A Vida Espiritual na Nova Era

Um ponto Eu gostaria de vos trazer à atenção, o de que os dois grandes grupos de agentes divinos - a Grande Fraternidade Branca e a Loja das Forças Materialistas - estão ambos procurando desviar estas energias para canais que favorecerão os fins para os quais trabalham e para os quais foram formados e existem. Por esta razão, peço-vos lembrardes de que por trás de todos acontecimentos exteriores estão estes dois agentes dirigentes. Tendes, como consequência:

1 - Dois grupos de Mentes avançadas, ambos igualmente iluminados pela luz do intelecto, e formulando claramente seus objetivos, mas diferindo em sua direção e sua ênfase. Um grupo, sob o plano divino, trabalha inteiramente com o aspecto forma, e neste grupo a luz do amor e do altruísmo está ausente. O outro grupo está trabalhando inteiramente com a alma, ou o aspecto consciência, e neste grupo a doutrina do coração e a lei do amor controlam.

Em relação a isto, os dois grupos estão, portanto, trabalhando em oposição no plano mental.

2 - Os planos que corporificam estes dois diferenciados ideais e objetivos são a seguir trazidos ao plano astral e, dessa maneira, ao mundo do desejo. As linhas de demarcação permanecem sempre inteiramente claras no que concerne aos trabalhadores desses dois grupos, mas não tão claramente no que diz respeito aos seres humanos comuns e discípulos e iniciados mundiais. Há muito caos no plano de desejo, e o Arjuna mundial de hoje acha-se confuso entre as duas forças ou campos em oposição, reconhecendo seu relacionamento tanto com a forma quanto com a alma e, ao mesmo tempo, conjecturando onde se encontra seu dever. Seu ponto na evolução determina seu problema.

Assim, os dois grupos estão trabalhando em oposição no plano do desejo.

3 - A materialização dos planos destes dois grupos de mentes iluminadas prossegue firmemente, sob as leis diferenciadas do seu ser - as leis da vida na forma e as leis do viver espiritual. Neste estágio inicial, e enquanto a batalha esteja sendo travada no campo do desejo (pois é aí onde o conflito principal está sendo empreendido, e tudo que está acontecendo no plano físico é apenas o reflexo de um conflito interior) as forças destes dois grupos, trabalhando com as energias do sexto e do sétimo raios, provocaram no campo do viver físico, um estado de completo cataclismo. A situação econômica e os ódios religiosos são os dois maiores instrumentos. Este é um assunto sobre o qual faríeis bem ponderar.

Consequentemente, tendes dois grupos, dois objetivos, duas grandes ideias sistematizadas, duas correntes de energia ativa e dois raios predominantemente em conflito, produzindo assim as diferentes ideologias. O resultado deste dualismo é o caos externo, a diferenciação dos ideais dos dois grupos nos muitos experimentos humanos e o agrupamento resultante, de toda a família humana, sob muitas bandeiras, que dão testemunho dos vários pontos de vista nos muitos campos do pensamento - político, religioso, econômico, social, educacional e filosófico. O resultado de todo este conflito é, deveria dizer-vos, definitivamente bom, e mostra a firme conquista da Grande Loja Branca. A consciência humana expandiu-se decisivamente e a totalidade do mundo dos homens está, atualmente, pensando. Este é um fenômeno totalmente novo e uma nova experiência na vida da alma humana. O primeiro resultado de todo esse tumulto foi deslocar o foco da atenção humana para o plano mental e, desse modo, para mais perto das fontes de luz e amor.

É justamente aqui, e em conexão com esta significativa mudança de focalização, que os discípulos mundiais podem assumir responsabilidades e prosseguir em trabalho ativo. Quando falo aqui de discípulos, estou usando o termo em relação com todos os que aspiram à verdadeira humanidade, à fraternidade, e à expressão viva dos valores superiores e espirituais. Não o estou usando explicitamente no sentido técnico, que envolve uma reconhecida relação com a Hierarquia através dos graus de probacionário ou do discipulado aceito, apesar de implícitos no meu pensamento. Refiro-me a todos os aspirantes e a todos que têm algum sentido de valores verdadeiro e o anseio de satisfazer às necessidades mundiais.

Para se entender um pouco o problema envolvido e os diferentes modos de trabalho que caracterizam aqueles que trabalharam no passado sob a influência do sexto raio e aqueles que estão aprendendo a trabalhar sob a influência do sétimo raio entrante, seria útil se comparássemos, resumidamente, os dois sistemas de atividade. Peço-vos lembrardes que ambos os sistemas e modos de trabalho são igualmente corretos no seu tempo e lugar, mas que o discípulo moderno deveria estar-se descartando dos velhos métodos e aprendendo a empregar firmemente os novos e mais modernos e eficazes modos de trabalho. Isto ele deve aprender a fazer de maneira otimista e com convicção, sabendo que os benefícios e a experiência ganhos sob o sistema de disciplina do sexto raio são ainda seu bem mais precioso porque foram transmutados de método e modo em características e hábitos estabelecidos. São as novas maneiras de trabalhar e as novas forças e objetivos que o discípulo da era atual tem que dominar; ele deve fazê-la confiando nas lições aprendidas no passado e precisa fundamentar sua nova estrutura da verdade nos alicerces e nas orientações equilibradas, que devem ser agora estabelecidas.

O primeiro passo para o aspirante sincero é, neste ponto, parar por um momento para inquirir e descobrir se ele está trabalhando primordialmente sob o impulso do sexto raio ou sob a influência do sétimo raio. Uso deliberadamente estas palavras "impulso e influência" porque descrevem o efeito geral das duas energias atuantes. Em uma coisa podem confiar todos os discípulos e aspirantes, e é o efeito fundamental e duradouro de todas as potências do sexto raio que foram estabelecidas durante os últimos dois mil anos. Estas devem ser levadas em conta, equilibradas e compreendidas, e a influência mais nova precisa ser estudada, os métodos mais novos investigados e dominados, e as novas ideias e idealismos deverão ser trazidos à objetividade e desse modo expressados de uma nova maneira. Só assim a nova civilização e cultura poderão ser sábia e racionalmente produzidas e as fundações para o desenvolvimento da família humana colocadas ao longo de linhas corretas durante a era vindoura. Será útil, portanto, comparar os velhos e os novos caminhos de disciplina e de treinamento, de atributo e de qualidade, de método e de objetivos.

Tomemos primeiramente os métodos de atividade do sexto raio e em primeiro lugar suas características principais. São, para nós, as mais familiares e podem ser rapidamente consideradas, possibilitando-nos passar às novas maneiras de demonstrar e descobrir a sabedoria antiga, e à compreensão dos recentes modos de trabalhar, que darão nova vitalidade ao trabalho da Hierarquia no plano físico.

A característica marcante do discípulo e do aspirante sob o regime anterior era a devoção. A raça tinha que, necessariamente, alcançar uma orientação correta e diferente do mundo dos valores espirituais, e daí ter sido o esforço da Hierarquia, durante os últimos vinte séculos, pôr ênfase no reino dos valores religiosos. As religiões mundiais mantiveram-se no centro do palco por vários milhares de anos num esforço em fazer a humanidade buscar unicamente a alma e assim se preparar para o surgimento do quinto reino da natureza. Isto está programado (se posso usar tal palavra especializada) para vir à manifestação durante a iminente era Aquariana; esta era será predominantemente a época do discipulado mundial, levando mais tarde à era da iniciação universal nos tempos capricornianos. Por isso as grandes religiões mundiais mantiveram a influência autoritária por tempo muito longo; suas doutrinas peculiares, adaptadas à nação, raça ou época específicas, corporificaram alguma verdade por meio de algum orientador particular que atraiu a si indivíduos espiritualmente direcionados pelo mundo inteiro, porque expressou para eles a meta mais alta em direção à qual poderiam, possivelmente, aspirar. Todas as religiões mundiais foram construídas ao redor de uma Ideia corporificada, que, em Sua Própria Pessoa, expressou o ideal imediato do tempo e da era. Ele demonstrou certos atributos e conceitos divinos, necessários para apresentar à visão dos filhos dos homens como sua meta imediata e possível. Nestas manifestações - como destaquei anteriormente - a influência do sexto raio pode ser vista facilmente. Quando, entretanto, uma influência individual do sexto raio puder ser observada numa era onde o sexto raio esteja ativo, então o motivo para a potência da ideia religiosa, como expressa no dogma, na doutrina e na autoridade universal das Igrejas, poderá ser visto.

Esta orientação do homem para o mundo de valores superiores foi o objetivo da era pisciana, que está agora terminando, e da influência do sexto raio que, bem rapidamente, está-se extinguindo. Embora esta orientação nunca tenha deixado de avançar firmemente, é de valia lembrar que durante os últimos dois mil anos um processo de orientação muito mais alto, mais raro e mais difícil foi mantido ante a raça e pela razão seguinte. O quarto reino da natureza foi decisivamente atraído para o alto, em direção à emergência do quinto raio, e isto tornou necessária também a mudança da atenção, com sua retirada dos três mundos de esforço e expressão humana para o mundo superior da consciência da alma. Da mesma maneira foi necessário o reinfoque da atenção instintiva e intelectual, que são os fatores principais no desabrochar da consciência divina. Esta consciência pode ser instintiva, intelectual, e por isso humana, e também espiritual. Mas todas as três são igualmente divinas, o que é quase sempre esquecido.

O segundo objetivo do discípulo do sexto raio ou do homem que está saindo da influência do sexto raio, mas ainda condicionado por ele (sendo um ser humano representativo do ângulo da corrente evolucionária), tem sido o desabrochar da "capacidade para a abstração", como é chamada. A qualidade preponderante nos nossos dias e época, como resultado da transmutação do caráter e da qualidade humana, nos seus discípulos e através deles, tem sido a expressão da natureza idealista do homem, ou sua resposta instintiva aos superiores valores intuitivos. No passado, as raras pessoas superiormente desenvolvidas mostraram aqui e ali seu poder para abstrair a consciência do lado material da vida, ou forma, e focalizá-la no ideal e na expressão sem forma da verdade viva. Hoje, massas de pessoas e de nações inteiras estão arregimentadas para certas formas de idealismo e podem, e o fazem, apreciar ideias, formuladas em ideais. Assim o sucesso do processo evolutivo pode ser visto uma vez mais, e o trabalho da Hierarquia, conforme se empenha para expandir a consciência humana, pode ser demonstrado como efetivo.

Devido à potência da atividade do sexto raio, devido ao longo período no qual se tem expressado, a reação do ser humano comum é de intensa devoção ao seu ideal particular, além do esforço, fanático, para impor seu sonho idealístico (pois é tudo o que potencialmente é) aos seus concidadãos, e de fazê-lo de tal forma que, infelizmente, a ideia original é perdida, o ideal primordial é destruído e o devoto se torna muito mais ocupado com o método de aplicar seu ideal do que com o ideal em si mesmo. Assim a ideia é perdida no ideal e o ideal, por sua vez, no método de sua aplicação. O homem se torna o devoto a um ideal que pode ou não personificar uma expressão individual; isto controla seus pensamentos, pré-determina suas atividades e o leva frequentemente a excessos inclementes no interesse de sua particular ideia formulada.

Sob a expressão imediata do sexto raio, o divino princípio do desejo deslocou-se potentemente do desejo pela forma material para o reino do desejo superior. Apesar do materialismo ainda excessivo, há poucas pessoas que não estejam animadas por certas aspirações idealísticas definidas, pelas quais estão prontas a, quando necessário, fazer sacrifícios. Este é um fenômeno relativamente novo, e que deveria ser cuidadosamente observado. Através das idades, grandes filhos de Deus têm sempre estado prontos a morrerem por uma ideia; hoje massas inteiras de homens estão igualmente prontas, e o fizeram, fosse pela ideia de um estado super-humano, império ou nação, ou alguma resposta a uma maior necessidade mundial, ou alguma poderosa adesão a alguma ideologia em voga. Isto indica uma extraordinária conquista racial e o marcante sucesso da Hierarquia em transferir a atenção humana para o mundo de onde emergem as ideias e daí para os valores superiores e menos materiais.

O instinto que caracterizou este período do sexto raio, que passa e que foi notavelmente impulsionado sob sua influência, é o do gosto - gosto no alimento, na inter-relação humana, na cor, na forma, na arte e na arquitetura, e em todos os ramos do conhecimento humano. Este gosto discriminativo alcançou um estágio de desenvolvimento relativamente alto durante os últimos dois mil anos e "bom gosto" é, hoje em dia, uma virtude e um objetivo de massa altamente apreciados. Isto é algo totalmente novo e que foi, até agora, a prerrogativa de uns poucos altamente cultos. Ponderai sobre isto. Conota conquista evolutiva. Para os discípulos do mundo, este sentido de gosto tem de ser transmutado na sua correspondência superior - um discriminativo senso de valores. Daí a clara ênfase posta em todos os livros de texto sobre o discipulado, sobre a necessidade de se desenvolver a discriminação. Desejo - gosto - discriminação; são estes valores, sob o sexto raio, para todo o desabrochar evolutivo e, particularmente, a meta de todos os discípulos.

Os métodos por meio dos quais a atividade do sexto raio e seus objetivos têm sido impostos sobre a raça, são três em número:

1. O desenvolvimento do instinto. Isto é seguido pelo desejo inteligentemente reconhecido e há, assim, uma firme expansão dos requisitos, da realização e, depois, da reorientação.

2. A resultante estimulação da consciência humana em direção à expansão, levando finalmente à aspiração espiritual.

3. O reflexo da realidade na consciência mental vem em seguida e isto é sentido, reclamado e buscado por meio do trabalho grupal.

O instrumento do ser humano, que é o mecanismo através do qual a alma contata os três mundos que estariam, de outro modo (sob o plano atual), selados e ocultos à experiência e à experimentação da alma, tem-se tornado mais agudamente sensível e desenvolvido durante os dois mil anos passados do que em qualquer período prévio de dez mil anos. A razão para isto é que a mente do homem tem sido conscientemente ajudada no processo de coordenar os instintos e de transmutar a reação instintiva, traduzindo-a em percepção inteligente. No caso dos discípulos mundiais, este processo foi levado ao estágio seguinte de desenvolvimento ao qual damos o nome de conhecimento intuitivo. As contrapartes dos cinco sentidos e seus correspondentes superiores nos planos sutis estão sendo rapidamente despertados, organizados e reconhecidos, e é por meio destes sentidos internos que a descoberta espiritual se se torna possível, tanto quanto as descobertas psíquicas mais familiares. Nas três fases:

a) Instinto para aspiração
b) Estimulação do desejo divino
c) O reflexo da realidade.

Tendes a história da atividade do sexto raio e sua relação durante os últimos poucos séculos para seu principal campo de expressão, o plano astral.

Podemos prosseguir agora para considerar o sétimo raio em sua relação à situação atual, como o fizemos com o sexto raio. Ao fazer assim, despertará em vossa consciência uma idéia do processo de desenvolvimento e dos eventos emergentes, e dos acontecimentos iminentes que podem ser logicamente esperados. Há, como o podeis perceber, duas maneiras pelas quais qualquer raio particular pode ser considerado. Pode ser estudado, primeiramente do ângulo da energia que sempre está entrando em relação com outras energias e forças, produzindo, por meio de seu encontro e conflito frequente, uma situação inteiramente diferente e mudada, em comparação com a existente anteriormente ao contato. Os estágios deste momento podem ser cobertos brevemente pelas seguintes palavras: Contato, conflito, ajustamento, equilíbrio (uma forma de impasse ou condição estática, como a alcançada durante o século 19), absorção e o desaparecimento final da energia mais fraca, que sai. A conclusão é sempre inevitável pois não são os raios mesmos que estão em conflito, mas a substância e as formas implicadas durante o período. Segundo: a qualidade do raio pode ser considerada. Esta é, em realidade, a expressão de sua alma e natureza intrínseca quando o raio vem à manifestação, que - influenciando sobre a condição existente quando o raio se manifesta - produz, definitivamente, três coisas:

1 - Mudanças na natureza da civilização e a cultura da humanidade em qualquer dado período. É esta força que a Hierarquia utiliza quando tem lugar qualquer encontro das energias de raio. A cultura é mudada primeiro, porque todas as mudanças básicas de qualidade operam sempre de cima para baixo, e é a intelligentsia a primeira a ser sensibilizada às diferenças entrantes. A forma muda e então o processo, automaticamente, se inverte. É assim que pontos de conjuntura ocorrem inevitavelmente por todo o processo evolutivo. Quando os cientistas, preocupados com a teoria e os processos da evolução, aceitarem e estudarem a procedência do raio, mudanças definidas na atitude e uma aproximação mais chegada à verdade aparecerão imediatamente. Este conceito se acha também por trás do ensinamento que dei, concernente às Grandes Aproximações que deverão ter lugar (e poderão ter lugar muito proximamente) entre o quarto e o quinto reinos da natureza. Do quinto reino, a Hierarquia é o núcleo dinâmico e vivo.

2 - Mudanças nos outros reinos da natureza, produzindo uma qualidade diferente na manifestação da alma de qualquer reino (pois todos diferem na qualidade da alma) e muda, consequentemente, também no aspecto forma.

3 - Mudanças nos tipos dos egos, ou almas, que encarnarão a um período particular de raio. Com isto quero dizer que justamente durante a era que agora chega ao fim, o grosso das almas encarnantes foi predominantemente da qualidade do sexto raio, daí podermos esperar aparecer agora um crescente número de egos do sétimo raio. O fomento da vindoura civilização do sétimo raio de síntese, fusão e de crescente expressão da alma e do desenvolvimento do novo estágio, no qual a magia branca da Hierarquia está entrando, é inevitável, portanto, e para este estágio deverá haver firme preparação e treino.

Os poderes da idade mágica são muitos e uma das razões de o sétimo raio estar agora fazendo sua aparição é que, devido ao rápido aperfeiçoamento e integração da personalidade humana, a integração superior entre alma e personalidade é hoje mais possível e mais facilmente alcançada do que antes. As novas formas, através das quais aquela muito desejada consumação pode ser atingida devem ser, consequentemente, gradual e cientificamente desenvolvidas. Isto, como bem podeis conceber, será conseguido por meio da intensificação das forças, atuando através do corpo etérico, da coordenação dos sete centros maiores e do estabelecimento de seu relacionamento rítmico. O sétimo raio governa predominantemente os níveis etéricos do plano físico. Não governa a forma física densa, que está sob o controle do terceiro raio. É o corpo vital ou etérico o que responde às influências do sétimo raio e é por elas desenvolvido.

Ao considerar os métodos pelos quais os propósitos do sétimo raio são alcançados, gostaria de destacar que é nesta parte de nossa discussão que a linguagem me limita e tolhe, porque lido com o que é novo e, por isso, na verdade, não compreendido ainda, e com aqueles desenvolvimentos que finalmente ocorrerão por meio de uma magia verdadeira e científica. Esta nova magia não mais terá a ver com as incipientes tentativas e empreendimentos, quase sempre ridículos, dos mágicos, alquimistas e atores do passado, do que g-a-t-o, gato, tenha a ver com uma fórmula algébrica. Lembro-vos também que na terra da antiga magia a que chamais Egito, o trabalho mágico realizado estava decisivamente concentrado na produção de efeitos físicos e resultados materiais, e que o foco da atenção do mágico da época pode ser visto na estupenda produção daquelas antigas e gigantescas formas que permanecem silenciosas e imóveis na sua magnificência primitiva e que hoje chamam a atenção dos arqueólogos e viajantes; as formas de magia menor que eles produziram foram dedicadas à proteção mágica da forma física e materiais associados. Em época posterior, tivemos o aparecimento da alquimia em suas muitas formas, além da sua procura pela Pedra Filosofal e o ensinamento dos três elementos básicos. Foram guiados esotericamente e do lado subjetivo da vida para buscarem o que poderia unificar os três níveis físicos inferiores e isto é, em sua natureza, profundamente simbólico do desabrochar racial. Estes níveis simbolizam o homem integral - físico, astral e mental. Quando a estes elementos é acrescentada a Pedra Filosofal e seu trabalho mágico feito, então tendes a representação simbólica do controle pela alma dos quatro níveis superiores do plano físico, os níveis etéricos ou de energia. Desta consumação almejada a Pedra Filosofal é o emblema. Eu disse "emblema", não "símbolo". Um símbolo é um signo externo e visível de uma realidade espiritual e interna, levada à expressão no plano físico pela força da vida interior corporificada. Um emblema é a formulação de um conceito humano, criada pelo homem e personalizando, para ele, a verdade como ele a vê e entende. Um símbolo é sempre mais vasto em suas implicações do que um emblema.

Os níveis etéricos são também campo de expressão para a alma, seja a alma humana ou a alma de uma expressão da tríade superior, a vida monádica. Imagino se algum de vós tem a menor ideia do que acontecerá à humanidade quando a realidade subjetiva interna, funcionando através do corpo etérico e derramando suas forças livremente pelos centros daquele corpo, tenha feito sua principal integração controladora com o aparelho físico denso, reduzindo-o à completa submissão como resultado da integração superior, consumada entre a alma e a personalidade.

Estamos, portanto, em um mais interessante e crucial período na história racial e planetária - um período sem paralelo com qualquer outro que o tenha precedido, pela razão de que o processo evolutivo teve decisivamente sucesso, a despeito de todos os fracassos, enganos e protelações; destas últimas, muitas foram devido à recusa (curiosa e difícil de entender aos vossos olhos) das Energias, concentradas em Shambala, de impor a força da vontade sobre a matéria e sobre a forma, até quando isto possa ser feito com a cooperação da família humana. Até agora isto nunca foi possível devido ao despreparo do homem para a tarefa e à sua ignorância do Plano. O Senhor de Shambala e Seus Colaboradores tiveram de esperar até que pelo menos os tênues esboços do Plano tivessem penetrado na consciência da humanidade; isto está começando a acontecer com frequência sempre maior e dia a dia mais e mais homens e mulheres inteligentes estão entrando (ou então sendo levados a entrar) em contato com as emergentes ideias da Hierarquia. Podemos esperar, portanto, pelo seguro aparecimento, gradual e cautelosamente aplicado, da energia da vontade do centro mais elevado (Shambala) que pode ser encontrado no nosso planeta. Este centro corresponde ao centro monádico, que faz sentir seu poder na consciência do discípulo que esteja pronto para a terceira iniciação. Uma vez que a segunda iniciação tenha sido recebida, a Hierarquia vigilante pode começar a observar a constante reorientação da alma em direção à mônada, e o poder atrativo daquele aspecto superior sobre o iniciado. Hoje, tantos foram os membros da família humana - encarnados e desencarnados - que receberam as duas primeiras iniciações, que a atenção de Shambala está sendo crescentemente dirigida para a humanidade, através da Hierarquia, enquanto que, simultaneamente, os pensamentos dos homens estão-se voltando para o Plano, para o uso da vontade no comando e na orientação, e para a natureza da força dinâmica. A qualidade da natureza dinâmica e explosiva da guerra neste século, por exemplo, é indicativa disso, pois a energia da vontade em um de seus aspectos é uma expressão de morte e de destruição; o primeiro raio é o raio do destruidor. O que pode ser visto acontecendo, portanto, é o efeito da força de Shambala sobre as formas na natureza, devido ao mau uso, pelo homem, da energia entrante. A guerra no passado, falando geral e esotericamente, foi baseada consistentemente no poder atrativo das posses e isto levou ao caráter agressivo e ávido dos motivos que levaram à guerra. Gradualmente, está havendo uma mudança e a guerra tem sido fundamentada ultimamente, de certa maneira, em uns tantos motivos superiores e a aquisição de mais terra e posse territorial não tem sido o motivo verdadeiro e principal. A guerra tem sido induzida por necessidade econômica, ou está na natureza da imposição da vontade de alguma nação ou grupo de nações e seu desejo de impor algum tipo de ideologia sobre uma nação ou grupo de nações, ou livrar-se de algum ultrapassado sistema de pensamento, de governo, de dogma religioso que esteja retardando o desenvolvimento racial. Isto está agora sendo feito conscientemente e é uma expressão de ShambaIa ou força da vontade e não é tão decididamente a força do desejo do passado.

O sétimo raio é uma das linhas diretas ao longo das quais a energia do primeiro raio pode viajar, e aqui está novamente uma outra razão para seu aparecimento atualmente, porque, na liberação da vida para as novas e aperfeiçoadas formas, os velhos moldes de viver, da cultura e da civilização, têm que ser destruídos ou modificados. Este é, todo ele, o trabalho do primeiro Raio da Vontade expressando-se predominantemente no tempo presente através do sétimo Raio, da Organização e do Relacionamento.

Quando estudamos o sexto raio, considerei acima de tudo o efeito do raio sobre o trabalho e o treinamento, a vida e os planos do discípulo, condicionando, como inevitavelmente deve fazer, suas atividades e seu rendimento vital. Consideramos, então, o princípio motivador do desejo em relação a isso e finalmente tocamos nos três modos de atividades do raio prevalente. Procedemos da mesma maneira agora, obtendo assim alguma ideia da relação existente entre o sexto e o sétimo raios e a maneira pela qual a potência do sexto raio preparou a humanidade para os acontecimentos iminentes com os quais se defronta.

O que tenho agora a dizer não será seguido com facilidade ou com a devida apreciação pelo discípulo do sexto raio, porque os métodos empregados por Aqueles Que manejam e dirigem as novas energias não são compreensíveis para ele, preso, como está, aos métodos do passado; daí o aparecimento das escolas fundamentalistas, encontradas em todos os campos de pensamento religioso, político e até científico. Novamente, quando o discípulo do sexto raio tenta usar as novas energias entrantes, elas se expressam para ele no plano astral e o resultado é magia astral, fascinação profunda e pronunciada decepção. A isto deve ser hoje atribuído o fato de certos orientadores, alegando ensinarem magia, conseguirem certos resultados mágicos, trabalharem com raios de cores diferentes e, utilizando Palavras de Poder, pronunciarem mandatos e serem repositórios dos, até agora, irrevelados desejos e segredos dos Mestres de Sabedoria. É tudo uma forma de fascínio astral e o contato no plano astral, daquilo que depois se precipitará sobre a terra. Mas ainda não chegou o tempo nem a hora para tais usos. O sentido de tempo e de compreensão do momento oportuno para a execução do Plano em seu detalhe futuro não é ainda sabido por estas pessoas, sinceras, mas desiludidas, e - concentradas como estão no plano astral e pouco desenvolvidas como o são mentalmente - mal interpretam para si e para os outros o que sentiram lá, psiquicamente. Sabem muito pouco e, todavia, acreditam que sabem muito. Falam com autoridade, mas é a autoridade da mente não desenvolvida. A expressão de antigos padrões mágicos, o desenterrar de sugestões e indicações de métodos cristalizados e ultrapassados do antigo passado ainda está prevalecendo atualmente e é responsável por muita decepção e consequente desilusão das massas.

A magia branca - como deveis lembrar - diz respeito ao desabrochar da alma na forma e sua necessária aquisição de experiência daí advinda. Não se relaciona com o trabalho direto sobre a forma, mas com a influência indireta da alma, funcionando em qualquer forma em todos os reinos da natureza, à medida que traz a forma sob seu controle, efetuando no equipamento de contato as mudanças necessárias e aperfeiçoadoras. O mago branco sabe que quando a estimulação de raio, apropriada e correta, é aplicada ao centro que chamamos a alma em qualquer forma, mas não à forma mesma, então a alma, assim estimulada, fará seu próprio trabalho de destruição, de atração, de reconstrução e de uma consequente manifestação de vida renovada. Isto é verdade para a alma de um homem, de uma nação e para a própria alma da humanidade. Tende isto em mente, pois fiz aqui uma afirmação de uma regra básica e fundamental, pela qual toda magia branca tem sido governada pela eternidade.

É por esta razão que se diz estar o sétimo raio governando o reino mineral e também se manifestando através dessa significativa característica e qualidade da alma, a que chamamos irradiação. A palavra descreve efetivamente o resultado da estimulação da alma sobre, e em, qualquer forma. A vida da alma irradia finalmente, além da forma, e essa irradiação produz efeitos definidos e planejados. O sexto raio é, como o sabeis, muito intimamente relacionado com o reino animal e seu efeito aí é produzir nas formas superiores da vida animal a qualidade e expressão de domesticação e a adaptabilidade do animal ao contato humano. Os raios que controlam o reino animal são o sétimo, o terceiro e o sexto. Daí vereis facilmente que a relação existente entre os animais superiores e o homem é uma relação de raio e, portanto, útil sob a lei evolutiva e inevitável em seus resultados. Os raios que governam o reino vegetal são o sexto, o segundo e o quarto, e aqui novamente há um interligar de relações por meio do sexto raio. O reino humano é governado pelo quarto, quinto e novamente o quarto e isto, uma vez mais, indica relacionamento. Algum dia estas relações e linhas de força entrelaçadas serão melhor compreendidas e cientificamente estudadas e as linhas das energias relacionadas, investigadas. Este entrelaçamento diretor de energias ocupará a atenção de algumas das melhores mentes e, quando isto acontecer, muito será aprendido. Esta informação, entretanto, não tem proveito, presentemente, e assim permanecerá até que os homens se tornem sensíveis à vibração dos diferentes raios e possam isolar um ritmo de raio em sua consciência. Quando esta sensibilidade esteja desenvolvida, então muitas descobertas, rápidas, significativas e revolucionárias, serão feitas.

Um dos efeitos inevitáveis da energia do sétimo raio será a de relacionar e caldear em uma síntese mais íntima os quatro reinos da natureza. Isto deve ser feito como preparatório para o trabalho da humanidade, há muito predeterminado, que é o de ser o agente distribuidor para a energia espiritual, aos três reinos sub-humanos. Esta é a maior tarefa de serviço que o quarto reino, por meio das almas encarnantes, tomou a seu cargo. A irradiação do quarto reino será um dia tão potente e de tão longo alcance que seus efeitos penetrarão as profundezas mesmas do mundo fenomênico criado, até o reino mineral. Então veremos os resultados aos quais se refere o grande iniciado Paulo, quando fala de toda a criação esperando pela manifestação dos Filhos de Deus. Essa manifestação é a da glória, poder e amor irradiantes.

Posso destacar aqui, de passagem, que a influência do sétimo raio terá três efeitos decisivos sobre o quarto e o terceiro reinos da natureza. São como segue:

1. Todos os corpos animais serão firmemente refinados e, no caso da humanidade, refinados conscientemente e assim trazidos a um estado de desenvolvimento superior e mais especializado. Isto está hoje ocorrendo rapidamente. Dietas e exercícios, vida ao ar livre e exposição aos raios solares estão ajudando muito à humanidade e nas próximas duas gerações corpos refinados e naturezas sensíveis surgirão e a alma disporá de instrumentos muito melhores através dos quais trabalhará.

2. O relacionamento entre os reinos humano e animal tornar-se-á íntimo de modo crescente. O serviço do animal para o homem é bem reconhecido e de constante manifestação. O serviço do homem para os animais não é ainda compreendido, apesar de alguns passos terem sido dados na direção certa. Deverá haver finalmente síntese estreita e coordenação harmoniosa entre eles, e quando seja este o caso alguns acontecimentos muito extraordinários de mediunismo animal sob inspiração humana terão lugar. Por meio disto, o fator inteligência no animal (do qual o instinto é a manifestação embrionária) será rapidamente desenvolvido, e este é um dos resultados notáveis do intencionado relacionamento homem-animal.

3. Haverá, como consequência desta acelerada evolução, a rápida destruição de certos tipos de corpos animais. Desaparecerão os corpos humanos de muito baixa qualidade, causando mudança geral nos tipos raciais em direção a um padrão superior. Muitas espécies de animais também se extinguirão, e estão hoje se extinguindo, e daí a crescente ênfase na preservação dos animais e o estabelecimento de reservas de animais de caça.

Neste estudo comparativo, mesmo que inadequado, dos antigos e novos tipos de discipulado, um dos problemas com que se defronta a Hierarquia é como produzir as mudanças necessárias na técnica e no método de desenvolvimento que o tipo de sétimo raio requer e, ao mesmo tempo, condicionar essas mudanças para que haja um suave processo de ajustamento e interação entre a Hierarquia e os aspirantes mundiais. Este ajustamento deve incluir os dois grupos (um grande atualmente e o outro pequeno ainda) dos discípulos de sexto e do sétimo raios. Os problemas da Hierarquia não dizem respeito, lógico, àqueles que não alcançaram liberação e não podem, portanto, ver a vida através dos olhos daqueles que não mais estão detidos pelas forças dos três mundos, mas poderá servir a um propósito último se os discípulos ocasionalmente pensarem na relação como a existente do ponto de vista do Mestre e derem menos atenção às suas próprias peculiares dificuldades individuais.

Uma das principais características do discípulo do sétimo raio é sua profunda natureza prática. Ele trabalha no plano físico com objetivo firme e constante para produzir resultados que serão decisivos para determinarem as formas da cultura e civilização vindouras; pelo fim do ciclo do sétimo raio ele trabalhará com igual firmeza para perpetuar o que tenha conseguido. Ele controla a força para construir as formas que satisfarão seus requisitos e a realiza mais cientificamente do que os discípulos nos outros raios. O devoto do sexto raio é mais abstrato e mais místico em seu trabalho e pensamento, e raramente tem qualquer compreensão real da correta relação entre forma e energia. Pensa quase que inteiramente em termos de qualidade e dá pouca atenção ao lado material da vida e ao verdadeiro significado da substância ao produzir fenômenos. Está pronto a considerar a matéria como má na natureza e a forma como limitação, e só põe ênfase na consciência da alma como a de verdadeira importância. É esta falha em trabalhar inteligentemente e, gostaria de acrescentar, amorosamente, com a substância, e assim trazê-la ao relacionamento correto com a forma densa, que fez estes últimos dois mil anos produzirem um mundo tão desastrosamente mal administrado e que trouxe a população do planeta a esta séria condição atual. O trabalho não inteligente no plano físico, desenvolvido pelos que estão influenciados pela força do sexto raio, conduziu a um mundo que se ressente da clivagem num sentido tão real quanto um indivíduo pode sofrer de uma "personalidade dividida". As linhas de demarcação entre ciência e religião são um exemplo marcante disto e foram clara e vigorosamente delineados. A clivagem a que me refiro foi traçada pelos clérigos do passado e por ninguém mais; as linhas foram determinadas pelos místicos, fantasistas e visionários, e pelos devotos fanáticos de alguma ideia os quais, no entanto, foram incapazes de perceber as implicações mais amplas e a natureza universal dessas reconhecidas ideias. Estou generalizando. Tem havido muitos filhos de Deus devotados e pios que nunca foram culpados da estupidez e tendências separatistas acima. Ao mesmo tempo, conforme reconhecemos isto, temos que reconhecer também que a religião ortodoxa separou temporariamente os dois grandes conceitos de espírito e matéria em seu pensamento e ensinamento, pondo, desse modo, religião e ciência em polos opostos.

A tarefa dos trabalhadores da nova era é reunir estes dois aparentes opostos, demonstrar que espírito e matéria não são antagônicos um ao outro e que por todo o universo há apenas substância espiritual, atuando e produzindo as formas externas tangíveis.

Quando uma forma e uma atividade são o que chamais mal, é somente porque a energia motivadora atrás da forma e responsável pela atividade está erroneamente orientada, egoisticamente impulsionada e incorretamente usada. Aqui novamente os dois truísmos básicos do ocultismo moderno (há outros que serão revelados quando estes dois tenham sido dominados e corretamente aplicados) são importantes:

1 - A energia segue o pensamento.
2 - O motivo correto cria ação correta e formas certas.

Estas duas afirmações são de origem muito antiga mas ainda muito pouco compreendidas. Por isso a primeira coisa que todo discípulo deve aprender é a natureza, o controle e a direção da energia; ele o faz, trabalhando com causas iniciadoras, conhecendo a natureza do reino das causas e desenvolvendo a capacidade de descobrir a causa por trás do efeito que a originou ou produziu. No caso do discípulo individual e no estágio preliminar de seu treinamento, isto envolve constante investigação de seus motivos até que descubra quais são eles e tenha direcionado seu pensamento de tal maneira que aqueles motivos possam, sempre, ser de confiança para agir automática e dinamicamente sob a direção da alma.

O discípulo do sexto raio, na maioria dos casos, leva seu trabalho até o plano astral e aí jaz o foco de sua atenção, de sua vida e de seu pensamento. Automática e necessariamente, sua natureza física responde ao impulso enviado do plano astral, motivado pela mente e - às vezes - dirigido pela alma. Mas a potência deste desejo e sua determinação em ver o fruto de seu labor produziu muita dificuldade no passado, impedindo a verdadeira expressão do impulso original. Fica retido no plano astral. Isto foi equilibrado pela intervenção cíclica das forças dos outros raios, de outra maneira a situação estaria pior do que está. O discípulo do sétimo raio trará a energia que esteja manipulando, diretamente ao plano físico, desse modo produzindo integração; e o dualismo que o caracteriza será o de um centro de energia no plano mental e um no plano físico. O dualismo do trabalhador do sexto raio é o dos pares de opostos no plano astral.

É evidente, portanto, que tendo estabelecido os dois pontos de energia (mental e física), a tarefa seguinte do trabalhador na magia será produzir no plano físico uma síntese das energias disponíveis, concretizá-las e empregar o que foi construído com a potência de atividade e persistência. A energia assim empregada será, na maioria dos casos, de três espécies:

1 - A energia da mente. Esta será a energia dominante controladora usada durante o período do discipulado aceito e até a segunda iniciação.

2 - A energia da alma. Esta será controlada, usada e empregada criativamente da segunda até a terceira iniciação.

3 - A energia da alma e da mente, mesclada e sintetizada. Esta combinação é de tremenda potência. Depois da quarta iniciação será aumentada pela energia vindo da Mônada.

Gostaria que lembrásseis que, embora tudo seja energia, contudo, ao mesmo tempo, no ensinamento esotérico correto a atividade impulsionadora superior é chamada energia e aquela condicionada por e levada à atividade por seu intermédio é chamada força. Os termos são, portanto, relativos e móveis. Para o grosso da humanidade, por exemplo, o impulso astral é a energia mais alta às quais normalmente aspira e as forças sobre as quais a energia astral atua serão, então, as forças etéricas e físicas. As energias superiores podem controlar intermitentemente, mas como regra geral o incentivo ou impulso da vida é astral, e isto pode ser chamado desejo ou aspiração, de acordo com o objetivo. Este último pode simplesmente ser ambição mental ou desejo por poder, e o termo "aspiração" não deveria ser confinado apenas aos chamados impulsos religiosos, anelos místicos e procura de libertação.

O discípulo do sétimo raio trabalha conscientemente por meio de certas leis que governam a forma e sua relação com o espírito ou vida. No Tratado sobre o Fogo Cósmico dei-vos as três maiores leis do sistema solar e as sete leis subsidiárias através das quais estas três se expressam; dei-vos também indicações de como as leis governam o trabalho grupal. Deveis lembrar-vos que discípulos nos diferentes raios manejarão estas leis de acordo com a qualidade de seus impulsos de raio (estou tolhido aqui buscando as palavras apropriadas), interpretando-as em termos de sua obrigação específica de vida ou dharma, e produzindo os resultados desejados por meio de técnicas diferenciadas de raio, conformando-se sempre, entretanto, à inevitabilidade dos resultados forjados pelas energias que liberaram para atuar sobre forças sob as leis de seu ser. O discípulo do sexto raio, trabalhando com as leis da natureza e da alma, qualificará seus resultados e produzirá suas formas criativas no plano astral; por conseguinte, frequentemente tem que aprender a trabalhar através da personalidade do sétimo raio por várias vidas (seja anteriormente ou após conquistar o discipulado) antes de ser capaz de tornar concretos no plano físico seu sonho e sua visão. O discípulo do sétimo raio não tem tal problema. Pelo seu conhecimento do ritual (que é o antigo meio codificado por onde a atrativa e expressiva natureza das energias a serem empregadas estão organizadas e relacionadas), por sua compreensão das "Palavras de Poder" (que ele descobre pela experiência) e pelo uso da potência do som, o discípulo do futuro trabalhará e construirá um novo mundo com sua cultura e civilização. Uma curiosa indicação do efeito do trabalho mágico do sétimo raio sobre a consciência de massa é o uso crescente de propagandas e de "frases feitas" (não é esse o termo usado?) que são empregadas para alcançar resultados e impulsionar seres humanos a certas formas de ação em massa. Este é o uso embrionário das Palavras de Poder, e do estudo de seus valores tonais, suas indicações numerológicas e sua potência inerente, os homens chegarão finalmente às vastas conquistas e criações, produzindo atividade grupal e o aparecimento de certas formas de expressão no plano exterior. Afinal de contas, as fórmulas científicas reduziram as descobertas mais intrincadas e abstrusas a uns poucos sinais e símbolos. O próximo passo é personificar esses sinais e símbolos em uma palavra, ou palavras, conferindo-lhes, assim, o que é esotericamente chamado "o poder da personificação". Se me posso expressar dessa maneira, a antiga afirmativa de que "Deus falou e o mundo foi feito" significa simplesmente que a fórmula de Deus para a criação foi reduzida à grande Palavra que Ele pronunciou e os inevitáveis resultados se seguiram. Algo deste processo em pequeníssima escala humana será visto em atividade na era vindoura. Presentemente, o que eu disse acima pode soar fantasioso e fantástico ao estudante comum.

Ser-vos-á óbvio que os discípulos do sétimo raio manipulem muito poder e por essa razão a ênfase dada a eles em todos os ensinamentos é posta na pureza do motivo. No passado a ênfase foi posta na pureza do corpo, no caso dos discípulos do sexto raio. Como era inevitável, levaram a ideia à escala fanática e salientaram o celibato, o ascetismo e severas regras de vida física, com frequência tornando pecaminoso o que é natural. Este foi um estágio necessário no seu desenvolvimento, pois era essencial que o plano físico se tornasse um fato maior em sua consciência e que sua atenção pudesse passar do reino da abstração (que é sua linha de menor resistência) e se focalizasse no viver físico, pois, novamente, a energia segue o pensamento. Assim sua atitude para com a vida poderia tornar-se mais prática e a necessária integração teria lugar. Os discípulos na nova era porão ênfase no princípio mental, porque condiciona pensamento e linguagem. Todo trabalho mágico é baseado na energia do pensamento e da palavra falada (a expressão dos dois centros mágicos referidos acima) e a pureza no reino da mente e do motivo é considerada, consequentemente, como essencialmente básica.

A influência do sétimo raio é a que irá produzir, num sentido peculiar e inesperado, a Escola Ocidental de Ocultismo, da mesma maneira que o impulso do sexto raio produziu a Escola Oriental de Ocultismo - esta última trazendo a luz sobre o plano astral e a nova influência entrante, trazendo-a ao físico. O ensinamento oriental afetou o Cristianismo e indicou e determinou as linhas de seu desenvolvimento, e o Cristianismo é decisivamente uma religião de ponte. Os papéis se inverterão finalmente e a mudança da "luz no Oriente" será sobre a Europa e a América. Isto ocasionará, inevitavelmente, a síntese necessária e desejada do trilhar místico e do caminho ocultista. Levará mais tarde à formulação do caminho superior; disto é inútil falar agora pois não o compreenderíeis. Nenhuma das antigas e fundamentais Regras do Caminho foi jamais abolida ou posta de lado. Do mesmo modo como os homens costumavam viajar a pé nas antigas estradas, conformando-se com o exigido no seu tempo e na sua era, e hoje viajam de trem ou automóvel (chegando ao mesmo lugar) assim também o mesmo caminho será seguido, a mesma meta alcançada, mas haverá procedimentos diferentes, variadas salvaguardas e alteradas medidas protetoras. As regras podem mudar de tempos a tempos a fim de prover indicação mais fácil e proteção adequada. O treinamento do discípulo no futuro diferirá em detalhes daquele do passado, mas as regras básicas permanecerão inalteradas.

A nota-chave, governando o desenvolvimento do discípulo do sexto raio foi expressa nas palavras do Cristo quando Ele disse: "Eu, se for levantado, atrairei todos os homens". A ênfase de todo trabalho do sexto raio é Atração e Repulsão - daí a divisão e separação, produzindo finalmente uma percepção da necessidade para uma síntese e integração conscientemente assumidas, mentalmente motivadas e produzidas. A história do Cristianismo (que é a história da Europa) estará esclarecida se a Lei da Atração e Repulsão for estudada em conexão com seu passado agitado. O uso e o mau uso desta lei e suas constantes interpretações em termos de desejos materiais, ambições pessoais e controle territorial, produziram muitos cismas e separações e responderão por muito do que aconteceu. Sob a influência do sétimo raio, estas separações terminarão e a síntese, finalmente, terá lugar.

A nota-chave do discípulo do sétimo raio é "Atividade Irradiante". Daí o aparecimento, no pensamento mundial, de certas ideias novas - irradiação mental ou telepatia, o uso irradiante do calor, a descoberta do radium. Tudo isto conota atividade do sétimo raio.

O princípio divino com o qual a humanidade do sétimo raio estará essencialmente ocupada será o da vida tal como se expressa por meio do corpo etérico. É por esta razão que encontramos um crescente interesse na natureza da vitalidade; a função das glândulas está sendo estudada e em breve sua principal função como geradoras da vitalidade será observada. Esotericamente, são vistas como exteriorização, no plano físico, dos centros de força no corpo etérico e sua vitalização ou falta de atividade são indicativas da condição desses centros. A mudança do interesse mundial é também para o domínio da economia que é, decisivamente, o domínio do sustento da vida. Muito está, portanto, para acontecer em todas as esferas de interesse e uma vez que o corpo etérico se torne um fato cientificamente estabelecido e os centros - maiores e menores - sejam reconhecidos como os focos de toda energia que se expressa através do corpo humano no plano físico, veremos uma grande revolução ter lugar na medicina, na dieta e na manipulação da atividade da vida diária. Isto produzirá grandes mudanças no modo de trabalhar e labutar e acima de tudo nas atividades de lazer da raça.

Este pensamento traz à nossa atenção os três métodos de atividade empregados pelos servidores de todos os raios e que diferem para cada raio. Aqueles que finalmente controlarem os tipos de sétimo raio trarão gradualmente atitudes modificadas à vida e métodos bem diferentes do viver diário. Esses três são:

1 - Atividade grupal para o relacionamento científico da substância e energia.
2 - A estimulação das formas etéricas através das forças corretamente dirigidas.
3 - A correta distribuição, por meio de estudo científico, da energia vital.

Estamos entrando numa era científica, mas será uma ciência que saia do impasse em que está agora e que - havendo penetrado no reino do intangível, como o fez - começará a trabalhar muito mais subjetivamente do que até aqui. Reconhecerá a existência dos sentidos supersensoriais e que são extensões dos cinco sentidos físicos, e isto será imposto à ciência por causa da multidão de pessoas de confiança que os possuem e que podem trabalhar e viver simultaneamente nos mundos tangíveis e intangíveis. O grosso de testemunho respeitável mostrar-se-á incontestável. No instante em que a existência do mundo subjetivo das causas for provada (e isto acontecerá pela evidência inegável dos sentidos ampliados do homem) a ciência entrará em uma nova era; seu foco de atenção mudará; as possibilidades de descoberta serão imensas e o materialismo (como essa palavra é agora entendida) desaparecerá. Mesmo a palavra "materialismo" tornar-se-á obsoleta e os homens no futuro irão rir da limitada visão de nosso mundo moderno e conjecturar por que pensávamos e sentíamos assim.

A respeito dos cinco raios que, como vimos, estão influenciando, ou começando a influenciar a humanidade agora (o primeiro, o segundo, o terceiro, o sexto e o sétimo raios), gostaria que lembrásseis que seu efeito varia de acordo com o tipo ou qualidade de raio do indivíduo considerado, de acordo com sua posição na escala evolutiva. Tais pontos são quase sempre esquecidos. Se um homem está, por exemplo, no segundo Raio do Amor-Sabedoria, pode-se esperar que a influência desse raio e do sexto (que está junto à linha de poder do segundo raio) seja facilmente ativa e constitua necessariamente a linha de menor resistência. Esta situação poderá, portanto, produzir sensibilidade inadequada e um desabrochar desequilibrado de características. São nossas características que influenciam nossa conduta e nossas reações às circunstâncias. Significará também que a influência do primeiro, terceiro e sétimo raios serão fundamentalmente incertas e despertarão resistência ou - no mínimo - uma atitude de não-receptividade. No mundo de hoje, os raios que estão ao longo da linha de energia do primeiro Raio da Vontade ou Poder {incluindo o terceiro e o sétimo} o estão na proporção de três para dois (no que se refere à manifestação presente) e podemos esperar, portanto, por uma expressão mais plena dos atributos e acontecimentos do primeiro raio, o que, de outra maneira, não seria o caso. Sê-lo-á particularmente assim porque o sexto raio está saindo rapidamente de manifestação. Tudo acima constitui uma informação de pouco valor agora. Suas implicações tornar-se-ão crescentemente visíveis à medida que o tempo passar e, por isso, as incluo em meu ensinamento.

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