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OS MISTÉRIOS DE SHAMBALLA


Capítulo XIV

O MISTÉRIO DA LINGUAGEM HUMANA

A linguagem humana e o modo como foi estruturada através dos tempos é um dos grandes Mistérios de SHAMBALLA a que talvez os investigadores do mundo oculto não tenham prestado a devida atenção. Esse Mistério, assim como todos que surgem do Centro Místico de SHAMBALLA, obedece a razões cósmicas. Trata-se basicamente da aplicação inteligente do princípio de vibração, tal como afeta o reino humano, através de uma multiplicidade de sons habilmente dispostos para produzir um vínculo de união e comunicação social e humana.

De acordo com o ensinamento esotérico, no sistema de criação foram utilizados três Sons principais:

1. O Som Essencial da Criação. É chamado esotericamente "a Palavra de SHIVA". Está intimamente vinculado ao Fogo Elétrico da Divindade. É o Som Secreto com o qual, e em uma entonação desconhecida, o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, pode estabelecer contato com o Logos Planetário. Em uma oitava superior e em uma frequência vibratória inexplicável, é o Som que os Logos dos diversos esquemas planetários pronunciam para estabelecer uma sintonia vibratória com o Logos do sistema solar.

2. O Som OM, denominado ocultamente o "Som Duplo". É a "Voz de VISHNU". Está especialmente ligado com o Fogo Solar da Divindade. É o Som através do qual o Amor de Deus pode introduzir-se no coração dos seres humanos. Em termos esotéricos, também é chamado "o Som da Ressurreição" ou a Voz da Alma de todas as coisas. Através de sua pronúncia correta, o discípulo espiritual pode estabelecer contato consciente com seu Anjo Solar no Plano Causal e, mais adiante, com seu Mestre na Senda Iniciática. Trata-se de um som dual que tanto participa das vibrações da matéria como das extraordinariamente sutis do espírito, produzindo, através da interação de ambas, aquele misterioso fenômeno que chamamos CONSCIÊNCIA, quer se trate da insignificante consciência de um átomo ou da consciência do mais esplêndido Logos Cósmico. Seria óbvio dizer que o OM, como Som Dual da Criação, é subdividido em uma gama infinita de tons e semitons de acordo com o grau de evolução de cada tipo de consciência na vida expressiva da Natureza. Esta infinita multiplicidade de sons que se originam do OM produz aquilo que chamamos misticamente "Lei ou Princípio de Hierarquia", que mantém todo o ser e toda coisa criada nos limites expansivos de sua própria manifestação de consciência. Realmente é a Escada de Jacó em que cada alma, segundo sua própria evolução, ocupa o degrau que lhe corresponde.

3. O Som Triplo AUM. É a "Voz ou Palavra de BRAHMA", o som do Terceiro Aspecto da Divindade, que constitui a Atividade Criadora e Inteligente do Logos, seja de um sistema ou de um esquema planetário. Foi o fator predominante no primeiro sistema solar e o elemento coordenador que, em contato com os Anjos Solares, produziu a mente humana em seu devido tempo. Mediante o som triplo de BRAHMA, que abrange os três planos inferiores do sistema, os três primeiros reinos da Natureza, os três mundos de esforço humano e os três corpos periódicos do homem, físico, astral e mental, é produzido o mistério da integração solar na vida da Entidade Planetária que rege o esquema da Terra e, consequentemente, o da criação das bases em que se assenta a sociedade humana, o objetivo primordial do Logos Planetário nesta Quarta Ronda.

Essa breve definição dos três grandes Sons da Natureza poderia nos explicar parte do Mistério de SHAMBALLA com relação à estruturação da linguagem humana, pois nos elevando em consciência à origem do Quarto Reino, o Reino Humano, e utilizando, como sempre, o princípio da analogia, é possível considerarmos os três principais Agentes promotores dos Sons Universais no nosso planeta:

1. O LOGOS PLANETÁRIOdo esquema terrestre, que é o supremo Guardião do Som Básico do planeta Terra, descrito tecnicamente como "a Palavra de SHIVA" ou Mantra Original;

2. SANAT KUMARA, o Senhor de SHAMBALLA, é o augusto expoente do Som Duplo OM, "a Palavra de VISHNU", em nosso planeta;

3. OS TRÊS GRANDES KUMARAS, Discípulos de SANAT KUMARA, descritos esotericamente como BUDAS de ATIVIDADE, são os representantes planetários do Som Triplo AUM, ou "a Palavra de BRAHMA".

Quando os SENHORES DA CHAMA (SANAT KUMARA, Seus três Discípulos, os BUDAS de ATIVIDADE e outras fulgurantes Entidades venusianas) chegaram à Terra, havia três Grandes Reinos em evolução no planeta: o mineral, o vegetal e o animal. Naquelas remotas eras planetárias, não existia o Reino Humano como tal. Havia somente, como uma esperança de Reino, uma entidade descrita ocultamente como "homem-animal" que tinha se "individualizado" na Cadeia Lunar do nosso esquema, mas cuja mente, salvo raríssimas exceções, era ainda incapaz de pensar adequadamente como atualmente nós o fazemos. No entanto, tinha chegado a um ponto em que o germe mental depositado em seu cérebro havia se tornado poderosamente invocativo e seus confusos, ainda que fortes, anseios vibratórios haviam logrado "ferir os delicados e sensíveis ouvidos da Divindade Planetária", tal como pode ser lido em certas passagens do Livro dos Iniciados. Como vimos oportunamente, também havia então no planeta quatro espécies superiores do reino animal que tinham alcançado um elevado grau de desenvolvimento e cuja semente mental, apesar de rudimentar, era capaz de emitir certos sons de caráter invocativo que também puderam "se fazer audíveis" aos sagrados ouvidos da Divindade Planetária. Essa conjuntura fortaleceu a extremos incríveis o som invocativo que se elevava dos homens-animais e determinou aquela Grande Decisão Planetária que culminou com a criação do reino humano. Segundo nos é dito ocultamente, estas foram as quatro espécies de animais:

a. os paquidermes (somente um grupo selecionado de elefantes);

b. os caninos (certas espécies de cães, entre eles o chamado São Bernardo, por seu sentido social desenvolvido);

c. os quadrúpedes (somente os cavalos);

d. os felinos (determinadas espécies de gatos).

Se esses quatro poderosos grupos ou espécies animais tivessem chegado à Individualização de forma natural, seguindo a linha de progressão ou desenvolvimento dentro de suas respectivas Almas-grupo, assim como foi feito na Terceira Cadeia lunar, teriam do mesmo modo alcançado o Reino Humano pelo estímulo das próprias Leis da Evolução, mas esse processo teria exigido um período temporal de muitos milhões de anos... No entanto, a presença do potentíssimo clamor invocativo dos homens animais no planeta, cujas almas incipientes clamavam por "mais luz" somado ao que vinha das quatro espécies superiores de animais, motivou um tremendo desdobramento de Forças Cósmicas que culminou com aquela misteriosa Iniciação Planetária, recebida no Corpo Mental de SANAT KUMARA, que conhecemos ocultamente sob o nome de INDIVIDUALIZAÇÃO. O resultado dessa Iniciação foi o nascimento do Quarto Reino, o Reino Humano, como um novo conjunto molecular na Ordem Cósmica que deveria constituir, desde o seu nascimento, o Centro Vivo da evolução planetária. Devem ser observados os seguintes fatores esotéricos nesse Mistério Iniciático de INDIVIDUALIZAÇÃO:

a. a Decisão do Logos Planetário do esquema terrestre;

b. a Vinda à Terra dos SENHORES DA CHAMA, procedentes da Cadeia venusiana do esquema terrestre;

c. a INVOCAÇÃO conjunta dos homens-animais e das quatro espécies anteriormente mencionadas, que surgiam triunfantes do Terceiro Reino da Natureza;

d. a ENTRADA dos Anjos Solares, ocultamente descritos como "os Filhos da Mente", na aura da Terra.

Na investigação dos Mistérios de SHAMBALLA, deve-se ter em mente que qualquer clamor ou chamado invocativo suscitado pelas próprias necessidades da evolução, não importa que reino ou espécie o emita, sempre chega ao seu destino, a Consciência da Divindade, e determina uma resposta Sua que estará subordinada àquelas necessidades. A Lei esotericamente descrita como da NECESSIDADE, que abrange todo o quadro da evolução, seja cósmica, universal ou humana, é descrita sempre de acordo com os grandes axiomas crísticos de "BATE E TE ABRIR-SE-TE-Á, PEDE E TE SERÁ DADO." Dessas profundas sentenças ocultas, deriva aquilo que à humanidade avançada respeita, as técnicas meditativas de todo tipo, os sistemas de Ioga, as atividades místicas de oração ou prece e, em geral, todas as aspirações espirituais dos seres humanos.

Como citamos anteriormente, o desdobramento de forças cósmicas com destino ao nosso planeta originou uma elevação de todos os reinos, uma vez que cada um dos SENHORES DA CHAMA havia introduzido certo tipo especial de energia de procedência venusiana em cada um dos reinos da Natureza. Vejamos suas expressões:

1. um dos Grandes KUMARAS canalizou Suas energias para o reino animal, causando no mesmo imensas transmutações químicas. Foi a exaltação no planeta da nota M do Som Triplo AUM;

2. outro esplendente Senhor KUMARA precipitou Suas energias no reino vegetal, determinando um considerável aumento da sensibilidade na vida desse reino. Foi uma expressão da nota U do triplo AUM, ou talvez fosse melhor dizer que o reino vegetal foi capaz, desde aquele momento, de assimilar e de emitir as duas notas UM do Som triplo de BRAHMA;

3. o Terceiro Grande KUMARA uniu Sua potentíssima aura com a do elevado Deva Regente do reino animal e provocou o estimulo desse reino a um tal ponto que nele desenvolveu o supremo clamor invocativo que culminaria na Iniciação Planetária da INDIVIDUALIZAÇÃO. Representou a sintetização planetária do som triplo AUM. As três notas desse Som foram claramente audíveis, e puderam ser utilizadas pelos Devas Construtores.

4. SANAT KUMARA o maior dos Senhores da Chama, acolheu o chamado invocativo dos homens-animais e das espécies animais, cujas necessidades evolutivas tinham conseguido converter-se em um clamor invocativo e, segundo reza a tradição esotérica, o elevou ao Altíssimo, ao Logos Planetário do esquema terrestre, produzindo-se, a partir daquele momento e em concordância com o principio de vibração, aquela extraordinária e inconcebível liberação de Força Cósmica que trouxe consigo o aparecimento, nos níveis causais do planeta, dos Anjos solares, os Filhos da Mente procedentes dos inconcebíveis níveis de vida espiritual ocultamente descritos como "a MENTE DE DEUS".

Sintetizando essas ideias, apresentamos agora uma analogia em relação aos sons que deveria ser cuidadosamente analisada e ponderada.

SONS PLANETÁRIOS

A Pronunciado sobre o Reino Animal por um dos Senhores da Chama.

U Pronunciado sobre o Reino Vegetal por um Senhor da Chama.

M Pronunciado sobre o Reino Mineral por outro Senhor da Chama.

OM Pronunciado sobre o Reino Humano por SANAT KUMARA, o maior dos Senhores da Chama.

SOM ORIGINAL

Pronunciado sobre todos os Reinos do esquema terrestre pelo Logos Planetário.

Buscando, como sempre, as analogias necessárias, em relação à estruturação da linguagem humana, poderíamos dizer que a nota A tem a ver com a composição da linguagem como meio de expressão humana e sistema máximo de comunicação, que a nota U qualifica o que poderíamos denominar sons articulados e que a nota M, a mais baixa na escala de sons de BRAHMA, rege a primeira etapa na estruturação da linguagem humana, em que o homem só é capaz de emitirsons guturais.

A etapa em que predomina a nota dupla OM no Quarto Reino caracteriza-se pela particularização da linguagem, que define a originalidade ou particularidade mais profunda nos homens e nas nações.

Finalmente, naquela etapa venturosa em que existir uma perfeita integração espiritual humana na Terra e os homens reconhecerem-se como irmãos, surgirá do selo místico da humanidade a nota triunfal que sintetizará todas as notas e sons dentro do Quarto Reino e revelará aquilo pelo que têm lutado os melhores pensadores e humanistas da Raça ao longo do tempo: a Linguagem Universal, que há de varrer todas as fronteiras estabelecidas pelos homens e nações e assentará as bases da verdadeira Fraternidade de Relações Planetárias.

Vamos agora considerar mais detalhadamente esta ascensão progressiva do Reino Humano na escala de sons da Natureza, que, em seu devido tempo, produzirá a estruturação correta da linguagem humana.

M. OS SONS GUTURAIS

Os sons guturais correspondem, logicamente, às primeiras etapas da evolução humana, em que o homem-animal individualizado na Cadeia Lunar e as espécies animais individualizadas naquela Cadeia Planetária, constituintes das primeiras sub-raças da Raça LEMURIANA, ainda não haviam alcançado o grau suficiente de integração mental. Vendo-os através da luz astral, onde refletem-se as memórias akásicas do Logos Planetário, aparecem dotados de um corpo muito parecido ao do homem atual, ainda que rude, tosco e lanoso. Caminham encurvados, seu porte é gigantesco e sua força realmente hercúlea. Estão capacitados pela sábia Natureza a lutar por sua própria sobrevivência contra um meio singularmente hostil que os condiciona e oprime e os obriga a refugiarem-se nas profundas grutas de pedra para protegerem-se da fúria dos elementos e do perigo constante de se defrontarem com os descomunais e gigantescos animais que haviam se assenhoreado da superfície da Terra. Possuem um instinto de conservação altamente desenvolvido e preveem o perigo para a sua integridade física, apesar de que ainda lhes é impossível avaliar completamente o alcance do mesmo. É exatamente este extraordinário desenvolvimento do instinto, esotericamente descrito como "a antessala do juízo", que suscitará no homem lemuriano aquele acontecimento misterioso, desde sempre determinado pelos Arquétipos Universais desenvolvidos pelo Logos Planetário, devido ao qual a sede do instinto é transferida do plexo solar para um ponto específico do cérebro incipiente do homem-animal, determinando os resultados seguintes:

1. que o homem-animal deixe de andar encurvado e progressivamente vá adotando uma posição ereta, perpendicular à horizontalidade do solo;

2. que, em razão disso, desenvolva-se uma quarta pétala na base da coluna vertebral, dando origem ao centro MULADHARA e determinando a ascensão mística do Fogo de Kundalini, "enrolado como uma serpente", como o explica a tradição esotérica, ao redor da Árvore da Ciência do Bem e do Mal, ou seja, o canal etérico do SUSHUMA dentro da coluna vertebral;

3. que seja estabelecida uma linha extremamente sutil de comunicação entre o Centro MULADHARA, o Centro do Plexo Solar e o Centro Laríngeo ou, como é definido ocultamente, o Centro do Verbo. O resultado da comunicação ígnea entre esses três Centros dentro do veículo etérico da entidade semi-humana que se propõe a ser autoconsciente determina a era dos sons guturais humanos, toscos, desafinados e dissonantes, mas que, por suas características peculiares, distinguem-se completamente dos sons emitidos pelas demais espécies do Reino Animal que povoam a superfície da Terra já que, como um milagre celeste trazido pelos grandes Devas Promotores de todos os Sons da Natureza, o ser humano começa, tecnicamente falando, a "silabar", a pronunciar e a propiciar aquilo que, em longínquas etapas posteriores, será a voz do homem, o elemento básico de comunicação das grandes comunidades sociais do futuro e o veículo de enaltecimento da consciência no Quarto Reino da Natureza.

U. OS SONS ARTICULADOS

No estágio seguinte, o homem começa a pensar, a estabelecer comparações entre as coisas e a recordar os acontecimentos. A memória instintiva vai deixando lugar à recordação inteligente. O progressivo desenvolvimento do centro da garganta permite ao homem que vá lentamente emergindo da etapa puramente animal, que "articule sons" e que designe com sons específicos os objetos com que entra em contato... É precisamente nesse ponto que realmente se inicia a estruturação da linguagem humana. A relação da mente com os objetos e a capacidade de recordar conscientemente dos sons a eles designados determina o principio de coordenação mental, que, ao mesmo tempo, é o fator que propicia a articulação dos sons, a base mística da linguagem dos homens da Terra. Lentamente, como vínculos da articulação, vão surgindo as vogais. A voz deixa de ser rouca e gutural e adquire um certo tom de musicalidade. Essa circunstância propicia a abertura daquela etapa superior que temos definido como de organização da linguagem.

A. A CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM

Nesse terceiro estágio dentro da escala de sons da Natureza, que é de organização e construção da linguagem humana, já está criado o que tecnicamente poderíamos definir como a estruturação inteligente da linguagem, que vai sendo lenta, mas metodicamente organizada de acordo com todos os sons - simbolizando coisas, ideias e estados de consciência - que foram se somando na mente da consciência coletiva da humanidade para criar as diferentes comunidades sociais da Terra. A relação dos homens entre si e seus vínculos de comunicação agora são completos. Encerrou-se um ciclo na era das relações humanas. A linguagem organizada abriu um outro processo fundamentado no principio de consciência social. O homem começa a reconhecer seu ambiente social e a responder à lei humana da convivência... A etapa que seguirá agora é a da coordenação inteligente da linguagem específica que corresponde a cada comunidade social ou coletividade humana.

OM. A PARTICULARIZAÇÃO DA LINGUAGEM

A próxima etapa caracteriza-se pelo que tecnicamente poderíamos denominar "singularização da linguagem". As articulações corretas, a fonética e os sons unificam-se em torno das qualidades sociais afins desenvolvidas pelos povos, chegando a constituir parte inseparável das mesmas. Cada região ou zona planetária então define-se de acordo com "sons dévicos" e esses sons, sintetizados em torno de qualidades psicológicas definidas, convertem-se paulatinamente na linguagem ou idioma particular das nações. Linguagens comuns ou idiomas semelhantes em relação aos sons indicarão sempre, com raras exceções, qualidades similares ou traços típicos parecidos ou comuns de idiossincrasia popular. As línguas características das nações frequentemente indicam esses traços típicos de caráter psicológico que, por sua vez, vêm fortemente impregnados de substância dévica.

Depois vem aquela etapa que poderíamos definir como de "perfeição da linguagem", que surge como consequência do enaltecimento das qualidades psicológicas dos cidadãos de um país e de um alto grau de civilização, cultura e consciência social.

O SOM ESSENCIAL
A LINGUAGEM UNIVERSAL

Assim, finalmente chegamos àquela transcendente e maravilhosa etapa relativa aos sons humanos em que, de acordo com a evolução mística do Quarto Reino, todas as línguas da Terra são sintetizadas em uma SÓ. Os esforços realizados até este momento por certos dignos pensadores na busca de uma linguagem comum que servisse de vínculo de comunicação entre todos os homens da Terra, tais como o ESPERANTO e o LIDO, foram realmente louváveis e inicialmente partiram de instruções vindas da Hierarquia Espiritual do planeta. Mas a linguagem universal determinada pela Divindade como uma eclosão das faculdades superiores dos seres humanos será baseada fundamentalmente em Sons Mágicos extraídos do Mundo Dévico, cuja pronúncia determinará a aproximação dos homens ao Reino Celestial e ao Mundo dos Anjos e preencherá de paz e harmonia os ambientes sociais do mundo.

Quando essa verdade chegar a ser compreendida corretamente e for atribuída aos sons humanos a devida importância como elemento de comunicação com o Mundo dos Devas, terá início dentro do coração humano um extraordinário despertar espiritual que levará a uma etapa peculiar de purificação dos sons. Isso permitirá ao homem estabelecer contato com os Devas Superiores, habitantes da Esfera Búdica do planeta, que são os artífices criadores da linguagem universal ou arquetípica. Esses Devas dotarão a linguagem humana de musicalidade apropriada para que cada um de seus sons seja um elemento de contato com as forças vivas da Natureza e exista uma compenetração perfeita entre ambos os Reinos, o Dévico e o Humano.

Vemos, assim, que a perfeita arquitetura da linguagem vai sendo produzida à medida que os seres humanos, não importa de que país, raça ou condição social procedam, sejam capazes de emitir sons ou palavras que determinem o rompimento dos éteres e permitam a comunicação com esses elevados Devas da Linguagem, e que esses sons causem certas cores específicas nos éteres, tanto mais bonitas e brilhantes quanto mais bonita e musical for a qualidade das notas pronunciadas. Irá sendo compreendida com o tempo a íntima relação entre cores e sons e que um é o resultado do outro, assim como, em volta deste vínculo necessário, irão sendo formadas as pedras angulares do grande edifício da futura linguagem, cuja beleza, sutileza e musicalidade estão muito além e acima da nossa atual compreensão.

O instinto musical que, devido à aproximação dévica, está despertando em muitos seres humanos nos momentos atuais é parte integrante deste processo de estruturação da linguagem universal. Uma grande quantidade de egos humanos que reencarnaram nos três últimos quinquênios trazem em seu interior, como herança preciosa da evolução do som, esse instinto musical que os liga, sem que disso se deem conta, com o Mundo Dévico. Em termos ashrâmicos esses egos são chamados "pedras musicais" e devem formar a base da linguagem do futuro. Por menos que se analise essa ideia, observar-se-á que a evolução, no que se refere à fonética da língua, tende para a musicalidade, e que a união fraternal entre os seres humanos e os Devas deverá realizar-se através da música como sistema de aproximação e contato.

Temos a antítese deste atual esforço da Hierarquia de aproximar homens e Anjos através do desenvolvimento do instinto musical e da purificação dos sons que compõem a linguagem humana na proliferação de sons discordantes que se elevam de certos ambientes sociais do mundo através da chamada "música moderna", algumas com expressões que, segundo a observação dos Responsáveis do Plano Planetário de Perfeição, tendem à regressão no tempo, revitalizando ritmos e sons pertencentes às primeiras sub-raças da Raça Lemuriana.

Segundo o que nos é dito ocultamente, essa regressão musical e a proliferação de "ruídos" a que indecorosamente dão o nome de música são um efeito kármico ou um sentimento de autodefesa da raça negra atual, os últimos expoentes das sub-raças mais elevadas da Raça Lemuriana, contra a Raça Branca. Segundo dados rigorosamente esotéricos extraídos dos ensinamentos ashrâmicos, essa reação antimusical, como poderíamos defini-la, proveio inicialmente da terrível situação kármica engendrada no planeta por indivíduos e nações que criaram a espantosa escravidão dos negros africanos e que ainda atualmente estão praticando o desagregador e anti-humano "apartheid", essa horrível segregação racial da Raça Branca contra a Raça Negra. As inevitáveis consequências dessas atitudes, medidas em termos de karma, não podem ser outras que o ódio e a separatividade. Com o tempo, todos que praticaram ou ainda praticam esse tipo de segregação racial deverão prestar contas de suas atitudes antifraternais ante a Lei de Deus.

Sendo assim, como esotericamente a Lei vai se cumprindo, os chamados "ruídos antimusicais" estão criando uma atmosfera muito tensa e carregada na aura etérica do planeta, circunstancialmente afastando da humanidade, ao menos desses centros antimusicais, os Devas Astrais que poderiam introduzir sentimento criador e harmonia nos ambientes sociais da Terra. Para os discípulos dotados de clarividência, os efeitos dos "ruídos antimusicais" na atmosfera e nos éteres planetários são realmente nocivos e deprimentes, constituindo EGRÉGORAS obscuras que se emaranham sobre os seres humanos, especialmente sobre a juventude atual, cujos corpos astrais se veem sujeitos a uma tensão extraordinária que, com o tempo, pode produzir graves lesões psicofísicas. Portanto, como efeito da sábia previsão hierárquica, a existência no mundo de "pedras musicais" que lentamente vão emergindo para a encarnação e as que já existem fazem parte da grande intenção criadora de construir a linguagem ideal da humanidade, a Sagrada Promessa de uma integração total de sons humanos dentro do Propósito Divino.

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