Lucidez - Do Intelecto à Intuição

Estimado(a) condiscípulo(a).

Nos últimos meses estivemos explorando o conceito da "lucidez", da concentração da luz de nosso ser até chegar a um tal grau de intensidade que possa iluminar todo o campo de relacionamentos nos mundos inferiores. Cada Estudante aprende a fazer isso e, em seguida, a "permanecer firme na luz e no ser puro, e tornar-se o verdadeiro Observador".

No entanto, o progresso rumo a esse ideal elevado requer alguma cautela, uma vez que até a luz da alma não brilhar totalmente no mundo dos efeitos, os preconceitos sutis podem facilmente distorcer a visão clara. Isso faz com que se complique a própria rede de forças que se observa, o que ocorre principalmente em tudo que se relaciona aos assuntos internacionais. Na medida em que certos pensadores articulam os seus pontos de vista sobre as questões do dia, o plano mental inferior é inundado com pensamentos-forma influentes. Grande quantidade de informações está sendo transmitida pelos meios de comunicação em todo o mundo, fato incentivado pelo jornalismo de alta qualidade e comentários sobre tudo o que está acontecendo nos assuntos locais, nacionais e internacionais. No entanto, grande parte disto pode ser matizada por muitos fatores, e não tão imparciais quanto possa parecer à primeira vista.

Este é um grande desafio na busca pela lucidez espiritual e exige uma visão de um ponto mais elevado, ou seja, que esteja livre de preconceitos nacionais, culturais e ideológicos. Estados cada vez mais sutis de serenidade, discernimento e desapego são os requisitos necessários para aqueles que servem a humanidade e desejam com ânsia ver sinais de que o Plano de Amor e de Luz exteriorizem na Terra. A natureza astral refinada do discípulo pode estar tão focada nos efeitos externos e nos avanços e recuos sobre a sorte da humanidade que faz com que cause nele a esperança e a desesperança, que obscurecem a sua visão interior. O espírito se eleva devido aos sinais encorajadores da síntese crescente, mas apenas para ser abatido novamente pelos poderes sombrios da separatividade (separatismo) que ainda prevalecem. A alternância de vitórias entre as forças da luz e da obscuridade, como um efeito estroboscópico, deixa o discípulo em um estado de confusão quanto ao ponto em que o mundo se encontra, no que concerne ao Plano divino e ao que a Hierarquia está pensando e planejando neste momento: se a humanidade está avançando em direção à vitória espiritual ou à derrota.

Para complicar ainda mais, há o fato de que a humanidade está respondendo ao "aspecto vontade da divindade que se expressa no plano físico como o sétimo Raio da Ordem ou da conformidade com a vontade interna divina." No entanto, embora haja uma tendência para a conformidade com a vontade divina interior através do novo grupo de servidores do mundo e das pessoas de boa vontade em todos os lugares, também há uma conformidade inferior que se manifesta como hegemonia política e econômica, globalização institucional e cultura uniforme. Onde e quando há um movimento em direção à unidade que contenha os elementos de conformidade superior ou inferior, o grande "princípio da separação" se manifesta, causando conflitos temporais. Como vimos recentemente no referendo que fez a Grã-Bretanha sair da União Europeia, está claro que há de se aprender as lições com base nisto.

Ao tentar obter uma compreensão lúcida dos acontecimentos mundiais, deve-se ter em mente que isto é apenas uma parte da história. Pela boca de Hamlet, Shakespeare disse: "Não há nada bom ou mau, mas o pensamento o faz assim." As ações de nações e indivíduos na cena mundial não podem ser julgadas apenas pela lei. Uma série de razões pode caracterizar o comportamento de uma nação e daqueles que temporariamente conduzem e decidem o curso de suas ações. Para entender essas razões, podemos aplicar as regras da inocuidade e da orientação correta da energia astral, aquelas que aconselham o chela a aplicá-las ao compreender e servir o seu irmão. As regras dizem-nos que somente quando um discípulo pode penetrar no coração e na mente de seu irmão e ler seus pensamentos, quando pode fundir-se com a alma dele e saber como ele é, só então pode compreender as suas ações e o papel que desempenha. Só então vem a visão e compreensão verdadeiras. O espírito destas regras se aplica às nações da mesma forma que aos seres humanos individuais.

À medida que o estudante aprende a olhar fixamente o mundo fenomênico através do raio de luz da alma, torna-se evidente o reino das forças causais e ele alcança o conhecimento direto. Não há mais a necessidade de pensar detidamente e com cuidado uma determinada coisa, deduzir ou interpretar: a consciência e a visão puras se fundiram e está ocorrendo a grande transição do intelecto à intuição.

Portanto, o conceito de "lucidez" que temos considerado nos últimos três meses nos leva à nossa próxima tarefa em seminários Boa Vontade Mundial durante o intervalo inferior do ano espiritual. O título dos seminários em cada uma das três sedes será "Do intelecto à intuição". (...)

Na luz da visão grupal...

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