Pensamentos Preparatórios para Reflexão - 2014
Que o Caminho de Reconhecimentos conduza à Revelação Grupal
Fevereiro de 2014

O Caminho da Evolução é na verdade, o caminho de reconhecimentos, levando à revelação. Todo o processo evolutivo é de caráter iniciático, levando de uma expansão de consciência à outra, até que os mundos da forma e sem forma sejam revelados à luz que o iniciado gera, e na qual ele caminha. Estas luzes são variadas e se revelam diferentemente. Há:

1. A luz da própria matéria, encontrada em cada átomo de substância.
2. A luz do veículo vital ou etérico - uma luz que é o reflexo da Luz Una, porque ela unifica os três tipos de luzes nos três mundos.
3. A luz do instinto.
4. A luz do intelecto ou a luz do conhecimento.
5. A luz da alma.
6. A luz da intuição.

Passamos de luz em luz, de revelação a revelação, ate sairmos do campo da luz para o campo da vida que é ainda, para nós, pura escuridão.

É óbvio que esta luz crescente traz consigo uma série de revelações desenvolvendo-se constantemente, que como tudo o mais no mundo da experiência, abre aos olhos primeiramente o mundo das formas, depois o mundo dos ideais, e depois a natureza da alma, das ideias e da divindade Estou escolhendo somente umas poucas palavras que incorporam a revelação, e que são de caráter simbólico. Mas todas estas revelações constituem uma grande revelação unificada, que está lentamente desabrochando ante os olhos da humanidade. A luz do eu pessoal inferior revela ao homem o mundo da forma, da matéria, do instinto, do desejo e da mente; a luz da alma revela a natureza da relação destas formas de vida com o mundo sem forma e do conflito entre o real e o irreal. A luz da intuição revela diante da visão da alma dentro da personalidade, a natureza de Deus e a unidade do Todo. A inquietação do desejo material, procurando sua satisfação nos três mundos, finalmente cede lugar à aspiração pelo contato com a alma e a vida da alma. Isto por sua vez é reconhecido como um passo em direção àquelas grandes experiências fundamentais, às quais damos o nome das cinco principais iniciações. Estas revelam ao homem o fato até então não compreendido de sua não-separatividade, e da relação de sua vontade individual com a vontade divina. (Miragem: Um Problema Mundial, pág. 206/206)

Quero perguntar-lhes: Quanto da atual - da assim chamada - visão de vocês é dependente do que outros viram e quanto vocês descobriram por si mesmos escalando árdua e sinceramente o Monte da Visão e (a partir desse ponto elevado que vocês chegaram por si mesmos) procuram ao longo do horizonte pelo próximo pico de realização para a humanidade? Um discípulo se torna um Discípulo Aceito quando ele começa a escalada para a visão, em direção ao topo da montanha, ele também pode registrar conscientemente o que viu e então começa a fazer algo construtivo no sentido de materializar isso. Isso, muitos em todo o mundo estão começando a fazer. Um homem se torna um Discípulo Mundial, no sentido técnico, quando a visão é para ele um fato importante e determinante na sua consciência e à qual todos os seus esforços diários são subordinados. Ele não precisa de ninguém para revelar-lhe o Plano. Ele sabe. Seu senso de proporção é ajustado à revelação e sua vida é dedicada a trazer a visão à existência efetiva - em colaboração com seu grupo. (Discipulado na Nova Era I, pág. 631)

Ao considerar a questão da revelação, a partir do ângulo do iniciado, observarão que (durante o processo iniciático, no que concerne ao discípulo) a revelação é simplesmente uma forma de expressar os efeitos ininterruptos da pressão progressiva e da visão. Ao longo do processo evolutivo, não há essencialmente mais do que uma revelação crescente. Os termos Evolução e Revelação caminham juntos. Qualquer diferença reside no campo da revelação - em outras palavras - em vários níveis de consciência, e particularmente no nível que ocorre a revelação. Anteriormente eu disse que "a próxima e sucessiva revelação será a da criatividade, a do mundo das formas-pensamento criadas pela humanidade e postas em ação - pela humanidade e para o seu próprio destino - a Lei de Causa e Efeito, ou Karma. Isso nos reverterá à própria noite do tempo e demonstrará a esperança da era atual."

A revelação é amorfa e está contida na forma, e quanto mais próximo estiver da realização, tanto mais sutil e amorfa será a revelação. Claro, este é um truísmo, conhecido por vocês, mas devem reconhecê-lo novamente.

Além disso, na revelação há necessariamente e sempre, o conceito de Luz e o que ela revela. A luz no plano físico é mostrada pelo órgão da visão, o olho, por intermédio do qual torna-se possível a revelação de áreas físicas da consciência; o tema da luz também prevalece em semelhantes estudos realizados em todos os níveis, por meio de instrumentos sincronizadores, no entanto, o conceito físico do instrumento vai sendo relegado ao segundo plano e substituído por outras palavras quando lidamos com níveis superiores de consciência: Percepção Reconhecedora, Percepção Interpretadora, Percepção Espiritual, Percepção Decisiva. Estes termos são suficientes para que o discípulo saiba como reconhecer a revelação que se desenrola diante dele, quando se tornar um iniciado no Ashram e ter mudado seu mecanismo tangível de percepção nos três mundos (tangível porque está no mundo das formas) pelas equivalências superiores que ele deve utilizar no futuro. (Discipulado na Nova Era II, pág. 367-368)

Vocês falam de uma série de iniciações, mas os Mestres falam em termos de uma série de revelações, e seu trabalho com os seus discípulos, é prepará-los para a revelação. Tenham em mente, meus irmãos, que a revelação é difícil de captar e reter - um ponto muitas vezes esquecido. É desgastante para a personalidade do discípulo, mas não tem utilidade, salvo se a personalidade reconhecê-la. É excessivamente estimulante e o iniciado passa por três fases no que concerne a revelação: Primeiro vem a fase de êxtase e de reconhecimento supremo; em seguida vem a escuridão e quase desespero quando a revelação se desvanece e o discípulo descobre que ele deve voltar a andar na luz comum do mundo, ele sabe agora o que é, mas é neste ponto que reside a sua prova, pois ele deve proceder por meio deste conhecimento interior, mas prescindir do estímulo da revelação. Finalmente, ele se torna tão envolvido com o seu serviço, com ajuda aos seus semelhantes e conduzindo-os para as suas próximas revelações que a excitação e a reação são esquecidas. Ele, então, descobre, para sua surpresa, que a qualquer momento e à vontade - se ela serve aos seus interesses altruístas - a revelação é para sempre sua. Reflitam sobre isto. (Idem, pág. 339-340)

Peço-lhes para refletir profundamente sobre essa seção que chamamos Pontos de Revelação, que são aspectos do treinamento dado ao iniciado. Eles também são - numa volta mais alta da espiral - a correspondência esotérica ou significado superior das palavras: "Como um homem pensa em seu coração, assim ele é." No caso do iniciado, no entanto, o coração é apenas um dos pontos condicionantes de contato através dos quais o "ponto de avanço da luz" pode chegar. (Idem. Pág. 306)

O propósito subjacente à revelação. Esta pode ser uma ideia nova para vocês pois têm a tendência de considerar a revelação como um fim em si mesma. Raramente a consideram como um efeito do propósito interno de Sanata Kumara. Até aqui, a ênfase tem sido posta no aspecto de revelação, tornando-a um efeito daquilo que o discípulo tem feito consigo mesmo e por meio da qual lhe é permitido ser o recipiente de revelação. Contudo, por trás de todas as sucessivas revelações no transcurso das eras encontra-se um significante propósito; todas elas são e provarão ser apenas aspectos da Grande Revelação. É através dos processos de revelação que a divindade está lentamente despertando na consciência humana. É uma revelação sétupla; cada um dos sete reinos na natureza revela um de seus aspectos, e cada uma das sete alcança a revelação em sete ou quatorze revelações ou fases menores.

Reflitam sobre isto e aprendam a distinguir entre visão - que é aquele tanto da revelação divina corrente que o discípulo pode apreender no tempo e espaço - e revelação, que é a síntese do propósito divino em expressão. Isto está relacionado com a vontade-para-o-bem, que é, por sua vez, uma expressão completa da natureza do amor da Deidade. (Os Raios e as Iniciações, pág. 203-204)

Em toda revelação entra o conceito de "visão integral" ou uma síntese da percepção, e, em seguida, vem o reconhecimento do que é visto e percebido. É a mente (o senso comum, como comumente é chamada) que utiliza os sentidos físicos de percepção, e através da sua contribuição unida recebe uma "visão integral" e uma síntese de percepção do mundo fenomenal, de acordo com o ponto de desenvolvimento do homem, sua capacidade mental para reconhecer, corretamente interpretar e relacionar corretamente o que foi transmitido a ele pela atividade dos cinco sentidos. Isto é o que se quer dizer quando usamos a expressão "olho da mente", e essa capacidade é a posse comum da humanidade em diferentes graus de disponibilidade.

Mais tarde, o homem usa o "olho da alma", como vimos acima, que lhe revela um mundo de fenômenos sutis, o reino de Deus ou do mundo das almas. Então a luz da intuição derrama, trazendo o poder de reconhecer, interpretar e se relacionar corretamente.

À medida que o discípulo e o iniciado progridem de etapa a etapa de revelação, torna-se cada vez mais difícil de esclarecer não só o que é revelado, mas também os processos de revelação, e os métodos utilizados para produzir a etapa de revelação. A grande massa da humanidade em todo o mundo não tem ideia clara quanto à função da mente como um órgão de visão iluminada pela alma. Somente os discípulos e iniciados são capazes de vislumbrar o propósito do olho espiritual e seu funcionando à luz da intuição. Quando chegamos, portanto, ao grande órgão de revelação universal, o princípio monádico, funcionando por meio de uma luz extra-planetária, entramos em reinos indefiníveis e para os quais não foi criada terminologia, e que só iniciados acima da terceiro grau são capazes de considerar. (Discipulado na Nova Era II. Pág. 259)

Um Ashram é composto de todos os graus, desde um discípulo que está dando seus primeiros passos no caminho árduo de treinamento, até o discípulo que é um Mestre de Sabedoria. Esta progressão hierárquica é algo que justifica uma análise cuidadosa. Gostaria de lembrar-lhes da Lei que afirma que "nós crescemos por meio de nossos reconhecimentos." Um reconhecimento, quando é visto como um aspecto ou parte fracionária de um todo maior, é a semente de uma maior expansão de consciência. Uma expansão estabilizada de consciência conota iniciação. Esta é uma declaração oculta de grande importância. (Discipulado na Nova Era I, pág. 678)

Os estudantes precisam lembrar-se que a meta de todo instrutor verdadeiramente ocultista não é dar informação, mas sim, treinar seus estudantes no uso da energia do pensamento. Ficará claro, portanto, porque este método de instrução é invariavelmente empregado. É o método que envolve uma insinuação, dada pelo Instrutor, e talvez a correlação de certas analogias, ligadas a uma sugestão quanto às fontes de luz. Quanto ao discípulo, espera-se que ele reconheça:

a. que vale a pena seguir a sugestão;

b. que a meditação é o caminho para a fonte de luz, e que a sugestão lançada é a ‘semente’ para meditação;

c. que fatos não correlacionados constituem uma ameaça ao conhecimento, em vez de uma ajuda;

d. que cada aspecto da verdade progressivamente captado tem que ser assimilado, incorporado e consolidado na experiência do estudante;

e. que se as correspondências, isto é, as analogias, não estiverem de acordo no sentido pessoal, planetário e cósmico, elas não merecem crédito;

f. que deixamos de dar muitas informações ao estudante que ainda não se tornou um discípulo, e muitas mais ainda, depois que ele se torna um discípulo aceito. A razão para isto é que todo conhecimento diz respeito à energia, sua aplicação, e seu uso ou abuso. (Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, pág. 689-90)

O nome "Lei do Progresso de Grupal" é o modo como os seres humanos designam certo tipo particular de energia que está produzindo a coesão das unidades de um grupo, estruturando-as num só organismo vivo. Os reconhecimentos que daí resultam são os da afinidade grupal, do objetivo grupal e da meta do grupo. Em última análise, é o surgimento, na consciência subjetiva, do mesmo tipo de energia que produz esse aspecto de ação coesiva que se demonstra como unidade de tribo, nação ou raça. Neste caso, contudo, o fator determinante não é de conotação física, nem neste plano os grupos têm base. Fundamentam-se num idealismo de grupo que só pode ser conscientemente captado quando as unidades do grupo começarem a funcionar no plano mental, desenvolvendo a capacidade de "pensar a fundo nas coisas", isto é, a registrar no cérebro o que a alma comunicou ao mental. Temos aqui uma definição do processo da meditação tal como deve ser aplicado por aqueles que, através do alinhamento, efetuaram já certo contato com a alma. Estes grupos funcionam inteiramente por meio de uma relação subjetiva, que produz uma integração e atividade subjetivas. (Psicologia Esotérica II, pág. 159)

"Diante do portal que se abre sobre o Caminho Iluminado para a paz, a alma permaneceu só e disse: Senhor de minha Vida! O Caminho da Revelação é o caminho da vida manifestada; o caminho da negra ilusão conduz à luz que dissipa todas as trevas. Procuro trilhar o Caminho Iluminado que conduz de volta à TUA PRESENÇA. Entretanto, esse Caminho é obscuro. Que devo fazer? Deus respondeu: Aproxima-te e penetra na tua própria luz e nessa luz verás a luz". (Discipulado na Nova Era I, pág. 364)

Um dos problemas com que são confrontados todos os discípulos quando eles se tornam dinâmicos e construtivos em todos os planos (como o fazem e devem) é evitar tornarem-se prisioneiros de suas próprias construções ou limitados por aquilo que eles próprios criaram. Devem aprender a viver com a visão do mundo das causas e do motivo, aderindo tenazmente a "intenção original", não devem permitir-se serem desviados pelas atividades que puseram em movimento, ou pelos detalhes que emergem da sua atividade criativa, ou as responsabilidades e obrigações menores que possam aparecer. Você sabe muito bem a que me refiro e deve responder cada vez mais a essas ideias. Mantenha a visão clara, meu irmão, e viva no topo da montanha. É essa mensagem que hoje eu procuro enviar a você e a todos do meu grupo de discípulos. Vocês todos estão vivendo à beira de novos acontecimentos, de crescentes oportunidades, novas complexidades e de crises espirituais definidas. Então, lembrem-se das palavras que vos falei no ano passado. Progredimos por meio dos momentos de crise que se apresentam. Enfrentem tais momentos com desprendimento, com profunda compreensão interior e consagração e com a compreensão iluminada, e não se desviar do seu objetivo básico de servir a raça dos homens, o Plano e nós. Esse é o apelo que faço a todos os meus discípulos. (Discipulado na Nova Era I, pág. 316)

Um ponto que todos vocês devem captar é que o discípulo que está progredindo não passa para novos campos ou áreas de consciência como o faria numa marcha contínua de um plano para outro (como indicariam os símbolos visuais da literatura teosófica). O que deve ser apreendido é que tudo que É está sempre presente. O que nos interessa é o constante despertar para aquilo que eternamente É, e para o que está sempre presente no meio ambiente, mas do qual o indivíduo não tem consciência devido à sua estreita visão. A meta deve ser superar a concentração indevida no plano mais imediato da vida cotidiana - o que caracteriza a maioria das pessoas; a intensa preocupação com as disposições e os estados internos do eu inferior - o que caracteriza as pessoas voltadas para a espiritualidade e os aspirantes; e a inacessibilidade e falta de sensibilidade, característica da maioria das pessoas. O Reino de Deus está hoje presente na Terra, e sempre esteve, mas apenas uns poucos (relativamente falando) estão conscientes de seus sinais e manifestações. O mundo dos fenômenos sutis (denominado amorfo, porque difere do mundo dos fenômenos físicos com o qual estamos tão familiarizados) está em nós mesmos e é possível percebê-lo, contatá-lo e comprovar que é um campo de experiências e de atividades caso se desenvolva adequadamente o mecanismo da percepção. Os sons e as visões do mundo celestial (conforme o chamam os místicos) são percebidos pelo iniciado de modo tão claro quanto o são os sons e as visões do plano físico que é contatado na ronda das atividades diárias. O mundo das energias está igualmente presente, com suas correntes de forças dirigidas e com seus centros de luz concentrada, e os olhos do vidente podem vê-lo assim como os olhos do clarividente mental podem ver as formas geométricas que o pensamento assume no plano mental, ou como o psíquico inferior pode entrar em contato com as fascinações, as ilusões e os enganos do mundo astral. O mundo subjetivo é vitalmente mais real que o objetivo, desde que tenha sido penetrado e conhecido. Isto é simplesmente uma questão (tão simples para uns e tão difícil para outros, aparentemente!), antes de mais nada, de aceitação da sua existência, do desenvolvimento de um mecanismo de contato, do cultivo da habilidade para usar esse mecanismo à vontade, e depois, de interpretação inspirada. (Telepatia e o Veículo Etérico, pág. 46-47)

Uma coisa que todos os aspirantes aos mistérios devem recordar é que o crescimento gradual e relativamente lento é o método de todo processo natural e que o desabrochar da alma nada mais é que um dos grandes processos da natureza. Tudo o que o aspirante tem a fazer é prover as condições corretas. O crescimento então se dará normalmente por si mesmo. A perseverança firme, o esforço paciente, a conquista de um pouco cada dia, são de mais valor para o aspirante que a desabalada corrida para a frente e o empreendimento entusiástico da pessoa emocional e temperamental. O desenvolvimento indevidamente forçado de uma pessoa traz consigo certos e bem definidos perigos específicos. Estes são evitados quanto o estudante compreende que o caminho é longo e que uma compreensão inteligente de cada estagio do caminho lhe é de mais utilidade que os resultados obtidos para um despertar prematuro da natureza psíquica. A recomendação de crescer tal como cresce a flor, leva consigo uma tremenda verdade oculta. Há uma recomendação no Ecc. VII.16, que contém este pensamento. "Não sejas demasiadamente justo. . . por que te destruirias a ti mesmo?” (A Luz da Alma, pág. 165-166)

A Palavra "reconhecimento" é uma das mais importantes na linguagem do ocultismo e sustenta a pista para o mistério do Ser. Ela está relacionada com a atividade cármica e dela dependem os Senhores do Tempo e do Espaço. E difícil ilustrar isto em termos simples, mas poder-se-ia dizer que o problema de Deus Mesmo consiste nisto, que Ele precisa manifestar um reconhecimento tríplice:

1- Reconhecimento do passado, o que necessariamente envolve um reconhecimento daquela matéria no espaço que, através de associação passada, já está colorida pelo pensamento e pelo propósito.

2- Reconhecimento dos quatro graus de vidas que, novamente através de associação passada, são capazes de responder ao Seu novo pensamento para o presente e podem, por conseguinte, levar adiante Seus planos e trabalho em colaboração com Ele. Elas submetem seus propósitos individuais ao plano divino uno.

3- Reconhecimento do objetivo que existe em Sua Mente. Isto, por sua vez, necessita de uma focalização única concentrada na meta e a sustentação do propósito intacto através das vicissitudes do trabalho criativo e apesar da potência dos muitos Pensadores divinos que tenham sido atraídos a Ele pela similaridade de ideia.

É inútil tentar evitar o uso de pronomes pessoais ao falar representativa e simbolicamente. Se o estudante tiver em mente que tal tentativa de reduzir princípios cósmicos e conceitos a palavras é em si mesmo ridículo e que a única coisa possível a fazer é apresentar um quadro, então não resultará nenhum mal. Mas os quadros mudam à medida que a evolução segue sua trajetória e o quadro de hoje não passará amanhã de um grosseiro garrancho infantil. Um novo quadro será então apresentado, mais simples e mais harmonioso e mais belo, até que ele, por sua vez, pareça inadequado.

Os mesmos reconhecimentos, em menor escala, governam as atividades do Anjo solar à medida em que ele prossegue com o trabalho da encarnação e da manifestação no plano físico. Ele, por sua vez, tem de reconhecer a matéria dos três planos de expressão humana que já estão, através de associação passada, matizados por sua vibração; ele tem de reconhecer os grupos de vidas com os quais teve relação e com os quais novamente precisa trabalhar. Finalmente, ele tem de manter seu propósito firme através do reduzido ciclo de uma encarnação e fazer com que cada vida leve adiante aquele propósito até mais plena e consumada manifestação. (Um Tratado sobre Magia Branca, pág. 400-401)

1) O reconhecimento do status hierárquico, que é, em última análise, a relação do menor com o maior, do mais fraco com o mais forte e do mais experiente com o menos experiente. Assim o sentido de proteção é desenvolvido, o qual resulta de uma forma do aspecto amor no universo.

2) O reconhecimento da responsabilidade, herdada, usada ou suportada. Este é o relacionamento do mais velho com o mais moço, ou do sábio com o ignorante. Dessa maneira a necessidade de se prover oportunidade para o desabrochar do conhecimento é desenvolvida.

3) O reconhecimento da faculdade de perdoar, que é, ou deveria ser, a expressão do relacionamento recíproco entre as unidades dentro do grupo mais amplo, ou dos grupos, dentro de um grupo maior. O perdão é essencialmente o processo através do qual um dá ao outro, segundo linhas psíquicas, e é uma das expressões rudimentares da qualidade do auto-sacrifício que é, por sua vez, um aspecto da natureza vontade, da Divindade. Estando, portanto, relacionado com a vida monádica ou da vontade, é ainda completamente mal entendido e mal interpretado, E, na realidade, o sentido da síntese ou da identificação de "um por todos e todos por um". Este sentido está sendo desenvolvido hoje como nunca antes, mas é ainda tão embrionário que as palavras não ajudarão a explicá-lo. Essa faculdade do perdão não é uma forma de esquecimento ou tolerância magnânimos, nem tampouco um gesto de superioridade onde a lousa é toda limpa. E o próprio alento da vida - a doação de tudo para todos e por todos.

4) O reconhecimento da interação grupal dentro do relacionamento mundial mais amplo - com justiça, com harmonia e com ritmo, é o sentido das relações corretas, levadas avante conscientemente e harmoniosamente desenvolvida. (Educação na Nova Era, pág. 138-139)

É neste ponto, tecnicamente falando, que a verdadeira construção do antahkarana deve começar, É a ponte entre a personalidade e a alma.

O reconhecimento disto constitui o problema com que o moderno educador é levado a se deparar. É um problema que sempre existiu, mas que dizia respeito ao indivíduo mais do que ao grupo. Agora concerne ao grupo, pois muitos dos filhos dos homens estão prontos para esta construção. Através das idades os indivíduos têm construído suas pontes individuais entre o superior e o inferior, mas tão vitorioso tem sido o processo evolutivo que hoje chegou a ocasião para uma compreensão grupal desta técnica emergente, para uma ponte grupal, levando a uma consequente revelação grupal. (Educação na Nova Era, pág. 44)

A estes dois grandes conceitos subjacentes à Nova Religião Mundial - Aproximação a Deus, e Invocação e Evocação - deve ser adicionado o conceito extremamente moderno de energia como a base de toda vida, formas e ação e meio de todas as relações. A força da mente ao produzir relação telepática já foi reconhecida pela ciência, o poder mental é registrado hoje como uma energia, capaz de contato, de reconhecimento e de produzir uma atividade recíproca. Quem utiliza a oração sempre reconheceu isso, sem tentar formular o modo pelo qual os fenômenos são produzidos por meio da oração. Mas, em oração, meditação e adoração há, sem dúvida, um fator de energia, proveniente disto ou daquilo e produzindo em muitos casos, de uma forma ou de outra, a resposta desejada. A meditação também é uma energia, pondo em movimento potências que podem eliminar certos aspectos do pensamento ou atrair outros, tais como visões, ideias e reconhecimentos espirituais. O culto, como é bem sabido, produz uma estimulação grupal quando orientado com sucesso e focado ao ponto de êxtase ou histeria, Pentecostes ou revelação. Para estes três - Oração, Meditação e Adoração - deve agora ser acrescentado Invocação consciente, além de uma educada expectativa de uma Evocação recíproca. (Problemas da Humanidade, pág. 161)

Pela discriminação - uma faculdade do corpo mental concreto - os corpos inferiores são treinados na arte de distinguir a ilusão do centro da realidade, o real do irreal, o eu do não-eu. Segue-se então, consequentemente, um período que precisa ser superado no qual a atenção do Ego é necessariamente centrada no ser inferior e seus veículos e no qual, por isso, as vibrações da Tríade, as leis que lidam com a evolução macrocósmica e a subjugação do fogo para o uso do Divino, tem que ficar temporariamente na expectativa. Quando o homem rapidamente vê a verdade em tudo com que entra em contato e automaticamente escolhe a verdade ou o real, então ele aprende a seguir a lição da ação alegre e o caminho do ocultismo se toma possível para ele, pois a mente concreta atendeu ao seu objetivo e se tomou seu instrumento e não seu dono, seu intérprete e não seu freio. (Um Tratado sobre Magia Branca, pág. 69)

Reconhecimento discriminativo é para você o objetivo imediato. Revele-se a si mesmo ao escrever, não no que se refere aos seus anseios e aspirações, mas no que diz respeito ao seu crescimento na sensibilidade.(Discipulada na Nova Era I, pág. 115)

Fala-se muito hoje da Nova Era, da revelação futura, do iminente salto à frente para o reconhecimento intuitivo, do que até agora só foi pressentido confusamente pelo místico, o vidente, o poeta inspirado, o cientista intuitivo e o investigador ocultista que não se preocupa muito com os aspectos técnicos nem com as atividades acadêmicas do mental inferior. Mas uma coisa é muitas vezes esquecida na grande expectativa. Não é necessário fazer um esforço muito grande ou investigação externa muito intensa, para empregar termos que os limitados pontos de vista habituais possam alcançar. Tudo o que deve ser revelado está dentro de nós ou à nossa volta. Tudo tem o seu significado na forma e nela está corporificada, o significado por trás da aparência, a realidade velada pelo símbolo, a verdade expressa na substância.

Apenas duas coisas permitirão ao homem penetrar no reino interno das causas e da revelação. São elas:

Primeira, o esforço constante, baseado num impulso subjetivo, para criar formas que expressarão alguma verdade sentida; desse modo, e com esse esforço, a ênfase muda constantemente do mundo exterior da aparência para o lado interno dos fenômenos. Por estes fatos produz-se uma centralização de consciência que oportunamente se estabiliza e se retira da intensa exteriorização atual. Um iniciado é essencialmente alguém cujo senso de percepção se ocupa dos contatos e impactos subjetivos e não se preocupa predominantemente com mundo das percepções sensoriais externas. Este interesse que ele cultiva no mundo interno de significados é, para a humanidade, o único mundo de realidade. A compreensão deste fato, por sua vez, conduzirá a dois efeitos subsequentes:

1- Uma estreita adaptação da forma aos fatores significativos que a trazem à existência no plano externo.

2- A produção de uma beleza mais verdadeira no mundo e, por conseguinte, uma aproximação mais estreita no mundo das formas criadas, à verdade interna emergente. Poder-se-ia dizer que a divindade é velada e oculta na multiplicidade das formas com os seus detalhes infinitos e que na simplicidade das formas que finalmente serão vistas chegaremos a uma nova beleza, a um sentido mais amplo da verdade e à revelação do significado e do propósito de Deus em tudo o que Ele realizou através das idades.

Segunda, o esforço constante para tomar-se sensível ao mundo das realidades significativas e, por consequência, produzir formas no plano externo que se revelarão fiéis ao impulso oculto. Isto conduzirá ao desenvolvimento da imaginação criativa. Até agora, a humanidade pouco sabe desta faculdade latente no homem. Um lampejo de luz faz a sua aparição na mente que aspira; um sentimento de esplendor desvelado penetra, por um instante, através do aspirante, cujo ponto de tensão foi intensificado pela revelação; uma súbita conscientização de uma cor, uma beleza, uma sabedoria e uma glória inefáveis, abre-se ante a consciência sintonizada do artista num momento elevado de atenção intensa e, por um segundo, a vida é então vista como essencialmente é. Mas a visão desaparece, desvanece-se o fervor e a beleza dissipa-se. O homem fica com um sentimento de angústia, de perda e, contudo, com a certeza do conhecimento e do desejo de expressar aquilo que contatou, o que representa uma experiência nunca antes vivida. Deve reencontrar o que viu e revelá-lo aos que não experimentaram esse momento secreto de revelação; deve expressá-lo de alguma forma e revelar aos outros o significado que existe por trás da aparência fenomênica. Como o poderá fazer? Como recuperará aquilo que foi seu uma vez e que parece ter desaparecido do seu campo de consciência? Deve compreender que o que viu e o tocou continua lá, e encarna a realidade; que foi ele que se retirou e não a visão. A dor que sofre nesses momentos intensos deve se suportada e vivida uma vez mais e ainda novamente, até que o mecanismo de contato se acostume à elevada vibração e possa, não apenas perceber e tocar, mas reter e tomar contato à vontade com esse mundo oculto de beleza. O cultivo deste poder de entrar, reter e transmitir, depende de três coisas:

1- A vontade de suportar a dor da revelação.
2- O poder de se manter no elevado ponto de consciência de onde vem a revelação.

3- A centralização da faculdade imaginativa sobre a revelação, ou sobre uma grande parte desta que a consciência cerebral pode trazer à zona iluminada do conhecimento externo. E a imaginação ou a faculdade de criar imagens que vincula a mente e o cérebro juntos e assim produzir a exteriorização do esplendor velado. (Psicologia Esotérica II, pág. 197-199)

...só o amor revela o Plano e a parte que as almas desempenham nele em um determinado tempo e lugar. Estendo-me assim para enriquecer a sua vida por duas coisas: por um reconhecimento do Plano, como existe no plano astral, neste momento, perto de materializar-se, e segundo, o reconhecimento da liberdade de todas as almas para desenvolver o Plano em uníssono com os outros, não interferindo nos métodos dos demais, mas amando uns aos outros e cooperando nos pontos onde o dever e a obrigação estabelecem contato. Reflita sobre isso. (Discipulado na Nova Era I, pág. 572)

Assim como no caso do homem individual, quando chega um ponto em sua experiência de vida, em que o Anjo da Presença é detectado, conhecido, visto e reconhecido como o Revelador da divindade, deste modo na história da raça humana, pode se chegar à mesma grande iluminação. A revelação confronta o aspirante. A revelação confronta a humanidade. Deus é conhecido dentro do coração humano. Deus é conhecido pela humanidade. Este reconhecimento da divindade em seus aspectos variados é, naturalmente, progressivo - cada etapa e cada vida trazendo sua própria revelação da beleza da divindade e a glória de luz mais verdadeira e claramente diante do discípulo. Da mesma forma, chegam os ciclos em que o Morador do Umbral aparece e confronta o aspirante, desafiando o seu propósito e progresso e bloqueando a porta que conduz à vida expandida e à libertação. O Morador desafia a liberdade da alma humana. Assim é também na vida de uma nação, uma raça, e da humanidade como um todo. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 293)

...o estudante deve ter em conta três coisas: a existência da Intuição, a realidade da Ilusão e a influente Presença. A intuição revela esta Presença por meio do Anjo e, quando é revelada, põe fim à ilusão. (Miragem: Um Problema Mundial, pág. 135)

A apresentação da revelação ou da verdade comunicada, e sua precipitação no mundo da ilusão vem a seguir. Naquele mundo de ilusão, ela passa por uma ‘‘provação de fogo’’ em que, ‘‘parte do fogo dentro do que é revelado volta para a fonte de onde se originou; parte serve para destruir o revelador, e parte para queimar aqueles que reconhecem a revelação”. Esta é uma fase do Agni Ioga, que como você pode ver, é somente para aqueles que podem penetrar além do Anjo, no lugar “onde o fogo mora”, e onde Deus, a Presença, funciona como um fogo consumidor e aguarda a hora da revelação completa. Esta é a comunicação simbólica de uma grande verdade. No caso do iniciado individual, a terceira iniciação, a Transfiguração, marca a consumação do processo. Somente a glória é vista então: somente a voz da Presença é ouvida, e a união com o passado, o presente e o futuro é alcançada. (Miragem: Um Problema Mundial, pág. 142-143)

Até mesmo o neófito no caminho da intuição pode começar a desenvolver em si o poder de reconhecer aquilo que a mente inferior não lhe pode dar. Algum pensamento de reveladora potência, a ser usado para a ajuda de muitos, pode entrar na sua mente; alguma luz nova sobre uma verdade muito, muito velha, pode penetrar, liberando a verdade das tramelas da ortodoxia, iluminando assim a sua consciência. Isto ele deve usar para todos e não somente para si mesmo. Pouco a pouco, ele aprende o caminho para o mundo da intuição; dia a dia, ano a ano, ele se torna mais sensível às Ideias divinas, e mais apto para se apropriar sabiamente delas, para o uso de seus semelhantes. (Miragem: Um Problema Mundial, pág. 143)

É essencial que os discípulos cultivem a atitude de reconhecimento espiritual, e assim fazendo vão perceber suas vidas grandemente enriquecidas. O contato com discípulos, iniciados e Mestres é sempre evocador no resultado. O poder que eles exercem normalmente, e inconscientemente, tem um efeito duplo. Tira o melhor e evoca o pior enquanto apresenta situações com as quais o discípulo deve lidar. Todo discípulo é um ponto focal de poder em algum grau. Quanto mais avançado o discípulo, maior a força ou energia que irá irradiar a partir dele; isto necessariamente apresenta situações com as quais o discípulo menos avançado tem que lidar. O verdadeiro discípulo nunca faz isso com intenção. A teoria (tão prevalente entre os grupos ocultistas) que o líder ou algum discípulo avançado deve encenar situações a fim de desenvolver o aluno é contrário à lei oculta. No momento, porém em que vocês estiverem inseridos na faixa da radiação de um Mestre ou de qualquer discípulo avançado, então com certeza coisas vão acontecer em suas vidas. A radiação é eficaz quando corretamente recebida, registrada e conscientemente usada para produzir as mudanças sentidas e necessárias. Eventualmente, quando a vibração do discípulo é constante e responsiva à mais elevada, ambas podem então ser sincronizadas. É essa sincronização que caracteriza todos os graus de iniciados e que indica a um iniciado de um grau mais elevado que um iniciado ou discípulo de um grau inferior pode ser admitido nos postos mais altos. A sincronização é a chave para a iniciação. (Discipulado na Nova Era I, pág. 678-679)

Aspirantes, líderes de grupos e pensadores em todas as partes do globo podem ser aproveitados para este trabalho, contanto que suas mentes sejam abertas e focalizadas. De acordo com a simplicidade de sua aproximação à verdade, de acordo com a clareza de seu pensamento, de acordo com sua influência grupal e estado de conscientização inclusiva e de acordo também com seu poder para um esforço longamente sustentado, assim será a aproximação da forma exterior à ideia interna e a realidade subjetiva espiritual. (Um Tratado sobre Magia Branca, pág. 334)

Vocês dizem que por enquanto somente há crenças relativas à imortalidade e nenhuma evidência segura. No acúmulo do testemunho, nas certezas internas do coração humano, no fato da crença na persistência eterna como uma ideia nas mentes dos homens, existe segura indicação. Mas a indicação dará lugar à convicção e ao conhecimento antes que um outro século se tenha passado, pois um acontecimento ocorrerá e uma revelação será dada à raça que transformará a esperança em certeza e a crença em conhecimento. Neste meio tempo, que uma nova atitude ante a morte seja cultivada e uma nova ciência da morte seja inaugurada. Que ela deixe de ser a única coisa que nós não podemos controlar e que inevitavelmente derrotar-nos-á. Então, comecemos a controlar nossa passagem para o outro lado e a compreender algo da técnica da transição. (Um Tratado sobre Magia Branca, pág. 363)

O desenvolvimento de certos tipos de pessoas se manifesta através do seu controle da força. Com outros tipos se manifesta em seu controle do fator tempo e sua capacidade de compreender o significado prático de épocas e estações, e seu uso correto e regulado. Você pertence a este último grupo, e na realização ao longo desta linha virá para você a realização da beleza. Há uma beleza mística a ser alcançada, como todos nós sabemos, através da arte. Ela transmite uma sensação geral de beleza, cor e inspiração, e, assim, cobre e vela ideias. Há uma beleza oculta (escondida) também a ser alcançada no campo da arte. Isso transmite uma sensação diferente de beleza, cor e inspiração, cobertas com aquelas formas que revelam ideias. A beleza mística vela o ideal por meio da beleza. Beleza oculta revela, na beleza, o ideal. Para você a realização oculta deve ser o objetivo, e a revelação de beleza ordenada, no tempo e no espaço, deve constituir o seu esforço sintético. Pondere sobre estas palavras e definições, pois nelas se encontra o segredo da verdadeira criatividade. Medite sobre a diferença entre inspiração mística e revelação oculta e sobre a sua síntese em toda grande conquista. (O Discipulado na Nova Era I, pág. 268)

As revelações da ciência, ainda que geralmente focalizadas em um homem ou mulher, são mais especificamente o resultado do esforço grupal e da atividade do grupo treinado, do que as assim chamadas revelações da religião. A revelação, portanto, é feita de duas maneiras:

1. Pelo esforço, aspiração e conquista de um homem, que está tão próximo da Hierarquia e tão imbuído com a divindade consciente, que ele pode receber a mensagem diretamente da Fonte divina central. Ele junta-se às fileiras dos Grandes Intuitivos e trabalha livremente no mundo das Ideias divinas. Ele sabe claramente a Sua missão; Ele escolhe a Sua esfera de atividade com determinação e isola a verdade ou verdades que Ele acha apropriadas para a necessidade da época. Ele aparece como um mensageiro do Altíssimo, leva uma vida de serviço dramática e impressionante, e simboliza nos eventos de Sua vida certas verdades básicas, que já foram reveladas, mas que Ele reencena pictorialmente. Ele sintetiza em Si mesmo as revelações do passado, e a elas acrescenta Sua Própria contribuição da nova revelação, cuja apresentação ao mundo é sua função específica.

2. Uma revelação surge pelo esforço de um grupo de buscadores, tais como os investigadores científicos em cada país que, juntos, buscam a luz sobre os problemas da manifestação, ou algum meio para aliviar o sofrimento humano. O esforço de um tal grupo frequentemente eleva, nas asas de suas aspirações não conscientizadas, um homem que pode então penetrar no mundo das Ideias divinas e ali encontrar a cura ou chave tão desejada, e portanto, ele intuitivamente descobre um segredo procurado desde há muito. A descoberta, quando de primeira grandeza, é uma revelação tal como as verdades apresentadas pelos Instrutores do Mundo. Quem poderá afirmar que a declaração que Deus é Amor, é de mais valor que a afirmação que Tudo é Energia?

A rota que a revelação segue então, é a mesma em ambos os casos, e a ilusão sobrepuja ambas as formas de revelação, mas - este é um ponto para o qual peço uma reflexão - existe um pouco menos de ilusão formada ao redor das revelações da ciência, do que das revelações que a humanidade chama de verdades mais definitivamente espirituais. Uma das razões está no fato de que a última grande revelação, dada pelo Cristo, foi dada há dois mil anos atrás, e o desenvolvimento da mente do homem e sua habilidade para responder à verdade cresceu enormemente desde então. Da mesma forma, as revelações da ciência são em grande parte o resultado da tensão do grupo, eventualmente focalizada em um recipiente intuitivo, e desta forma a revelação está protegida.

Atualmente, enquanto a humanidade espera a revelação que vai incorporar os pensamentos, sonhos e objetivo construtivo da Nova Era, a exigência aparece, pela primeira vez, por um grande grupo de pessoas intuitivamente inclinadas. Não disse intuitivos, meu velho irmão. Este grupo é atualmente tão grande, e seu foco é agora tão real, e sua exigência tão alta, que ela está conseguindo focalizar o intento concentrado das pessoas. Portanto, qualquer que seja a revelação que possa emergir no futuro imediato, será melhor “protegida pelo espírito de compreensão” do que todas as anteriores. Esta é a significação das palavras do Novo Testamento, “todos os olhos O verão”; a humanidade como um todo vai reconhecer o revelador Uno. Em épocas anteriores, o Mensageiro do Alto só era reconhecido e conhecido por um mero punhado de pessoas, e levava décadas, e ás vezes séculos, para Sua mensagem penetrar nos corações da humanidade. (Miragem: Um Problema Mundial, pág. 146-147)

Vejam vocês, portanto, a necessidade de eventualmente se organizar um grupo no mundo que seja de tal forma constituído e tão cuidadosamente escolhido e interiormente relacionado que todos os seus membros sejam iniciados, todos tenham criado sua própria “ponte de arco-íris” com compreensão e precisão, e que possam trabalhar com tão completa unidade que o antahkarana grupal se torne um canal desimpedido de comunicação direta de Shamballa para o grupo porque cada membro do grupo é um membro da Hierarquia. Desta maneira os três centros planetários chegam à necessária relação, e um outro grande triângulo alcança verdadeira atividade funcionante. Quando isto tiver lugar, uma revelação ainda não sonhada manifestar-se-á na Terra; uma nova qualidade divina da qual nada conhecemos hoje, fará sentir sua presença, e o trabalho do Buda e do Cristo e o trabalho do próximo Avatar será ultrapassado por Aquele Que Shamballa e a Hierarquia têm esperado e do Qual a doutrina do Messias e a doutrina dos Avatares têm sido e são hoje somente pálidos e distantes símbolos. Eles preservam este conceito da Grande Revelação na consciência dos homens, na expectativa evidenciada pela Hierarquia e através do “trabalho preparatório” sendo agora realizado em Shamballa. (Os Raios e as Iniciações, pág. 216)

Métodos e técnicas podem mudar; dogmas e doutrinas aparecem e desaparecem à medida que a Sabedoria Eterna se apresenta geração após geração, e a continuidade da revelação se desdobra à medida que a necessidade da humanidade o exige; mas o objetivo subjacente de todas as escolas esotéricas (incluindo, portanto, a Escola Arcana) permanece sempre o mesmo. Esse objetivo é a revelação da divindade no homem e no universo, e isso conduz inevitavelmente ao reconhecimento de Deus Transcendente, e de Deus Imanente. Está certo que a terminologia e as apresentações da Verdade Una deveriam mudar com a mudança dos tempos, assim indo ao encontro da necessidade dos variados povos do mundo, mas o que eles procuram expressar permanece inalterável para sempre. (Autobiografia Inacabada, pág. 209)

O que estamos procurando fazer é levar para diante um esforço grupal, com tal magnitude que, em dado momento, na hora exata, produza um impulso tão potente e magnético que chegue até essas Vidas que velam sobre a humanidade e a nossa civilização e que trabalham através dos Mestres de Sabedoria e da Hierarquia reunida. Este esforço grupal procurará invocar Deles um impulso magnético de resposta que reunirá, por intermédio de todos os grupos de aspirantes, as Forças protetoras e benéficas. Através do esforço concentrado destes grupos (que constituem subjetivamente um Grupo Único) no mundo de hoje, a luz, a inspiração e a revelação espiritual podem ser liberadas com tal afluxo de poder que provocarão mudanças definitivas na consciência humana e ajudarão a melhorar as condições de vida neste tão necessitado mundo. Abrirão os olhos dos homens às realidades fundamentais, até agora só vagamente sentidas pelo público pensante. A própria humanidade deve aplicar os necessários corretivos, acreditando no poder assim fazê-lo, apoiando-se na força de sua própria sabedoria e força pressentidas; entretanto, durante todo este tempo, por trás das cenas, permanece o conjunto dos aspirantes do mundo, trabalhando em silêncio, em uníssono, entre si e com a Hierarquia, mantendo deste modo aberto o canal pelo qual podem fluir a necessária sabedoria, a força e o amor. (Psicologia Esotérica II, p. 98.)

A visão tem que ser sentida, buscada e descoberta individualmente por cada membro do grupo, e é esse conhecimento pessoal e esta dedicação pessoal à revelação que leva para o lado da organização da vida grupal e relacionamento, ou para um determinado processo de correlação com a vida e o propósito do Todo. O indivíduo que tem para si esta visão relaciona-se com o grupo que está consciente desta visão, juntamente com ele, e então segue o relacionamento com esse "grupo visualizador" para o reino de Deus, tal como existe nos planos mais sutis, no esforço para exteriorizá-lo e tornar a visão uma realidade no plano da manifestação. É um processo de visualização, atividade e precipitação. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 101)

A Hierarquia Espiritual está investida de inteligência divina e é composta, na atualidade, por Aqueles que reuniram em Si o intelecto e a intuição, o prático e o aparentemente não prático, a realidade da vida e a maneira de ser do homem que tem uma visão. Também existem pessoas, nos lugares comuns da vida diária; estas pessoas são as que precisam ser treinadas para que reconheçam a divindade nos sinais que são essencialmente respostas do plano físico às novas expansões de consciência. O Cristo que retornará não será igual ao Cristo que (aparentemente) partiu. Não será um “varão de dores”; tampouco uma figura silenciosa e pensativa; será o enunciador de verdades espirituais que dispensarão interpretações, ou tergiversações, porque Ele estará presente para explicar o verdadeiro significado. (O Reaparecimento do Cristo, pág. 55)

Está por se escrever um novo capítulo no grande livro da vida espiritual; uma nova expansão de consciência é um acontecimento iminente; a humanidade pode reconhecer, já, a preocupação pela divindade; a acentuada expectativa comprovará a exatidão da afirmativa bíblica: “E todo olho O verá” (Rev. 1,7). A vivência religiosa, ou história espiritual da humanidade, pode ser resumida em uma série de reconhecimentos - o reconhecimento Daqueles Que, no transcurso das épocas, têm constituído a Sucessão Apostólica, culminando com o aparecimento dos grandes guias religiosos que têm vindo desde o ano de 700 A.C. e fundaram os grandes credos modernos e - sobretudo - no próprio Cristo, que personificou a perfeição do Deus Imanente, mais a conscientização de Deus Transcendente; o reconhecimento destes conceitos espirituais superiores de amor, vida e relação, que sempre pairaram no fundo do pensamento humano, que estão, agora, a ponto de serem expressos corretamente; o reconhecimento da verdadeira fraternidade entre os homens, baseada na divina Vida Una, que atua através da alma una e se expressa através da humanidade una; portanto, o reconhecimento da relação que existe entre a vida divina, em todo o mundo, e a própria humanidade. O desenvolvimento dessa atitude espiritual conduzirá às corretas relações humanas e à eventual paz mundial.

Possivelmente, agora se produza outro reconhecimento - o do iminente retorno do Cristo (se se pode aplicar esta frase a Quem nunca nos abandonou) e das novas oportunidades espirituais que este acontecimento oferecerá. (A Exteriorização da Hierarquia, pág. 506)

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