Navegação

CEOMT - Centro de Estudo da Obra do Mestre Tibetano


Um Tratado sobre o Fogo Cósmico
Estudos 126 a 150


Estudo 126

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Cósmico (Páginas 295, 297 e 298)

Estudaremos nesta etapa o assunto Manas em maior profundidade, considerando seus efeitos e suas aplicações, bem como suas fontes. O objetivo que nos leva a prosseguir é que os conhecimentos transmitidos não só permitam um melhor entendimento de nós mesmos, dos outros e do mundo fenomênico, mas também que sejam aplicados para acelerar nossa evolução e obtenção mais rápida da liberação dos três mundos inferiores e a entrada nos planos superiores, onde a evolução é muito mais acelerada e a vida muitíssimo mais intensa e abundante, como falou o Sr. Maitreya, o Cristo.

Antes de continuarmos, vejamos uma situação cósmica comprovadora da importância de Manas no atual sistema solar. A estrela binária Sírius, as sete Plêiades, das quais Alcione é a mais importante, Saturno e Vênus, exercem forte influência no nosso sistema solar e na Terra. Sírius é o centro frontal no corpo do nosso Logos Cósmico, sendo portanto do quinto raio e Manas. O Logos de Sírius, que é um Logos Maior dentro do corpo do nosso Logos Cósmico, é o Instrutor do nosso Logos Solar, que é menor, sendo portanto mental ou manásica essa relação, uma vez que o Logos de Sírius é o quinto Raio, da Mente Concreta (em nível cósmico). Além disso a Loja Azul de Sírius orienta a nossa Loja Branca, da Hierarquia Terrestre. As Plêiades são o centro laríngeo do Logos Cósmico, sendo o centro laríngeo regido pelo terceiro raio, o raio de Manas. Vênus é do quinto raio e está fortemente ligado ao nosso Logos Planetário, tendo sido de capital importância no processo de despertar a mente no homem lemuriano. Saturno, que também está ligado ao nosso Logos Planetário, é o centro laríngeo do nosso Logos Solar, sendo também mental sua relação. Portanto, temos quatro Entidades relacionando-se com a Terra na área de Manas. Não pode haver dúvidas que Manas é de suma importância no atual sistema solar e na Terra. Mais uma vez o Mestre Tibetano está certíssimo, quando enfatiza essa importância de Manas. Além do mais, toda a argumentação do Mestre é de uma lógica impressionante.

De onde vem esse fogo que ilumina a escuridão da matéria e é responsável pela atividade vibratória de todos os Seres concebíveis ? Podemos ver essa origem do fogo manásico em dois processos cósmicos utilizados não só nos seres humanos, como nos Logoi.

1. O processo da individualização

A individualização é o processo de autorrealização inteligente que, de uma forma muito notável, diferencia o homem do animal. No momento da individualização, dois polos se aproximam e se tocam, gerando a luz, que ilumina a caverna da matéria e clarea o caminho que o Peregrino tem de seguir, quando retorna à sua fonte de origem. Em outras palavras, quando o fogo elétrico da Mônada entra em contato com o fogo por fricção da matéria, no exato momento da individualização, surge o fogo solar ou manásico, iniciando a mente sua atividade esclarecedora, iluminadora e orientadora. René Descartes percebeu essa grande verdade, quando escreveu: "Cogito ergo sum", penso, logo existo. Alguns autores modernos, os defensores da chamada inteligência emocional, por mera falta de raciocínio mais profundo, criticam essa afirmação de René Descartes, alegando que o homem existe porque tem emoções. É óbvio que as emoções são importantes no processo da vida, como também o são as sensações físicas, que estão relacionadas com as emoções. Mas é pela mente que o homem toma conhecimento dessas sensações e emoções. O homem lemuriano, antes da individualização e o surgimento da mente, tinha sensações e vivia emoções rudimentares (sua meta era o corpo físico), mas não sabia identificá-las com clareza, pois carecia da autoconsciência e não tinha a noção nítida de que ele era uma unidade separada. Logo não tinha condições de pronunciar com firmeza: eu existo. Foi com o advento da mente, melhor dizendo, da autoconsciência, que o homem pode começar a identificar-se como um ser separado e perceber que existia no contexto da natureza. Ora isso só ocorreu, porque ele pensou e percebeu todos os fenômenos que estavam ocorrendo dentro e fora de si. É o raciocínio sobre o que ocorre em nós, em particular as emoções, que leva à certeza da existência. É pelo observar e analisar a emoção, que podemos melhorá-la e intensificá-la, o que só pode ser feito pela mente. Quando o homem está atuando apenas em seu corpo mental, ausente de seus corpos físico e emocional, considerando a triplicidade reinante em todos os planos, ele não apenas pensa, mas também decide e sente o que lhe agrada, o que é análogo à emoção. Isso ocorre porque a Alma é Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa ou Manas, sendo simultâneos os três aspectos, embora prevalecendo um em determinados momentos, mas é manas que permite ter autoconsciência. Portanto René Descartes estava certíssimo e os que o criticam foram muito infelizes.

No homem o nascimento da autoconsciência e de manas leva:

• à autorrealização, que é a evolução;
• ao propósito;
• à separação dos demais eu's individualizados ou esferas;
• autoconsciência, acima de tudo;
• capacidade para evoluir;
• capacidade para "brilhar cada vez mais, até que o dia seja perfeito".

Tudo o que foi dito acima aplica-se também a um Logos Solar e Planetário, dentro de suas áreas de evolução.

A individualização é, literalmente, a união (na obscuridade da abstração) de dois fatores, Espírito ou Mônada e matéria, por meio de um terceiro fator, a vontade inteligente, o propósito ou a ação de uma Entidade. Pela aproximação desses dois pólos, a luz é produzida, surge uma chama e percebe-se uma esfera de glória radiante, cuja intensidade de Luz, calor e irradiação aumentam gradualmente, até chegar à sua máxima capacidade ou àquilo que chamamos perfeição. Devemos observar que luz, calor e irradiação caracterizam todos os entes individualizados, desde os deuses até os homens.

O homem já começou parcialmente a decifrar o mistério deste fenômeno, por meio de sua capacidade de produzir a luz elétrica, usando seus conhecimentos científicos (conseguidos pelo uso da mente), luz essa que utiliza para iluminar, aquecer e curar. A medida que o homem for adquirindo mais conhecimentos sobre esse assunto, a luz, surgirão mais esclarecimentos sobre a questão da existência e da atividade criadora. Essa previsão do Mestre já é realidade nos dias de hoje. Qualquer pessoa que queira acessar às informações do mundo científico (basta pegar o livro ou a revista adequados ou pesquisar pela internet), comprovará a veracidade dessas palavras do Mestre Tibetano. Estamos vendo a ciência colocando energia equivalente a milhares de usinas hidroelétricas em uma célula, usando lasers de altíssima potência, já se fala em computadores quânticos e em qubits (bits quânticos), utilizando as propriedades das partículas subatômicas como estados representativos dos bits. A fotônica já está em plena atividade produtiva e já está ocorrendo uma revolução na tecnologia de informática, por meio de lasers de microcavidades, moduladores ópticos de silício e pilares translúcidos de polímeros, pelo imenso aumento de velocidade de processamento e intercomunicação entre as partes de um computador. Toda essa revolução por meio da eletricidade e da luz foi prevista pelo Mestre Tibetano e muito mais novidades virão ainda.

Podemos deduzir muito sobre a origem do fogo da mente, ao analisarmos os diversos métodos de individualização. Com relação ao homem, os métodos conhecidos são três, embora provavelmente haja outros, inconcebíveis para o entendimento finito e limitado do homem atual. Esses três são:

1. O que foi aplicado na cadeia lunar, a anterior à nossa, quando, por meio da força e energia inatas, foi produzida a conjunção dos três fogos, elétrico, solar e por fricção, o fogo por fricção entrou em contato com o fogo elétrico (da Mônada) por meio da presença latente da pequena centelha do fogo da mente. Esta pequena centelha, atuando pelo instinto, impeliu a forma material ou substância a uma tal atividade, que foi possível ela elevar-se até entrar em contato com seu polo oposto. Nesse momento o homem animal chegou a sentir aspiração, dando-se a resposta da Mônada. A vibração do germe da mente atuou como levedura e compenetrou a substância. Assim a autoconsciência foi despertada. Este foi o método empregado pelos Logoi Planetários no sistema solar anterior ao atual, em suas individualizações e assim Eles adquiriram autoconsciência em nível cósmico e passaram a dominar os três subplanos inferiores do físico cósmico - os planos físico, astral e mental - os mesmos que o homem deve conquistar no atual sistema solar. Esses Excelsos Seres Cósmicos conseguiram se individualizar através do trabalho efetuado durante inconcebíveis eons de esforço. O Logos Solar individualizou-se muito antes, não cabendo neste contexto seu estudo, mas apenas fazemos a citação, para mostrar que a Lei de Analogia é exata. O sistema solar atual será de menos duração que o anterior, porque nele a força da matéria foi gerada pela progressão das épocas, durante as quais ocorreu a vitalização das espirilas do átomo físico permanente do Logos Solar.

No atual método de individualização há que se realçar o fato de que o princípio manas faz parte do caráter logoico e da Sua natureza. Logo tem origem em seu Ser ou Eu e está contido em seu Corpo causal, compenetrando portanto toda a manifestação, que se origina NEle, atingindo então a todos nós. Aqui está a veracidade da afirmação de que manas que anima todo o sistema solar tem sua origem em manas cósmico, uma vez que o Corpo causal do Logos Solar é constituído de matéria mental cósmica, que Ele retirou do oceano de matéria mental cósmica contida no Corpo causal cósmico do Logos Cósmico. Nunca devemos esquecer de que estamos dentro do Corpo desse muito Excelso Ser, superior ao nosso Logos Solar.

No próximo estudo trataremos da origem de Manas, analisando o método de individualização empregado na atual cadeia terrestre, pelo manipulação de energias de fora do sistema solar e de outro esquema.

Voltar ao Início


Estudo 127

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar -Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Cósmico - Continuação - (Páginas 298, 299 e 300)

Continuemos a pesquisar a origem de Manas Cósmico, analisando os métodos de individualização. Como a individualização se deu na atual cadeia terrestre ? O fogo da mente tem sua origem em uma constelação na qual, até pouco tempo, a ciência exotérica não percebia uma relação íntima com o nosso sistema solar, pela sua distância. Essa constelação é Cão Maior, cuja estrela alfa é Sírius, um sistema estelar binário, a 8,5 anos-luz da Terra. Essa estrela é a fonte de manas cósmico para o nosso Logos Solar, assim como as Plêiades estão ligadas à evolução de manas dos sete Logoi Planetários e Vênus foi o responsável pela implantação da mente na cadeia terrestre. Cada um constituiu o primário do outro ou o agente que produziu o primeiro lampejo de consciência nos determinados grupos implicados. Sempre o lento crescimento evolutivo foi o método empregado, até que repentinamente resplandeceu a consciência em virtude da interposição da força proveniente de uma fonte exterior:

Logos Sistema Solar Fonte: Sírius
Sete Logoi Planetários Esquema Planetário Fonte: Plêiades
Nosso Logos Planetário Cadeia Terrestre Fonte: Vênus

Portanto, o segundo método é realizado acelerando o processo evolutivo por meio de influências externas, que tendem a despertar a consciência e a unir os dois pólos. O primeiro método, já mencionado, foi empregado no sistema solar anterior ao atual, bem como na cadeia lunar. O método estudado agora caracteriza a este sistema solar e persistirá até que se encerre o atual Mahamanvantara, ou seja, o atual sistema solar.

O fato de que na cadeia lunar, que antecedeu a nossa, o método de individualização tenha sido o do sistema solar anterior, comprova a atuação da Lei de Repetição, segundo a qual todo ciclo maior inclui, em suas primeiras etapas, todos os ciclos menores, repetindo os processos anteriores. É devido a essa mesma lei que na gestação do corpo humano, o feto recapitula todas as etapas e formas anteriores, até à humana. Semelhantemente, como é sabido, a quarta ronda reproduz brevemente as outras três, porém tem sua própria qualidade característica.

Acabamos de analisar a origem de Manas Cósmico em dois processos de individualização, o lento (do sistema solar anterior) e o em que ocorre o estímulo externo (do atual sistema solar). Em ambos o esforço individual é imprescindível, apenas no atual é dado um pequeno empurrão. É lógico que existe uma razão para que o Logos Solar assim se comporte, razão essa que desconhecemos, talvez Ele queira ganhar tempo ou talvez Ele ache que suas células (nós como Mônadas) tenhamos conquistado o merecimento a essa ajuda, pelo êxito demonstrado no sistema solar anterior com base no nosso esforço exclusivo, sem estímulo. Mas ficou bem claro que em ambos os processos o grande Fogo da Mente Cósmica está sempre presente, esperando que a Mônada humana dele se aproprie sozinha (o processo da cadeia lunar) ou, quando já está quase se apropriando, é dado o estímulo.

Vejamos agora a presença de Manas Cósmico em outra técnica utilizada pelo Logos Solar para acelerar a evolução das Mônadas: a técnica da Iniciação. São utilizados os "Cetros de Iniciação". Eles são quatro:

1. O Cósmico, empregado pelo Logos Cósmico nas Iniciações de um Logos Solar e dos três Logoi Planetários maiores (de Urano, Netuno e Saturno, no nosso sistema solar).

2. O do Sistema, utilizado pelo Logos Solar nas Iniciações dos Logoi Planetários menores.

3. O Planetário, de que se serve o Logos Planetário para as Iniciações das Mônadas, a partir da terceira.

4. O Hierárquico, empregado pela Hierarquia oculta para Iniciações menores (as intermediárias) e as duas primeiras.

Esses Cetros são também empregados para outras finalidades, que não apenas Iniciação. Por exemplo, destruição, como já ocorreu na raça atlanteana. Na última guerra, mais ou menos por volta de 1943, quando os cientistas alemães estavam prestes a descobrir a fórmula da bomba atômica, o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, quase empunhou o Cetro para destruir a civilização, só não o fazendo devido à intervenção do Logos Solar, para resolver o problema. Tudo indica que na cadeia lunar, o nosso Logos Planetário usou seu Cetro para desintegrar toda a cadeia lunar.

A individualização do homem na raça lemuriana (há mais ou menos 18 milhões de anos) ocorreu, porque o Logos Solar aplicou seu Cetro Iniciático ao nosso Logos Planetário, o que pôs em atividade certos centros de Seu corpo com seus grupos correspondentes. A aplicação do Cetro, ao despertar a consciência em algum plano, desperta literalmente as vidas implicadas, para que participem inteligentemente do trabalho no plano mental. O homem animal era consciente nos planos físico e astral. Pelo estímulo recebido através do Cetro elétrico (o fogo contido no Cetro é elétrico), este homem animal despertou sua consciência no plano mental. Assim os três corpos (físico, astral e mental) coordenaram-se e o Pensador (a Mônada) pode atuar por meio deles e prosseguir sua evolução com maior velocidade.

Todos os Cetros Iniciáticos produzem certos efeitos:

a. Estimulam os fogos latentes até convertê-los em chamas.

b. Sintetizam os fogos, por meio de uma atividade oculta, pondo cada um dentro do raio de ação do outro.

c. Ativam a atividade radiante de algum centro, seja num homem, num Homem Celestial ou em um Logos Solar.

d. Expandem todos os corpos, principalmente o causal - também nas três Entidades.

Esses resultados foram observados quando o nosso Logos Planetário recebeu uma Iniciação há 18 milhões de anos. Tal Iniciação resultou, como já se disse, em virtude de uma justaposição particular de cadeias, globos e esquemas, a qual estimulou de tal maneira todas as unidades manásicas de Seu corpo, que possibilitou a descida de manas puro, através do Antakarana planetário, procedente do átomo manásico permanente planetário - este canal existe no que respeita ao Logos Planetário e terá de ser construído pelo homem. Simultaneamente com a justaposição citada, ocorreu um alinhamento semelhante com uma das Plêiades, permitindo o fluxo de manas desde essa fonte. Talvez essa Plêiade tenha sido Alcione.

Vejamos agora sucintamente a técnica de individualização, que será empregada no próximo sistema solar, o sistema de Vontade, técnica essa que será iniciada de forma tênue no atual sistema solar. Não será baseada na atividade latente, como no primeiro caso, nem na polaridade elétrica como no segundo caso, mas em um processo peculiar de "abstração oculta" (tendo a palavra abstração o significado de "extrair" da essência). Essa abstração oculta é produzida por um esforço de vontade, incompreensível atualmente. O primeiro método de individualização corresponde ao terceiro aspecto ou atividade latente (terceiro Logos) e segue a linha de menor resistência sob a Lei de Economia. O segundo método é puramente elétrico e atua sob a Lei de Atração (segundo Logos). O terceiro método acha-se oculto na vontade dinâmica e é todavia algo impossível e incompreensível atualmente, embora os que já estão na linha do primeiro raio já tenham vislumbres desse método e percebam sua lógica (primeiro Logos). Raciocinemos. O sistema solar anterior foi do terceiro raio, Inteligência Ativa. O atual é do segundo raio, Amor-Sabedoria-Razão Pura. O próximo será do primeiro raio, Vontade. Portanto é lógico que nele a tomada do Fogo da Mente Cósmica (a tomada do Fogo do Olimpo por Prometeu, a Mônada) será pela Força. Não podemos esquecer que até lá as Mônadas já terão vivido muitas experiências nos mundos de matéria, sob circunstâncias muito diferenciadas. Vejamos. No primeiro sistema solar, que na realidade foi o quinto, quando consideramos os quatro anteriores dos raios menores, a matéria só estava qualificada pelas qualidades dos sétimo, sexto, quinto e quarto raios. Como o terceiro raio é um raio sintético, o esforço teve de ser maior, para sintetizar as qualidades anteriores. No atual está ocorrendo o desenvolvimento das qualidades do segundo raio, juntamente com a síntese do terceiro no segundo, daí o emprego constante e intenso da mente. O trabalho é mais árduo, mas em compensação tornará as Mônadas (as que obtiverem sucesso) mais rígidas e fortes, mesmo em se tratando de sistema de Amor. Consequentemente, nada mais lógico que no próximo sistema, o de Vontade, as Mônadas (as que passarem pelas provas) estejam altamente credenciadas e preparadas para se utilizarem intensamente da Vontade para aperfeiçoarem sua evolução, atingindo a meta idealizada pelo Logos Solar, que é expressar ao máximo a Vontade através do Amor e da Inteligência.

No próximo estudo trataremos de Manas Planetário, considerando sua origem.

Voltar ao Início


Estudo 128

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Planetário (Páginas 300,301 e 302)

Vimos a origem de Manas como fator cósmico no processo de individualização humana. Ficou bem claro que a individualização humana é a compreensão consciente, por parte do Eu (a consciência da Mônada atuando no cérebro físico), de sua relação com tudo o que constitui o não-eu, que se apresenta de três maneiras, das quais somente duas são vagamente compreensíveis. Em cada caso este despertar da consciência é precedido de um período de gradual desenvolvimento, sendo instantâneo no momento da Autorrealização (a autoconsciência), quando realmente ingressa no reino humano de forma consciente. Em seguida vem um outro período de gradual evolução. No final deste período advém outra crise, denominada Iniciação. No primeiro caso o homem é iniciado na existência consciente, no outro ele é iniciado na existência espiritual ou identificação grupal.

Para o Logos Solar, a individualização se deu em época muito anterior à triplicidade dos sistemas solares, melhor dizendo, muito anterior aos seis sistemas solares, uma vez que estamos no sexto sistema, sendo que o próximo será o sétimo, quando o nosso Logos Solar irá desenvolver seu aspecto Vontade. Para Ele, esses sistemas constituem o Eterno Agora, mas para nós, eles contêm o passado, o presente e o futuro, porque para Ele o tempo se manifesta de forma diferente. Um Logos Planetário individualizou-se em um sistema anterior. O homem individualiza-se no atual sistema. As entidades planetárias, que se encontram agora no arco de involução, individualizar-se-ão no sistema seguinte. No caso das Mônadas humanas, pelo que o Mestre Tibetano diz, tudo leva a crer que houve uma individualização no sistema anterior, outra no atual sistema e no próximo haverá uma outra, uma vez que as condições são bem diferentes de sistema para sistema e as Mônadas humanas têm de vivenciar todas as experiências em todas as condições possíveis. No caso das Entidades Cósmicas o processo de individualização é totalmente diferente do humano, o que é evidente.

Analisemos agora a relação entre consciência e existência. Sob uma ótica mais ampla, as palavras iniciação e individualização são sinônimas, ambas dando a ideia de expansão de consciência ou a entrada em um novo reino da natureza. A faculdade de adquirir conhecimentos deve ser interpretada como paralela ao desenvolvimento do sentido da vista ou visão, como já foi dito. O fogo da mente brilhou e iluminou o homem animal na época lemuriana, durante esse grande ciclo em que o sentido da vista abriu o plano físico para a consciência. A relação existente entre vista e mente é muito íntima e deve ser sempre lembrada. Na primeira ronda e em sua primeira raça-raiz desenvolveu-se o sentido da audição. Na segunda ronda e na segunda raça-raiz foi o sentido do tato. Na terceira ronda e na terceira raça-raiz o sentido da vista somou-se aos outros dois. Há que lembrar aqui que as duas primeiras rondas são de recapitulação do que já foi alcançado. Em cada ronda há sete raças-raiz, todavia os sentidos vão sendo despertados paulatinamente. Somente na terceira ronda é que começa a inovação. É por isso que somente agora, na quarta ronda da quarta cadeia, é que os três sentidos, audição (primeira raça-raiz, a adâmica), tato (segunda raça-raiz, a hiperbórea) e a visão (terceira raça-raiz, a lemuriana), foram ativados dentro do planejamento para a quarta cadeia, devendo prosseguir seu desenvolvimento na direção da meta estabelecida. Dessa forma, o eu que ouve e o não-eu que é tocado, são postos em relação por meio da visão, sendo pois a visão uma analogia da inteligência que vincula. Assim, é produzida a fusão ou sintonia dos três fogos e temos a iluminação. Em outras palavras, a audição, por ser do terceiro raio, é consequência do fogo por fricção, o tato, do segundo raio, é fogo solar (que une) e a visão, por ser sintetizador é do primeiro raio, fogo elétrico, sendo gerada a luz pela união dos três. Todavia, através de todo esse desenvolvimento evolutivo, o UNO que ouve, toca e vê, persiste e interpreta de acordo com o grau de evolução que tenha alcançado o princípio manásico nele. Esse UNO é a Mônada, qualquer que seja, podendo ser humana, de um Logos Planetário, de um Logos Solar e de um Logos Cósmico. Sempre a interpretação será de acordo com o grau de desenvolvimento de manas que a Mônada possuir. A Mônada, esse interpretador do que ouve, toca e vê, não depende de uma existência, que necessita sempre da forma. É da Mônada a vida que faz vibrar a matéria, sendo pois fogo por fricção. Sua é a vida do Espírito puro (que é Ela mesma), que quer ser e utiliza a forma, sendo portanto o impulso elétrico do plano físico cósmico ou fogo elétrico. Sua é a vida que não só anima os átomos e eletrifica-os com sua própria natureza, mas que também se vê como uno com tudo e, não obstante, separado de tudo - esse algo que pensa, discrimina e é autoconsciente, chamado MENTE ou Fogo Solar. Mente ou Manas universal compenetra tudo. É ainda essa Entidade Individualizada, conhecedora de Si mesma, Cujo corpo contém nosso Logos Solar e outros seis Logoi Solares (essa Entidade é o Logos Cósmico). Seu fogo, calor e radiação abarcam outros sistemas solares e unifica-os com o nosso, de tal maneira que um só corpo vital constitui a manifestação deste poderoso Ser cósmico. Vórtices de força nos subplanos etéricos cósmicos (os plano búdico, átmico, monádico e adi) formam a estrutura etérica dos sete sistemas solares do corpo do Logos Cósmico, assim como os corpos dos sete Logoi Planetários sagrados constituem os centros etéricos de um Logos Solar e os sete centros etéricos do homem são a fonte do impulso elétrico animador de sua vida.

É impossível expressar a origem de manas como separado da manifestação de um conglomerado de sistemas, de um sistema solar ou de um homem. Somente a medida que se entenda o fato de que cada esquema planetário serve de corpo para um Logos Planetário ou Homem Celestial, o qual é a mente diretora desse esquema e o princípio animador manásico ou a faculdade ativa discriminadora evidenciada em todo átomo desse esquema; só quando se compreender que um Logos Solar é semelhantemente o princípio manásico da totalidade desses grandes átomos que chamamos esquemas; unicamente quando se entender que um Logos Cósmico é também a mente instigadora de átomos ainda maiores, que denominamos sistemas solares; só quando se aceitar que o homem é a faculdade discriminadora animadora das minúsculas esferas que formam seu corpo de manifestação e, finalmente, só quando se refletir sobre tudo isto e se aceitar a verdade, então esta questão sobre a origem de manas assumirá um caráter menos nebuloso e dissipar-se-á em parte a dificuldade de entender esse assunto.

Apresentamos a seguir um gráfico que representa a velocidade de expansão da consciência da Mônada humana:

Neste segundo gráfico representamos a área de abrangência da consciência do homem, a medida que evolui:

Explicação do gráfico: em P1 a consciência do homem enxerga o círculo C1, que é o que ele percebe do mundo fenomênico e luta para entender. Após o tempo T1 ele consegue chegar no ponto P2 e entender todo o círculo C1, mas aí ele percebe o círculo C2, muito maior e começa a luta para entendê-lo. Após o tempo T2, menor que T1, ele chega em P3 e entende C2, mas aí percebe C3, uma campo de conhecimentos muitíssimo maior que C2 e inicia a luta para entender C3 e após o tempo T3, menor que T2, ele chega em P4 e entende C3, quando ele novamente percebe um campo de conhecimentos muito maior que C3, que tem de entender e dominar, prosseguindo assim a luta para adquirir mais conhecimentos indefinidamente. Em cada conquista de conhecimentos, sua vida torna-se cada vez mais plena e abundante, o mesmo acontecendo com sua felicidade, pois em cada conquista ele se aproxima do UNO ABSOLUTO INFINITO, passando por todas as etapas de homem comum, Iniciado menor, Iniciado maior, seguindo os caminhos (sete), Logos Planetário ou outra função de mesmo nível, Logos Solar ou outra função de mesmo nível, Logos Cósmico ou outra função de mesmo nível e muito mais.

Solicitamos a todos que reflitam sobre a catástrofe ocorrida recentemente (26/12/2004) no oceano Índico e que afetou vários países, provocando a morte de milhares de pessoas (as últimas estimativas indicam 40.000). Há várias características nessa catástrofe, que chamam a atenção do esoterista. A energia destruidora propagou-se pela água (tsunami), que simboliza a matéria astral, sede das emoções. A área abrangida foi grande. O nosso Logos Planetário está recebendo uma Iniciação Cósmica menor, que antecede a quarta e portanto está ligada à renúncia. Essa quarta Iniciação Ele receberá na próxima ronda, a quinta. Ele está saindo da polarização astral ou emocional, para se polarizar na mente. O Fogo Elétrico do Cetro Iniciático do Logos Solar está passando para Ele, o que intensifica a atividade do fogo por fricção tríplice que anima o planeta Terra. Esse aumento da atividade do fogo por fricção da Terra libera energia (aumento da atividade do magma), que afeta as placas tectônicas, cujo choque libera energia que se propaga pela água, gerando as ondas gigantescas (tsunami). Pode-se perceber claramente a correlação entre esta hecatombe e essa Iniciação menor do nosso Logos Planetário. Meditem sobre isso e tirem suas conclusões.

Voltar ao Início


Estudo 129

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Planetário - Continuação (Páginas 302, 303 e 304)

Continuemos nosso estudo da origem de Manas Planetário. O homem, o Pensador ou Conhecedor, o princípio manásico que se encontra no centro das diversas esferas, que formam seus corpos, manipula força elétrica em três setores ( seus corpos físico, astral e mental), através de sete centros ou chacras, que são pontos focais de força e a distribui inteligentemente a milhares de átomos menores, células de tais esferas, dentro de seu pequeno sistema.

O Homem Celestial, que também é, em sentido mais amplo, o Pensador ou Conhecedor, o princípio manásico ou mental, além do princípio búdico ou crístico, manipula força elétrica por meio de três veículos ou globos principais em matéria átmica, búdica e manásica e a distribui a milhares de células, que são os seres humanos e os Devas. Fica bem claro que os princípios manásico e búdico do Homem Celestial provêm dos planos mental e búdico cósmicos e se manifestam como fogo elétrico nas matérias átmica (como fogo elétrico/elétrico), búdica (como fogo elétrico/solar) e mental (como fogo elétrico/por fricção), matérias essas existentes em seus três globos principais, sendo que alguns globos possuem todas as três matérias, outros só a partir da búdica e outros só a partir da átmica, dependendo da cadeia em que se encontra o Homem Celestial ou Logos Planetário. Esses fogos sofrem alteração, ao atuarem nas matérias astral e física.

O Logos Solar, num sentido ainda mais amplo, é a Mente universal compenetrante, o princípio manásico, além do princípio búdico e da Vontade (atma), que atua em três esquemas maiores, por meio de sete centros de força e através de milhares de grupos, que constituem as células de Seu corpo, assim como os seres humanos e os Devas são as células do corpo de um Homem Celestial.

Os três esquemas maiores são os de Urano (atma), Netuno (budi) e Saturno (manas). Os princípios atma, budi e manas do Logos Solar provêm dos planos cósmicos átmico, búdico e manásico. O Fogo Elétrico tríplice, que é emanado da Mônada Solar no plano monádico cósmico, passa pelas matérias cósmicas átmica, búdica e mental, sofrendo alterações, para posteriormente se manifestar na matéria do plano adi, o subplano atômico do físico cósmico e a partir daí, com novas alterações, atinge os planos inferiores.

O Logos Cósmico em cujo corpo o nosso sistema solar está inserido, atua semelhantemente por meio de três sistemas maiores (sendo um deles o de Sírius, mas o nosso não é um deles), utilizando sete sistemas (o nosso é um deles), para distribuir Sua força e tendo como células de Seu corpo milhares de grupos sétuplos.

Vontade e propósito ordenado

A descrição da origem de Manas pode ser resumida na atividade unificada e inteligente da Vontade ou do Propósito de algum grande Ser, que com a Sua Vida qualifica e mantém todos os entes menores dentro de sua esfera de influência em atividade inteligente e coordenada, para a execução do Seu Propósito. Cada um de nós, por exemplo, é a Entidade pensante e intencionada, que age como princípio manásico e a mola mestra da ação de todas as unidades menores compreendidas em nossos três corpos. Cada um de nós faz com que elas executem a nossa vontade. Atuamos e, ao atuar, obrigamo-las a colaborarem como cremos conveniente. Se pensamos errado, elas vão agir errado também, daí a importância do correto pensar. O Logos faz o mesmo em escala muito maior. Esta ideia projeta luz sobre a questão do carma, do livre arbítrio e da responsabilidade. Manas é, realmente, VONTADE atuando no plano físico. A verdade disto será compreendida, quando nos dermos conta de que todos os nossos planos, do físico ao adi, compõem o plano físico cósmico, donde uma Entidade - inconcebivelmente maior que o nosso Logos Solar - por meio desse Logos, dos Logoi Planetários, de todos nós, de todos os Devas e toda a matéria sutil incluída em sua esfera de atividade, está desenvolvendo um Propósito já estabelecido e muito bem definido.

Só alguns problemas de verdadeiro interesse apresentar-se-ão em nossa mente, que servirão para desenvolver o pensamento abstrato e expandir a consciência, pois ainda são insolúveis e continuarão sendo-o. Alguns poderão ser citados:

1. Quem é a Entidade cósmica, em Cujo Plano nosso Logos Solar desempenha Sua pequena parte?

2. Qual é a natureza do grande Propósito que desenvolve?

3. Que centro de Seu corpo representa o nosso sistema solar? Para essa pergunta, sabemos que o nosso sistema solar representa o centro cardíaco no corpo do Logos Cósmico, só que esse sistema solar não é apenas esse da ciência, mas vai muito mais além, sendo na realidade esse sistema solar da ciência, com seus planetas orbitando em torno desse sol visível e que nos aquece, um satélite, que orbita em torno desse Sol Central, um sistema binário, que mantém o nosso sistema e mais uma estrela em sua órbita. Nosso Logos Solar é muitíssimo mais grandioso do que imaginam.

4. De que natureza é a encarnação na qual Ele se encontra agora?

5. Quais são os dez sistemas solares - os três maiores e os sete - dos quais nosso sistema solar é um? Temos de buscar os três maiores entre os sete ou fora deles ? Os três maiores estão entre os sete, sendo que esses três maiores exercem dupla função, enquanto os demais quatro só exercem a função de centro. Um dos maiores é o sistema de Sírius, que também exerce a função de centro frontal do Logos Cósmico.

6. Qual a cor ou qualidade fundamental desta Entidade Cósmica?

7. Para que possa corresponder com o nosso quarto éter físico, é azul ou violeta a cor do quarto éter cósmico (o plano búdico)? Porque se considera exotericamente budi de cor amarela? Sabemos que o nosso corpo etérico é dourado e nele prevalece matéria do quarto subplano, chamado quarto éter, como o plano búdico é o quarto éter do plano físico cósmico, a cor exotérica do plano búdico é também amarela. Mas a cor esotérica ou interna só pode ser azul, pois o plano búdico tem preferência para expressar o princípio crístico.

8. Quais os três centros primários no corpo do nosso Logos Solar e quais os secundários ? Os três principais são: Urano, Netuno e Saturno e os secundários são: Vulcano, Mercúrio, Vênus e Júpiter. Os esquemas não sagrados, embora não sejam centros, exercem funções importantes no corpo do Logos Solar.

9. Qual o carma dos diferentes esquemas?

10. Qual o carma desequilibrador do Logos Solar, que afeta os dez esquemas do Seu sistema? Apenas sabemos que Ele está batalhando para sair da polarização astral cósmica e ingressar na mental cósmica.

Todas estas perguntas e muitas mais surgirão na mente do estudante interessado, porém elas apenas poderão ser formuladas e nada mais, embora na quinta ronda, a próxima, os homens (os que conseguirem chegar até lá) entenderão a natureza cármica do Logos da nossa cadeia. As palavras, como o Mestre tem dito inúmeras vezes, cegam e confundem. Todavia, o fato de se fazer a indagação significa que quem a faz já está em vias de entender o modo de vida dessas Excelsas Entidades cósmicas. Por exemplo, quando sabemos que o nosso Logos Planetário cometeu um "erro" na cadeia lunar, a anterior à nossa, erro esse que o obrigou a encerrar a cadeia antes da época prevista, podemos fazer muitas deduções dos fatos que estão ocorrendo na atual cadeia, inclusive sobre a catástrofe do oceano Índico, que se manifestou pelas águas, que simbolizam a matéria astral. O erro do nosso Logos Planetário foi de natureza emocional ou astral.

Resumindo, a qualidade manásica será compreendida, até certo ponto, se o estudante a enfocar como vontade inteligente, propósito ativo ou ideia fixa de alguma Entidade, que produz a existência, utiliza a forma e desenvolve os efeitos das causas, por meio da discriminação da matéria, separando-a e construindo-a em uma forma e impelindo todos os entes dentro de sua esfera de influência a cumprirem este propósito estabelecido. Com respeito à matéria dos seus corpos, o homem é a fonte que origina a mente e o impulso manásico latente nos mesmos. O mesmo acontece com o Homem Celestial em Sua esfera maior de influência e também com o Logos Solar. Cada um discriminou e diferenciou a matéria, formando seu "círculo não se passa"; cada um tinha um propósito determinado para cada encarnação; cada um continua ativamente e trabalha inteligentemente para fins determinados e cada um é o originador de manas em seu esquema; cada um é o fogo que anima a inteligência do seu sistema; cada um, por meio do princípio manásico, individualiza-se e expande gradualmente esta autorealização, até que inclua o "círculo não se passa" dessa Entidade, da qual lhe chega o quinto princípio, o manásico; cada um alcança a Iniciação e, com o tempo, escapa da forma. Concluindo, tudo é Vontade em ação, segundo um planejamento inteligente, objetivando aproveitar ao máximo as oportunidades, para atingir a meta estabelecida e realizar completamente o propósito firmado. Com o avançar da expansão da consciência, o que só pode ser conseguido pela mente, ocorre uma aceleração da evolução. Por isso o homem que se deixa conduzir pela emoção e não pela mente, fica totalmente entregue ao carma e sua evolução é muito lenta. É a fase em que ele é regido pelos astros, na qual está a grande maioria da humanidade. Mas quando ele se polariza na mente, passa à situação de regente dos astros e deles tira o melhor partido, sabendo o que quer e para onde vai. Portanto, depois de tanta argumentação do Mestre Tibetano, argumentação perfeitamente lógica, os que ainda estão dominados pelos desejos, enfoquem-se na mente e libertem-se dos grilhões dos desejos e das emoções. Com o tempo, caso tenham tenacidade, descobrirão um mundo de muito maior intensidade de vida e de muito maior liberdade, muitíssimo diferente daquela miragem e dependência das sensações e das emoções descontroladas e escravizantes. Quando conseguirem escapar do "círculo não se passa" planetário, compreenderão por experiência pessoal o que é liberdade no verdadeiro sentido da palavra e aí perceberão uma liberdade ainda maior, a ser alcançada quando conseguirem escapar do "círculo não se passa" solar, o que ocorrerá quando seguirem um dos quatro caminhos, a ser escolhido na sexta Iniciação Planetária, a quarta solar. Embora sejam sete os caminhos a serem escolhidos, o primeiro leva ao sexto, o segundo leva ao sétimo e o terceiro leva ao quinto, restando quatro, que dão ao feliz Iniciado a liberdade de transitar pelo corpo do Logos Cósmico, com plena e total consciência do ambiente, continuando a expansão de consciência em níveis inconcebíveis para o homem comum.

No próximo estudo trataremos de Manas Humano.

Voltar ao Início


Estudo 130

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Páginas 304, 305, 306 e 307)

Iremos estudar agora em particular o homem e seu princípio manásico, seu desenvolvimento na quarta Hierarquia Criadora, as Mônadas humanas, na atual quarta cadeia do nosso esquema.

Temos visto que manas, para todos os fins, é a vontade ativa de uma Entidade, que se desenvolve e evolui por meio de todas as vidas menores contidas dentro de seu "círculo não se passa" ou esfera de influência da Existência imanente. Portanto, no que concerne ao homem desta cadeia, só expressa o propósito e a vontade ativa do Logos Planetário, de cujo corpo é uma célula ou vida menor.

Em consequência, apresentam-se à nossa consideração certos enigmas relacionados com os ciclos de vida do Homem Celestial do nosso esquema e especialmente com a Sua encarnação particular, o chamado ciclo de manifestação no globo físico denso, a Terra. Utiliza o corpo planetário, assim como o homem emprega como veste o corpo físico. Por meio desta forma objetiva desenvolve Seus propósitos no plano físico e por meio da mente alcança certas metas. Incidentalmente as células do Seu corpo adaptam-se à mente que atua sobre elas, da mesma maneira que no homem o princípio inteligente da encarnação no plano físico faz com que os átomos do seu corpo adaptem-se ao seu propósito e estimula cada vez mais as espirilas de tais átomos, aplicando sobre eles a força da sua mente. O propósito que a Mônada definiu para uma determinada encarnação tem de estar bem claro e nítido no cérebro físico e deve ser seguido fielmente. É óbvio que esta clareza no cérebro físico depende do grau de desenvolvimento da Alma ou Ego e da personalidade utilizadas pela Mônada. Não havendo um bom desenvolvimento ou alinhamento entre esses dois veículos especiais da Mõnada, o propósito da Mônada chegará distorcido ao cérebro físico, quando chegar alguma coisa. Daí a suprema importância do conhecimento de todo esse mecanismo e da meta que a Mônada tem de alcançar. De posse desses conhecimentos o processo para o alcance da meta torna-se claro e, pela aplicação constante e firme, avança-se na direção certa, sem desvios, o que requer forte vontade e total autodomínio.

Aqui apresenta-se a oportunidade de aclarar algo que frequentemente se perde de vista na nebulosidade geral que cerca este tema. Os entes humanos e dévicos que se encontram no arco ascendente, são as células do corpo do Homem Celestial, que formam os centros e não o resto da substância vital celular de Seus veículos. O homem tem um corpo de matéria aplicável a diversos usos, sem embargo constitui uma unidade. Nessa matéria há zonas de maior importância que outras, desde o ponto de vista da força energizante. Tais zonas podem ser consideradas e comparadas entre si neste sentido, de acordo com a sua força, por exemplo, o coração com a panturrilha (vulgarmente chamada batata da perna). O homem utiliza ambas, porém o coração é de maior importância. O mesmo ocorre com o Homem Celestial: Ele tem em seu corpo de expressão órgãos e regiões de maior importância que outros. As grandes Hierarquias, dévica e humana, constituem centros de força no corpo do Logos Planetário. As outras evoluções que estão no arco involutivo ou descendente, existentes no esquema e o resto da substância ativa dos globos e tudo o que eles contêm, formam o conteúdo do resto do Seu corpo. Embora a humanidade exerça funções nos centros ou chacras do Logos Planetário, o nível dessa atividade não é o mesmo para todos. Os mais evoluídos trabalham em centros mais importantes. Se considerarmos que os centros físicos do Logos Planetário estão no quarto éter cósmico e acima e que esse quarto éter é o plano búdico, concluímos facilmente que só os Iniciados que já têm plenamente ativos seus corpos búdicos e superiores trabalham efetivamente nos centros do Logos Planetário. Por conseguinte a contribuição atual da maioria da humanidade para com o Logos Planetário é muito pequena e rudimentar.

O homem e o Logos Planetário

Nada temos que fazer com a evolução dévica. Procuro somente concentrar a atenção sobre o homem, a medida que atua na Terra. Para que se torne mais clara a ideia de manas e de sua relação com o ser humano, é necessário assinalar certas coisas, relacionadas com o Homem Celestial, que devem estar sempre presentes na mente:

Primeiro, cada Homem Celestial ocupa o lugar de um centro no corpo do Logos Solar. Por conseguinte, o Logos de um esquema personificará alguma característica que se destaca. Os dez esquemas constituem os sete e os três sintetizadores - não os sete e os três inferiores. Os centros inferiores foram vitais no último sistema solar (desde o ponto de vista esotérico) e não se contam no atual. Foram sintetizados e absorvidos durante o processo de obscurecimento do Primeiro sistema, o anterior.

Segundo, cada Homem Celestial é, em consequência, a personificação de um tipo especial de força elétrica, que flui pelo seu esquema, como a força do homem flui através de um dos seus centros etéricos do corpo. Cada esquema, assim como cada centro humano:

a. vibrará a um certo tom;

b. terá sua própria cor;

c. assemelhar-se-á, visto dos planos superiores, a um imenso loto;

d. possuirá, segundo sua capacidade vibratória, um número determinado de pétalas;

e. estará conectado, em formação geométrica, com outros centros dos Homens Celestiais, formando os triângulos do sistema e

f. estará caracterizado por diferentes etapas de atividade, de acordo com a Iniciação que o Logos procura obter. Assim, em um dado período, um centro ou um Homem Celestial, será objeto da atenção e do estímulo especial do Logos Solar e, em outro período, um esquema totalmente distinto poderá ser objeto de vitalização. Já faz tempo que o Logos Solar tem dirigido Sua atenção ao Esquema da Terra e ao de Saturno, enquanto que o de Urano recebe estímulo. Desta forma algumas tendências são acentuadas e, como consequência desta atenção divina (do Logos Solar), cresce o desenvolvimento dentro do processo evolutivo.

Se estes fatos são levados em conta, observar-se-á que a interação e a complexidade são de grandes proporções e o homem somente pode aceitá-las, deixando a explicação para quando sua consciência tenha maior alcance. Todavia podemos usar a capacidade discriminadora de manas para buscar a lógica desses ensinamentos do Mestre Tibetano. Primeiramente vejamos as implicações do enfoque (já há um certo tempo) do Logos Solar no nosso esquema e no de Saturno. Saturno, como sabemos, exerce a função de centro laríngeo do Logos Solar, que expressa manas, o que significa que o Logos Solar está procurando desenvolver intensamente sua capacidade mental criadora. Como o nosso esquema está ligado ao de Saturno, podemos concluir que o nosso Logos Planetário está também buscando desenvolver sua capacidade mental criadora. De fato a individualização na raça lemuriana comprova isto. O grande avanço científico que se observa atualmente na Terra também comprova isto. A atenção recente do Logos Solar no esquema de Urano (sétimo raio e sintetizador) trouxe para o esquema da Terra um estímulo da química, com a descoberta da radioatividade (pelo casal Marie e Pièrre Curie) e a chegada da era de Aquário (sétimo raio), cuja palavra chave é desapego, que tem como corolário liberdade. Há mais interações, mas analisando as triangulações que o Mestre vai apresentando, poderemos fazer ilações altamente valiosas, úteis e práticas, no sentido de acelerar a evolução daqueles que tiverem olhos de ver e disposição para agir e fazer. Talvez a atenção do Logos Solar no esquema da Terra tenha sido motivada pelo que aconteceu na cadeia lunar, o chamado fracasso da cadeia, compensando com essa atenção o tempo perdido. Portanto, há muita lógica nesses ensinamentos do Mestre Djwal Khul e, em face disso, devemos aceitá-los, mas não podemos ficar parados, temos de usar a mente intensamente para, por meio dos conhecimentos disponíveis, estabelecer a rede de interações e captar os efeitos dessas interações, à semelhança do que é feito em Estatística, quando se estuda rede neural.

Terceiro, um dos mistérios revelados na Iniciação é o do centro logoico que nosso esquema representa e o tipo de fogo elétrico que flui através dele. Os "Sete Irmãos" ou os sete tipos de força fohática, expressam-se por meio dos sete centros e Aquele que anima o nosso esquema é revelado na terceira Iniciação. O nosso esquema não é sagrado, mas está em vias de se tornar, devendo passar a exercer ativamente as funções do centro alta maior (um centro da cabeça). Ora o centro alta maior tem ligação com o centro laríngeo e o nosso esquema tem ligação com o de Saturno, que é o centro laríngeo do Logos Solar.

Graças ao conhecimento da natureza e qualidade da força elétrica do nosso centro e à compreensão do lugar que nosso centro ocupa no corpo logoico, a Hierarquia alcança os objetivos da evolução, porque trabalha com as energias e os fogos apropriados. É lógico que os fogos que agem nos esquemas serão diferentes, sendo qualificados pelas qualidades de seus respectivos Logoi Planetários. Evidencia-se que o Homem Celestial, que representa o centro kundalínico, ou seja, o centro básico, por exemplo, trabalhará de forma diferente e terá um propósito e um método distintos dos de Seu Irmão que representa o centro cardíaco no corpo logoico ou dos do Homem Celestial que personifica o plexo solar (centro umbilical) logoico. Em outras palavras, o Logos do esquema de Mercúrio (centro básico) trabalha diferentemente do Logos do esquema de Júpiter (centro cardíaco) e do Logos de Netuno (centro umbilical). Deduz-se disto que:

a. o tipo de força elétrica,

b. a ação vibratória,

c. o propósito,

d. o desenvolvimento evolutivo e

e. a dupla e triangular interação (dupla porque são dois esquemas trocando energias entre si e triangular porque sempre há um terceiro esquema coordenando essa relação dupla)

dos Homens Celestiais diferirão, assim como também as evoluções que formam as células de Seus corpos. Pouco tem sido revelado a respeito dos tipos de evolução que existem em outros esquemas do nosso sistema. Basta dizer que em algum globo de cada esquema e em todos os esquemas existem seres humanos ou entes autoconscientes. As condições de vida, o meio ambiente e a forma serão distintas, porém a Hierarquia humana atua em todos os esquemas. É por isso que aqueles seres humanos que estão evoluindo mais depressa que a média da humanidade podem passar períodos em esquemas mais adiantados que o da Terra, aproveitando condições para desenvolverem qualidades e capacidades, impossíveis de serem desenvolvidas na Terra, pela falta total dessas condições. Temos conhecimento de homens, como Platão e Confúcio, que em sua época já eram homens da quinta ronda. Todos esses ensinamentos devem nos estimular para acelerarmos a nossa evolução, para mais rápida liberação e a prestação de melhor serviço, não só para a humanidade, mas, principalmente, para o nosso Logos Planetário. Não devemos esquecer nunca que a evolução é a execução de um processo inteligente, ou seja, um Propósito muito bem definido, sendo realizado através de um plano de alta inteligência pelo uso consciente da Vontade.

Apresentamos a seguir um gráfico que demonstra o conceito de tempo com base na teoria dos intervalos contínuos da matemática:

O número UM representa o UNO ABSOLUTO INFINITO, o eterno AGORA, para o qual não existe o tempo. Sabemos pela matemática que podemos dividir o número UM em um intervalo contínuo que vai do zero (0,0) até o 1,0 , com dez subintervalos: (0,0 , 0,1) , (0,1 , 0,2) , (0,2 , 0,3) , (0,3 , 0,4) , (0,4 , 0,5) , (0,5 , 0,6) , (0,6 , 0,7) , (0,7 0,8) , (0,8 , 0,9) , (0,9 1,0). Cada subintervalo representa um período de tempo para as consciências menores que estão dentro do UNO ABSOLUTO INFINITO, sendo que elas terão a sensação de que as experiências vividas ocorreram em dez períodos, em sucessão e não foram instantâneas.

Se tomarmos o intervalo (0,4 , 0,5) e o dividirmos em dez subintervalos de (0,40 , 0,41) até (0,49 , 0,50), teremos dez períodos menores que os anteriores, mas que pela diminuição da intensidade de vida darão às consciências menores que estão dentro da consciência maior anterior a sensação de um tempo de maior duração.

Se novamente tomarmos o intervalo (0,44 , 0,45) e o dividirmos em dez subintervalos de (0,440 , 0,441) até (0,449 , 0,450), teremos dez períodos menores que os anteriores, mas que pela diminuição da intensidade de vida darão às consciências menores que estão dentro da consciência maior anterior a sensação de um tempo de maior duração.

Portanto o conceito e a sensação de tempo estão ligados à amplitude da consciência. Quanto mais ampla e mais abrangente a consciência, maior será a intensidade de vida e, pela maior capacidade de viver experiências simultaneamente, o tempo tenderá a UM, ou seja, o ETERNO AGORA. Nesta visão matemática do tempo, temos dois conceitos do número UM: o conceito numérico e o conceito de estado de ser ou de consciência.

Voltar ao Início


Estudo 131

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Continuação) (Páginas 307 e 308)

Continuemos nosso estudo da origem de Manas humano. Da mesma forma que os sete Homens Celestiais estão no corpo do Logos Solar e simultaneamente estão sob a influência dos seis Logoi Solares, que juntamente com o nosso constituem os sete centros do Logos Cósmico (a palavra influência no sentido astrológico), igualmente em um esquema planetário com seus sete globos, cada globo está, astrologicamente, sob a influência dos sete Homens Celestiais. Um esquema não é mais que a réplica de um sistema solar, em menor escala. Cada Homem Celestial emite sua radiação ou influência e estimula igualmente outro centro ou globo. Em outras palavras, Seu magnetismo é sentido por seus Irmãos, em grau maior ou menor, segundo a tarefa empreendida em determinado período. Atualmente, nos Logoi Planetários que são centros de diferentes graus de estimulação e não estão desenvolvidos equilibradamente nem psiquicamente unificados, esta interação magnética é muito pouco compreendida e a afluência psíquica de um esquema para outro também é muito pouco utilizada e entendida. A medida que passe o tempo, esta interação de forças far-se-á mais evidente e será utilizada conscientemente. Quando os homens conhecerem, por exemplo:

• a qualidade da força que flui pelo seu esquema particular;

• o propósito e o nome do centro dentro do qual se encontram;

• o centro ou Homem Celestial com quem o Logos de seu esquema está vinculado;

• quais são os dois esquemas, que com o próprio formam um triângulo de força logoica em determinada etapa de desenvolvimento evolutivo;

• o segredo dos ciclos ou os períodos de estímulo ou obscurecimento, então o corpo logoico solar estará em vias de atingir seu propósito, o Logos Solar começará a mesclar, fundir e coordenar todos os Seus veículos, fluirá a força por todos os centros, sem entorpecimentos, a glória resplandecerá e cada célula de todo corpo: logoico, planetário, dévico e humano, brilhará com esplendor perfeito, vibrará com ajustada exatidão e receberá uma Iniciação Cósmica Maior.

Analisemos estas últimas palavras do Mestre Djwal Khul. Ele diz textualmente "quando os homens conhecerem, ..... e receberá uma Iniciação Cósmica Maior.", referindo-se ao Logos Solar. Conclui-se portanto que a palavra "homens" quer dizer todas as humanidades evoluindo no Sistema Solar. Com referência ao nosso esquema, da Terra, já temos algumas noções de alguns requisitos expostos pelo Mestre. A força que flui pela Terra é de caráter manásico, com uma certa predominância do quinto raio, mente concreta, todavia alguns homens já conseguiram unificar as duas mentes: concreta e abstrata, a concreta sob o domínio da abstrata e já estão desenvolvendo a capacidade do corpo búdico. O centro que o nosso esquema representa é o alta maior, um centro da cabeça. O nosso Logos Planetário está vinculado com os Logoi de Saturno e de Vênus, no atual período. Há também uma forte vinculação com o Logos de Júpiter, que é o centro cardíaco do Logos Solar. Esses homens que já têm esse conhecimento e entendem claramente o significado das energias fluentes e o resultado de suas interações, estão em fase mais adiantada, uma vez que sabem e podem utilizar essas energias conscientemente, em si mesmos e no trabalho a ser realizado. Não estamos nos referindo aos Iniciados que já passaram da quarta Iniciação, pois, esses, é claro, já conhecem todos os requisitos, mas referimo-nos aos Iniciados menores, que ainda batalham pela libertação, a quarta Iniciação.

O Logos do esquema terrestre

O Logos do nosso esquema pode ser considerado de diversas maneiras. Conforme o costume do Mestre, Ele classificará simplesmente as afirmações feitas com respeito ao Mesmo e, ao serem consideradas e estudadas extensamente pelo estudante individual, deverão servir para que a REALIDADE da Personalidade essencial dessa grande Entidade, o trabalho que trata de executar, as relações que tem e a Hierarquia humana, sejam uma realidade maior. Ao estudar este tema, devemos ter presente que não é possível revelar ao público detalhes referentes à Sua Identidade específica, a Seu número e ao alcance de Seu desenvolvimento consciente. Tais mistérios, como já se indicou, são reservados para serem revelados àqueles que se comprometeram a guardar silêncio. Porém é possível transmitir uma ideia geral, antes de tratarmos especificamente da cadeia e da ronda atuais.

Aqui caberia perguntar: que utilidade e finalidade tem esta informação nesta hora de necessidade mundial? Aparte de que a transmissão cíclica da verdade é feita sob uma lei e não pode ser negada, sugere-se que, quando um grande número de homens conceba o propósito das manifestações específicas, quando compreenda que todas as formas são modos de expressão de certas Entidades ou Seres, que as ocupam durante ciclos de duração determinada, com o objetivo de obter o propósito de que cada vida, grande ou pequena, sirva a seus próprios fins e, por sua vez, contribua para os fins mais amplos do Ser de Cujo corpo é parte integrante, ter-se-á conseguido muito. Os detalhes não podem ser revelados. É possível sugerir o delineamento geral, solar, planetário e hierárquico e, graças a esta sugestão, por em ordem os pensamentos dos homens ao contemplar o aparente caos atual. Não esqueçamos que, quando a ordem é estabelecida e consegue-se também um pensamento unido no plano mental, então se manifesta oportunamente a ordem no plano físico. Entendemos estas últimas palavras do Mestre como significando que, quando o conhecimento é adquirido, perfeitamente compreendido e assimilado, no que se refere à parte do plano divino que cabe à humanidade realizar, a aplicação deste conhecimento estabelece a ordem no mundo físico. Portanto, esforçar-se intensamente para entender a mente do nosso Logos Planetário, no que estiver ao alcance de cada um, é um dever de todos. Mestre Djwal Khul dá muitas informações sobre o nosso Logos no livro que estamos estudando e analisando. As informações referentes a nós mesmos, por exemplo, o Loto Egoico, são de suma importância, uma vez que, se a mente do nosso Logos reflete-se em todos nós e Ele está fortemente interessado em desenvolver Sua mente cósmica, o autoconhecimento está coerente com o interesse do Logos. O assunto Loto Egoico será explicado mais tarde, na sequência do livro.

Uma coisa é bem clara. Somente quando a compreensão do mundo fenomênico, exterior e interior, é clara, nítida, racional e lógica, dentro do que cabe à época, poderá haver a certeza e convicção totais. Quando só existe a chamada fé cega, sem o mínimo de mente, sempre haverá vacilação interior. Por isso as religiões dogmáticas e impositivas, que condenam o uso da mente, estão falhando, apesar de seu número.

Mais a seguir, Mestre Djwal apresenta mais informações sobre o nosso Logos Planetário. Antes de prosseguirmos, necessário se faz lembrar alguns detalhes importantes. O nosso esquema não é sagrado, embora em vias de sê-lo, conforme já dissemos. Representando ele o centro alta maior do Logos Solar, está ligado ao esquema de Saturno, que representa o centro laríngeo, que expressa manas, como sintetizador dos quatro raios de atributos de manas. Quando estudamos os níveis de evolução do homem, em função dos centros, constatamos que no quarto nível, do homem intelectualizado e parcialmente regido pela Alma, os centros ativos eram: cardíaco, laríngeo e os quatro centros menores da cabeça, sintetizados no alta maior. Fazendo uso da Lei de Analogia, podemos deduzir que o nosso Logos Planetário está nessa fase, em espiral cósmica. Resta tentar descobrir quais são esses quatro centros menores da cabeça do nosso Logos, para chegarmos a conclusões práticas e a um melhor e mais claro entendimento do que está ocorrendo no planeta. Para tal, temos de meditar muito, refletir muito e cruzar muitas informações, sem descurar nunca o autoaprimoramento contínuo com os conhecimentos de que já dispomos.

Voltar ao Início


Estudo 132

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Continuação) (Páginas 308, 309 e 310)

Continuando nosso estudo de Manas Humano, estudaremos Manas na linha do nosso Logos Planetário. Mestre Tibetano diz que o Logos do nosso esquema é um dos quatro Logoi ou Senhores de Raios Menores e consequentemente ocupa-se em desenvolver especialmente um dos atributos de Manas. Ora sabemos que o nosso esquema não é sagrado, estando em vias de sê-lo e é o centro alta maior do Logos Solar. Portanto está ligado ao centro laríngeo do Logos Solar, que é o esquema de Saturno. Como o centro alta maior é um centro da cabeça, obviamente expressa um atributo de Manas. Em consequência podemos concluir que o Mestre quis dizer que o nosso Logos Planetário, por estar desenvolvendo um atributo de Manas, faz parte do contexto de atividades, que tem os quatro Logoi ou Senhores de Raios menores como centro principais, ou seja, o nosso esquema é um centro não sagrado ligado a um dos quatro.

Cada um dos quatro raios menores, como já sabemos, com o tempo sintetiza-se ou é absorvido por esse Raio, que na Terra é representado pelo Mahachoan. É o Senhor do terceiro Raio ou Aspecto maior e sintetiza os quatro menores e seus subsidiários, como o nosso. Esses quatro Raios com seu Raio sintetizador constituem os cinco raios de Manas ou Mente. Eles podem ser considerados como:

a. O quíntuplo Aspecto de Brahma.

b. Os cinco Raios de primordial importância no Sistema Solar anterior ao atual e os cinco Homens Celestiais individualizados, chamados os Filhos nascidos da Mente de Brahma. Pela individualização dos quatro naquele Sistema, produziu-se a individualização da grande Entidade Cósmica denominada Brahma. Ao individualizar-se, manteve os quatro em seu corpo.

c. Estão representados na Terra pelos cinco Kumaras (que vieram do esquema de Vênus), os quais, em obediência à Lei, assumiram forma humana. Helena Petrovna Blavatsky indica isso em vários parágrafos da Doutrina Secreta (D.S. II, 158).

Nosso esquema é considerado como o quarto e mais importante do Sistema Solar, durante este atual ciclo particular, pelas seguintes razões:

Considerados nosso Sistema Solar como de quarta ordem e nosso esquema o quarto, proporcionam por isso um momento de oportunidade especial ao nosso Logos Planetário em virtude do alinhamento produzido. Isto resulta em que a atenção do fogo de kundalini logoico solar dirija-se a este centro, nosso esquema, com os resultados consequentes no processo de desenvolvimento.

A cadeia terrestre, quarta em ordem dentro do esquema, a que mais nos interessa e temporariamente é de maior importância para o nosso Logos Planetário, produz assim outro alinhamento de grande importância. Isto oferece uma oportunidade especial e permite o ingresso de força vitalizadora elétrica proveniente de fora do sistema ou do cosmo mesmo. Este sobre-estímulo resulta nos aparentes cataclismos e na tremenda destruição de formas, sendo simplesmente a necessária consequência da vitalização da vida na forma e o quebrantamento da forma limitadora, incapaz de suportar a ação cósmica.

Assim também o globo, que dentro da cadeia recebe no presente polarização planetária ou que na atualidade personifica em sentido especial a vida do Logos Planetário, é a Terra, quarto globo na ordem. Com isto ocorre mais outro alinhamento.

Some-se aos fatos mencionados o conhecimento aceito de que esta é a quarta ronda e temos um quinto alinhamento, o qual é de suma importância para todos nós. Não obstante, esse alinhamento teve ainda maior significado e força na quarta raça-raiz e produziu esse estupendo acontecimento psíquico, abrir a porta da Iniciação para a Hierarquia humana.

Fatos tão importantes merecem a acurada atenção e consideração de todos os estudantes ocultistas. Eles contêm a chave mediante a qual será possível obter alguma compreensão com respeito a Manas e à evolução planetária. O que temos, portanto, neste alinhamento especial cíclico?

1. Um Sistema Solar de quarta ordem.
2. O quarto esquema do Sistema.
3. A quarta cadeia do esquema.
4. O quarto globo da cadeia.
5. A quarta ronda.

Todos eles estão ativos num mesmo ciclo e consequentemente, trazem um alinhamento simultâneo, cujo resultado será abrir um canal direto desde o coração do nosso esquema, através de cada "círculo não se passa", até à analogia cósmica, que se encontra fora da esfera solar. Procuremos descobrir qual é essa analogia cósmica fora da esfera solar. Poderá ser um alinhamento com o quarto Sistema Solar, entre os sete que formam os centros do Logos Cósmico. Se este quarto Sistema for Sírius, então a nossa conexão com Ele será muito estimuladora, o que significa muitas oportunidades iniciáticas, uma vez que a Loja Azul, que orienta a Loja Branca (a Hierarquia Planetária da Terra), está em Sírius. Uma outra oportunidade também possível neste caso é para o quarto caminho, o caminho de Sírius, que, juntamente com mais seis, apresentam-se ao Iniciado na sexta Iniciação, da Decisão.

A quarta Hierarquia Criadora é, essencialmente, a Hierarquia de Manas. Isto não é um jogo de palavras, mas uma afirmação de profundo significado oculto. Afirmou-se com toda veracidade, que cinco das doze Hierarquias desapareceram e restam sete. Destas sete, nossa Hierarquia humana é a quarta, o que faz com que ela seja a nona dentro das doze. Convém fazer uma conexão entre o desaparecimento das cinco Hierarquias Criadoras e o fato de que os cinco Kumaras ou Homens Celestiais, que definidamente personificam o princípio manásico (ou os cinco raios presididos pela analogia do Mahachoan na Terra), desenvolveram Manas no sistema anterior, desaparecendo na onda de influência manásica concernente à sua própria natureza. Isto significa que as cinco Hierarquias Criadoras já fizeram o que tinham de fazer no atual plano físico cósmico, em Sua tarefa de recapitulação, em virtude de sua experiência no Sistema anterior, o de Manas e agora estão trabalhando no plano astral cósmico.

Há que recordar também que nove é o número da Iniciação ou das Iniciações maiores de Manas, donde o homem chega a ser um Nove perfeito ou o número de sua Hierarquia Criadora.

Isto ocorre dentro do ponto de vista dos três Sistemas (são três Sistemas maiores), embora o quatro poderia ser seu número atual no Sistema, quando não contamos as cinco Hierarquias Criadoras que já saíram do plano físico cósmico e trabalham atualmente no plano astral cósmico.

Pelos fatos acima expostos, não podemos ter nenhuma dúvida com referência à oportunidade única que nós, humanidade do quarto esquema e da Terra, estamos tendo no atual período, no sentido de acelerarmos a nossa evolução e mais rapidamente nos livrarmos das limitações dos três mundos inferiores. As energias entrantes estão aí disponíveis, bastando o esforço manásico para identificar suas naturezas (o que pode ser conseguido pelos ensinamentos que o Mestre Djwal Khul colocou à nossa disposição), juntamente com o esforço de autoaplicação dessas identificações (conhecimento que concerne ao aprimoramento próprio e não é aplicado, torna-se inútil). Aqueles que conseguem enxergar mais distante, além dos véus de maia e da miragem, têm o dever de divulgar os conhecimentos adquiridos, para que todos possam deles se beneficiarem, com as devidas limitações, é claro, uma vez que o Discípulo presta juramento para não divulgar determinados conhecimentos, que seriam perigosos nas mãos de inescrupulosos e não preparados. Cabe aqui lembrar a parábola do Mestre Jesus, quando na Palestina ensinava que a lamparina deve ficar em local bem visível, para que possa iluminar a todos. Uma outra parábola do Mestre Jesus, muito importante, é a dos talentos, que, em resumo, quer dizer que devemos sempre avançar, ampliar e desenvolver cada vez mais nossas capacidades, não apenas para benefício próprio, mas de todos.

Voltar ao Início


Estudo 133

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Continuação) (Páginas 310, 311, 312 e 313)

Continuemos nosso estudo de Manas humano, ainda dentro da ótica do nosso Logos Planetário, em cuja consciência nos encontramos.

Há que se recordar também que nove é o número da Iniciação ou das Iniciações maiores de Manas, por onde o homem chega a ser um Nove perfeito, ou seja, entre as doze Hierarquias criadoras, a nossa, de Mônadas humanas, é a nona. Isto ocorre desde o ponto de vista dos três sistemas solares, embora o quatro poderia ser seu número atual no sistema. Expliquemos melhor estas últimas palavras do Mestre Tibetano. Quando consideramos o sistema solar anterior ao atual (na realidade ele foi síntese dos quatro sistemas mais anteriores, relacionados com os quatro atributos de Manas individualmente), o atual e o próximo, temos os três sistemas.

Se deixarmos de lado as cinco Hierarquias criadoras, das quais quatro estão trabalhando no plano astral cósmico e uma está em vias de liberação e considerarmos apenas as sete (da sexta à décima segunda), que estão trabalhando atualmente no plano físico cósmico, então, por sermos a quarta, seu número é o quatro.

Ao tratarmos dos vários fatos e qualidades referentes ao nosso esquema e seu Regente, vimos que este Seu ciclo particular ou Sua encarnação, é de grande importância não só para Ele, como também para todo o sistema solar. O nosso Logos Planetário ocupa-se particularmente de um grupo particular de Mônadas que vibram de acordo com a Sua nota, estão coloridas por Sua mesma cor, respondem ao mesmo número e são conhecidas esotericamente por Seu mesmo nome. É importante realçar aqui um ponto: todas as Mônadas, em distintos períodos, são influenciadas pelos diferentes Logoi Planetários e, em determinados momentos, todas passarão por cada esquema. Isto não significa que todos os seres humanos passem um período de encarnação em cada esquema, mas que em algum globo de cada esquema haverá entes humanos, seja antes de encarnar fisicamente, entre distintos ciclos egoicos e (coisa totalmente distinta dos períodos existentes entre as vidas físicas) diferentes rondas ou manvantaras, seja entre diversas raças-raiz ou sub-raças. Conforme se relata em vários livros ocultistas, a maioria da atual humanidade avançada se individualizou na cadeia lunar e somente adquiriu corpo físico na cadeia terrestre durante a quarta raça-raiz, a atlante, escapando assim da encarnação durante as três primeiras rondas e as duas primeiras raças-raiz da quarta ronda. Enquanto isso ficaram sob a influência planetária de um Logos de outro esquema e durante um imenso período ocuparam-se em vivificar a chama manásica e desenvolver os atributos de Manas. A raça-raiz atlante encontrou-os devidamente equipados para fazer frente às condições de vida.

Esta participação na vida e na influência dos diferentes esquemas é feita de quatro maneiras distintas:

Primeiro, passando o intervalo intermediário entre ciclos egoicos de encarnação física em um determinado globo do seu esquema, que numericamente coincide com o outro esquema particular, cuja influência se deseja, seja por decisão deliberada, seja por necessidade cármica. Cada globo de uma cadeia está ocultamente vinculado com a cadeia de seu mesmo número e com o esquema de número idêntico. Por exemplo: globo 2, cadeia 2 e esquema 2, durante a ronda 2, estão vinculados e vitalizados especialmente e são o ponto focal da atenção peculiar por parte do Logos deste esquema. Semelhantemente (também como ilustração) o globo 2, a cadeia 2, durante a ronda 2 de qualquer esquema, tal como o quinto, por exemplo, estão alinhados ou conectados esotericamente com o segundo esquema. Isto oferece a oportunidade aos entes do corpo do Logos de se colocarem sob a influência de outros Logoi e dentro de Sua radiação vibratória.

Segundo, mediante a transferência direta para algum globo de outro esquema dos entes encarnados de qualquer esquema, no qual estarão submetidos (durante um intervalo) ao estímulo e à vibração particulares desse esquema. Esta transferência pode parecer misteriosamente impossível, a menos que o estudante procure dar-se conta de que se trata da transferência das vidas individualizadas e não das formas ou dos corpos que elas ocupam. Toda a questão é de Almas e se fundamenta na unidade da Anima Mundi (Alma do Mundo). Isto só é possível durante esses períodos em que dois Homens Celestiais unem-se sob a Lei de Atração, entrando assim cada um no campo magnético do outro.

Terceiro, quando o Iniciado passa conscientemente a Iniciação, de um esquema para outro. Isto acontece frequentemente. Diversos escritores e pensadores insinuaram isso, embora alguns tenham confundido os globos de sua própria cadeia com o esquema do mesmo número ou tenham confundido outra cadeia do esquema por outro esquema.

Quarto, aplicando o método de transferir a consciência e colocar os entes sob o poder focal de um Senhor de Raio, o que se consegue mediante o conhecimento de certos mantrans e fórmulas. Não é possível passar informações sobre estes mantrans, porque são esotéricos e seu emprego implica em muitos perigos para quem não é Iniciado.

A encarnação na Terra do nosso Logos Planetário é chamada "Primeiro Kumara", o Único Iniciador e afirma-se que veio de Vênus a este planeta. Vênus é o "primário" da Terra. É necessário dar alguma explicação sobre este assunto, embora só seja permitido fazer muito poucas insinuações acerca da verdade. Este tema encerra o maior mistério a respeito do desenvolvimento do nosso esquema e oculta o enigma deste ciclo mundial. Não é fácil expressar a verdade, porque as palavras ocultam e velam.

Talvez se possa dar um indício, se dissermos que existe uma analogia na entrada em pleno auge do Ego e o domínio que exerce durante certos períodos na vida do homem. É dito que aos sete anos e também na adolescência o Ego "se afirma" e aos vinte e um anos este aferramento é cada vez maior. Analogamente, a medida que passam as vidas, o Ego (em relação com um ser humano) aferra-se aos seus veículos e sujeita-os a seu propósito de forma mais eficaz e plena. O mesmo procedimento pode ser observado em relação ao Homem Celestial e Seu corpo de manifestação, um esquema. Há que recordar que cada esquema tem sete cadeias, cada cadeia sete globos, totalizando quarenta e nove globos, sendo cada globo ocupado pela vida do Logos por sete vezes, denominadas rondas, em cada cadeia, o que totaliza trezentas e quarenta e três encarnações ou novos impulsos para manifestar-se. Temos de somar a estas manifestações maiores outras menores, como as raças-raiz, sub-raças e ramificações de sub-raça. Assim nos vemos em uma complexidade capaz de confundir o estudante mediano. A roda planetária da vida faz girar, numa escala menor, a roda da vida do pequeno peregrino chamado homem. A medida que gira, impele o Logos Planetário evolucionante a novas formas e experiências, até que o fogo do Espírito (fogo elétrico) queime todos os fogos menores e os absorva.

Como foi dito anteriormente, cada Homem Celestial está vinculado com um dos Seus Irmãos, sob a Lei de Atração Mútua, a qual todavia se manifesta de forma muito degradada no plano físico, por meio da vida do ente humano aprisionado na forma física. Psiquicamente, o vínculo é de natureza distinta. Tal vínculo existe entre o Logos Planetário do esquema de Vênus e o Logos do nosso esquema. Esta interação psíquica tem seus fluxos e refluxos cíclicos, assim como flui e reflui toda a força de vida.

Na época lemuriana houve um período de íntima interação, que produziu, no planeta físico do esquema do nosso Logos, uma encarnação, o Guia da Hierarquia Planetária, o Único Iniciador. Isto não teria ocorrido, se o Logos do esquema de Vênus não tivesse estado em situação de vincular-se intimamente com o nosso.

Temos bastante matéria para refletir e meditar, com suas consequentes conclusões e ilações de cunho prático, para serem aplicadas e, ao mesmo tempo, adquirirmos muitos conhecimentos a respeito dessa Excelsa Vida, na qual vivemos, movemo-nos e temos o nosso ser, o que nos permitirá melhor colaborar com Ela, em proveito nosso.

Voltar ao Início


Estudo 134

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas Humano (Continuação) (Páginas 313,314 e 315)

Continuemos nosso estudo de Manas, analisando a atuação do Logos do esquema de Vênus sobre o nosso, por ocasião da chegada dos Senhores da Chama no planeta Terra, provenientes daquele esquema, na individualização da raça lemuriana, na terceira sub-raça. Como já dissemos, este fato está profundamente ligado ao relacionamento existente entre o nosso Logos Planetário e o do esquema de Vênus.

Enquanto não for permitido passar informação mais detalhada a respeito destas duas grandes Entidades, pouco pode ser dito, a não ser enunciar algumas possibilidades e assinalar certos fatores que os estudiosos deverão recordar. Afirmou-se que, por estar na quinta ronda, a humanidade do esquema venusiano está mais adiantada do que a nossa e pode ajudar-nos, como já o fez na época lemuriana. Este é um exemplo de uma verdade exposta parcialmente e mal interpretada. O esquema de Vênus encontra-se em sua quinta ronda (segundo é dito na Doutrina Secreta, I, 196 - III, 44 a 47 e IV, 158) e, praticamente no final da quinta cadeia, considerando que as duas últimas rondas de uma cadeia (sexta e sétima) se desenvolvem com maior rapidez, em especial quando a humanidade do esquema está bem adiantada. Em certos aspectos a humanidade do esquema venusiano está muito mais avançada que a nossa, porém o importante acontecimento ocorrido na raça lemuriana não foi devido a que certos seres humanos estivessem mais evoluídos, mas às seguintes causas:

Primeiro, o esquema de Vênus, considerado como centro logoico, é muito mais ativo que o nosso, o que faz com que seu magnetismo irradie-se de forma muito mais ampla. A sua irradiação é de tal magnitude, que atraiu o nosso esquema para dentro de seu raio magnético, no plano búdico, matéria predominante no nosso esquema. Assim, o segundo globo do nosso esquema, que está sob a influência do segundo esquema, que é o de Vênus, foi fortemente magnetizado (magnetismo no sentido esotérico e não o magnetismo da física) e, como os globos de um esquema relacionam-se, ele atuou sobre a Terra, vitalizando-a, não só na parte densa, mas também nas partes astral, mental e búdica.

Segundo, como ocorre com o homem, determinados triângulos de força encontram-se em diferentes etapas de evolução ou (usando outras palavras) diferentes centros ligam-se geometricamente, como por exemplo:

a. a base da coluna vertebral, o básico,
b. o plexo solar ou umbilical,
c. o cardíaco;

ou então:

a. o plexo solar,
b. o cardíaco,
c. o laríngeo;

da mesma forma, no Homem Celestial ou no Logos Solar ocorre um fato semelhante. Tal acontecimento teve lugar nesta ronda em conexão com o centro personificado por nosso Logos Planetário (centro alta maior) . Este centro vinculou-se geometricamente com outros dois centros, dos quais Vênus (centro frontal) foi um e o Kundalini logoico - circulando com enorme força por este adequado triângulo - provocou a intensificação da vibração da família humana, tendo como resultado a individualização. Enumeraremos agora os esquemas, como fundamento do nosso trabalho futuro:

Os sete planetas, centros ou esquemas

1. Vulcano (o Sol, considerado exotericamente).
2. Vênus.
3. Marte.
4. Terra.
5. Mercúrio.
6. Júpiter.
7. Saturno.

Os três planetas sintetizadores

1. Urano.
2. Netuno.
3. Saturno.

O Único Resolvente

• O SOL.

Aqui cabe um esclarecimento. Sabemos que são sete os centros principais ou sagrados do Logos Solar:

1. Vulcano - o coronário
2. Vênus - o frontal
3. Mercúrio - o básico
4. Júpiter - o cardíaco
5. Saturno - o laríngeo
6. Netuno - o umbilical ou plexo solar
7. Urano - o sacro

Comparando esta última listagem com a anterior, concluímos o seguinte: Marte (não sagrado) deve estar sob a influência de Netuno, a Terra (também não sagrado) sob a influência de Saturno e Plutão (também não sagrado), que deve estar sob a influência de Vulcano. Portando, Saturno, Netuno e Urano exercem duas funções: centros sagrados e sintetizadores, como já dissemos.

Chamamos a atenção para o fato de ser o Sol o Único Resolvente e ao mesmo tempo o centro esplênico. Isto coloca o Sol numa situação e no mesmo nível de planeta, no sentido esotérico. Embora o Sol seja reconhecido pela ciência como uma estrela, Helena Petrovna Blavatsky relata uma história um pouco diferente sobre o Sol. Nessa linha de raciocínio, concluímos que o Sol central do nosso sistema não é esse bem visível e que nos aquece e nutre, como já temos dito, mas a estrela alfa (um sistema estelar de quatro estrelas) de uma constelação muito próxima de nós e bem visível (de forma destacada) à noite na atual época do ano, acima do horizonte sul, formando um par com a beta.

Devemos advertir que não se deve atribuir importância alguma à ordem consecutiva em que foram enumerados estes sete esquemas, nem à sequência de seu desenvolvimento ou importância, nem tão pouco ao lugar que ocupam entre si com respeito ao planeta central, o Sol (observem que o Mestre Tibetano chama o Sol de planeta central, corroborando nossa interpretação). Só dois devem ser considerados como numericamente exatos nesta etapa e nesta ronda. Por exemplo, nossa Terra, o quarto esquema e Vênus, o segundo. Vênus indistintamente é o segundo esquema e o sexto, conforme seja contado em forma mística ou ocultista. Inversamente, Júpiter seria o segundo ou sexto. Analisemos com atenção essas palavras do Mestre Tibetano. Tomando como base a sequência numérica apresentada pelo Mestre e a ordem da expressão "forma mística ou ocultista", observamos que Vênus é o segundo na forma mística, que é a apresentada e Júpiter é o sexto (o Mestre diz textualmente "inversamente"), também na forma mística. Agora, se passarmos a contar do sétimo para o primeiro, vemos claramente que Vênus é o sexto e Júpiter é o segundo. Com base nesse raciocínio, podemos deduzir a sequência ocultista:

1. Saturno
2. Júpiter
3. Mercúrio
4. Terra
5. Marte
6. Vênus
7. Vulcano.

É interessante que a Terra é o quarto, tanto na sequência mística como na ocultista. Temos de entender o que o Mestre quer dizer com a expressão "forma mística ou ocultista".

Voltar ao Início


Estudo 135

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Continuação) (Páginas 315 e 316)

Veremos agora a interpretação do que o Mestre Djwal Khul quer dizer com forma mística e ocultista. Sabemos que o místico segue o caminho da devoção, procurando desenvolver ao máximo seu corpo astral, alguns em sua parte mais refinada, ou seja, a matéria astral a partir do subplano terceiro, para cima, alguns conseguindo ativar a matéria astral atômica em grande intensidade. Todavia eles não cuidam do corpo mental, evitando usar a mente, embora alguns dediquem um pouco de atenção à utilização da mente, no sentido de entender o mundo fenomênico, mas essa atenção é pouca. Já o ocultista se dedica a entender o mundo fenomênico, não se limitando ao aspecto devocional, cuidando intensamente de desenvolver seu corpo mental. Assim como o místico pode cometer erros graves, como a história o comprova, pelas perseguições religiosas, sendo a Inquisição a prova máxima e atualmente os atentados terroristas, da mesma forma o ocultista desatento, que não desenvolveu nada do lado devocional e místico, pode cometer erros gravíssimos, até mais graves que os do místico, uma vez que o ocultista vê o poder e tem acesso a ele, podendo usá-lo só em benefício próprio, trabalhando contra o Plano Divino. Como esse Plano prevê para a parte do homem que todos os corpos sejam desenvolvidos e dominados e há uma programação para isso, sendo a época atual, da quinta raça-raiz, destinada ao desenvolvimento da manas ou mente, é necessário e importante que todos se enquadrem nessa programação, por livre e espontânea vontade, sem o que serão expurgados na próxima ronda, conforme veremos mais adiante.

Uma vez claros esses conceitos de místico e ocultista, levemo-los aos Logoi Planetários. Esses excelsos Seres evoluem em velocidades diferentes, Todos buscando a perfeição prevista para Eles, dentro do planejamento do Logos Solar. Assim sendo, temos Logoi Planetários dando mais ênfase ao lado místico e Outros enfatizando o lado ocultista, já tendo passado pelo lado devocional, no atual ciclo, pois no futuro ocorrerão mudanças. Com base nesses conceitos, desenvolvemos as seguintes listas dos esquemas, relacionados aos raios:

Comportamento místico do Logos, mais devocional que mental, em nível cósmico:

1. Vulcano - primeiro raio
2. Vênus - quinto raio
3. Marte - sob o sexto raio
4. Terra - sob o terceiro raio
5. Mercúrio - quarto raio
6. Júpiter - segundo raio
7. Saturno - terceiro raio

Sequência numérica partindo do mais intenso (1) para o menos intenso (7), devocionalmente.

Comportamento ocultista do Logos, mais mental (mais cientista) que devocional, em nível cósmico:

1. Saturno - terceiro raio
2. Júpiter - segundo raio
3. Mercúrio - quarto raio
4. Terra - sob o terceiro raio
5. Marte - sob o sexto raio
6. Vênus - quinto raio
7. Vulcano - primeiro raio.

Sequência numérica, partindo do mais intenso (1) para o menos intenso (7), mentalmente ou cientificamente. Note-se que a sequência ocultista é o contrário da mística.

Quando analisamos esses comportamentos à luz dos raios, observa-se uma certa coerência: os dois mais intensos na forma ocultista, Saturno e Júpiter, estão nos terceiro e segundo raios; Marte, sob o sexto raio, é mais devocional.

A aparente incoerência observada em Vênus (quinto raio) e Vulcano (primeiro raio), é explicada pelos seguintes fatos: Vênus já está expressando Budi através de Manas, o que o coloca na situação devocional; Vulcano (primeiro raio), como coronário, está expressando mais intensamente no momento a energia das pétalas centrais desse chacra, ligadas ao cardíaco. Mercúrio (quarto raio) está transmutando Manas em Intuição (Budi), ocupando uma posição intermediária. Quanto a Júpiter (segundo raio), não podemos esquecer que o segundo raio é Sabedoria, o que supõe uma mente científica, embora tendo a experiência devocional, não excessiva, não sendo o amor interpretado erroneamente pela humanidade (desejo).

Após essas explicações, continuemos nosso estudo. Notemos o seguinte:

a. Os planetas Vênus e Júpiter estão intimamente ligados à Terra e formam, oportunamente, um triângulo esotérico.

b. Saturno é o esquema que sintetiza os quatro esquemas que personificam única e exclusivamente Manas ou é o principal resolvente dos quatro menores e, com o tempo, dos sete. Expliquemos esse item b.

Sob o ponto de vista dos raios (como chacras), sendo Saturno o chacra do terceiro raio, Ele sintetiza os quatro raios (as energias) de atributo, ou seja, Urano (sétimo raio), Netuno e Marte (sexto raio), Vênus (quinto raio) e Mercúrio (quarto raio). Mas existe uma outra função sintetizadora, muito mais ampla que a anterior, dentro das atividades do sistema solar. É a essa função que o Mestre Djwal Khul se referiu no item b, quando disse: "e, com o tempo, dos sete.", conforme vimos na listagem do estudo anterior, a qual repetimos na forma de uma estrela de seis pontas ou dois triângulos sobrepostos:

c- Mercúrio, a estrela (estrela no sentido simbólico) da Intuição ou Manas transmutado, na atual etapa é considerado o quinto esquema.

Portanto, os Homens Celestiais de Vênus e Júpiter estão vinculados magneticamente com o Homem Celestial do nosso esquema. A relação com o Logos de Júpiter e Sua influência não serão compreendidas nem sentidas até que a sexta ronda esteja em todo o seu apogeu, todavia durante a sexta raça-raiz do atual período global, ou seja, aqui na Terra, sua vibração será conhecida e sentida, pelos que conseguirem ficar, não tão intensamente quanto na sexta ronda. Na metade da quinta ronda, portanto quando a humanidade estiver novamente na Terra (os que escaparem do expurgo), o Logos de Mercúrio, o Logos de Vênus e O da Terra formarão um triângulo temporário de força. Temos aqui uma informação que até agora somente tem sido insinuada, porém, nesta quinta raça-raiz e nesta quinta sub-raça e nesta quarta ronda, o mundo já está preparado para recebê-la, pois nela encontra-se a solução do mistério desta ronda. Analisemos estas palavras do Mestre. Qual a energia que deverá circular nesse triângulo Vênus-Mercúrio-Terra ? Não é difícil descobrir, uma vez que Vênus já está expressando Budi através de Manas e Mercúrio é a estrela da Intuição (sinônimo de Budi, embora ao pé da letra a intuição é um sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico) ou Manas transmutado, logo a energia circulante nesse triângulo será de Budi ou Crística. Ora, para que Budi possa se expressar plenamente, será necessário que esteja disponível um instrumento bem preparado e esse instrumento é Manas. Mercúrio e Vênus já aperfeiçoaram Manas e neles Manas está apassivado, sendo um meio de expressão de Budi, o princípio Crístico. Logo, para que a humanidade da Terra possa sentir os efeitos dessa energia circulante e aproveitá-la, ela terá que desenvolver ao máximo Manas (tendo como objetivo Budi, é claro) e aperfeiçoá-lo. Isto tem de ser feito agora, na Terra, pois envolve o uso do cérebro físico e o tempo que resta de permanência da humanidade na Terra, segundo os cálculos de um estudioso, é de mais ou menos quinhentos mil anos. Na metade da próxima ronda, Manas será apassivado aqui na Terra, para ser apenas veículo de Budi, surgindo um outro tipo de consciência. Aqueles que tiverem Manas superdesenvolvido, mas sem o princípio Budi, como também os que tiverem Manas subdesenvolvido, serão expurgados, uma vez que o ambiente não será condizente para eles. Cremos ser esta a solução do mistério desta ronda.

Voltar ao Início


Estudo 136

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Continuação) (Páginas 316,317 e 318)

Continuemos nosso estudo sobre a origem de Manas humano, dentro do enfoque do esquema de Vênus.

Terceiro - É verdade que o grande Kumara, o Único Iniciador, veio ao nosso planeta desde Vênus, porque expressa o fato de sua chegada a este planeta denso (o quarto) durante a quarta cadeia, desde essa cadeia de nosso esquema, denominada "venusiana", que é a segunda. Veio por meio do segundo globo de nossa cadeia. A sua vibração foi apenas percebida, no sentido esotérico, ou seja, ocultamente, na segunda ronda. Porém somente na terceira raça-raiz da atual ronda, a quarta, surgiram condições para que Ele encarnasse fisicamente e viesse como o Avatar. Podemos dizer que as primeiras três rondas e as duas primeiras raças-raiz da atual ronda correspondem ao período pré-natal. A sua chegada a esta quarta ronda, com o consequente despertar de Manas nos entes humanos, tem sua analogia no despertar do princípio vida no nascituro, no quarto mês da gravidez. A analogia é exata, pois o Homem Celestial atinge sua plena maturidade no final da sétima ronda, porém necessita do processo final de formação e aperfeiçoamento, a ser alcançado durante os períodos finais:

a. de sintetização nos três períodos maiores e
b. de resolução no último,

constituindo novamente os nove ciclos que abarcam a gestação de um Homem Celestial (equivalentes aos nove meses de gravidez do ser humano) e antecedem o Seu nascimento em mundos ainda mais elevados, ou seja, Ele realiza o propósito da cadeia, após sete rondas, a fase de três etapas maiores de sintetização gradativa e a fase final de resolução, na qual é consolidado o propósito da cadeia, totalizando nove ciclos. Após essa cadeia, não sendo a sétima (a última), Ele renasce para iniciar a conquista de um propósito maior ainda, dentro do plano físico cósmico. Todavia Ele deve conquistar o plano astral cósmico, posteriormente o mental cósmico e assim prossegue. Então, de fato, após a conquista de um mundo, Ele nasce novamente em um mundo mais elevado. O mesmo acontece com o homem. Aí há muito assunto para meditação e reflexão, sendo de grande importância para o estudante investigador. Que fique bem claro que estamos falando unicamente do Logos do nosso próprio esquema e por isso é fundamental que os ciclos dos outros Logoi sejam diferenciados cuidadosamente - algo ainda impossível para nós. A medida que se estude o assunto, com muita reflexão, a maravilha e a beleza do Plano Divino tornar-se-ão manifestas.

Também teremos uma ideia do que será o Avatar final, o Logos Planetário, no término de Seu grande ciclo. Muitas encarnações temporárias antecedem a encarnação culminante, na qual o Homem Celestial, com toda a beleza consequente de ter completado Seus sete ciclos e antes de fundir-se com a Sua meta sintetizadora, manifestar-se-á como personificação da qualidade ou aspecto logoico aperfeiçoado, que Ele principalmente representa. Como centro no corpo do Logos Solar, será vitalizado plenamente e o kundalini logoico terá estimulado e levado à perfeição o Loto de Seu sistema (o centro). Durante um breve período resplandecerá radiante como o Sol em Sua glória, logo o fogo kundalínico subirá em espirais progressivas e, gradualmente, enfocar-se-á no correspondente centro coronário logoico solar, o triângulo superior ou os três esquemas maiores. Aqui devemos refletir um pouco. O Mestre já afirmou que o esquema de Vulcano é o centro coronário logoico solar. Todavia aqui Ele dá uma outra versão para o centro coronário logoico solar. Assim, podemos deduzir que, no caso do Logos Solar, a culminância dar-se-á com a atividade máxima do triângulo formado pelos esquemas de Saturno, Netuno e Urano, os três maiores, os quais, além das funções específicas de centros (laríngeo, umbilical e sacro, respectivamente), exercem essa função bem mais elevada, de coroação e ápice, no propósito do Logos Solar. Esse assunto encerra muitos mistérios, que o homem comum nem pode perceber, mas o Iniciado da segunda Iniciação já vislumbra e extasia-se ante tanta beleza, apenas com o vislumbre, partindo decididamente para o esforço de entender com clareza. É esse o verdadeiro despertar de Budi, na parte Razão Pura, pois Budi é Amor-Sabedoria-Razão Pura e Razão Pura supõe entender com clareza, o que exige Manas bem desenvolvido, para poder servir de veículo e ferramenta para Budi. Pela força de Budi, o Iniciado então enche-se de ânsia (ânsia no bom sentido) para que todos participem de seu entendimento e sua felicidade, querendo que todos participem da sua conquista. Mas ele sabe que infelizmente isso não é possível para todos no momento. Mas mesmo assim, ele procura divulgar o máximo possível.

Aqui cabe um singelo esclarecimento sobre Budi. Muitos pensam que Budi é apenas compaixão. Mas Budi é muito mais do que compaixão, sendo essa apenas um corolário ou atributo de Budi. A palavra compaixão significa ter piedade ou dó do sofrimento de outrem, como a forma do vocábulo indica: com e paixão, ou seja, sofrer com outro. Quando um pouco de Budi consegue se expressar pela matéria mais refinada do corpo astral, surge a compaixão. Todavia é uma atividade astral, elevada sim, mas astral. Quando budi se expressa pelo corpo búdico (o que supõe a Tríade Superior já em atividade, o que ocorre a partir da segunda Iniciação), a compaixão já existia, é lógico, mas ocorre uma transmutação, de Manas em Budi (ou intuição, como dizem, embora especificamente a intuição seja um sentido do corpo búdico, análogo ao paladar do corpo físico,como diz o Mestre Djwal Khul). Aí o Iniciado não se contenta em se preocupar apenas com os que sofrem, ele passa a se esforçar para que aqueles que se consideram felizes, mas que estão num nível mais baixo, sob o ponto de vista do Plano Divino (e sabemos que essa situação existe no atual mundo em grande escala), percebam que há felicidade maior e vida muito mais plena do que a que vivem, devido à falta de conhecimento. Mesmo isso ainda é um atributo de Budi, pois Budi é que permitirá ao Iniciado entender muitos mistérios da natureza, de forma direta, global e sintética, ou seja, ele verá diretamente o fenômeno operando, em todas as suas partes, simultaneamente.

Podemos ilustrar tudo isso por meio do ser humano, o microcosmo. O homem alcança o período de elevado desenvolvimento, quando são aperfeiçoados e vitalizados seus centros cardíaco e laríngeo, os quais se transformam em radiantes vórtices de fogo, de ação quadridimensional (quatro movimentos simultâneos), ligados entre si e com algum outro centro. Tornam-se objeto da atenção do kundalini humano (os fogos por fricção/por fricção e por fricção/solar unidos, em fusão com o fogo por fricção/elétrico e estimulados pelo fogo solar do Ego ou Alma). É um período de grande atividade e utilidade magnética, ao qual segue outro, no qual os três centros da cabeça sintetizam suas sete analogias menores e o conjunto de fogos acima citados transfere-se para esses três centros da cabeça. Assim como é em cima, é em baixo.

Foram mencionados esses dois centros do microcosmo, porque estão estreitamente relacionados (em escala bem mais ampla) com esses ciclos particulares pelos quais nosso Logos Planetário está passando e porque representam os aspectos segundo e terceiro.

Já temos bastante assunto para reflexão, meditação, comparação, deduções, conclusões e aplicação no nosso dia a dia, em nosso modo de pensar e em nosso comportamento em relação ao próximo. Assim procedendo, iremos paulatinamente nos tornando senhores de nós mesmos, ajudando a humanidade na figura de nosso próximo e galgando os degraus, pelos quais ver-nos-emos ante o Senhor Maitreya ou o Senhor do Mundo, o Único Iniciador, conforme o nível evolutivo de cada um. Dessa forma, iremos entrando em Vidas mais Plenas, sempre mais Plenas e Abundantes, apossando-nos de tesouros valiosíssimos, que nem a ferrugem nem a traça poderão corroer, conforme disse o Senhor Maitreya. É esse o verdadeiro paraíso, que inclui muito trabalho e responsabilidade e não aquele apregoado pelas religiões de uma forma tão irracional.

Voltar ao Início


Estudo 137

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - A Origem de Manas - Manas Humano (Final) (Páginas 318, 319, 320 e 321)

Prosseguindo nosso estudo de Manas humano, é importante que saibamos diferenciar os três modos de circulação do kundalini solar e dos Logoi Planetários através dos centros.

Primeiramente, a vitalização dos centros do Logos Solar, quando o kundalini logoico circula pelos sete esquemas, durante grandiosos ciclos. Nesse modo, estamos vendo os sete esquemas sagrados sob o ponto de vista do Logos Solar.

Logo, a vitalização dos centros planetários ou o fluxo do kundalini planetário pelas sete cadeias de um esquema. Aqui estamos vendo as sete cadeias de um esquema como centros maiores de um Logos Planetário, no tempo.

Finalmente, a vitalização dos centros de um Logos Planetário, durante uma determinada encarnação maior ou o fluxo do kundalini do Logos Planetário pelos sete globos de uma cadeia. Aqui estamos vendo os sete globos de uma cadeia como centros desse Logos Planetário.

Temos pois três modos de atuação dos centros, dependendo do ponto de vista.

Cabe uma explicação sobre o que é uma encarnação maior de um Logos Planetário. É uma encarnação em que Ele recebe uma Iniciação. Ele pode passar e passa por muitas encarnações, nas quais não recebe iniciação alguma, assim como o homem passa por muitas encarnações sem receber iniciação alguma. Um fato interessante é que uma Iniciação é concedida a um Logos Planetário, em uma encarnação em que Ele toma posse de um corpo de matéria etérica, como acontece atualmente com o nosso Logos Planetário.

O nosso Logos Planetário está se preparando para receber uma Iniciação. Isso explica as terríveis provas e experiências incidentais na vida do nosso planeta, durante este ciclo, sendo uma das provas disso a recente catástrofe (de 26/12/2004) que assolou diversos países da Ásia.

Nosso Logos receberá uma Iniciação maior na metade da quinta ronda, todavia se prepara agora para receber uma menor. Explicando melhor, Ele irá receber agora uma Iniciação referente ao sexto subplano do quarto subplano astral cósmico, por isso é menor, na próxima ronda Ele receberá uma referente ao sétimo subplano do quarto subplano astral cósmico, consolidando assim o quarto subplano astral cósmico, sendo por isso maior. Assim, Ele dará mais um passo na direção da conquista da segunda Iniciação cósmica, pela qual Ele dominará o plano astral cósmico, constituído de sete subplanos.

Sanat Kumara representa a encarnação física (em corpo etérico) do nosso Logos Planetário, que não pode assumir pessoalmente um corpo físico do planeta, devido à sua estatura cósmica. Portanto podemos dizer que o nosso Logos está encarnado fisicamente na Terra, desde a metade da raça-raiz lemuriana (há dezoito milhões de anos) e ficará conosco até o que é chamado "dia do juízo", na quinta ronda. Nesse ponto de Sua carreira, terá conseguido vitalizar devidamente o centro particular que ocupa Sua atenção; terá "percebido o afã da Sua Alma" em relação com os entes da Hierarquia humana que compõem tal centro; abandonará Sua forma atual, dirigindo Sua atenção a um centro mais elevado e dará sua força a entes de índole distinta, que serão oriundos de outro ramo da Hierarquia humana e responderão à vibração desse centro.

É conveniente que esclareçamos um pouco mais a conexão existente entre os Logoi da Terra e de Vênus, insinuada em alguns livros ocultistas e considerada brevemente neste Tratado. Foi dito que a interação dos dois esquemas deve-se, em grande parte, às suas polaridades positiva e negativa. Há também uma relação similar entre as Plêiades e os sete esquemas do nosso sistema solar, como também entre Sírius e o nosso sistema solar. Essas relações colocam em estreita interatividade a três grandes sistemas:

1. O sistema de Sírius,

2. O sistema das Plêiades,

3. O sistema do qual nosso Sol é o ponto focal,

formando, como se pode observar, um triângulo cósmico. Dentro do nosso sistema existem triângulos formados por esquemas, que variam conforme os períodos. De acordo com a relação entre eles, a força diferenciada de distintos esquemas pode passar de um a outro e, dessa forma, as unidades de vida que pertencem a distintos raios ou correntes de força, misturam-se momentaneamente. Em tais triângulos (cósmico, do sistema, planetário e humano), dois pontos do triângulo representam polaridades diferentes e o terceiro é o ponto de equilíbrio, síntese ou fusão. Isso deve ser levado em conta no estudo dos centros macro e microcósmicos, porque explica a diversidade na manifestação, nas formas e na qualidade.

Há uma analogia que pode iluminar aqueles que tenham olhos para ver:

O esquema venusiano, por se encontrar na quinta ronda, desenvolveu e coordenou o princípio Manas, através dos quatro aspectos manásicos menores (os quatro raios de atributo), conseguindo com isso um instrumento que permitirá ao aspecto búdico expressar-se por meio do quinto princípio aperfeiçoado. Nosso Homem celestial, na quinta ronda, alcançará um ponto paralelo de evolução e o quinto princípio, como já foi dito, não será mais objeto de Sua atenção no que concerne aos entes humanos.

Cinco etapas de atividade marcam o desenvolvimento e utilização do princípio mente. Três etapas são de aquisição e duas de utilização do adquirido. Esse cálculo é muito complicado e somente pode fazê-lo um Iniciado, porque implica a capacidade de estudar os ciclos do sistema solar anterior, porém, logicamente, (a julgar pelo microcosmo do planeta Terra) isso era de supor-se. O homem desenvolveu Manas nesta ronda durante as terceira, quarta e quinta raças-raiz e utilizá-lo-á para desenvolver a intuição e a consciência superior durante as sexta e sétima. No transcurso de uma encarnação de um Logos Planetário, em uma cadeia, durante uma ronda, Ele manifesta Manas em três de seus sete centros ou globos, utilizando-o para fins específicos nos dois finais. Este constitui um ciclo menor que aquele no qual observamos as sete cadeias como Seus sete centros. Estas palavras foram selecionadas com cuidado, não estamos dizendo que "adquire Manas", mas somente que produz o que é inerente. É necessário lembrar que, assim como os planos de um sistema representam propósitos diferentes, vibram em uma chave diferente e servem a seus próprios fins específicos, da mesma forma os globos preenchem uma função análoga.

a. Globo 1, onde se produzem a origem e a abstração final e se inicia a manifestação.

b. Globo 2, é o primeiro envoltório com que o Homem celestial assume corpo.

c. Globos 3, 4 e 5, por meio dos quais Ele demonstra possuir o princípio manásico.

d. Globos 6 e 7, por meio dos quais Ele manifesta Budi, mediante formas construídas valendo-se do princípio manásico.

O mesmo pode ser dito de uma cadeia, porém em maior escala.

O estudante avançado poderá desenvolver uma interessante analogia, de natureza muito esotérica, com respeito aos sete esquemas. Dois destes podem ser considerados principalmente arquetípicos, causais ou que implicam abstração, três onde se manifesta Manas e dois onde Budi já está se manifestando manasicamente. Destes dois, Vênus é um e o outro, achamos ser Mercúrio. Temos assim os três e os dois, formando os cinco esquemas dos cinco Kumaras, que constituem Brahma, ou seja, os cinco Logoi Planetários e não os Kumaras ligados ao Senhor do Mundo, Sanat Kumara.

Assim como Vênus é o polo negativo para o esquema da Terra, as sete estrelas das Plêiades são os polos negativos para nossos sete esquemas.

Cabe aqui formular uma pergunta muito inteligente. Se Vênus e as Plêiades são negativas, como podem ser doadoras, uma vez que o negativo é receptor? Efetivamente assim é, todavia a pergunta surge em nossa mente devido à falta de informação e à consequente incompreensão. Vênus teve muito que ver com o estímulo que deu por resultado grandes acontecimentos na Terra, por meio da cadeia venusiana de nosso esquema, porém de forma misteriosa nosso esquema deu mais do que recebeu, embora o que foi dado não foi da mesma natureza. A chegada da influência venusiana à nossa cadeia e ao nosso planeta e o consequente estímulo a certos grupos da quarta Hierarquia criadora, a humana, produziu um acontecimento paralelo de magnitude ainda maior no esquema venusiano, o qual afetou a sexta Hierarquia, uma das Hierarquias dos Devas, que moram no esquema de Vênus. Este estímulo emanou através de nossa sexta cadeia (ou a segunda, segundo o ponto de vista), afetando a correspondente cadeia no esquema venusiano. A grandeza da diferença podemos ver no fato de que no nosso caso, somente um globo foi afetado, enquanto que a influência do nosso esquema sobre o venusiano foi tal, que toda uma cadeia foi estimulada. Isto aconteceu graças à polaridade positiva do Homem celestial do esquema da Terra.

Portanto, ampliando o conceito, podemos observar o fato de que nossos Homens celestiais são os transmissores, por meio de Seus sete esquemas, para as sete estrelas das Plêiades. Nosso sistema solar está polarizado negativamente em relação ao sol Sírius, que influi psiquicamente sobre todo nosso sistema, através dos três esquemas sintetizadores, Urano, Netuno e Saturno, sendo este último o ponto focal que transmite Manas cósmico aos sete esquemas.

Aqui encerramos o estudo de Manas humano. No próximo estudo começaremos a estudar Manas e a Cadeia terrestre.

Voltar ao Início


Estudo 138

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre (Páginas 321, 322 e 323)

Iniciaremos agora o estudo de Manas em relação à cadeia terrestre. Quando tratamos o tema da origem de Manas cósmico e do sistema, o estudo ficou bastante limitado em alguns aspectos que concernem à nossa cadeia e fomos muito breves quanto ao aspecto essencial do tema. Inicialmente analisamos Manas cósmico no que respeita ao nosso Logos Solar e aos Logoi Planetários do sistema. Em seguida nos ocupamos de forma mais específica da relação de Manas com os Homens celestiais individualmente e, por último, estudamos Manas no que mais nos atinge: Manas e o nosso Homem Celestial, o Logos Planetário do esquema da Terra, onde estamos evoluindo e desenvolvendo a mente. Tendo chegado a este ponto, consideramos o estímulo de Manas em nossa cadeia e vimos que, em relação com a nossa Terra, Manas foi obtido:

• Por meio da cadeia venusiana do nosso esquema, a segunda, que esteve sob a influência do esquema de Vênus.

• Como resultado do estímulo originado no esquema de Vênus.

• Pelo fato de ter o kundalini do Logos Solar vitalizado um dos triângulos de força do sistema, do qual Vênus e a Terra formavam dois pontos, temporariamente.

Isto produziu a individualização daqueles que formam (particularmente a Hierarquia humana) um centro determinado no corpo do Logos Planetário do esquema da Terra.

Estudemos agora Manas de forma mais específica em relação a nós, Mônadas humanas, a quarta Hierarquia criadora.

a. A cadeia terrestre e as Mônadas encarnantes.

É muito importante esclarecer que somente um grupo da quarta Hierarquia criadora foi afetado pela implantação de Manas na terceira raça-raiz, o que nos leva a concluir que as Mônadas que estão encarnando atualmente na Terra, constituem dois grupos: um grupo recebeu o estímulo manásico no atual período mundial e o outro o recebeu na cadeia anterior, a lunar, havendo portanto uma visível diferença de nível evolutivo. Os membros mais adiantados trilharam o caminho de Provação e constituem os entes avançados da raça, sendo considerados como notabilidades entre os homens. Cabe aqui observar que nem todos os que vieram da cadeia lunar já individualizados conseguiram passar pelo Portal da Iniciação. Alguns individualizados na raça lemuriana já passaram pelo Portal, sendo o exemplo mais notável o Sr. CRISTO, também conhecido como Sr. MAITREYA, que passou a frente de muitos da cadeia lunar, distanciando-se muito deles.

Grande parte da atual intranquilidade reinante no planeta é devida a essa diferença no processo de individualização. Tal diferença baseia-se em diversos fatores que, para maior clareza, podemos classificar da seguinte maneira:

• Cada grupo forma um centro distinto no corpo do Homem Celestial.

• Diferem os métodos utilizados na individualização.

• Diferem os graus de vibração dos centros.

• O Logos Planetário recebe em cada cadeia uma Iniciação distinta, que afeta diferentes centros, trazendo à manifestação diversas entidades menores.

Quando o estudante considera essas coisas, deve contemplá-las desde diversos pontos de vista - alguns dos quais constituem para nós possíveis linhas de aproximação, enquanto outros somente podem ser pressentidos vagamente. A realidade oculta, expressada pelo poeta inglês Pope, "de que para estudar devidamente a humanidade, há que estudar o homem". encontra-se envolvida na investigação destes grandes ciclos.

O ponto de vista cósmico. Implica o estudo do lugar que ocupa o Logos Solar dentro da sua esfera maior, o corpo do Logos Cósmico, no qual é um centro sagrado, o estudo da ultrapsicologia e da astronomia do sistema (no sentido mais profundo e esotérico, abrangendo todas as variáveis, totalmente desconhecidas pela atual Ciência), mais a consideração da relação existente entre nosso sistema e outras constelações e nosso trânsito no vasto arco do firmamento. Tudo isso tem a ver com a relação existente entre os diferentes sois, seus satélites circulantes (os planetas e luas constituintes de seus sistemas solares) e os planetas entre si. Abrange o estudo de sua polarização individual e sua interação com seus polos opostos. Isto conduzirá o estudante a regiões de especulação logoica e ao estudo da eletricidade cósmica e da Lei universal de atração, estando tudo isto muito além da compreensão dos estudantes mais avançados, convertendo-se em uma ciência (reduzida a fórmulas e livros de texto, se é possível expressar-se assim) no final da próxima ronda.

O ponto de vista do sistema. Trata-se do lugar que ocupam os Homens celestiais no corpo logoico, Sua interação, Sua interdependência racional e dos ciclos em que cada um , por turno ou em pares, recebe força logoica. Isto exige o estudo do sistema solar como unidade e da relação astronômica e orbital entre o Sol e os planetas. Os triângulos do sistema, com o tempo, serão tema de especulação popular, logo de investigação e comprobação científicas e, finalmente, serão conhecidos como um fato demonstrado e comprovado, embora ainda não tenha chegado o momento. Serão estudadas as diferentes polaridades dos esquemas e a informação que hoje é ministrada unicamente aos Iniciados da terceira Iniciação, com o tempo será exotérica. No transcurso do tempo, a informação acerca do sistema no que se refere a:

a. a vitalização dos esquemas,

b. a interação entre os esquemas,

c. os períodos de encarnação, no plano físico, de um Logos planetário e

d. a Iniciação do Logos planetário,

converter-se-ão em lei ou ordem. Por agora unicamente podem ser feitas vagas conjecturas e indicações, que despertam interesse somente no homem espiritual e intuitivo. No começo da próxima ronda este conhecimento será mais difundido e haverá maior interesse sobre este tema.

Tudo o que foi dito acima pelo Mestre Djwal Khul é de uma profundidade e abrangência muito grandes, o que exige uma explanação mais detalhada, para que a beleza, a grandiosidade e a glória do Grande Plano Divino, tornem-se bem visíveis e claras e não apenas ideias nebulosas. Enfatizamos que, com todo o nosso esforço nessa explanação, a ser apresentada no próximo estudo, conseguiremos ver e entender apenas uma parte muito pequena do esplendor do Plano Divino.

Voltar ao Início


Estudo 139

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários sobre os pontos de vista cósmico e do sistema, na página 323.

Conforme prometemos, vamos explanar mais profundamente, dentro do assunto em pauta, os pontos de vista cósmico e do sistema.

O PONTO DE VISTA CÓSMICO

Embora o Mestre Djwal Khul tenha dito que tal assunto só será convertido em uma ciência (reduzida a fórmulas e livros de texto) bem no final da próxima ronda, mesmo assim, seguindo recomendações dEle próprio em diversos trechos do livro, podemos e devemos fazer especulações, seguindo uma linha lógica de raciocínio, conectando informações existentes em diversas partes do livro.

A - Ultrapsicologia do sistema - O que significa essa expressão dentro deste contexto? Consideramos que seja o comportamento, interior e exterior, do nosso Logos Solar. Nessa análise, temos de levar em conta diversos fatores, tais como:

1. A sua maturidade emocional, em nível cósmico, ou seja, seu controle de seu corpo astral cósmico.

2. O seu grau de polarização mental e seus conhecimentos a respeito não só de seus três corpos cósmicos inferiores, físico, astral e mental, como da realidade cósmica exterior ou ambiental, ou seja, a estrutura e organização do corpo da Entidade Maior (o Logos Cósmico), no qual Ele é um centro sagrado, o cardíaco. Pelo menos um bom conhecimento do corpo físico cósmico de Seu Logos Cósmico, embora noções sobre os corpos astral e mental dessa Entidade Maior sejam de grande utilidade para a Sua evolução. Sobre os corpos cósmicos acima do mental, como o búdico, é muitíssimo cedo para conjecturas.

3. Suas relações com Seus Pares, os demais Logoi Solares, sagrados e não sagrados, que O influenciam e devem também ser por Ele influenciados, o que gera um elo de realimentação (feedback), ou seja, quando Ele influencia um outro Logos Solar e provoca nEle uma modificação, essa modificação pode alterar o relacionamento entre os Dois, levando a uma outra modificação, em Um ou nos Dois.

Há outros fatores que afetam o comportamento do nosso Logos Solar, como por exemplo, as influências oriundas de Seres cósmicos superiores ao Logos Cósmico, à semelhança das influências astrológicas que afetam o homem encarnado, em outras palavras, uma ASTROLOGIA HIPERCÓSMICA. Nessa analogia, não estamos nos referindo a essa astrologia tão banalizada hoje em dia, mas à astrologia ensinada pelo Mestre Djwal Khul. Mas, como é bem evidente, não podemos entrar nesse mérito, sendo suficiente percebermos que esses fatores existem e que são lógicos e racionais e que um dia (não importa quando) saberemos os segredos dessa CIÊNCIA HIPERCÓSMICA. Fiquemos apenas com esses três fatores.

Quanto ao fator 1, grau de controle emocional, sabemos que o nosso Logos Solar tem, para o Seu atual período, como objetivo nove Iniciações e como meta a terceira Iniciação cósmica (página 326 do Tratado). Ora, podemos deduzir, dentro de uma boa lógica, que a terceira Iniciação cósmica é o domínio do corpo mental cósmico (inferior e superior).

Com base na informação da página 293 do Tratado sobre Fogo Cósmico, a respeito da fusão dos fogos para o Logos Solar, segundo a qual o Logos Solar, quando consegue fundir ou sintonizar os fogos por fricção e da mente, escapa de seu "círculo não se passa" solar e pode atuar conscientemente nos planos cósmicos físico e astral e nos quatro subplanos inferiores do plano mental cósmico, ou seja, Ele já domina completamente seu corpo físico cósmico e tem domínio sobre seu corpo astral cósmico, devendo aperfeiçoar esse domínio, o que dá a entender que Ele já recebeu as primeira e segunda Iniciações cósmicas, o que é confirmado pelo que é dito na página 326.

Também é dito na página 293 que quando o Logos Solar fundir ou sintonizar os fogos por fricção e da mente (já sintonizados) com o fogo elétrico, Ele poderá atuar conscientemente nos três subplanos superiores do plano mental cósmico, que é o plano causal cósmico e pode realizar o que o homem tem de realizar nos três mundos. O que o homem tem de realizar nos três mundos, é a conquista dos planos físico, astral e mental, o que implica na recepção da primeira Iniciação planetária (domínio do corpo físico), da segunda (domínio do corpo astral) e da terceira (domínio do corpo mental). Então o Logos Solar, nessa fusão dos três fogos, recebe a terceira Iniciação Cósmica, o domínio do seu corpo mental cósmico, completando a conquista dos três mundos cósmicos inferiores. Assim, podemos concluir, dentro de uma boa lógica, que o nosso Logos Solar já tem a segunda Iniciação cósmica e está se preparando para receber a terceira Iniciação cósmica, consolidando o domínio dos planos cósmicos físico, astral e mental, quando então terá completado sua polarização mental. Até agora Ele ainda está sujeito à interferência emocional, no sentido cósmico e, é óbvio, refletindo-se isso em todo o seu corpo físico cósmico e chegando até nós, através dos efeitos provocados no nosso Logos Planetário, como também nos demais Logoi Planetários do nosso sistema solar.

Quanto ao fator 2, grau de polarização mental, em parte a explicação anterior já elucidou. Quanto aos conhecimentos, sabemos que o nosso Logos Planetário é muito ligado ao Logos de Sírius, para o qual Ele é negativo ou receptivo. Sendo o Logos de Sírius mais adiantado que o nosso, sendo uma prova disso o fato de que a Loja Azul de Sírius é a orientadora da nossa Loja Branca, da Hierarquia Planetária, podemos deduzir que o nosso Logos Solar tem um excelente Mestre Cósmico, que deve estar passando a Ele conhecimentos profundos sobre a estrutura cósmica do Corpo do Logos Cósmico, no qual estão inseridos.

A respeito das nove Iniciações que constituem objetivo do nosso Logos Solar para o Seu atual período, daremos explicações mais detalhadas posteriormente.

Quanto ao fator 3, as relações com Seus Pares, podemos enxergar muita coisa por meio das constelações e estrelas que se relacionam com o nosso sistema solar. Sírius, Seu Mestre, é a fonte de Manas cósmico para Ele. Temos as sete estrelas principais da Ursa Maior, Dhube (alfa), Merak (beta), Phekda (gama), Megres (delta), Alioth (epsilon), Mizar (dzeta) e Benethnash (eta), cujos Rishis atuam nos sete centros do corpo búdico do nosso Logos Solar (página 296 do Tratado), sendo que essas sete estrelas constituem os sete centros da cabeça do Logos Cósmico, o que nos permite tirar conclusões a respeito das qualidades das energias circulantes e os efeitos em nós.

Temos também as sete Plêiades, em particular a mais brilhante, Alcione, as quais formam o centro laríngeo do Logos Cósmico. Ora, como o centro laríngeo está ligado ao terceiro raio, o raio sintetizador de Manas, temos base para tirar conclusões sobre a qualidade do relacionamento.

Nosso Logos Solar também se relaciona com a estrela Betelgeuse, a alfa da constelação de Órion, que é o centro umbilical ou plexo solar do Logos Cósmico, sendo portanto essa relação na área emocional cósmica.

Nosso Logos Solar também se relaciona com as seguintes estrelas e constelações, de diversas maneiras:

Altair, a alfa de Águia - Capela, a alfa de Cocheiro (há um livro com o título Os Exilados de Capela) - Poláris, a alfa de Ursa Menor (para a qual o eixo norte/sul da Terra está se orientando) - Alfa de Cefeu - Deneb, alfa de Cisne - Vega, alfa de Lira - Alfa de Hércules - Alfa e Beta de Dragão (Dragão é o centro básico do Logos Cósmico) - Arcturus, a alfa de Boadeiro (que está sempre orientada para Benethnash, a eta de Ursa Maior.

Temos ainda as doze constelações do Zodíaco, que afetam o sistema solar e em particular a Terra, sendo que Ofiúco e Órion fazem parte do Zodíaco, mas atualmente não afetam a humanidade comum.

Embora não seja nosso escopo pesquisar em mais profundidade a natureza desses relacionamentos, com enfoque final sobre a humanidade atual, o que será possível no futuro, passamos essas informações para que os que quiserem, possam raciocinar (dentro da lógica ocultista) sobre o assunto e tirar suas próprias conclusões.

É evidente que o giro do nosso sistema solar em torno do centro da nossa galáxia, a Via-Láctea, altera as condições ambientais cósmicas, o que deve provocar alterações no nosso Logos Solar. Como esse giro tem um período muito longo, não é possível perceber ainda essas alterações. Existe também um giro do nosso sistema solar em torno de uma estrela, acarretando mais uma alteração de condições ambientais cósmicas, de período mais curto e de maior possibilidade de percepção. Por isso é importante o conhecimento da astronomia do sistema, como diz o Mestre Djwal Khul. Todavia a astronomia atual, alcançada pelo homem, apesar de todos os avanços e dos instrumentos modernos, ainda está distante da realidade. Como diz o Mestre D. K. , só logo no final da quinta ronda a realidade física do nosso universo estará ao alcance da ciência humana e apenas os Iniciados de terceira Iniciação e atualmente aqueles com a segunda Iniciação e em preparação para a terceira e que estejam na linha ocultista (a linha do corpo mental e científica), estarão recebendo esses ensinamentos agora. É óbvio que os Iniciados com a segunda Iniciação e em preparação para a terceira já terão conseguido assegurar o princípio budi, o qual será desenvolvido ao máximo e expresso por manas aperfeiçoado após a terceira. Eles fazem jus a essas informações, porque conseguiram conquistar por esforço próprio as condições necessárias, muito antes da grande maioria da humanidade, que insiste em permanecer na linha da emoção, achando que viver emoções descontroladamente é o único modo de vida.

Usando a visão matemática, é perfeitamente possível idealizar os efeitos do comportamento do Logos Solar não só nos Logoi planetários, como em nós, através das chamadas funções ou aplicações. Uma função é um processo matemático, que transforma valores de um determinado conjunto, chamado domínio, em valores de outro conjunto, denominado contradomínio, por meio de critérios definidos. Por enquanto isso é apenas um sonho, pois reconhecemos que é muito difícil entender como se pode aplicar matemática ao ocultismo, mas, quando o corpo búdico (sede da razão pura) já está sendo coordenado, é perfeitamente possível perceber e entender essa nossa ideia (que é uma função vetorial), a qual expusemos, apenas para estimular a consciência intuitiva ou búdica (no sentido de razão pura) daqueles que já têm condições.

Faremos mais considerações sobre esse tema no próximo estudo.

Voltar ao Início


Estudo 140

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários sobre os pontos de vista cósmico e do sistema, na página 323 - Continuação

Analisaremos agora o ponto de vista do sistema, dentro da manifestação e atuação de Manas no sistema solar, envolvendo os Logoi planetários nele em evolução, o que obviamente nos afeta, a todos, uma vez que somos células em seus corpos de expressão, considerando todas as humanidades de todos os esquemas do sistema.

Inicialmente o que significa o lugar que ocupam os Homens celestiais no corpo do Logos Solar? Esse lugar é indicado pelas funções que os Logoi executam dentro desse corpo. Os sete sagrados, Vulcano, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, exercem as funções de centros sagrados, básico (Mercúrio), sacro (Urano), umbilical (Netuno), cardíaco (Júpiter), laríngeo (Saturno), frontal (Vênus) e coronário (Vulcano). Saturno, Netuno e Urano, além das funções de centros, trabalham como sintetizadores, em diversas etapas, sendo Urano o sintetizador mais elevado dos três. Os outros Logoi, não sagrados, operam como centros menores, assim como o homem possui centros menores, além dos sete principais ou sagrados. Há também outros Seres elevados, dentro do corpo do Logos solar, com responsabilidades outras, da mesma forma que os seres humanos têm órgãos importantes para a sua sobrevivência, além dos centros. Até aqui estamos apenas vendo a parte física cósmica. Podemos ter uma ideia da nossa situação e atuação dentro do corpo do nosso Logos planetário, através do seguinte raciocínio. A grande maioria da humanidade está centrada nas emoções e portanto no corpo astral, trabalhando intensamente a matéria astral, em níveis não muito elevados, ou seja, a matéria dos subplanos mais densos, sendo muito poucos os que já ativaram a matéria astral mais refinada dos subplanos mais elevados, como terceiro, segundo e primeiro, o atômico. Um número também muito pequeno está polarizado mentalmente, atuando fortemente com a matéria mental, variando os níveis, a maioria no mental concreto, sendo reduzido o número dos que atuam na matéria mental superior, com pensamentos abstratos. Só os Iniciados já agem com a matéria búdica, mesmo na fase de coordenação do corpo búdico. Para as matérias superiores à búdica, só os Iniciados mais avançados. Ora, se considerarmos que as matérias física, astral e mental constituem o corpo denso do Logos planetário e não constituem princípio para Ele, sendo sede das sensações mais grosseiras do Logos, podemos inferir com seguridade que a grande maioria da humanidade vive nas sensações mais densas do Logos. Só os que já podem atuar na matéria búdica alcançam as sensações mais refinadas do Logos, embora sensações físicas.

Para ter uma noção, embora incompleta, de uma emoção do Logos planetário, é necessário estar consciente na matéria do sétimo subplano astral cósmico, que constitui parte do corpo astral cósmico do Logos. Isto exige o recebimento da oitava Iniciação planetária. A medida que o Iniciado vai recebendo Iniciações acima da oitava, ele vai adquirindo consciência das emoções mais elevadas e refinadas do Logos, ao mesmo tempo que atua e trabalha em funções dentro do seu corpo astral cósmico. A captação em cérebro físico de uma sensação refinada do Logos planetário, manifestando-se na matéria átmica e percebida inicialmente no corpo átmico do Iniciado, provoca uma euforia e sensação de vida impossíveis de descrever, à falta de parâmetros para comparar. É por isso que o Mestre Djwal Khul denomina o sentido da audição do corpo átmico como beatitude. Como serão então a sensação de vida e a euforia, quando o homem captar uma emoção do Logos, mesmo em níveis astrais cósmicos inferiores?

As relações emocionais em nível cósmico entre os Logoi planetários, em particular entre o nosso e o de Vênus, muito ligados, afetam seus corpos emocionais e físicos, atingindo e influenciando as humanidades neles evoluindo, de acordo com o grau de evolução dessas humanidades. A de Vênus, por estar muito mais adiantada que a nossa, sente e vive mais intensamente os efeitos, com melhor identificação e por isso se beneficia muito mais. Todavia, aqueles da humanidade terrestre que já conseguiram passar pelos Portais Iniciáticos, usufruem também desses benefícios, com consciência cada vez mais crescente, em função do adiantamento. Na realidade, gozam os efeitos, ao mesmo tempo que trabalham e são úteis ao Logos. É lógico que a mente ou manas se desenvolve em ritmo acelerado, uma vez que, assim como o homem toma conhecimento de suas emoções e sensações por meio de seu cérebro físico, sede da mente no corpo físico, assim também o Logos toma conhecimento de suas emoções e sensações cósmicas em seu cérebro físico cósmico, o que afeta todos os reinos evoluindo em seu corpo, da mesma forma que as emoções do homem são somatizadas e até podem provocar doenças, como a medicina já constatou.

Temos também a considerar a atuação e influência da Entidade chamada Espírito planetário da Terra, que não é o Logos planetário, mas um Ser cósmico em fase de involução, estando o nosso em vias de individualização. Ele está sob a responsabilidade evolutiva do nosso Logos planetário. Tem muito a ver com a natureza. É por isso que as agressões feitas pelo homem contra a natureza provocam reações desse Espírito, além das reações dos Seres maiores que se expressam pelos reinos. É lógico que todos Eles estão sob a responsabilidade do Logos planetário, que é o supremo comandante do seu esquema.

Foi nossa intenção, através destes comentários, estimular em todos a capacidade de entender o comportamento do nosso Logos planetário e sua psicologia. É necessário que a mente e o raciocínio sejam muito utilizados nesse esforço de entender e, quanto mais conhecimentos de diversas áreas puderem ser adquiridos, mais fácil, rápido e crescente será o entendimento. É esse o Plano Divino, que o homem entenda esse Estado de Ser do ABSOLUTO INFINITO chamado Logos planetário, entenda a unidade imanente na diversidade, entenda a fraternidade de todos os homens e de todos os reinos através de sua mente racional e não pela devoção e que esta, a devoção, surja em decorrência do entendimento. Assim, a verdadeira PAZ, com DIGNIDADE, reinará soberana no planeta Terra e a verdadeira FELICIDADE estará ao alcance de todos, em contínuo crescimento, segundo a velocidade de evolução de cada um e o homem não será mais escravo de falsos líderes, como vemos atualmente em consequência da devoção religiosa cega.

No próximo estudo prosseguiremos com o tema o ponto de vista planetário.

Voltar ao Início


Estudo 141

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Ponto de Vista Planetário (Página 324)

Vejamos Manas na cadeia terrestre sob o ponto de vista planetário. Embora o Mestre Djwal Khul diga neste trecho que é ainda impossível para o pensador comum entender esse assunto, pois para tal é exigida uma grande expansão de consciência e uma forte capacidade de atuar pela mente abstrata e já com uma boa coordenação do corpo búdico, todavia, conforme Ele afirma, o esforço para esse entendimento serve para a fixação de uma meta e ampliar os atuais conceitos. Mas para tal necessário se faz pelo menos a aceitação dessas ideias para estudo, sendo impossível, caso se negue a priori. Assim sendo, prossigamos.

Esse ponto de vista leva em conta a história do esquema, da consciência e evolução de algum Homem celestial. Devemos visualizar o esquema inteiro como uma unidade, assim como vemos o corpo humano como uma unidade, um corpo coletivo com seus sete centros principais e muito mais outros, seus quarenta e nove globos e os triângulos periódicos formados entre os esquemas. São quarenta e nove globos para cada Homem celestial, porque sendo sete cadeias, cada uma com sete globos que se renovam em cada cadeia, o total de globos é quarenta e nove.

Olhando as cadeias separadamente, elas podem ser:

• o objeto do estímulo do Logos planetário,
• a esfera de encarnação do Logos planetário,
• a vinda à manifestação do Logos planetário,
• gradualmente entrar em obscurecimento.

Analisando esses itens, podemos efetuar algumas considerações.

Dentro do planejamento do Logos, em consonância com o Plano do Logos Solar, uma vez que os propósitos dos Dois Logoi têm de estar perfeitamente sintonizados, o Logos planetário escolhe cada cadeia para um estímulo específico. Dentro das informações que o Mestre já passou, sabemos que a primeira cadeia é a arquetípica, na qual tudo o que é necessário realizar para a consecução do propósito final fica armazenado, é a sede do plano diretor. Na segunda cadeia, o Logos se prepara para adquirir uma forma, logo Ele adota medidas mais concretas para a construção do seu vasto corpo de expressão. Não esqueçamos que aquilo que para nós parece altamente abstrato, para um Logos é bem concreto e objetivo. Nessa segunda cadeia, Ele revisa rapidamente o que quer, como também o que o Logos Solar quer dEle. Não deve haver falhas nem esquecimentos. Os detalhes são revisados.

Nas terceira, quarta e quinta cadeias, o Logos planetário entra firmemente em ação para desenvolver seu instrumento mental, Manas, em função de seu nível evolutivo, que difere de Logos para Logos. Esse desenvolvimento é realizado em etapas, uma para cada cadeia, havendo divisões dentro de uma cadeia, levando em conta as sete rondas de uma cadeia e os sete períodos globais em cada ronda. Em cada etapa Ele executa uma parte do Plano.

É óbvio que as Mônadas humanas e as Hierarquias Dévicas entregues à sua responsabilidade colaboram na execução dos trabalhos.

Quando termina a quinta cadeia, o instrumento manásico do Logos deve ter atingido um alto nível de desenvolvimento, que logicamente variará de um para outro, conforme o empenho dedicado.

Nas sexta e sétima cadeias, o Logos irá se esforçar para expressar budi por meio do seu mecanismo manásico aperfeiçoado. É aí que Ele vai desenvolver o princípio crístico cósmico (budi cósmico), dentro do Seu perfil psicológico. É claro e evidente que alguém, seja quem for, só pode desenvolver uma qualidade, vendo e analisando a qualidade em manifestação. É exatamente assim que o Logos planetário faz. Ele, de posse de manas aperfeiçoado para que não ocorram distorções, expressa sua qualidade búdica, vê os efeitos, corrige falhas e conclui o que tem de fazer para melhorar seu desempenho, objetivando o aperfeiçoamento de budi. É evidente que tudo isso é feito em níveis cósmicos, analogamente ao que nós, humanos, fazemos. Usando uma linguagem humana, o Logos está sempre se autoinspecionando, como analisando os efeitos que suas ações produzem nos outros Logoi, com os quais se relaciona. Também tem de examinar continuamente o que ocorre com a humanidade sob sua guarda. É por isso que em alguns momentos o Logos planetário tem de encarnar fisicamente num globo físico, servindo-se de um humano altamente evoluído, que atua como Seus sentidos nesse globo. É o que está ocorrendo agora com o nosso Logos planetário, aqui na Terra, na qual SANAT KUMARA constitui os sentidos físicos para que o Logos possa saber o se passa aqui. Por não ter encontrado nenhum humano da Terra, nem entre os originários da cadeia lunar, com qualificação para essa função, Ele se viu obrigado a pedir um ao Seu Irmão muito ligado, o Logos de Vênus, com uma humanidade bem mais adiantada que a nossa.

Também tem de olhar a situação e o progresso de todos os reinos sob sua guarda.

É evidente que no decorrer desse processo evolutivo, o Logos recebe ajuda e orientação não só de seus Pares, como do Logos Solar, Seu Instrutor principal e também de Seres extrassistêmicos, como os Logoi das sete Plêiades, com as quais os Logoi planetários do sistema solar se relacionam, trocando energias, sendo que para as Plêiades, os Logoi são positivos. O entendimento dessas relações e do seu conteúdo só é conseguido gradativamente no processo iniciático. Nas Iniciações menores (primeira e segunda) apenas se percebem essas relações e outras coisas de uma forma um tanto quanto vaga, mas elas são aceitas como lógicas, mas a partir do preparo para a terceira, estando o Iniciado na linha ocultista (a científica), por estar de posse de um bom equipamento manásico, o que ocorre imediatamente após o recebimento da segunda, ele passa a ter noções cada vez mais claras desses fatos, tendo todavia muita dificuldade para relatar esses conhecimentos para os outros, por dois motivos: primeiro - embora em seu cérebro físico ele perceba bem, não encontra palavras em uso na época para expressar o que percebe, só podendo fazer uso da analogia e mesmo assim muito fracamente, sendo a matemática seu melhor instrumento, também dificílima de ser entendida pelos outros - segundo - a grande maioria das pessoas ao seu redor simplesmente não se esforçam para entendê-lo e sem a menor hesitação rejeitam seus ensinamentos.

Finalizando, quando chega o final da sétima cadeia, sendo que o processo de abstração da matéria, de diversos níveis, o chamado pralaia ou obscurecimento, começa na sexta cadeia, suavemente, o Logos deverá ter conquistado o grau de desenvolvimento previsto e desejado, com a qualidade búdica ou crística altamente expandida e qualificada, com enorme capacidade de expressão, para produzir efeitos nos mundos objetivos.

Assim, pudemos relatar nossas concepções sobre esse tema tão atraente e deslumbrante, aberto a concepções mais elevadas e profundas.

Continuaremos a seguir com o tema "O ponto de vista da cadeia".

Voltar ao Início


Estudo 142

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Ponto de Vista da Cadeia (Páginas 324, 325 e 326)

Consideremos agora o ponto de vista da cadeia. Este enfoque nos conduz para o campo das possibilidades, considerando o atual desenvolvimento mental da grande maioria da humanidade, embora uns pouquíssimos conseguirão perceber a realidade. O assunto foi considerado na Doutrina Secreta, de Helena P. Blavatsky, tomos III e IV. O estudante deve contemplar os sete globos da cadeia, da qual é parte integrante, embora microscópica. Tem de investigar os globos tais como são vistos no tempo e sua interação, estudando também a função que cada globo desempenha no grande ciclo do Homem Celestial. Exemplificando, na presente cadeia terrestre, que nos interessa mais de perto, o quarto globo, a Terra, é de suprema importância, porque é um veículo no plano físico para o Homem celestial em encarnação objetiva densa. Contudo não devemos esquecer que, embora em manifestação objetiva, personifica a totalidade da cadeia e do esquema.

Usemos a seguinte analogia para tornar esses conceitos mais claros e inteligíveis:

• Um esquema, na sua totalidade (considerando as sete cadeias) corresponde ao ovo áurico monádico (o veículo da Mônada na matéria do plano monádico), em conexão com o homem e seus quarenta e nove ciclos (sete cadeias x sete rondas por cadeia = quarenta e nove ciclos).

• Uma cadeia, em sua totalidade, corresponde ao corpo egoico ou causal do homem, com seus sete grandes ciclos, as sete rondas mencionadas nestas páginas e em alguns livros ocultistas.

• Um globo, com suas sete raças-raiz, corresponde à série particular de encarnações em conexão com o homem, encarnado ou desencarnado, porque nem todos os globos são físicos.

• Um globo físico, em uma cadeia, corresponde a uma determinada encarnação do homem. O Logos planetário toma forma física em Seu planeta, é a vida deste planeta e leva avante Seus propósitos.

• Uma raça-raiz, é semelhante a uma das "sete partes" (conforme expressa Shakespeare) desempenhadas pelo anão, o homem. Em uma raça-raiz o Homem celestial vive simplesmente sua vida ao passar por certas experiências, na grande tarefa de desenvolver budi, ação coletiva (porque budi é o principal unificador de grupos) e durante o processo de experimentação e desenvolvimento atrai para dentro da Sua vibração todas as células do Seu corpo. No caso do ser humano as células do seu corpo (as células físicas) são vidas involutivas, animadas pelo terceiro Logos, em colaboração com o segundo Logos. No caso de um Logos planetário, as células em evolução do Seu corpo (unidades dévicas e humanas), são animadas pela vida do segundo Logos, em colaboração com o primeiro Logos, que utiliza as atividades do terceiro Logos para fins da manifestação.

Sem considerar a vida emocional cósmica do Logos planetário, ou seja, esquecendo momentaneamente a atividade do Seu corpo astral cósmico, olhando apenas Seu corpo físico cósmico, de matéria física cósmica, não sendo princípio para Ele as matérias física, astral e mental, vemos a Mônada Logos planetário, o Homem celestial verdadeiro, servindo-se de um Ego em nível cósmico (plano causal cósmico), para vivenciar experiências físicas cósmicas, através de um organismo composto de sete globos de matéria diferenciada, que se modifica e renova sete vezes (as sete cadeias).

Assim como a Mônada humana, através do Ego, utiliza sucessivamente no tempo corpos físicos e sutis para vivenciar experiências e evoluir, o Homem celestial serve-se das cadeias para o mesmo fim. São sete cadeias, mas é o mesmo Homem celestial.

Assim, vendo as sete cadeias em conjunto, estamos vendo o mesmo Homem celestial renovando-se sete vezes.

Em cada cadeia Ele se concentra (medita) sucessivamente em cada um dos sete globos, por sete vezes (as rondas) ativando intensamente a vida no globo, fazendo com que Suas células, pelas quais Ele se manifesta, avancem no processo evolutivo, ao mesmo tempo que Ele põe em execução Suas qualidades, analisando-as. Dessa forma Ele evolui e e se aperfeiçoa e nós também, pois somos Suas células.

Em cada globo, em cada raça-raiz, em cada sub-raça e em cada ramificação de sub-raça, o Homem celestial e Suas células, humanas, dévicas e de todos os reinos, desenvolvem uma determinada qualidade, parcela do propósito maior, que deverá ser alcançado no final da sétima cadeia.

Portanto, podemos encarar todo o conjunto de sete cadeias de um Logos planetário, no transcurso de um sistema solar, como um grande aprendizado, para todos, em busca de uma vida mais intensa, também para todos.

Podemos, por meio de uma análise profunda e detalhada das raças, ter idéias da qualidade que o Logos está desenvolvendo.

Após esses esclarecimentos, o estudante poderá entender melhor a função que a cadeia terrestre e o globo Terra desempenham, na evolução do nosso Logos planetário.

A roda gira e, em sua rotação, traz à objetividade um dos sete globos ou atrai à manifestação, no plano físico, a grande Entidade, cuja vida anima todo o esquema. Temos de ter em conta que, assim como o homem está entorpecido pelo seu corpo físico (sua ação limitadora) e é incapaz de expressar, por meio dele, todo o conteúdo de sua consciência egoica, assim também o Homem celestial, ao tomar um veículo físico denso em qualquer cadeia particular, está igualmente entorpecido e incapacitado de expressar perfeitamente no globo a plena beleza de Sua Vida ou o esplendor de Sua Consciência em manifestação.

Podemos afirmar aqui, com respeito ao Logos planetário do nosso esquema, que:

a. Encontra-se em encarnação física.

b. Já percorreu a metade do caminho de Iniciação cósmica e, consequentemente, deverá receber a quarta Iniciação nesta cadeia. Por isso, o globo Terra pode muito bem ser considerado um globo de sofrimento e dor, pois nosso Logos planetário experimenta nele o que o místico chama a "Crucificação".

c. As células do Seu corpo, por meio das quais sente, percebe e experimenta, neste período mundial estão dilaceradas pela dor e pelo sofrimento, porque a Consciência do Logos encontra-se no centro do Corpo e elas têm a capacidade de sofrer, para que, por meio delas mesmas, Ele possa aprender o significado do que é ser desapaixonado do sistema, desligar-se de todas as formas e da substância material e, na cruz da matéria, alcançar, com o tempo, a liberação e a liberdade do Espírito.

O mesmo pode ser dito de um Logos solar, tendo em conta a interessante correlação:

O Logos solar tem como objetivo nove Iniciações, sendo Sua meta a terceira Iniciação cósmica.

Nosso Logos planetário tem como objetivo sete Iniciações, sendo Sua meta a segunda Iniciação cósmica.

O homem tem como objetivo cinco Iniciações, sendo sua meta a primeira Iniciação cósmica.

Se relacionarmos isto com o que foi dito anteriormente sobre a Iniciação e o Sol Sírius, teremos um indício sobre o tríplice caminho cósmico.

No próximo estudo comentaremos essas últimas informações do Mestre Djwal Khul sobre objetivos e metas do Logos Solar, do Logos planetário e do homem, por ser um assunto de muita importância, relacionado com o atual momento vivido pela humanidade.

Voltar ao Início


Estudo 143

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários sobre os Objetivos e Metas do Logos Solar, do Logos Planetário e do Homem (Página 326)

Analisemos com uma certa profundidade, dentro de uma lógica e uma concatenação de conceitos e ideias, os objetivos e metas do nosso Logos solar, do nosso Logos planetário e de nós, seres humanos, para a atual cadeia planetária.

Inicialmente, é importante ressaltar alguns conceitos que, embora já informados, devem ser recapitulados, para que fiquem bem consolidados e claros nas mentes de todos, para o claro e total entendimento do que iremos expor.

Uma iniciação é uma operação em que o Fogo Elétrico armazenado no Cetro Iniciático do Hierofante (o Iniciador) é transferido na quantidade certa para o corpo causal (o Loto Egoico) do Iniciando, passando dali para os chacras objetivados na Iniciação, havendo portanto uma repercussão nos corpos inferiores. Sempre estarão presentes dois Mestres ligados ao Iniciando, para fazerem a devida triangulação do Fogo Elétrico (o Hierofante e os dois Mestres), sendo o Iniciando o centro do triângulo, ocorrendo assim a devida adequação do Fogo às condições do Iniciando.

Mestre Djwal Khul costuma dizer que o Iniciando já é Iniciado. Isso simplesmente significa que o Iniciando tem de conquistar o direito à Iniciação. Uma Iniciação implica no domínio de um veículo, sendo o corpo físico na primeira, o corpo astral na segunda e o corpo mental na terceira e assim prossegue. Antes da primeira, há iniciações menores, relativas às etapas de conquista do corpo físico, antes do domínio mais completo, sendo concedidos certos direitos em relação ao Ashram a que pertence o Iniciando. Entre as primeira e segunda e entre as segunda e terceira, há também Iniciações menores, igualmente referidas aos graus de conquista dos corpos astral e mental respectivamente. Essas Iniciações menores são conferidas pelo Choan do Raio da Alma do Iniciando.

As primeira e segunda Iniciações planetárias são conferidas pelo Senhor Maitreya, sendo as demais pelo Bendito Senhor do Mundo, SANAT KUMARA.

É evidente que os corpos do homem são constituídos por campos de matérias física, astral, mental etc, bem definidos e limitados, nos quais pequenas vidas no ciclo de involução (os chamados pitris lunares) procuram seguir sua linha evolutiva, servindo ao mesmo tempo para o aprendizado da Mônada humana, através das experiências nos diversos mundos, sendo seu objetivo dominar esses pitris, efetuando neles uma transmutação.

No caso dos Logoi planetários, seus corpos de manifestação são muito mais amplos que os do homem. Eles têm todo um esquema de sete globos como corpo físico cósmico, abrangendo matérias desde o plano físico até o adi, logoico ou divino. Seu corpo astral cósmico é formado de matéria do plano astral cósmico e Seu corpo mental cósmico de matéria mental cósmica. Considerando apenas os sete globos constituintes do corpo físico cósmico de um Logos planetário, temos todos os reinos em evolução simultânea no esquema, em particular as evoluções dévica e humana. O Logos planetário tem de vivenciar em Sua consciência, de forma coletiva, os resultados das vivências de todas as vidas sob a sua responsabilidade, o que nos mostra claramente, sem a menor dúvida, que a sua esfera de ação é muitíssimo mais ampla que a do homem. Há ainda a Entidade planetária, chamada Espírito planetário, um Ser cósmico no ciclo de involução, que se nutre das vibrações inferiores de todos os reinos e está em busca de individualização em nível planetário. Essa Entidade planetária também está dentro da consciência do Logos planetário. Portanto o nível de Iniciação de um Logos planetário é bem diferente do nível de Iniciação do homem, uma vez que o corpo a ser conquistado pelo Logos planetário é muito maior e complexo que o do homem.

O corpo astral do Logos planetário é mais amplo que o físico. A natureza das emoções cósmicas do Logos planetário está muito distante do entendimento do homem comum. Além das vidas dévicas que evoluem em seu corpo astral cósmico, à semelhança dos pitris lunares do corpo astral do homem e que também seguem um ciclo involutivo, temos os relacionamentos com Seus Semelhantes e uma gama imensa de energias recebidas e emitidas, algumas originárias de dentro do sistema solar astral (no sentido cósmico) e outras de fora. Assim como o homem vive imerso num oceano de formas e energias emocionais, da mesma forma um Logos planetário vive imerso num oceano muito mais amplo de energias emocionais cósmicas, que afetam seu estado emocional. Dominar toda essa efervescência emocional cósmica é a meta de um Logos planetário.

O homem recebe Iniciações menores, correspondentes ao domínio da matéria dos subplanos e a planetária, correspondente à conquista do plano. Mas temos de ter em mente que os sete planos de evolução do homem constituem em conjunto o plano físico cósmico, sendo portanto cada plano para nós um subplano para o Logos planetário. Da mesma forma, o plano astral cósmico é constituído de sete subplanos (que são vistos como planos por nós), sendo cada subplano dividido em sete subplanos. Em consequência temos o plano astral cósmico, sete subplanos astrais cósmicos e sete subplanos para cada subplano. Assim, o campo de conquista do Logos planetário, na área emocional cósmica, tem a constituição descrita a seguir:

• Sete subplanos de subplano (sete para cada subplano do plano astral cósmico), havendo uma Iniciação menor para cada subplano de subplano, resultando em sete Iniciações menores para completar uma maior.

• Sete subplanos do plano astral cósmico, com uma Iniciação maior para cada subplano do plano astral cósmico, o que exige sete Iniciações maiores para a conquista de uma cósmica.

Logo, são necessárias quarenta e nove Iniciações menores e sete maiores para um Logos planetário receber uma Iniciação cósmica, que significa o domínio do plano cósmico.

O mesmo raciocínio aplica-se aos demais planos cósmicos.

Para o Logos solar o processo iniciático segue as mesmas etapas, com a diferença de que o campo de expressão a ser dominado é todo o sistema solar, com todos os Logoi planetários e Seus esquemas, bem como outras Entidades cósmicas, que evoluem simultaneamente dentro do sistema.

O nosso Logos planetário está no momento no final da conquista da matéria do quarto subplano astral cósmico. Para tal já recebeu três Iniciações referentes aos três subplanos astrais cósmicos inferiores (Mestre Djwal Khul chama essas Iniciações de subplanos ora dizendo apenas iniciação, ora iniciação maior). Para essas três Iniciações maiores, Ele recebeu vinte e uma Iniciações menores, sendo evidente que toda sétima Iniciação menor de uma sequência de sete, é na realidade a Iniciação maior correspondente a um subplano de plano astral cósmico, uma vez que ela significa a conquista total desse subplano, pois dominou os sete subplanos desse subplano. Além dessas, Ele recebeu recentemente (considerando o passar do tempo de um Logos planetário) mais cinco menores, correspondentes aos cinco subplanos inferiores do quarto subplano astral cósmico. No atual período global, ou seja, com a onda de vida aqui na Terra, Ele receberá brevemente a sexta menor e na metade da próxima ronda, quando a onda de vida estiver na Terra novamente, Ele receberá a sétima menor, que é a quarta maior, consolidando a conquista do quarto subplano astral cósmico. Ele simultaneamente já está batalhando para dominar o subplano mais denso do quinto subplano astral cósmico. No momento Ele apenas pressente a vibração do sexto subplano astral cósmico, mas ainda não tem capacidade para identificar essa vibração e reproduzi-la à vontade. A Sua meta é receber a segunda Iniciação cósmica, para o que ainda faltam mais três maiores, além da que vai receber na próxima ronda, consolidando assim o domínio do seu corpo astral cósmico.

O nosso Logos solar está se esforçando para receber a terceira Iniciação cósmica de seu nível, ou seja, o domínio do seu corpo mental cósmico. Também terá de receber Iniciações menores e maiores, uma vez que a conquista é feita subplano a subplano. Quando chegar esse grandioso momento, Ele se transfigurará, irradiando toda a Sua Luz e Glória, que será vista por todo o corpo do Logos cósmico, do Qual é um centro sagrado. Será a fusão de Sua Alma com a Sua Personalidade cósmicas. Isso repercutirá no sistema solar físico na forma de um grande aumento do brilho do nosso Sol central, devendo provocar também um aumento do brilho do nosso Sol visível e com isso marcando o início do pralaia do sistema.

Assim são percorridos os três caminhos cósmicos:

• O do homem, o qual, se fizer o esforço necessário, poderá alcançar planos cósmicos.
• O do Logos planetário, que também, se fizer o esforço necessário, poderá alcançar planos além dos cósmicos.
• O do Logos solar, também com possibilidades de alcançar planos além dos cósmicos.

É lógico que para o homem, alcançar níveis cósmicos poderá ocorrer no atual sistema solar. Mas para os Logoi solar e planetários, alcançar e conquistar planos além dos cósmicos supõe outras encarnações do nosso Logos solar, ou seja, outros sistemas solares. Para todo esse caminho tríplice, contamos com a ajuda, orientação e o AMOR do Irmão Maior do nosso Logos Solar, o Logos de Sírius, que recebe em seus braços os Filhos da Terra, que para lá vão desenvolver Manas cósmico. Não é por mera casualidade que a estrela Sírius, a alfa de Cão maior, é a mais brilhante para nós, sendo perfeitamente visível nesta época do ano, por volta das vinte e duas horas, no alto do céu, um pouco para oeste, com a nossa visão voltada para o norte.

Temos aí muito para refletir e meditar, procurando tirar conclusões úteis para a vida prática, utilizando os conhecimentos disponíveis para correlacionar e efetuar analogias, instrumentos valiosíssimos para a obtenção de inspirações, quando é conseguida a habilidade de manter a mente em branco, em expectativa, após a devida dinamização do cérebro.

No próximo estudo analisaremos o assunto o quarto reino e a Hierarquia do planeta, da página 326 do Tratado sobre Fogo Cósmico.

Voltar ao Início


Estudo 144

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - O Quarto Reino e a Hierarquia do Planeta (Páginas 326, 328 e 329)

Vamos estudar o quarto reino e a Hierarquia do planeta, dentro da ótica de Manas. O estudante ocultista comum que tenha refletido detidamente sobre o que foi ensinado, terá captado e compreendido certos fatos. Terá dado conta de que a conjunção Espírito-matéria e mente ou manas foi efetivada durante a terceira raça-raiz e que a família humana se fez presente definitivamente na Terra desde essa época. Sabe que isto se produziu pela chegada, em presença corpórea, de certas grandes Entidades; aprendeu que Elas vieram da cadeia venusiana, que conseguiram a necessária conjunção, tomaram a si o cargo do governo do planeta, fundaram a Hierarquia oculta e, embora algumas permaneçam no planeta, as demais regressaram a sua fonte de origem. Isto pode, em muitos sentidos, resumir todo o conhecimento atual. Vamos ampliá-lo brevemente, corrigir certas interpretações errôneas e comprovar um ou dois fatos novos.

Primeiramente, o estudante de ocultismo tem de ter presente:

a. Que este advento significou que o Logos planetário tomou um veículo físico e literalmente constituiu a chegada de um Avatar.

b. Que dito advento foi consequência de um alinhamento definido do sistema, que envolveu:

• o esquema venusiano do sistema (o esquema de Vênus);
• a cadeia venusiana do esquema terrestre (a nossa segunda cadeia);
• o globo venusiano da cadeia terrestre (o nosso segundo globo).

c. Que o Logos planetário, melhor dizendo, SANAT KUMARA, não veio para a nossa cadeia diretamente do esquema de Vênus, mas passou pela segunda cadeia do nosso esquema, a chamada cadeia venusiana. Devido ao alinhamento do sistema o kundalini logoico solar pode circular por um determinado triângulo, do qual Vênus e a Terra foram dois de seus vértices. Isto fez acelerar a vibração e permitiu ao Homem celestial do nosso esquema receber uma Iniciação menor (referente ao domínio do quinto subplano do quarto subplano astral cósmico) e começar seus preparativos para uma Iniciação maior (a referente ao domínio do quarto subplano astral cósmico), que receberá na metade da próxima ronda.

Ao considerarmos esta matéria, devemos visualizá-la não só no que concerne ao nosso globo e à sua humanidade atual, mas também desde o ponto de vista do cosmos e do sistema e sua importância para um Logos planetário e um Logos solar, ou seja, este evento envolveu todo o sistema solar.

Daí a verdade de que este acontecimento não só foi o resultado de que nosso Logos terrestre recebera uma Iniciação menor, mas também de que o esquema de Vênus se destacou, por ter o Logos de Vênus recebido uma Iniciação maior, em Sua quinta cadeia. No que respeita ao Logos solar, o evento se deu depois de ser estimulado um de Seus centros, o que se deveu à progressão geométrica do fogo, ao circular através do triângulo já mencionado.

Foi afirmado que cento e quatro Kumaras vieram de Vênus à Terra; literalmente o número é cento e cinco, se for considerada a Unidade sintetizadora, o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA. Permanecem ainda com Ele os três Budas de Atividade. Necessário se faz chamar a atenção sobre o duplo significado dessa expressão "Budas de Atividade", pois confirma a realidade de que as Entidades que se encontram em Seu grau de evolução constituem amor-sabedoria ativo e personificam em Si Mesmas os dois aspectos: Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa. Os três Budas de Atividade correspondem às três pessoas da Trindade, dentro dessa dualidade de aspectos.

Tais Entidades estão divididas em três grupos de trinta e cinco, personificando em Si Mesmas os três centros maiores do Logos planetário, esses três grupos que conhecemos como os "três departamentos", devendo-se realçar que cada departamento constitui um centro:

a. O centro coronário O Departamento Regente.

b. O centro cardíaco O Departamento de Ensino.

c. O centro laríngeo O Departamento do Mahachoan. Este centro sintetiza os quatro centros menores, assim como o terceiro Raio sintetiza os quatro raios menores.

Estes Kumaras (ou Seus substitutos atuais, oriundos da humanidade terrestre) podem ser divididos também em sete grupos, correspondentes aos sete Raios e são, em Si Mesmos, a vida do centro que representam. Consequentemente, quinze (outra vez o dez e o cinco) destas Entidades formam um centro no corpo do Logos planetário, conjuntamente com os três Kumaras, sobre os quais (são quíntuplos, somando quinze no total) é dito que constituem as Vidas que convertem em um Ente esse centro particular, implicado na próxima Iniciação do Homem celestial, ao qual pertencem hoje os entes humano e o farão durante este grande ciclo.

Outro fato que deve ser observado, com respeito a estes grandes Seres, é que, considerados em seus sete grupos, formam:

a. Pontos focais para a força ou influência que emana de outros centros ou sistemas solares.

b. As sete divisões da Hierarquia oculta.

Existem, como o Homem celestial mesmo, em matéria etérica e, literalmente, são grandes Rodas ou Centros de Fogo vivente, fogo manásico e elétrico; vitalizam o corpo do Homem celestial, mantendo-o unido como um todo objetivado. Formam um triângulo planetário (constituído por três globos do esquema terrestre) dentro da cadeia e cada um dEles vitaliza um globo.

Na atual etapa não é permitido dar informação exotérica sobre o seguinte:

• Que Raio ou emanação logoica personifica nosso Logos planetário.

• Qual o centro no sistema solar, cuja função é exercida pelo esquema da Terra.

• Qual esquema constitui nosso polo oposto e qual Homem celestial está mais estreitamente vinculado ao nosso.

• Qual centro particular nosso Logos planetário procura vitalizar hoje.

Cremos que, com a expressão "não dar informação exotérica" sobre os assuntos acima listados, o Mestre Djwal Khul quis dizer que não pode dar informações detalhadas sobre eles, pois algumas dessas informações já sabemos.

Estes pontos, como se pode compreender, são demasiado perigosos para serem conhecidos pelo público em geral e os estudantes, cuja intuição esteja suficientemente desenvolvida para obter tal informação, saberão por si mesmos a necessidade de guardar silêncio.

Voltar ao Início


Estudo 145

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Uma Profecia (Páginas 329, 330, 331 e 332)

Antes de continuar com o tema, estudemos as diferentes cadeias do esquema terrestre. Devemos realçar que são nomes aplicados às cadeias e aos globos, simplesmente para facilitar a clareza. A medida que o assunto seja estudado com maior amplitude, será inevitável designar as cadeias por seu número e abandonar os nomes que agora são empregados:

1. Netuno
2. Vênus
3. Saturno
4. Terra
5. Mercúrio
6. Marte
7. Júpiter

É oportuno aqui dar algumas explicações aos estudantes sobre os diagramas inseridos neste tratado.

Eles descrevem unicamente um ciclo da evolução logoica e abarcam somente o atual período maior, que estamos empenhados em desenvolver. Podemos dizer em termos gerais que o sistema abrange o período que começou para nós em meados da terceira raça-raiz da atual ronda e continuará até o período denominado "o Juízo" na quinta ronda vindoura. Quando chegar esse momento, nosso Logos planetário terá alcançado essa Iniciação que constitui Sua meta atual, a quarta Iniciação maior, que significa o domínio do quarto subplano astral cósmico, ou seja, Ele terá mais controle emocional em nível cósmico. Nessa ocasião o esquema de Vênus estará terminando sua quinta ronda da quinta cadeia, começando assim a entrar em obscurecimento, previamente à transferência de Sua vida ao planeta sintetizador com o qual está conectado.

Mercúrio estará atingindo a apoteose de sua realização e, com Marte e a Terra, formará um triângulo no sistema. Falamos aqui de esquemas e não de cadeias.

Deve ser reconhecido outro triângulo dentro do esquema terrestre, o das cadeias chamadas "terrestre", venusiana e mercuriana; porém esse triângulo concerne totalmente aos centros do Logos planetário do nosso esquema. Existe uma formação no sistema, de grande importância na próxima ronda, que será produzida por três esquemas:

• o da Terra,
• o de Marte e
• o de Mercúrio,

relacionados entre si de tal forma, que ocorrerá o seguinte resultado:

1. A formação de um triângulo no sistema.

2. A livre circulação do kundalini logoico solar através desses 3 pontos.

3. A vitalização de certos grandes centros logoicos solares. Então o kundalini logoico solar transferirá sua atenção do atual triângulo em processo de formação - a Terra, Vênus e um esquema cujo nome é conveniente reservar - ao seguinte.

4. Um grupo totalmente novo de seres humanos virá à encarnação em nosso esquema terrestre. Três quintos da humanidade atual, que nessa época encontrar-se-ão no caminho de Provação ou no de Iniciação, terão seu centro de consciência definitivamente no plano mental, enquanto os outros dois quintos seguirão enfocados no astral. Esses dois quintos passarão a um pralaia temporário, antes de serem transferidos para outro esquema, pois o terrestre já não será um lugar adequado para nutri-los.

5. Virão Entidades de Marte ao esquema terrestre e encontrarão seu necessário campo de esforço.

6. A vida em Mercúrio começará a sintetizar-se e a ser transferida a seu planeta sintetizador, que não é Saturno, mas um dos dois centros maiores superiores (Netuno ou Urano).

7. No "Dia do Juízo" na quinta ronda ou o ponto de realização do nosso Homem celestial, será presenciado um período de luta planetária nos níveis mentais, que fará com que nossa atual intranquilidade mundial pareça insignificante. Como se indicou anteriormente, a luta atual foi produzida para por em prova a capacidade dos entes nas atuais formas humanas, para valorizar suas forças mentais e transcender, pelo poder da MENTE, o sentimento ou a dor. A luta na quinta ronda dar-se-á entre a mente superior e a inferior e o campo de batalha será o corpo causal. A luta - que agora ocorre no planeta, tem lugar entre uns poucos Egos (ou dirigentes de muitas raças, que ocupam necessariamente seu lugar e posição em virtude de sua polarização egoica) e muitas personalidades, as quais são atraídas ao vórtice mediante a associação grupal - é necessariamente terrível e obriga a destruir a forma. A luta na quinta ronda, que será levada a cabo em níveis mentais, será desenvolvida entre Egos e grupos egoicos, trabalhando todos conscientemente e com dedicação intelectual, a fim de lograr certos resultados grupais.

A luta terminará com o triunfo (triunfo final) do Espírito sobre a matéria, excluirá certos grupos incapazes ainda de se desprenderem das ataduras da matéria e que preferem o cativeiro, em lugar da vida do Espírito; marcará o princípio do obscurecimento do nosso esquema e a entrada gradual no pralaia durante as duas rondas e meia que restem de nossa quarta cadeia, continuando nas 3 cadeias finais.

É um interessante fato esotérico que a nossa Terra deveria estar agora em sua quinta ronda, igual ao esquema venusiano; porém na cadeia lunar do nosso esquema houve uma demora momentânea no processo evolutivo do nosso Homem celestial, provocando a temporária lentidão de Suas atividades, o que causou "perda de tempo", se assim podemos nos expressar, com toda a reverência. Os Senhores da Face Obscura ou as forças inerentes da matéria, triunfaram por um tempo e só na quinta ronda da nossa cadeia veremos sua derrota final.

O esquema de Vênus teve também seu campo de batalha, porém o Logos de Vênus soube vencer as forças antagônicas, triunfou sobre as formas materiais e, em consequência, ao chegar o momento oportuno, esteve em condições de aplicar o necessário estímulo ou uma crescente vibração ígnea a nosso esquema terrestre. Devemos refletir sobre o fato de que tenha sido pedida ajuda externa durante a terceira raça-raiz da atual ronda e de que a evolução de Manas tenha produzido a individualização física do Avatar. O Manasaputra divino, o Senhor do Mundo, tomou forma por meio do impulso de Manas, inerente à Sua natureza e, de forma misteriosa, foi ajudado pelo Homem celestial de outro esquema, requerendo Sua colaboração.

No próximo estudo faremos alguns comentários sobre o que acabamos de expor.

Voltar ao Início


Estudo 146

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre (Páginas 329, 330, 331 e 332) - Comentários

Vamos efetuar alguns comentários sobre o que foi dito no estudo anterior.

Os nomes dados às cadeias do esquema terrestre significam as influências exercidas neles por outros Logoi planetários. A primeira recebeu a influência do Logos de Netuno e seu esquema, que exerce a função de chacra umbilical do Logos solar e está sob a ação do sexto raio, tendo sido essa a tônica dessa cadeia.

A segunda, a venusiana, foi influenciada pelo Logos de Vênus e seu esquema (chacra frontal do Logos solar), tendo sido de grande importância para o esquema terrestre, pois foi nela que se iniciaram os preparativos para a encarnação do nosso Logos planetário no quarto globo da quarta cadeia, na quarta ronda. O raio regente foi o quinto.

A terceira cadeia, a lunar, foi influenciada pelo esquema de Saturno, que é o chacra laríngeo do Logos solar, regido pelo terceiro raio. Como o terceiro raio significa atividade inteligente e afeta fortemente a matéria (sendo que o laríngeo faz par com o sacro), cremos que nesse fato reside alguma luz para o mistério do fracasso da cadeia lunar.

Na atual quarta cadeia estamos ainda sob a influência de Saturno, terceiro raio.

A quinta cadeia, a mercuriana, estará sob a influência do esquema de Mercúrio, chacra básico do Logos solar e regido pelo quarto raio.

A sexta cadeia, a de Marte, o qual está sob a influência de Netuno e do sexto raio, estará sob a atuação do esquema de Marte.

A sétima e última cadeia, a de Júpiter, será influenciada pelo esquema de Júpiter, chacra cardíaco do Logos solar e sob o segundo raio.

Olhando a sequência dos raios atuantes, temos:

6º - 5º - 3º - 3º - 4º - 6º - 2º.

Vemos que prevalecem os raios pares: 4 pares e 3 ímpares, estando ausentes os raios 1º e 7º, dois raios de força.

Todavia, mesmo com o predomínio dos raios pares, essa predominância não é muito grande (4:3), donde podemos concluir que o nosso Logos planetário, neste atual sistema solar, está vivendo um grande ciclo dentro de um certo equilíbrio.

Olhando as cadeias no tempo, deduzimos que inicialmente Ele viveu experiências devocionais e idealistas, no sentido cósmico (6º raio). A seguir viveu um período de experiências mentais por 3 cadeias: 5º raio(cadeia de Vênus), 3º raio (cadeia de Saturno) e 3º raio (a atual cadeia).

No período final de Sua vida física cósmica, Ele vivenciará intensamente o aspecto búdico da Sua natureza, através do 4º raio (cadeia de Mercúrio, quando consolidará a harmonia entre pares de opostos) e do 6º raio (cadeia de Marte, quando aperfeiçoará Seu lado idealista), culminando com o 2º raio (cadeia de Júpiter), coroando Seu lado búdico.

É evidente a perfeita coerência existente nesse planejamento de desenvolvimento de qualidades do nosso Logos planetário, nessa sequência de 7 encarnações, dentro da encarnação do nosso Logos solar, uma vez que Esse objetiva desenvolver ao máximo Seu aspecto búdico no atual sistema solar.

Quanto ao triângulo interno dentro do esquema terrestre, formado pelas cadeias terrestre, venusiana e mercuriana, atuando nos centros do nosso Logos planetário, temos de raciocinar posicionando-nos no tempo. Há vários enfoques para centros ou chacras. Cada cadeia pode ser considerada como um centro, no sentido de que nessa cadeia, como um todo, um determinado centro foi o mais trabalhado, embora os demais centros tenham sido trabalhados. Nesse caso, como os efeitos de uma cadeia permanecem no tempo, uma vez que ficam gravados na Tríade inferior do Logos planetário, é perfeitamente racional interpretar uma cadeia já realizada (a venusiana), uma em realização (a atual) e uma a se realizar (a mercuriana, a 5ª), como uma circulação de energia entre 3 centros, que se aperfeiçoam gradativamente.

No período de um sistema solar, o Logos planetário encara Suas 7 cadeias, entre outras coisas, como 7 centros, no nível mais elevado, as 7 rondas de uma cadeia como etapas menores nesse desenvolvimento e os 7 períodos globais de uma ronda como passos menores da etapa da ronda.

Com referência ao triângulo Terra - Marte - Mercúrio para a próxima ronda, observamos os seguintes fatos:

• Marte é o 3º esquema,
• a Terra é o 4º esquema,
• Mercúrio é o 5º esquema,
• a ronda da Terra será a quinta,
• a Terra, Marte e Mercúrio estão na 4ª cadeia,
• A Terra e Marte são os quartos globos,
• Mercúrio é o 5º globo.

Então temos:

• uma sequência 3, 4 e 5, em termos de ordenação de esquemas,
• um alinhamento: Mercúrio, 5º esquema e 5º globo e Terra, 5ª ronda,
• um alinhamento de cadeias: a Terra, Marte e Mercúrio na 4ª cadeia.

Em consequência disso o intercâmbio Terra - Marte - Mercúrio será fortemente facilitado e incrementado, com a vinda à Terra de seres humanos de Marte e Mercúrio, bem como a ida de entidades humanas da Terra a Marte e Mercúrio, como entre Marte e Mercúrio.

Devemos finalmente considerar que o nosso Logos solar já recebeu as 1ª e 2ª Iniciações cósmicas (domínio de seus corpos físico e astral cósmicos) e está se preparando para receber a 3ª Iniciação cósmica (domínio do seu corpo mental cósmico, inferior superior) e, por isso, Seu fogo solar ou da mente, oriundo do Seu Ego, já está incrementando Seu fogo por fricção tríplice cósmico e sintonizando-o consigo. Assim, esse duplo fogo, ao circular pelo triângulo Terra - Marte - Mercúrio, produzirá um estímulo muito forte não só nos Logoi planetários envolvidos, como em suas humanidades e reinos. Iremos ingressar num período de intensas vida e felicidade, nunca vivenciadas, em níveis sempre mais elevados.

Em decorrências dessas conclusões, devemos nos esforçar para permanecermos no esquema da Terra e não sermos expurgados no "Juízo" da 5ª ronda. Para tal imprescindível se faz que usemos e aperfeiçoemos ao máximo a mente, sempre com o objetivo de usá-la para expressar budi.

Voltar ao Início


Estudo 147

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Comentários sobre a Profecia (Continuação) (Páginas 329, 330, 331 e 332)

No estudo de hoje falaremos um pouco sobre o expurgo do chamado "Dia do Juízo", que ocorrerá na metade da próxima ronda, quando a humanidade estiver novamente no planeta Terra.

Nessa ocasião será feita a grande e final seleção daqueles em condições de continuar o aprendizado no esquema da Terra, aptos a assimilar e desenvolver em si mesmos os ensinamentos superiores previstos na programação do nosso Logos planetário. Todos os que não possuírem essas condições serão expulsos do esquema terrestre e irão prosseguir seu aprendizado em esquemas adequados à sua recuperação.

Esses que serão expurgados constituem-se em duas classes principais:

1. Os que não se preocuparam em desenvolver a mente ou manas, contentando-se apenas com o aspecto devocional,

2. Os que desenvolveram a mente, mas esqueceram o objetivo desse desenvolvimento: a manifestação de budi.

O 1º grupo irá para um determinado esquema. Alguns terão oportunidade de recuperação no nosso esquema, em rondas futuras. O segundo grupo obviamente deverá ir para um esquema diferente daquele que receberá o primeiro, onde encontrarão circunstâncias que os levarão a desenvolver um pouco do princípio budi, por via do corpo astral, uma vez que não poderão ter muita oportunidade de utilizar a mente ou manas, o que seria desastroso.

Essa seleção, que consistirá previamente numa guerra na matéria mental, envolvendo os que insistirão em permanecer polarizados na mente inferior e apegados à matéria e os que estarão polarizados na mente superior ou causal, preocupados em desenvolver budi.

Será uma batalha terrível, porque, embora vá ocorrer na matéria mental, a humanidade estará encarnada fisicamente na Terra e sofrerá fisicamente os efeitos dessa luta mental, pois sabemos que a energização da matéria mental repercute na matéria física.

Assim podemos ter uma ideia do que será essa batalha na 5ª ronda. Por isso, mais do que nunca, devemos ouvir e por em prática as palavras do Mestre Djwal Khul na página 331 do Tratado sobre Fogo Cósmico: " ...e transcender, pelo poder da MENTE, o sentimento ou a dor."

Aqueles que acham que apenas pela devoção conseguirão escapar dessa situação, estão totalmente enganados e vivendo uma grande miragem. O sofrimento será intenso e só poderemos neutralizá-lo pelo desenvolvimento da mente e pelo conhecimento.

No próximo estudo analisaremos o resumo do assunto.

Voltar ao Início


Estudo 148

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - Manas como Fator Cósmico, Humano e do Sistema - Manas e a Cadeia Terrestre - Resumo (Páginas 332, 333 e 334)

No término da subseção I da seção B da segunda parte do tratado sobre fogo cósmico, a origem de manas ou mente, faremos um resumo do que dito a respeito. Em todo o decorrer do estudo, vimos claramente que manas constitui essencialmente a vontade ativa e inteligentemente aplicada por uma Entidade. Vimos ainda que tal vontade ativa e inteligente afeta todas as vidas menores que evoluem ciclicamente dentro do Corpo dessa Existência particularmente ativa, inteligente e voluntária. Isto é verdade em todos os Seres, do Logos para baixo. Resumindo, talvez possamos expressá-lo da seguinte maneira:

A fonte da atividade manásica de um sistema solar é essa grande Entidade cósmica, de cujo corpo o nosso Logos solar personifica um centro, juntamente com outros seis Logoi solares, também Seus centros, totalizando sete centros.

A fonte da atividade manásica dos esquemas planetários é essa Entidade cósmica denominada Logos solar. É a Inteligência diretora ativa, que atua com propósito definido por meio de Seus sete centros.

A fonte da atividade manásica de um esquema planetário é essa Entidade cósmica menor chamada Logos planetário. Atua por meio de Suas sete cadeias, assim como o faz o Logos solar por meio de Seus sete centros constituídos pelos sete esquemas.

É interessante observar que, quando o Logos solar é impelido manasicamente a desenvolver algum propósito de Sua fonte superior (AQUELE SOBRE QUEM NADA SE PODE DIZER), tal fato pode causar a vivificação de um ou outro de Seus centros, de acordo com o propósito fixado. Isto ocorreu quando se formou o triângulo, do qual a Terra e Vênus foram dois de seus vértices e (afetando os Homens celestiais desses dois esquemas) Os estimulou a receber a Iniciação, induzindo o Logos planetário do nosso esquema a formar um triângulo menor, dentro de Sua esfera de atividade, o qual resultou em Ele receber uma Iniciação menor e na impregnação manásica do homem animal (da raça lemuriana). Assim, foi levado à atividade objetiva esse grupo de Mônadas que entraram na composição de um centro determinado.

Semelhante e microcosmicamente, um ser humano constitui o incentivo manásico e a origem da vontade inteligente e ativa de todas as células dentro de seu tríplice corpo - mental, astral e físico. Sua é a inteligência diretora, sua é a fonte de toda ação e de todo esforço dentro de sua periferia e, analogamente a como o fazem suas correspondentes esferas superiores, o Logos solar e o Logos planetário, atua por meio de seus sete centros.

Delineamos assim a origem de manas até onde é possível fazer na atualidade. O mistério de manas está oculto na própria existência; guarda o enigma da vida e oculta e vela essas Entidades, cuja qualidade e característica sobressalente é manas. Para a vida desse diminuto ente que chamamos átomo no corpo físico do homem, o Pensador no corpo causal ou sua inteligência superior diretora, é tão obscura e desconhecida, como o é o Logos para o Pensador, o Homem. Não obstante, a analogia é exata. O corpo físico do homem, por exemplo, considerado como um todo coletivo, composto de muitas vidas menores, sofre ou prospera, segundo obre a Inteligência diretora com amor-sabedoria ou contrariamente. O princípio manásico anima tudo o que ocorre dentro da aura do homem e este sofre ou progride de acordo com o modo de aplicação desse princípio.

Analogamente podemos dizer, com reverência, do corpo do Logos e de Seu sistema e também do Logos planetário e Seu esquema.

Há um ditado popular que diz:"quando a mente erra, o corpo padece." Este ditado não se aplica somente ao homem, mas a um Logos planetário e a um Logos solar.

Vemos esse ditado aplicado ao ser humano cotidianamente e de forma bem visível. Quanto ao Logos planetário, os efeitos requerem maior capacidade de raciocínio, para serem percebidos e entendidos, mas não é difícil.

Sabemos que a nossa humanidade está passando por uma grave crise existencial. O sexo está desenfreado, tendo essa falta de freio dado origem à AIDS, que assola o reino humano. Olhando o ser humano individualmente, sabemos que esse sofrimento do corpo é causado pelo mau comportamento da mente, melhor dizendo, pela falta de uso da mente. Mas sob a ótica coletiva como humanidade, sabemos que as causas dessa orgia sexual se remontam à cadeia lunar, a anterior à nossa, quando o nosso Logos planetário cometeu um deslize mental e influenciou uma Entidade planetária, que não devia ser perturbada, a qual afetou a humanidade lunar de tal forma, que ela se desviou do Plano estabelecido para a cadeia, chegando a uma situação sem possibilidade de correção, obrigando a intervenção direta do Logos solar, o Qual determinou a extinção da cadeia antes da época prevista. Como tudo isso ficou gravado nos registros cármicos do nosso Logos planetário, Ele se vê obrigado a resgatar esse carma na nossa cadeia e aí estão os efeitos.

Mas vejamos o lado positivo e benéfico do bom uso da mente por parte do nosso Logos planetário. Empenhado em corrigir o carma gerado na cadeia lunar e em compensar a perda de tempo resultante, Ele atualmente está caminhando depressa e está mais atento mentalmente, para não cometer mais erros. Em decorrência desse Seu esforço, Ele recebeu uma Iniciação menor por ocasião da raça lemuriana, trazendo para ela a individualização, ou seja, a implantação da mente. No atual período, na nossa 5ª raça-raiz e 5ª sub-raça, Ele irá receber outra Iniciação menor, em preparação para uma maior, na metade da próxima ronda, quando a humanidade (os que conseguirem chegar até la) estiver novamente no planeta Terra. Haverá então a grande seleção, ficando no esquema terrestre somente aqueles em condições de desenvolver e expressar o princípio búdico. Será o início de um período de felicidade e intensidade de vida nunca experimentadas, que prosseguirão num crescendo contínuo, pois Ele tem como meta receber a 2ª Iniciação cósmica, que significa o domínio pleno do Seu corpo astral cósmico, quando Ele poderá experimentar e reproduzir à vontade as emoções cósmicas mais sublimadas e elevadas e já estará com uma boa capacidade mental, uma vez que, ao receber a 2ª Iniciação cósmica, Seu corpo mental cósmico já estará com uma boa coordenação para iniciar imediatamente o preparo para a 3ª Iniciação cósmica, o domínio do Seu corpo mental cósmico.

Essa vivência por Ele das emoções cósmicas elevadas irá provocar uma intensíssima dinamização das matérias constituintes das subdivisões superiores (as matérias etéricas) da matéria física cósmica, as quais são nossas matérias búdica, átmica, monádica e adi. Inicialmente os efeitos benéficos irão se manifestar na matéria búdica, que tem ligação com a matéria astral cósmica. Para a humanidade vivendo no planeta Terra nessa época, ainda na 4ª cadeia, em suas rondas finais, a dinamização da matéria búdica irá se expressar por meio de seus corpos astrais como emoções, geradas na matéria atômica astral, nunca vivenciadas antes. A matéria astral irá se comportar transparentemente, ou seja, reproduzirá, sem distorção, em uma oitava inferior, as vibrações da matéria búdica de seus corpos búdicos.

Os que atualmente já estão evoluindo com uma velocidade maior que a maioria da humanidade, viverão essas experiências muito antes, pois, pelo seu próprio esforço, irão dominando as diversas subdivisões da matéria física cósmica e mais adiante penetrarão na matéria astral cósmica.

Assim encerramos a subseção I. A seguir entraremos na subseção II, com o tema A POSIÇÃO DE MANAS.

Voltar ao Início


Estudo 149

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - II - A Posição de Manas - 1. Manas e o Carma - 2. Manas e o Propósito Cármico (Páginas 334, 335, 336, 337 e 338)

Estudamos manas como o princípio inteligente de algum Ser, desenvolvendo-se como objetividade ativa, gerando um mundo fenomênico. Vimos também a inter-relação existente entre essas Entidades. Iremos agora visualizar, embora superficial e vagamente, a verdadeira posição do princípio manásico nos três casos. O mistério deste princípio está oculto em duas coisas fundamentais:

O mistério da dissolução da estrela de seis pontas na de cinco pontas, isto é, uma transformação.

O mistério dos Senhores do Carma, que são os únicos receptores dos propósitos mentais dessa ENTIDADE cósmica, que abarca nosso Logos solar dentro de Sua consciência.

Por tanto, uma vez estudado o aspecto esotérico da astrologia e geometria mística e estabelecida uma aliança entre ambas ciências, será projetada muita luz sobre o tema do princípio inteligente. Em outras palavras, conhecendo-se o que está gravado nos registros cósmicos na forma de posições entre constelações e suas interações, dentro de um ponto de vista geométrico, obteremos um entendimento maior do que é realmente manas. Quando se compreender melhor a atuação interna da Lei de Causa e Efeito (Lei pela qual os Senhores Lipikas governam todas suas atividades), só então os filhos dos homens poderão estudar beneficamente o lugar ocupado por manas no esquema evolutivo. Na atualidade, unicamente é possível assinalar o caminho a seguir, antes de poder aclarar matéria tão difícil e indicar certas linhas de investigação que, se seguidas cientificamente e com empenho, poderão dar como recompensa um conhecimento valioso ao estudante. Até que a intuição não esteja melhor desenvolvida no homem comum, o princípio manas constitui por si mesmo uma barreira para ser adequadamente entendido. Somente quando o homem comum tiver conquistado a capacidade de pensar de forma abstrata e de se locomover mentalmente e com inteligência na esfera dos conceitos e significados, o que é o mesmo que discernir as naturezas das energias atuantes em todo o cosmos, só então manas será realmente compreendido pela humanidade, sendo por isso que a sua grande maioria prefere o caminho da devoção astralina, que não exige nenhum esforço mental, bastando a passividade e a entrega cega e total a falsos líderes, onde vemos cegos guiando cegos.

2. Manas e o Propósito Cármico

Se o estudante compreender que manas e propósito inteligente são palavras praticamente sinônimas, perceberá em seguida que o carma e as atividades dos Senhores Lipikas estão implicadas na questão. Também compreenderá que a medida que a mente inferior se transmuta em mente superior ou abstrata e esta em intuição, poderá o homem entender o significado de manas. Talvez pergunte porque é assim. Porque a mente abstrata é o agente, nos níveis cósmicos, por meio do qual a Entidade implicada formula Seus planos e propósitos. Estes planos e propósitos (concebidos pela mente abstrata) cristalizam-se em forma concreta por meio da mente inferior, no curso da evolução.

O que chamamos o plano arquetípico, em relação ao Logos (o plano no qual formula Seus ideais, Suas aspirações e Seus conceitos abstratos) é a analogia logoica, nos níveis atômicos abstratos do plano mental, desde o qual se iniciam os impulsos e propósitos do Espírito no homem - propósitos que oportuna e paralelamente serão levados a uma forma objetiva, semelhantemente ao que o Logos faz.

Primeiramente o conceito abstrato, logo o meio para manifestar-se na forma, finalmente a forma mesma. Tal é o processo para os Deuses (os Seres cósmicos) e os homens. Nisto está oculto o mistério da mente e seu lugar na evolução.

Para maior claridade estudaremos momentaneamente o microcosmo, o homem. Os estudantes compreenderão que o homem é Espírito ou o Eu atuando através da matéria ou o não-eu, por meio da inteligência ou manas. Por outro lado, devem compreender que a afirmação deste fato (igualmente com respeito ao Logos solar, ao Homem celestial e ao ser humano) implica aceitar certas conclusões baseadas na manifestação mesma. Uma dessas conclusões consiste em construir a forma por meio do princípio manásico. Em consequência, deve ser estudado todo o tema referente aos Construtores ou Entidades que personificam a Mente Universal e as vidas que animam a forma, que são os divinos Manasaputras em Sua total compreensão. Na compreensão esotérica disso se encontra o segredo da estreita relação existente entre o homem e a evolução dévica, sendo o homem depositário (mediante o Homem celestial, de cujo corpo é parte) do propósito do Logos e os Devas, em seus graus superiores, o fator atraente coesivo que manipula a matéria e a modela nas formas. São sócios indispensáveis um do outro. Se não trabalhassem em estreita colaboração, este sistema solar objetivo se desintegraria imediatamente, assim como os corpos denso e etérico se desintegram, quando o Espírito se retira e os Construtores cessam seu trabalho.

Três hierarquias ocupam-se particularmente da manifestação objetiva em matéria etérica, a quarta ou hierarquia exclusivamente humana e as quinta e sexta hierarquias dévicas. As outras hierarquias atendem a outras finalidades vinculadas à vida do Espírito nas formas superiores dos éteres cósmicos. Porém, em relação com o nosso tema, estas três hierarquias atuam nos níveis inferiores do plano físico cósmico, cujos subplanos denominamos planos mental, astral e físico. Quando o cinco e o quatro estiverem perfeitamente unificados e fundidos, teremos alcançado o nove de uma Iniciação maior e quando se acrescentar o seis, teremos a dissolução em um dos grupos personificados por um Kumara, como já foi insinuado anteriormente. Isto assinala a dissolução final da estrela de seis pontas na de cinco pontas. Este grande mistério concerne principalmente ao Homem celestial de nosso esquema e só incidentalmente aos grupos dentro de Seu corpo de manifestação etérica.

Segundo nossa interpretação, a fusão do cinco com o quatro refere-se à sintonia das quinta e quarta hierarquias criadoras. A quinta hierarquia dévica trabalha na matéria do plano mental e é responsável pela personalidade humana. A quarta hierarquia é de Mônadas humanas, localizada na matéria do plano búdico. Quando ocorrer a sintonia exata entre a Mônada e a personalidade, melhor dizendo, quando a Mônada conseguir expressar com o máximo de eficiência suas qualidades, utilizando a essência dévica da quinta hierarquia dévica criadora, então será alcançado o nove de uma Iniciação maior. A sexta hierarquia dévica criadora trabalha na matéria do plano astral e quando a Mônada, já tendo conseguido se expressar plenamente pela essência dévica da quinta hierarquia, conseguir se expressar, também plenamente, através da essência dévica da sexta hierarquia, então será acrescentado o seis, o que resulta na dissolução em um grupo, pela unificação da Mônada com seus corpos mental e astral e, obviamente, o físico, regido pela sétima hierarquia dévica criadora. Essa unificação significa o domínio total por parte da Mônada sobre seus três veículos inferiores e a sua capacidade para expressar suas qualidades por meio deles, ao máximo, dentro das limitações inerentes à matéria.

É evidente que toda manifestação constitui portanto a incorporação na forma de um conceito cósmico e seu desenvolvimento em forma concreta. Manas ou inteligência é o fator fundamental de progresso e o meio pelo qual são vinculados o abstrato e o concreto. Isto é aceito como verdade, tanto no que respeita ao homem, como às Entidades cósmicas. A medida que o homem for penetrando no coração do mistério, irá compreendendo que seu objetivo na evolução consiste em construir conscientemente o canal, que vai desde os níveis que constituem para ele os planos do abstrato ou do ideal, até os concretos, onde atua habitualmente. Este canal vinculador, denominado de forma inadequada, é, literalmente "O CAMINHO".

Voltar ao Início


Estudo 150

Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Seção B - II - A Posição de Manas - 2. Manas e o Propósito Cármico (Continuação) (Páginas 338 e 339)

Continuando nosso estudo, vejamos como o homem constrói seu caminho, ou seja, como ele pode conquistar sua meta:

Por meio do princípio conscientemente aplicado.

Pelo processo de transcender as limitações cármicas dos 3 mundos inferiores (físico, astral e mental).

Pelo método de dominar a matéria ou a personalidade, considerada como o não-eu.

Pela expansão gradual da consciência, até abarcar as matérias ou planos que almeja alcançar, demonstrando assim que é verdadeira a afirmação: para trilhar o Caminho o homem tem de ser converter no próprio Caminho. Também é exata a verdade esotérica: o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão. Reflitam sobre isto, porque iluminará aqueles que tenham olhos para ver.

No processo de trilhar o Caminho e alcançar a meta, o homem dissolve-se na estrela de cinco pontas e, finalmente, no triângulo do Espírito. Entre ambas etapas, existe uma etapa esotérica misteriosa, em que se dissolve no quatro, porém esta vez, não no quatro do quaternário inferior, mas em um quatro superior. O homem chega a ser parte da consciência desse grupo oculto insinuado várias vezes como próximo dos três Logoi, os quatro grandes Maharajás, os dispensadores do carma, os depositários do propósito cósmico, refletidos (somente refletidos) no quaternário logoico ou nos quatro Homens celestiais, que personificam (com seu terceiro sintetizador) manas logoico. Os quatro e o sintetizador constituem em Si Mesmos a soma total de manas, o aspecto Brahma ou Inteligência Ativa. O carma atua através de manas e só quando a estrela de seis pontas (ou a soma total da mente concreta com suas diversas divisões) se converte na estrela de cinco pontas, a síntese do inferior no abstrato superior, torna-se possível a transmutação no três ou Tríade espiritual, por intermédio dos quatro ou depositários amorfos do propósito cármico. Assim consegue-se a liberação, o homem fica liberado e o microcosmo chega a SER, sem necessidade de tomar forma. Poder-se-ia aqui insinuar algo sobre o microcosmo: quando o microcosmo tenha transcendido os três mundos da matéria e se convertido na estrela de cinco pontas, penetra na consciência da Mônada ou Espírito puro, através da quarta matéria ou quarto plano, o búdico. A matéria búdica é para o homem o local da analogia cármica. Em tal matéria penetra na esfera onde colabora conscientemente no esgotamento do carma do Homem celestial, uma vez que tenha esgotado completamente seu carma pessoal nas três esferas inferiores. O estudante suficientemente intuitivo, pode deduzir os planos ou matérias que correspondem à matéria búdica de um Homem celestial e de um Logos solar. Isto poderá ser feito, se se estende a ideia até os níveis cósmicos, mais além do sistema.

Em virtude das ideias aqui expostas, talvez o estudante perceba alguns aspectos do lugar que manas ocupa na evolução cósmica. Isto requer possuir um ponto de vista algo sintético e manter firme a ideia do PROPÓSITO em toda atividade, seja cósmica, do sistema, planetária ou microcósmica. Este é o fogo do impulso divino, que impregna todas as formas e as impulsiona a certa atividade e realização.

O fogo da matéria, do qual nos temos ocupado anteriormente, é o fogo dinâmico do movimento, que mantém em atividade cada átomo de matéria. O fogo da mente é o impulso e propósito coerentes, que impelem as formas (construídas de matéria ativa) a irem em direção específica e segundo certos caminhos predeterminados. Por conseguinte, o impulso cármico é causa origem e vontade ativa. Constitui analogamente o resultado ou efeito desta ação no tempo e somente quando a Tríade entra em atividade por meio dos quatro esotéricos, são consumidos os fogos da mente e da matéria e é liberado o fogo do Espírito.

Analisemos alguns tópicos. Nos três processos para o homem construir seu caminho ou conquistar sua meta (sendo que sempre surge uma meta mais elevada, quando uma é conquistada), percebemos claramente que sempre a mente (manas) é a ferramenta utilizada. Por isso é evidente que o homem é o próprio caminho, porque ele tem de trabalhar a si mesmo e empregar a matéria de seus corpos, portanto ele trilha a si mesmo.

Que o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão, também não é difícil de entender. A construção do antakarana é feita a partir do cérebro físico, em obediência a uma sequência de etapas cientificamente realizadas, estabelecendo uma linha de comunicação entre a unidade mental permanente e o átomo mental permanente, por fora da linha de comunicação normal, o fio da consciência. Ora, para tal é necessário que já exista uma excelente comunicação Alma/cérebro físico, por dois motivos:

• para entender a importância dessa construção;

• para poder manipular matéria mental inferior e superior, pois a linha de comunicação é feita com moléculas das 3ª e 2ª subdivisões da matéria mental, que pertencem à matéria mental superior ou causal, sendo também necessária a habilidade de atuar na unidade mental e no átomo mental permanentes, para fixar a ligação.

Ora, se essa clareza de visão da realidade oculta já chegou ao cérebro físico, o fio da consciência já está muito bem desenvolvido, donde se conclui que a construção do antakarana é uma demonstração convincente de que a Alma já adquiriu um eficiente controle e domínio sobre seus veículos inferiores. O antakarana, após construído, funde-se com o fio da consciência e o da vida, passando a serem uma linha única de comunicação, por onde passam energias e informações, sem distorção. Daí poder-se afirmar que o antakarana é, em si mesmo, uma ilusão, todavia sendo necessário realizar essa ilusão, como consolidação de uma conquista.

A dissolução na estrela de cinco pontas significa a etapa alcançada pelo homem, quando ele, tendo assimilado as qualidades dos quatro atributos de manas, consegue coordená-las a partir da síntese de manas, ou seja, do 3º raio, Inteligência Ativa, em plena expressão, no nível humano.

A dissolução final no triângulo do Espírito significa a etapa do desenvolvimento do homem, em que ele, como Mônada, passa a se expressar com eficiência através da Tríade espiritual ou superior.

A etapa intermediária, entre a estrela de cinco pontas e o triângulo do Espírito, é aquela em que o homem passa a viver e atuar conscientemente na matéria búdica (após a 4ª iniciação planetária) que é onde sintetiza três atributos de manas com o quarto, trabalhando com 4 atributos, podendo então exercer uma eficiente atividade na matéria etérica do corpo físico cósmico do nosso Logos planetário, cooperando assim com o carma do Logos.

A etapa em que a estrela de seis pontas se transforma na estrela de cinco pontas, é aquela em que o homem, já com os quatro atributos de manas com razoável desenvolvimento e atuando pelo 3º raio, ainda está ligado ao corpo astral, às emoções, sendo dependente delas, constituindo assim uma estrela de seis pontas:

• corpo astral: 1 ponta;
• 4 atributos de manas: 4 pontas;
• 3º raio:1 ponta.

Total de pontas: 6

Quando o homem se libera das emoções, passando a controlá-las, polarizando-se na mente, então torna-se uma estrela de cinco pontas.

A sequência do processo evolutivo do homem na direção de sua meta é a seguinte:

• na 3ª iniciação planetária sua Alma funde-se com a personalidade, passando a dominar plenamente os 3 corpos inferiores, tornando-se de estrela de 6 pontas em estrela de 5 pontas;

• na 4ª iniciação passa a viver e agir conscientemente na matéria búdica, tornando-se um cooperador no carma do Logos planetário e fica liberto dos mundos das formas;

• na 5ª iniciação sua Tríade superior funde-se com a Tríade inferior, tornando-se uma estrela de 6 pontas, mas numa espiral superior;

• na 7ª iniciação o homem, como Mônada, consegue se expressar plenamente pela sua Tríade superior e escapa da matéria física cósmica, passando a viver na matéria da 7ª subdivisão (a mais densa) da 7ª subdivisão astral cósmica, quando então passa a colaborar nas emoções do Logos planetário.

É fácil de entender que para o Logos planetário a matéria que constitui o 4º éter do Seu corpo físico cósmico é a matéria búdica dentro do Seu esquema. Para o Logos solar, o 4º éter do Seu corpo físico cósmico é a matéria búdica que constitui o 4º éter dos corpos físicos cósmicos de todos os Logoi planetários (Seus esquemas planetários), mais a matéria búdica fora desses esquemas, contida dentro do círculo "não se passa" solar.

Não podemos confundir a matéria búdica (4º éter físico cósmico) do Logos solar, dentro do seu corpo físico cósmico, com a matéria búdica fora do seu corpo e muito menos com a matéria búdica cósmica, que é o 4º éter físico para o Parabrahma cósmico, Aquele que está por cima dos Logoi cósmicos.

É na matéria búdica que se encontra refletido o carma do nosso Logos planetário e, portanto, aqueles que já acessam essa matéria conscientemente, podem tomar conhecimento desse carma.

A expressão "somente quando a Tríade entra em atividade por meio dos quatro esotéricos, são consumidos os fogos da mente e da matéria e é liberado o fogo do Espírito", tem o seguinte significado: os quatro esotéricos são as quatro matérias: física, astral, mental e búdica, que devem ser dominadas na 4ª iniciação, quando o fogo elétrico do Espírito ou da Mônada se funde com os fogos da matéria e da mente, já fundidos na 3ª iniciação, consumindo-os e deixando livre o fogo elétrico e a Mônada passa a viver sem necessidade de formas, ou seja, passa a SER, servindo-se apenas da Tríade superior.

Essa visão das Entidades cósmicas e das diversas matérias constituintes do mundo fenomênico como um todo, é de grande utilidade, não só para a nossa localização, mas para nos mostrar, de forma bem clara, o caminho que temos pela frente e que devemos percorrer. Caso hesitemos em avançar, como aqueles que se deixam dominar por teologias irracionais, como essas pregadas pelas religiões, sofreremos as decepções da perda de tempo e de ficar para trás, não usufruindo de modos de vida de muito maior intensidade e de muito maior utilidade para os nossos Logoi. Não devemos nos deixar dominar pela ilusão do nosso modo de contar a passagem do tempo. Devemos pensar em nível de tempo cósmico, ou seja, procurar entender as metas do nosso Logos planetário para as próximas rondas e cadeias e tudo fazer para acompanhar Seus passos para a conquista dessa meta. Isso só é possível realizar, pelo uso da MENTE OU MANAS.

No próximo estudo entraremos no assunto: a atual etapa do desenvolvimento manásico nos três grupos: Logos solar, Logos planetário e humanidade.


Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.

GN

Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.

É livre a divulgação dos artigos e estudos, desde que seja mencionada a sua fonte e não seja para fins lucrativos - http://www.ceomt.dk.nom.br

Voltar ao Início