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CONVERSAÇÕES ESOTÉRICAS


Capítulo IV

A MAGIA DO QUINTO REINO

O tema que constituirá a base da nossa conversação de hoje está diretamente relacionado com a aplicação correta da Magia, ou melhor, com a Magia Branca e refere-se muito concretamente à vida do Quinto Reino da Natureza, aquele que Cristo definiu como "o Reino dos Céus". Esta Vida Toda Abrangente do Quinto Reino, profundamente mística e esotérica, é constituída por todas aquelas gloriosas Entidades Espirituais, antigos membros de nossa Humanidade terrestre, que conseguiram ascender à glória da Liberação depois de terem consumado seu destino cármico como seres humanos aqui na Terra.

Contudo, antes de dirigir definitivamente nossa palestra para esse tema interessante, subjetivo e místico, devo fazer-lhes certas recomendações necessárias, as mesmas que o Grande Senhor Buda apregoava a todos os sinceros investigadores da Verdade: "...que não se deve acreditar nem aceitar qualquer ideia, palavra ou conselho pelo simples fato de ouvi-las da boca de alguém que consideramos como uma autoridade espiritual, que não se deve crer cegamente no que está escrito nos livros sagrados de não importa qual religião, filosofia ou credo porque nos tenha sido dito que foram escritos por homens sábios ou inspirações verbais da própria Divindade a algum Santo inspirado, nem aceitar as grandes fantasias dos artistas porque se afirme que foram inspirações dos Devas; tampouco deve-se acreditar nas tradições do passado baseando-se em sua antiguidade, nem nas mil hipóteses que nossa mente possa formular sobre algum determinado aspecto da Verdade, mas deve-se aceitar unicamente aquilo que nosso ser interno admita, sem reservas, como verdade e venha avalizado pela aquiescência do nosso coração de modo total, desapaixonado e livre”. Somente pondo essas recomendações em prática, com absoluta responsabilidade, é que poderemos abordar o tema do Quinto Reino da Natureza e dele extrair todos os significados que nos sejam possíveis, para logo podermos aplicá-los praticamente no transcorrer da nossa existência quotidiana.

Vamos iniciar a nossa palestra seguindo, como sempre, as necessárias regras da analogia, adaptando-nos às leis da evolução que regem todos os Reinos da Natureza e considerando a cada um deles como a manifestação gloriosa de um Arquétipo de Perfeição que a Divindade se propôs a realizar no curso incessante de Sua existência universal, ou seja, uma intenção sublime e indescritível de expressar, através das Formas cada vez mais harmoniosas e belas, as elevadas qualidades de Sua Alma e reconhecer, ao mesmo tempo, que o termo místico Senda, usado ao qualificar a linha de luz que vai do coração do homem ao Coração imortal da Divindade, pode ser aplicado a todas as almas viventes, seja qual for o Reino a que pertençam e sejam quais forem as espécies definidas dentro desse Reino onde realizam suas evoluções particulares. E preciso aceitar a ideia de Hierarquia Espiritual e Suas funções definidas dentro de cada Reino como um fato consubstancial com a vida mística da Natureza e como uma explicação racional e científica das leis imutáveis que regem a evolução total do Universo.

Portanto, o Quinto Reino, ou Reino das Almas Iluminadas, deve ser aceito como um fato natural, do mesmo modo que aceitamos, de acordo com a evolução das espécies, que existe uma progressão constante e ininterrupta na Vida da Natureza que se eleva do Reino mineral ao Reino vegetal e deste ao Reino Animal. Assim, a Humanidade, o Quarto Reino, encontra-se virtualmente no próprio centro da evolução planetária e parece ser lógico que tenha como missão preparar a consciência do Reino animal para que, um dia, possa obter consciência humana. E, como um supremo dever divino na vida da Natureza, a Humanidade tem diante de si, como meta suprema de todas as suas aspirações, elevar sua consciência ao Quinto Reino e converter-se em um cidadão do mesmo, ou seja, uma Alma Iluminada. Do ponto de vista espiritual ou do desenvolvimento da consciência, a Hierarquia Planetária, constituída por todos os Seres Espirituais que transcenderam a existência humana, é o Centro Ômega de todas as nossas mais elevadas e sublimes aspirações. Admitida essa ideia, cabe perguntarmos: qual é a missão dada a esse maravilhoso Reino Espiritual e a que razões de vida estranhas e insondáveis obedece?

Poderíamos dizer que o Quinto Reino é uma etapa mais avançada dentro das linhas universais da evolução e que a missão mais definida de seus cidadãos, de acordo com nossos estudos esotéricos, é preparar a humanidade para que possa introduzir-se na esfera imaculada de luz, amor e poder do Reino que representam. Para atingir esse objetivo e seguindo uma regra esotérica antiquíssima, chamada Iniciação, as unidades de vida humana, cujas consciências estão muito mais avançadas que as do resto da Humanidade e se ajustam a certos requisitos técnicos, éticos e espirituais, são progressivamente introduzidas no Reino das Almas Iluminadas e, com o tempo, chegam a se converter em Homens Perfeitos, Aqueles a Quem a tradição esotérica e mística denomina Adeptos ou Mestres de Compaixão e de Sabedoria. As oportunidades oferecidas e as perspectivas abertas para esse transcendente estado de evolução que se estende do humano ao divino são idênticas para todos os seres humanos. A conhecida frase bíblica "Muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos" somente dá comprovação da dureza das provas e das disciplinas a que aqueles que "ardentemente desejam alcançar o Reino dos Céus" deverão se ajustar. A Lei Divina expressa a Vontade de que todos os homens cheguem a ser perfeitos. No entanto a perfeição não pertence a Deus, mas ao homem, que é quem deve fazer o esforço necessário e submeter-se de corpo e alma, como se diz misticamente, ao exercício da Lei Infinita de Salvação.

Em nossa conversação de hoje, não nos referimos às exigências sociais a que todo ser humano deve ajustar-se e cujo perfeito cumprimento adota, em nossos estudos esotéricos, o termo místico de "discipulado". Desenvolveremos esse tema mais adiante, em uma palestra posterior, já que o interesse fundamental na de hoje é esclarecer até onde nos é possível, a ideia do Quinto Reino da Natureza ou da Hierarquia Espiritual do nosso mundo.

O Reino Espiritual

Entrando definitivamente no assunto, poderíamos perguntar: temos alguma ideia acerca do Reino Espiritual? E se temos, como encaramos Sua realidade mística? E, no caso de termos dúvidas de Sua existência, como poderíamos expor, racional e cientificamente, o problema da Evolução em relação a todos os Reinos da Natureza? Ou será que cremos, talvez, que a Vida Universal ou a da Natureza, na prodigalidade de suas espécies conhecidas e desconhecidas, se extingue na que culmina no Reino Humano? Para mim, a vida do Quinto Reino, ou Reino Espiritual, é algo mais que uma mera hipótese. Pelo contrário, eu a considero como uma Realidade viva e, até certo ponto, tangível, assim como a chave substancial da existência humana e o centro de resolução de todos os problemas e situações sociais conflitantes que a Humanidade está enfrentando. Não obstante, essa convicção serena, aceita e mantida por outros muitos milhares de seres humanos, remeto-os ao que foi dito no início desta conversação, ou seja, que não aceitem nada do que lhes é dito que não tenha a aquiescência plena e total de suas mentes e corações. Os pontos obscuros acerca da Hierarquia Espiritual ou Quinto Reino, como, por exemplo, Sua instauração no planeta, algumas de Suas funções específicas em relação aos demais Reinos da Natureza, a apresentação de certos Seres Excelsos dentro de Suas funções hierárquicas, cujas origens se perdem nas insondáveis profundezas cósmicas e surgem como centros de Vida Iluminada e Promotores Celestes de evoluções e civilizações perdidas nos indescritíveis vãos da história do nosso planeta, naturalmente devem ficar sujeitos ao exame impessoal nascido de uma dúvida realmente inteligente. No entanto, estou certo de que algum desses pontos ficará amplamente esclarecido, contanto que apliquemos corretamente o princípio hermético da analogia, exigido em toda investigação de caráter esotérico.

Partindo dessas premissas básicas vou submeter às suas consciências, o mais clara e sensivelmente que me seja possível, uma explicação do princípio de Hierarquia, que constitui uma das normas evolutivas dentro do grande complexo universal onde vivemos imersos. Fundamentalmente, trata-se de reconhecer esse princípio atuante no Quinto Reino, no sentido de "guia, direção e plano organizado" quanto à Humanidade e como uma consequência inevitável da lei de evolução, tal como aparentemente é realizada na totalidade do Sistema cósmico.

Hierarquia implica, logicamente, poder, guia, autoridade e reconhecimento da necessidade de uma ordem universal. No aspecto esotérico, implica, além disso, regeneração, redenção e serviço criador, quer dizer, tecnicamente Magia Organizada. Quando aplicamos essas qualidades à Nossa Hierarquia, levamos em conta "o imenso clamor invocativo" que se eleva dos Reinos inferiores exigindo redenção ou liberação e "ferindo os ouvidos do Senhor" e a resposta da Divindade na forma de Enviados Celestes, qualificando, assim, a Doutrina dos Avatares, dos Magos Supremos do Universo. Então é produzida uma enorme crise de valores substanciais dentro do conteúdo planetário e, por analogia, uma crescente expansão dos poderes espirituais latentes em cada um dos estratos ou níveis de consciência de onde parte o "clamor invocativo" e onde se desenvolvem e têm seu campo de expressão os três primeiros Reinos da Natureza.

A crise iniciática que centralizou o imenso clamor invocativo que se elevava dos estratos inferiores do Reino animal aconteceu no nosso planeta há uns dezenove milhões de anos, segundo os cômputos de tempo dados esotericamente, mas que, certamente, jamais poderemos comprovar. Contudo, suas consequências foram extraordinárias, já que, ao que parece, todas as energias da Natureza foram dinamicamente estimuladas e dirigidas para aspectos superiores de vibração e sensibilidade ocultos, até aquele momento, nas profundas e ignoradas pregas da vida dos Reinos, lá, onde nos é dito, opera-se a Grande Alquimia Mágica que produz Redenção.

A Resposta do Senhor

O clamor invocativo, ou Nota típica da evolução que vinha dos três primeiros Reinos, mineral, vegetal e animal, teve neste último um caráter extremamente decisivo, pois, usando novamente uma frase muito simbólica, "chegou a ferir agudamente os Ouvidos do Senhor" e Dele evocar uma resposta, também extremamente intensa, que modificou sensivelmente a Face da Terra. A resposta do Logos Solar foi a instauração da Hierarquia Espiritual no nosso planeta, ou seja, o Reino de Deus e ele Sua Justiça, desconhecido e não revelado até aquele momento, devido ao planeta, em sua totalidade, não ter ainda manifestado uma ânsia máxima de redenção. Vejamos algumas de suas particularidades e consequências positivas imediatas. Esotericamente, é-nos dito que o Logos Planetário do nosso Esquema Terrestre encarnou misticamente na Terra através Daquele indescritível e excelso Ser conhecido na literatura teosófica como Sanat Kumara, o Senhor do Mundo, Que assumiu a tarefa de conduzir a evolução planetária e o ritmo da vida espiritual "de forma pessoal e direta" – se é que podemos utilizar semelhante expressão, aparentemente tão limitadora. Também nos é dito, e apelo aqui ao sentido intuitivo que os senhores tenham conseguido desenvolver, que Sanat Kumara é um elevado Adepto vindo da Grande Loja Espiritual do planeta Vênus, que aceitou limitar os poderes inconcebíveis de Sua Consciência indescritível para adaptá-los à expressão etérica da Terra, a fim de dotar o Logos Planetário de um Corpo sutil ou Veículo de matéria radiante com o qual, e em virtude da extraordinária capacidade de Síntese que possuía, pudesse estabelecer contato consciente com Seu Corpo de expressão física, nosso planeta. Aqui, novamente os senhores podem ver refletida a eterna analogia do simbolismo do Cálice e do Verbo. Sanat Kumara, encarnando o triplo Som Universal A.U.M., oferece o Cálice de Seus Veículos radiantes ao Logos Planetário, Que é uma expressão espiritual do O.M. Solar, o Verbo de Revelação, do mesmo modo que o Mestre Jesus ofereceu Seu Corpo triplo purificado para que Cristo o habitasse. A personalidade humana, ou alma em encarnação, também oferece seu triplo veículo de manifestação, a mente, o corpo emocional e o corpo físico, para que ali possa morar o Eu Superior ou Alma Solar.

Como consequência da instauração da Hierarquia Espiritual na Terra, o ritmo ou capacidade vibratória dos elementos etéricos da Natureza foi acelerado, com suas consequentes repercussões no curso da evolução planetária como um todo. Por exemplo, o Reino mineral desenvolveu um poder até aquele momento adormecido em suas entranhas profundas e as linhas estruturais dos elementos químicos que constituíam a matéria daquele Reino sofreram modificações tão grandes que alguns deles tornaram-se "radioativos". O Reino vegetal também elevou seu grau de sintonia ou de sensibilidade e, como nos é dito esotericamente, "...a Terra floresceu ao longo do caminho dos Deuses”. O solo cobriu-se de uma cor verde desconhecida até aquele momento, já que somente existia nos níveis arquetípicos do Reino. Também apareceram flores de rara e desconhecida beleza e algumas unidades desse Reino vegetal adquiriram certa sensibilidade psíquica. No Reino animal, o impulso de vida da Hierarquia recém-constituída foi tão extraordinário e gerou uma potência expansiva tal que um grande número de homens-animais, ou animais de evolução semiconsciente, produtos selecionados do terceiro Reino, passaram por uma enorme crise iniciática e converteram-se em seres humanos, naqueles que, em sua totalidade e no transcorrer das eras, conheceremos como a Humanidade, o Quarto Reino da Natureza.

Ao chegar a esse ponto da nossa conversação, podemos dizer que já estamos profundamente introduzidos no tema da Hierarquia Planetária, uma vez que o Reino Humano veio à existência como resultado direto de Sua instauração aqui na Terra. O fenômeno da Individualização, o processo mágico ou alquímico pelo qual o homem-animal pode adquirir mente racional e vida autoconsciente é, na realidade, uma Iniciação, um Mistério sagrado revelado pelo divino Ser Criador do nosso planeta. O termo Iniciação, frequentemente aplicado em nossos estudos esotéricos, sempre implica luz, redenção e ascensão, tomada de consciência em outro nível, em outro Plano ou em outro Reino, aceleração do ritmo vibratório e participação consciente em certos Mistérios de ordem cósmica.

Desse ponto de vista, é lógico supor que o Reino das Almas Liberadas, ou Quinto Reino, é a meta imediata da evolução psicológica dos seres humanos, o nível de ascensão requerido para todas aquelas unidades de consciência da humanidade que alcançaram um certo grau de integração espiritual que lhes permita "serem admitidos", ainda que em caráter de prova, em alguma das Escolas de Mistérios da Hierarquia, para lá aprender as técnicas necessárias e os conhecimentos espirituais requeridos que lhes permitirão, em um futuro mais ou menos longínquo, alcançar a Iniciação em um ou outro desses Mistérios sagrados. Os esforços requeridos para a aproximação desses possíveis Centros Iniciáticos da Hierarquia estão claramente indicados no significado místico do termo Senda, sobre o qual todas as religiões do mundo estão tacitamente de acordo. Tecnicamente, poderíamos acrescentar que Senda é a linha ascensional de luz que parte do coração ou da mente dos seres humanos e tem seu ponto de confluência no centro coronário, ou "Lótus de Mil Pétalas", localizado na parte superior da cabeça. Em suas pesquisas, que uns partam de seus sentimentos místicos e outros sigam as linhas puramente mentais, o objetivo a ser alcançado será sempre o mesmo, a integração dos aspectos psicológicos conhecidos e um contato consciente com a parte superior ou espiritual desconhecida. O resultado final será de "fusão" com determinados níveis superiores do próprio Reino ou de contato com outro Reino superior.

Bem, na nossa conversação de hoje procuramos investigar as razões que, segundo tradições esotéricas da mais remota antiguidade, fundamentadas nas leis imutáveis da Magia Organizada da evolução, contribuem na identidade, expressão e características do Quinto Reino da Natureza. Assim, entramos no que misticamente chamamos "os Vestíbulos da Casa do Pai", os locais sagrados onde o Filho Pródigo, a alma humana, é introduzido nos Mistérios da própria Divindade e aprende as técnicas de aproximação e de contato com estes para adquirir, finalmente, a capacidade necessária de fusão ou de união que o converterá em um Iniciado, em um cidadão perfeitamente consciente do Quinto Reino da Natureza, ou seja, em um Membro qualificado da Hierarquia Espiritual Planetária.

Pergunta: O senhor poderia ser mais explícito ou concreto acerca dessa Hierarquia Planetária, ou o Quinto Reino da Natureza, dizendo, por exemplo, como é constituída e como funciona internamente?

Resposta: Essa pergunta é muito interessante e sua ampla temática será desenvolvida em uma próxima conversação. Mas posso adiantar-lhe, no momento, que a Loja Branca do nosso planeta, nome com que esotericamente a Hierarquia Planetária também é conhecida, é formada por uma Corporação de elevados Seres Espirituais agrupados num sistema de hierarquias em torno de Sanat Kumara, o Senhor do Mundo, a Quem já nos referimos durante nossa palestra. Essa Corporação de Almas Iluminadas é constituída por um sistema de níveis de evolução espiritual dos Membros dessa Fraternidade, que abrange desde o próprio Sanat Kumara ao mais humilde Iniciado, passando pelos grandes Budas esotéricos e exotéricos, pelos grandes Guias de Departamento, pelos poderosos Chohans de Raio, pelos Mestres de Compaixão e de Sabedoria, Guias imediatos da nossa evolução terrestre e por uma gradação infinita, ou hierarquia, de Anjos ou Devas, que também participam das tarefas executivas que implicam o processo evolutivo da Natureza.

Como funciona internamente essa Hierarquia? Funciona e aqui está o mais sagrado dos Mistérios, segundo os imperativos do Amor, da Verdade e da Justiça. Cada um de seus Membros cumpre uma parte determinada e específica dentro do Plano sabiamente estruturado pela Divindade Planetária e seu exercício abrange a totalidade evolutiva do planeta Terra, com seus Reinos, Raças, Espécies, Hierarquias dévicas e o número incalculável de criaturas que vivem nas dimensões sutis do Espaço e preenchem, com suas pequenas mas importantes vidas, as ideias criativas da Divindade, a partir do incrível universo dos elementos químicos e do complexo mundo dos átomos. Nossa conversação de hoje não nos permitiu que nos estendêssemos no assunto das Hierarquias e funções hierárquicas. Sem dúvida, futuramente voltaremos ao terna do Quinto Reino e enfocaremos nossas conversações na organização oculta da Hierarquia e no trabalho criador que os Seus Membros realizam, de acordo com Seus tipos de Raio e o grau de evolução alcançado na escala cósmica.

Pergunta: O senhor se referiu aos Chohans de Raio. Poderia nos dizer a que se refere, exatamente, quando fala dos mesmos? Quem são os Chohans? Que são Raios?

Resposta: O tema dos Sete Raios, que logicamente deverá abranger a ideia dos Chohans de Raio, é muito extenso e está previsto para uma série de conversações posteriores. Contudo, e tornando o mais concreto possível, lhe direi que os Sete Raios são uma corrente de energias que partem do Coração Místico da Divindade Solar e se projetam no Universo, criando todo seu conteúdo mental, emocional e físico, todas as situações psicológicas, todas as oportunidades cíclicas e o impulso total da evolução. Quanto aos Chohans de Raio, devo dizer-lhe, de acordo com a sabedoria esotérica, que são os Guias responsáveis pela expressão desses Raios na evolução espiritual do planeta e que cada um Deles está situado em uma ou outra dessas poderosas energias dos Raios e relacionado intimamente com algum dos Sete Logos Planetários, Senhores dos Sete Planetas Sagrados, sendo esses planetas os Corpos de expressão dos Raios. Não posso ser mais explícito, no momento. O que foi dito é apenas um pequeno fragmento do imenso campo de estudo dos Raios, ao qual dedicaremos nossa atenção brevemente.

Pergunta: As funções psicológicas da Hierarquia Planetária têm relação com a ideia de Magia Branca a que o senhor se referiu em palestras anteriores?

Resposta: Evidentemente têm, e total, já que essas funções estão relacionadas com a expansão correta da energia dos Raios da Divindade Solar destinada ao nosso planeta, com a missão definida de criar formas para que as almas em qualquer Plano, Reino ou Dimensão da Natureza possam se expressar. Como dissemos em outro ponto da nossa conversação, dentro da Hierarquia existem uns Mestres com a missão de atender à Evolução do Reino mineral, outros, do Reino vegetal e outros, do Reino animal. O Reino humano também tem seus Guias Hierárquicos, cuja missão é enobrecer a consciência dos homens constantemente e levá-los, progressivamente, àquela Senda mística e espiritual que vai da "obscuridade à Luz, do irreal ao Real e da morte à Imortalidade". Essas são algumas das funções psicológicas, se podemos dizer assim, das Hierarquias Planetárias.

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