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Meditação


A Importância da Meditação

O que torna a Meditação importante?

A ênfase posta na importância da meditação decorre, naturalmente, da compreensão, pelo estudioso, da absoluta necessidade do domínio da Personalidade pelo Ego.

O homem, atualmente, está ocupado em muitas investigações e, pela força das circunstâncias, se acha inteiramente polarizado no eu inferior; polarização essa que ocorre tanto no corpo emocional como no corpo mental. Indicarei um ponto de interesse: enquanto a polarização for puramente física ou puramente emocional, não se sentirá necessidade alguma de meditar. Mesmo quando o corpo mental está ativo, nenhuma solicitação aparece antes que o homem tenha passado por muitas mudanças e muitas vidas, tenha experimentado a taça do prazer e da dor através de muitas encarnações, tenha tocado as profundezas da vida vivida inteiramente pelo eu inferior e a tenha considerado insatisfatória. Então, ele começa a voltar seu pensamento para outras coisas, a aspirar por algo desconhecido, a perceber dentro de si mesmo os pares de opostos, e a entrar em contato, em sua consciência, com possibilidades e ideais até então não sonhados. Ele terá chegado a um ponto em que sucesso, popularidade e dons variados lhe pertencem e, entretanto, fazer uso deles não lhe traz satisfação; a solicitação interna persiste sempre até que a dor seja tão intensa que o desejo de alcançar além e acima, de averiguar algo e alguém mais adiante, suplante todos os obstáculos. O homem começa a voltar-se para dentro de si e a procurar a origem de onde veio. Começa, então, a meditar, a refletir, a intensificar a vibração, até que, com o correr do tempo, armazena os frutos da meditação.

Quatro coisas faz a meditação:

1 - Capacita o homem a entrar em contato com o Ego e a alinhar os três corpos inferiores.

2 - Coloca o homem numa atitude de equilíbrio, nem completamente receptiva e negativa, nem completamente positiva, mas no ponto de equilíbrio. Assim, é dada oportunidade ao Ego, e mais tarde ao Mestre, de perturbar esse equilíbrio e sintonizar a vibração quiescente numa nota mais alta do que até então, de compelir a consciência a vibrar numa medida nova e mais alta, e abalar (se assim posso Me expressar) a periferia do Espírito tríplice. Pela prática constante disto, o ponto todo de equilíbrio é gradualmente deslocado para mais e mais alto, até que chega o tempo em que o ponto mais baixo de atração na mudança e no ajustamento não é mais o físico, não mais atinge o emocional, não entra em contato com o mental (mesmo o corpo causal se evadindo), e o homem, daí em diante, estará polarizado na consciência espiritual. Isto marca a quarta Iniciação; depois dessa Iniciação, o Adepto constrói por Si Mesmo um corpo de manifestação, uma criação livre - nada há, Nele, que chame à objetividade um corpo para uso nos três mundos e que tenha evoluído sob a Lei das Causas.

3 - Estabiliza as vibrações inferiores nos subplanos dos planos emocional e mental. Ela inicia o trabalho de harmonizar o eu com a vibração do terceiro subplano em cada um dos três planos inferiores, até que esse subplano seja dominado. O segundo subplano é, então, o próximo a ser sincronizado.

Um homem alcança o ponto de consecução da personalidade neste ciclo quando consegue vibrar e avançar conscientemente até o quarto subplano. Poderíamos denominar o quarto subplano nos planos físico, emocional e mental (quando dominados, alinhados e funcionando simultaneamente na mesma encarnação), de plano da personalidade aperfeiçoada, no sentido concreto do termo e do ponto de vista da visão inferior. Essa encarnação particular será aquela na qual o homem consiga a expressão mais completa do seu eu inferior, - fisicamente perfeito, emocionalmente vibrante e mentalmente colossal. Então, alcançado isso, começam a transferência para uma vibração mais alta, a sintonização para o Eu Superior, e a harmonização da Personalidade, ou a terça maior, com a quinta dominante do Ego.

4 - Auxilia na transferência da polarização de um dos átomos permanentes da Personalidade para o átomo correspondente da Tríada espiritual.

Em consequência, pode ser facilmente percebida a natureza essencial da Meditação e seu sábio, diligente e sério exercício.

Cedo na experiência, depois do superior obter o que o inferior tem a oferecer, o homem começa a meditar. Suas tentativas são desordenadas a princípio e, algumas vezes, podem ter lugar diversas encarnações nas quais o Eu Superior apenas força o homem a pensar e a meditar seriamente, a intervalos raros e isolados. Mais frequentemente aparecem razões para um retiro interior, até que se sucedam para o homem, diversas vidas devotadas à meditação e aspiração místicas, culminando geralmente com uma vida voltada inteiramente para elas. Isso marca o ponto da mais alta aspiração emocional, à parte da aplicação científica da lei, por intermédio do corpo mental. Essas leis são as que governam a verdadeira meditação ocultista.

Por trás de cada um de vocês que estão definitivamente trabalhando sob a direção de um dos Mestres, jazem duas vidas de culminação: - a vida de apoteose mundana e a vida da mais intensa meditação segundo a linha mística, ou linha emocional - intuitiva. Tal vida meditativa foi levada, seja num mosteiro, seja num convento da Europa central, por aqueles ligados ao Mestre Jesus e Seus discípulos, ou na Índia, Tibete ou China, pelos discípulos do Mestre M. ou do Mestre K. H.

Chega, agora, para todos vocês, a mais importante série de vidas para a qual os pontos de culminação anterior foram apenas pedras de degrau. Nas vidas imediatamente à frente, para os que estão no Caminho, virá a realização final através do instrumental da meditação ocultista disciplinada, baseada na lei. Para uns poucos, a consecução poderá vir nesta vida ou na próxima; para outros, brevemente, em outras vidas. Para bem poucos, jaz à frente a consecução do método místico, como base futura do método ocultista ou método mental.

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