deve sempre acompanhar o seu uso.

Por quê cada uma das suas quatro estrofes faz referência à Humanidade?

Todas as vidas e aspectos do desenvolvimento evolutivo têm o seu ponto de encontro na raça humana, o quarto reino, mediador entre a ampla gama e variedade das vidas que compõem o nosso Planeta Terra. Nele, o quarto reino, os reinos subumanos – mineral, vegetal e animal – chegam à sua culminação e os reinos super-humanos encontram sua oportunidade, já que através do reino humano passaram todas as vidas supra-humanas, em algum estágio do seu desenvolvimento passado.

A nota-chave do nosso Logos Planetário, o Senhor do Mundo, a quem chamamos Deus, é a “HUMANIDADE”, que é a base, a meta e a estrutura interna essencial de todo ser. A própria humanidade é a chave para todo o processo evolutivo e para um correto entendimento do Plano Divino para nosso mundo. Toda vida progride até o estágio humano, ou encontra-se na atualidade transitando nele, ou o transcendeu e o deixou pata trás. A uniformidade de experiência que isto instila torna possível a arte do contato com o divino e a ciência da impressão. Tudo que vive sobre a Terra foi, é ou será humano.

Que significa a porta onde mora o mal?

Os três aspectos ou potências divinas: Mente, Amor e Vontade encontram o seu ponto de apoio na própria humanidade, “o centro a que chamamos raça dos homens”. Aqui e somente aqui pode ser cumprida a promessa do futuro, já que somente aqui as qualidades divinas podem se expressar por si mesmas e cumprir a sua incumbência. É somente através da humanidade, só e sem ajuda (exceto pelo Espírito Divino que mora em cada ser humano), que “a porta onde mora o mal” pode ser fechada. Não é Deus quem fecha essa porta, nem é a Hierarquia quem força o mal a retroceder para o lugar onde teve origem, já que aqui a Grande Invocação não se refere ao mal gerado nos níveis cósmicos, e, por conseguinte, fora do alcance do raio de redenção do homem, mas àquilo em que lhe é permitido manifestar: no egoísmo humano, no ódio, na separatividade, no materialismo. É à humanidade que luta, sofre e aspira, a quem está encomendada a tarefa de fechar a porta e ela, a humanidade, está à altura desta empreitada. A responsabilidade compartilhada com os Mestres, os mais hábeis e treinados no uso da Invocação, consiste em focalizar e ancorar no reino humano as energias invocadas de Luz, de Amor e de Poder. Deste ponto de vista, a humanidade está capacitada para assumir a tarefa.

Se todas as linhas de desenvolvimento evolutivo têm seu ponto de encontro na HUMANIDADE, por quê a Grande Invocação faz referência aos “homens”?

Aqui pode resultar iluminadora uma visita a esse livro tão oculto, o dicionário. No idioma inglês, “MAN” (homem) tem sua origem na palavra sânscrita MANU, que significa “ser humano”, cuja raiz, “MAN”, é o verbo “pensar”. “MAN” (homem) tem o significado de “entidade pensante”, ou “o que pensa”. Este é um ponto altamente significativo que não se assemelha à noção de gênero sexual, mas àquele aspecto que é comum a todos os membros do reino humano, e que dota a humanidade com um fator chave e tão importante na evolução, A MENTE.

A primeira estrofe da Grande Invocação invoca a Luz que se origina na Mente de Deus, uma luz que busca um canal de entrada no nosso planeta com o propósito de redenção da substância planetária, por meio da intercessão da mente humana. A mente é o que faz do homem uma coerente unidade de consciência, e a inteligência constitui a base da separatividade. Entretanto, “MANAS”, inteligência criativa, é a chave do portal do quinto reino da natureza: A Hierarquia ou Reino das Almas.

A mente é tanto um fator de limitação, de separação, como de contato com reinos internos e superiores. É o registro de toda espécie de impressões. A responsabilidade fundamental da humanidade é a de atuar como um grande agente de impressão em relação aos três reinos subumanos da natureza: o animal, o vegetal e o mineral. O destino da raça humana é ser expoente, intérprete ou representante da Mente de Deus. Daí a estreita relação entre a primeira estrofe que invoca Luz que flui da Mente de Deus e a quarta, que invoca a restauração do Plano Divino sobre a Terra, através do esforço cooperador da humanidade. É à função do homem como mediador e redentor, a entidade pensante e receptora de luz, a quem é dirigida a Invocação.

Que é a “raça” dos homens?

“RAÇA” no sentido empregado na Grande Invocação refere-se a um estágio evolutivo. A raça dos homens é um dos três centros planetários – Shamballa, Hierarquia e a Humanidade – no nosso planeta. A íntima relação entre estes três centros permite uma série ininterrupta de impressões, relacionando um centro com outro e desenvolvendo a Ciência da Invocação e Evocação. Shamballa atua como centro coronário – centro de recepção e de direção – do nosso Logos Planetário; a Hierarquia é o centro cardíaco – centro de Amor includente, de coesão e de circulação da energia portadora de vida; e a Humanidade constitui o centro laríngeo, o principal agente criativo sobre o Planeta.

A característica primordial da raça humana, na sua atual etapa evolutiva, é a sua capacidade para desenvolver sensibilidade inteligente à impressão. “A raça dos homens” inclui aqueles que são sensíveis à impressão originada tanto nos níveis “superiores” humanos como nos “inferiores”. Na medida que a humanidade se torna experta em invocar a impressão hierárquica, as civilizações e culturas criadas pelo homem vão, de modo crescente, aumentando sua aderência ao Plano. Vemos mais uma vez surgir outra razão para se dar importância ao centro a que chamamos raça dos homens e uma indicação da crise da humanidade, já que o homem chegou a um ponto tão avançado de desenvolvimento e despertar intelectual que nada poderá deter o seu progresso para o conhecimento, o qual poderia ser usado irresponsavelmente ou aplicado de forma egoísta se não fossem tomadas medidas de proteção.

Por quê se descreve as vontades dos homens como “pequenas” se a cooperação consciente do homem é necessária para que se realize o Plano na Terra?

A vontade pessoal é a que busca sustentar e apoiar no ser humano a ilusão da existência independente e separada. A “pequena” vontade do eu inferior dota o homem com o instinto da autopreservação e autoafirmação. A vontade da personalidade está governada pela mente inferior, analítica e apegada à forma, e o desejo é a contraparte emocional desta vontade.

Quando a mente inferior é posta em contato com o princípio mental superior abstrato, por intermédio do antakarana - ponte na consciência criada pela meditação e o serviço - a vontade humana torna-se agente do Plano, demonstrando tal dedicação para servi-Lo a qualquer preço, na medida que Ele vai sendo gradativamente compreendido. Tão profunda é a energia da vontade pura que somente um pensador coordenado e consagrado é capaz de registrá-la e dominá-la, devido a que a vontade espiritual é uma expressão da Lei do Sacrifício.

Qual é o período de tempo indicado para o uso da Grande Invocação?

Diz-se que a Grande Invocação tem um símbolo nos arquivos dos Mestres que indica a era ou período na história humana durante a qual pode e deve ser empregada. Porque a Grande Invocação é o mantra do próprio Cristo e Sua mais completa expressão ou enunciação para a Era de Aquário, podemos inferir que o período de seu uso abarcará o próximo intervalo de 2000 anos. É uma prece grupal para toda a humanidade da Era de Aquário e portanto pode ser usada como uma invocação da mesma maneira como uma oração.

A humanidade alcançou um ponto crítico na evolução. A inteligência humana está, na atualidade, tão profundamente despertada que inevitavelmente o progresso voltou-se para áreas do conhecimento cujo uso incorreto e aplicação egoísta podem resultar perigosas se nada se fizer para salvaguardar o homem de si mesmo. O Homem deve ser instruído para ser capaz de responder a valores mais espirituais e elevados. De outra maneira o estado de integração em incrementação em muitos milhões de seres humanos será simplesmente dirigido, com maior efetividade, para propósitos individualistas e materialistas. O aspecto forma da manifestação - mente, emoção e cérebro - deve ser canalizado para seus princípios correspondentes: sabedoria, amor e propósito dirigido.

Corresponde à humanidade a responsabilidade de implementar o Plano de Amor e de Luz sobre a Terra. Com relação a isso nos é apresentado a oportunidade dos Triângulos, uma atividade meditativa na qual grupos de três indivíduos se unem diariamente em consciência, pronunciando a Grande Invocação e visualizando as energias de Luz e de Boa Vontade, irradiando-se através de toda a rede planetária de Triângulos. Esta rede subjetiva melhora as avenidas de ingresso por onde a Luz, o Amor e a Vontade de Deus podem fluir com crescente intensidade e incrementada vitalidade, promovendo a transformação da vida humana e o estabelecimento de uma era de corretas relações humanas.

A Grande Invocação proporciona, como resultado do seu uso correto, um influxo espiritual que, provindo das mais elevadas fontes de espiritualidade, chega diretamente ao coração da humanidade. Mediante a recepção, uso e distribuição da Grande Invocação, a raça humana está sendo partícipe de um evento cósmico de transcendente importância.

A Era entrante trará aos discípulos e aspirantes espirituais uma compreensão cada vez mais profunda e renovada da potente energia que encerram as “Palavras de Poder”, tais como a Grande Invocação. O discípulo do futuro trabalhará e construirá o novo mundo, com sua cultura e civilização, apoiado num entendimento do ritual e através do emprego da potência contida no som. Mediante o estudo dos valores tonais, dos índices numerais, e do poder inerente das Palavras de Poder, a humanidade, no seu devido tempo, adquirirá habilidade na construção de formas e na geração de atividades grupais que expressem verdadeiramente o Plano. Já compreendemos como as mais intrincadas e complexas verdades podem ser reduzidas a fórmulas científicas mediante o uso de uns poucos símbolos e sinais. Uma palavra ou palavras também podem proporcionar o “poder de personificação” para realidades espirituais. Como diz a Bíblia: “Deus falou e os mundos foram criados”. Tal é o potencial espiritual contido na Grande Invocação quando empregada com exatidão, compreensão da sua origem divina e a qualidade anímica da verdadeira humildade.

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