Reflexão sobre o tema: A Energia Segue o Pensamento

Como podemos melhor utilizar a energia de nossos pensamentos com o propósito de abrir caminho para uma era mais iluminada de amor e de compartilhamento, uma era que todos nós esperamos? Perseverar nesta visão requer muito vigor espiritual em um momento em que as guerras e o terrorismo continuam devastando em todo o mundo e as ideologias materialistas condicionam os assuntos internacionais. Como a visão pode ser sustentada em um mundo de contaminação física e psíquica, em que a cultura dos adolescentes no ocidente está tão fortemente sexualizada e a ciência e a filosofia se encontram fragmentadas por um racionalismo redutor que não pode ver “a floresta para as árvores”?

Afim de dar sentido a estes tempos turbulentos, podemos levar em conta as numerosas mudanças que ocorrem no aspecto interno da vida, que são as que causam os distúrbios temporários. Estas O Tibetano expos em seus ensinamentos. Mais particularmente, em 1942, Ele se referiu à existência de uma corrente descendente de energia, originária totalmente fora de nossa vida planetária que envolveu o Avatar em emanação e sua relação com nosso Logos Planetário, incluindo seres tão elevados como os Senhores da Libertação, cujos poderes foram tão fortes que mesmo em Shamballa “o aspecto da vida foi, quase com violência, estimulado por suas ações”. Esta linha de energia passou pelo reino humano e desceu aos reinos subumanos e foi a causa das mudanças dramáticas que a humanidade sofreu naquele momento – para que o passado e o futuro entrassem em conflito imediato. Quando O Tibetano escreveu isto, ele observou que a diminuição da energia havia atingido seu ponto mais baixo, fixando, assim, “novas inspirações” e “sementes de esperança”, das quais dependia o futuro. Havia, então, começado seu ponto de ascensão, produzindo transmutação e abstração. (*)

A partir deste momento o mundo tem mudado a uma velocidade vertiginosa e, sete décadas depois, estamos presenciando movimentos de massa para a libertação e os direitos humanos, já que esta linha de energia proveniente do Avatar e dos Senhores da Libertação impele a humanidade em direção a uma compreensão dos princípios e valores que devem se aprofundar na comunidade mundial. A humanidade está em uma curva de aprendizado acelerado, e a tensão planetária criada por esta corrente de abstração de energia, ainda evoca forças obstrutivas, resultando em atrocidades e grosseiras perversões humanas.

O papel de um grupo esotérico não é concentrar especificamente o seu poder em uma área de crise planetária, porque isso pode provocar mais conflitos, mas sim trabalhar, de maneira mais geral, em canais energéticos globais estabelecidos, a reforçar a eficácia da luz e da boa vontade onde quer que o grupo se encontre. Isto implica um alinhamento com o Propósito evolutivo subjacente dirigido a partir de Shamballa, amplificado pela Hierarquia e dividido por pontos através dos quais a energia de um centro planetário é dirigido ao serviço da humanidade, neste momento particular. Neste ciclo atual esses pontos de saída são Nova York, Londres, Genebra, Darjeeling e Tóquio. Em cada uma dessas saídas "está presente um dos Mestres com seu Ashram, e será organizado aí um vórtice de forças espirituais para acelerar e concretizar os planos do Cristo para o novo e próximo ciclo mundial."

É significativo que o trabalho no centro de Tóquio seja trazido à existência Através da atividade de serviço de Triângulos. Isso não significa que será um centro de trabalho de Triângulos, mas que “a atividade meditativa concentrada das pessoas comprometidas nas atividade de Triângulos fará surgir magneticamente o que deve aparecer quando se organizar um centro. De fato, está sendo criada a atmosfera necessária, e isso é sempre o primeiro passo. Uma vez que existe a atmosfera e o ar para respirar e mover-se, então a forma viva pode aparecer.”

Essas referências nos ajudam a reconhecer a eficácia do nosso trabalho e o poder de nosso serviço nos níveis subjetivos, lembrando que “a fé é a substância das coisas esperadas e a evidência das coisas não vistas.” Isto não surge através da resposta emocional direta e reflexa perante os angustiantes acontecimentos planetários, mas vem do desprendimento espiritual e um firme alinhamento com os fluxos de energia “gerados pela Hierarquia, sob a inspiração do Propósito divino e dirigidos para o Plano de desenvolvimento”.

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(*) Os Raios e as Iniciações (Observações Preliminares)

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