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Festival de Wesak - Uma Técnica de Contato Espiritual


Resumo
1 – Os Três Festivais Maiores
2 – O Festival de Wesak
- Primeira Parte
- Segunda Parte
- Terceira Parte
3 – A União dos Plenilúnio de Touro e de Gêmeos

3 - A União dos Plenilúnios de Touro e de Gêmeos

“Quero fazer uma indicação e a faço com suprema alegria: este ano, 1946, marca o começo de um ciclo em que a humanidade se relacionará mais intimamente com os Festivais, pois desempenharão uma função muito mais importante do que até agora. O Festival de Wesak é celebrado faz tempo em muitos países e na medida em que transcorrem os anos e a cultura das massas progride, as reuniões que se celebram na Lua Cheia de Maio (a Lua Cheia de Maio corresponde à “Lua Cheia de Touro” e a Lua Cheia de Junho corresponde à “Lua Cheia de Gêmeos”) terão grande importância, mas a sua nota-chave mudará. A intenção do Buda e do Cristo é que em cada país haja alguém que atue como Representante Deles durante os dois Festivais, para que a distribuição da energia espiritual, do primeiro grande Aspecto ou Raio, vá diretamente do Buda – depois de Shamballa – ao Cristo, e àqueles discípulos em todos os países que podem refletir e atuar como canais para a corrente direta de energia. O mesmo procedimento será seguido durante a Lua Cheia de Junho, com exceção de que Shamballa não estará envolvida e com a diferença que no Festival de Maio será um discípulo do Primeiro Raio o representante, enquanto que no Festival de Junho será um discípulo do Segundo Raio o que representará o Cristo em cada país. Com isto quer-se significar o Raio da Alma e o Raio da Personalidade do discípulo." (Mensagem de Wesak, 1946)

O FESTIVAL DE WESAK
Lua Cheia do Buda (Touro)

O Dia do Festival é conhecido como “dia de salvaguarda”, enquanto os dois dias seguintes são os “dias de distribuição”. Estes termos têm, para a Hierarquia de Mestres, um significado um tanto diferente do que têm para nós, e é inútil (e também proibido) elucidar o seu significado mais profundo. Contudo, significam cinco dias de esforço de serviço intensíssimo, conduzindo à renúncia de tudo o que poderia diminuir a utilidade como canais de força espiritual. Significa que depois da devida preparação, dedicação e esforço de elevação nos dois primeiros dias, no dia do Festival, consideramo-nos simplesmente como recipientes ou guardiões da maior quantidade que pudermos guardar deste influxo de força espiritual. Como canais, devemos estar preparados para nos esquecermos de nós próprios neste serviço de contatar, conter e guardar esta força para o resto da humanidade. Devemos considerar o Festival como um dia de silêncio (refiro-me a uma paz interna e uma solenidade silenciosa que podem ser preservados intactos ainda que o homem externamente possa estar usando a palavra em seu serviço); um dia de serviço vivido inteiramente nos níveis esotéricos e em completo esquecimento de si mesmo, em favor da humanidade e das suas necessidades. Durante este período, dois pensamentos apenas reterão a nossa constante atenção: a necessidade dos nossos semelhantes e a necessidade de prover um canal grupal pelo qual as forças espirituais possam ser derramadas através do corpo da humanidade sob a sábia direção dos membros escolhidos da Hierarquia.

Recordem que independentemente daquilo que somos, ou de onde estamos, ou da natureza do nosso meio, ou do isolamento que possamos sentir daqueles com quem podemos compartilhar a nossa visão espiritual, cada um de nós pode, nesse dia e nos períodos imediatamente anterior e posterior, trabalhar, pensar e agir em formação grupal e atuar como um distribuidor silencioso de força.

Durante os dias que precedem a Lua Cheia, manteremos uma atitude de dedicação e serviço e procuraremos adotar uma atitude receptiva para o que a nossa alma possa comunicar-nos e nos torne úteis à Hierarquia. A Hierarquia trabalha por intermédio de grupos de almas, e a potência deste trabalho grupal será posta à prova. Por sua vez, esses grupos contatam e nutrem as personalidades dedicadas e atentas que estão à espera. No dia da Lua Cheia, tentaremos manter-nos firmemente na Luz. Não faremos conjecturas sobre o que possa suceder nem estaremos à procura de resultados ou efeitos tangíveis.

Nos dois dias seguintes, o foco da nossa atenção será firmemente afastado de nós mesmos e também dos planos subjetivos internos, e levado para o mundo externo; os nossos esforços consistirão em transmitir ou passar adiante o tanto de energia espiritual que pudemos antes contatar. O nosso trabalho neste especial e particular campo de cooperação terá, então, terminado.

Este esforço da Hierarquia é um esforço de cinco dias, precedido de preparação muito intensa. O trabalho preparatório para esta oportunidade é iniciado pela Hierarquia exatamente no momento em que “o sol começa a se deslocar para o Norte”. Mas Eles não se fadigam como os seres humanos, e não é possível para o aspirante humano sustentar um período de preparação tão longo, por maior que seja a sua devoção.

Quando o Grande Senhor estava na Terra, Ele disse aos Seus discípulos que o êxito do esforço espiritual de natureza curativa só se alcançava por meio da prece e do jejum. Querem refletir sobre estas palavras? Trata-se de um esforço grupal para uma vasta cura grupal e pela prece (desejo santificado, pensamento iluminado e intenso sentimento de aspiração) e pela disciplina do corpo físico durante um breve período e para um objetivo determinado, o trabalho pode ser feito.

O que é que deveria ser realizado em cada Lua Cheia de Maio? Irei enunciar os objetivos, na sua ordem e segundo a sua importância, com tanta clareza e concisão quanto permita este tema abstruso:

1 – A liberação de certas energias que podem afetar poderosamente a humanidade e que, se liberadas, estimularão o espírito de amor, de fraternidade e de boa vontade no mundo. Essas energias são tão definidas e reais como as que ocupa a própria ciência que as chama de “raios cósmicos”. Falo de energias verdadeiras e não de desejadas abstrações emocionais.

2 – A fusão de todos os homens de boa vontade do mundo num todo integrado e com capacidade de resposta.

3 – A invocação e resposta de certos Grandes Seres, Cujo trabalho pode ser, e será possível, se o primeiro destes objetivos for atingido, graças à realização do segundo objetivo. Meditem nesta síntese dos três objetivos. Por que nome estas Forças Vivas são chamadas é inteiramente indiferente. Podem ser consideradas como os vice regentes de Deus, Que podem e cooperarão com o Espírito de Vida e de Amor sobre o nosso planeta, Aquele no Qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. Certos pensadores podem considerá-los como os Arcanjos do Altíssimo, Cujo trabalho tem sido possível pela atividade do Cristo e do Seu corpo de discípulos, a Igreja verdadeira e viva. Outros os considerarão como os guias da Hierarquia planetária, Que se encontram por detrás da nossa evolução planetária e Que raramente tomam uma parte ativa exterior nas atividades do mundo, deixando isso para os Mestres de Sabedoria, salvo nos casos excepcionais como o atual. Qualquer que seja o nome pelo qual Os chamemos, Eles estão prontos para ajudar, se o apelo for feito com força e poder suficientes por parte dos aspirantes e discípulos no momento da Lua Cheia de Maio e da Lua Cheia de Junho.

4 – A evocação de uma atividade enérgica e concentrada do lado interno realizada pela Hierarquia dos Mestres, essas Mentes Iluminadas às Quais foi confiado o trabalho de direção do mundo. Deseja-se uma resposta e pode ser obtida entre os seguintes três grupos:

a) – A expectante e (neste momento) ansiosa Hierarquia. Ansiosa porque nem mesmo Eles podem dizer como reagirá a humanidade, e se os homens serão suficientemente sensatos para aproveitar a oportunidade oferecida. Os Mestres aguardam, organizados sob a direção do Cristo, o Mestre dos Mestres e o instrutor de anjos e homens. Ele foi instituído como o intermediário direto entre a Terra e o Buda, Aquele que, por sua vez, é o intermediário consagrado entre a Hierarquia expectante e as Forças atentas.

b) – O Novo Grupo de Servidores do Mundo, cujo objetivo é a paz do mundo, composto nesta época por todos os servidores sensíveis e consagrados da raça que tem o propósito de estabelecer a boa vontade na Terra, como a base para a futura vida e expansão mundiais. Originalmente, este grupo era formado por um punhado de discípulos aceitos e aspirantes consagrados. As suas fileiras foram abertas a todos os homens de boa vontade que trabalham ativamente por uma verdadeira compreensão, que estão prontos a sacrificarem-se para ajudar a humanidade, que não veem nenhuma linha de separação, mas têm, isso sim, o mesmo sentimento para com os homens de todas as raças, nacionalidades e credos.

c) – As massas de homens e mulheres que responderam às ideias que foram lançadas, e que reagiram favoravelmente aos objetivos de compreensão internacional, interdependência econômica e unidade religiosa.

À medida que estes três grupos de pensadores e servidores se tenham contatado, quando os três grupos possam estar alinhados, ainda que momentaneamente, muito pode ser realizado; as portas da nova vida podem ser abertas para dar passagem ao influxo das novas forças espirituais. Tal é o objetivo e ideia do Grupo.

Posso fazer agora uma pergunta? Que importância tem para vocês, pessoalmente, esta Lua Cheia de Maio? Parece-lhes ter suficiente importância para realmente justificar tão grandes esforços de vocês? Creem sinceramente que nesse dia pode haver realmente uma liberação de energia espiritual suficientemente potente para mudar os assuntos mundiais, desde que os filhos dos homens desempenhem a sua parte? Acreditam realmente, e estão prontos na prática, a apoiar a crença de que nesse dia o Buda, em cooperação com o Cristo e com a Hierarquia de Mestres Iluminados, mais a ajuda oferecida de alguns Tronos, Principados e Poderes da Luz, que são a correspondência superiores dos poderes das trevas, estão prontos a executar os planos de Deus, quando for dado o direito e a permissão dos homens? A principal tarefa de vocês na atualidade, não é lutar contra os poderes do mal e as forças das trevas, mas despertar o interesse e mobilizar as forças da luz e os recursos dos homens de boa vontade e de inclinação correta no mundo atual. Não resistir ao mal, mas organizar e mobilizar o bem e assim fortalecer as mãos dos trabalhadores que estão no lado do direito e do amor, para que o mal tenha menos oportunidade.

Se vocês tiverem fé como um grão de mostarda no que lhes disse, se tiverem uma crença firme no trabalho do espírito de Deus e na divindade do homem, então esqueçam-se de si próprios e consagrem cada um dos seus esforços, a partir do momento em que receberem esta comunicação, para a tarefa de cooperar no esforço organizado, a fim de mudar o curso dos assuntos mundiais por meio de um acréscimo no espírito de amor e de boa vontade no mundo durante o mês de Maio. (Um Tratado sobre os Sete Raios II, pág. 687-692)

O FESTIVAL DA HUMANIDADE
Lua Cheia do Cristo (Gêmeos)

“O Festival de Junho, que é especialmente o do Cristo e acentua Sua relação com a humanidade, abarca, na realidade, três dias, cada um com a sua nota-chave:

1 – A nota-chave do Amor, no sentido hierárquico, livre de sentimentos, emoções e ênfase pessoal, um amor que se sacrifica e compreende, que atua com força e decisão e trabalha em favor do todo e não pelos interesses de algum grupo ou indivíduo.

2 – A nota-chave de Ressurreição, que acentua a nova vivência do Cristo vivente e dessa “vida mais abundante”, que a guerra tornou possível, forçando um retorno aos verdadeiros valores.

3 – A nota-chave do Contato, de uma relação mais íntima entre Cristo e Seu povo, entre a Hierarquia e a Humanidade.

As palavras “notas-chave” foram escolhidas intencionalmente e significam o som que precede a cada influxo maior do Festival de Junho. Estas energias serão liberadas numa solene cerimônia durante cada um dos três dias. Em cada cerimônia o Cristo pronunciará a Grande Invocação e logo a Hierarquia unida entoará a estrofe, invocando Luz, Amor e Vontade para o Bem durante cada um dos três dias. Aqueles discípulos ou iniciados que interessam e observam a técnica dos Triângulos ou o movimento da Boa Vontade, recordarão isto quando entoarem a primeira e a terceira estrofes, e o Novo Grupo de Servidores do Mundo quando entoar a segunda estrofe.

Portanto, desejo que compreendam o interesse que demonstra a Hierarquia por todos os latentes esforços em que estão empenhados, e que foram por mim iniciados. Gostaria, também, que observassem que a atenção prestada não é exclusiva. Onde duas ou três pessoas se reúnem, em nome do Mestre da Hierarquia, fluirá energia. Ali, onde a boa vontade é a meta e evoca esforços, seja de que maneira for, far-se-á sentir a energia da Vontade para o Bem. O Novo Grupo de Servidores do Mundo é um grupo muito maior do que creem e que, atualmente, é composto por vários milhões de pessoas.” (Mensagem de Wesak, 1946)

RELAÇÃO ENTRE OS DOIS FESTIVAIS

“... No momento da Lua Cheia de Maio, o Buda pronunciará um grande mantra e será o “Agente absorvente” da força do Primeiro Raio. Empregará o poder magnético do Segundo Raio para atrair esta força para si mesmo e mantê-la firmemente antes de reorientá-la. Então, o Cristo – em nome da Hierarquia – se converterá no “Agente receptor” desta potente Energia, e os sete grupos de Mestres que trabalham com os reinos humanos e subumanos serão (em resposta à Sua demanda) os “Agentes diretores” para a sétupla expressão desta força.

No momento da Lua Cheia de Junho, a Hierarquia liberará, sob a guia do Cristo, esta Vontade para o Bem sobre a Humanidade, produzindo sete grandes resultados, de acordo com os sete sub-raios deste Primeiro Raio de Vontade ou Poder:

1 – O Poder será dado aos discípulos e iniciados do mundo, entre homens e mulheres, para que possam dirigir eficiente e inteligentemente o futuro processo de reconstrução.

2 – A Vontade de Amar estimulará os homens e mulheres de boa vontade em todas as partes, para que o ódio seja eliminado gradualmente e os seres humanos tratem de viver unidos em forma cooperativa. Isto demandará certo tempo, mas o impulso interno existe e está sujeito ao estímulo.

3 – A Vontade de Atuar guiará as pessoas inteligentes, em todo o mundo, para que iniciem aquelas atividades que ampliarão as bases para um mundo novo, melhor e mais feliz.

4 – A Vontade de Cooperar também aumentará constantemente. Os homens e mulheres desejarão e exigirão retas relações humanas, com um resultado mais geral que o produzido pela atividade dos primeiros três aspectos deste Raio, mas que será uma consequência natural desta atividade.

5 – A Vontade de Saber e pensar correta e criativamente serão a principal característica das massas. O conhecimento, meus irmãos, é o primeiro passo para a sabedoria.

6 – A Vontade de Persistir, um aspecto da devoção e do idealismo fixo, será uma característica humana, uma sublimação do instinto básico de autoconservação. Isto conduzirá à firme crença nos ideais apresentados pela Hierarquia e na demonstração da imortalidade.

7 – A Vontade de Organizar fomentará um processo construtivo que será construído sob a inspiração direta da Hierarquia. O meio será a força da Vontade para o Bem do Novo Grupo de Servidores do Mundo e a boa vontade com que responde a humanidade.” (Mensagem de Wesak, 1944)

DIA MUNDIAL DE INVOCAÇÃO

Desde 1952 a Lua Cheia de Gêmeos é celebrada como “Dia Mundial de Invocação”. A Grande Invocação, utilizada pela humanidade desde 1945, forma parte integral do trabalho dos Festivais e da preparação para o reaparecimento do Cristo:

A GRANDE INVOCAÇÃO

Do ponto de Luz na Mente de Deus
Flua luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus
Flua amor aos corações dos homens.
Que o Cristo volte à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens -
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz.
E que ele vede a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

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