Quê há de errado com esta imagem?

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Clique na imagem para visualização em tempo real, a partir de: Solar and Heliospheric Observatory

O Último ciclo de 11 anos de manchas solares alcançou o nível mais baixo no ano passado, em março de 2007. (Aqui pode ser visto o aspecto do Sol próximo do nível máximo) {aspecto do Sol próximo do nível máximo}. Desde então tem ocorrido pouca, muito pouca e isolada, mancha solar: muito menos é esperado para o novo ciclo.

O nível mínimo extremo na Pequena Era Glacial {Pequena Era Glacial}, 1645-1715, coincidiu com o Maunder Minimum {Maunder Minimum}, um período de atividade solar extremamente baixa, o que dá a entender, junto com outras evidências, que atividade solar está correlacionada com o clima terrestre, que baixo nível de manchas solares é levado em conta associado com períodos de resfriamento global.

Escrevendo em "The Australian" (texto abaixo), Phil Chapman nota que o perceptível e rápido declínio da temperatura em 2007 está alinhado com o retardado começo do esperado próximo ciclo de manchas solares {ciclo de manchas solares} e esboça as possíveis consequências se o que estamos observando é realmente o começo de outra Pequena Era Glacial, ou até mesmo uma Grande Era Glacial. (Fonte: http://www.fourmilab.ch/fourmilog/)


 

Sinto muito por estragar a festa, mas uma era glacial está chegando.

Phil Chapman

A mais assustadora foto que vi na Internet está no endereço www.spaceweather.com, onde você pode encontrar imagem do Sol em tempo real a partir do Solar and Heliospheric Observatory, que se localiza no espaço profundo num ponto de equilíbrio gravitacional entre o Sol e a Terra.

O que há de assustador nesta imagem é que há apenas uma diminuta mancha solar.

Perturbador é como deve ser para os fieis seguidores do aquecimento global. A temperatura média na Terra ficou estável ou declinou moderadamente durante a década passada, a despeito do contínuo aumento da concentração do dióxido de carbono na atmosfera; e agora a temperatura global está caindo precipitadamente.

Todas as quatro agências que rastreiam a temperatura da Terra (the Hadley Climate Research Unit in Britain, the NASA Goddard Institute for Space Studies in New York, the Christy group at the University of Alabama, and Remote Sensing Systems Inc in California) reportam que ela esfriou cerca de 0.7 graus centígrados em 2007. Esta é a mais rápida mudança de temperatura registrada e ela nos coloca de volta onde estávamos em 1930. Se não houver uma rápida recuperação da temperatura, teremos que concluir que o aquecimento global acabou.

Há também um monte de esquisitices evidenciando que 2007 foi excepcionalmente frio. Nevou em Bagdá pela primeira vez em séculos, o inverno na China foi simplesmente terrível e a extensão do gelado mar Antártico no inverno austral foi o maior já registrado desde que James Cook descobriu o local em 1770.

Em geral não é possível tirar conclusões sobre tendências climáticas apenas sobre um único ano, portanto eu desprezarei este período de frio como transitório, aguardando o que irá acontecer nos próximos poucos anos.

É aqui onde entra o SOHO (Solar and Heliospheric Observatory). O número de manchas solares segue um ciclo variável de intervalo de tempo calculado em 11 anos. O mais recente nível mínimo foi em Março do ano passado. O novo ciclo, n. 24, estava para começar logo após ele, com um gradual aumento do número de manchas solares.

Isso não aconteceu. A primeira mancha solar apareceu em Janeiro deste ano e a última somente há dois dias (21.4.08). Uma pequena mancha apareceu na última Segunda-Feira (14.4.08), mas desapareceu em 24 horas. Outra pequena mancha apareceu nesta Segunda-Feira. Rezo para que apareçam muitas outras, e já.

A razão deste assunto é que existe uma íntima correlação entre modificações no ciclo de manchas solares e o clima na Terra. A temporada de modificação anterior de um ciclo retardado como o atual foi no Dalton Minimum, um período especialmente frio que perdurou por várias décadas a partir de 1790.

O inverno no Hemisfério Norte tornou-se feroz: em particular, a debandada do Grande Exército de Napoleão durante a retirada de Moscou em 1812 foi no mínimo, de certa forma, devido à ausência de manchas solares.

O rápido declínio da temperatura em 2007 coincide com a falha do ciclo n. 24 e a programação do seu começo não é somente prova de uma conexão causal, mas é causa de inquietação e preocupação.

É hora de pôr de lado o dogma do aquecimento global para pelo menos começar a eventualidade do planejamento sobre o que fazer se estivermos caminhando para outra pequena era glacial, como a última de 1100 a 1850.

Não há dúvidas que a próxima pequena era glacial deverá ser muito pior que a anterior e muito mais prejudicial do que qualquer aquecimento pode ser. Há muito mais pessoas agora e nos tornamos dependentes de umas poucas áreas agrícolas temperadas, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá. O aquecimento global aumentaria a produção agrícola, mas o esfriamento global a diminuiria.

Milhões morrerão de fome se não fizermos nada para nos preparar para ela (como por exemplo, planejar mudanças na agricultura para compensar), e milhões mais morrerão de doenças relacionadas com o frio.

Há também outra possibilidade, remota mas muito séria. O núcleo de gelo da Groelândia e da Antártica, e outras evidências, mostram que por muitos milhares de anos no passado, rigorosas glaciações têm quase sempre afligido o nosso planeta.

A triste verdade é que, sob condições normais, a maior parte da América do Norte e da Europa é soterrada por uma camada de cerca de 1.5km de gelo. Este extremo clima glacial é interrompido ocasionalmente por breves aquecimentos interglaciais, principalmente durante os últimos 10.000 anos.

O período interglacial que estamos desfrutando durante a história humana documentada, conhecida como Holoceno, começou há 11.000 anos atrás, portanto o frio intenso está atrasado. Também sabemos que glaciação pode ocorrer rapidamente: o declínio esperado na temperatura global é de cerca de 12C e pode acontecer em 20 anos.

A próxima descida para a idade de gelo é inevitável, mas pode não acontecer por outros 1000 anos. Por outro lado, deve ser notado que o esfriamento em 2007 foi até mais rápido que uma mudança glacial típica. Se ela continuar por 20 anos, a temperatura será 14C mais fria em 2027.

Até então, a maioria das nações avançadas terão cessado de existir, desaparecidas sob o gelo, e o resto do mundo estará frente a frente com uma catástrofe inimaginável.

A Austrália poderá escapar da total aniquilação, mas certamente será invadida por milhões de refugiados. Tão logo a glaciação comece, ela durará 1000 séculos, um incompreensível intervalo de tempo.

Se a era glacial está chagando, há uma pequena chance para nos prevenir ou pelo menos retardar a transição, se estivermos preparados para agir rapidamente em larga e adequada escala.

Por exemplo: podemos reunir todas as escavadeiras do mundo e usá-las para sujar a neve no Canadá e na Sibéria na esperança de reduzir a refletância e assim absorver mais calor do Sol.

Podemos também estar preparados para fazer enormes inundações de metano (um potente gás estufa) hidratado sob a camada congelada do Ártico e na plataforma continental, talvez usando armas nucleares para desestabilizar os depósitos.

Não podemos realmente saber, mas minha hipótese é que as probabilidades são pelo menos 50-50 para vermos antes significativo resfriamento do que aquecimento nas próximas décadas.

A probabilidade de que estamos testemunhando o começo de uma real era glacial é muito pequena, talvez uma em 500, mas não totalmente desprezível.

Todas essas encorajadoras ações para frear o aquecimento global precisam diminuir o pisca-pisca e pensarmos um pouco sobre que devemos fazer se estivermos, ao contrário, diante de um resfriamento global.

É difícil para as pessoas encarar a verdade quando suas reputações, carreiras, subvenções governamentais ou expectativa de mudança social dependem do aquecimento global, mas o destino da civilização pode estar em jogo.

São famosas as palavras de Oliver Cromwell, “Eu imploro a você, pelas entranhas de Cristo, pense poder ser possível você estar enganado.”


Phil Chapman é geofísico e engenheiro astronauta, mora em São Francisco, USA. Ele foi o primeiro australiano a tornar-se astronauta da NASA.
http://www.theaustralian.news.com.au/story/0,25197,23583376-7583,00.html

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